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AV1 - DCIV - QUESTÕES VPD

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AV1 - DCIV - QUESTÃO 
 
 
Questões 
 
 
1. Ana Paula vendeu a Sergio o seu apartamento, recebendo desde logo todo o preço 
ajustado, efetuando-se o registro da escritura no Rio de Janeiro. Como ainda não 
estava pronto o novo apartamento de Ana Paula, para o qual pretendia se mudar, 
Sergio permitiu que Ana Paula continuasse a morar no imóvel que lhe vendeu, por 
mais dois meses, pagando apenas as despesas de condomínio, IPTU, luz e gás. Qual 
é a espécie de tradição que ocorreu no referido caso? (MÁXIMO 10 LINHAS) 
R: No caso, Ana Paula e Sergio firmaram contrato de compra e venda de imóveis, tendo 
havido o pagamento do preço ajustado e o registro no Cartório de Registro de Imóveis 
(art. 1.227 do Código Civil), exigência legal para que o negócio tenha seus efeitos 
jurídicos válidos. A tradição para a compra e venda de imóveis, ocorre, portanto, no 
momento do registro no Cartório de Imóveis (art. 1.245). 
Após a transmissão da propriedade para Sergio, este como proprietário do imóvel, 
pode usar, gozar e dispor imóvel, portanto quando o novo proprietário permitiu que 
Ana Paula continuasse residindo no imóvel, pagando apenas as despesas acessórias, foi 
instituído o Comodato (art. 579 do Código Civil) tendo havido a tradição na permissão 
de permanência no imóvel pelo tempo estipulado. As despesas as quais houve o 
compromisso de pagamento pela comodatária, é de responsabilidade do proprietário, 
sendo o convencionado entre as partes e em caso de descumprimento contratual dever 
ser objeto de ação própria. 
2. Péricles permaneceu oito anos sendo cuidado por Juliano, que residia no mesmo 
imóvel e era remunerado para tal fim. Com o falecimento de Péricles, seus herdeiros, 
em agradecimento, permitiram, por contrato escrito, que Juliano permanecesse por 
mais cinco anos no imóvel. Durante este prazo, Juliano utilizou o bem para sua 
moradia, em caráter ininterrupto e sem oposição. Transcorrido o prazo, recusou-se a 
deixar o imóvel, alegando usucapião. Trata-se de imóvel urbano menor que 250 m² 
e Juliano não possui outros bens imóveis. Juliano poderá usucapir o imóvel? 
(MÁXIMO 10 LINHAS) 
R: Péricles não poderá usucapir o imóvel de Juliano, pois durante sua relação de 
emprego deteve a detenção do imóvel, manteve se a subordinação e durante esse 
período não teve o animus dominus sendo este período considerado pela doutrina 
como ocupação injusta. 
Após o falecimento de seu empregador, os herdeiros por mera tolerância, permitiram 
em regime de comodato que Péricles continuasse a residir no imóvel e somente então 
passou a possuir a posse da coisa, no entanto possuía a posse precária, sem dispor do 
domínio da coisa, não gerando direito de usucapião e podendo ser revogável a 
qualquer tempo. 
3. Considere que Ana e João tenham vivido como companheiros em determinado 
imóvel urbano de 100 m2, cuja propriedade era dividida pelo casal e que João tenha 
abandonado o lar há dois anos. Nessa situação hipotética, Ana poderá adquirir a 
propriedade do imóvel mediante usucapião, desde que tenha exercido a posse direta 
sobre o bem ininterruptamente e sem oposição e seja proprietária de imóvel rural, 
desde que inferior a 50 hectares. Certo ou errado. Justifique. (MÁXIMO 10 LINHAS) 
R: Ana não poderá usucapir o imóvel se possuir outro imóvel rural, independente do 
tamanho, conforme previsão legal expressa no art, 1.240-A do Código Civil. No entanto 
caso Ana não seja proprietária de outro imóvel seja ele urbano ou rural e o imóvel que 
pretenda usucapir tenha no máximo 250m², sendo a propriedade abandonada pelo seu 
companheiro e permaneça na posse de boa-fé, mansa e pacífica por mais de 2 anos 
ininterruptos faria jus a usucapião do imóvel. 
4. Francisco comprou, em janeiro de 2014, um lote de 240 m2 de Antônio, que se 
apresentou como proprietário do imóvel. Francisco construiu uma casa de alvenaria, 
instalando-se no local com sua família. Depois de três anos de posse mansa e pacífica, 
Danilo, o verdadeiro proprietário, ajuizou ação para reaver a posse do imóvel. Só 
então, Francisco descobriu que fora vítima de uma fraude, pois Antônio havia 
falsificado os documentos para induzi-lo a erro. Quais são as consequências jurídicas 
para Francisco? (MÁXIMO 10 LINHAS) 
R: Como Francisco foi vítima de um golpe e não preenche o lapso temporal para 
ingressar com ação de usucapião urbana, tendo agido de boa-fé terá direito a 
indenização pelas benfeitorias realizadas, conforme prevê o art. 1.255 do Código Civil, 
o parágrafo único do mesmo artigo ainda prevê que no caso da construção ultrapassar 
o valor da terra nua, haverá a inversão da acessão, onde o possuidor de boa-fé poderá 
indenizar o proprietário da propriedade do solo. 
5. Analise as situações abaixo e determine em quais delas poderá ocorrer aquisição da 
propriedade, estabelecendo a modalidade de usucapião, se houver, de acordo com 
Código Civil brasileiro. (MÁXIMO 10 LINHAS) 
1. Ana Carla é possuidora de um terreno na cidade de Nova Iguaçu por quinze anos, 
sem interrupção nem oposição, não possuindo título nem boa-fé. 
Ana Carla pode usucapir o terreno pela modalidade usucapião extraordinária, pois 
preenche o lapso temporal necessário para realizar o pedido, sendo possível usucapir 
o imóvel independente de boa-fé, conforme prevê o art. 1.238 do Código Civil. 
2. Iza exerce, por três anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com 
exclusividade, sobre um apartamento de 150 m2 na cidade de Belo Horizonte, o qual 
utiliza como sua moradia e cuja propriedade dividia com sua ex-cônjuge, Gleicy, que 
abandonou o lar, não sendo Iza proprietária de outro imóvel urbano ou rural. 
Iza preenche os requisitos para usucapir o imóvel, conforme prevê o art. 1.240-A do 
Código Civil, sendo a usucapião no caso em tela, nomeada de Usucapião Urbana 
Familiar, tendo como requisitos a limitação de área de 250m2, não possuir outro imóvel 
urbano ou rural, ter sido abandonada por companheiro(a) por mais de 02 anos e não 
ter sido beneficiada anteriormente do mesmo instituto. 
3. Luciana é possuidora de área de terra em zona rural com 100 hectares, por cinco anos 
ininterruptos, sem oposição, tornando-a produtiva pelo seu trabalho e tendo nela 
sua moradia, não sendo proprietária de imóvel rural ou urbano. 
Luciana ainda não atende os requisitos para requerer a Usucapião Extraordinária, que 
é de 10 anos, conforme art. 1.238, parágrafo único, como tornou a propriedade em 
produtiva e manteve como sua moradia, ainda assim precisa de no mínimo 10 anos 
para usucapir a propriedade. Não é possível solicitar a usucapião rural, devido a 
propriedade possuir área superior a 50 hectares.

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