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Teoria Geral dos recursos

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Teoria Geral dos recursos 
Introdução e Conceito
Adotado o princípio do duplo grau de jurisdição, fixado pela Revolução Francesa e garantia de uma melhor qualidade da prestação jurisdicional, pelo qual a causa deve analisada por dois juízos distintos, o legislador ordinário regulou a sua aplicação criando meios de impugnação de decisões pelo vencido.
Recurso é o poder que se reconhece à parte vencida em qualquer incidente ou no mérito da demanda de provocar o reexame da questão decidida pela mesma autoridade judiciária ou por outra de hierarquia superior, ou, segundo Luiz Guilherme Marinoni e Daniel Mitidiero "É um meio voluntário de impugnação de decisões judiciais, interno ao processo, que visa à reforma, à anulação ou ao aprimoramento da decisão atacada" (Código de Processo Civil - Comentado artigo por artigo - Editora Revista dos Tribunais, 2008, página 505).
As várias espécies de recursos e as hipóteses em que eles podem ser interpostos estão previstas em lei processual. Assim, somente a União tem competência legislativa para tanto (Art. 22, I, da Constituição Federal). 
Além dos recursos, existem meios autônomos de impugnação das decisões judiciais, como, por exemplo, a ação rescisória, que não é um recurso, mas se presta a impugnar sentenças e acórdãos transitados em julgado, quando ocorrente qualquer das hipóteses previstas no art. 966 do Código de Processo Civil.
Ressalta-se também que o mandado de segurança e o "habeas corpus" como meios autônomos que podem ser utilizados contra decisões judiciais.
O poder de recorrer somente existe para quem tem interesse na modificação da decisão, modificação que não pode ser para pior - reformatio in pejus. Assim, é requisito indispensável de qualquer recurso que o recorrente tenha sucumbido, isto é, que não tenha sido atendido em sua pretensão, no todo ou em parte. Somente aqueles atos que ostentam conteúdo decisório é que são passíveis de recurso, pois somente estes podem gerar a sucumbência.
Pressupostos para a interposição dos recursos
Subjetivos
São aqueles que levam em consideração a pessoa do recorrente.
Legitimidade
O "vencido" está legitimado, isto é, a parte que tenha sofrido prejuízo jurídico com a decisão. Também estão legitimados o Ministério Público - quer esteja atuando na condição de parte, quer na de custos legis -, o terceiro interveniente e o terceiro prejudicado (CPC, art. 996).
Interesse
Para recorrer é indispensável que o recurso seja útil e necessário ao recorrente, a fim de evitar que este sofra prejuízos com a decisão.
Assim, constata-se que haverá interesse em recorrer somente àquele que for sucumbente, ou seja, àquele que não recebeu da decisão tudo o que dela esperava.
Objetivos
São aqueles que dizem respeito ao recurso em si.
Tempestividade
Para a interposição do recurso, há um prazo fixado na lei, sendo que para alguns recursos, o prazo é de 15 (quinze) dias (art. 1.003, §5º do CPC); para outros como o agravo retido ou de instrumento, é de 15 (quinze) dias (art. 1.015 do CPC) etc.
Decorrido o prazo, não mais poderá ser interposto o recurso. Esses prazos são contados do momento em que o advogado tem conhecimento da decisão: quando a decisão for prolatada em audiência, conta-se da audiência - ainda que o advogado a ela não esteja presente, mas tenha sido intimado regularmente; quando prolatada fora da audiência, quando for intimado pelo órgão oficial (art. 224 do CPC), lembrando que evidenciado o conhecimento da decisão, ainda que não intimado, o prazo tem início. 
Cabimento
Em princípio, todos os atos com conteúdo decisório são passíveis de recursos, uma vez que o legislador, além de prever o recurso para as sentenças e decisões terminativas, adotou o princípio da "recorribilidade das interlocutórias", pelo qual somente aquelas decisões que o legislador estabeleceu não serem passíveis de recurso é que não são recorríveis. O exemplo de decisão interlocutória irrecorrível está no art. 1.007, §6º do CPC: a decisão que releva a pena de deserção da apelação é irrecorrível, como proclama o seu parágrafo único. Não estando prevista a irrecorribilidade, todas as decisões sujeitam-se ao recurso. 
Para cada espécie de decisão, há previsão de um recurso adequado: contra a sentença cabe apelação; contra decisão interlocutória cabe agravo de instrumento; contra acórdão unânime cabe recurso especial ou recurso extraordinário, e assim por diante. Não é possível utilizar-se um recurso por outro. Somente em situações excepcionais, em que houver dúvida quanto à natureza do ato judicial, será possível admitir-se um recurso por outro - princípio da fungibilidade recursal. Mas deverá o recurso inadequado ter sido interposo no prazo do recurso adequado, sob pena de ofensa ao pressuposto da tempestividade.
Preparo 
O art. 1.007, do CPC, determina que no ato da interposição do recurso se comprovará o preparo. Logo, o prazo para o preparo não é o mesmo do recurso, mas se encerra antes, já que no ato da interposição deve-se comprovar a sua realização. Ausente o preparo exigido em lei, ocorre a deserção, que é uma pena ao recorrente desidioso, mas que pode ser relevada, desde que alegado e provado o justo impedimento.
Teoria Geral dos recursos 
 
Introdução e Conceito
 
Adotado o princípio do duplo grau de jurisdição, fixado pela Revolução Francesa e garantia de 
uma melhor qualidade da prestação jurisdicional, pelo qual a causa deve analisada por dois 
juízos distintos, o legislador 
ordinário regulou a sua aplicação criando meios de impugnação de 
decisões pelo vencido.
 
Recurso é o poder que se reconhece à parte vencida em qualquer incidente ou no mérito da 
demanda de provocar o reexame da questão decidida pela mesma autoridade judici
ária ou por 
outra de hierarquia superior, ou, segundo Luiz Guilherme Marinoni e Daniel Mitidiero "É um 
meio voluntário de impugnação de decisões judiciais, interno ao processo, que visa à reforma, 
à anulação ou ao aprimoramento da decisão atacada" (Código 
de Processo Civil 
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Comentado 
artigo por artigo 
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Editora Revista dos Tribunais, 2008, página 505).
 
As várias espécies de recursos e as hipóteses em que eles podem ser interpostos estão 
previstas em lei processual. Assim, somente a União tem competência l
egislativa para tanto 
(Art. 22, I, da Constituição Federal). 
 
Além dos recursos, existem meios autônomos de impugnação das decisões judiciais, como, por 
exemplo, a ação rescisória, que não é um recurso, mas se presta a impugnar sentenças e 
acórdãos trans
itados em julgado, quando ocorrente qualquer das hipóteses previstas no art. 
966 do Código de Processo Civil.
 
Ressalta
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se também que o mandado de segurança e o "habeas corpus" como meios 
autônomos que podem ser utilizados contra decisões judiciais.
 
O poder de recorrer somente existe para quem tem interesse na modificação da decisão, 
modificação que não pode ser para pior 
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reformatio in pejus. Assim, é requisito indispensável 
de qualquer recurso que o recorrente tenha sucumbido, isto é, que não tenha
 
sido atendido 
em sua pretensão, no todo ou em parte. Somente aqueles atos que ostentam conteúdo 
decisório é que são passíveis de recurso, pois somente estes podem gerar a sucumbência.
 
 
Pressupostos para a interposição dos recursos
 
Subjetivos
 
São
 
aqueles que levam em consideração a pessoa do recorrente.
 
 
Legitimidade
 
O "vencido" está legitimado, isto é, a parte que tenha sofrido prejuízo jurídico com a decisão. 
Também estão legitimados o Ministério Público 
-
 
quer esteja atuando na condição
 
de parte, 
quer na de custos legis 
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, o terceiro interveniente e o terceiro prejudicado (CPC, art. 996).
 
 
Interesse
 
Para recorrer é indispensável que o recurso seja útil e necessário ao recorrente, a fim de evitar 
que este sofra prejuízos com a dec
isão.
 
Teoria Geral dos recursos 
Introdução e Conceito 
Adotado o princípio do duplo grau de jurisdição, fixado pela Revolução Francesa e garantia de 
uma melhor qualidade da prestaçãojurisdicional, pelo qual a causa deve analisada por dois 
juízos distintos, o legislador ordinário regulou a sua aplicação criando meios de impugnação de 
decisões pelo vencido. 
Recurso é o poder que se reconhece à parte vencida em qualquer incidente ou no mérito da 
demanda de provocar o reexame da questão decidida pela mesma autoridade judiciária ou por 
outra de hierarquia superior, ou, segundo Luiz Guilherme Marinoni e Daniel Mitidiero "É um 
meio voluntário de impugnação de decisões judiciais, interno ao processo, que visa à reforma, 
à anulação ou ao aprimoramento da decisão atacada" (Código de Processo Civil - Comentado 
artigo por artigo - Editora Revista dos Tribunais, 2008, página 505). 
As várias espécies de recursos e as hipóteses em que eles podem ser interpostos estão 
previstas em lei processual. Assim, somente a União tem competência legislativa para tanto 
(Art. 22, I, da Constituição Federal). 
Além dos recursos, existem meios autônomos de impugnação das decisões judiciais, como, por 
exemplo, a ação rescisória, que não é um recurso, mas se presta a impugnar sentenças e 
acórdãos transitados em julgado, quando ocorrente qualquer das hipóteses previstas no art. 
966 do Código de Processo Civil. 
Ressalta-se também que o mandado de segurança e o "habeas corpus" como meios 
autônomos que podem ser utilizados contra decisões judiciais. 
O poder de recorrer somente existe para quem tem interesse na modificação da decisão, 
modificação que não pode ser para pior - reformatio in pejus. Assim, é requisito indispensável 
de qualquer recurso que o recorrente tenha sucumbido, isto é, que não tenha sido atendido 
em sua pretensão, no todo ou em parte. Somente aqueles atos que ostentam conteúdo 
decisório é que são passíveis de recurso, pois somente estes podem gerar a sucumbência. 
 
Pressupostos para a interposição dos recursos 
Subjetivos 
São aqueles que levam em consideração a pessoa do recorrente. 
 
Legitimidade 
O "vencido" está legitimado, isto é, a parte que tenha sofrido prejuízo jurídico com a decisão. 
Também estão legitimados o Ministério Público - quer esteja atuando na condição de parte, 
quer na de custos legis -, o terceiro interveniente e o terceiro prejudicado (CPC, art. 996). 
 
Interesse 
Para recorrer é indispensável que o recurso seja útil e necessário ao recorrente, a fim de evitar 
que este sofra prejuízos com a decisão.

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