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1 Universidade do Vale do Itajaí Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar Curso de Engenharia Química MECÂNICA DOS FLUIDOS LARYSSA RONDON DE SOUZA MARCUS VINÍCIUS NASCIMENTO FREIRE THAYSE DE BORBA Itajaí (SC), Setembro de 2016 2 LARYSSA RONDON DE SOUZA MARCUS VINÍCIUS NASCIMENTO FREIRE THAYSE DE BORBA MECÂNICA DOS FLUIDOS Trabalho apresentado na disciplina de Mecânica dos Fluidos, como requisito parcial para a obtenção de nota da M1, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar – CTTMar. Professor: Rafael Cruz Itajaí 2016 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 07 2. CONCEITOS E APLICAÇÕES .................................................................. 08 2.1 – Tensão normal e tensão de cisalhamento ............................................... 06 2.2 – Densidade e Peso Específico.................................................................. 13 2.3 - Viscosidade Absoluta, Viscosidade Dinâmica e Viscosidade Cinemática 18 2.4 - Lei de Stevin ........................................................................................... 22 2.5 - Princípio de Pascal ................................................................................. 26 2.6 - Princípio de Arquimedes ....................................................................... 29 3. EXERCÍCIO .................................................................................................. 33 4. CONCLUSÃO ................................................................................................ 37 5. REFERÊNCIAS ............................................................................................. 38 4 LISTA DE FIGURAS Figura 1 ...................................................................................................................... 08 Figura 2 ....................................................................................................................... 08 Figura 3 ...................................................................................................................... 09 Figura 4 ....................................................................................................................... 09 Figura 5 ...................................................................................................................... 10 Figura 6 ....................................................................................................................... 10 Figura 7 ...................................................................................................................... 11 Figura 8 ....................................................................................................................... 14 Figura 9 ...................................................................................................................... 17 Figura 10 ..................................................................................................................... 18 Figura 11 ..................................................................................................................... 21 Figura 12 ..................................................................................................................... 24 Figura 13 .................................................................................................................... 24 Figura 14 ..................................................................................................................... 27 Figura 15 ..................................................................................................................... 27 Figura 16 ..................................................................................................................... 28 Figura 17 ..................................................................................................................... 29 5 LISTA DE TABELAS Tabela 1 ...................................................................................................................... 15 Tabela 2 ....................................................................................................................... 16 Tabela 3 ....................................................................................................................... 19 6 RESUMO De forma teórica o tema central desse trabalho são os fluidos. Dentro deste tema, através de pesquisas bibliográficas, expomos, por exemplo, sobre densidade, peso específico, viscosidade, dentre outros, que são propriedades de fluidos e que são levadas em consideração principalmente quando se trata de um fluido real. Algumas considerações são feitas sobre as forças / tensões que podem atuar sobre um fluido, principalmente sobre a tensão de cisalhamento, que é a que pode causar escoamento de um fluido. Também serão apresentados neste trabalho alguns princípios dentro da Mecânica de Fluidos como os de Pascal, Arquimedes e Stevin. Palavras Chave: Fluidos; Pascal; Arquimedes; Stevin; Força; Tensão. 7 1. INTRODUÇÃO A mecânica dos fluidos é o ramo da mecânica que estuda o comportamento físico dos fluidos e suas propriedades. Os aspectos teóricos e práticos da mecânica dos fluidos são de fundamental importância para a solução de diversos problemas encontrados habitualmente na engenharia, sendo suas principais aplicações destinadas ao estudo de escoamentos de líquidos e gases, máquinas hidráulicas, aplicações de pneumática e hidráulica industrial, sistemas de ventilação e ar condicionado além de diversas aplicações na área de aerodinâmica voltada para a indústria aeroespacial (FERREIRA, 2005). O estudo da mecânica dos fluidos é dividido basicamente em dois ramos, a estática dos fluidos e a dinâmica dos fluidos. A estática dos fluidos trata das propriedades e leis físicas que regem o comportamento dos fluidos livre da ação de forças externas, ou seja, nesta situação o fluido se encontra em repouso ou então com deslocamento em velocidade constante, já a dinâmica dos fluidos é responsável pelo estudo e comportamento dos fluidos em regime de movimento acelerado no qual se faz presente a ação de forças externas responsáveis pelo transporte de massa (FOX, 1998). De acordo com Ferreira (2005), percebe-se que o estudo da mecânica dos fluidos está relacionado a muitos processos industriais presentes na engenharia e sua compreensão representa um dos pontos fundamentais para a solução de problemas geralmente encontrados nos processos industriais. 8 2. CONCEITOS E APLICAÇÕES 2.1 – Tensão normal e tensão de cisalhamento em fluidos: Tensão Normal É a intensidade da força que atua no sentido perpendicular a ΔA por unidade de área (σ). Admitindo que a superfície em que cada força atua se aproxima de zero, tem se a definição de tensão normal dada matematicamente abaixo: 𝜎 = lim ∆𝐴→0 ∆𝐹 ∆𝐴 = 𝜎𝑧 = 𝑑𝐹 𝑑𝐴 [Equação 1] Sejam dois planos paralelos e infinitamente próximos; sejam, ainda, dois pontos, um de cada plano, como se mostra na figura 1 abaixo. Figura 1 – Planos paralelos Agindo tensões normais (σ) nestes pontos e planos, observa-se a ocorrência de variação na distância entre eles. Ocorre tração, sendo positiva a tensão normal,quando aumenta a distância entre os dois pontos. Figura 2 – Tensão normal positiva – Tração 9 No caso contrário ocorre compressão, sendo negativa a tensão normal. Figura 3 – Tensão normal negativa – Compressão Tensão de Cisalhamento É a intensidade da força, ou força por unidade de área, que atua tangente a ΔA (τ). Admitindo que a superfície em que cada força atua se aproxima de zero, tem se a definição de tensão de cisalhamento dada matematicamente abaixo: Componentes: 𝑡𝑧𝑥 = lim ∆𝐴→0 ∆𝐹𝑥 ∆𝐴 = 𝑡𝑧𝑥 = 𝑑𝐹𝑥 𝑑𝐴 [Equação 2] 𝑡𝑧𝑦 = lim ∆𝐴→0 ∆𝐹𝑦 ∆𝐴 = 𝑡𝑧𝑦 = 𝑑𝐹𝑦 𝑑𝐴 [Equação 3] Figura 4 - Eixos Significado dos índices: 1- z em σz – Indica a direção que se afasta da reta normal, que específica a orientação da área ΔA. 2- 2- zx τ e zy τ - z indica a orientação da área. x e y indicam às retas de direção das tensões de cisalhamento 10 Unidades: No Sistema Internacional de Normas ou SI: Pa = N/m² Nos mesmos planos e pontos anteriores, a tensão de cisalhamento provoca escorregamento entre eles. A tensão de cisalhamento (τ) positiva “tende a girar” o ponto, em torno do ponto vizinho, no sentido horário. Figura 5 – Tensão de Cisalhamento positiva A tensão de cisalhamento (τ) negativa “tende a girar” o ponto, em torno do ponto vizinho, no sentido anti-horário. Figura 6 – Tensão de cisalhamento negativa A unidade métrica que deverá ser usada é o Newton por metro quadrado (N/m²) ou o pascal (Pa). Como o pascal é uma unidade muito pequena, é convencional expressar a em quilo pascal (kPa). As unidades inglesas são a libra por polegada ao quadrado (psi) e a libra por pé quadrado (lb ft-2). Curiosidade: O estado de tensão em um ponto é descrito pelas tensões atuantes em três planos quaisquer ortogonais entre si que passam pelo ponto. 11 Figura 7 - Representação de forças atuantes nas fronteiras do meio, transmitidas através dele. Aplicações: Tensão de Cisalhamento em Sistemas Poliméricos O entendimento e o controle das propriedades reológicas é de fundamental importância na fabricação e no manuseio de uma grande quantidade de materiais (borrachas, plásticos, alimentos, cosméticos, tintas, óleos lubrificantes) e em processos (bombeamento de líquidos em tubulações, moldagem de plásticos). (PILLING, 2014) Medidas de viscosidade em função da tensão de cisalhamento em uma suspensão de maisena em água. Matematicamente, a viscosidade () é a derivada do gráfico da força de cisalhamento por unidade de área entre dois planos paralelos de líquido em movimento relativo (tensão de cisalhamento, ) versus o gradiente de velocidade dv/dx (taxa de cisalhamento, ) entre os planos. a) Diminuição da viscosidade aparente com o aumento da tensão de cisalhamento Os líquidos que apresentam este comportamento são denominados pseudoplásticos. As causas mais comuns desse comportamento em suspensões coloidais são o fracionamento de agregados de partículas e a orientação de partículas assimétricas provocadas pelo aumento da taxa de cisalhamento. Muitas tintas apresentam pseudoplasticidade. (PILLING, 2014) 12 b) Existência de uma tensão de cisalhamento mínima para iniciar o escoamento Os líquidos que apresentam este comportamento são denominados plásticos. A taxa de cisalhamento é zero (o líquido não escoa) até que uma tensão de cisalhamento mínima seja aplicada ao sistema (tensão mínima de escoamento, 0). Para tensões de cisalhamento maiores que 0, os fluidos plásticos apresentam um comportamento semelhante aos fluidos pseudoplásticos, ou seja, apresentam uma diminuição da viscosidade aparente com o aumento da tensão de cisalhamento. Quando a tensão mínima de escoamento é muito pequena, torna-se difícil determinar se o sistema é plástico ou pseudoplástico. A plasticidade é devida à existência de um retículo estrutural contínuo na amostra em repouso e que deve ser rompido para que o fluido possa escoar. Massas de modelagem e dispersões de algumas argilas são exemplo de dispersões plásticas. (PILLING, 2014) c) Aumento da viscosidade aparente com o aumento da tensão de cisalhamento Quando a taxa de cisalhamento é aumentada, esse empacotamento deve ser quebrado para permitir que as partículas se movam umas em relação às outras. A expansão resultante faz com que o líquido seja insuficiente para preencher os vazios criados. À essa expansão se opõe forças de tensão superficial do líquido “aprisionado” entre as partículas. Isso explica porque é fácil empurrar com o pé a areia úmida da praia se fazemos isso lentamente. Mas podemos machucar o pé se chutarmos (aplicarmos uma tensão de cisalhamento elevada) a areia, pois nessa situação ela se comporta como um sólido. (PILLING, 2014) Após análise minuciosa, deve se fazer a escolha de qual caminho deve ser tomado a fim de se obter um melhor resultado, onde, a tensão de cisalhamento é um parâmetro básico para determinação da viscosidade. 13 2.2 - Densidade e Peso Específico: Peso Específico O peso específico pode ser definido a partir de uma substância, que constitui um corpo homogêneo, como a razão entre o peso “P” e o volume “V” do corpo constituído da substância analisada. O peso específico pela letra grega ρ (rô), onde: P = m . g (massa x aceleração da gravidade). Se o peso é expresso em Newton e o volume em m3, a unidade de peso específico, no SI, será o N/m3. No sistema prático (CGS), esta unidade será expressa em dina/cm3 e no MKGFS (técnico) é kgf/m3 (PETROBRAS, 2002). 𝝆 = 𝑷 𝑽 [Equação 4] Exemplo: Calcular o peso específico de um cano metálico de 6 kg e volume tubular de 0,0004 metros cúbicos. Peso = 6 x 9,8 = 58,8 N ρ = P /V ρ = 58,8 / 0,0004 ρ = 147.000 N/m3 Densidade A densidade é uma grandeza que relaciona a massa dos materiais e o volume que eles ocupam. Ela pode ser calculada através da seguinte equação: 𝒅 = 𝒎 𝑽 [Equação 5] 14 Figura 8 – Termômetro de Galileu A unidade de densidade pelo SI (Sistema Internacional de Unidades) é o quilograma por metro cúbico (kg/m³). Pela equação, a densidade dos materiais é inversamente proporcional ao volume, e o volume, por sua vez, é uma grandeza que varia com a temperatura e a pressão. Portanto, se aumentarmos a temperatura, as partículas ou moléculas constituintes da substância irão se expandir, aumentando o volume e, consequentemente, diminuindo a densidade. O contrário também é verdadeiro, o que se pode concluir é que a densidade é inversamente proporcional à temperatura, isto é, com o aumento da temperatura, a densidade diminui e, diminuindo a temperatura, a densidade aumenta. Esse é o princípio que permite os balões a ar quente subam, pois, aquecendo-se o ar dentro do balão, a sua densidade fica menor que a dor ar ao redor do balão. A variação de densidade com a temperatura pode ser vista por meio de um aparelho chamado termômetro de Galileu (figura 7). Ele é constituído de um tubo de vidro selado que contém água. Dentro dele ficam flutuando pequenas bolhas coloridas, que também contém água com corante. Cada bolha possui uma etiqueta metálica que indica a temperatura da água colorida em seu interior. Quanto maior for a temperatura, mais a bolha flutuará e vice-versa. É por isso que quando se menciona a densidade dos materiais, isso deve ser feito levando-se em consideração a temperatura e a pressão. Por exemplo, a densidade máxima da água ao nível do mar (pressão 1 atm) e na temperatura de 3,98 ° C é de 1,0 g/cm³. A tabela abaixo apresenta tabela de propriedades de alguns fluidos e materiais: 15 Tabela 1 – propriedades de determinados fluidos Fonte: http://www.engbrasil.eng.br/pp/mf/aula2.pdfhttp://www.engbrasil.eng.br/pp/mf/aula2.pdf 16 Tabela 2 – Densidades de alguns materiais Fonte: ftp://ftp.feq.ufu.br/Claudio/densidade2.pdf ftp://ftp.feq.ufu.br/Claudio/densidade2.pdf 17 Aplicações: Densímetro A medida da densidade tem grande importância na caracterização de materiais. O densímetro é um instrumento que indica a densidade de líquidos sem o auxílio de uma balança, com base no fenômeno da flutuabilidade. Os densímetros são constituídos por duas partes, conforme visto na figura 2 abaixo. A haste e o bulbo (ou ampola) têm formato cilíndrico. Geralmente são feitos de vidro, são ocos, e o lastro é, o mais das vezes, chumbo (d = 11,3 g/cm3) ou mercúrio (d = 13,6 g/cm3). O lastro se situa na extremidade inferior do bulbo, o que permite que o densímetro, introduzido num líquido, flutue em posição vertical. Figura 9 - Densímetro A haste contém uma escala proveniente de uma calibração, a qual permite a leitura da densidade do líquido (ou outra grandeza associada a ele). A relação entre o volume e a massa do bulbo é o principal fator no estabelecimento dos limites superior e inferior da escala, ou seja, o intervalo de densidades que o densímetro pode medir. O densímetro tem de flutuar, em equilíbrio estável, nos líquidos cujas densidades se quer medir. Isto é, não pode ser pesado demais, a ponto de bater no fundo do recipiente em que é colocado, nem leve demais, a ponto de sua escala ficar fora da interface líquido- ar, que onde se dá a leitura. A profundidade da posição de equilíbrio deve ser função da densidade do líquido. Assim, a dimensão da haste é fundamental para estabelecer a dependência entre a densidade do líquido e a profundidade de equilíbrio. 18 A densidade do etanol nos postos de combustível é monitorada por densímetros que indicam se o produto está ou não dentro das especificações (especialmente quanto ao teor de água presente). Bateria de Automóvel O estado da bateria de um automóvel pode ser inferido pela medida de densidade do eletrólito, uma solução de ácido sulfúrico (H2SO4). A medida que a bateria descarrega esse ácido combina-se com o chumbo (Pb) nas placas da bateria formando sulfato de chumbo (PbSO4), insolúvel. Isso reduz a concentração ao do acido (e a densidade) da solução. A densidade varia desde 1,30 g/mL numa bateria carregada até 1,15 g/mL numa descarregada. Essa medida é rotineiramente realizada em oficinas por meio de um densímetro. 2.3 - Viscosidade Absoluta, Viscosidade Dinâmica e Viscosidade Cinemática: Durante o escoamento de um fluido observam-se um relativo movimento ente suas partículas, resultando um atrito entre as mesmas. Viscosidade ou Atrito Interno é a propriedade que determina o grau de resistência do fluido à força cisalhante, ou seja, resistir à deformação. Sejam duas placas largas e paralelas separadas por uma película de um fluido com espessura y. Figura 10 – placas paralelas separadas por uma película Onde: F é a força tangencial; A é a área; y é a espessura do fluido; ΔV é a velocidade e μ é o coeficiente de viscosidade dinâmica ou absoluta, característica de cada fluido. 19 DEPENDE DA TEMPERATURA. Mas a resistência à deformação, chamada de resistência viscosa, é dada por: 𝝈 = 𝑭 𝑨 = 𝝁 ∆𝑽 𝒚 [Equação 6] Viscosidade Absoluta ou Dinâmica A definição de viscosidade está relacionada a Lei de Newton: “ A tensão de cisalhamento é diretamente proporcional à variação da velocidade ao longo da direção normal às placas”. 𝜏 𝛼 𝜇 𝑑𝑣 𝑑𝑦 [Equação 7] A relação de proporcionalidade pode ser transformada em igualdade mediante uma constante, dando origem à seguinte equação (Lei de Newton): 𝜏 = 𝜇 𝑑𝑣 𝑑𝑦 [Equação 8] A viscosidade dinâmica é o coeficiente de proporcionalidade entre a tensão de cisalhamento e o gradiente de velocidade. O seu significado físico é a propriedade do fluido através da qual ele oferece resistência às tensões de cisalhamento. Os fluidos que apresentam esta relação linear entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação são denominados newtonianos e representam a maioria dos fluidos. O valor da viscosidade dinâmica varia de fluido para fluido e, para um fluido em particular, esta viscosidade depende muito da temperatura. Os gases e líquidos tem comportamento diferente com relação á dependência da temperatura, conforme mostra a tabela: Tabela 3 - Comportamento dos fluidos com relação a viscosidade 20 Viscosidade Cinética ou Cinemática É a relação entre a viscosidade absoluta ou dinâmica e a massa específica do fluido. 𝒗 = 𝝁 𝝆 [Equação 9] 𝒗 = viscosidade cinemática; 𝝁 = 𝒗𝒊𝒔𝒄𝒐𝒔𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒂𝒃𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒂; 𝝆 = 𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂 𝒆𝒔𝒑𝒆𝒄í𝒇𝒊𝒄𝒂. A viscosidade dinâmica é dada em termos de força requerida para mover uma unidade de área a uma unidade de distância, razão entre a tensão de cisalhamento e o gradiente de velocidade. Enquanto, a cinemática, expressa a relação entre a viscosidade dinâmica pela densidade, a qual consiste em uma resistência oferecida pelo fluido para o seu próprio movimento, sendo essa, geralmente utilizada por ser mais conveniente. No SI a unidade da viscosidade cinemática ν é m²/s. No sistema CGS é utilizada a unidade Stokes e dada a magnitude do seu valor é preferível utilizar a forma centistokes. A viscosidade absoluta tem como unidade Pa.s (N.s/m²) em unidades do SI. Essa unidade é normalmente expressa em mPa.s dado a sua magnitude. Outra forma conveniente, a partir do sistema CGS é o Poise. Um centipoise (cP) é igual a 1 mPa. É válido ressaltar que há a temparatura é um dos fatores que influencia tanto no aumento quanto no decaimento da viscosidade, onde: Para gases: – Aumento na temperatura, aumenta a viscosidade; – A pressão somente influencia a partir de 1000 kPa, onde aumentos na pressão causam aumentos na viscosidade. Para líquidos: – Aumento na temperatura, diminui a viscosidade; – A pressão geralmente não exerce efeito, porém grandes aumentos já foram comprovados a pressões muito altas. H2O (10000 atm) = 2 H2O (1 atm). 21 Aplicações: Medição da Viscosidade de Óleos Lubrificantes a partir do Viscosímetro Hagen – Poiseville. Os valores de viscosidades de óleos são obtidos experimentalmente em laboratório, utilizando-se um aparelho chamado viscosímetro, que em sua versão mais simples, mede o tempo que uma determinada quantidade de fluido leva para escoar através de um pequeno tubo (capilar) a uma temperatura constante. A classificação do tipo de óleo lubrificante com relação à sua viscosidade segue a normas, tal como, a Norma SAE J300c-“Classificação da viscosidade de óleos lubrificantes para motor”. a) Viscosímetro Hagen – Poiseville (Perda de Carga) A medição da viscosidade dinâmica no viscosímetro Hagen – Poiseville é feita através do escoamento de óleo lubrificante em um duto de comprimento “L” e diâmetro ”D”, onde ocorre uma diferença de pressão “∆H”, que pode ser medida através de uma escala (cm) presente em um manômetro diferencial acoplado ao aparelho. A vazão pode ser calculada através da medição de tempo (através de cronômetro) em que o escoamento leva para completar um certo volume em um recipiente calibrado. Figura 11 – Viscosidade Hagen – Poiseville 22 𝜇 = γ.∆H.π.D2 128.L.Q [Equação 10] Onde: ∆P = diferença de pressão ou perda de carga; µ = viscosidade dinâmica; L = comprimento da tubulação; D = diâmetro da tubulação; γ = peso específico; Q = vazão volumétrica (m3/s); ∆T = tempo para o enchimento do volume. Tecnologia de pesquisa: Emprego da viscosidade, como avaliação físico-química das amostras para análise sensorial na indústria de alimentos, no tratamento do amidoo qual é a principal substância de reserva nas plantas superiores, fornecendo de 70 a 80 % das calorias consumidas pelo homem. A produção de amidos modificados é uma alternativa que vem sendo desenvolvida há algum tempo com o objetivo de superar uma ou mais limitações dos amidos nativos, e assim, aumentar a utilidade deste polímero nas aplicações industriais. As razões que levam à modificação, segundo BEMILLER, são: modificar as características de cozimento (gomificação); diminuir a retrogradação e a tendência das pastas em formarem géis; aumentar a estabilidade das pastas ao resfriamento e descongelamento, a transparência das pastas ou géis e a adesividade; melhorar a textura das pastas ou géis e a formação de filmes; e adicionar grupamentos hidrofóbicos e introduzir poder emulsificante. Uma alta viscosidade, parâmetro este importante para um melhor preparo de substrato, resultando em produto favorável, minimizando a formação de substâncias secundárias indesejáveis ao produto, sendo assim, uma alta viscosidade é desejável para usos industriais, nos quais o objetivo é o poder espessante, auxiliando no processo físico- 23 químico. Para isso, é necessário o controle da retrogradação no resfriamento. (BEMILLER, 1997) 2.4 - Lei de Steven: “A diferença de pressão entre dois pontos no interior da massa de um líquido em equilíbrio é igual ao produto da diferença de profundidade pelo peso específico do líquido”. Simon Stevin (1548-1620) foi um importante físico, matemático e também engenheiro. Nascido em Bruges, localizada na atual Bélgica, Stevin possui feitos importantes em vários campos, porém na física suas obras concentram-se em dois deles: a estática e a hidrostática. (BUGLIA, 2016) Seu teorema é utilizado para que seja possível calcular a variação de pressão em função da variação de altura em um fluido, como aquela pressão que sentimos no ouvido quando mergulhamos em uma piscina profunda por exemplo. O equacionamento matemático através da Lei de Stevin, consiste no equilíbrio das forças sobre um elemento de volume infinitesimal em forma cúbica, definido no plano cartesiano de coordenadas obtendo-se a distribuição das forças de pressão e as forças de ação a distância agindo sobre o elemento. Como o elemento está em repouso, o somatório das forças de pressão e das forças de ação a distância é igual a zero. (ROMA, 2003) Dedução da Pressão de uma Coluna Líquida Lembrando que: 𝑃 = 𝐹 𝐴 [Equação 11] Nesse caso a força é o peso, ou seja, massa multiplicada pela gravidade: 𝑃 = 𝐹 𝐴 = 𝑚∗𝑔 𝐴 [Equação 12] 24 Sabemos que: m = µ ∙ V (sendo m = massa, µ = massa específica e V = volume) Substituindo a massa temos: 𝑃 = 𝜇∗𝑔∗𝑉 𝐴 = 𝜇∗𝑔∗𝐴ℎ 𝐴 [Equação 13] Assim a pressão no ponto 1 em uma coluna de água é dada por: Figura 12 – coluna de água 𝑷 = 𝝁 ∗ 𝒈 ∗ 𝒉 [Equação 14] Onde, h é a profundidade do ponto g corresponde a aceleração da gravidade Líquidos em equilíbrio exercem forças normais contra as paredes do recipiente em que estão contidos. Diferença de pressão em um líquido em equilíbrio Para haver diferença de pressão entre dois pontos em um líquido em equilíbrio é necessário que esses dois pontos estejam em alturas diferentes. Pontos mais profundos de um fluido tem pressão mais elevada pois tem mais fluido, ou seja, maior peso sobre eles. 25 Figura 13 – recipiente com fluido qualquer A figura 13 acima é de um recipiente contendo um fluido qualquer. Entre os pontos 1 e 2 existe uma diferença de profundidade (h). Nos pontos 1 e 2 temos a pressão exercida pelo peso do fluido além da pressão atmosférica. Pressão no ponto 1: P1 = pressão atmosférica + μ ∙ g ∙ h1 Pressão no ponto 2: P2 = pressão atmosférica + μ ∙ g ∙ h2 A diferença de pressão entre os dois pontos é dada por: P2 – P1 = P atm + μ ∙ g ∙ h2 – (P atm + μ ∙ g ∙ h1) P2 – P1 = μ ∙ g (h2-h1) LEI DE STEVIN [Equação 15] Aplicações: Vasos comunicantes 26 Num líquido que está em recipientes interligados, cada um deles com formas e capacidades diversas, observa-se que a altura do líquido será igual em todos eles depois de estabelecido o equilíbrio. Isso ocorre porque a pressão exercida pelo líquido depende apenas da altura da coluna. As demais grandezas são constantes para uma situação desse tipo (pressão atmosférica, densidade e aceleração da gravidade). As caixas e reservatórios de água, por exemplo, aproveitam-se desse princípio para receberem ou distribuírem água sem precisar de bombas para auxiliar esse deslocamento do líquido. (ENGENHARIA & TECNOLOGIA, 2014) Sistema Hidráulico Essa lei explica porque o sistema hidráulico das cidades é obtido pelas caixas d’águas, que estão situadas no ponto mais alto das casas, uma vez que precisam pegar pressão para chegar à população. Canudinho Como o líquido sobe pelo canudinho? A diferença de pressão explica tudo. Qual a relação de pressão atmosférica com tomar suco no canudinho? Se você não sugar pelo canudinho, o líquido continuará dentro do copo, ou seja, a pressão dentro e fora (pressão atmosférica) é a mesma. O líquido só sobe pelo canudinho se modificarmos a pressão em seu interior, e para isso, basta sugar! Fazendo isso, a pressão fora do canudinho continua a mesma, mas a pressão dentro do canudinho diminui. O líquido sobe pela diferença de pressão: a pressão fora do canudinho é maior que dentro do canudo, empurrando o líquido pra cima. 2.5 - Princípio de Pascal: Quando chegamos quando se fecha bruscamente uma porta, é comum se ouvir os vidros de uma janela no mesmo ambiente vibrar ou até outra porta se abrir. A explicação para esse fato é que, ao deslocar (fechando) a porta, ela exerceu uma pressão sobre o ar do ambiente onde se está, e essa pressão se transmitiu a todos os outros pontos do ambiente, através desse meio gasoso. Esse fato é denominado princípio de Pascal, que vale não só para qualquer tipo de fluido, como líquido e gases. Grandes benefícios são 27 decorrentes do princípio de Pascal. Um dos mais utilizados é a prensa hidráulica, que é um dispositivo multiplicador de forças. A pensa hidráulica é um dispositivo largamente utilizado com finalidade principal de multiplicador de forças. Basicamente, a prensa hidráulica é constituída de um tubo em U, sendo que os ramos possuem áreas da secção transversal diferentes. Um tubo une esses ramos e o sistema é preenchido com um líquido viscoso (em geral, óleo), aprisionado por dois pistões (figura 14). Dessa forma, exercendo uma força em um dos pistões o outro se move. Figura 14 – Prensa Hidráulica O cientista francês Blaise Pascal (1623-1662) enunciou, em 1653, o “princípio de Pascal” que explicava que, se a pressão existente na superfície do líquido fosse aumentada de uma maneira qualquer - por um pistão agindo na superfície superior, por exemplo - a pressão P em qualquer profundidade deve sofrer um aumento exatamente da mesma quantidade. Figura 15 – Princípio de Pascal 28 O princípio de Pascal pode ser enunciado da seguinte forma: “Qualquer acréscimo de pressão exercido num ponto de um fluido (gás ou líquido) em equilíbrio se transmite integralmente a todos os pontos desse fluido e às paredes do recipiente que o contém.” A figura 15, ilustra dois recipientes cilíndricos de áreas transversais diferentes e interligados por um tubo contendo um fluido qualquer (de preferência sendo mais incompressível), ao se empurrar o pistão de área menor A1 com uma força F1, produzimos um acréscimo de pressão naquela região dada por: ∆𝒑𝟏= 𝑭𝟏 𝑨𝟏 [Equação 16] Esse acréscimo de pressão é transmitido a todos os pontos do líquido, inclusive, aos pontos próximos do pistão maior de área A2.Como a pressão é a mesma em ambos os pistões, pode-se escrever que: ∆𝐩𝟐= 𝐅𝟐 𝐀𝟐 ∆𝐩𝟏= ∆𝐩𝟐 𝐅𝟏 𝐅𝟐 = 𝐀𝟏 𝐀𝟐 Dessa forma, pode-se observar que a intensidade da força é diretamente proporcional à área do tubo. Isso mostra que uma força pequena F1 é capaz de suportar, no outro êmbolo, um peso muito grande F2. No experimento proposto, essa diferença de força que deve ser aplicada para conseguir movimentar o mesmo peso em duas áreas diferentes fica evidente, como será mostrado mais a diante. Aplicação: O freio hidráulico (figura 13) funciona baseado no princípio de Pascal. Ao pressionar o freio (1) o êmbolo (2) é deslocado, comprimindo o óleo. Como um fluido transmite integralmente variações de pressões em todos os sentidos, ele acaba por deslocar o êmbolo (3). Com esse deslocamento o freio (4) entra em contato com o disco de freio (5) diminuindo a velocidade de rotação da roda. Como a área do êmbolo (3) é maior que a do (2), a força lá aplicada também o será. 29 Figura 16 - Esquema do Freio Hidráulico 2.6 - Princípio de Arquimedes: Os corpos, quando imersos em água, perdem “aparentemente” um pouco de seu peso, ou seja, é mais fácil levantar um corpo dentro da água do que fora dela. Portanto, a água exerce uma força sobre o corpo, de modo a equilibrar o peso resultante. Esta força exercida pelo fluido sobre o corpo é chamada de empuxo. Arquimedes enunciou, então, o seguinte princípio: “Todo corpo imerso em um fluido, está sujeito à ação de uma força vertical de baixo para cima (empuxo), cujo módulo é igual ao peso da quantidade de fluido deslocada”. Figura 17 – Representação de Empuxo Cálculo do empuxo: 30 O peso do corpo vale: P = mg, ou ainda, já que m = µV P = µc. Vc . g onde Vc é o volume do corpo. Quando o corpo está mergulhando no fluido, ele desloca um certo volume deste fluido (dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, simultaneamente) e recebe um empuxo E. Esse líquido deslocado tem um certo peso e o empuxo representa o peso do líquido deslocado, quando da imersão do corpo. E = peso líquido deslocado E = mL . g E = µLVd . g m – massa do líquido deslocado Vd – volume de líquido deslocado Exemplo: Um cilindro de 40 cm de altura está parcialmente imerso em óleo (0,90 g/cm3). A parte do cilindro que está fora do óleo, tem 10 cm de altura. Calcule a massa específica de que é feito o cilindro. Se o corpo flutua, significa que ele está em equilíbrio. Portanto, é válido escrever que: P = E. 31 Como, P = µcVc g e E = µLVd g Logo: µcVc g = µLVd g µcVc = µLVd (1) Não sabemos o valor de Vc e tampouco Vd. Todavia, sabemos calcular o volume de um cilindro que é igual à área da base, vezes a altura. Vc = A x H e Vd = A x h Lembre-se de que Vd é o volume de líquido deslocado que, neste caso, é igual ao volume da parte imersa do corpo. Reescrevendo a expressão (1), obtemos: µcA x H = µLA x h µc x H = µL x h, ou ainda, µc = µL x h/H Aplicando os dados numéricos µL = 0,90 g/cm3, h = 30 cm, H = 40 cm µc = 0,90 x (30/40) µC = 0,675 g/cm3 Aplicações: Por que quando estamos numa piscina segurar alguém no colo é muito mais fácil do que fora dela? Se um navio é feito de aço, como ele não afunda? Essas questões podem ser explicadas através do conceito de empuxo, desenvolvido por Arquimedes. Mar Morto O Mar morto, que é na verdade um lago, famoso por sua lama) recebe este nome devido à inexistência de vida naquele ambiente. Isto ocorre pelo alto grau de salinidade contido em sua água. A água salgada é mais densa que a água doce, no caso do Mar Morto, a densidade é maior ainda. Como o empuxo é diretamente proporciona à densidade do líquido, no Mar Morto corpos mergulhados ficam submetidos a um grande empuxo e boiam facilmente. 32 Navios e Submarinos Um nacio, mesmo sendo constituído de um material de alta densidade, não afunda no mar. Isto ocorre pelo fato de sua massa estar distríbuida num grande volume, sendo grande parte deste preenchido pelo ar. Sendo assim, a densidade média do navio é menor do que a da água. No caso do submarino, existem comportas que permitem a entrada e saída de água. Quando as comportas são abertas o submarino é inundado e sua massa aumenta, de forma que a densidade da embarcação se torna maior que a da água e dai ele não sobe nem desce. Retirando a água dos compartimentos, a densidade do submarino se torna menor que a da água e ele aflora. Em todos os casos o volume de líquido que o submarino desloca é o mesmo, ficando submetido ao empuxo de mesma intensidade; porém, colocando ou retirando água, a massa (e o peso) do submarino varia, possibilitando que ele mergulhe ou bóie. 33 3. EXERCÍCIOS 1) Um bloco de madeira sofre uma força de 5kN, como mostrado na figura abaixo. Calcule a força normal do bloco. Resolução: Calcula-se a área: 𝐴 = (8 ∗ 3) ∗ 6 = 144𝑚2 A partir disto encontramos a força normal: 𝒯 = 𝑝 𝐴 𝓣 = 5000 144 = 34,72 𝑃𝑎 2) Um tanque como observado, possui um líquido que pesa 8N. Determine o peso especifico do líquido. 34 Resolução: Calculando o volume, podemos encontrar o peso específico. 𝑉 = 𝜋 ∗ 𝑟2 ∗ ℎ 𝑉 = 𝜋 ∗ 12 ∗ 3 = 9,42𝑚3 𝛾 = 𝑃 𝑉 𝛾 = 8 9,42 = 0,85 𝑁/m3 3) Sabendo que o óleo de soja possuí uma viscosidade cinemática de 34mm2/s a 37,8°C. Determine a viscosidade dinâmica deste fluído. (Densidade: 0,91) Resolução: Acha-se primeiramente o peso especifico do fluído, logo encontra-se a massa especifica e pôr fim a sua viscosidade dinâmica. 𝜎 = 𝛾𝑓 𝛾á𝑔𝑢𝑎 𝛾𝑓 = 𝜎 ∗ 𝛾á𝑔𝑢𝑎 𝛾𝑓 = 0,91 ∗ 1000 = 910𝐾𝑔/m3 𝛾𝑓 = 𝜌 ∗ 𝑔 𝜌 = 𝛾𝑓 𝑔 𝜌 = 910 9,81 = 92,76𝑁/m3 𝑣 = 𝜇 𝜌 𝑣 = 0,034 92,76 = 3,66𝑁. 𝑠/m2 4) Em um recipiente contendo etanol, sua massa especifica é de 1,883 Kg/m3. Determine a diferença de pressão entre os pontos a e b. 35 Resolução: Primeiramente encontra-se o peso especifico do fluido. 𝛾 = 𝜌 ∗ 𝑔 𝛾 = 1,883 ∗ 9,81 = 18,47 𝑁/m3 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑎: 𝑃𝑎 = 𝜌 ∗ 𝑔 ∗ ℎ + 𝑃0 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑏: 𝑃𝑏 = 𝜌 ∗ 𝑔 ∗ ℎ + 𝑃0 𝐸𝑛𝑡ã𝑜: 𝑃𝑏 − 𝑃𝑎 ∗ (ℎ2 − ℎ1) = 18,47 ∗ 0,25 = 4,6175𝑃𝑎 5) Uma prensa industrial como descrita na imagem possui pratos de prensa representados da seguinte maneira: Imaginamos que segue da seguinte maneira (figura abaixo), as áreas são de 30cm2 e 70cm2 respectivamente e que a chapa maior possui 50kg. Determine o peso da chapa menor. 36 Resolução Força na chapa maior 𝐹𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 = 50 ∗ 9,81 = 490,5𝑁 Força na chapa menor 𝐹𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝐴𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 = 𝐹𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝐴𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 490,5 70 = 𝐹𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 30 𝐹𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 = 210,21𝑁 Massa da chapa menor 𝐹𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 = 𝑚 ∗ 𝑔 𝑚 = 𝐹𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑔 𝑚 = 210,21 9,81 = 21,43𝑘𝑔 6) Quem nunca jogou uma pedrinha em um lago para vê-la afundar? Pensando nisso, vamos analisar está pedrinha. Uma pedra de 0,2kg é jogada em um lago. (Densidade da água: 1kg/L) a) Qual o peso especifico da pedra? b) Qual é a força de empuxo exercida pela água? (Considerando o momento em que ela está dento da água, como na figura abaixo). Resolução: a) 𝑃 = 𝑚 ∗ 𝑔 𝑃 = 0,2 ∗ 9,81 = 1,962𝑁 b) 𝐸 = 𝑑 ∗ 𝑣 ∗ 𝑔𝐸 = 1000 ∗ 0,0003 ∗ 9,81 = 2,943𝑁 37 4. CONCLUSÃO A abordagem de estudo foi baseada na importância da mecânica dos fluidos, através do estudo de conceitos essenciais e presentes tanto na área acadêmica quanto na profissional, discorrendo sobre a, ação dos gases e líquidos às forças exercidas sobre eles, elencando suas diferenças, aplicações, permitindo a escolha correta do fluido. O presente trabalho considerou a vertente relevância da matéria por meio de estudos, através do levantamento de informações realizadas em materiais de pesquisa tanto virtuais quanto em livros disponíveis pela biblioteca da universidade, permitindo a discussão e conhecimento de temas que são de suma importância na vida de qualquer engenheiro. Observa-se que os conceitos abordados são desenvolvidos a partir de um conceito central e vão se diferenciando progressivamente nos subconceitos, permitindo a modelagem matemática. 38 5. REFERÊNCIAS BAZANNI, G., Bezerra,V.B., Silans, A.M.B.P.. The Influence of Physical Properties in Bubble Collapse and Pressure Field in Liquids. Acta Scientiarum, vol.21, No. 4: December, 1999, pp.773-778,. BERGAMIM, J. P. Princípio de Pascal – Universidade Federal de Campinas. Disponível em < http://www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809/F809_sem1_2 008/JoaoP_LandersRF2.pdf > Acesso em 04 de setembro de 2016. BEMILLER, J.N. Starch modification: challenges and prospects. Starch/Stärke, v. 49, n. 4, p 31-127, 1997. BUFFONI, S.S.O. Tensão de Cisalhamento. Disponível em < http://www.professores.uff.br/salete/res1/aula3.pdf >. Acesso em 03 de setembro de 2016. ENGENHARIA & TECNOLOGIA. Projeto Mão Hidráulica. Disponível em <http://engetecnologia.blogspot.com.br/2014/09/projeto-mao-hidraulica.html> Acesso em: 02 de setembro de 2016. EVANGELISTA. A. W. P. Noções de Hidráulica. Disponível em <https://www.agro.ufg.br/up/68/o/1.2_Hidrost_tica.pdf >. Acesso em 04 de setembro de 2016. FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T. 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