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Biossegurança 4

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- -1
BIOSSEGURANÇA
NORMAS REGULAMENTADORAS EM 
BIOSSEGURANÇA
Carla Danielle Dias Costa
- -2
Olá!
Você está na unidade Conheça aqui o histórico daNormas regulamentadoras em biossegurança. 
biossegurança no Brasil. Entenda quais as competências da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança
(CTNBio), assim como as finalidades de sua implementação no país no ano de 1995.
Aprenda também sobre a criação do Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), que reestruturou a Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança. Estudaremos sobre o estabelecimento da Política Nacional de Biossegurança
(PNB), que dentro de seus objetivos, visa a estimular o avanço científico na área de biossegurança e
biotecnologia; proteger a vida, a saúde humana, animal e vegetal; assim como proteger o meio ambiente.
Bons estudos!
- -3
1 Normas regulamentadoras e legislação nacional em 
biossegurança
Para compreender sobre as normas regulamentadoras e a legislação que rege a biossegurança no Brasil, é
necessário conhecer brevemente um pouco da história deste tema no nosso país, para que seja possível
compreender a real necessidade de implementação de comissões, conselhos e políticas acerca da biossegurança.
- -4
1.1 Breve histórico da biossegurança no Brasil e no mundo
O início da década de 1970 foi um marco importante para a divulgação da pois foi nesteengenharia genética,
momento em que desenvolveu-se um experimento que se baseava na transferência e expressão gênica da
insulina para a bactéria O desenvolvimento desta pesquisa levou à comunidade científica daescherichia coli.
época a se reunir na , na Califórnia, em 1974.Conferência de Asilomar
Durante o evento, foram levantados diversos pontos de discussão, principalmente sobre os riscos provenientes
das metodologias empregadas na engenharia genética, assim como sobre os riscos presentes nos ambientes
destinados às pesquisas laboratoriais, de acordo com Albuquerque (2001) e Borém (2001).
Foi a partir deste evento que o dos Estados Unidos da América, sugeriu asNational Institute of Health (NIH),
primeiras normas de biossegurança, com objetivo de alertar a comunidade científica acerca dos aspectos éticos
relacionados à envolvida no processo de desenvolvimento de tecnologia de DNAsegurança biológica
recombinante. E estas medidas precursoras foram norteadoras para outros países centrais estabelecerem
legislações e regulamentações para as atividades relacionadas a esta área de engenharia genética, a fim de
minimizar os mais variados tipos de risco, conforme Almeida e Valle (1999).
Nas décadas de 1970 e 1980, houve, no Brasil, um despertar para a devido ao crescente númerobiossegurança 
de relatos de infecções ocorridas em laboratórios de pesquisa e, junto a isso, uma inquietude em relação aos
possíveis riscos à saúde humana e também ao meio ambiente que poderiam ser causados devido às
manipulações experimentais envolvendo animais, plantas e microorganismos vivos, de acordo com Shatzmayr
(2001).
A fim de regulamentar as atividades relacionadas às áreas de engenharia genética e dos Organismos
 foi criado, no ano de 1995, no país, a Geneticamente Modificados (OGMs), Comissão Técnica Nacional de
, que estabeleceu e determinou normas específicas para as atividades relacionadas aBiossegurança (CTNBio)
características necessárias para a construção, cultivo e manipulação adequados, finalidades do uso, transporte,
armazenamento e comercialização, consumo, liberação e descarte destes organismos geneticamente
modificados. Tal comissão também tratava sobre os organismos não geneticamente modificados, tais como
bactérias, vírus e fungos, e o impacto destas ações visando a estabelecer a promoção da saúde no local de
trabalho, no meio ambiente e na comunidade, conforme Scholze (1999) e Garcia e Zanetti-Ramos (2004).
- -5
Figura 1 - Organismo geneticamente modificado
Fonte: JRP Studio, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a imagem mostra a representação de um milho no qual está sendo injetado, por auxílio de uma
seringa com agulha, um líquido vermelho, que faz referência aos alimentos que fazemos o consumo no dia-a-dia,
porém passam por processos de melhoramento genético, tornando-se organismos geneticamente modificados.
- -6
1.2 Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS) e Conselho Nacional de 
Biossegurança – (CNBS)
A Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS) foi criada por iniciativa do Ministério da Saúde (MS), em 2002, por
meio da Portaria número 343, MS de 19 de fevereiro de 2002, a qual tinha como objetivo principal o
estabelecimento de estratégias de atuação, avaliação e acompanhamento de todos os tipos de atividades que
envolviam a biossegurança, sempre na tentativa de estabelecer uma melhor articulação entre o MS e as
instituições que desenvolviam pesquisas e ações que estivessem relacionadas ao tema em questão, de acordo
com Brasil (2006b).
O estabelecimento de uma comunicação eficaz entre o MS e as unidades de pesquisas que lidam diariamente com
a biossegurança é de extrema importância, pois é através desse alinhamento que as instituições terão condições
de continuarem desenvolvendo suas atividades, de maneira correta, segura e amparada por legislações e
regulamentações. A partir do momento em que tais medidas são estabelecidas, ambos os órgãos conseguem
avançar na busca por mais desenvolvimento científico no âmbito da saúde humana, animal, assim como em prol
do meio ambiente.
Dentre as atribuições da CBS ficaram listadas diversas ações, como atuar na reformulação das normas de
biossegurança, sejam elas em território nacional e internacional, a fim de garantir que estes documentos
acrescentem informações referentes a todo o conjunto de riscos biológicos, inserindo novas medidas, além das já
existentes para manuseio de OGMs; avaliar o impacto das normas já existentes em relação a biossegurança que
se relacionam com a saúde humana e seus impactos; propor novos estudos e pesquisas a fim de permitir
posicionamento e tomada de decisões do MS acerca dos assuntos que estão intimamente interligados com a
aplicabilidade da biossegurança, segundo Brasil (2002).
Uma das primeiras medidas de atuação do CBS foi a revisão e modernização de classificações e diretrizes já
existentes, como a ,Classificação de agentes etiológicos humanos e animais com base no risco apresentado
que havia sido instituída pela Instrução Normativa número sete da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança
(CTNBio) e as , documento queDiretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico
determina as normas de biossegurança a serem empregadas em laboratórios que realizam a manipulação de
agentes patogênicos e as respectivas atualizações das classificações dos agentes biológicos.
De acordo com as Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico (2010), fica
estabelecido que os agentes biológicos podem ser divididos em classes, seguindo alguns critérios, sendo:
- -7
avaliação da patogenicidade, alteração genética ou recombinação gênica; estabilidade; virulência; modos de
transmissão; endemicidade; consequências epidemiológicas; disponibilidade de medidas profiláticas e existência
de tratamento eficaz.
Sendo assim, os agentes etiológicos foram distribuídos em , sendo:quatro classes de risco
Classe de
risco 1
O risco individual e para a comunidade é ausente ou muito baixo, ou seja, são agentes
biológicos que têm baixa probabilidade de provocar infecções no homem ou em animais.
Por exemplo: bacillus subtilis.
Classe de
risco 2
O risco individual é moderado e para a comunidade é baixo. São agentes biológicos que
podem provocar infecções, porém, dispõe-se de medidas terapêuticas e profiláticas
eficientes, sendo o risco de propagação limitado. Por exemplo: vírus da febre amarela e 
schistosoma mansoni.
Classe de
risco 3
O risco individual é alto e para a comunidade é limitado. O patógeno pode provocar
infecções graves no homem e nos animais, podendo se propagar de indivíduo para
indivíduo,porém existem medidas terapêuticas e de profilaxia. Por exemplo: vírus da
encefalite equina venezuelana e mycobacterium tuberculosis.
Classe de
risco 4
O risco individual e para a comunidade é elevado. São agentes biológicos que representam
sério risco para o homem e para os animais, sendo altamente patogênicos, de fácil
propagação, não existindo medidas profiláticas ou terapêuticas. Por exemplo: vírus
marburg e vírus ebola.
A classificação dos agentes etiológicos em classes de risco é uma medida que permite que as instituições de
ensino ou pesquisa consigam identificar o nível a qual pertencem, com base nas características dos materiais que
são manuseados e desenvolvidos naquele ambiente, assim como se adequem simultaneamente ao nível de
biossegurança que deve ser instaurado nesta unidade, permitindo, assim, uma diminuição dos riscos de
contaminação e consequente agravo ou desenvolvimento de doenças, por estar constantemente em contato com
estes microorganismos.
Em 2005, fez-se necessária a criação do Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), que, juntamente as demais
comissões já estabelecidas, deu relevância à incorporação das medidas de biossegurança no país. O CNBS é um
órgão que articula estratégias junto à presidência da república no intuito de auxiliar na formulação e
- -8
implementação da Política Nacional de Biossegurança. Além disso, também é responsabilidade do órgão
estabelecer princípios e diretrizes para a ação administrativa dos órgãos e entidades federais com competências
sobre a matéria; analisar, a pedido da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), os pedidos de
liberação para uso comercial de organismos geneticamente modificados (OGM) e seus derivados; e discutir e
decidir, em última e definitiva instância, sobre os processos relativos a atividades que envolvam o uso comercial
de OGM e seus derivados, conforme Brasil (2008).
- -9
2 Norma regulamentadora - NR 32
A norma regulamentadora NR-32 compõe a legislação brasileira no que se refere às regulamentações acerca da
biossegurança nos serviços de saúde. Esta norma estabelece medidas e à saúde dosde proteção à segurança
profissionais que exercem atividades de promoção e assistência à saúde como um todo.
- -10
2.1 Glossário da NR 32
Quando nos referimos a documentos como normativas, resoluções e diretrizes, é notável que são utilizados
termos e siglas que, em um primeiro momento, podem dificultar a nossa leitura e limitar a compreensão. No
intuito de minimizar tais dificuldades, a Norma Regulamentadora 32 (2011) traz em suas páginas uma lista de
termos que são essenciais para o estudo da referida legislação. Sendo assim, serão listados, a seguir, alguns
destes itens, assim como os seus significados. Estas informações nos auxiliarão na compreensão do material.
Acidente
É definido como sendo um evento súbito e inesperado que interfere nas
condições normais de atuação e que pode culminar em danos ao trabalhador
em diversos aspectos, à propriedade ou ao meio ambiente.
Alvará de
funcionamento
Trata-se de um documento fornecido pela autoridade sanitária local, que
autoriza o funcionamento ou operação do serviço. Também chamado de licença
ou alvará sanitário.
Antineoplásicos
São medicamentos que inibem ou previnem o crescimento e disseminação de
alguns tipos de células cancerosas. São utilizados no tratamento de pacientes
portadores de neoplasias malignas. São produtos altamente tóxicos e que
podem causar teratogênese, mutagênese e carcinogênese com diferentes graus
de risco.
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Área controlada
Área sujeita a regras especiais de proteção e segurança, com a finalidade de
controlar as exposições normais, prevenir a disseminação de contaminação
radioativa e prevenir ou limitar a amplitude das exposições potenciais.
Á r e a
supervisionada
Área para a qual as condições de exposição ocupacional a radiações ionizantes
são mantidas sob supervisão, mesmo que medidas de proteção e segurança
específicas não sejam normalmente necessárias.
Carcinogenicidade Capacidade que alguns agentes possuem de induzir ou causar câncer.
- -11
Controle de
vetores
São operações ou programas desenvolvidos com o objetivo de reduzir, eliminar
ou controlar a ocorrência dos vetores em uma determinada área.
Culturas de
células
Crescimento de células derivadas de tecidos ou órgãos de organismosin vitro
multicelulares em meio nutriente e em condições de esterilidade.
Descontaminação Remoção de um contaminante químico, físico ou biológico.
Desinfecção
Processo de eliminação ou destruição de microrganismos na forma vegetativa,
independentemente de serem patogênicos ou não, presentes nos artigos e
objetos inanimados. A desinfecção pode ser de baixo, médio ou alto nível e
pode ser feita através do uso de agentes físicos ou químicos.
Mutagenicidade
Capacidade que alguns agentes possuem de induzir mutações em organismos a
eles expostos. Mutações são alterações geralmente permanentes na sequência
de nucleotídeos do DNA, podendo causar uma ou mais alterações fenotípicas.
As mutações podem ter caráter hereditário.
Parasita
Organismo que sobrevive e se desenvolve às expensas de um hospedeiro,
podendo localizar-se no interior ou no exterior deste. Usualmente, causa algum
dano ao hospedeiro.
Patogenicidade
Capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro
suscetível.
Perfurocortantes Objetos que têm ponta ou gume, materiais utilizados para perfurar ou cortar.
Persistência do
agente biológico
no ambiente
Capacidade do agente biológico de permanecer fora do hospedeiro, mantendo a
possibilidade de causar doença.
Processo visando à obtenção de imunidade ativa e duradoura de um
organismo. A imunidade ativa é a proteção conferida pela estimulação
- -12
Vacinação antigênica do sistema imunológico com o desenvolvimento de uma resposta
humoral (produção de anticorpos) e celular.
Vetor
Vetor é um organismo que transmite um agente biológico de uma fonte de
exposição ou reservatório a um hospedeiro.
V i a s d e
transmissão
Percurso feito pelo agente biológico a partir da fonte de exposição até o
hospedeiro. A transmissão pode ocorrer de forma direta, no caso da
transmissão do agente biológico sem a intermediação de veículos ou vetores,
ou de forma indireta, no caso da transmissão do agente biológico por meio de
veículos ou vetores.
Virulência É o grau de patogenicidade de um agente infeccioso.
- -13
2.2 NR 32: segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde
A NR 32 refere-se a uma legislação que trata sobre as diretrizes relacionadas basicamente à proteção e à
segurança do profissional que atua nos diversos serviços de saúde, seja na prestação de serviços na assistência,
na promoção, na recuperação da saúde, na pesquisa e no ensino em geral.
Desta forma, é importante conhecer algumas particularidades no que se refere aos tipos de risco que os
profissionais estão direta ou indiretamente expostos, tais como os riscos biológicos, riscos químicos, riscos
provenientes das radiações ionizantes, assim como orientações quanto aos resíduos produzidos nas unidades de
saúde e questões inerentes a estrutura física.
A presente NR caracteriza como sendo a probabilidade, ou seja, a chance, da exposição dorisco biológico
profissional durante a sua jornada de trabalho a São exemplos destes agentes osagentes biológicos.
microorganismos geneticamente modificados ou não (bactérias, fungos, vírus), culturas de células, os parasitas,
príons (partículas virais) e toxinas.
Ela também estabelece que, dentro dos serviços de saúde, é obrigatória a existência do Programa de Prevenção
 o qual tem como função a identificação dos riscos biológicos mais prováveis, emde Riscos Ambientais (PPRA),
função da localização geográfica e da característica do serviço de saúde e seus setores e a avaliação do local de
trabalho e do trabalhador, considerando a possibilidade de exposição aos agentes biológicos, assimcomo as
medidas preventivas aplicáveis e seu acompanhamento.
Em relação , que se deve à exposição do profissional a substâncias que podem entrar emaos riscos químicos
contato com o indivíduo através da pele, das mucosas e trato respiratório, são estabelecidas algumas condutas,
como a manutenção dos rótulos dos fabricantes na embalagem original; a não permissão da reutilização das
embalagens dos produtos químicos, devendo estes serem descartados de maneira correta; a responsabilidade da
unidade de trabalho em fornecer ambiente apropriado para manipulação ou fracionamentos destas substâncias
químicas, evitando colocar a segurança e a saúde do trabalhador em risco.
Um ponto bastante interessante em relação aos riscos químicos trata-se dos recipientes que acomodam tais
produtos para manipulação ou fracionamento. Faz-se obrigatória a identificação, de forma legível, em etiqueta,
contendo o nome do produto, composição química, sua concentração, data de envase e de validade, e nome do
responsável pela manipulação ou fracionamento. Tal processo garante ao profissional a correta identificação do
produto que está sendo manuseando, ficando ciente dos riscos ao qual está exposto, assim como das medidas de
segurança que devem ser tomadas para a realização de tal atividade.
Os profissionais que atuam nos serviços de saúde estão sujeitos aos riscos inerentes das fontes de radiação
, que são emitidas por equipamentos da sessão de diagnóstico por imagem, como os ionizante aparelhos raios
- -14
 Sendo assim, todos os funcionários devem estar cientes sobre aX, tomógrafos, sala de medicina nuclear.
natureza do material que está sendo utilizado, assim como dos riscos à saúde aos quais está exposto.
A NR é bastante clara no que diz respeito aos riscos das radiações ionizantes, sendo que o cumprimento desta
norma não desobriga as unidades de saúde das exigências estabelecidas por demais órgãos regulamentadores,
como a e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)
pertencente ao Ministério da Saúde.
O serviço de saúde que dispõe da ala de diagnóstico por imagem deve disponibilizar o Plano de Proteção
 de forma que os profissionais que atuam em áreas que existam fontes de radiação ionizante estãoRadiológica
submetidos a algumas condições particulares, tais como, conforme Brasil (2011):
permanecer nestas áreas o menor tempo possível para a realização do procedimento;
ter conhecimento dos riscos radiológicos associados ao seu trabalho;
estar capacitado inicialmente e de forma continuada em proteção radiológica;
usar os EPI adequados para a minimização dos riscos;
estar sob monitoração individual de dose de radiação ionizante, nos casos em que a exposição seja ocupacional.
Quanto ao serviço de proteção radiológica ou a , como também é conhecido, este deveradioproteção estar
localizado no mesmo ambiente da instalação radioativa e serem garantidas as condições de trabalho compatíveis
com as atividades desenvolvidas, observando as normas da CNEN e da ANVISA, conforme determina a NR 32.
- -15
3 Resolução 306/2004 da ANVISA
Devido aos serviços de saúde serem grandes geradores de resíduos, eles são órgãos responsáveis por fazer o
gerenciamento correto destes materiais, a fim de se reduzir o volume de resíduos. Estes produtos podem ser
altamente perigosos devido seu poder infectante, levando assim a possíveis contaminações, em casos de
acidentes ocupacionais.
Assista aí
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/c05572c6b3a9d11f0de7b263897c6176
3.1 Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde
O gerenciamento de resíduos de unidades de saúde é uma etapa de extrema importância para estes
estabelecimentos, pois estes são responsáveis por produzir uma quantidade elevada de resíduos devido ao alto
fluxo de procedimentos e atendimentos que são realizados diariamente.
A Resolução 306 define que resíduos de serviços de saúde (RSS) são todos os produtos provenientes de
atividades realizadas nos estabelecimentos de saúde, que, por terem entrado em contato com amostras
biológicas de pacientes ou não, devem se manuseados de forma diferenciada, a fim de que se seja realizado o
tratamento prévio ou não para o seu descarte final, conforme Brasil (2004).
Todo serviço de saúde deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS)
, de maneira que o mesmo contemple as características dos produtos gerados e classificações disponibilizadas
nas diretrizes de manejo de RSS.
Gerenciamento de RSS é caracterizado como um conjunto ações com ênfase em gestão e planejamento que são
pautadas em estudos científicos e legislações específicas, com intuito de minimizar a produção destes resíduos,
assim como proporcionar o encaminhamento seguro, a fim de garantir condições de proteção aos profissionais
de todas as áreas, assim como a manutenção da saúde pública e preservação dos recursos naturais disponíveis
na natureza, de acordo com Brasil (2004).
Para a execução correta do processo de gerenciamento de resíduos, o PGRSSS deve assegurar algumas condutas
essenciais, seguindo as seguintes etapas referentes ao processo de de materiais, sendo: segregação,manejo 
acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, tratamento, armazenamento
externo, coleta e transporte externos e disposição final, segundo Brasil (2004).
- -16
3.2 Classificação dos grupos de resíduos de serviço de saúde
A resolução 306/2004 da ANVISA (2004) classifica os resíduos de acordo com a presença ou ausência de
microorganismos associados ao risco de desencadear processos infecciosos. Sendo assim, eles são divididos em
cinco grupos (A, B, C, D e E), de forma que o grupo A se redistribui em subgrupos.
Grupo A
Possui resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar risco de infecção. Este grupo possui quatro subgrupos
(A1, A2, A3 e A4). São exemplos deste grupo os seguintes materiais: culturas e estoques de
microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados;
descarte de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados;carcaças, peças anatômicas,
vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de
experimentação com inoculação de microorganismos.
Grupo B
São resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública
ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade. São exemplos deste grupo: produtos hormonais e
produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores, quando
descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos
ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos medicamentos controlados pela
Portaria MS 344/98 e suas atualizações. Efluentes de processadores de imagem
(reveladores e fixadores). 
Grupo C
Compõe este grupo os resíduos que sejam provenientes de atividades humanas que
contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados
nas normas do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. Exemplos:
rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de
análises clinicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia.
Grupo D
Fazem parte deste grupo os resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou
radiológico à saúde ou ao meio ambiente. São exemplos deste tipo de resíduo: papel de uso
- -17
sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar
de paciente, material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e
outros.
Grupo E
Materiais perfurocortantes ou escarificantes. Como exemplo, temos: lâminas de barbear,
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas,
lâminas de bisturi,lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas;
e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea
e placas de Petri) e outros similares.
Fique de olho
Um grupo de pesquisadores da Universidade de São Carlos-SP desenvolveu em 2017 um
trabalho nas Unidades de Atenção Básica e Ambulatórios de Saúde na Região Metropolitana de
Sorocaba-SP, com o intuito de avaliar a percepção dos profissionais em relação ao
gerenciamento dos resíduos de serviços. Por meio do estudo, ficou claro o baixo conhecimento
técnico dos profissionais com relação ao manejo dos RSS.
- -18
4 Resolução 358/2005 da CONAMA
O Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde estabelece etapas específicas para o processo de
manejo dos resíduos produzidos nestes serviços e, com base nisso, a Resolução 358/2005 do Conselho Nacional
do Meio Ambiente (CONAMA) traz com mais detalhamento sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos
dos serviços de saúde.
Assista aí
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/ae252728373f972989b114112671d70a
- -19
4.1 Tratamento dos resíduos dos serviços de saúde
A resolução 358 instaurada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente no ano de 2005, define sistema de
tratamento de resíduos, como sendo um conjunto de ações, processos e procedimentos que tem como função
promover a alteração das características físicas, físico-químicas, químicas ou biológicas dos resíduos produzidos
em estabelecimentos de saúde. Esta prática irá descaracterizar tais produtos, de forma a minimizar e ou eliminar
os riscos que podem ser gerados a população, ao meio ambiente, assim como garantir a segurança ao
profissional que atua no respectivo serviço, de acordo com Brasil (2005).
A seguinte resolução dispõe, no seu artigo primeiro sobre os tipos de serviços a qual ela se destina, que todos os
estabelecimentos que fornecem algum tipo de atendimento a humanos, animais, assim como para laboratórios
de análises clínicas; necrotérios; funerárias; drogarias e farmácias; estabelecimentos de ensino e pesquisa com
humanos e animais; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem e outros, estão a ela subordinados.
Segue abaixo as condutas a serem tomadas, seguindo o processo de tratamento e deposição final dos resíduos, de
acordo com a classe de risco definido pela Resolução 358 da CONAMA (2005):
GRUPO
A1
Os resíduos deste grupo devem ser submetidos a processos de tratamento que promovam
a redução de carga microbiana referente ao nível III de inativação microbiana. Disposição
final: os resíduos devem ser encaminhados para aterro sanitário licenciado ou local
devidamente licenciado.
GRUPO
A2
Os resíduos serão submetidos ao processo de tratamento com redução de carga
microbiana compatível com nível III de inativação e deverão ser redirecionados para
aterro sanitário licenciado ou local devidamente licenciado ou;
sepultamento em cemitério de animais.
GRUPO
A3
Neste grupo, quando não houver requisição pelo paciente ou familiares e/ou não tenham
mais valor científico ou legal, devem ser direcionados para sepultamento em cemitério ou
tratamento térmico por incineração ou cremação.
GRUPO
A4
Os resíduos deste grupo podem ser encaminhados sem tratamento prévio para local
devidamente licenciado para a disposição final.
- -20
GRUPO
A5
Os resíduos deste grupo devem ser submetidos a tratamento específico orientado pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
GRUPO B
Neste grupo, os resíduos com periculosidade, quando não forem submetidos a processo de
reutilização, recuperação ou reciclagem, devem ser seguir as seguintes orientações quanto
ao tratamento e disposição final: seguir as orientações do produto de acordo com a Ficha
de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ); os resíduos no estado sólido,
quando não tratados, devem ser dispostos em aterro de resíduos perigosos - Classe I; os
resíduos no estado líquido não devem ser encaminhados para disposição final em aterros.
GRUPO C
São considerados os rejeitos radioativos e devem obedecer às exigências definidas pela
CNEN -NE-6.02. Deve-se levar em consideração o decorrimento do tempo de decaimento
dos radionuclídeos, até que se seja alcançado o limite de eliminação, e, após este momento,
os rejeitos se enquadram na categoria do rejeito biológico, químico ou de resíduo comum,
de acordo com as características do material.
GRUPO D
Os resíduos deste grupo podem ser utilizados no processo de reutilização, recuperação ou
reciclagem, seguindo sempre os processos de higienização e descontaminação, conforme a
resolução CONAMA número 275, de 25 de abril de 2001.
GRUPO E
Os resíduos deste grupo devem seguir tratamento específico de acordo com a
contaminação química, biológica ou radiológica do material, de forma que devem ser
armazenados em coletores estanques, rígidos e hígidos, resistentes à ruptura, à furos, ao
corte ou à escarificação.
Fique de olho
É proibida a reciclagem, reutilização ou reaproveitamento dos resíduos do Grupo A para
qualquer finalidade.
- -21
Assista aí
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/3caff8851cf5e6a24131304a90ff27e0
- -22
4.2 Disposição final dos resíduos dos serviços de saúde
A resolução 358 da CONAMA esclarece que disposição final dos resíduos é toda prática que tem como finalidade
direcionar ao solo os resíduos sólidos que foram tratados previamente, a fim de eliminar ou minimizar as
chances de aquele material prejudicar a saúde humana, os animais, o meio ambiente. A referida legislação
estabelece os critérios técnico-construtivos e operacionais corretos, de acordo com os órgãos ambientais
responsáveis, conforme Brasil (2005).
Seguem abaixo os critérios mínimos para deposição final dos resíduos dos serviços de saúde, de acordo com a
Resolução 358.
Quanto à seleção de área:
não possuir restrições quanto ao zoneamento ambiental (afastamento de unidades de conservação ou áreas
correlatas);
respeitar as distâncias mínimas estabelecidas pelos órgãos ambientais competentes de ecossistemas frágeis,
recursos hídricos superficiais e subterrâneos.
Quanto à segurança e sinalização:
sistema de controle de acesso de veículos, pessoas não autorizadas e animais, sob vigilância contínua;
sinalização de advertência com informes educativos quanto aos perigos envolvidos.
Quanto aos aspectos técnicos:
sistemas de drenagem de águas pluviais;
coleta e disposição adequada dos percolados;
coleta de gases;
impermeabilização da base e taludes;
monitoramento ambiental.
Quanto ao processo de disposição final de resíduos de serviços de saúde:
disposição dos resíduos diretamente sobre o fundo do local;
acomodação dos resíduos sem compactação direta;
cobertura diária com solo, admitindo-se disposição em camadas;
cobertura final;
plano de encerramento.
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5 Lei de biossegurança e lei de política nacional de 
resíduos sólidos
A lei de biossegurança e a lei da política nacional de resíduos sólidos compõem o quadro de normas e legislações
que foram criadas para amparar e sustentar o desenvolvimento científico do país, assim como contribuir no
processo de gerenciamento de resíduos, principalmente os sólidos, que ocupam uma grande parcela dos
resíduos que são produzidos pela população em geral.
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5.1 Lei da biossegurança
A lei número 11.105, estabelecida em março de 2005, define as normas de segurança e mecanismos de
fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação,
a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o
descarte de organismos geneticamente modificados (OGM) e seus derivados, de acordo com Brasil (2005b).
Esta lei refere-se a um marco importante no avanço científico do Brasil, pois ela determina pontos importantes
quando se refere à biossegurança e à biotecnologia,assim como medidas que vão garantir a proteção humana,
animal, vegetal e ao meio ambiente em todos os seus aspectos. Ela também considera as atividades de pesquisa
em laboratório como parte da etapa de obtenção de OGMs, no que se refere aos processos de construção, ao
cultivo, à manipulação, ao transporte, à transferência, à importação, à exportação, ao armazenamento, à
liberação no meio ambiente e ao e seus derivados, conforme Brasil (2005b).descarte de OGM
 (2005) determina que é permitida a utilização de células-tronco embrionárias obtidasA lei da biossegurança
de embriões humanos produzidos por fertilização , para fins de pesquisa e terapia, e não utilizados noin vitro
respectivo procedimento. Assim como determina que é vedada a comercialização do material biológico a que se
refere este artigo, sendo que a sua prática implica em crime.
Quanto às proibições, segundo Brasil (2005b) afirma que a referida legislação estabelece que é proibido:
implementação de projeto relativo a OGM sem a manutenção de registro de seu acompanhamento individual;
engenharia genética em organismo vivo ou o manejo in vitro de ADN/ARN natural ou recombinante, realizado em
desacordo com as normas previstas nesta lei;
engenharia genética em célula germinal humana, zigoto humano e embrião humano;
clonagem humana;
destruição ou descarte no meio ambiente de OGM e seus derivados em desacordo com as normas estabelecidas
pela CTNBio, pelos órgãos e entidades de registro e fiscalização, referidos no artigo 16 desta lei, e as constantes
desta lei e de sua regulamentação;
liberação no meio ambiente de OGM ou seus derivados, no âmbito de atividades de pesquisa, sem a decisão
técnica favorável da CTNBio e, nos casos de liberação comercial, sem o parecer técnico favorável da CTNBio, ou
sem o licenciamento do órgão ou entidade ambiental responsável, quando a CTNBio considerar a atividade como
potencialmente causadora de degradação ambiental, ou sem a aprovação do Conselho Nacional de Biossegurança
(CNBS), quando o processo tenha sido por ele avocado, na forma desta lei e de sua regulamentação;
- -25
a utilização, a comercialização, o registro, o patenteamento e o licenciamento de tecnologias genéticas de
restrição do uso.
- -26
A lei número 12.305 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos do Brasil, no ano de 2010, de modo que esta
política reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotadas pelo Governo
Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com estados, Distrito Federal, municípios ou particulares,
com intuito de promover uma gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos
sólidos, conforme Brasil (2010b).
Ela é dirimida a partir de um conjunto de princípios e objetivos, de forma que são princípios da Política Nacional
de Resíduos Sólidos:
a prevenção e a precaução;
o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;
a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica,
tecnológica e de saúde pública;
o desenvolvimento sustentável;
a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços
qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto
ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação
estimada do planeta;
a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade;
a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador
de trabalho e renda e promotor de cidadania;
o respeito às diversidades locais e regionais;
o direito da sociedade à informação e ao controle social;
a razoabilidade e a proporcionalidade.
Já, os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos são:
proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;
não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos;
estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços;
- -27
adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais;
redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;
incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de
materiais recicláveis e reciclados;
gestão integrada de resíduos sólidos;
articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor empresarial, com vistas à
cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos;
capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;
regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos de limpeza
urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a
recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e
financeira, observada a lei número 11.445, de 2007;
prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para: produtos reciclados e recicláveis e bens, serviços
e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis;
integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;
incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos
processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento
energético;
estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.
Além disso, são proibidas as seguintes formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos:
lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos;
lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração;
queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para essa finalidade;
outras formas vedadas pelo poder público.
Por meio dos princípios, objetivos e proibições desta referida lei, fica clara a preocupação dos órgãos
responsáveis com a segurança e saúde humana, animal, vegetal, assim como o meio ambiente. No entanto, é
- -28
preciso que todos os envolvidos no processo de gerenciamento de resíduos busquem medidas eficientes de se
instaurar tais princípios e objetivos em suas unidades, a fim de minimizar os danos devido a produção e mal
direcionamento dos resíduos sólidos.
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer as normas regulamentadoras e a legislação que rege a biossegurança no Brasil, assim como um 
pouco do momento histórico do país para a necessidade de implementação da biossegurança;
• estudar com mais detalhamento a NR-32 que se refere às regulamentações acerca da biossegurança nos 
serviços de saúde;
• aprender sobre a política de gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde, a fim de se reduzir o 
volume de resíduos e dar destino final de maneira segura;
• identificar as etapas referentes ao processo de tratamento e a disposição final dos resíduos, garantindo 
segurança aos recursos naturais disponíveis no meio ambiente;
• conhecer com mais detalhamento sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos produzidos pelos 
serviços de saúde.
Referências
ALBUQUERQUE, M.B.M. Biossegurança, uma visão da história da ciência. Biotecnologia, Ciência e
, v. 3, n.18, p. 42-45, 2001.Desenvolvimento
ALMEIDA, J.L.T.; VALLE, S. Biossegurança no ano 2010: o futuro em nossas mãos? , Brasília, v. 7, n. 2, p.Bioética
199- 203, 1999.
BORÉM, A. . Rio Branco: Suprema,2001.Escape gênico e transgênicos
Fique de olho
A cidade de São Paulo é a que mais produz resíduos sólidos, gerando 20 mil toneladas por dia,
sendo que cerca de metade é de material orgânico como frutas, legumes e verduras. O material
recolhido em feiras e mercados também é misturado a resíduos de podas de árvores, e recebe
um composto de fungos e bactérias, que decompõem a matéria orgânica. E o resultado, cinco
meses depois, é adubo, usado em hortas, plantio de árvores e reforma de praças.
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BRASIL. , de 29 de janeiro de 2008. Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacional deResolução número 1
Biossegurança - CNBS. Brasília, 2008.
BRASIL. , de 19 de fevereiro de 2002. Brasília: Conselho Nacional de Biossegurança, 2002.Portaria número 343
BRASIL. . Brasília: Editora MS, 2006.Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com agentes biológicos
BRASIL. , de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para oResolução RDC número 306
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
BRASIL. 3 ed. Brasília: MinistérioDiretrizes gerais para o trabalho em contenção com agentes biológicos.
da Saúde, 2010.
BRASIL. , de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposiçãoResolução CONAMA número 358
final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2005.
BRASIL. , de 31 deNorma regulamentadora - NR 32 - segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde
agosto de 2011. Brasília: Ministério do trabalho, 2011.
BRASIL. , de 24 de março de 2005. Dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB,Lei número 11.105
revoga a lei número 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória número 2.191-9, de 23 de agosto de
2001, e os artigos 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 e 16 da lei número 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá outras
providências. Brasília: Casa Civil, 2005b.
BRASIL. , de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a LeiLei número 12.305
número 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília: Casa Civil, 2010b.
GARCIA, L.P.; ZANETTI-RAMOS, B.G. Health services waste management: a biosafety issue. Cadernos de Saúde
, Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, p. 744-752, 2004.Pública
PENNA, P.M.M. et al., Biossegurança: uma revisão. , São Paulo, v. 77, n. 3, p. 555-465, jul.-set., 2010.Arq. Inst. Biol.
SCHOLZE, S.H. Biossegurança e alimentos transgênicos. ,Revista Biotecnologia, Ciência e Desenvolvimento
Tirol, v. 2, n. 9, p. 32-34, 1999.
SHATZMAYR, H.G. Biossegurança nas infecções de origem viral. Revista Biotecnologia, Ciência e
, Tirol, v. 3, n. 18, p. 12-15, 2001.Desenvolvimento

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