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PCC ECOSSISTEMAS TERRESTRES

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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR: PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DOS VEADEIROS
Nome: Julia Paula Caldiron RA: 1826788
Polo Presencial Paulínia-SP
2018
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................01
1.1 INFORMAÇÕES HISTÓRICAS.........................................................01
1.2 LOCALIZAÇÃO..................................................................................03
2. CARACTERISTICAS..............................................................................04
2.1 CERRADO – IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA E SOCIAL..........................06
3. CHAPADA DOSVEADEIROS – CARACTERÍSTICAS...........................08
4. FLORA E FAUNA....................................................................................09
5. CONCLUSÃO.........................................................................................11
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................12
INTROD
1 . INTRODUÇÃO
PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DOS VEADEIROS
1.1 informações históricas
A unidade foi criada para proteger os mananciais hídricos da região, asilo natural de uma infinidade de microrganismos e diversas espécies da flora e fauna. Criado em 1961, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros está localizado no nordeste do Estado de Goiás, entre os municípios de Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante e Colinas do Sul. Protegendo uma área de 240.586,56 hectares a área do Parque Nacional está inserida dentro do polígono de extrema importância biológica do bioma Cerrado e do corredor ecológico Paranã-Pirineus, sendo considerado como área 
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núcleo da Reserva da Biosfera do Cerrado. O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros – é gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIO, autarquia criada para gerir as unidades de conservação federais. 
A criação do Parque foi proposta pela Fundação Coimbra Bueno, em carta dirigida ao Presidente da República Dr. Juscelino Kubitschek em 04.10.60. Daí surgiu o Parque Nacional do Tocantins, que depois teve seus limites alterados e mudou para Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Criado pelo Presidente Juscelino Kubitschek em janeiro de 1961 como Parque Nacional do Tocantins, esta unidade de conservação tinha uma área dez vezes maior e refletia a preocupação com a proteção da natureza na região próxima à nova Capital. Com o passar dos anos o Parque teve sua área reduzida duas vezes, e recentemente teve sua área ampliada para os limites atuais.
Anteriormente a criação do Parque, moradores da região vivia da exploração de cristais e recursos naturais da área do Parque. Em 1990, com o ordenamento da visitação, os garimpeiros receberam treinamento   e hoje atuam como condutores de visitantes no Parque, participam da gestão da Unidade através do Conselho Consultivo e da preservação como um todo.   No mês de junho de 2001, foi criado o Conselho Consultivo da Unidade, em setembro houve a ampliação da área da unidade e no mês de dezembro a Unidade foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial Natural.
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 1.2 LOCALIZAÇÃO
 
 A unidade está em terras que oscilam entre 1.400 e 1.700 m, restos de uma antiga superfície de aplainamento denominada Chapada dos Veadeiros, um espinhaço que atua como divisor de águas da bacia dos rios Maranhão e Paraná, e que constituem o  pediplano mais alto que se encontra no Brasil Central. Da Chapada dos Veadeiros, no Planalto Central brasileiro, vertem águas formadoras de grandes bacias hidrográficas. A região é área de captação e distribuição de águas das chuvas, que se concentram apenas em uma parte do ano, e abriga centenas de nascentes que mantêm um fluxo hídrico fundamental para a regularidade e vazão de rios.
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2. CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE
Reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Mundial Natural, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros constitui o maior banco genético in natura do Cerrado brasileiro, ou seja, 25% de todo território nacional. São 65500 hectares de áreas protegidas. Um complexo hidro geológico com terras que oscilam entre 600 e 1600 metros, forma um espinhaço que serve como divisor de águas da bacia dos rios Maranhão e Paraná.
Devido a esse fator, água é um elemento abundante na Unidade de Conservação. São rios, córregos e cachoeiras a irrigar toda área. Afluente do Tocantins, o Rio Preto é o principal da região. Como o próprio nome diz, suas negras águas contrastam com o verde da vegetação e cortam os paredões da Chapada formando lindas cachoeiras ao longo do seu curso.
 A região está inserida na Unidade de Relevo do Planalto Central, com solos Litolicos, Lato solos e Cambisolos. 
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O clima da unidade é classificado como Tropical do Brasil Central, marcado por uma época seca que tem o seu auge em setembro. Nesta época são frequentes as ocorrências de fogo. A estação chuvosa ocorre nos meses de novembro a fevereiro. Nesta época ocorrem as perigosas trombas d'água. A temperatura média é de 22º e a precipitação mínima média é de 1500mm e a máxima de 1750mm.
CÂNIONS – CHAPADA DOS VEADEIROS
A unidade possui atrativos de rara beleza como a Cachoeira Salto I e II - Pedreiras, Carioquinhas, os Cânions e a bela vista do jardim de Maytréa no trajeto Alto Paraiso/São Jorge -GO 239, além da sua flora (buriti e várias outras espécies do cerrado) e fauna (lobo-guará, seriemas, emas, onça –pintada, tatus, urubu rei, entre outros). Não existe área de camping na unidade, mas na Vila de São Jorge existe campings, pousadas e hotéis.
Segundo o Mapa de Vegetações do Brasil (IBGE, 1993) o Parque apresenta vegetação de Savana-arborizada, Savana Gramíneo-lenhoso e de tensão ecológica (área de contato entre a savana e a Floreta Estacional). 
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O termo Savana, é uma denominação mundial de regiões com vegetações fisionomicamente semelhantes ao Cerrado. Portanto, a vegetação típica em toda área do Parque é a do Cerrado, que na sua maioria, representado por diversas fitofisionomias, como campos limpos, campos sujos e veredas acompanhadas de Matas Ciliares ao longo dos cursos d'água.  O Cerrado apresenta como característica o grande número de endemismo da flora e da fauna.
2.1 CERRADO – IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA E SOCIAL
O Cerrado é o segundo maior domínio da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km2, cerca de 22% do território nacional. A sua área contínua incide sobre os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além dos encraves no Amapá, Roraima e Amazonas. Neste espaço territorial encontram-se as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata), o que resulta em um elevado potencial aquífero e favorece a sua biodiversidade.
Considerado como um hotspots mundiais de biodiversidade, o Cerrado apresenta extrema abundância de espécies endêmicas e sofre uma excepcional perda de habitat. 
Além dos aspectos ambientais, o Cerrado tem grande importância social. Muitas populações sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros e comunidades quilombolas que, juntas, fazem parte do patrimônio histórico e cultural brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade. Mais de 220 espécies têm uso medicinal e mais 416 podem ser usadas na recuperação de solos degradados, como barreiras contra o vento, proteção contra a erosão, ou para criar habitat de predadores naturais de pragas. 
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Mais de 10 tipos de frutos comestíveis são regularmente consumidos pela população local e vendidos nos centros urbanos, como os frutos do Pequi (Caryocar brasiliense), Buriti (Mauritia flexuosa), Mangaba (Hancornia speciosa), Cagaita (Eugenia dysenterica), Bacupari (Salacia crassifolia), Cajuzinho do cerrado (Anacardium humile), Araticum (Annonacrassifolia) e as sementes do Barú (Dipteryx alata).
Contudo, inúmeras espécies de plantas e animais correm risco de extinção. Estima-se que 20% das espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo menos 137 espécies de animais que ocorrem no Cerrado estão ameaçadas de extinção. Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana. Com a crescente pressão para a abertura de novas áreas, visando incrementar a produção de carne e grãos para exportação, tem havido um progressivo esgotamento dos recursos naturais da região. Nas três últimas décadas, o Cerrado vem sendo degradado pela expansão da fronteira agrícola brasileira. Além disso, o bioma Cerrado é palco de uma exploração extremamente predatória de seu material lenhoso para produção de carvão.
Apesar do reconhecimento de sua importância biológica, de todos os hotspots mundiais, o Cerrado é o que possui a menor porcentagem de áreas sobre proteção integral. O Bioma apresenta 8,21% de seu território legalmente protegido por unidades de conservação; desse total, 2,85% são unidades de conservação de proteção integral e 5,36% de unidades de conservação de uso sustentável, incluindo RPPNs (0,07%).
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3. ECOSSISTEMA CHAPADA DOS VEADEIROS – CARACTERÍSTICAS
Do ponto de vista da diversidade biológica, o Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo, abrigando 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas. Existe uma grande diversidade de habitats, que determinam uma notável alternância de espécies entre diferentes fitofisionomias. Cerca de 199 espécies de mamíferos são conhecidas, e a rica avifauna compreende cerca de 837 espécies. Os números de peixes (1200 espécies), répteis (180 espécies) e anfíbios (150 espécies) são elevados. O número de peixes endêmicos não é conhecido, porém os valores são bastante altos para anfíbios e répteis: 28% e 17%, respectivamente. De acordo com estimativas recentes, o Cerrado é o refúgio de 13% das borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins dos trópicos.
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O local das Áreas Protegidas do Cerrado inclui os Parques Nacionais da Chapada dos Veadeiros e Emas, localizados no planalto central brasileiro no Estado de Goiás. Ambos os parques ajudam a proteger este ecossitema que é um mais antigos e diversificados do mundo. Por milênios, esses locais serviram de refúgio para várias espécies durante os períodos de mudanças climáticas e são vitais para a manutenção da biodiversidade da região durante as futuras flutuações climáticas.
4. FLORA E FAUNA
A flora é rica, inclui entre 350 e 400 espécies de plantas por hectare, incluindo muitas plantas endêmicas. Também contém populações de grandes mamíferos, incluindo o tamanduá gigante, tatu-canastra, lobo-guará, onça-pintada e veado-campeiro, também a ema, a maior ave da América do Sul. O local também é extremamente importante na manutenção do regime hidrológico, devido às suas características geológicas e solos, está provando ser uma área chave para recarga de aqüíferos e a alimentação de vários cursos de água que fornecem energia para a bacia amazônica e o Pantanal, no bacia de La Plata.
Apesar de não ser a maior unidade de conservação do Cerrado, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros tem uma importância estratégica para a proteção da região, segundo a pesquisadora e professora do Departamento de Ecologia da UnB Mercedes Bustamante. 
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“O parque é extremamente importante para a região e para o bioma por tratar-se de áreas de Cerrado de altitude com endemismos (representantes de flora e fauna restritos a essa região) significativos”, destaca.
A lista de animais ameaçados de extinção identificados na área também inclui onça-pintada (Panthera onca), o socó boi jararaca (Tigrisoma fasciatum), a águia-cinzenta (Harpyhaliaetus coronatus), o cachorro do mato vinagre (Speothos venaticus) e duas espécies símbolo do Cerrado: o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla).
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5. CONCLUSÃO
Hoje uma das maiores ameaças a estes parques e ao seu entorno que não estão protegidos é a tensão do avanço do agronegócio no Brasil, as políticas públicas ainda oscilam entre conservar as áreas de proteção e o aumento das áreas de plantio e pecuária, como uma solução rápida para a reforma agrária no país. A relevância dessas áreas é imensa principalmente no que diz respeito a manutenção do ciclo hidrológico das principais bacias do país, além de sua biodiversidade endêmica. A disseminação da informação sobre essas Áreas é de suma importância para o momento em que o mundo vive, onde existe um chamado á consciência de que somos parte do tecido da biosfera, e que as ações e as consequências são sistêmicas. 
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
http://www.icmbio.gov.br/parnachapadadosveadeiros/ - visualizado em 20/10/2018
www.ibama.gov.br - visualizado 27/10/2018
http://whc.unesco.org/en/list/1035/ - visualizado 20/10/2018
http://www.mma.gov.br/biomas/cerrado - visualizado 27/10/2018
CERRADO: Ecologia, Biodiversidade e Conservação/Aldicir Scariot,
José Carlos Sousa-Silva, Jeanine M. Felfili (Organizadores).
Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2005 439 p:il visualizado 13/11/2018
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http://ambientes.ambientebrasil.com.br/unidades_de_conservacao/artigos_ucs/parque_nacional_da_chapada_dos_veadeiros_-_uma_obra_prima_da_natureza.html - visualizado 15/11/2018
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