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alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
INCORPORAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS NO ORDENAMENTO E 
NATUREZA JURÍDICA .......................................................................................................................................... 2 
INCORPORAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS ............................................. 2 
POR QUE INTERNALIZAR? .......................................................................................................................... 2 
FASES DE INTERNALIZAÇÃO “ANTES” DA EC N° 45/2004 (ART. 84, VIII C/C ART. 49, I, CF/88) ..................... 3 
NEGOCIAÇÕES ............................................................................................................................................... 3 
ASSINATURA .............................................................................................................................................. 3 
REFERENDO PARLAMENTAR (= LEI ORDINÁRIA) ....................................................................................... 3 
CARTA DE RATIFICAÇÃO ............................................................................................................................ 4 
DEPÓSITO................................................................................................................................................... 4 
DECRETO EXECUTIVO ................................................................................................................................ 4 
PUBLICAÇÃO .............................................................................................................................................. 4 
NATUREZA JURÍDICA DO TRATADO ........................................................................................................... 4 
 ....................................................................................................................................................................... 4 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
INCORPORAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE 
DIREITOS HUMANOS NO ORDENAMENTO E NATUREZA 
JURÍDICA 
INCORPORAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS 
HUMANOS 
POR QUE INTERNALIZAR? 
Para podermos entender o conceito de Tratado de Direitos Humanos, indaga-se: 
 O que seria um Tratado? 
É uma norma semelhante a um contrato que, se realizada, chama-se de tratado, pacto, 
convenção; são nomes dados às normas internacionais. 
 São documentos com direitos, obrigações, deveres das partes que compõem o direito 
internacional, então, os sujeitos de direito internacional (Estados e Organizações 
Internacionais) vão realizar normas entre si, os quais seriam os tratados ou convenções. 
 ESTADOS 
 
 ORGANIZAÇÕES 
INTERNACIONAIS 
Quando é realizado o Tratado, esta norma pertence a um direito chamado de direito 
internacional. 
É necessário verificar se aquele Estado recepciona tal tratado de forma automática ou 
não, que dependerá se o Estado é adepto da teoria “Monista” ou “Dualista”. 
 MONISTA – para o Estado monista, em regra, existe uma única ordem jurídica 
“Una”, tanto jurídica interna como ordem jurídica internacional. 
 DUALISTA – já para os Estados dualistas, existem duas ordens jurídicas distintas: a 
ordem jurídica internacional e a ordem jurídica interna. 
 
 INTERNACIONAL (Tratado) 
 
 INTERNA (Pessoa jurídicas de direito interno -
legislador) 
Nesse contexto, como as ordens são distintas e não se conversam, é necessário que em 
termos de uma norma internacional, para que ela tenha existência, validade, eficácia na ordem 
interna, precisará passar por um processo de internalização. 
De acordo com o entendimento do STF, o Brasil adota a “Teoria Dualista 
Moderada”, pois temos um processo de internalização que contará com a participação de 
duas funções: Poder Executivo e Poder Legislativo. Desse modo, dá origem a um Decreto cuja 
natureza jurídica será estudada mais adiante. 
OBSERVAÇÃO: existe uma corrente minoritária adotada pela professora Flávia Piovesan e 
pelo professor Valério Mazzuoli, que afirmam que o Brasil é um país “monista”. Eles se 
baseiam no Art. 5°, § 1° e § 2° da CF/88, que preceitua que há outros direitos fundamentais 
PESSOAS JURÍDICAS 
INTERNACIONAIS 
DUALISTAS 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
que não estão escritos no nosso ordenamento jurídico, mas sim em Tratados Internacionais 
de Direitos Humanos, além de dizer que toda norma tem “eficácia imediata”. Assim, basta que 
haja uma adesão àquele tratado para que ele seja aplicado no ordenamento jurídico brasileiro. 
Em relação ao processo de internalização dos Tratados de Direitos Humanos, estes 
sofreram uma mudança. Antes da Emenda Constitucional n° 45 de 2004 (Reforma do 
Judiciário), estes tratados eram internalizados da mesma forma e rito das normas de direito 
tributário ou direito empresarial, por exemplo. Desta maneira, após a EC n° 45 de 2004 houve 
a alteração no processo de internalização dos tratados de direitos humanos, a qual influencia 
na natureza jurídica e no controle de convencionalidade. 
FASES DE INTERNALIZAÇÃO “ANTES” DA EC N° 45/2004 (ART. 
84, VIII C/C ART. 49, I, CF/88) 
Art. 84 Competência do Presidente da República (quanto a Chefe de Estado; 
Chefe de Governo; e Chefe da Administração Pública Federal) 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
(...) 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a 
referendo do Congresso Nacional; 
 
 
 
 
O Chefe de Estado da República Federativa do Brasil tem a competência para assinar os 
tratados, podendo este passar uma procuração delegando esta função, no caso, será o 
“plenipotenciário” algum chefe que assinará os tratados. Necessita-se, posteriormente, que o 
Congresso Nacional, de acordo com o Art. 49, I, da CF/88, referende todos os tratados. 
NEGOCIAÇÕES 
A fase de negociações é a fase em que são tratadas, não necessariamente com a 
participação do Presidente da República, as missões diplomáticas brasileiras, sendo realizadas 
conversas entres os Estados ou entre as Organizações oriundas para serem analisadas a 
importância e as questões normativas daquele Tratado para o país. 
ASSINATURA 
A segunda fase é a assinatura, na qual o Presidente da República ou o “plenipotenciário” 
assinará aquele determinado Tratado. 
REFERENDO PARLAMENTAR (= LEI ORDINÁRIA) 
Após a assinatura pelo Chefe de Estado, é necessário que o Tratado seja referendado 
pelo parlamento, sendo assim, o “referendo parlamentar” nada mais é que o envio daquele 
tratado pelo Presidente da República para o parlamento, no qual este referendará por meio de 
um processo legislativo. 
OBSERVAÇÃO: antes da EC 45/04 o processo legislativo era o mesmo para todos os tratados, 
sendo semelhante ao processo legislativo de uma lei ordinária. 
 
(ART. 84, VIII C/C 
ART. 49, I, CF/88) 
CHEFE DE 
ESTADO 
REPÚBLICA 
FEDERATIVA 
DO BRASIL 
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MUDE SUA VIDA! 
4 
 
CARTA DE RATIFICAÇÃO 
A Carta de ratificação faz com que o Estado (Brasil) passe a cumprir com o que foi 
submetido no Tratado na ordem jurídica internacional. Desse modo, esta carta envia para o 
país ou Organização que o originou, fazendo com que se cumpra na ordem jurídica 
internacional. 
O Presidente da República tem uma função externa e uma função interna. 
 FUNÇÃO EXTERNA: tem a função de enviar a carta de ratificação na ordem 
jurídica internacional. 
 FUNÇÃO INTERNA: consiste no Decreto Executivo do Presidente da República. 
 DEPÓSITO 
Após a ratificação do tratado, ele é enviado para o “depósito”, que consiste em um 
“arquivamento” que se encontra no departamento da ONU. 
CUIDADO: o depósitonão vincula o Tratado na ordem jurídica internacional, o depósito é um 
mero arquivamento! 
DECRETO EXECUTIVO 
Seguindo, na “ordem interna”, necessitará do Decreto Executivo pelo Presidente da 
República para que o Tratado jurídico seja inserido no ordenamento jurídico interno. 
Portanto, significa que estará obrigado ao cumprimento daquele Tratado no 
ordenamento brasileiro a partir do momento em que é realizado o Decreto Executivo. 
PUBLICAÇÃO 
Após o Decreto Executivo pelo Presidente da República é, então, publicado o Tratado. 
NATUREZA JURÍDICA DO TRATADO 
A natureza jurídica destes Tratados de Direitos Humanos antes da EC n° 45/04 era de 
Lei Ordinária, porém após esta emenda, os Tratados de Direitos Humanos passaram a ter sua 
natureza jurídica de Emenda Constitucional. Contudo, a lei não irá retroagir para englobar 
os Tratados antes da EC n° 45, que continuarão tendo o status de Lei Ordinária. 
Todavia, após o julgamento do RE n° 466.343 de 03/12/2008, em que se discutiu a 
legalidade e convencionalidade da “prisão do depositário infiel”, pois havia um tratado que 
abordava sobre a prisão do depositário infiel, Decreto n° 678/92, entendeu que, por ser tratar 
de norma sobre direitos humanos, passará a ter sua natureza jurídica de NORMA 
SUPRALEGAL. 
 
 
 
 
 
 
TRATADOS DE 
DIREITOS HUMANOS 
ANTES DA EC n° 
45/04 
NORMA 
SUPRALEGAL 
APÓS RE 
n° 466.343/SP 
(03/12/2008) 
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MUDE SUA VIDA! 
5 
 
EMENTA: PRISÃO CIVIL. Depósito. Depositário infiel. Alienação 
fiduciária. Decretação da medida coercitiva. Inadmissibilidade 
absoluta. Insubsistência da previsão constitucional e das normas 
subalternas. Interpretação do art. 5º, inc. LXVII e §§ 1º, 2º e 3º, 
da CF, à luz do art. 7º, § 7, da Convenção Americana de Direitos 
Humanos (Pacto de San José da Costa Rica). Recurso improvido. 
Julgamento conjunto do RE nº 349.703 e dos HCs nº 87.585 e nº 
92.566. É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que 
seja a modalidade do depósito. 
 
(STF - RE: 466343 SP, Relator: Min. CEZAR PELUSO, Data de 
Julgamento: 03/12/2008, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-
104 DIVULG 04-06-2009 PUBLIC 05-06-2009 EMENT VOL-02363-06 
PP-01106 RDECTRAB v. 17, n. 186, 2010, p. 29-165) 
 
DESTAQUES DO VOTO DO MIN. GILMAR MENDES: 
Em termos práticos, trata-se de uma declaração eloquente de que os 
tratados já ratificados pelo Brasil, anteriormente à mudança 
constitucional, e não submetidos ao processo legislativo especial de 
aprovação no Congresso Nacional, não podem ser comparados às 
normas constitucionais. 
Não se pode negar, por outro lado, que a reforma também acabou por 
ressaltar o caráter especial dos tratados de direitos humanos em 
relação aos demais tratados de reciprocidade entre os Estados 
pactuantes conferindo-lhes lugar privilegiado no ordenamento jurídico. 
 Eficácia paralisante do tratado supralegal: tem o condão de paralisar a eficácia 
jurídica de toda e qualquer disciplina normativa infraconstitucional com ela 
conflitante. 
 
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