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Planejamento e controle de capacidade Prof. Ouverney O que chamamos aqui de planejamento e controle de capacidade às vezes também chamado de planejamento e controle agregados. A razão disto é que no “ mais alto nível” do processo de planejamento e controle, os cálculos de demanda e capacidade normalmente são realizados de forma agregada, que não discrimina entre os diferentes produtos e serviços que uma operação produtiva pode fazer. A essência da tarefa é conciliar, no nível geral e agregado, a existência de capacidade com o nível de demanda que deve ser satisfeita. O uso mais comum é no sentido estático, físico do volume fixo por exemplo de um recipiente ou o espaço de um edifício/instalação. Farmacêuticos = reatores de 1000 litros/hora; Estacionamento = 500 veículos; Cinema= 2500 lugares; O que é capacidade? Voltando aos farmacêuticos com reatores de capacidade igual a 1000 litros/hora: O gerente de produção acredita que usando reatores de 1000 litros por hora operando 24 horas vai obter 24000 a cada dia. Correto? Faça suas contas........... O que é capacidade? Agora, mais uma informação: A reação demora 4 horas e entre cada reação das bateladas gastamos 2 horas para limpeza do reator. Refaça suas contas........... O que é capacidade? O que é capacidade? 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 1 batelada 1 batelada 1 batelada 1 batelada Total = 4 bateladas = 4000 litros em 24 horas Muitas organizações operam abaixo de sua capacidade máxima de processamento, seja porque a demanda é insuficiente para preencher completamente sua capacidade, seja por uma política da empresa, de forma que a operação possa responder rapidamente a cada novo pedido. Restrições de capacidade Com frequência, entretanto, encontramos dentro das organizações alguns processos operando abaixo de sua capacidade e outros operando em sua capacidade máxima. Estes processos que operam em sua capacidade máxima são as restrições de capacidade de toda a operação (são o gargalo). Restrições de capacidade Operação B Operação B Operação A Esteira Operação C Tempo da operação = 60 segundos Tempo da operação = 90 segundos Tempo da operação = 30 segundos Considerando uma produção ininterrupta de 1 hora quantos carros serão Produzido? Operação B Operação B Operação A Esteira Operação C Tempo da operação = 60 segundos Tempo da operação = 90 segundos Tempo da operação = 30 segundos Considerando uma produção ininterrupta de 1 hora quantos carros serão Produzido? 1 hora = 3600 segundos Operação B (gargalo)= 3600/90 = 40 carros/hora Operação B Operação B Operação A Esteira Operação C Tempo da operação = 60 segundos Tempo da operação = 90 segundos Tempo da operação = 30 segundos Agora você vai otimizar este processo pelo balanceamento das atividades: Operação B Operação B Operação A Esteira Operação C Tempo da operação = 60 segundos Tempo da operação = 90 segundos Tempo da operação = 30 segundos Agora você vai otimizar este processo pelo balanceamento das atividades: Antes Operação B Operação B Operação A Esteira Operação C Tempo da operação = 60 segundos Tempo da operação = 60 segundos Tempo da operação = 60 segundos Depois Operação B Operação B Operação A Esteira Operação C Tempo da operação = 60 segundos Tempo da operação = 60 segundos Tempo da operação = 60 segundos Depois Considerando uma produção ininterrupta de 1 hora quantos carros serão Produzido após balanceamento? Operação B Operação B Operação A Esteira Operação C Tempo da operação = 60 segundos Tempo da operação = 60 segundos Tempo da operação = 60 segundos Depois Considerando uma produção ininterrupta de 1 hora quantos carros serão Produzido após balanceamento? 1 hora = 3600 segundos Operação A/B/C (balanceadas)= 3600/60 = 60 carros/hora Tendo definido sua capacidade de longo prazo, os gerentes de produção devem decidir o como ajustar a capacidade da operação no médio prazo. Isto normalmente envolve uma avaliação da demanda futura em um período de 2 a 18 meses, durante o qual o volume de produção pode ser variado, por exemplo, alterando o número de horas que os equipamentos são usados. Capacidade de médio e curto prazo Mas como as previsões carregam incertezas precisamos responder as variações que ocorrem no períodos menores (curto prazo). Restaurante de shopping no domingo X segunda-feira no mês de abril? Restaurante de shopping no domingo X segunda-feira no mês de janeiro? Capacidade de médio e curto prazo Os gerentes de produção devem ajustar sua capacidade de curto prazo para flexibilizar o volume produzido. Como você faria no caso do restaurante de shopping? Capacidade de médio e curto prazo Etapas de planeamento e controle de capacidade Etapa 1: Medir a demanda e a capacidade agregadas Etapa 2: Identificar as políticas alternativas de capacidade Etapa 3: Escolher as políticas de capacidade mais adequadas. Etapa 1: Medir a demanda e a capacidade agregadas Previsão de flutuações da demanda: Ser expressa em termos úteis para o planejamento e controle de capacidade; Se expressa em valor monetário tem que ser decodificada para quantidade. Ser tão exata quanto possível; Dar uma indicação da incerteza relativa; Variação durante o dia (supermercado, linha de ônibus.......etc). Sazonalidade da Demanda Climático, festas, comportamentais, políticos, financeiros e sociais. Etapa 1: Medir a demanda e a capacidade agregadas Medir a capacidade O problema principal com a medição da capacidade não é tanto sua incerteza, mas sua Complexidade. Somente quando a produção é altamente padronizada e repetitiva é fácil definir a capacidade sem ambiguidade. Ex. Imagine a fábrica de televisores que produz somente um modelo. Fácil né, medir a capacidade assim fica direto. Agora pense em um mix de vários modelos e tempos de produção variados. Vamos pensar um pouco mais sobre “ Capacidade depende do Mix”. Etapa 1: Medir a demanda e a capacidade agregadas Suponha que um fabricante de aparelhos de ar condicionado produza três modelos diferente: O de luxo, o padrão e o econômico. O modelo de luxo: montado em 1,5 horas; O padrão: montado em 1 hora; Econômico: montado em 0,75 horas; A área de montagem da fábrica tem disponibilidade de 800 horas de pessoal de montagem por semana; Se a demanda para unidades de luxo, padrão e econômico estiver na proporção 2:3:2, qual será o tempo necessário para montar 2+3+2=7 unidades? Etapa 1: Medir a demanda e a capacidade agregadas Vamos aos cálculos: Se a demanda para unidades de luxo, padrão e econômico estiver na proporção 2:3:2, qual será o tempo necessário para montar 2+3+2=7 unidades, então: (2x1,5)+(3x1)+(2x0,75)=7,5 horas Então o número de unidades produzidas por semana será: (800 /7,5)X 7 dias = 746,7 unidades Etapa 1: Medir a demanda e a capacidade agregadas E se a proporção mudar para 1:2:4 (1x1,5)+(2x1)+(4x0,75)= 6,5 horas (800/6,5)x7= 861,5 unidades Capacidade de projeto e capacidade efetiva As proporções do volume de produção realmente conseguido por uma operação para a capacidade de projeto e para a capacidade efetiva são respectivamente chamadas utilização e eficiência da planta. Utilização = Volume de produçãoreal/Capacidade de projeto Eficiência = Volume de produção real/Capacidade efetiva Capacidade de projeto e capacidade efetiva Exemplo: Suponha que o fabricante de papel tenha capacidade de 200 metros quadrados por minuto e a linha opera 24 horas por dia, 7 dias por semana. Qual a capacidade de projeto? Capacidade de projeto e capacidade efetiva Exemplo: Suponha que o fabricante de papel tenha capacidade de 200 metros quadrados por minuto e a linha opera 24 horas por dia, 7 dias por semana. Qual a capacidade de projeto? Vamos calcular então..... ( 24 horas por dia x 7 dias por semana = 168 horas) Capacidade de projeto = 200 X 60 X 24 X 7 = 2016000 metros quadrados por semana Capacidade de projeto e capacidade efetiva Exemplo: Agora vamos incrementar o exemplo: Os registros de produção mostram os seguinte tempos perdidos para uma semana – Mudança de produtos (set-ups) = 20 horas Manutenção preventiva = 16 horas Nenhum trabalho programado = 8 horas Amostragem de qualidade = 8 horas Tempos de troca de turno = 7 horas Paradas para manutenção = 18 horas Investigação de falhas de qualidade = 20 horas Falta de estoque de insumos = 8 horas Falta de pessoal = 6 Espera pelos rolos de papel = 6 horas Durante essa semana o volume de produção real foi de 582000 metros quadrados. A empresa considera que os 5 primeiros itens são planejados ( perdas aceitáveis ) A empresa considera que os 5 últimos itens não são planejados ( perdas inaceitáveis ) Capacidade de projeto e capacidade efetiva Exemplo: Agora vamos incrementar o exemplo: Os registros de produção mostram os seguinte tempos perdidos para uma semana – Mudança de produtos (set-ups) = 20 horas Manutenção preventiva = 16 horas Nenhum trabalho programado = 8 horas Amostragem de qualidade = 8 horas Tempos de troca de turno = 7 horas Total de 59 horas de perdas inerentes (aceitáveis) Capacidade de projeto e capacidade efetiva Exemplo: Agora vamos incrementar o exemplo: Os registros de produção mostram os seguinte tempos perdidos para uma semana – Paradas para manutenção = 18 horas Investigação de falhas de qualidade = 20 horas Falta de estoque de insumos = 8 horas Falta de pessoal = 6 Espera pelos rolos de papel = 6 horas Total de 58 horas de perdas não inerentes (inaceitáveis) Capacidade de projeto e capacidade efetiva Capacidade de projeto = 168 horas Capacidade efetiva = 168-59 = 109 h Volume de produção real = 168-59-58 = 51 h Utilização= Volume de produção real / Capacidade de projeto = 51/168 = 0,304 (30%) Eficiência = Volume de produção real / Capacidade efetiva = 51/109 = 0,468 (47%) Método cada vez mais popular de julgar a eficácia do equipamento de operações. É baseado em três aspectos de desempenho: o tempo que o equipamento está disponível para operar; a qualidade do produto ou serviço que produz; a velocidade, ou taxa de transferência, do equipamento. Overall Equipment Effectiveness (OEE) A eficácia geral do equipamento é calculada multiplicando uma taxa de disponibilidade por uma taxa de desempenho (ou velocidade) multiplicada por uma taxa de qualidade. Algumas das reduções na capacidade disponível de uma peça de equipamento (ou qualquer processo) são causadas por perdas de tempo, tais como perda de configuração e troca – Set-up (quando o equipamento ou processo está sendo preparado para sua próxima atividade), e falhas de quebra/parada quando a máquina está sendo reparada. Overall Equipment Effectiveness (OEE) OEE = a X p X q Em um período típico de sete dias, o departamento de planejamento programa uma máquina específica para trabalhar por 150 horas - seu tempo de carregamento. As trocas e configurações levam em média 10 horas e as falhas de avaria em média 5 horas a cada sete dias. O tempo em que a máquina não pode funcionar porque está esperando que o material seja entregue de outras partes do processo é de 5 horas em média e durante o período em que a máquina está funcionando, é em média 90 por cento de sua velocidade nominal. Posteriormente, 3 por cento das peças processadas pela máquina apresentam algum tipo de defeito. Praticando o OEE: (mãos na massa) Tempo máximo disponível = 7 X 24 horas = 168 horas Tempo de carregamento = 150 horas Perdas de disponibilidade = 10 horas (set-ups) + 5 horas (breakdowns) Portanto, tempo total de operação = tempo de carregamento – disponibilidade = 150 horas – 15 horas = 135 horas Perdas de velocidade = 5 horas (ocioso) + ((135–5) 0,1) (10% do tempo restante) = 18 horas Portanto, tempo operacional líquido = tempo operacional total - perdas de velocidade = 135 – 18 = 117 horas Perdas de qualidade = 117 (tempo operacional líquido) × 0,03 = 3.51 horas Então, tempo operacional agregado = tempo operacional líquido - perdas de qualidade = 117 – 3.51 = 113.49 hours Perdas de qualidade = 117 (tempo operacional líquido) × 0,03 (t = 3.51 horas Então, tempo operacional agregado = tempo operacional líquido - perdas de qualidade = 117 – 3.51 = 113.49 hours Portanto, taxa de disponibilidade: tempo total de operação a = ______________________ tempo de carregamento a = 135/150 = 90% Taxa de desempenho: tempo de operação líquido P = ______________________ tempo total de operação p = 117/135 = 86,67% taxa de qualidade: tempo de operação adicionado q = ___________________________ tempo de operação líquido q = 113,49/117 = 97% OEE (axpxq) = 90% x 86,67% x 97% = 75,66% com uma compreensão da demanda e da capacidade, o próximo passo é considerar os métodos alternativos de respondes as flutuações da demanda. Há três opções “puras” para lidar com essas variações: Ignorar as flutuações e manter níveis das atividades constantes (política de capacidade constante); Ajustar a capacidade para refletir as flutuações da demanda (política de acompanhamento da demanda); Tentar mudar a demanda para ajustá-la à disponibilidade da capacidade (gestão da demanda). Etapa 2: Políticas alternativas de capacidade ( política de capacidade constante): Podem atingir os objetivos de padrões de emprego estáveis, alta utilização do processo e normalmente também alta produtividade com baixos custos unitários. Infelizmente, também podem criar estoques consideráveis, que devem ser financiados e armazenados. Etapa 2: Políticas alternativas de capacidade ( política de capacidade constante): Etapa 2: Políticas alternativas de capacidade ( política de capacidade constante): Etapa 2: Políticas alternativas de capacidade (política de acompanhamento da demanda): Tenta ajustar a capacidade bem próxima dos níveis variáveis da demanda prevista. Tarefa mais difícil de conseguir em relação a política de capacidade constante, pois um número diferente de pessoas, diferentes horas de trabalho e mesmo diferentes quantidades de equipamentos podem ser necessários em cada período. Razões estas que dificilmente atraem operações que fabricam produtos não perecíveis. Este tipo de política é normalmente mais adotada por operações que não podem estocar sua produção, como as operações de processamento de clientes ou fabricante de produtos perecíveis. Etapa 2: Políticas alternativas de capacidade (política de acompanhamento da demanda): Etapa 2: Políticas alternativas de capacidade (política de acompanhamento da demanda): Métodos para ajustar a capacidade: Horas extras e tempo ocioso; Variar o tamanho da força de trabalho; Usar pessoal em tempo parcial; Subcontratação; Etapa 2: Políticas alternativas de capacidade (gestão da demanda). O mais óbvio para mudar a demanda é através do preço: Um hotel de negócios que faz promoção de fim de semana. Ofertas especiais de sorvete no inverno. Outra forma de gestão da demanda é através de propagandas. Etapa 2: Políticas alternativas de capacidade Antes que uma operação possa decidir qual política de capacidade adotar, deve estar consciente das consequênciasda adoção de cada política em seu próprio conjunto de circunstâncias. Um supermercado deve entender, por exemplo, as consequências prováveis de colocar em funcionamento somente 20 de seus 30 caixas no horário de alto movimento do almoço. Um fabricante deve entender sua capacidade e demanda para calcular o efeito de estabelecer seu nível de produção em um patamar específico. Etapa 3: Escolher as políticas de capacidade mais adequadas. Dois métodos são especialmente úteis para ajudar a avaliar as consequências da adoção de políticas específicas de capacidade: Representações acumuladas de demanda e capacidade; Teoria de filas (tema de Pesquisa operacional); Etapa 3: Escolher as políticas de capacidade mais adequadas. Representações acumuladas de demanda e capacidade Representações acumuladas de demanda e capacidade Política de capacidade constante de 14,03 toneladas por dia Operação B Operação B Operação A Esteira Operação C Tempo da operação = 45 segundos Tempo da operação = 60 segundos Tempo da operação = 55 segundos Operação B Operação H Operação G Esteira Operação I Tempo da operação = 52 segundos Tempo da operação = 55 segundos Tempo da operação = 59 segundos Operação B Operação E Operação D Esteira Operação F Tempo da operação = 30 segundos Tempo da operação = 33 segundos Tempo da operação = 29 segundos Operação B Operação K Operação J Esteira Operação L Tempo da operação = 45 segundos Tempo da operação = 60 segundos Tempo da operação = 55 segundos 45 segundos Considerando uma produção ininterrupta de 1 hora quantos carros serão Produzido? Em um período típico de sete dias, o departamento de planejamento programa uma máquina específica para trabalhar por 140 horas - seu tempo de carregamento. As trocas e configurações levam em média 8 horas e as falhas de avaria em média 6 horas a cada sete dias. O tempo em que a máquina não pode funcionar porque está esperando que o material seja entregue de outras partes do processo é de 6 horas em média e durante o período em que a máquina está funcionando, é em média 94 por cento de sua velocidade nominal. Posteriormente, 2 por cento das peças processadas pela máquina apresentam algum tipo de defeito. Calcule o OEE abaixo: Tempo máximo disponível = 7 X 24 horas = 168 horas Tempo de carregamento = 10 horas Perdas de disponibilidade = 8 horas (set-ups) + 6 horas (breakdowns) Portanto, tempo total de operação = tempo de carregamento – disponibilidade = 140 horas – 14 horas = 126 horas Perdas de velocidade = 6 horas (ocioso) + ((126–6)*0,06) (6% do tempo restante) = 6+7,2= 13,2 horas Portanto, tempo operacional líquido = tempo operacional total - perdas de velocidade = 126 – 13,2 = 112,8 horas Perdas de qualidade = 112,8 (tempo operacional líquido) × 0,02 =2,26 horas Então, tempo operacional agregado = tempo operacional líquido - perdas de qualidade = 112,8 – 2,26 = 110,54 horas Portanto, taxa de disponibilidade: tempo total de operação a = ______________________ tempo de carregamento a = 126/140 = 90% Taxa de desempenho: tempo de operação líquido P = ______________________ tempo total de operação p = 112,5/126 = 89,52% taxa de Qualidade: tempo de operação adicionado q = ___________________________ tempo de operação líquido q = 110,54/112,5 = 98% OEE (axpxq) = 90% x 89,52% x 98% = 78,96% The Pizza Company has a demand forecast for the next 12 months which is shown in : Prepare a production plan which keeps the output level.