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Fisiologia do exercicio

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS
 Curso: Fisioterapia 
 Disciplina: Fisiologia do exercício
 Prof.ª: Luciana Arantes
 Aluna: Sandy Fernandes de Oliveira
ADAPTAÇÕES RESPIRATÓRIAS AO EXERCÍCIO
O consumo máximo de oxigênio aumenta durante o treinamento atlético. O consumo máximo de oxigênio (Vo2) de um homem médio sem treinamento é de 3.600mL/min; esse índice aumenta para 4.00mL/min no homem treinado atleticamente e para 5.100mL/min no maratonista do sexo masculino. O Vo2 máximo aumenta durante o treinamento, mas os valores elevados em maratonistas podem ser em parte, geneticamente determinados por fatores como grande capacidade pulmonar em relação ao tamanho do corpo e força dos músculos respiratórios. 
No exercício máximo, a ventilação pulmonar varia de 100 a 110L/min, mas a capacidade respiratória máxima excede isso em 50%. Os pulmões apresentam mecanismos de segurança integrados que podem ser úteis caso o exercício seja realizado (1) em altitude elevada; (2) em condições de calor; ou (3) com alguma anormalidade no sistema respiratório.
A capacidade pulmonar de difusão de oxigênio aumenta em atletas. A capacidade de difusão de oxigênio se difunde dos alvéolos para o sangue por mmHg de pressão de oxigênio. Durante o exercício, a capacidade de difusão aumenta em um não atleta de um valor em repouso de 23mL/min/mmHg para 48mL/min/mmHg. A capacidade de difusão aumenta durante o exercício, principalmente em virtude da abertura dos capilares pulmonares subperfundidos, o que fornece uma área de superfície maior para a difusão do oxigênio.
ADAPTAÇÕES CARDIOVASCULARES NO EXERCÍCIO
A função geral do sistema cardiovascular é fornecer e manter suficiente, contínuo e variável o fluxo sanguíneo aos diversos tecidos do organismo, segundo suas necessidades metabólicas para desempenho das funções que devem cumprir.
O fluxo sanguíneo através do músculo aumenta 25 vezes acimado normal durante o exercício. A maior parte do fluxo sanguíneo muscular ocorre entre as contrações, porque os vasos sanguíneos são comprimidos durante o processo contrátil. Um aumento da pressão arterial durante o exercício aumenta diretamente o fluxo. A dilatação das paredes arteriolares pelo aumento da pressão diminui a resistência vascular e aumenta o fluxo muito mais. O treinamento atlético aumenta o volume sistólico e diminui a frequência cardíaca em repouso. Se uma pessoa inicia treinamento atlético extenso do tipo anaeróbico, geralmente o tamanho do coração e o débito cardíaco máximo aumentam. Assim, o volume sistólico aumenta e a frequência cardíaca diminui. O débito cardíaco é a quantidade de sangue bombeada pelo coração para a aorta a cada minuto. Representa também a quantidade de sangue que flui para a circulação periférica. Ele transporta substâncias dos tecidos e para os tecidos. Em um indivíduo adulto médio, o débito cardíaco corresponde a cerca de 5L/min e, o índice cardíaco é o débito cardíaco por metro quadrado da área da superfície corporal, corresponde a 3L/min/m². O débito cardíaco pode ser calculado por meio da seguinte fórmula:
	DÉBITO CARDÍACO = VOLUME SISTÓLICO × FREQUÊNCIA CARDÍACA
O aumento da frequência cardíaca proporciona uma percentagem muito maior do aumento do débito cardíaco do maratonista do que o aumento do volume sistólico.
O coração limita a quantidade de exercício que uma pessoa pode realizar. No exercício máximo, o débito cardíaco corresponde a 90% de seu valor máximo, mas a ventilação pulmonar corresponde apenas 65% de seu valor máximo. Geralmente, o sistema cardiovascular limita a quantidade de exercício que pode ser realizado.
Durante qualquer tipo de doença cardíaca, o débito cardíaco máximo diminui o que limita a quantidade de exercício que pode ser realizado. Qualquer tipo de doença respiratória que limite gravemente a ventilação pulmonar ou a capacidade de difusão de oxigênio também limita o exercício.
O corpo produz uma grande quantidade de calor durante o exercício, e problemas com a eliminação desse calor do corpo podem limitar o exercício.
DURANTE O EXERCÍCIO, AS ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES FORNECEM MAIS NUTRIENTES E REMOVEM GRANDES QUANTIDADES DE SUBPRODUTOS METABÓLICOS DO MÚSCULO EM EXERCÍCIO.
As alterações cardiovasculares que ocorrem durante o exercício incluem as seguintes: 
· Descarga simpática maciça: aumenta a frequência cardíaca e a força cardíaca, causando constrição arteriolar e venoconstrição em toda a vasculatura, exeto no músculo em exercício, cérebro e leito coronário.
· Redução dos impulsos parassimpáticos: também aumenta frequência cardíaca.
· Vasodilatação local no músculo em exercício: diminui a resistência ao retorno venoso.
· Aumento da pressão média de enchimento sistêmico: deve-se principalmente à venoconstrição, mas também à constrição arteriolar.
· Aumento do retorno venoso e do débito cardíaco, como resultado do aumento da pressão média de enchimento sistêmico, da redução da resistência ao retorno venoso e do aumento da força cardíaca.
· Aumento da pressão arterial média: trata-se de uma consequência importante do aumento da atividade simpática durante a prática do exercício; as causas da elevação dessa pressão são (1) constrição arteriolar e de pequenas artérias; (2) aumento da contratilidade cardíaca e da frequência cardíaca; e (3) elevação da pressão média de enchimento sistêmico.
A elevação da pressão arterial ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo (1) impulsionando o sangue através do sistema arterial e de volta ao coração; e (2) dilatando as arteríolas, o que reduz a resistência periférica total e permite que mais sangue flua pelo músculo esquelético e volte ao coração. O retorno venoso é a quantidade de sangue que flui das veias de volta para o átrio direito a cada minuto.
CICLO CARDÍACO: SISTÓLE (CONTRAÇÃO) E DIÁSTOLE (RELAXAMENTO)
	
MIOCÁRDIO 
O miocárdio é uma das paredes do coração, representa a porção intermediária e mais espessa, entre o epicárdio e o endocárdio. Ele é constituído por músculo estriado cardíaco e consiste em feixes entrelaçados de células estriadas cardíacas, imersas em tecido conjuntivo altamente vascularizado.
O miocárdio forma a maior parte do coração e é devido à contração e relaxamento de suas células que ocorre o bombeamento do sangue. Então, a sua função é permitir as contrações cardíacas. A energia para essa atividade deriva da respiração aeróbica, dependente do oxigênio. Assim, o miocárdio necessita de um contínuo fornecimento de oxigênio e nutrientes para o seu funcionamento. As artérias coronárias são as responsáveis pelo suprimento de sangue ao miocárdio.
INSPIRAÇÃO
É o conjunto de movimentos que permite a entrada de ar nos pulmões. Nesse processo ocorre a contração do diafragma, ocasionando seu abaixamento. Os músculos intercostais também se contraem fazendo com que as costelas se levantem. Isso faz com que o tórax aumente de tamanho e a pressão interna dos pulmões torne-se menor que a externa. Com a redução da pressão intrapulmonar, o ar acaba entrando pelas vias respiratórias e chegando até os alvéolos para que ocorram as trocas gasosas.
EXPIRAÇÃO
Consiste no conjunto de movimentos que resulta na retirada do ar do interior das vias respiratórias. Nesse caso, ocorre o relaxamento dos músculos intercostais e do diafragma. Diferentemente do que ocorre na inspiração, há uma redução do volume da caixa torácica, que volta ao seu tamanho de repouso, e uma retração dos pulmões, o que faz com que a pressão interna fique maior que a externa. O aumento da pressão intrapulmonar faz com que o ar seja lançado para fora do nosso corpo.

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