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Lívia Aguiar de Souza
202008118859
SITUAÇÕES PROBLEMA
Aula 1
É comum ouvirmos expressões como todo menino de rua é bandido, todo mundo pode vencer na vida, basta fazer força, família é composta por pai, mãe e filho, e tantas outras que reproduzem um saber produzido de forma espontânea e reproduzido sem reflexão crítica. Esse saber, denominado de senso comum, não se preocupa em testar, comparar, refletir, experimentar outras versões que possibilitam uma visão mais sistêmica e apurada da realidade. Perguntar à turma: Quais seriam as armadilhas que o senso comum oferece à compreensão da realidade? Como podemos fugir dessas armadilhas?
Resposta: As maiores armadilhas do senso comum são os pré-conceitos, assim como os conhecimentos raros de determinado tema. Só é possível uma fuga a partir do distanciamento do senso comum, buscando o estudo e focando na ciência.
Aula 2
No famoso quadro Lição de Anatomia, Rembrandt retrata uma aula na qual um cientista observa o corpo morto de um homem. Ensina aos seus alunos a composição e a forma de um corpo humano. Tal atividade insere-se no campo do que se convencionou chamar de ciências naturais. Contudo, uma série de visões e interpretações sobre o corpo humano, tais como a morte, a estética, a erotização etc., também fazem parte de reflexões desenvolvidas pelas chamadas ciências humanas e sociais. Perguntar à turma: vocês já ouviram falar em Ciências Sociais? Quais são elas? Como se inserem no contexto científico?
Resposta: As ciências sociais sempre fizeram parte do meu dia a dia, ainda mais pelo fato de ter pais professores. Pode-se identificar como ciências sociais a sociologia, a filosofia, a antropologia e até a economia. Elas são inseridas no contexto científico a partir do seu olhar e estudos focados na sociedade, catalogando seus fenômenos e muita das vezes trazendo opções para a resolução dos conflitos humanos. 
Aula 3
O Mapa da Violência 2015, produzido pela UNESCO, revela que 42.416 pessoas morreram em 2012 vítimas de arma de fogo no Brasil, o equivalente a 116 óbitos por dia. Essa cifra é ainda mais acentuada entre os jovens, que correspondem a cerca de 59% das estatísticas. Esses dados foram revelados em um estudo realizado pelo governo brasileiro, a Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (FLACSO). A taxa de mortalidade por armas de fogo no Brasil, indicador que leva em conta o crescimento da população, ficou em 21,9 óbitos para cada 100 mil habitantes, em 2012. Essa taxa é a segunda mais alta já registrada pelo Mapa da Violência, menor apenas que a verificada em 2003, que foi de 22,2 mortes para cada 100 mil habitantes. No caso específico dos homicídios praticados com armas de fogo, a taxa de mortalidade de 2012 (20,7) é a mais elevada desde 1980. Ao analisar o período de 2004 a 2012, o Mapa da Violência estima que 160.036 vidas foram poupadas, em virtude da política de controle de armas decorrente da aprovação do Estatuto do Desarmamento. Desse total de mortes evitadas, 113.071 foram de jovens, de acordo com a projeção. A fonte primária é o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, gerido pela Secretaria de Vigilância em Saúde e baseado nas declarações de óbito expedidas em todo o país. O levantamento registra o local das mortes e características das vítimas, como idade, cor e gênero. A divulgação do estudo resulta de uma parceria da UNESCO, FLACSO e da Secretária-geral da Presidência da República, da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR). Perguntar à turma: A morte por armas de fogo no Brasil constitui um problema social, um problema sociológico, ou ambos? Qual a importância do estudo socioantropológico para a elaboração de políticas públicas?
Resposta: A morte por armas de fogo no Brasil constitui um problema social e um problema sociológico. Sendo assim, é de suma importância estudos socioantropológicos sobre o assunto, para uma categorização maior do fenômeno e suas motivações, assim como a características de suas vítimas, possibilitando a elaboração de políticas públicas visando a segurança dos indivíduos.
Aula 4
Em uma aula de Sociologia, o professor, ao entrar em sala, encontrou um grupo de alunos numa calorosa discussão sobre cultura. Aproveitando o interesse pelo tema, organizou um debate no qual ficaram evidenciadas várias formas de entender o que é cultura. Entre elas, destacaram-se: Cultura é a leitura de muitos livros; é estudar bastante, é o saber lidar com muita coisa; quando uma pessoa é bem educada a gente diz: Que culta! Então, cultura é uma boa educação, é tratar bem as pessoas, é escrever e falar corretamente; A cultura é aquilo que a gente sabe, é aquilo que a gente faz? portanto, todas as pessoas têm cultura; Marcos não tem muita cultura, porque só cursou as séries inicias do ensino fundamental; Cultura é aquilo que faz a gente ser superior ao outro, que faz a gente subir na vida. Perguntar à turma: Na perspectiva da antropológica, qual a afirmação que melhor expressa a visão antropológica do que é cultura? Qual a importância desse conceito, sistematizado por Edward Tylor, para o entendimento da vida social?
Resposta: A afirmação que melhor condiz com a visão antropológica de cultura é “A cultura é aquilo que a gente sabe, é aquilo que a gente faz? Portanto, todas as pessoas têm cultura”. Sendo então de suma importância a conceituação de cultura, abrangendo todos os povos, códigos e épocas, se distanciando do senso comum e ideias de superioridade cultural, visando o entendimento da vida e de várias sociedades ao longo da história.
Aula 5
Moema Toscano, em seu trabalho sobre preconceitos sexuais nas escolas, observou que: nos intervalos das durante o recreio, ou durante as aulas de Educação Física ou de iniciação desportiva, evidencia-se, igualmente, um modelo diferenciador de condutas: em geral, os meninos dispõem de toda a quadra esportiva só para eles. Ali podem correr, lutar, competir, em suma, preparar-se para a vida adulta; quanto a meninas, para elas basta um pequeno espaço, de preferência à sombra, onde são estimuladas a conversar, brincar de corda ou, no máximo, pular corda ou executar passos de dança rítmica (TOSCANO, Moema. Igualdade na escola: preconceitos sexuais na educação. Rio de Janeiro: CEDIM, 1995. p. 33). Passadas duas décadas, ainda se observam posturas diferenciadas em relação aos meninos e meninas, não apenas no ambiente escolar, mas também na sociedade envolvente. Perguntar à turma: Os meninos têm uma tendência natural para lutar? As meninas têm uma tendência natural para serem dançarinas? Seria correto afirmar que a cultura estabelece os padrões dentro dos quais as aptidões de meninos e meninas se desenvolvem?
Resposta: Não há qualquer determinismo biológico para as atividades pré-determinadas como corretadas para cada sexo, diferente do que se pensa essa determinação é de cunho cultural e de matriz ideológica.
Aula 6
No nosso dia-a-dia nos deparamos com hábitos, costumes, formas de comportamento diferentes do nossos. Pessoa que usam roupas diferentes das nossas, que professam uma religião diferente da nossa (ou não professam nenhuma), que formam famílias diferentes dos padrões habituais etc. E parece não ser nada fácil vivenciar hábitos diferentes dos nossos. Tudo que é diferente é por nós concebido como estranho, e, muitas vezes, errado. Perguntar à turma: Existe uma tendência de considerarmos nossos modos de vida superiores à de outros? Como a Antropologia explica essa tendência?
Resposta: A tendência ao se considerar determinados modos de vida superiores à outros é denominada como etnocentrismo, isso ocorre devido ao estranhamento cultural quando se entra em contato pela primeira vez com essa cultura e modos distintos dos absorvidos pelo indivíduo, só é possível combater o etnocentrismo a partir do estudo antropológico e cultural, promovendo a aproximação entre povos.
ATIVIDADES VERIFICADORAS DE APRENDIZAGEM
Aula1
Leia os dois textos abaixo e identifique que tipo de conhecimento estudado nesta aula cada um deles expressa, justificando sua resposta. 
Texto 1: Um dos ingredientes mais utilizados na cura da dor de cabeça são as cascas de amendoim. Faça o seguinte: No momento em que a dor se manifestar, a pessoa deverá retirar sete fios de seus próprios cabelos. Dois de cada têmpora, um da testa, um do alto da cabeça e um da nuca. Enrolá-los e colocá-los dentro de uma casca de amendoim sem as sementes, fechando-os. Enrolar uma linha preta em toda a extensão da casca, cobrindo-a por completo, como se fosse um casulo. Após isso, enterrá-la num local seco e ensolarado. Quando a dor ameaçar se manifestar, vá até lá e pise com força sete vezes no local, usando o calcanhar direito. Fonte:http://www.supersimpatias.com/2007/10/pra-curar-dor-de-cabea.html 
Texto 2: Apresentação de Paracetamol COMPRIMIDOS Comprimidos revestidos: embalagens contendo 20, 100 e 200 comprimidos. USO ADULTO (ACIMA DE 12 ANOS) - USO ORAL COMPOSIÇÃO Cada comprimido revestido contém: Paracetamol .......................................................................................... 750,0 mg excipientes q.s.p. .................................................................................... 1 comprimido (ácido esteárico, amido, crospovidona, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, povidona). Paracetamol - Indicações COMPRIMIDOS Em adultos, para o alívio temporário de dores leves a moderadas associadas a gripes e resfriados comuns, dor de cabeça, dor de dente, dor nas costas, dores leves relacionadas a artrites, dismenorreia e para a redução da febre. GOTAS Como analgésico-antipirético. O Paracetamol está indicado para aliviar dores leves ou moderadas e para reduzir a febre. Só proporciona alívio sintomático; quando for necessário, deve-se administrar uma terapia adicional para tratar a causa da dor ou da febre. O Paracetamol pode ser utilizado quando a terapia com ácido acetilsalicílico não for aconselhável ou for contraindicada, por exemplo, em pacientes que recebem anticoagulantes ou uricosúricos, hemofílicos ou pacientes com outros problemas hemorrágicos e naqueles com enfermidade do trato gastrointestinal superior.
Resposta: O texto 1 representa o senso comum, visto que é um conhecimento passado espontaneamente de geração em geração, não havendo comprovação de sua eficácia. Por outro lado, o texto 2 representa o conhecimento científico, demonstrado através do medicamento desenvolvido após diversos estudos e testes comprobatórios.
Aula 2
Em um conhecido episódio da nossa história, Oswaldo Cruz liderou uma campanha de erradicação da febre amarela na cidade do Rio de Janeiro. Cientista de grande porte, tendo estudado no Instituto Pasteur, na França, convenceu as autoridades de que era necessário vacinar todos os moradores da cidade. Objetivamente, sua preocupação era a de combater uma epidemia que estava matando grande parte da população carioca. Entretanto, essa iniciativa não foi bem recebida pela população, que atacava os agentes da brigada sanitária e promoveu uma série de protestos que ficou conhecida como a Revolta da Vacina. Uma das causas da reação adversa da população foi o fato de que, para aplicar a vacina, os agentes sanitários viam os braços desnudos das moças, considerados objeto de desejo na época, e, portanto, não podendo ser mostrado a estranhos. Pergunta-se: a) Se Oswaldo Cruz pudesse ter recorrido a um cientista social, como ele poderia ter auxiliado? b) Como podemos analisar sob o prisma da objetividade científica e da relação sujeito/objeto os fenômenos acima descritos?
Resposta: a) Caso tivesse auxílio de um cientista social, Oswaldo Cruz teria tomado conhecimento da rejeição social das vacinas, devido à falta de conhecimento da população sobre, sendo assim, seria possível ter desenvolvido outras técnicas para a vacinação dos indivíduos, diminuindo o índice de agressividade e revoltas e aumentando a adesão. b) Quando se trata de fenômenos naturais, não é possível atingir a objetividade.
Aula 3
Eu odeio o Cairo, mas jamais seria capaz de sair daqui, afirma Sonallah Ibrahim, um respeitado escritor egípcio que nasceu há 73 anos nessa megacidade que é a capital do Egito, um lugar que, segundo ele, é fácil desenvolver uma relação de amor e ódio. Eu já morei na Alemanha, na Rússia e nos Estados Unidos, diz ele. Mas eu não era feliz, aqui eu me sinto à vontade, eu sei encarar a vida. (Fantástico, 09/05/2010). O texto acima reflete, de acordo com a perspectiva socioantropológica, a relação entre o indivíduo e o meio social. Pergunta-se: Através de que processo pode-se explicar a maior adaptação de Sonallah Ibrahim aos hábitos e costumes da sociedade de origem?
Resposta: A maior adaptação de Sonallah Ibrahim aos hábitos e costumes da sociedade de origem se dá a partir do processo de pertencimento. Ao se identificar com a cultura a adaptação se torna possível e até mais confortável para o indivíduo;
Aula 4
Atualmente, é comum ver negros trajando vestimentas com inspirações africanas ou usando cabelos estilo rastafári, sem que sejam considerados como exóticos ou atrasados. Em épocas passadas, tal prática era condenada por grande parte da sociedade. É correto, portanto, afirmar, do ponto de vista antropológico, que a cultura é algo estático? Justifique sua resposta
Resposta: A cultura, assim como a percepção de cultura, é modificada com o tempo, devido às adaptações sociais e até a interação com outros povos. Além da criminalização do etnocentrismo e intolerância religiosa.
Aula 5
Numa bela descrição de seu trabalho de campo na América do Sul, Claude LéviStrauss, seu livro Tristes Trópicos (1956), no revela como uma viagem ao mundo do outro pode nos render momentos preciosos e reveladores sobre nós mesmos: Por um singular paradoxo, em lugar de me abrir a um novo universo, minha vida aventureira antes me restituía o antigo, enquanto aquele que eu pretendera se dissolvia entre meus dedos. Quanto mais os homens e as paisagens a cuja conquista eu partira perdiam, ao possuí-los, a significação que eu deles esperava, mais essas imagens decepcionantes ainda que presentes eram substituídas por outras, postas em reserva por meu passado e às quais eu não dera nenhum valor quando ainda pertenciam à realidade que me rodeava minha vida aventureira antes me restituía o antigo, enquanto aquele que eu pretendera se dissolvia entre meus dedos. Quanto mais os homens e as paisagens a cuja conquista eu partira perdiam, ao possuí-los, a significação que eu deles esperava, mais essas imagens decepcionantes ainda que presentes eram substituídas por outras, postas em reserva por meu passado e às quais eu não dera nenhum valor quando ainda pertenciam à realidade que me rodeava . Pergunta-se: Que método antropológico foi utilizado pelo autor em sua pesquisa? Justifique sua resposta. 
Resposta: O método antropológico utilizado foi a etnografia, esse método consiste na inserção cultural do pesquisador, nesse caso, o antropólogo vai até o local, denominado como o campo de estudo, e investiga os costumes culturais, as regras, as relações que norteiam aquela sociedade.
Aula 6
Criança é vítima de intolerância religiosa no Rio (Globo.com, 06/06/2015) Uma menina de 11 anos foi vítima de intolerância religiosa na noite do domingo (14). Como mostrou o Bom Dia Rio desta terça (16), a criança foi atingida por uma pedra na Avenida Meriti, na Vila da Penha, Zona Norte do Rio, quando voltava de um culto de Candomblé. Os responsáveis pelo ato foram dois homens, que estavam em um ponto de ônibus na região. Além de atirarem pedras contra o grupo de religiosos, os homens fizeram vários insultos e fugiram embarcando em um ônibus. O caso foi registrado como lesão corporal e no artigo 20, da Lei 7716 (praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional) na 38º DP (Irajá). De acordo com a unidade policial, parentes prestaram depoimento. A menor de 11 anos foi ouvida e encaminhada a exame de corpo de delito.Os agentes realizam diligências para localizar imagens e testemunhas que possam auxiliar na identificação da autoria do crime. Pergunta-se: A intolerância religiosa, do ponto de vista antropológico, expressa uma postura etnocêntrica ou relativista? Justifique sua resposta, relacionando-a com o caso concreto acima.
Resposta: A intolerância religiosa expressa uma postura etnocêntrica, visto que parte do pressuposto da superioridade religiosa e da demonização de outras vertentes religiosas que não se assemelham. No Brasil, o maior alvo de intolerância religiosa são as religiões de matriz africana.

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