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AULA ATIVIDADE Disciplina: Direito Empresarial Unidade de Ensino: 3 - Conhecer e compreender as relações comerciais e seus reflexos entre empresa, empresário e mercado consumidor. Competência(s): Conhecer e compreender as relações comerciais e seus reflexos entre empresa, empresário e mercado consumidor. Conteúdos: Aprofundar o estudo propriedade industrial, conhecer alguns aspectos do direito do consumidor e seus sistemas de responsabilidade. Teleaula:03 Título: Direito do consumidor e seus reflexos nas relações comerciais físicas e virtuais Prezado (a) aluno (a), A aula atividade tem a finalidade de promover o auto estudo das competências e conteúdos relacionados à Unidade de Ensino 03 – Direito do consumidor e seus reflexos nas relações comerciais físicas e virtuais. Esta atividade, terá a duração de 1 hora e está organizada em duas etapas: “Avaliação de resultados de aprendizagem” e “Fechamento do Tópico da Unidade do Fórum de Discussão”. Siga todas as orientações indicadas e conte sempre com a mediação do seu tutor e a interatividade com o professor no Chat Atividade e Fórum de Discussão. Bons estudos! Avaliação de resultados de aprendizagem O que devo conhecer previamente para fazer a atividade? Descrição dos conhecimentos prévios para realização das questões. 1) Dominar os conhecimentos acerca da propriedade industrial. 2) Saber os direitos e deveres do consumidor, bem como as relações de consumo. 3) Dominar o conhecimento dos sistemas de responsabilidade. O que farei? Resolução individual das 4 (quatro) questões objetivas indicadas a seguir. Em quanto tempo? 30 minutos. Como farei? 1. Resolver as questões objetivas individualmente; 2. Comparar os meus resultados com o gabarito disponibilizado pelo professor no Chat Atividade; 3. Registrar as respostas e/ou dúvidas pontuais no Fórum no Chat Atividade para mediação e ampliação comentada do gabarito pelo professor. Quando farei? No decorrer da aula atividade. Por que devo fazer? Para avaliar os resultados de aprendizagem dos conteúdos propostos na Unidade de Ensino. Questões Objetivas: 1. No fim do século XIX, em 1883, alguns países sentiam a necessidade de produzir leis uniformes sobre a Propriedade industrial. Nesse período, aconteceu a Convenção de Paris, da qual o Brasil fez parte, que desenvolveu as primeiras regras e diretrizes para a uniformização internacional do tema. Muitas das normas definidas naquela época continuam em vigor, mas hoje o Brasil possui uma legislação especifica sobre a propriedade industrial, que está descrita na Lei nº 9.279/1996 – Lei de Propriedade Industrial – LPI. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/23908/notas- introdutorias-sobre-a-propriedade-industrial>. Acessado em 19.06.17. Assinale a alternativa correta: a) A invenção e o modelo de utilidade são instrumentalizados por meio da Carta-Patente. b) A marca e o desenho industrial são instrumentalizados por meio da Carta-Patente. c) A invenção e o modelo de utilidade são instrumentalizados por meio do certificado de registro. d) A marca e o modelo de utilidade são instrumentalizados por meio do certificado de registro. e) O desenho industrial e a invenção são instrumentalizados por meio do certificado de registro. 2. A proteção do consumidor nas relações de consumo é medida decorrente de mandamento constitucional expresso, uma vez que o legislador constituinte de 1988 erigiu a sua defesa ao status de norma de direito fundamental e, ao mesmo tempo, a princípio geral da ordem econômica. Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9154/Principio- da-informacao-do-Codigo-de-Defesa-do-Consumidor>. Acessado em 20.06.17. Assinale a alternativa correta. a) Consumidor é toda pessoa física, não englobando a pessoa jurídica. b) Consumidor é toda pessoa física e jurídica que fabrica o produto que é vendido para o revendedor. c) Consumidor é toda pessoa jurídica, não englobando a pessoa física. d) Consumidor é aquele que desenvolve as atividades de produção, importação, exportação, distribuição, comercialização de produtos. e) Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 3. Direito do Consumidor é o ramo do Direito que trata das relações de consumo do cidadão comum e as garantias de que este pode dispor para ter o seu direito respeitado e levado em conta pelo comerciante. Disponível em: <http://www.infoescola.com/direito/direito-do-consumidor/>. Acessado em 20.06.17. Assinale a alternativa correta. a) Defeito ou Fato do Produto é uma falha ou deficiência que compromete o produto em aspectos como a quantidade, a qualidade, a eficiência. b) O prazo decadencial para reclamar do vício do produto é de 05 anos. c) O prazo prescricional para ajuizar ação cuja o objeto seja defeito no produto (fato do produto) é de 90 dias para produtos duráveis. d) Fato do produto é o defeito que gera a insegurança do produto ou serviço para o consumidor. e) O Código de Defesa do Consumidor não diferencia vício do produto de fato do produto. 4. (CESGRANRIO - 2016 - ANP) Sr. Z adquiriu um automóvel de luxo da empresa LR, tendo o bem vindo com defeito no sistema de freios. Constatou--se que o vício veio da fábrica e não poderia ser consertado, diante da sofisticação do sistema de computadores utilizado no automóvel. De acordo com as regras do Código de Defesa do Consumidor, Sr. Z deverá receber a) valor em dobro do anteriormente pago. b) bem superior em qualidade ao adquirido. c) bem inferior com quitação total do preço. d) bem equivalente em condições de uso. e) bem e a devolução do preço pago. Fechamento do Tópico da Unidade do Fórum de Discussão O que farei? Realizar a atividade “Fechamento do Tópico da Unidade do Fórum de Discussão” descrita a seguir. Em quanto tempo? 30 minutos. Quando farei? No decorrer da aula atividade. Como farei? 1. Leia atentamente a questão reflexiva proposta pelo professor. 2. Buscar esclarecimentos ou retirar possíveis dúvidas com o professor no Chat Atividade; 3. Resolver a questão utilizando os conteúdos estudados nas webaulas e no Livro didático. 4. Apresentar no Chat atividade um resumo do processo de resolução para a mediação do professor. 5. Compare sua resposta com as contribuições do professor. Por que devo fazer? Para avaliar o nível de aprendizagem alcançado durante a TA. Com quem irei fazer? Individualmente. Onde registrarei? No Chat Atividade. Questão reflexiva do Fórum de Discussão Leia o texto. O conceito de FATO DO PRODUTO ou do SERVIÇO fica restrito a situações que geram insegurança (riscos) ao consumidor? Site: Dizer direito Imagine a seguinte situação adaptada: João comprou e assentou cerâmicas para a sala para seu novo apartamento. Ocorre que cerca de 9 meses depois, as cerâmicas começaram a se deteriorar. Diante disso, João ajuizou ação de indenização por danos morais e materiais contra a empresa fabricante. Na contestação, a fabricante alegou a situação narrada configura “vício do produto” e que houve a decadência do direito de o consumidor reclamar, já que o prazo máximo seria de 90 dias, com base no art. 26, II, do CDC: Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: I – 30 (trinta dias), tratando-se de fornecimento de serviço e de produto não duráveis; II – 90 (noventa dias), tratando-se de fornecimento de serviço e de produto duráveis. O argumento da fabricante foi acolhido pelo STJ? NÃO. Analisando um caso concreto, o STJ entendeu que o aparecimento de grave vício em revestimento (pisos e azulejos), quando já se encontrava devidamente instalado na residência do consumidor, configura “fato do produto” (e não víciodo produto). Logo, o prazo não é o do art. 26 e sim o do art. 27 do CDC. STJ. 3ª Turma. REsp 1.176.323-SP, Rel. Min. Villas Bôas Cueva, julgado em 3/3/2015 (Info 557). Vício do produto x Fato do produto Vamos relembrar as diferenças entre os dois institutos: VÍCIO (VÍCIO DO PRODUTO) DEFEITO (FATO DO PRODUTO) Vício é a inadequação do produto ou serviço para os fins a que se destina. É uma falha ou deficiência que compromete o produto em aspectos como a quantidade, a qualidade, a eficiência etc. Restringe-se ao próprio produto e não aos danos que ele pode gerar para o consumidor Ex: Paulo compra um Playstation® e ele não “roda” todos os jogos. O art. 12, § 1º do CDC afirma que defeito diz respeito a circunstâncias que gerem a insegurança do produto ou serviço. Está relacionado, portanto, com o acidente de consumo. Ex: Paulo compra um Playstation®, ele liga o aparelho, começa a jogar e, de repente, o videogame esquenta muito e explode, ferindo-o. No entanto, a doutrina e o STJ entendem que o conceito de “fato do produto” previsto no § 1º do art. 12 pode ser lido de forma mais ampla, abrangendo todo e qualquer vício que seja grave a ponto de ocasionar dano indenizável ao patrimônio material ou moral do consumidor. Desse modo, mesmo o produto/serviço não sendo “inseguro”, isso poderá configurar “fato do produto/serviço” se o vício for muito grave a ponto de ocasionar dano material ou moral ao consumidor. Foi nesse sentido que o STJ enquadrou o caso acima (do piso de cerâmica) como sendo hipótese de fato do produto. Prazo para reclamar sobre os vícios é decadencial: • 30 dias para serviços e produtos não O prazo para ações de reparação por danos causados por fato do produto ou do serviço prescreve em 5 anos. duráveis; • 90 dias para serviços e produtos duráveis. Veja o que a doutrina afirma sobre o tema: “(...) São considerados vícios as características de qualidade ou quantidade que tornem os serviços (ou os produtos) impróprios ou inadequados ao consumo que se destinam e também que lhes diminuam o valor. Da mesma forma são considerados vícios os decorrentes da disparidade havida em relação às indicações constantes do recipiente, embalagem, rotulagem, oferta ou mensagem publicitária. (...) O defeito, por sua vez, pressupõe vício. Há vício sem defeito, mas não há defeito sem vício. O vício é uma característica inerente, intrínseca do produto ou serviço em si. O defeito é o vício acrescido de um problema extra, alguma coisa extrínseca ao produto ou serviço, que causa um dano maior do que simplesmente o mau funcionamento, o não funcionamento, a quantidade errada, a perda do valor pago - já que o produto ou o serviço não cumpriram com o fim ao qual se destinavam. O defeito causa, além desse dano do vício, outro ou outros danos ao patrimônio jurídico material ou moral do consumidor. Logo, o defeito tem ligação com o vício, mas, em termos de dano causado ao consumidor, ele é mais devastador. Temos, então, que o vício pertence ao próprio produto ou serviço, jamais atingindo o próprio consumidor ou outros bens seus. O defeito vai além do produto ou serviço para atingir o consumidor em seu patrimônio jurídico material e⁄ou moral. Por isso somente se fala propriamente em acidente de consumo em caso de defeito. É no defeito que o consumidor é atingido.” (NUNES, Rizzatto. Curso de Direito do Consumidor. 5ª ed., São Paulo: Saraiva, 2009, ps. 344⁄345). Dessa feita, o STJ entendeu que os problemas causados pelo piso novo já instalado superaram o mero conceito de “vício do produto” e devem ser classificados como “fato do produto”, razão pela qual não se aplicam o prazo decadencial do art. 26, II, do CDC (90 dias), mas sim o prazo prescricional de 5 anos, insculpido no art. 27 do CDC. Reconheço que esse conceito mais elástico de “fato do produto” é um tanto quanto subjetivo e poderá gerar inúmeras dúvidas sobre situações limítrofes em casos concretos. No entanto, apesar disso, é importante que você conheça essa posição do STJ que certamente será exigida nas provas, além de poder ajudá-lo a resolver questões práticas na lide forense. RESUMINDO: O aparecimento de grave vício em revestimento (pisos e azulejos), quando já se encontrava devidamente instalado na residência do consumidor, configura FATO DO PRODUTO, sendo, portanto, de 5 anos o prazo prescricional da pretensão reparatória (art. 27 do CDC). O art. 12, § 1º do CDC afirma que defeito diz respeito a circunstâncias que gerem a insegurança do produto ou serviço. Está relacionado, portanto, com o acidente de consumo. No entanto, a doutrina e o STJ entendem que o conceito de “fato do produto” deve ser lido de forma mais ampla, abrangendo todo e qualquer vício que seja grave a ponto de ocasionar dano indenizável ao patrimônio material ou moral do consumidor. Desse modo, mesmo o produto/serviço não sendo “inseguro”, isso poderá configurar “fato do produto/serviço” se o vício for muito grave a ponto de ocasionar dano material ou moral ao consumidor. Foi nesse sentido que o STJ enquadrou o caso acima (do piso de cerâmica). STJ. 3ª Turma. REsp 1.176.323-SP, Rel. Min. Villas Bôas Cueva, julgado em 3/3/2015 (Info 557). PERGUNTA: Imagine a seguinte situação: (FGV- 2017 - ALERJ) Eduardo adquiriu um automóvel zero km, com prazo de garantia de dois anos. Dois meses após a compra, Eduardo seguia com o veículo em velocidade moderada, dirigindo com a devida cautela, quando a barra de direção quebrou em virtude de um defeito de fabricação, causando um acidente que vitimou apenas o próprio Eduardo, que sofreu fraturas no braço direito e na perna esquerda, além de uma série de escoriações. Constatado o problema, Eduardo somente ajuizou a ação perante a montadora do automóvel dois anos após o ocorrido. Texto disponível em: < http://www.dizerodireito. com.br/2015/04/o-conceito-de-fato-do-produto-ou-do.html> PERGUNTA A conduta de Eduardo está correta? Justifique? Preparando-se Para a Próxima Teleaula Prepare-se melhor para o nosso próximo encontro organizando o autoestudo da seguinte forma: 1. Planeje seu tempo de estudo prevendo a realização de atividades diárias. 2. Estude previamente as webaulas e a Unidade de Ensino antes da teleaula. 3. Produza esquemas de conteúdos para que sua aprendizagem e participação na teleaula seja proveitosa. 4. Utilize o fórum para registro das atividades e atendimento às dúvidas e/ou dificuldades. Conte sempre com o seu tutor eletrônico e o professor da disciplina para acompanhar sua aprendizagem. Bons Estudos!
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