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ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO MODELAGEM E CONTROLE DE SISTEMAS AUTOMATIZADOS Professor Me. Rodrigo Szpak Cristian Torteli Luiz Fernando Capelezzo RELATÓRIO IV MODELAGEM DE REDES DE PETRI CHAPECÓ-SC 1º SEMESTRE - 2020 2 1. Modelagem Considere uma pequena fábrica composta de duas máquinas M1 e M2 interligadas por um armazém B com capacidade para três peças conforme a figura abaixo. Os eventos inicM1 e inicM2 representam o início de operação das máquinas M1 e M2 e removem uma peça da sua entrada. Os eventos fimM1 e fimM2 representam o final de operação destas máquinas e acrescentam uma peça à sua saída. As peças são carregadas em pallets na entrada e descarregadas destes na saída, com devolução dos pallets vazios na entrada para nova carga; desta forma a entrada de M1 sempre poderá receber peças e a saída de M2 sempre poderá entregar peças. 2. Atividades A modelagem deste sistema em Rede de Petri será feita a partir da composição por fusão de transições. 2.1. Modelagem e análise da fábrica ● Modelar o comportamento das máquinas e do armazém e a seguir obter o modelo global da fábrica por composição. As figuras 1 e 2 apresentam a modelagem das duas máquinas descritas no problema, o funcionamento da RDP de ambas é o mesmo, com as suas respectivas transições de iniciar (inicM1/iniciM2) e finalizar (fimM1/fimM2) a operação, levando a ficha para o lugar que representa a máquina ligada ou desligada. 3 Figura 1 - Modelagem da máquina 1. Fonte: Autoria própria. Figura 2 - Modelagem da máquina 2. Fonte: Autoria própria. A figura 3 apresenta a modelagem do buffer projetado para suportar três fichas. Esse buffer interage por meio do fim da operação em M1, que adiciona uma peça nele, e o início da operação em M2, que retira uma peça do buffer. Figura 3 - Modelagem do buffer. Fonte: Autoria própria. 4 A figura 4 apresenta o modelo global da planta, obtido através da função de composição por fuso de transição do software Tina, ou seja, fundindo o comportamento individual de cada uma das máquinas e do armazém. Figura 4 - Modelo global da fábrica. Fonte: Autoria própria. ● Verificar a existência ou não de bloqueio por análise de alcançabilidade (grafo de marcações). A RDP não apresentando bloqueios, sendo possível acessar cada um dos seus estados pelo menos uma vez, bem como realizar o retorno para o estado inicial. A figura 5, demonstra as boas propriedades do sistema, constatando que ele é k-limitado, vivo e reiniciável. Figura 5 - Grafo de marcações da composição da fábrica. Fonte: Autoria própria. 5 ● Simular o modelo global da fábrica. Comentar comportamentos característicos (reinicialização, bloqueio, vivacidade). Por meio da disposição do sistema na forma de um autômato, pode-se observar que ele é Trim, portanto, não bloqueante (figura 6). E como dito anteriormente, reiniciável e vivo, comprovado pelo grafo de marcações (figura 5). Figura 6 - Autômato extraído da RDP. Fonte: Autoria própria. O estado inicial da rede está disposto na figura 7, na qual apenas a transição que inicia M1 (iniciM1) está habilitada. Figura 7 - Estado inicial da RDP. Fonte: Autoria própria. A figura 8 mostra que a partir da primeira peça que sai de M1 (fimM1) e vai para o buffer, a transição que inicia M2 (iniciM2) já está habilitada, podendo ser executada até o fim das peças no armazém. 6 Figura 8 - Execução de uma peça em M1. Fonte: Autoria própria. A figura 9 apresenta o sistema após a passagem de três peças por M1, enchendo o armazém com sua capacidade máxima. Figura 9 - Execução de três peças em M1. Fonte: Autoria própria. Após isso, a máquina M2 pode operar as três peças disponíveis no buffer até que se retorne ao estado inicial do sistema disposto na figura 7. ● Determinar o valor mínimo de peças para que o comportamento em termos de estado do sistema não se modifique. Para o que comportamento não se modifique é necessário no mínimo o valor de uma peça, habilitando a operação das máquinas M1 e M2 respectivamente. Limita-se a existência de cinco peças (figura 10) para trabalhar com uma peça na máquina M1, outra peça na máquina M2 e três peças no armazém, em sua capacidade máxima. 7 Figura 10 - Operação com cinco peças no ciclo da fábrica. Fonte: Autoria própria. 2.2. Modelagem e análise da fábrica modificada ● Modelar o comportamento da fábrica evitando que as duas máquinas estejam em operação no mesmo tempo. Utilizar o número de peças mínimo que foi determinado anteriormente. Para não ocorrer a operação simultânea das duas máquinas (M1 e M2), um novo lugar (Máq_Parada) foi adicionado nos dois modelos (figuras 11 e 12). Esse lugar recebe fichas sempre que a transição de fim de operação (fimM1/fimM2) é executada, impossibilitando o início da outra máquina antes que a primeira finalize a peça, essa restrição pode ser observada no modelo global (figura 13). Figura 11 - Modelagem de M1 modificada. Fonte: Autoria própria. 8 Figura 12 - Modelagem de M2 modificada. Fonte: Autoria própria. Figura 13 - Modelo global da fábrica modificado. Fonte: Autoria própria. 9 ● Verificar a existência ou não de bloqueio pela análise de alcançabilidade do modelo global. Simular este comportamento característico da fábrica. Na figura 14, são apresentadas as características da planta com a implementação das restrições. O software mostra que o sistema possui bloqueios e, por conta desses bloqueios, o sistema não consegue retornar ao estado marcado a partir de qualquer local. Além disso, percebe-se que o modelo é k-limitado. Figura 14 - Análise do sistema modificado. Fonte: Autoria própria. ● Indicar como corrigir o modelo global em rede de Petri para evitar eventuais bloqueios na fábrica. Refazer as análises e simulações anteriores neste caso. Interpretar as modificações feitas no modelo, dando o significado do mecanismo introduzido. O bloqueio no modelo global está relacionado ao fato da transição que inicia o processo na máquina M1 estar habilitada mesmo com o buffer cheio em sua capacidade máxima de três peças, como demonstrado nas figuras 15 e 16. 10 Figura 15 - Sistema global pouco antes de ocorrer o bloqueio. Fonte: Autoria própria. Figura 16 - Sistema global bloqueado. Fonte: Autoria própria. 11 A solução para o problema demonstrado foi implementar um lugar novo chamado p0, o qual inicia com três fichas e as envia para a transição inicM1 recebendo-as da transição inicM2, isso significa que, após serem fabricadas três peças na máquina M1, o início de um novo processo é impedido até que a máquina M2 inicie sua fabricação e devolva pelo menos uma ficha para o lugar p0, liberando o funcionamento de M1. O modelo global, modificado e corrigido, está apresentado na figura 17 a seguir. Figura 17 - Sistema global modificado e corrigido. Fonte: Autoria própria. Seguindo para análise do sistema da figura 17, com auxílio do software Tina, obtém-se que esse não possuibloqueios, chegando nos resultados apresentados na figura 18, a qual exemplifica que o sistema agora é k-limitado, vivo e reiniciável. 12 Figura 18 - Análise do sistema modificado e corrigido. Fonte: Autoria própria. Por meio da disposição do sistema na forma de um autômato, pode-se observar que ele é Trim, portanto, não bloqueante (figura 19). Figura 19 - Autômato extraído da RDP. Fonte: Autoria própria.
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