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1 Elisabete Ranciaro Vieira da Silva Manoel Vieira 2 I – Imposto de Renda Retido na Fonte entre Pessoas Jurídicas 1. Obrigação Tributária. Tem por objeto uma prestação de “dar”, “fazer” ou “não fazer” que independe de qualquer manifestação de vontade das partes, bastando para o seu surgimento apenas a ocorrência do fato gerador previamente descrito em lei. 2. Classificação das Obrigações Tributárias. As obrigações tributárias são classificadas pelo artigo 113 do Código Tributário Nacional, em: a) Principal, que “surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento do tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se com o crédito dela decorrente”. (Código Tributário Nacional, artigo 113, parágrafo. 1°); e b) Acessória, que “decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas, negativas, nelas previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos” que, “pelo simples fato de sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária”. (Código Tributário Nacional, artigo 113, parágrafos 2° e 3°). 3. Fato Gerador. “é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência”. (Código Tributário Nacional, artigo 114). 4. Sujeito Passivo da Obrigação Principal. “é a pessoa obrigada ao pagamento do tributo penalidade pecuniária” e diz contribuinte “quando há relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador” e responsável, “quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorre de disposição expressa em lei”. (Código Tributário Nacional, artigo 121). 5. Sujeito Passivo da Obrigação Acessória. “é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto (Código Tributário Nacional, artigo 122), cujo conteúdo é uma obrigação de fazer ou não fazer, não abrange, portanto, o pagamento do tributo ou contribuição, que é o objeto da obrigação tributária principal. 6. Tipos de Sujeitos Passivos da Obrigação Principal. Contribuinte: aquele que tem relação pessoal e direta, ainda que por intermédio de representante legal, com o fato gerador e que, por isso, manifesta capacidade contributiva (Código Tributário Nacional, artigo 45). Responsável: que é a pessoa que, embora não tendo uma relação direta com o fato gerador a lei expressamente o elege para efetuar o pagamento do tributo, conforme autoriza o artigo 128 do Código Tributário Nacional. 3 7. Imposto de Renda. A Constituição Federal deu autorização para a União criar o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. Os Estados e os Municípios estão impedidos de instituir imposto sobre a renda (art. 153 da CF). A legislação permite ao Governo Federal a possibilidade de criar o instituto de Imposto de Renda na Fonte, ou seja, obrigar as pessoas jurídicas a efetuarem o desconto do imposto sobre a renda e repassar ao governo. Assim, a lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou proventos tributáveis a condição de responsável pelo desconto e pelo recolhimento do imposto. Existem duas espécies de Imposto de Renda Retido na Fonte: a) IR Fonte por antecipação: é o imposto descontado que pode ser deduzido daquele apurado na Declaração de Ajuste Anual (pessoa física) ou nas Declarações das Pessoas Jurídicas (ECF, EFD-CONTRIBUIÇÕES, EFD-REINF E DIRF). Ex. salários, honorários, pró-labore, férias, serviços profissionais prestados por pessoas jurídicas etc.; e b) IR Fonte conhecido como “exclusivo na fonte” ou por “tributação definitiva”, em que o beneficiário do rendimento não pode compensar o imposto que foi descontado na Declaração de Ajuste Anual ou na ECF (ex. 13° salário, loteria, aplicação financeira-beneficiária pessoa física, venda de bens – beneficiária pessoa física etc.). Retenção Exclusiva na Fonte: A responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto é exclusiva da fonte pagadora do rendimento (tomadora do serviço), que entrega o valor já líquido ao beneficiário do rendimento (prestador do serviço). A responsabilidade exclusiva da fonte pagadora subsiste ainda que ela não tenha retido o imposto (PN SRF n° 01/2002). Retenção do Imposto Sem o Respectivo Pagamento: Ocorrendo a retenção do imposto sem o respectivo pagamento aos cofres públicos a fonte pagadora, responsável pelo imposto, será enquadrada no crime de apropriação indébita, previsto no art. 11 da Lei n° 4.357/1964, e caracterizada como depositária infiel de valor pertencente à Fazenda Pública, conforme a Lei n° 8.866/1994. Continua a obrigação do contribuinte oferecer o rendimento à tributação, podendo compensar o imposto retido. Não-Retenção do Imposto – Penalidade Se constatada pelo Fisco a não-retenção do imposto pela fonte pagadora do rendimento (PN SRF n° 01/2002): a) antes do encerramento do período de apuração (seja trimestral, seja anual), ficará a fonte pagadora sujeita ao pagamento do valor principal do imposto, dos juros de mora e da multa de ofício estabelecido nos incisos I e II do art. 44 da Lei n° 9.430/1996 (art. 998 do RIR/2018), conforme previsto no art° 9° da Lei n° 10.426/2002; 4 “Art. 9° Sujeita-se às multas de que tratam os incisos I e II do artigo 44 da Lei 94.30/96, a fonte pagadora obrigada a reter tributo ou contribuição, no caso de falta de retenção ou recolhimento, ou recolhimento após o prazo fixado, sem os acréscimos de multa moratória, independente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis.” As multas acima, de 75% ou 150% respectivamente serão calculadas sobre a totalidade ou diferença de tributo ou contribuição que deixar de ser retirada ou recolhida ou que for recolhida após o prazo fixado. b) após o encerramento do período de apuração (seja trimestral, seja anual), no caso de pessoa jurídica, a responsabilidade pelo pagamento do valor principal do imposto passará a ser do contribuinte. Da fonte pagadora serão exigidas somente a multa de oficio e os juros de mora (art. 998 do RIR/2018 e art. 9° da Lei 10.426/2002). Responsabilidade Tributária no caso de Não Retenção por Força de Decisão Judicial A responsabilidade tributária na hipótese em que a fonte pagadora se vê impedida de reter o imposto de renda ao pagar determinado rendimento a contribuinte, devido a um provimento judicial, normalmente uma medida liminar, deve ser procedida da seguinte maneira: a) caso a decisão final confirme como devido o imposto em litígio, este deverá ser recolhido, retroagindo os efeitos da última decisão, como se não tivesse ocorrido concessão da medida liminar. Nesse caso, não há como retornar à responsabilidade de retenção à fonte pagadora. O pagamento de imposto, com os acréscimos legais cabíveis deve ser efetuado pelo próprio contribuinte. PN SRF n° 1/2002. Artigo 782 do Regulamento do Imposto de Renda/2018 “A fonte pagadora fica obrigada ao recolhimento do imposto, ainda que não tenha retido. Parágrafo único. No caso deste artigo, quando se tratar de imposto devido como antecipação e a fonte pagadora comprovar que o beneficiário já incluiu o rendimento em sua declaração, aplicar-se-á a penalidade prevista no artigo 1.091, além dos juros de mora pelo atraso, calculados sobre o valor do imposto que deveria ter sido retido, sem obrigatoriedade de recolhimento deste”. 8. Crimes Contra a Ordem Tributária. Artigo 2°, II, da Lei 8.137/90: “deixar de recolher, no prazo legal valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos:” Autor do Delito Sujeito Passivo da Obrigação Tributária Contribuinte Responsável Administrador da Empresa ou Colegiado Concurso de Agentes Profissional da Contabilidade, Auditor, Consultor e Outros 5 9. Contratação de Pessoas Jurídicaspor outras Pessoas Jurídicas. Nos pagamentos ou créditos efetuados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional, incide o imposto de renda na fonte, como antecipação do imposto devido nos recolhimentos do imposto sobre os resultados periódicos da pessoa jurídica. Pagamento: Considera-se pagamento do rendimento a entrega de recursos, inclusive mediante depósito em instituição financeira, a favor do beneficiário (art. 34, parágrafo único, do RIR/2018) Crédito: O crédito é o registro contábil efetuado pela fonte pagadora pelo qual o rendimento é colocado, incondicionalmente, à disposição do beneficiário. SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA COSIT N° 026, DE 31 DE OUTUBRO DE 2013 (DOU de 16.07.2014) ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF EMENTA: FATO GERADOR. MOMENTO DE OCORRÊNCIA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. DE NATUREZA PROFISSIONAL. IMPORTÂNCIAS CREDITADAS Considera- se ocorrido o fato gerador do imposto de renda na fonte, no caso de importâncias creditadas, na data do lançamento contábil efetuado por pessoa jurídica, nominal ao fornecedor do serviço, a débito de despesas em contrapartida com o crédito de conta do passivo, à vista da nota fiscal ou fatura emitida pela contratada e aceita pela contratante. A retenção do imposto de renda na fonte, incidente sobre as importâncias creditadas por pessoa jurídica a outra pessoa jurídica pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional, se dará na data da contabilização do valor dos serviços prestados, considerando-se a partir desta data o prazo para o recolhimento. DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 647 do Regulamento do Imposto de Renda - RIR/1999 (Decreto n° 3.000, de 26 de março de 1999); Parecer Normativo CST n° 07, de 02/04/86; Parecer Normativo CST n° 121, de 31 de agosto de 1973 e arts. 43, 114, 116, incisos I e II, e 117, incisos I e II, do Código Tributário Nacional (Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966). FERNANDO MOMBELLI - Coordenador-Geral – Fonte: Econet Adiantamento O simples adiantamento de certa importância para prestadora de serviços (por conta de serviço a ser ainda realizado) não representa a aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica, pois ainda não ocorreu a efetiva prestação de serviços. Fonte Pagadora Simples Nacional http://www.econeteditora.com.br/rir/art.620_704.asp#647 http://www.econeteditora.com.br/bdi/d/ant/decreto3000_1999.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/d/ant/decreto3000_1999.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/port/p-ant/parecer121_normativo_cst_1973.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/port/p-ant/parecer121_normativo_cst_1973.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei5172_1966.asp#art43 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei5172_1966.asp#art114 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei5172_1966.asp#art116 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei5172_1966.asp#art116_i http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei5172_1966.asp#art116_ii http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei5172_1966.asp#art117 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei5172_1966.asp#art117_i http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei5172_1966.asp#art117_ii http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei5172_1966.asp 6 É responsável pelo desconto IRRF a sociedade inscrita no Simples Nacional sobre os serviços prestados por pessoa jurídica não inscrita no Simples Nacional (arts. 714 e 716 do RIR/2018). 10. Remuneração de Serviços Profissionais Prestados por Pessoa Jurídica O artigo 714 trouxe a lista de 40 serviços sujeitos à retenção na fonte e o seu parágrafo 2° dispõe que o imposto incide independentemente da qualificação profissional dos sócios da beneficiária e do fato desta auferir receitas de quaisquer outras atividades, seja qual for o valor dos serviços em relação à receita bruta. A lista relaciona taxativamente os seguintes serviços como tributáveis: 01 ADMINISTRAÇÃO DE BENS OU NEGÓCIOS EM GERAL (EXCETO CONSÓRCIOS OU FUNDOS MÚTUOS PARA AQUISIÇÃO DE BENS); 02- Advocacia; 03- Análise clínica laboratorial; 04- Análise técnicas; 05- Arquitetura; 06- Assessoria e consultoria técnica (exceto o serviço de assistência ou comércio prestado a terceiros e concernentes a ramo de indústria ou comércio explorado pelo prestador do serviço); 07- Assistência social; 08- Auditoria; 09- Avaliação e pericia; 10- Biologia e biomedicina; 11- Cálculo em geral; 12- Consultoria; 13- Contabilidade; 14- Desenho técnico; 15- Economia; 21- Fonoaudiologia; 22- Geologia; 23- Leilão; 24- Medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde, casa de repouso sob orientação médica, hospital e pronto-socorro); 25- Nutricionismo e dietética; 26- Odontologia; 27- ORGANICAÇÃO DE FEIRAS DE AMOSTRAS, SIMPÓSIOS E CONGENERES; 28- Pesquisa em geral; 29- Planejamento; 30- Programação; 31- Prótese; 32- Psicologia e psicanálise; 33- Química; 34- Raios-x e radioterapia; 35- Relações públicas; 36- Serviço de despachante; 37- Terapêutica ocupacional; Código do DARF 1708 7 16- Elaboração de projetos; 17- Engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas; 18- Ensino e treinamento; 19- Estatística; 20- Fisioterapia; 38- Tradução ou interpretação comercial; 39- Urbanismo; 40- Veterinária; Engenharia Retenção na Fonte do IRRF sobre Engenharia: (Parecer Normativo Coordenação do Sistema de Tributação 8/1986). - Estudos geofísicos; - Fiscalização de obras de engenharia em geral; - Construção; - Derrogação; - Estrutura; - Inspeção; - Medições etc., - Elaboração de projetos de engenharia em geral; - Administração d obras; - Serviços de engenharia consultiva; - Engenharia de informática (desenvolvimento e implantação de “software” e elaboração de projetos de “hardware”); - Planejamento de empreendimentos rurais e urbanos; - Prestação de serviços de orientação técnica; - Perícias técnicas; - Contratos de cessão ou empréstimo de mão-de-obra de profissionais de engenharia, etc. Quando os serviços forem prestados em decorrência de contrato englobando à execução física das obras de engenharia ou obra assemelhada não haverá incidência do IRRF. Não estão sujeitos a retenção na fonte do IRRF sobre Engenharia (Parecer Normativo Coordenação do Sistema de Tributação 8/1986). 8 - Construção de estradas; - Construção de pontes; - Construção de prédios; - e obras assemelhadas - Construção em geral e montagens, instalações, restauração e manutenção de instalações e equipamentos industriais; - Prospecção, exploração e completação de poços de petróleo e gás; - Obras de conservação de estradas; - Execução de serviços de automação industrial; - Construção de gasodutos, oleodutos e minero dutos; - Instalação e montagens de sistemas de telecomunicações, energia e sinalização de ferrovia; - Obras destinadas à geração, aproveitamento e distribuição de energia; - Construção de rede de água e esgoto etc. Medicina Não há retenção na fonte do IRRF segundo Parecer Normativo da Coordenação do Sistema de Tributação n° 8/1986: - Serviços médicos contratados com pessoas jurídicas, visando à assistência médica de empregados e seus dependentes em ambulatório, casa de saúde, pronto-socorro, hospitais e estabelecimentos assemelhados. o serviço chamado de convênios médicos. Serviços Correlatos ao Exercício da Medicina executados dentro do ambiente físico de Ambulatórios, Casa de Saúde, Pronto-Socorro, Hospitais e Estabelecimentos Assemelhados, prestados sob subordinação técnica e administrativa da pessoa jurídica titular do empreendimento estão fora do campo de incidência do IRRF. - Análise clínica laboratorial; - Fisioterapia; - Fonoaudióloga; - Psicologia;- Psicanálise; 9 - Radiologia (raios-x); - Radioterapia - Outros correlatos. Exemplo: Não há retenção do IRRF Retenção na fonte de IRRF Beneficiária do Rendimento É a pessoa jurídica domiciliada no Brasil prestadora dos serviços listados anteriormente. A alíquota e Base de Cálculo A alíquota é de 1,5% conforme previsto no artigo 714 do RIR/2018. Cálculo do IRRF Importância R$ 5.000,00 Alíquota 1,5% Valor do IRRF R$ 75,00 Base de Cálculo é o rendimento, sem deduções. Vínculo Entre as Sociedades Quando a sociedade civil for controlada, direta ou indiretamente, por pessoas físicas que seja diretores, administradores ou controladores da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos ou pelo cônjuge, pais ou filhos daquelas pessoas, os rendimentos da prestação de serviço, estão sujeitos à tributação na fonte mediante aplicação da tabela progressiva prevista para rendimento do trabalho sem vínculo empregatício – artigo 715 do RIR/2018. Ex: uma sociedade de análises clínicas presta serviço para hospital. Se quaisquer dos sócios da primeira for diretor, administrador ou controlador do hospital, a retenção do imposto será feita pela tabela progressiva e não pela alíquota de 1,5%. Hospital Setor de Raios-X Hospital Clínica de Raios-X 10 11. Serviços Prestados por Associados de Cooperativa de Trabalho Estão sujeitas à incidência do imposto de renda na fonte a alíquota de 1,5% as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a cooperativas de trabalho, associações de profissionais ou assemelhados, relativos a serviços pessoais que lhe forem prestados por associados destas ou colocados à disposição (artigo 719 do RIR/2018). O imposto retido será compensado pelas cooperativas de trabalho, associações ou assemelhados com o imposto retido por ocasião do pagamento dos rendimentos aos associados. As cooperativas de trabalho deverão discriminar, em suas faturas, as importâncias relativas aos serviços pessoais prestados à pessoa jurídica por seus associados das importâncias que corresponderem a outros custos e despesas. A alíquota de 1,5% incidirá apenas sobre as importâncias relativas aos serviços pessoais – Ato Declaratório Normativo COSIT 1/93. Exemplo: A pessoa jurídica contrata, uma cooperativa de trabalho, serviço de transporte de cargas no valor de R$ 10.000,00 (sendo R$ 7.000,00 relativos a serviços pessoais e R$ 3.000,00 referentes a outros custos ou despesas) a cooperativa, por ocasião da emissão da fatura, deverá proceder da seguinte forma: a) discriminar na fatura de serviços os seguintes valores: serviços pessoais: parcela tributável: 10% s/ R$ 7.000,00 R$ 700,00 parcela não tributável: 90% s/ R$ 7.000,00 R$ 6.300,00 R$ 7.000,00 b) outros custos ou despesas R$ 3.000,00 Total R$10.000,00 c) o IRRF será calculado sobre a parcela tributável relativa a serviços pessoais: 1,5% s/ R$ 700,00 R$ 10,50 12. Recrutamento ou Seleção de Pessoal As importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, a título de remuneração por serviços prestados no recrutamento ou seleção de empregados, estão sujeitos à retenção do imposto de renda na fonte a alíquota de 1,5%. Código do DARF 3280 Código do DARF 8045 11 Trata-se na verdade de um serviço de intermediação ou assessoria. (Art. 718, Inciso I do RIR/2018). 13. Serviço de Limpeza e Conservação Estão sujeitas as incidências do imposto de renda na fonte a alíquota de 1% os rendimentos pagos ou creditados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas civis e mercantis pela prestação de serviços de limpeza e conservação – artigo 716 RIR/2018. Os serviços de limpeza e conservação atingem apenas os bens imóveis, exceto reformas e obras assemelhadas. A definição de bem imóvel é dada pelo Código Civil, em seu artigo 79: São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. O Ato Declaratório Interpretativo SRF n° 4, publicado no DOU de 25/03/2003, esclarece que os rendimentos pagos ou creditados por pessoa jurídica a outra pessoa jurídica pela prestação de serviços de limpeza e conservação de ruas e logradouros públicos estão sujeitos à retenção do imposto renda de que trata o artigo 649 do RIR/99. (art. 716 – RIR/2018) 14. Segurança e Vigilância Os pagamentos ou créditos decorrentes da prestação de serviços de segurança ou vigilância estão sujeitos ao imposto de renda na fonte a alíquota de 1% de acordo com o artigo 716 RIR/2018. Segundo o Ato Declaratório Normativo Cosit 6 publicado no DOU de 2/05/2000 estão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, a alíquota de 1% os rendimentos pagos ou creditados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas pela prestação de serviços de transporte de valores e a segurança dos bens transportados, considerando-se os serviços prestados, portanto, como o de segurança e não de transporte. 15. Locação de Mão-de-Obra Não deve ser confundidas locação de mão-de-obra e a prestação de serviços. A diferença é que na locação de mão-de-obra a locatária dirige os trabalhadores determinando o que fazer. Assim, a agencia de locação de mão-de-obra empresta 10 digitadores para a pessoa jurídica, trata-se de locação de mão-de-obra. Se uma empresa contrata outra para fazer limpeza de escritórios, trata-se de prestação de serviços. Código do DARF 1708 Código do DARF 1708 Código do DARF 1708 12 Na prestação de serviços, a empresa prestadora é quem dirige os trabalhadores. Neste caso há incidência do imposto de renda na fonte se o serviço prestado estiver listado, e alíquota será de 1,5% e não de 1%. Tratando-se de locação de mão-de-obra, a incidência de imposto de renda mediante a aplicação da alíquota de 1% sobre o valor total pago ou creditado a empresa locadora. SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT N° 303, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2018 (DOU de 02.01.2019) ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP EMENTA: LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA TEMPORÁRIA (EMPRESA DE TRABALHO TEMPORÁRIO). BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO DOS VALORES DESTINADOS A PAGAMENTO DE SALÁRIOS DOS TRABALHADORES TEMPORÁRIOS E ENCARGOS SOCIAIS A ELES RELATIVOS. A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep, tanto no regime de apuração cumulativa quanto no regime de apuração não cumulativa, é o valor total do faturamento ou da receita, respectivamente, auferido pela pessoa jurídica, sendo permitidas somente as exclusões expressamente fixadas na legislação. No caso de pessoa jurídica prestadora de serviços de locação de mão de obra temporária (empresa de trabalho temporário), regida pela Lei n° 6.019, de 1974, a base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep, tanto no regime de apuração cumulativa quanto no regime de apuração não cumulativa, abrange os valores recebidos pela pessoa jurídica de seus tomadores de serviços e posteriormente destinados ao pagamento de salários dos trabalhadores temporários e de encargos sociais a eles relativos. SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT N° 97, DE 29 DE JUNHO DE 2016. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei n° 6.019, de 1974, artigos 4°, 9° e 11; Lei n° 9.718, de 1998, artigos 2° e 3°; Lei n° 10.637, de 2002, artigo 1°; e Decreto n° 73.841, de 1974, artigos 8°, 11, 14, 21, 26 e 33. SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT N° 303, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2018 (DOU de 02.01.2019) ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL EMENTA: LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA TEMPORÁRIA (EMPRESA DE TRABALHO TEMPORÁRIO). BASE DE CÁLCULO. VALORES DESTINADOS A PAGAMENTODE SALÁRIOS DOS TRABALHADORES TEMPORÁRIOS E ENCARGOS SOCIAIS A ELES RELATIVOS. A receita bruta da pessoa jurídica que fornece mão de obra contratada temporariamente é o total contratado com os tomadores de serviços, incluindo-se os valores discriminados em nota fiscal relativos a salários, encargos trabalhistas, taxa administrativa, inclusive benefícios http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei6019_1974.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/st/st16/solucao_cosit_097_2016.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/st/st16/solucao_cosit_097_2016.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei6019_1974.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei6019_1974.asp#art4 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei6019_1974.asp#art9 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei6019_1974.asp#art11 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9718_1998.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9718_1998.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9718_1998.asp#art2 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9718_1998.asp#art3 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/02/lei10637_2002.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/02/lei10637_2002.asp#art1 http://www.econeteditora.com.br/bdi/d/ant/decreto73841_1974.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/d/ant/decreto73841_1974.asp#art8 http://www.econeteditora.com.br/bdi/d/ant/decreto73841_1974.asp#art8 http://www.econeteditora.com.br/bdi/d/ant/decreto73841_1974.asp#art11 http://www.econeteditora.com.br/bdi/d/ant/decreto73841_1974.asp#art14 http://www.econeteditora.com.br/bdi/d/ant/decreto73841_1974.asp#art21 http://www.econeteditora.com.br/bdi/d/ant/decreto73841_1974.asp#art26 http://www.econeteditora.com.br/bdi/d/ant/decreto73841_1974.asp#art33 13 concedidos aos trabalhadores pela empresa de trabalho temporário e cobrados da empresa locatária da mão de obra. Os custos diretamente atribuíveis ao serviço de fornecimento de mão de obra compõem o custo dos serviços prestados e a base de cálculo da CSLL apurado na sistemática do resultado do exercício. Na sistemática do resultado presumido, esses custos são presumidos e não sensibilizam a base de cálculo do tributo. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei n° 6.019, de 1974, art. 11; Lei n° 7.689, de 1988, art. 2°; Lei n° 9.249, de 1995, art. 20. SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT N° 303, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2018 (DOU de 02.01.2019) ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ EMENTA: LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA TEMPORÁRIA (EMPRESA DE TRABALHO TEMPORÁRIO). BASE DE CÁLCULO. VALORES DESTINADOS A PAGAMENTO DE SALÁRIOS DOS TRABALHADORES TEMPORÁRIOS E ENCARGOS SOCIAIS A ELES RELATIVOS. A receita bruta da pessoa jurídica que fornece mão de obra contratada temporariamente é o total contratado com os tomadores de serviços, incluindo-se os valores discriminados em nota fiscal relativos a salários, encargos trabalhistas, taxa administrativa, inclusive benefícios concedidos aos trabalhadores pela empresa de trabalho temporário e cobrados da empresa locatária da mão de obra. Os custos diretamente atribuíveis ao serviço de fornecimento de mão de obra compõem o custo dos serviços prestados e a base de cálculo do IRPJ apurado na sistemática do lucro real. Na sistemática do lucro presumido, esses custos são presumidos e não sensibilizam a base de cálculo do tributo. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei n° 4.506, de 1964, art. 46; Lei n° 6.019, de 1974, art. 11; Decreto-Lei n° 1.598, de 1977, art. 12; Lei n° 9.430, de 1996, art. 25. 16. Comissões e Corretagem Estão sujeitas ao imposto de renda na fonte as alíquotas de 1,5%, as importâncias pagas ou creditas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas a título de comissões, corretagens ou qualquer outra remuneração pela representação comercial ou pela mediação na realização de negócios civis e comerciais – artigo 718 RIR/2018. Hipóteses em que o imposto de renda na fonte sobre comissões e corretagens é recolhido pela beneficiária dos rendimentos – Instrução Normativa 153/87, alterada pela de n°s 177/87 e 107/91: a) colocação ou negociação de títulos de renda fixa; Código do DARF 8045 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei6019_1974.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei6019_1974.asp#art11 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei7689_1988.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei7689_1988.asp#art2 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9249_1995.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9249_1995.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9249_1995.asp#art20 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei4506_1964.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei4506_1964.asp#art46 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei6019_1974.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei6019_1974.asp#art11 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei6019_1974.asp#art11 http://www.econeteditora.com.br/bdi/d/ant/dl1598_1977.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/d/ant/dl1598_1977.asp#art12 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp#art25 14 b) operações realizadas em bolsas de valores e em bolsas de mercadorias; c) distribuição de emissão de valores mobiliários, quando a pessoa jurídica atuar como agente de companhia emissora; d) operação de câmbio; e) venda de passagens, excursões ou viagens; f) administração de cartão de crédito; g) prestação de serviços de distribuição de refeição pelo sistema de refeições convênio; h) prestação de serviços de administração de convênios. Nas oito hipóteses de retenção do imposto de renda de que trata a Instrução Normativa SRF n° 153/87, a entrega da DIRF deve ser da fonte pagadora dos rendimentos. A pessoa jurídica beneficiária dos rendimentos deverá fornecer para a fonte pagadora, até 31 de janeiro do ano subsequente àquele a que se referir a DIRF, documento comprobatório com indicação dos valores de rendimento e imposto de renda recolhido, relativos ao ano-calendário anterior – (Instrução Normativa 108/01, arts. 17 e 18). 17. Propaganda e Publicidade Estão sujeitas à incidência do imposto de renda na fonte a alíquota de 1,5%, as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas por serviços prestados de propaganda e publicidade – artigo 718 do RIR/2018. Base de Cálculo É o valor das importâncias pagas, entregues ou creditadas, pelo anunciante, às agências de propaganda e publicidade. Não integram essa base de cálculo as importâncias repassadas as empresas de rádio e televisão, jornais, publicidade ao livre (outdoor), cinema e revistas, nem os descontos por antecipação do pagamento. Ex. A empresa anunciante paga 100 a agência de propaganda e esta repassa 80 para empresa jornalística. O imposto a fonte indicará sobre os 20. A Instrução Normativa SRF 123/92 determina que o imposto deverá ser recolhido pelas agências de propaganda, por ordem e conta do anunciante. A retenção do imposto considera-se efetuada na data do pagamento ou crédito da importância do anunciante para a agência de propaganda. O imposto será recolhido em um único DARF, preenchido em duas vias, com o código 8045, englobando todos os valores de um mesmo período de apuração. A agência de propaganda deverá fornecer ao anunciante, até 28 de fevereiro de cada ano, documento comprobatório com a indicação do valor do rendimento e do imposto de renda Código do DARF 8045 15 recolhido, relativo ao ano-calendário anterior. A Instrução Normativa SRF 130/92 aprovou o modelo de Comprovante Anual de Imposto de Renda Recolhido relativos aos serviços de propaganda e publicidade. A DIRF Anual será entregue pelas empresas anunciantes – Instrução Normativa RFB 1836/2018, artigo 15, inciso II. E na DCTF será informado o imposto de renda recolhido pela agência de propaganda. 18. Serviços deFactoring ou Assemelhados. Os serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de conta a pagar e a receber, prestados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, estão sujeitos a retenção do imposto de renda na fonte, à alíquota de 1,5% (artigo 29 da Lei 10.833/03). Para os fatos geradores a partir de 1º de fevereiro de 2.004. 19. Multas e Vantagens Por Rescisão de Contratos. As multas e vantagens pagas a pessoas físicas e jurídicas por rescisão de contratos, sujeitar-se-ão às seguintes normas constantes no RIR/2018, artigo 740: a) sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte, à alíquota de 15%, as multas e quaisquer outras vantagens decorrentes de rescisão de contratos, ainda que a título de indenização, exceto as indenizações pagas em conformidade com a legislação trabalhista e as destinadas a reparar danos patrimoniais; b) o valor da multa ou vantagem integra o lucro real, arbitrado ou presumido assim como o rendimento tributável na declaração das pessoas físicas, com a compensação do imposto retido na fonte; c) o imposto de fonte é considerado definitiva no caso de pessoa jurídica isenta. 20. Local e Documento de Recolhimento e Prazo de Recolhimento. Recolhimento centralizado pela matriz da fonte pagadora nas instituições financeiras autorizadas do local onde se encontrar o estabelecimento responsável pela retenção (art. 937 do RIR/2018). O recolhimento deverá ser efetuado através de DARF art. 937 do RIR/2018. O pagamento efetuado pela Internet poderá ocorrer mediante débito em conta corrente bancária, através de aplicativo da SRF art. 936 do RIR/2018. Até o último dia útil do segundo decêndio do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, excetuadas as hipóteses do IRRF incidentes sobre: Código do DARF 5944 Código do DARF 9385 16 a) rendimentos atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior e b) pagamentos a beneficiários não identificados, em relação aos quais o recolhimento do IRRF deve ser feito na data da ocorrência do fato gerador; c) juros sobre o capital próprio e aplicações financeiras, inclusive os atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior, e títulos de capitalização, d) prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espécie e lucros decorrentes desses prêmios, e) multa ou qualquer vantagem, de que trata o art. 70 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, em relação aos quais o recolhimento do IRRF deve ser feito até 3º (terceiro) dia útil subsequente ao decêndio de ocorrência dos fatos geradores; f) rendimentos e ganhos de capital distribuídos pelos fundos de investimento imobiliário, em relação ao qual o IRRF deve ser recolhido até o último dia útil do mês subsequente ao encerramento do período de apuração. (Lei 11.933 de 28 de abril de 2009) 21. Recolhimento Fora do Prazo Multa de Mora de 0,33% por dia em atraso, limitado a 20%, não há correção monetária. Juros de Mora obtidos pela aplicação da taxa referencial da Selic. 22. Compensação do Imposto Retido A pessoa jurídica que sofreu a retenção poderá deduzir o IR do valor apurado no encerramento do período de apuração trimestral ou anual. 23. Comprovante de Retenção do Imposto As pessoas jurídicas que tiverem efetuado pagamento ou crédito de rendimentos sujeitos à retenção do Imposto de Renda na Fonte a outras pessoas jurídicas devem entregar o Informe de Rendimento até o último dia útil do mês de fevereiro do ano-calendário subsequente, em via única (art. 987 do RIR/2018). 24. Documento Fiscal No documento fiscal emitido pela pessoa jurídica prestadora de serviços, por exemplo, nota fiscal, a alíquota e o valor do IRRF somente poderão ser destacados (indicados) no corpo desse documento, não sendo permitido efetua a dedução do IRRF do valor total da prestação de serviço dentro do próprio documento fiscal. A indicação no corpo do documento fiscal tem por objetivo alertar o tomador do serviço de que o valor do rendimento deverá sofrer o desconto do IRRF. A falta de indicação não desobriga a fonte pagadora do rendimento de efetuar o desconto e o recolhimento do imposto. 17 CORRETO INCORRETO Nota Fiscal de Serviços Serviços Prestados em 31/05/20XX Valor - R$ 5.000,00 IRRF 1,5% - R$ 75,00 Valor R$ 5.000,00 Nota Fiscal de Serviços Serviços Prestados em 31/05/20XX Valor - R$ 5.000,00 IRRF 1,5% - R$ 75,00 Valor R$ 4.925,00 25. Isenção e Não-Incidência Não incidirá o imposto quando o beneficiário dos rendimentos for pessoa jurídica imune ou isenta. 26. Microempresa e Empresa de Pequeno Porte Optante pelo Simples Nacional. Fica dispensada a retenção do imposto de renda na fonte sobre as importâncias pagas ou creditadas a pessoa jurídica inscrita no Simples Nacional. – (Artigo 1° IN RFB 765/2007) “Art. 1º Fica dispensada a retenção do imposto de renda na fonte sobre as importâncias pagas ou creditadas a pessoa jurídica inscrita no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional).” Além disso, o art. 18-A, § 3º, da Lei Complementar n°123/2006, estabelece que o MEI terá isenção do Imposto de Renda e CSLL, PIS/PASEP e COFINS (tributos referidos no art. 13, caput I a VI, da mesma lei), confirmando o entendimento de que a retenção não é devida na sua contratação. A dispensa não se aplica ao imposto de renda relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável de que trata o inciso V do § 1° da Lei Complementar n° 123 de 14/12/2006. 27. Estados, Municípios e Distrito Federal. Ficam obrigadas as retenções do imposto de renda na fonte de pessoa jurídicas sujeitas as alíquotas previstas na legislação do IR. 28. Condomínios de Edilícios Não são pessoas jurídicas e estão desobrigadas de reter o IRRF no caso de pagamento ou crédito a pessoa jurídica na prestação de serviço: Limpeza Conservação ou Manutenção Segurança e Vigilância 18 Transportes de Valores Locação de Mão de Obra Serviço de Remuneração Profissional. 29. Dispensa de Retenção do valor Inferior a R$ 10,00 É dispensada a retenção do imposto, quando o valor a reter for igual ou inferior a R$ 10, 00, observando-se que esse limite se aplica em cada importância paga os creditada, sem levar em consideração os pagamentos ou créditos anteriores inferiores a R$ 10,00 (art. 724, II, do RIR/99). SOLUÇÃO DE CONSULTA N° 100, DE 21 DE MAIO DE 2007, 10ª Região Fiscal – DOU 20/07/2007. ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF EMENTA: RETENÇÃO DE VALORES INFERIORES A R$ 10,00 (DEZ REAIS). É dispensada a retenção de imposto de renda, de valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais), incidente na fonte sobre rendimentos que devam integrar a base de cálculo do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas. Na hipótese de a fonte pagadora proceder à retenção, o recolhimento dever ser efetuado conforme as regras e prazos previstos na legislação. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 9.430, de 1996, arts. 67 e 68; Lei nº 11.196, de 2005, art. 70; RIR/1999, arts. 651 e 724. 30. Reajustamento da Base de Cálculo Por questões comerciais, a fonte pagadora pode assumir o ônus do imposto devido pelo beneficiário. Ou seja, ao invés de descontar a parcela relativa à retenção, a fonte pagadora efetua o pagamento ao beneficiário sem qualquer desconto. Ou seja, a importância paga ou creditada será considerada “líquida”, como se a retenção houvesse sido realizada sobre uma base de cálculo a maior. A despesa é dedutível. Art. 786 do RIR/2018; art.64 da IN-1.500/14 (PF) Parecer Normativo CST 2, de 1980. Exemplo: Valor do Serviço R$50.000,00 Fonte pagadora deveria reter 1% de IRRF R$ 500,00 Devendo pagar o montante líquido de R$ 49.500,00 19 RR = RP / (1-T) Fórmula de reajustamento Sendo: RR – Rendimento reajustado RP – Rendimento pago, correspondente à BC antes do reajustamento T – Alíquota correspondente Aplicando essa fórmula ao exemplo temos: RR = 50.000,00 / (1- 0,01) RR = 50.000,00 / 0,99 RR = 50.505,05 Imposto 1% = 505,05 O valor de R$ 50.505,05 passará a ser a BC reajustada sobre a qual deverá ser aplicada a alíquota de 1% para o recolhimento da retenção não efetuada. Observe que a fonte pagadora ao invés de recolher R$ 500,00, deverá recolher o montante de R$ 505,05. 31. Aluguéis – Tributação do Imposto de Renda 31.1. Conceito de Aluguéis A legislação do Imposto de Renda conceitua os rendimentos de aluguéis da forma examinada nos subitens a seguir. Sujeitando-se ao desconto do IRRF pela tabela progressiva os aluguéis e royalties pagos por pessoas jurídicas a pessoas físicas. 31.2. Aluguéis São classificados como aluguéis todas as espécies de rendimentos percebidos pela ocupação, uso ou exploração de bens corpóreos e direitos, tais como: a) aforamento, locação ou sublocação, arrendamento ou subarrendamento, direito de uso ou passagem de terrenos, seus acrescidos e benfeitorias, inclusive construções de qualquer natureza; b) locação ou sublocação, arrendamento ou subarrendamento de pastos naturais ou artificiais, ou campos de invernada; c) direito de uso ou aproveitamento de águas privadas ou de força hidráulica; 20 d) direito de uso ou exploração de películas cinematográficas ou de vídeo tape; e) direito de uso ou exploração de outros bens móveis de qualquer natureza; f) direito de exploração de conjuntos industriais. 31.3. Rendimentos Equiparados São também considerados como aluguéis todas as espécies de rendimentos percebidos pela ocupação, uso, fruição ou exploração dos bens e direitos, além dos mencionados no subitem 30.2, tais como: a) as importâncias recebidas, periodicamente ou não, fixas ou variáveis, e as percentagens, participações ou interesses; b) os juros, comissões, corretagens, impostos, taxas e remunerações do trabalho assalariado e autônomo ou profissional, pagos a terceiros por conta do locador do bem ou do cedente dos direitos, observado o disposto no subitem 30.12, letra “a”; c) as luvas, prêmios, gratificações ou quaisquer outras importâncias pagas ao locador ou cedente do direito, pelo contrato celebrado; d) as benfeitorias e quaisquer melhoramentos realizados no bem locado e as despesas para preservação dos direitos cedidos, se, de acordo com o contrato, fizerem parte da compensação pelo uso do bem ou direito; e) o preço de compra de móveis ou benfeitorias, ou de qualquer outro bem do locador ou cedente, quando constituir compensação pela anuência do locador ou cedente à celebração do contrato; f) os juros de mora, multas por rescisão de contrato de locação, ainda que a título de indenização, e quaisquer outras compensações pelo atraso no pagamento, inclusive atualização monetária. 31.4. Opção de Compra no Contrato de Locação Se o contrato de locação assegurar opção de compra ao locatário e previr a compensação de aluguéis com o preço de aquisição do bem, não serão considerados como aluguéis os pagamentos, ou parte deles, que constituírem prestação do preço de aquisição. 31.5. Fato Gerador do Imposto de Renda A retenção do imposto será realizada por ocasião do pagamento do aluguel. Considera-se pagamento a entrega de recursos, mesmo mediante depósito em instituição financeira em favor do beneficiário. 31.6. Aluguel Pago Através de Imobiliárias Quando o aluguel for pago por intermédio de imobiliárias, procurador ou qualquer outra pessoa designada pelo locador, será considerado ocorrido o fato gerador na data em que o 21 locatário efetuou o pagamento, independentemente de quando o mesmo foi repassado ao beneficiário. 31.7. Desconto concedido no recebimento do aluguel. O desconto concedido ao locatário, pelo pagamento antecipado do aluguel ou pagamento dentro do prazo estipulado em contrato, onde a dúvida para fins de tributação do IR é qual o valor a ser considerado para fins tributação: “valor bruto sem o desconto” ou “valor líquido recebido com o desconto”. A Instrução Normativa SRFB nº 1.500 de 29 de outubro de 2014, transcorrido os artigos 30 a 32, nos norteia quais são os valores excluídos da tributação do IR: Art. 30. Para determinação da base de cálculo sujeita ao recolhimento mensal de que trata o Capítulo IX, no caso de rendimentos de aluguéis de imóveis pagos por pessoa física, devem ser observadas as mesmas disposições previstas nos arts. 31 a 35. Parágrafo único. Ressalvado o disposto no inciso II do caput do art. 11, o valor locativo do imóvel cedido gratuitamente (comodato) será tributado na Declaração de Ajuste Anual. Seção VI Do Aluguel de Imóvel Pago por Pessoa Jurídica Art. 31. No caso de aluguéis de imóveis pagos por pessoa jurídica, não integrarão a base de cálculo para efeito de incidência do imposto sobre a renda: I - o valor dos impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que produzir o rendimento; II - o aluguel pago pela locação do imóvel sublocado; III - as despesas pagas para sua cobrança ou recebimento; e IV - as despesas de condomínio. § 1º Os encargos de que trata o caput somente poderão reduzir o valor do aluguel bruto quando o ônus tenha sido do locador. § 2º Quando o aluguel for recebido por meio de imobiliárias, por procurador ou por qualquer outra pessoa designada pelo locador, será considerada como data de recebimento aquela em que o locatário efetuou o pagamento, independentemente de quando tenha havido o repasse para o beneficiário. Art. 32. Compõem a base de cálculo, para efeito de tributação, os juros de mora, atualização monetária, multas por rescisão de contrato de locação, a indenização por rescisão antecipada ou término do contrato e quaisquer acréscimos ou compensações pelo atraso no pagamento do aluguel, bem como as benfeitorias realizadas no imóvel pelo locatário não reembolsado pelo locador e as luvas pagas ao locador, ainda que cedido o direito de exploração. 22 O desconto concedido deve compor a Base de Cálculo para fins tributação do Imposto de Renda. Na legislação não encontramos nenhuma previsão para dedução de base de cálculo dos alugueis de imóveis pagos por seu locatário ao locador relativamente ao valor recebido com o desconto. Assim não deve ser abatido qualquer desconto além dos previsto no artigo 31 da IN SRF nº 1.500/2014. 31.8. Juros e Mora no ato do pagamento ao locador Os juros de mora recebidos por pessoas físicas pelo atraso no pagamento de aluguel compõem a base de cálculo, para fins de tributação. (Art. 45, do RIR/2018). 31.9. Retenção na Fonte do IRRF A pessoa jurídica que pagar rendimentos de aluguéis a pessoa física fica responsável pela retenção e recolhimento do IR/Fonte incidente sobre esses rendimentos. O cálculo do imposto será efetuado mediante aplicação da Tabela Progressiva mensal vigente no mês do pagamento. Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IR (em R$) Até 1.903,98 - - De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80 De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 Acima de 4.664,68 27,5 869,36 Assim, conforme o número de dependentes (para o qual não há limitação), os valores a deduzir são (Instrução Normativa RFB nº 1.142/2011): Ano-calendário Quantia por dependente (em R$) 23 2016 189,59 31.10. Dispensa de Retenção É dispensada a retenção do Imposto de Renda de valor igual ou inferior a R$ 10,00, incidente na fonte sobre rendimentos que devam integrar a base de cálculo do impostodevido na Declaração de Ajuste Anual, como é o caso dos aluguéis. 31.11. Base de Cálculo do Imposto de Renda A base de cálculo do imposto na fonte incidente sobre aluguéis é o rendimento bruto, observado o disposto no subitem 30.12. 31.12. Parcelas Não Computadas Não entrarão no cômputo do rendimento bruto as importâncias a seguir: a) impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que produzir o rendimento; b) despesas para cobrança ou recebimento do rendimento; c) despesas de condomínio. 31.13. Deduções da Base de Cálculo Poderá ser deduzido da base de cálculo do IR/Fonte sobre aluguéis: a) os encargos mencionados nas letras “a” a “c” do subitem 12, quando o ônus tenha sido exclusivamente do locador. b) pelo sublocador, o valor do aluguel pago ao proprietário do imóvel sublocado; c) encargos de família, no valor, por dependente; Podem ser considerados dependentes: a) o cônjuge; b) o companheiro ou a companheira, desde que haja vida em comum por mais de 5 anos ou por período menor se da união resultou filho; c) a filha, o filho, a enteada ou o enteado: c.1) até 21 anos; c.2) maior, até 24 anos, se ainda for discente em estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de ensino médio; ou c.3) de qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho; 24 d) o menor pobre, de até 21 anos, que o contribuinte crie e eduque e do qual detenha a guarda judicial; e) o irmão, o neto ou o bisneto, sem arrimo dos pais, do qual o contribuinte detenha a guarda judicial: e.1) até 21 anos; e.2) maior, até 24 anos, se ainda for discente em estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de ensino médio; ou e.3) de qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho; f) os pais, os avós ou os bisavós, desde que não aufiram rendimentos, tributáveis ou não, superiores ao limite de isenção mensal; g) o absolutamente incapaz (conforme o Código Civil, art. 3º, o menor de 16 anos; o que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiver o necessário discernimento para a prática de determinados atos ou o que, mesmo por causa transitória, não puder exprimir sua vontade), assim declarado judicialmente, do qual o contribuinte seja tutor ou curador. Atenção: (1) Quando ambos os cônjuges perceberem rendimentos tributáveis, os dependentes comuns poderão, opcionalmente, ser considerados dependentes por qualquer dos cônjuges, todavia fica vedada a dedução concomitante de um mesmo dependente na determinação da base de cálculo do imposto devido por ambos. (2) Os filhos de pais separados poderão ser considerados dependentes do cônjuge que ficar com a sua guarda, em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente. (3) Para fins de desconto do imposto na fonte, os beneficiários devem informar à fonte pagadora os dependentes que deverão ser utilizados na determinação da base de cálculo. O documento comprobatório deve ser mantido pela fonte pagadora à disposição da fiscalização, não cabendo a fonte pagadora responsabilidade sobre as informações prestadas. (4) O contribuinte pode incluir o companheiro, abrangendo também as relações homo afetivas, como dependente para efeito de dedução do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, desde que tenha vida em comum por mais de 5 anos, ou por período menor se da união resultou filho (Parecer PGFN/CAT nº 1.503/2010; Perguntas e Respostas IRPF 2013 - Resposta à Pergunta nº 319). (Instrução Normativa SRF nº 15/2001, art. 38). d) contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e) Podem ser deduzidas as importâncias pagas pelo contribuinte a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família quando em cumprimento de decisão 25 judicial, inclusive a prestação de alimentos provisionais de acordo homologado judicialmente ou de escritura pública a que se refere o art. 1.124-A da Lei nº 5.869/1973 (Código de Processo Civil), observando-se o seguinte: a) a partir do mês em que se iniciar essa dedução, é vedada a dedução de dependente focalizada no subitem anterior, quando se referirem à mesma pessoa; b) quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto da pensão, a dedução do valor mensal pago a esse título somente poderá ser efetuada se o prestador lhe fornecer o comprovante do pagamento; c) o valor da pensão alimentícia não utilizado como dedução no próprio mês de seu pagamento poderá ser deduzido nos meses subsequentes. 31.14. Pessoa Física pagando a outra Pessoa Física Pessoa física que efetuar pagamento de aluguel a outra pessoa física deve efetuar a retenção do Imposto de Renda? Não. Por falta de amparo legal, não há retenção na fonte do Imposto de Renda quando uma pessoa física paga aluguel a outra pessoa física. Nessa situação, a pessoa física beneficiária do rendimento fica obrigada ao recolhimento do carnê-leão. Base Legal: (RIR/2018, art. 118) Deve observar também que, se o locatário for pessoa física, os aluguéis recebidos sujeitam-se, obrigatoriamente, ao recolhimento mensal no carnê-leão, ainda que o pagamento seja feito por intermédio de empresa administradora de bens, porque a esta, não sendo a fonte pagadora, não cabe reter o imposto na fonte. O carnê-leão é um regime obrigatório de tributação sobre determinadas espécies de rendimentos percebidos por pessoas físicas, não sujeitos à tributação na fonte. Como previsto no RIR/2018 e IN 15/2001 os juros e multas recebidos do locatário pelo locador (PF) em cobrança atraso devem sofrer tributação para Imposto de Renda e recolhidos mensalmente através do carnê-leão. Integram a base de cálculo do imposto mensal, além dos aluguéis, os seguintes valores (recebidos de pessoas físicas): a) indenização pela rescisão antecipada ou pelo término do contrato de locação; b) luvas pagas ao locador ou cedente do direito à locação; c) juros de mora e quaisquer outras compensações pelo atraso no pagamento do aluguel, inclusive a atualização monetária; d) valor das benfeitorias e de quaisquer melhoramentos realizados pelo locatário no bem locado, não reembolsados pelo locador; 26 31.15. Bens em Condomínio ou em Comunhão Os aluguéis provenientes de bens de propriedade comum do casal ou em condomínio devem ser tributados como segue: 31.15.1. Propriedade em Condomínio Os rendimentos DEVEM ser tributados proporcionalmente à parte que cada um dos condôminos detiver. 31.15.2. Propriedade em Comum do Casal No caso de propriedade em comunhão decorrente de sociedade conjugal, inclusive no caso de contribuinte separado de fato, a tributação, em nome de cada cônjuge, incidirá sobre 50% do total dos rendimentos comuns. Opcionalmente, os rendimentos poderão ser tributados, pelo total, em nome de um dos cônjuges. 31.16. Existência de mais de um Contrato de Locação Para fins do IR/Fonte, deverão ser somados os rendimentos pagos no mês a uma mesma pessoa física, quando estes se referirem a mais de um bem ou tenham origem em mais de um contrato de locação. Assim, por exemplo, quando uma pessoa física alugar mais de um imóvel a uma mesma pessoa jurídica, para fins de retenção do imposto, a fonte pagadora deverá levar em consideração o total dos rendimentos mensais de aluguéis pagos relativos a todos os imóveis locados. Este tratamento também será adotado se a empresa pagar qualquer outro rendimento, no mesmo mês, seja a qual título for. Neste caso, para fins de recolhimento do IR/Fonte, o DARF será preenchido com o código do maior rendimento. 31.17. Aluguéis depositados judicialmente: Para os aluguéis depositados em juízo pelo locatário, não é necessário a retenção do imposto de renda pela pessoa jurídica, nem do recolhimento do imposto mensal carnê-leão pela pessoa física, pois o fato gerador do imposto ocorrerásomente quando o valor depositado for liberado pela autoridade judiciária, em favor do locador. Os rendimentos serão tributados quando o locador efetuar o recebimento dos aluguéis, pelo valor total efetivamente recebido, podendo deduzir as despesas necessárias com a ação judicial, inclusive com advogados, se não foram indenizadas. 31.18. Beneficiário Residente ou Domiciliado no Exterior Estão sujeitas à tributação do Imposto de Renda na fonte, à alíquota de 15%, observado o disposto no subitem 30.18.1, no que refere a locação ou arrendamento de bens imóveis, as 27 importâncias que forem pagas, remetidas, creditadas, empregadas ou entregues a beneficiários pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliados no exterior, provenientes: a) da locação ou arrendamento de bens imóveis situados no País: b) de royalties para exploração de patentes de invenção, modelos, desenhos industriais, uso de marcas ou propagandas; c) de direitos autorais, inclusive no caso de aquisição de programas de computador (software), para distribuição e comercialização no Brasil ou para uso próprio, sob a modalidade de cópia única, exceto películas cinematográficas. Na existência de acordo internacional, para evitar a bitributação da renda, deverá ser observado o disposto naquele ato. 31.18.1. Beneficiário Residente ou Domiciliado em País com Tributação Favorecida Quando se tratar de beneficiário residente ou domiciliado em país ou dependência que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota inferior a 17%* ou cuja legislação não permita o acesso a informações relativas à composição societária de pessoas jurídicas, à sua titularidade ou à identificação do beneficiário efetivo de rendimentos atribuídos a não residentes, os rendimentos ficarão sujeitos à incidência de Imposto de Renda na fonte à alíquota de 25%. * Portaria do Ministério da Fazenda 488, de 28 de dezembro de 2014. 31.18.2. Retenção e Recolhimento do IRRF Compete ao procurador a retenção e o recolhimento do imposto quando se tratar de aluguéis de imóveis pertencentes a residentes no exterior. 32. Tratamento Tributário do IRRF O Imposto de Renda retido sobre aluguéis é considerado como antecipação do devido na Declaração de Ajuste Anual da pessoa física beneficiária residente no País. Para tanto, a fonte pagadora deve fornecer anualmente ou por ocasião da retenção, à pessoa física beneficiária, o Comprovante de Rendimentos Pagos e de Retenção do Imposto de Renda na Fonte. No caso de beneficiário residente ou domiciliado no exterior, a tributação é exclusiva na fonte. 33. Prazo e Forma de Recolhimento O Imposto de Renda retido na fonte sobre aluguéis ou royalties deve ser recolhido até o último dia útil do 2º decêndio do mês seguinte ao mês de ocorrência do fato gerador. Tratando-se de beneficiário residente ou domiciliado no exterior, o IR/Fonte deve ser recolhido na data da ocorrência do fato gerador. 28 34. Preenchimento do DARF Para pagamento do IR/Fonte incidente sobre aluguéis ou royalties, deve ser utilizado o DARF, preenchido de acordo com as seguintes instruções: – CAMPO 01 – Nome e telefone da fonte pagadora. – CAMPO 02 – Data de ocorrência do fato gerador no formato DD/MM/AAAA. – CAMPO 03 – Número de inscrição no CNPJ. – CAMPO 04 – Beneficiário residente e domiciliado no País: código 3208; Beneficiário residente e domiciliado no exterior: código 9478 (Aluguéis). – CAMPO 06 – Data de vencimento no formato DD/MM/AAAA. – CAMPO 07 – O valor do imposto que está sendo pago. – CAMPO 08 – O valor da multa de mora, quando devida. – CAMPO 09 – O valor dos juros de mora, quando devidos. – CAMPO 10 – O valor total das parcelas. 35. Penalidades O recolhimento em atraso ou a falta de retenção do Imposto de Renda ficará sujeito às penalidades a seguir. 36. Recolhimento em Atraso Na hipótese de recolhimento em atraso, as penalidades são: a) multa de mora calculada à taxa de 0,33%, por dia de atraso, a partir do primeiro dia útil subsequente ao do vencimento até o dia em que ocorrer o pagamento do tributo ou contribuição. O percentual da multa a ser aplicado fica limitado a 20%; e b) juros de mora equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do mês seguinte ao vencimento até o mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês do pagamento. 37. Falta de Retenção A fonte pagadora estará sujeita à multa de ofício de 75%, no caso de falta de retenção do imposto, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis. A multa poderá ser duplicada na hipótese de sonegação, fraude ou conluio. As multas serão calculadas sobre a totalidade ou diferença de tributo que deixar de ser retida. 29 38. Emissão do Comprovante de Rendimentos Pagos a ser declarado na DIRF Como podemos observar no item anterior, a imobiliária, é apenas a pessoa jurídica que toma atitude em nome do locador, representando o proprietário dos imóveis na administração, venda ou locação. Neste caso a pessoa jurídica que efetuar o pagamento decorrente o imóvel alugado, ainda que seja por intermédio de imobiliária, fará a retenção do IR, com base na tabela progressiva a ser retido da pessoa física, sendo a proprietária do imóvel, conforme determina o Art. 688 do Regulamento de Imposto de Renda de 2018: Seção III Rendimentos de Aluguéis e Royalties Pagos por Pessoa Jurídica Art. 688. Estão sujeitos à incidência do imposto na fonte, calculado na forma do art. 677, os rendimentos decorrentes de aluguéis ou royalties pagos por pessoas jurídicas a pessoas físicas (Lei nº 7.713, de 1988, art. 7º, inciso II). O informe de rendimentos a ser informado pela empresa pagadora do aluguel será em nome da pessoa física beneficiária do rendimento e não para a imobiliária que é apenas o agente intermediário nos recebimentos dos pagamentos. 39. Exemplos Práticos ALUGUEL DE UM ÚNICO IMÓVEL Na hipótese de uma pessoa jurídica que tenha pagado aluguel no valor de R$ 12.000,00 a uma pessoa física em 5-4-2016, sem quaisquer deduções, o imposto será apurado conforme a seguir. IR/Fonte (Aplicação da Tabela Progressiva) R$ 12.000,00 x 27,5% 3.300,00 Parcela a deduzir (-) (869,36) Imposto retido 2.430,64 Valor Líquido Pago (R$ 12.000,00 – R$ 2.430,64) 9.569,36 O imposto retido deverá ser recolhido até o dia até o dia 20-5-2016. 40.Incidência do IRRF para Transportador Autônomo. 40. 1. Incidência do Imposto de Renda na Fonte 30 A incidência do Imposto de Renda sobre rendimentos provenientes de prestação de serviços de transporte, em veículo próprio, locado, inclusive mediante arrendamento mercantil, ou adquirido com reserva de domínio ou alienação fiduciária, consideram-se tributáveis: a) 10% (a partir de 1º.01.2013), do rendimento total, quando decorrente de transporte de carga ou proveniente da prestação de serviços com trator, máquina de terraplanagem, colheitadeira e assemelhados; b) 60% do rendimento total, quando decorrente do transporte de passageiros. Os percentuais referidos correspondem ao mínimo a ser considerado como rendimento tributável. 40.2. Base de Cálculo Apurado o valor do rendimento tributável, podem ser feitas as deduções comuns aos rendimentos sujeitos à incidência do imposto mediante aplicação da tabela progressiva. Podem ser deduzidos: a) os dependentes; b) a contribuição para a Previdência Social ; c) a pensão alimentícia paga, quando em cumprimento de decisão judicial, inclusive a prestação de alimentos provisionais, de acordo homologado judicialmente, ou de escritura pública Apurada a basede cálculo, calcula-se o imposto mediante aplicação da tabela progressiva mensal, no caso de imposto incidente na fonte 40.3. Tributação na Fonte Estes rendimentos, quando pagos por pessoa jurídica a pessoa física, estão sujeitos ao desconto do Imposto de Renda na Fonte, calculado conforme expusemos acima. Quando houver mais de um pagamento no mês a um mesmo beneficiário, o imposto deve ser retido por ocasião de cada pagamento, aplicando-se a alíquota correspondente à soma dos rendimentos pagos no mês a qualquer título (trabalho assalariado, prestação de serviços sem vínculo de emprego, aluguéis), compensando-se o imposto retido anteriormente 40.4. Prazo para pagamento e preenchimento do DARF O Imposto de Renda Retido na Fonte deve ser recolhido até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente ao mês de ocorrência do fato gerador. No DARF para o recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte sobre os rendimentos de transportador autônomo deve ser indicado, no campo 04, o código 0588 de receita. Exemplo: Calculo de RPA de Frete de Carga com IRRF: 31 Frete de R$ 4.803,20 Base de Cálculo para o IRRF = 4.803,20 x 10% = R$ 480,32 Não há retenção do IRRF RIR/2018, Artigos 707, a 710, Leis 7.713/1988, artigo 9º e 12.794/13, artigo 18. II - Retenção na Fonte nas Notas Fiscais das Contribuições Sociais CSL, COFINS e PIS- PASEP. 1. Introdução A retenção na fonte da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL), da COFINS e da contribuição para o Pis-Pasep de acordo com a Lei 10.833/2003, com as alterações da Lei 11.196/2005, da Lei 11.727/2008, da Lei 13.137/2015 e da Instrução Normativa SRF nº 459/2004, com as alterações da IN FRB 765/2007, da Instrução Normativa RFB 791/2007 e da IN 1.151/2011. 2. Previsão de Incidência Estão sujeitos à retenção na fonte da CSL, da contribuição para Pis-Pasep e da COFINS os pagamentos efetuados, bem como os pagamentos antecipados por conta de prestação serviços para entrega futura, por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão de obra, pela prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de credito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, bem como pela remuneração de serviços profissionais. As retenções serão efetuadas sem prejuízo da retenção do IRRF das pessoas jurídicas sujeitas a alíquotas específica previstas na legislação do Imposto de Renda e aplicam-se também aos pagamentos efetuados por: a) associação, inclusive entidades sindicais, federações, confederações, centrais sindicais e serviços sociais autônomos; b) sociedades simples, inclusive sociedades cooperativas; c) fundações de direito privado; ou d) condomínios edilícios (edifícios) Notas: (1) Entendem-se como serviços: a) de limpeza, conservação ou zeladoria: aqueles de varrição, lavagem, enceramento, desinfecção, higienização, desentupimento, dedetização, desinsetização, imunização, desratização ou a conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos, edificações, instalações, dependências, logradouros, vias públicas, pátios ou áreas de uso comum; 32 b) de manutenção: todo e qualquer serviço de manutenção ou conservação de edificações, instalações, máquinas, veículos automotores, embarcações, aeronaves, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou qualquer bem, quando destinados a mantê-los em condições eficientes de operação, exceto se a manutenção for feita em caráter isolado, como mero conserto de um bem defeituoso; c) de segurança e/ou vigilância: aqueles que tenham por finalidade a garantia da integridade física de pessoas ou a preservação de valores e de bens patrimoniais, inclusive escolta de veículos de transporte de pessoas ou cargas; d) profissionais: aqueles relacionados no RIR/1999, artigo 647, § 1º, inclusive quando prestado por cooperativas ou associações profissionais, aplicando-se, para fins da retenção das contribuições, os mesmos critérios de interpretação adotados em atos normativos expedidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil para a retenção do imposto de Renda. (2) A retenção sobre os serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos e administração de contas a pagar e a receber aplica-se até mesmo quando esses serviços são prestados por empresa de factoring. (Lei 10.833/2003, artigo 10; IN SRF 459/2004 artigo 1º; IN RFB 1.151/2011, artigo 1º) 3. Dispensa de Retenção Desde o dia 22 de junho de 2015, fica dispensada a retenção de valor igual ou inferior a R$ 10,00. Essa nova regra foi estabelecida pelo artigo 24 da Lei 13.137/2015. Até o dia 21 de junho de 2015, havia a dispensa de retenção na fonte para os pagamentos aos prestadores de serviços de valor igual ou inferior a R$ 5.000,00, considerando o somatório dos pagamentos no mesmo mês à mesma pessoa jurídica. Assim a partir da nova regra de retenção, a dispensa deve ser analisada sobre o valor calculado das Contribuições Sociais Retidas na Fonte (CSRF). 4. Base de Cálculo As contribuições devem ser retidas sobre a importância total por ocasião do pagamento, ao beneficiário, do rendimento. Não é admitida a exclusão da parcela relativa ao Imposto Sobre Serviços (ISS), mesmo que esteja destacada na nota fiscal de serviços emitida pela pessoa jurídica beneficiária do rendimento. (IN SRF 459/2004, art. 2º, caput) 5. Percentual a ser descontado O valor da CSLL, da COFINS e da contribuição para o Pis-Pasep deve ser determinado mediante a aplicação do percentual de 4,65% sobre o montante a ser pago correspondente à soma das alíquotas de 1%, 3% e 0,65%, respectivamente. 33 (Lei 9.430/1996, art. 767; Lei 10.833/2003, artigo 31, § 1º; IN SRF 459/2004, ARTIGO 2º, § 1º). 6. Retenção das Contribuições Totais ou Parciais No caso de pessoa jurídica ou de receitas beneficiárias de isenção ou de alíquota zero de uma ou mais das contribuições, ou ainda, no caso de pessoa jurídica amparada pela suspenção total ou parcial da exigibilidade de crédito tributário nas hipóteses a que se refere o artigo 15, II, IV e V da Lei 5.172/1966 (Código Tributário Nacional – CTN) ou por sentença judicial transitada em julgado determinando suspensão do pagamento de qualquer das contribuições, a retenção ocorrerá mediante a aplicação da alíquota específica correspondente às contribuições não alcançadas pela isenção, pela alíquota zero ou pela suspensão. Notas: (1) As pessoas jurídicas beneficiárias de isenção ou de alíquota zero devem informar essa condição na nota fiscal ou documento fiscal, inclusive o enquadramento legal, sob pena de, se não o fizerem, sujeitam-se à retenção das contribuições no percentual de 4,65%. (2) No caso de suspensão do crédito tributário, o beneficiário do rendimento deverá apresentar a fonte pagadora, a cada pagamento, a comprovação de que o direito à não retenção continua amparado por medida judicial. (Lei 10.833/2003, artigo 31, § 2º, IN SRF 459/2004, artigos 2º e 3º, e 10). 7. Casos em que Não se Aplica a Retenção 7.1. Casos em que não se aplica a retenção da CSL, da COFINS e do Pis-Pasep Não será exigida a retenção da CSL, da COFINS e da contribuição ao Pis-Pasep na hipótese de pagamentos efetuados a: a) empresas estrangeiras de transporte de valores; b) pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional; De outro lado, não estão obrigadas a efetuar a retenção das referidas contribuições as pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional. Notas: (1) Para fins de dispensa das retenções, as pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional devem apresentar, a cada pagamento, da declaração em 2 vias assinadas pelo seu representante legal, à pessoa jurídica que efetuar a retenção. Essa declaraçãodeve ser elaborada na forma da IN SRF 791/2004, Anexo I, o qual foi substituído pela IN RFB 791/2007. A 1ª via da declaração, arquivada pela pessoa jurídica responsável pela retenção, ficará à disposição da RFB, e a 2ª via deverá ser devolvida ao interessado, como recibo. Instrução Normativa n° 1.151/2011 (DOU de 04.05.2011 (2) A Solução de Consulta COSIT nº 36/2006 esclareceu que a prestação de serviços de cobrança extrajudicial, por não caracterizar remuneração de serviços profissionais previstos no § http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/11/in1151_2011.php 34 1º, artigo 647, do RIR/1999 e, também, por não caracterizar serviço de gestão de crédito, não está sujeito à retenção na fonte da Cofins, do Pis-Pasep e da CSL . (Lei 10.833/2003, artigos 30, § 2º, e 32, III; IN SRF 459, artigos 1º, § 6º, e 3º II; IN RFB 765/2007, artigo 4º). Não se aplica a retenção do PIS/PASEP, COFINS e CSLL não se aplica: I - às entidades da administração pública federal de que trata o art. 34 da Lei n° 10.833, de 29 de dezembro de 2003, bem como aos órgãos, autarquias e fundações dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e Acrescentado pela Instrução Normativa n° 1.151/2011 (DOU de 04.05.2011) - vigência a partir de 04.05.2011. II - aos pagamentos efetuados pelos fundos de investimento autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários. Acrescentado pela Instrução Normativa n° 1.151/2011 (DOU de 04.05.2011) - vigência a partir de 04.05.2011. 7.2. Caso em que não se aplica a retenção da CSL Não será exigida a retenção da CSL sobre os pagamentos efetuados às sociedades cooperativas, em relação aos atos cooperados, exceto às cooperativas de consumo de que trata a Lei 9.532/1997, artigo 69). (Lei 10.833/2003, artigo 32, I; IN SRF 459/2004, artigo 5º) 8. Prazo de pagamento Desde o dia 22 de junho de 2015, os valores retidos no mês, na forma dos artigos 30, 33 e 34 da Lei 10.833/2003, devem ser recolhidos ao Tesouro Nacional de forma centralizada pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica até o último dia útil do 2º decêndio do mês subsequente àquele mês em que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora dos bens ou prestadora do serviço (anteriormente, esse prazo era até o último dia útil da quinzena subsequente àquela quinzena em que tivesse ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora dos bens ou prestadora do serviço). (Lei 10.833/2003, artigo 35; Lei 13.137/2015, artigo 24). 9. Preenchimento do DARF O preenchimento do DARF deve ser efetuado com o CNPJ do estabelecimento matriz da pessoa jurídica tomadora dos serviços sujeitos à retenção. Para o recolhimento das contribuições, o DARF deve ser preenchido em 2 vias, indicando-se no campo 04, o código nas seguintes condições: a) na hipótese de pessoa jurídica contribuinte da CSL, da Cofins e da contribuição ao Pis-Pasep, mediante a utilização do código 5952; b) no caso de pessoa jurídica beneficiária de isenção ou suspensão, total ou parcial, na forma da legislação especifica de uma ou mais contribuições, o recolhimento das contribuições não alcançadas pela isenção ou suspensão será efetuada mediante a utilização dos seguintes códigos: http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/11/in1151_2011.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/11/in1151_2011.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/11/in1151_2011.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/11/in1151_2011.php 35 b.1) 5987 para a CSL; b.2) 5960 para a COFINS; b.3) 5979 para o Pis-Pasep; (IN SRF 459/2004, artigo 10) 10. Operações com Cartões de Crédito ou Débito Nos pagamentos pela prestação de serviços efetuados por meio de cartões de crédito ou débito, a retenção deve ser efetuada pela pessoa jurídica tomadora dos serviços sobre o total a ser pago à empresa prestadora de serviços, e o pagamento deve ser realizado pelo valor líquido, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento dos valores retidos à pessoa jurídica tomadora dos serviços. (IN SRF 459/2004, artigo 8º) Nas notas fiscais, nas faturas, nos boletos bancários ou quaisquer outros documentos de cobrança que contenham código de barras, devem ser informados o valor bruto do preço dos serviços e os valores de cada contribuição incidente sobre a operação. Seu pagamento deve ser efetuado pelo valor líquido, depois de deduzidos os valores das contribuições retidas, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento destas à pessoa jurídica tomadora dos serviços. Não se aplicando as faturas do cartão de crédito. (IN SRF 459/2004, artigo 9º). 11. Documento de Cobrança que Contenham Códigos de Barras Nas notas fiscais, nas faturas, nos boletos bancários ou quaisquer outros documentos de cobrança que contenham código de barras, devem ser informados o valor bruto do preço dos serviços e o Xs valores de cada contribuição incidente sobre a operação. Seu pagamento deve ser efetuado pelo valor líquido, depois de deduzidos os valores das contribuições retidas, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento destas à pessoa jurídica tomadora dos serviços. O disposto nesse item não se aplica às faturas de cartão de crédito. (IN SRF 459/2004, artigo 9º) 12. Tratamento das Contribuições Retidas Os valores da CSLL, PIS/PASEP e COFINS retidos são considerados como antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção em relação às respectivas contribuições. Os valores retidos poderão ser deduzidos, pelos beneficiários dos pagamentos, das contribuições devidas de mesma espécie, relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir do mês da retenção. 36 O valor a deduzir, correspondente a cada espécie de contribuição, será determinado mediante a aplicação, sobre o valor bruto do documento fiscal, das alíquotas respectivas às retenções efetuadas. Lei 10.833/2003, artigo 36, IN SRF 459/2004, artigo 7º. 13. Comprovante Anual de Rendimentos Pagos As pessoas jurídicas que efetuarem a retenção das contribuições devem fornecer comprovante anual de retenção à pessoa jurídica beneficiária do pagamento, até o último dia útil de fevereiro do ano subsequente, informando, relativamente a cada mês em que houver sito efetuado o pagamento, conforme modelo constante da IN SRF 459/2004, Anexo II: a) o código da retenção; b) a natureza do rendimento; c) o valor pago antes de efetuada a retenção; e d) o valor retido. Nota: (1) O comprovante anual poderá ser disponibilizado pela Internet à pessoa jurídica beneficiária do pagamento que possua endereço eletrônico. (2) Anualmente, até o último dia útil de fevereiro do ano subsequente, as pessoas jurídicas que efetuarem a retenção das contribuições deverão apresentar Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF), discriminando, mensalmente, o somatório dos valores pagos e o total retido, por contribuinte e por código de recolhimento. (IN 459/2004, artigo 12) 14. Preenchimento de Nota Fiscal de Serviços A empresa prestadora de serviços deve informar no documento fiscal, o valor correspondente à retenção das contribuições sobre a operação. A obrigatoriedade do destaque das retenções no corpo da nota fiscal se aplica à retenção da parcela destinada à CSL, à COFINS e à contribuição para o Pisp-Pasep (IN SRF 459/2004, artigo 1º, § 10). III - Retenção e Recolhimento do ISS – Imposto Sobre Serviços. 1. Introdução A Constituição Federal outorga competência aos Municípios para instituir o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, não compreendidos na competência dos Estados e do Distrito Federal, definidos em lei complementar. “Artigo 156 – Compete aos Municípios instituir imposto sobre: I - ................................................................................. 37 II - ................................................................................ III – serviços de qualquer natureza, não compreendido
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