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13 Sistema de Ensino Presencial Conectado pedagogia Gildavia Rodrigues de almeida antunes jandira Sousa rocha rosicléia pereira a bncc na educação infantil e seus campos de experiências São João do Paraíso - MG 2019 1 2 3 Gildavia Rodrigues de almeida antunes jandira Sousa rocha rosicléia pereira a bncc na educação infantil e seus campos de experiências Trabalho apresentado em requisito a produção textual em grupo referente ao segundo semestre, Portfólio para as disciplinas de Sociologia da Educação, Legislação Educacional, Teoria Praticas do Currículo, Filosofia da Educação, Práticas Pedagógicas em Pedagogia: Condições de Aprendizagem na Educação Infantil. Professores: Maria Luzia Silva Mariano, Mayra Campos Frâncica dos Santos, Natália Gomes dos Santos, Márcio Gutuzo Saviani e Natália da Silvia Bugança. São João do Paraíso - MG 2019 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...........................................................................................................4 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................5 A BNCC (BASE NASCIONAL COMUM CURRICULAR) NA EDUCAÇÃO INFANTIL...................................................................................................................5 A BNCC (BASE NASCIONAL COMUM CURRICULAR) E OS CAMPOS DE EXPERIÊNCIA...........................................................................................................8 "O EU, O OUTRO E O NÓS" NA PRATICA.............................................................10 CONCLUSÃO..........................................................................................................12 REFERÊNCIA........................................................................................................13 INTRODUÇÃO A educação, como muitos outros aspectos da vida, está em constante evolução. Hoje em dia o aprendizado de crianças e adolescentes não é mais abordado a partir da compreensão do conteúdo das grades curriculares. As discussões sobre a Base Nacional Comum Curricular não são recentes, remontam a década de 1980, quando os educadores brasileiros retomaram o debate sobre a qualidade da educação pública e sinalizaram a necessidade de se instituir um sistema nacional de educação capaz de proporcionar acesso e permanência das crianças e dos jovens na Educação Básica e no Ensino Superior. Para tanto, seria necessário garantir um conjunto de medidas que, a médio e longo prazo, fossem consolidadas. É ai que se encaixam os campos de experiência da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que prioriza o desenvolvimento infantil como um todo. O processo de construção da identidade é essencial para o desenvolvimento. Ele acontece ao longo de toda vida, mas é particularmente intenso durante a Educação Infantil. O campo de experiência “O eu, o outro e o nos” exige uma atenção especial, o foco é proporcionar a criança novas formas de se relacionar com seus pares e com adultos de forma mais amorosa e democrática, pois ter amigos, brincar e explorar o ambiente com alguém são ações que ampliam sua confiança e participação nas atividades individuais e coletivas. A BNCC (BASE NASCIONAL COMUM CURRICULAR) NA EDUCAÇÃO INFANTIL A Educação Infantil, como um direito da criança, está na Constituição Federal de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil de 2010 também nos Planos Nacionais de Educação. A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) é um documento que determina o grupo de competências gerais que todos os alunos devem exercer ao longo da Educação Básica, que inclui a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. A base do documento descreve a importância da organização do currículo no campo de experiências, que recebe o nome de áreas do conhecimento. As aprendizagens adquiridas não são apontadas em termos de domínio de conceitos, mas como capacidades construídas pela participação da criança em situações significativas, como: o Eu, o Outro e o Nós; Corpo, Gestos e Movimentos; Escrita, Fala, Pensamento e Imaginação; Traços, Sons, Cores e Imagens; Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações. De acordo com esta versão do documento, é necessário reconhecer a forma: […] como as crianças se relacionam com o mundo, as especificidades dos recursos que utilizam, tais como a corporeidade, a linguagem, a emoção. Entender essa forma relacional e afetiva, muito ligada à vivência pessoal, em que se utiliza um reduzido uso de categorias para assinalar o que se conhece, é crucial a um trabalho na Educação Infantil (BRASIL, 2015, p. 18). A BNCC define 3 grupos de competências gerais que se inter-relacionam e perpassam todas as áreas. - Competências pessoais e sociais - Competências cognitivas - Competências comunicativas Propende uma formação humana inteira com foco na construção de uma sociedade mais inclusiva, justa e democrática. Começando de baixo, desde os primeiros desenvolvimentos cognitivos. A metodologia da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) divide as crianças do ensino infantil em três categorias: crianças de 0 meses a 1 ano e 06 meses; de 01 ano e 07 meses a 03 anos e 11 meses; e crianças de 04 anos a 05 anos e 11 meses. Para cada faixa etária, uma abordagem diferente e necessária, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento vão mudando. A grande mudança proposta pela BNCC(BASE NASCIONAL COMUM CURRICULAR) na Educação Infantil é um pouco diferente da presente: há a definição dos direitos de aprendizagem e os campos de experiência substituem as áreas de conhecimento. Dentro de cada campo, em vez de habilidades, há objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Conheça, abaixo, os seis direitos de aprendizagem e entenda melhor como efetivá-los: 1. Conviver: Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas. 1. Brincar: Ter acesso a diversas formas de brincar, em diferentes lugares e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e mudando seu a acesso a produções culturais, seus conhecimentos, imaginação, criatividade, experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. 1. Participar: Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando. 1. Explorar: Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia. 1. Expressar: Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens. 1. Conhecer-se: Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário. A partir dai, fica fácil identificar que o principal objetivo dessa base é oferecer as melhores formas para o indivíduo se formar desde sua fase inicial na instituição escolar, respeitando sua evolução cognitiva e a incentivando para torna-lo apto para atuar em sociedade ao longo de seu desenvolvimento. A BNCC (BASE NACIONAL COMUMCURRICULAR) E OS CAMPOS DE EXPERIENCIA. No que diz respeito à BNCC (BASE NASCIONAL COMUM CURRICULAR), reformulou as áreas de conhecimento tradicionais em campos de experiências com abordagem interdisciplinar. O proposito é fazer com que as crianças sejam capazes de atribuir um sentido pratico aos conhecimentos a elas ensinados. Ela estabelece cinco campos de experiências essenciais para o desenvolvimento infantil, são elas: O eu, o Outro e o nos; Corpo gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação e Espaço, tempo, quantidades, relações, e transformações. 1- O eu, o outro e o nos: Direciona a construção da identidade e da subjetividade da criança. As experiências se relacionam ao autoconhecimento e à promoção de interações positivas com professores e demais colegas. O convívio com outros, por exemplo, permite ao aluno desenvolver suas formas de pensar, sentir e agir, levando-o a compreender outros modos de vida e pontos de vista. Por meio de contato com outros grupos sociais, é possível trabalhar a autonomia e a interdependência com o todo. A parti daí as crianças vão aprendendo a perceber a si mesmo e aos outros. O foco principal é que elas se tornem aptas a valorizar a sua própria identidade e, ao mesmo tempo, a respeitar e reconhecer as diferenças dos outros. 2- Corpo, Gestos e Movimento: Direciona o foco em atividades e situações nas quais o uso do espaço com o corpo e variadas formas de movimentos são exploradas. A partir delas, o aluno pode construir referencias de como ocupar o mundo. Por meio de situações que priorizam o faz de conta, as crianças podem representar o mundo de fantasia, bem como a vida cotidiana, ao interagir com narrativas de literatura e teatro e também com diferentes linguagens artísticas e culturais, como a musica e a dança, pois são capazes de expandir as formas de expressão cultural. 3- Traços, Sons, Cores e Formas: Direciona o contato recorrente das crianças com varias manifestações culturais, artísticas e cientificas, incluindo o contato comas linguagens visuais e musicais. Nesse campo as crianças, são incentivadas a terem experiências de expressão corporal por meio da intensidade dos sons e ritmos, além de atividades com ativa e criação de melodias. Por esse ângulo são trabalhadas a ampliação do repertorio musical, o reconhecimento de experiências artísticas, o estudo de instrumentos musicais, a capacidade de improvisação e a habilidade de identificar a qualidade do som. 4- Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação: Direciona as atividades praticas com o foco na linguagem oral, ampliando as formas de comunicação da criança em situações sociais. É importante destacar as experiências com leitura de historias, pois elas ampliam o desenvolvimento do comportamento leitor, da imaginação e da representação, incentivando as crianças a se interessarem pela linguagem escrita. A partir disso, é possível ajuda-las a organizar seus pensamentos sobre o sistema de escrita. 5- Espaço, Tempo, Quantidades, Relações e Transformações: Direciona a construções das noções de espaço em situações estáticas( Perto X Longe) e dinâmicas( Para frente X Para trás), colaborando para que a criança aprenda a reconhecer seu esquema corporal e sua percepção espacial a partir do seu corpo e dos objetos a seu alcance. O campo agrega a viabilização de situações que envolvem as transformações dos diferentes modos de viver em outras épocas e culturas, para que as crianças possam compreender a ideia de causalidade a partir dos variados tipos de materiais, situações e objetos. “O EU, O OUTRO E O NOS” NA PRATICA. Mais que transmitir conhecimentos teóricos, o grande desafio dos diretores e docentes, que trabalham com o publico infantil, é criar abordagens que estimulem o desenvolvimento socioemocional da criança. Nesse sentido, algumas atividades praticas serão fundamentais para transmitir conceitos tão complexos a alunos em determinada idade. Para cada faixa etária, uma abordagem diferente é necessária e os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento também mudam. Em especial, para crianças de 04 anos a 05 anos e 11 meses podemos listar os seguintes objetivos: · Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir; · Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação; · Atuar de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações. Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação; · Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação; · Comunicar suas ideias e sentimentos com desenvoltura a pessoas e grupos diversos; · Adotar hábitos de autocuidado, valorizando atitudes relacionadas à higiene, alimentação, conforto e cuidados com a aparência; · Compreender a necessidade das regras no convívio social, nas brincadeiras e nos jogos com outras crianças; · Manifestar oposição a qualquer forma de discriminação; · Usar estratégias pautadas no respeito mútuo para lidar com conflitos nas interações com crianças e adultos. · Recomenda-se a realização de atividades que incentivem o pertencimento ao grupo e a empatia pelas diferenças, fazendo entender que as relações se baseiam no respeito reciproco. · A prática esportiva é bastante útil neste sentido, na medida em que trabalha a coletividade, cooperação, compreensão e seguimento de regras. Propor tarefas em grupo também é recomendado. · Estimular a verbalização dos sentimentos e visão de determinado fato da vida da criança por meio, por exemplo, do compartilhamento sobre como foram as férias com o restante da turma. Exemplos de atividades: · Fazer um quadro dos alunos com nomes e fotos de cada um; · Propor que elas pesquisem, junto aos pais, sobre a historia da família(Origem, Costume, etc); · Dar as crianças a função de “ajudantes” para manter a escola organizada e ensiná-las a colaborar com a sociedade; · Promover rodas de conversas. CONCLUSÃO Como é possível perceber, é muito importante que a escola vá além dos conteúdos básicos e efetue uma proposta voltada para uma formação humana com cidadania e ética. Para isso, é necessário adaptar e inserir temas conectados às necessidades da sociedade atual no contexto educacional. Entende-se que a BNCC para a Educação Infantil deve pautar-se em uma concepção pedagógica que garanta o desenvolvimento das potencialidades humanas, por meio do acesso à aprendizagem do conhecimento científico, considerando as especificidades do desenvolvimento infantil. Como vimos, o principal ponto de trabalhar os pontos de experiência da BNCC (BASE NASCIONAL COMUM CURRICULAR) é que a criança seja colocada no centro do processo educativo. Por isso, é importante que o professor dê as coordenadas e ofereça suporte, mas não execute a atividade em seu lugar. Incorporar os campos de experiência no currículo escolar é um grande desafio para as escolas infantis brasileiras. No entanto, é, também, uma excelente oportunidade para revisar as atividades pedagógicas aplicadas e melhorar o ensino, contribuindo para a formação de crianças cada vez mais conectadas com o próprio aprendizado e desenvolvimento. Tenha em mente que a educação extrapola as paredes da sala de aula e que a sua escola forma mais que alunos: forma cidadãos melhores. REFERENCIAS Andreamaral.com.br BRASIL, 2015, p. 18 file:///C:/Users/Win7/Documents/materia.pdf https://educacaoinfantil.aix.com.br/bncc-na-educacao-infantil-o-guia-completo/ https://novaescola.org.br/conteudo/12147/bncc-na-educacao-infantil-como-garantir-os-direitos-de-aprendizagem Novaescola.org.br
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