Buscar

Auditoria Contábil- CONCEITO OBJETIVOS, ORIGEM

Prévia do material em texto

Auditoria Contábil
ORIGEM DA AUDITORIA CONTÁBIL
A auditoria surgiu como consequência da necessidade de confirmação dos registros contábeis, em virtude do aparecimento das grandes empresas, baseado no lucro expresso nas demonstrações contábeis. Sua evolução ocorreu em paralelo ao desenvolvimento econômico e com as grandes empresas formadas por capital de muitas pessoas.
A auditoria contábil surgiu primeiramente na Inglaterra, primeira nação a possuir grandes empresas de comércio e primeira a instituir imposto sobre a renda.
Além disso, na Inglaterra já se praticava desde 1.314 a auditoria nas contas públicas.
CONCEITO DE AUDITORIA CONTÁBIL
A auditoria contábil é um conjunto de atividades técnicas e procedimentos, exercidas de forma sistematizada numa entidade, compreendendo a avaliação e exame dos procedimentos e das operações praticadas, com vistas a apurar a exatidão dos registros contábeis e a realidade das operações, e sobre estes emitir uma opinião.
OBJETIVOS DA AUDITORIA CONTÁBIL
A auditoria contábil compreende o exame de documentos, livros contábeis, registros, além de realização de inspeções e obtenção de informações de fontes internas e externas, tudo relacionado com o controle do patrimônio da entidade auditada.
A auditoria tem por objetivo averiguar a exatidão dos registros contábeis e das demonstrações contábeis no que se refere aos eventos que alteram o patrimônio e a representação desse patrimônio.
O objeto da auditoria se resume no conjunto dos elementos de controle do patrimônio, quais sejam os registros contábeis, documentos que comprovem esses registros e os atos administrativos. Fatos não registrados documentalmente também são objeto da auditoria uma vez que tais fatos podem ser relatados por indivíduos que executam atividades relacionadas ao patrimônio auditado.
ASPECTOS DE CADA ÁREA
Aspecto administrativo
Contribui para a redução da ineficiência, negligência, incapacidade e improbidade.
Aspecto patrimonial
Possibilita melhor controle de bens, direitos e obrigações.
Aspecto fiscal
Auxilia no rigoroso cumprimento das obrigações fiscais, resguardando o patrimônio contra possíveis penalidades.
Aspecto técnico
Contribui para a eficiência dos serviços contábeis.
Aspecto financeiro
Resguarda créditos de terceiros contra fraudes e dilapidações.
Aspecto econômico
Possibilita maior exatidão no resultado.
Aspecto ético
Examina a moralidade do ato praticado.
Aspecto social
Examina a correta aplicação dos recursos para fins sociais e ambientais e certifica a confiabilidade destes dados.
VANTAGENS DA AUDITORIA CONTÁBIL
Para a administração da empresa:
· Fiscaliza a eficiência dos controles internos;
· Assegura maior correção dos registros contábeis;
· Opina sobre a adequação das demonstrações contábeis;
· Dificulta desvios de bens patrimoniais e pagamentos indevidos de despesas;
· Possibilita a apuração de omissões no registro das receitas, na realização oportuna de créditos ou na liquidação oportuna de débitos;
· Contribui para obtenção de melhores informações sobre a real situação econômica, patrimonial e financeira da empresa auditada;
· Aponta falhas na organização administrativa da empresa e nos controles internos.
Para os investidores e titulares do capital (sócios):
· Contribui para maior exatidão das demonstrações contábeis;
· Possibilita melhores informações sobre a real situação econômica, patrimonial e financeira da empresa auditada;
· Assegura maior exatidão dos resultados apurados.
Para o fisco:
· Permite maior exatidão das demonstrações contábeis;
· Assegura maior exatidão dos resultados apurados;
· Contribui para maior observância das leis fiscais.
Para a sociedade como um todo:
· Maior credibilidade das demonstrações contábeis da entidade auditada;
· Assegura a veracidade das informações, das quais dependerá a tranquilidade quanto à sanidade das empresas e garantias de empregos;
· Informa o grau de solidez e a evolução da economia nacional (através das demonstrações contábeis).
LIMITAÇÕES DA AUDITORIA CONTÁBIL
Embora a auditoria contábil seja um instrumento indispensável para o controle organizacional, esta não deve ser considerada como imune a imperfeições ou a falhas.
A auditoria contábil encontra suas limitações no momento em que as inconsistências detectadas assumem um caráter não contábil, ou seja, abrangem, além dos controles patrimoniais, outros aspectos, tais como engenharia de produção ou pesquisa operacional. Assim, a auditoria na área de custos pode detectar anomalias através do confronto dos custos-padrão com os custos reais, porém, ela não é capaz de detectar se essa anomalia é fruto de um desenho de projeto de baixa qualidade ou de regulagem das máquinas deficiente. Tais investigações escapam da auditoria contábil e partem para a auditoria operacional, para a auditoria administrativa e ainda para a auditoria de projetos.
NORMAS DE AUDITORIA
Normas de auditoria são as regras ditadas pelos órgãos reguladores da profissão contábil e tem por objetivo a regulação da profissão e atividades bem como estabelecer diretrizes a serem seguidas pelos profissionais no desenvolver de seus trabalhos.
As normas atualmente em vigor no Brasil são emitidas em conjunto pelo CFC, IBRACON, Banco Central do Brasil, a CVM e a Superintendência de Seguros Privados.
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA CONTÁBIL
O planejamento da auditoria contábil envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria, sendo devidamente documentado e discutido pela equipe de auditoria. No Brasil, a responsabilidade do auditor no planejamento da auditoria das demonstrações contábeis é tratada na NBC TA 300. A estratégia global estabelecida pelo auditor define o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. Tanto a estratégia global, quanto o plano de auditoria, devem ser alterados e atualizados pelo auditor sempre que necessário.
RISCO DE AUDITORIA
Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas.
O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção, a seguir discriminados:
1. Risco de detecção: é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor não detectem uma distorção potencialmente relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.
2. Risco de distorção relevante: é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes, o risco inerente e o risco de controle:
· Risco inerente: é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes de se considerar qualquer controle preexistente;
· Risco de controle: é o risco de que uma distorção não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade.
PLANEJAMENTO DOS TRABALHOS
O planejamento dos trabalhos de auditoria é extremamente importante e deve, invariavelmente, considerar o escopo da auditoria a ser realizada, ou seja, sua abrangência, com estabelecimento de metas para tornar o trabalho o mais eficiente possível. Pressupõe o adequado nível de conhecimento sobre a natureza das operações, dos negócios, da forma de organização da empresa e legislação aplicável, assim como a identificação prévia de problemas a serem analisados.
O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos, tais como:
a) a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados;
b) a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas;
c) a necessidade de atender os prazos estabelecidos pelo próprio órgão ou por terceiros;
d) a execução individual ou em conjunto com outros órgãos.
O planejamento dos trabalhos de auditoria deve ser documentado pelo auditor, a quem também cabe preparar programas de trabalho por escrito, detalhandoo que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade e extensão.
Os programas de auditoria devem ser detalhados de forma a servir como guia e meio de controle de sua execução.
O planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados e atualizados sempre que novos fatos o recomendarem.
Em geral, as auditorias podem ser classificadas em três grupos: 
1. auditoria financeira;
2. auditoria de cumprimento e
3. auditoria operacional.
 
AUDITORIA FINANCEIRA 
No caso da auditoria financeira, há interesse na auditoria das demonstrações financeiras da entidade como um todo. 
O objetivo geral de uma auditoria  das demonstrações financeiras é fazer com que o auditor expresse uma opinião sobre se as demonstrações financeiras estão razoavelmente apresentadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos.
 
AUDITORIA DE CUMPRIMENTO E OPERACIONAL
 
A auditoria de cumprimento e a auditoria operacional têm objetivos específicos e podem ou não estar relacionadas à contabilidade de uma entidade. Normalmente, a contabilidade é base destes exames. Daí sua importância para diferentes usuários e objetivos.
 
A auditoria de cumprimento engloba a revisão, comprovação e avaliação dos controles e procedimentos operacionais de uma entidade.
 
A auditoria operacional é um exame mais amplo da administração, recursos técnicos e desempenho de uma organização. O propósito desta auditoria é medir o grau em que as atividades da entidade estão alcançando seus objetivos.

Continue navegando