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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS LABORÁTORIO DE ELETRICIDADE E MAGNETISMO ENGENHARIA FLORESTAL FÍSICA B RELATÓRIO 5 DEMONSTRAÇÃO DA FORÇA DE LORENTZ Manaus – AM 2016 2 Sumário 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 3 2. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO............................................................................................ 3 3. METODOLOGIA ......................................................................................................................... 4 3.1 Material ........................................................................................................................................ 4 3.2 Procedimento experimental ........................................................................................................ 4 4. RESULTADOS .............................................................................................................................. 7 5. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 11 6. REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 12 3 1. INTRODUÇÃO A força de Lorentz é a força exercida numa partícula carregada devido à existência de um campo eletromagnético. Pode ser considerada como a sobreposição da força devida ao campo elétrico e da força devida ao campo magnético. Sendo assim, a força que age numa carga em movimento submetida à presença de um campo elétrico é determinada pela Lei de Coulomb; e a que age devido à presença de um campo magnético é denominada força magnética de Lorentz.No que se refere ao sentido da força magnética, ele pode ser determinado pela regra da mão esquerda, de Fleming. Para utilização dessa regra, o dedo polegar representa o sentido da força magnética o dedo indicador representa o sentido do campo magnético. Este experimento tem por objetivo estudar o funcionamento da balança de corrente, determinando os parâmetros que influenciam na força sobre o braço na balança. Aplicar os conceitos envolvidos na Força de Lorentz para calcular a indução magnética. 2. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO O segmento de um condutor é preso de uma balança de corrente. O segmento de um condutor é preso ao braço de uma balança e suspenso entre um pólo de um imã. Quando as cargas em movimentos (corrente elétrica) passaram pelo condutor que este imerso no campo magnético do imã, cada carga que estará submetida a uma força de Lorentz dada por: Fb=q.(v X B) onde v é vetor velocidade de cada uma das cargas elétricas no condutor. No ramo horizontal do condutor, v está sempre perpendicular ao campo magnético B, então podemos escrever o modulo da força sobre cada carga i que atravessa o fio condutor como Fb=q.v.B A força total que a balança registrará é dada pela somatória das forças sobre todos os elétrons que atravessam o comprimento L do fio, que está imerso no campo magnético, isto é, F = NevB onde N é o número de elétrons que atravessam o condutor, e a carga do elétron e v é velocidade média dos elétrons. Como Ne representa a carga total que atravessa o condutor, é 4 possível reescrever o tempo Nev em função da corrente elétrica que atravessa o comprimento do fio L a seguinte forma: Nev = IL e a força total sobre o fio como: F = iLB. 3. METODOLOGIA 3.1 Material Para a realização deste experimento, foi utilizado o seguinte material: 1 balança de corrente 1 fonte CC variável 1 teslâmetro digital 1 imã formato U Fios de conexão 1 espira, L = 12; 5mm; n = 1 1 espira, L = 25; 0mm; n = 1 1 espira, L = 50; 0mm; n = 1 1 espira, L = 50; 0mm; n = 2 1 calço dos pólos 3.2 Procedimento experimental O experimento foi montado conforme o seguinte arranjo experimental: 5 Primeiramente, fez se a medição do campo magnético gerando pelo imã que seria utilizado, onde observamos o valor de 63,4 ± 0,05mT. Em seguida fizemos a medição da massa aparente da placa para valores de corrente de 0,5 A até 4,0 A, e subtraímos o valor de ma com o valor de m0 para aplicarmos na força de Lorentz ou seja: F = (m0 −ma)g = mg (1) E adotamos o valor de g= 9,78 m/s², sendo a força gravitacional da terra.Utilizando a placa com condutor de L = 50 mm, sendo ajustando na parte central do campo magnético do ímã permanente, medimos sua massa inicial sem corrente elétrica. Em seguida aumentando lentamente a corrente na espira, observamos que a placa é puxada para baixo. Conforme a regra da mão esquerda isto acontece, pois as cargas positivas são puxadas para cima e as cargas negativas são puxadas para baixo. O procedimento foi repetido para a segunda placa, com L = 50 mm n = 2. Ao terminar desligamos a fonte de tensão e medimos novamente o campo magnético no teslâmetro, onde observamos o valor de 65 ± 0,05mT. Figura 1: Arranjo experimental do experimento Força Magnética sobre uma Corrente Elétrica. 6 Figura 2: Medição do campo magnético no teslâmetro. 7 4. RESULTADOS 1. Subtraindo o valor da massa real de cada placa, faça uma tabela de força aplicada na placa para cada valor de corrente para todas as placas. L = 50 mm L = 50 mm n=2 mo = 43,42 g mo = 45,14 g i(A) ma (g) m (g) F(N) x 10-3 ma (g) m (g) F(N) x 10-3 0,5 43,54 0,12 1,1736 45,55 0,41 4,0098 1 43,69 0,27 2,6406 45,88 0,74 7,2372 1,5 43,85 0,43 4,2054 46,16 1,02 9,9756 2 43,91 0,49 4,7922 46,49 1,35 13,203 2,5 44,16 0,74 7,2372 46,73 1,59 15,5502 3 44,23 0,81 7,9218 47,1 1,96 19,1688 3,5 44,46 1,04 10,1712 47,45 2,31 22,5918 4 44,59 1,17 11,4426 47,75 2,61 25,5258 2. Em uma única escala, faça o gráfico de F x i para cada valor de L. Lembre-se que L = 50mm=n = 2, portanto o valor real de L é de 100mm. Qual a dependência funcional de F e i obtido experimentalmente? Qual a dependência funcional esperada Tabela 1: Dados obtidos para as duas placas. 8 y = 0,337x + 0,157 R² = 0,989 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 0 5 10 15 20 25 30 Ca rg a el ét ric a Força magnética F(mN) x i(A) Série1 Linear (Série1) y = 0,163x - 0,139 R² = 0,998 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 0 5 10 15 20 25 30 Ca rg a el ét ric a Força magnética F(N) x i(A) Série1 Linear (Série1) Gráfico 1: Para a primeira placa de 50mm Gráfico 2: Para a segunda placa de 50mm n = 2 (100mm) 9 Por conta das incertezas presentes em nosso equipamento a razão entre os comprimentos e os valores de força não são equivalentes, mas são valores aproximados, o método utilizado para determinar um valor aproximado que fosse valido foi fazendo a média por entre os dados do problema, em seguida foi feito a relação da forma apresentada a seguir: F1 F2 = L1 L2 A dependência de F X i obtidos experimentalmente para uma corrente de 2,5 A, temos que a razão das forças é: F1/F2 = 7,2372/15,5502 F1/F2=0,4654 A razão dos comprimentos é: L1/L2= 50 mm /100 mm L1/L2 = 0,500 Tendo obtido as razões das forças e dos comprimentos, vemos que há uma leve aproximação nos resultados. Pode-se dizer que a força de Lorentz e o comprimento L têm-se uma leve proporcionalidade. 3. Obtenha o valor do modulo do campo magnético B em cada reta através de sua inclinação e compare com o valor medido com o teslâmetro. A partir do gráfico I tem-se que a inclinação é = 0,3376 N/A e o Lfixo = 50 mm, então B é igual a: 𝐵 = 𝑎 𝐿 ⇒ 𝐵 = 0,3376 50 = 0,006752 𝑇 = 𝟔𝟕, 𝟓𝟐 𝒎𝑻 O valor de Bteo = 63,4 mT obtido experimentalmente.Com um erro de 0,05 mT. 10 O mesmo foi feito para o gráfico II, a inclinação obtida foi a = 0,163 N/m o Lfixo = 50 mm x 2 = 100 mm, então B é igual a: 𝐵 = 𝑎 𝐿 ⇒ 𝐵 = 0,163 50 = 0,0033 𝑇 𝑥2 = 𝟔𝟔, 𝟎𝟎 𝒎𝑻 O valor de Bteo = 65 mT obtido experimentalmente. Com um erro de 0,05 mT. 4. Faça um gráfico de F x L para um valor de corrente fixo e igual em cada uma dasplacas. Qual a dependência funcional de F e L obtida experimentalmente? Qual a dependência esperada? Um fio de comprimento submetido a um campo magnético externo sofre uma força magnética. Portanto, com a corrente mantida constante, pode-se inferir que a força magnética é diretamente proporcional ao comprimento da placa. y = 0,169x - 2,261 R² = 1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 30 40 50 60 70 80 90 100 110 Fo rç a M ag né tic a Comprimento Fm(mN) x L (mm) Gráfico 3:Média dos valores da força magnética pelos valores de comprimento. 11 5. CONCLUSÃO O trabalho pode ser considerado válido. O fato é que os resultados são próximos o suficiente dos valores esperados pela teoria. No caso dos coeficientes angulares dos gráficos de F em função de i, a razão entre eles deveria ser igual a razão do comprimento dos fios, o que não ocorreu. O esperado era 0,500 e o encontrado foi de 0,465, gerando uma diferença percentual de 6,92%.Quando observamos os valores calculados parao valor do modulo do campo magnético B para L=50 mm, observado será igual a 63,4 mT enquanto que calculando encontramos 67,52 Mt. O mesmo acontece para L=100 mm, o valor observado em laboratório foi de 65 Mt, porém foi encontrado 66 Mt. Estas diferenças de valores podem estar associadas à erros de leitura ou manuseio da balança assim como do Telâmetro. Podemos evidenciar experimentalmente que a força magnética aumenta com o aumento do comprimento das placas. Pois, segundo a definição de força magnética, um fio, quando submetido a um campo magnético externo, sofre a ação de uma força magnética que é proporcional ao módulo do campo, ao valor da corrente e ao comprimento do mesmo. 12 6. REFERÊNCIAS ARAÚJO, M. Força de Lorentz. Metro 1 Quilograma 1 Segundo 2 Movimento rectilíneo uniforme 2 Mole 5, 10. Disponível em: <wikiciencias.casadasciencias.org>. Acesso em: 02 de Julho de 2016. RESNICK, R. e HALLIDAY, Fundamentos de Física: vol. 3. 8ª. Ed., Rio de Janeiro, LTC, 1983.
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