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Guia de Estudos da Unidade 4 - Gestão de Serviços de Farmácia

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Gestão de Serviços de Farmácia
UNIDADE IV
2
gestão de serviços de farmácia
Unidade 4
Para início de conversa
Prezado(a) estudante, seja bem-vindo(a) a nossa última unidade da disciplina de Gestão de Serviços de 
Farmácia. Durante a disciplina, discutimos vários assuntos que englobam a Farmácia Hospitalar. Na Uni-
dade IV, nossos temas principais serão seleção e dispensação de medicamentos e a Comissão de Controle 
de Infecção Hospitalar. Ao final, como você sabe, teremos o questionário avaliativo e atividade contex-
tualizada. 
Bons estudos!
 
orientações da disciPlina
Iniciaremos nosso último guia de estudos retomando um assunto que já abordamos nas unidades anterio-
res, a seleção de medicamentos. Em seguida, discutiremos os sistemas de dispensação de medicamentos 
e, por último, trataremos da Comissão de Infecção Hospitalar. 
Preparado? Vamos começar!
seleção de medicamentos
 
Palavras do Professor
Caro(a) estudante, devemos compreender que desde um pequeno posto de saúde a um hospital de alta 
complexidade, todas as unidades assistências passam pela atividade de seleção de medicamentos para 
compor o que conhecemos como Lista Padronização de Medicamentos (LP-MD) da instituição. 
Na Unidade I, vimos que o primeiro conceito de uma LP nas Américas foi proposto na Pensilvânia, EUA. E, 
quando discutimos sobre as legislações na Unidade II, vimos que a Relação Nacional de Medicamentos 
Essenciais (RENAME) é peça fundamental na construção da LPM. De posse deste conhecimento: Quem é 
que elabora, qual a função e qual a importância de LPM?
A LPM é um elenco de medicamentos que são essenciais para o funcionamento da unidade assistencial. 
Ela varia de acordo com a especialidade e complexidade da instituição de saúde em questão. Esta lista 
contempla todos os medicamentos e insumos farmacêuticos, se houver manipulação, que atendam todos 
os fluxos, procedimentos do hospital. Não é uma lista imutável, pelo contrário, deve ser revisada periodi-
camente para que seja avaliada a necessidade de inserção ou retirada de medicamentos.
3
A elaboração da Lista de Padronização de Medicamentos fica a cargo da Comissão de Padronização e 
Terapêutica ou Farmácia e Terapêutica (CFT), uma das comissões obrigatórias que devem existir num 
hospital, assim como a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) dentre outras conforme es-
tabelecido na Portaria Nº4283/10 do Ministério da Saúde. A Resolução Nº 449/06 do Conselho Federal 
de Farmácia, estabelece as atribuições do farmacêutico que se confundem com as atribuições da própria 
comissão. 
Abaixo, seguem listadas as atribuições desta comissão. Veja que dentre elas está à elaboração, divulga-
ção da padronização de medicamentos, assim como, o monitoramento do seu uso.
•	 Elaborar ações visando à promoção do uso racional de medicamentos e o desenvolvimento a 
pesquisa clínica;
•	 Elaboração de diretrizes clínicas e protocolos terapêuticos;
•	 Estabelecer normas para prescrição, dispensação, administração, utilização de medicamentos 
e avaliação;
•	 Participar na escolha, análise e utilização de estudos científicos que fundamentem a adequada 
seleção de medicamentos;
•	 Participar da elaboração e divulgação da padronização de medicamentos, zelando pelo seu 
cumprimento.
Então, visto as atribuições, fica fácil entender que o objetivo desta comissão é a “formulação e imple-
mentação de políticas institucionais relacionadas à seleção, prescrição e uso racional de medicamentos”. 
Além de farmacêuticos, a comissão deverá contar com médicos, enfermeiros e membros da CCIH. Ou 
seja, uma composição multiprofissional para que todos os âmbitos sejam avaliados e seja elaborada uma 
padronização concisa. Talvez você esteja se perguntando, porque um membro da CCIH? 
Adiantando um pouco o assunto que fecha esse guia de estudos, a CCIH é responsável, como o próprio 
nome diz, pelo controle da infecção hospitalar. Por isso, dentre outras atividades, ela monitora os me-
dicamentos antimicrobianos ou antibióticos (ATB) que são utilizados na instituição. Logo, uma lista que 
contenha todos os medicamentos, inclusive os ATBs, precisa da participação da CCIH.
Com isto, já respondemos o que é e quem elabora a LPM e vamos seguir analisando alguns fatores que 
devem ser observados para a elaboração desta lista. 
A seleção de medicamentos para a construção da lista de padronização de medicamentos deve considerar 
alguns aspectos importantes. Alguns deles já foram discutidos como a RENAME e a especialidade da 
unidade assistencial.
RENAME: Dever ser considerada na elaboração de padronização, principalmente, em unidades públicas, 
pois esta relação como já vimos, foi elaborada considerando o perfil epidemiológico do Brasil e, por isso, 
nela constam os medicamentos essenciais para tratar as patologias que acometem a população brasileira.
4
PCDT: Assim como a RENAME, os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas foram elaborados pelo 
Ministério da Saúde. Este documento estabelece os critérios para diagnóstico e tratamento das diversas 
patologias entre outras informações.
especialidade: 
•	 Cada especialidade tem seus medicamentos peculiares que são necessários para os tratamen-
tos dos pacientes atendidos. 
 
exemPlo
Unidades que prestam serviço de oncologia, devem possuir medicamentos oncológicos, como os quimio-
terápicos. 
Unidades de especialidade infectocontagiosa têm como essenciais os medicamentos de AIDS, esquistos-
somose e tuberculose.
Público-Alvo: adultos ou crianças? 
•	 As unidades com especialidade em pediatria devem possuir medicamentos específicos para 
crianças nas formas de xaropes, soluções, supositórios dentre outras, que são de mais fácil 
administração.
 
Concorda que é mais fácil e confortável para uma criança e/ou bebê a administração de xaropes e solu-
ções do que comprimidos? 
•	 Além disso, medicamentos específicos, muitas vezes são necessários, porque nem sempre 
àqueles utilizados nos adultos possuem adaptação de dose para a criança ou não são indicados 
para a pediatria. 
•	 O contrário também acontece, existem medicamentos de pediatria que não são indicados para 
adultos.
Perfil Epidemiológico: 
•	 As patologias da comunidade devem ser consideradas, assim como, o perfil das comorbidades 
(hipertensão arterial, diabetes e etc.) para que se tenham os medicamentos para tratá-las en-
quanto o paciente estiver na unidade assistencial.
 
5
exemPlo
O paciente foi internado para tratar um Acidente Vascular Cerebral (AVC), mas também 
possui diabetes. Logo, a instituição deve possuir medicamentos para essa comorbidade. 
Unidades assistenciais que dispensam medicamentos para a comunidade devem analisar o perfil epide-
miológico para saber quais medicamentos são essenciais para o atendimento da população.
complexidade: 
•	 Determina quais procedimentos serão realizados na unidade de assistência. 
•	 Cirurgias necessitam de medicamentos de anestesias.
•	 Exames específicos como tomografia e ressonância necessitam, às vezes, de contrastes 
e anestesias.
•	 Procedimentos complexos como a hemodiálise que precisam de alguns medicamentos 
específicos.
 
Palavras do Professor
Caro(a) aluno(a), sei que parece ser muito detalhe, mas todos eles fazem parte de uma lógica. Você não 
vai inserir na sua padronização um medicamento oncológico, se o seu hospital não atende esse tipo de 
especialidade. E, se você pensou que era natural todo hospital atender crianças, mude seu conceito. Aten-
dimento infantil é tão ou mais complexo que o adulto, sendo preciso equipe e estrutura especializada. Por 
isso, têm-se hospitais de referências para as crianças. 
Após avaliar todos esses aspectos, a Comissão de Farmácia e Terapêutica elabora a lista de padronização 
de medicamentos. Algo semelhante é realizado na seleção de materiais médico-hospitalares, onde será 
considerada a especialidade e complexidade da unidade em questão. A lista de padronização servirá de 
referência para as prescrições médicas, realização de examese para o processo de aquisição pela farmá-
cia a qual será responsável pelo suprimento desses itens. 
Falando em aquisição de produtos pela farmácia, fluxo que compõe o ciclo da assistência farmacêutica, 
vamos seguir o nosso guia com a última etapa deste ciclo. Já vimos o planejamento, aquisição, recebi-
mento, armazenamento, distribuição e, agora, partiremos para dispensação.
6
sistemas de disPensação de medicamentos
 
Palavras do Professor
Prezado(a) aluno(a), neste tópico vamos abordar temas relacionados à dispensação de medicamentos, dis-
cutindo as principais vantagens e desvantagem dos sistemas de dispensação de medicamentos (SDM) co-
nhecidos. Veremos, também, inovações no sistema de dispensação de medicamentos. Vamos começar?!
Dentre as inúmeras atividades relacionadas à Farmácia Hospitalar, a mais básica é a dispensação de 
medicamentos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define que o processo de dispensação deve 
assegurar que o medicamento seja entregue ao paciente certo, na dose certa, na quantidade certa e que 
sejam fornecidas as informações suficientes para o uso correto. 
O ponto mais crítico deste processo está na maneira como ele é realizado. Como vimos, a dispensação 
deve ser executada de forma racional, eficaz e segura, respeitando a prescrição médica. O sucesso da 
terapia medicamentosa depende de um sistema de dispensação seguro e de qualidade.
A promoção de uma dispensação adequada leva consequentemente, a uma diminuição de custos, pois o 
tempo de internação dos pacientes tende a ser menor. Ou seja, a elevação da qualidade na dispensação 
acarreta a redução de erros relacionados a dispensação de medicamentos, ou seja, mais segurança para 
o paciente e maior economia para o hospital.
A busca por um SDM ideal é permanente, mas muitas vezes esbarra nas condições financeiras. Porém, 
apesar de um sistema de dispensação mais seguro e eficiente necessitar de um maior investimento ini-
cial, essa despesa é paga através das reduções de custo provenientes da implantação do novo SDM. Mas 
esse ressarcimento ocorre de médio a longo prazo, muitos desistem da ideia. 
Eu já repeti várias vezes que um SDM ideal deve ser seguro e eficiente, certo? Então, para isto, quais 
seriam suas principais premissas? Elas são como uma cadeia de ações como objetivo de proporcionar ao 
paciente um tratamento seguro e eficaz. Então, inicia com a atenção farmacêutica onde o Farmacêutico 
avalia a PM. Em seguida, o controle na separação dos medicamentos para diminuir erros de dispensação 
e, consequentemente, de administração. Por fim, uma correta administração do medicamento. Isto com-
põe um SDM racional que, por fim, origina uma diminuição de custos para a unidade de assistência.
Prezado(a) aluno(a), agora vamos seguir com as classificações dos sistemas de dispensação de medi-
camentos. Inicialmente, você precisa saber, que existem dois tipos de dispensação a intra-hospitalar 
e extra-hospitalar. A segunda trata da dispensação de medicamentos para pacientes de atendimento 
ambulatorial, ou seja, que não estão mais internados. Essa dispensação é realizada mediante prescrição 
médica. A intra-hospitalar se refere a dispensação de medicamentos para os pacientes internados.
Considerando a dispensação intra-hospitalar, ela pode ser classificada em: dose coletiva, dose individual, 
sistema misto ou combinado e dose unitária. Vamos discutir cada um, determinando suas vantagens e 
desvantagens.
7
sistema de dispensação de medicamentos por dose coletiva
Este é o mais arcaico de todos. Nele, o medicamento é dispensado para os setores do hospital via pedido 
realizado pela enfermagem. Ou seja, a farmácia dispensa os medicamentos sem saber para qual paciente 
se destina. Isto ocasiona um maior índice de erros de administração, perdas de medicamento por quebra, 
contaminação e validade. Neste sistema, a farmácia volta às décadas de 1920-1930, onde tinha apenas 
a função de estoque distribuidor de medicamentos e o farmacêutico, fica às margens do processo como 
mero espectador. Abaixo, segue o fluxograma do SDM por Dose Coletiva.
Fonte: Próprio Autor
Avaliando o fluxo acima, você percebeu como ele possui várias aberturas que elevam a chance de falhas? 
Dispensação com ausência de avaliação do farmacêutico, das informações dos pacientes e medicamen-
tos. A enfermagem é sobrecarregada com os serviços que a farmácia deveria executar. Erros de adminis-
tração são comuns, assim como a duplicação de dose, porque se a enfermagem esquecer de marcar que 
o paciente foi medicado, o risco de administração dupla é enorme e o paciente é prejudicado no processo. 
Abaixo, segue um quadro com as vantagens e desvantagens deste sistema.
Alguns autores definem como vantagem deste sistema a “Grande disponibilidade de medicamentos na 
unidade assistencial”. Se você perceber, essa grande disponibilidade e consequência da formação de 
estoques no setor que ocasiona os altos custos com medicamentos, devido as perdas e desvios. Por isso, 
não considero uma vantagem. Então, convido você a pensar sobre este tema e discernir se é uma vanta-
gem ou desvantagem. 
 
8
Fonte: Próprio Autor
sistema de dispensação de medicamentos por dose individualizada
Este sistema surgiu na busca de minimizar as desvantagens da dose coletiva. Nele, os medicamentos são 
dispensados por paciente, geralmente por um período de 24h. Mas ocorre também por turnos de trabalho, 
12h, ou tempos menores, de acordo como estabelecido pela instituição de saúde. 
O médico faz a prescrição médica de cada paciente que é enviada a farmácia pela enfermagem de cada 
setor. Na farmácia, as PM são avaliadas pelo farmacêutico e, posteriormente, se corretas, são liberadas 
para a separação e dispensação.
A dispensação pode ocorrer de duas formas: compartimento único ou vários compartimentos.
•	 Compartimento único: todos os medicamentos são inseridos num único compartimento, ou 
seja, vão misturados, conforme esquema abaixo.
Fonte: Próprio Autor
	
   Prescrição	
  Médica 
Nome	
  do	
  paciente: 
Setor: 
Enfermaria/leito: 
9
•	 Vários compartimentos: os medicamentos são divididos por horário de administração, conforme 
prescrição médica. Cada compartimento corresponde a um horário, conforme esquema abaixo.
Fonte: Próprio Autor
Segue abaixo o fluxo geral da dispensação por dose individualizada, destacando as ações de cada profis-
sional do corpo clínico.
 
Fonte: Próprio Autor
	
   Prescrição	
  Médica 
Nome	
  do	
  paciente: 
Setor:	
   
Enfermaria/leito: 
10h	
  
15h	
  
19h	
  
22h	
  
8h	
  
10
É evidente que o sistema de dose individualizada apresenta uma proporção maior de vantagens em rela-
ção a dose coletiva, pois nele existe um maior controle na dispensação de medicamente, queda da taxa 
de erros de administração. A maior interação entre o corpo clínico que este sistema proporciona, favorece 
a obtenção de um sistema de dispensação mais seguro e eficaz. Abaixo, você pode analisar a tabela com 
as vantagens e desvantagens deste sistema de dispensação.
 
Fonte: Próprio Autor
Existem muitas vantagens, mas os erros de dosagem ainda são vistos como ponto crítico, pois os medica-
mentos são enviados nas embalagens originais e fica sob responsabilidade da enfermagem o cálculo para 
a administração da dose correta. Por exemplo, está prescrito para um paciente 10 mg de morfina. A apre-
sentação da morfina é 10 mg/mL ampola de 2 mL. Então, no momento da administração, deve ser retirado 
1 mL do conteúdo da ampola que corresponde a 10mg como solicitado na prescrição médica. Entretanto, 
um dos erros mais recorrentes acontece neste momento. O profissional da enfermagem responsável pela 
administração, lê apenas 10 mg/mL e, por falta de conhecimento e/ou atenção, administra o conteúdo 
total da ampola, ou seja, 2 mL que corresponde a 20 mg de morfina que é o dobro da dose solicitada. 
Como eu disse, esse tipo de erro não é raro e pode ocorrer com qualquer tipo de medicamento ocasionan-
do prejuízo para a saúde do paciente.
sistemade dispensação de medicamentos por dose mista ou combinada
Neste sistema, farmácia central dispensa medicamentos tanto por dose coletiva como por dose individua-
lizada. A primeira ocorre principalmente para setores de exames e ambulatório e a dose individualizada 
para os pacientes internados mediante prescrição médica. As vantagens e desvantagens como você deve 
imaginar, é um misto das duas doses apresentadas anteriormente e o ponto crítico de erros de dose na 
administração permanece.
11
sistemas de dispensação de medicamentos por dose Unitária
Este sistema, dentre os demais, é o que apresenta o melhor método de dispensação. Nele, os medica-
mentos são dispensados de modo unitário, por paciente, sendo informado leite e hora da administração. 
O grande diferencial é que a dose já é entregue pronta para a administração, conforme esquema abaixo. 
Ou seja, o erro naquele exemplo da morfina não aconteceria, pelo menos não de forma recorrente, pois o 
medicamento já iria pronto para a administração na dose certa.
Fonte: Próprio Autor
Para resUmir
No sistema de dose unitária, todos os medicamentos dos pacientes, não importa a 
forma farmacêutica, serão dispensados prontos para a administração, ou seja, sem a 
necessidade de cálculos e preparo por parte da enfermagem. Assim, a farmácia toma 
para si a responsabilidade sobre os medicamentos e a enfermagem sobre os cuidados 
do paciente. Sem desvios e sobrecargas de responsabilidade. Segue abaixo, o fluxo da 
dispensação por dose unitária. 
dica
Você encontrará no livro-texto da disciplina um fluxograma detalhado.
Este sistema de dispensação apresenta alguns desafios para sua implantação como a obtenção dos me-
dicamentos unitarizados diretamente dos laboratórios, a construção de uma central de preparação de 
medicamentos estéreis que proporcione o preparo dos medicamentos sem alteração da estabilidade ou 
ocorrência de contaminação, seja por outros medicamentos ou microbiana. Fica claro que um alto inves-
timento é necessário, o que torna mais difícil a implantação deste sistema.
	
   Prescrição	
  Médica 
Nome	
  do	
  paciente: 
Setor:	
   
Enfermaria/leito: 
08h	
  
	
  
12h	
  
	
  
18h	
  
	
  
	
  
22h	
  
	
  
06h	
  
12
 
Fonte: Próprio Autor
Com relação ao fluxo acima, neste sistema, o farmacêutico tem a possibilidade de construir o perfil far-
macoterapêutico de cada paciente. E o que seria esse perfil? Trata-se de um documento onde se registra 
todos os medicamentos utilizados pelo paciente e, por isso, possibilita o acompanhamento do paciente, 
pelo farmacêutico, através dos medicamentos utilizados. Resumindo, é como um histórico do tratamento 
medicamentoso do paciente. A construção e análise deste documento contribui para a promoção do uso 
racional de medicamentos e para a evidenciação de problemas relacionados a terapia medicamentosa. 
É importante saber que qualquer tipo de erros ou equívoco encontrado na PM deve ser comunicado ao 
médico pelo farmacêutico. Nenhuma mudança na prescrição pode ser realizada sem a execução deste 
contato. Assim, médico e farmacêutico, discutem a melhor decisão quanto a terapêutica e o maior bene-
ficiado será o paciente.
Como fizemos com as demais doses, segue abaixo a tabela com as vantagens e desvantagens do sistema 
por dose unitária. O alto custo de investimento e a dificuldade de obtenção das formas farmacêuticas 
unitarizadas, juntamente com a resistência por parte da enfermagem, são as principais desvantagens 
deste sistema.
 
13
Fonte: Próprio Autor
Uma última observação sobre os sistemas de dispensação de medicamentos, todos eles podem ocorrer de 
forma centralizada ou descentralizada. Na primeira, os medicamentos são preparados na farmácia central 
distribuídos para todo o hospital. No modelo descentralizado, a farmácia central e às farmácias satélites 
dividem função de preparo e distribuição, seja de pedidos ou prescrições médicas.
novas tecnologias na disPensação de medicamentos 
O desenvolvimento tecnológico não está atrelado somente a supercomputadores e telefones. Na verdade, 
o conceito da inserção da tecnologia para a otimização de rotinas vem sendo uma tendência mundial. E 
isto não é diferente para a área de saúde. Medicina e tecnologia andam de mãos dadas há muito tempo, 
desde o desenvolvimento de grandes equipamentos para realização de exames até pequenas máquinas 
em laboratórios de pesquisa. E o objetivo é sempre o mesmo, otimizar processos e rotinas, tornando-os 
mais seguros, eficientes e de qualidade.
No caso da dispensação de medicamentos isto não é diferente. A inserção de códigos de barra ou QR no 
fracionamento/unitarização de produtos não é coisa do futuro. Este procedimento já existe e é possível 
através de máquinas de fracionar que inserem estes dados na embalagem primária do medicamento ou 
em insumo (saquinhos) onde além do código de barras ou QR, é impresso o nome do medicamento, dose, 
lote, validade e avisos relacionados a medicamentos controlados, de alta vigilância, fotossensíveis e 
termolábeis. 
 
14
exemPlo
Fonte: Próprio Autor
Este tipo de unitarização, aliado a um sistema de gestão de estoque, propicia uma dispensação mais 
segura, pois os medicamentos estarão melhor identificados e os registros de saída podem ser realizados 
a partir da leitura do código de barra ou QR por leitores que são bem similares àqueles de supermercado. 
Isto diminui o risco de erros na separação e dispensação, assim como possibilita uma gestão de estoque 
mais eficiente. Uma otimização ainda mais tecnológica é a utilização de leitores portáteis, sem fio, que 
tem por objetivo a diminuição de tempo na execução da dispensação aliada a redução de recursos huma-
nos.
O sistema integrado de gestão de estoques é ótimo para um maior controle na dispensação de medi-
camentos, mas não elimina o erro decorrente da transcrição das prescrições. Por isso, para a resolução 
deste problema, a instituições têm investido na implantação de sistema de prescrição eletrônica. Nele, 
o médico faz a prescrição e, após concluída, é impressa diretamente na farmácia responsável pela dis-
pensação daquele paciente. Esse tipo de software elimina os problemas relacionados a grafias ruim, 
abreviaturas, erros na transcrição e, também, a dependência de entrega das prescrições pela enferma-
gem. Normalmente, nas prescrições eletrônicas são descritos os nomes dos medicamentos e horários 
solicitados para que seja avaliado e dispensado.
A integração de todas essas tecnologias é o modelo de sistema ideal, mas como você deve imaginar, é 
necessário um investimento moderado a alto, entretanto, o retorno na redução de custos e segurança do 
paciente vale o investimento. 
Para a implantação de qualquer uma dessas tecnologias, devem ser analisadas as necessidades da unida-
de de saúde para saber em quais delas investir. Tudo deve ser pensado e analisado, os custos definidos, 
os desafios conhecidos para que o investimento não se perca na primeira dificuldade. 
15
infecção HosPitalar e seU controle 
 
Palavras do Professor
Prezado(a) aluno(a), chegamos ao último tópico da nossa disciplina. Começamos este quarto guia de 
estudo discutindo a seleção de medicamentos, seguimos com a dispensação de medicamentos e, agora, 
abordaremos a infecção hospitalar e seu controle numa instituição de saúde.
Nossa discussão acerca deste assunto começa com uma definição. Então, afinal, o que é uma infecção 
hospitalar? Segundo o Ministério da Saúde (MS), Infecção Hospitalar (IH) “é aquela infecção adquirida 
após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser 
relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares”. Geralmente, a IH aparece num período 
entre 48-72h após a internação.
O diagnóstico da IH necessita que o corpo clínico tenha conhecimento sobre o paciente, para que se 
descarte uma possível infecção comunitária (IC) preexistente. O MS da saúde define IC como “aquela 
constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente,desde que não relacionada com internação 
anterior no mesmo hospital”. Entretanto, essa identificação é um desafio e, muitas vezes, uma IC pode 
ser creditada como IH. Isto ocorre porque muitas vezes a Infecção comunitária está incubada e manifesta 
após 48h/72h de internação do paciente, período do qual são diagnosticadas as infecções hospitalares.
A IH é considerada uma das principais causadoras de mortalidade e morbidade no ambiente hospitalar. 
Sua manifestação eleva o tempo de internação do paciente e, consequentemente, eleva os custos de 
seu tratamento. Logo, a realização de um controle eficiente é objetivo tanto do corpo clínico como do 
administrativo.
Você viu que a IH é uma das grandes causadoras de óbitos nos hospitais, mas quais seriam as causas da 
infecção hospitalar? As causas podem ser atribuídas ao paciente, profissionais de saúde, condições de 
higiene do hospital e das pessoas que entram em contato com o paciente.
•	 Paciente: causa de grande ocorrência é o problema da convivência do paciente com as próprias 
bactérias endógenas, que normalmente colonizam suas peles e mucosas. Isso torna o paciente 
muito susceptível à aquisição de infecções, às vezes, proveniente da sua própria microbiota. 
•	 Profissionais de saúde: são erros relacionados à assistência ao paciente. Seja a execução 
errônea de técnica na administração de medicamentos ao paciente, infecções relacionadas a 
materiais médico-hospitalares como cateteres, sondas e filtros.
•	 Higiene pessoal: Você sabia que uma grande transmissora de infecção hospitalar são as mãos? 
Pois, é. Nós trazemos muitas bactérias nas mãos que podem não ser nocivas para nós, mas são 
uma perigosa fonte de infecção para pacientes com a imunidade reduzida. Então, a higieniza-
ção correta das mãos é essencial para os profissionais de saúde, familiares e acompanhantes.
•	 Higiene Hospitalar: a instituição deve cumprir com calendários de desinfecção de ambientes 
para diminuir a exposição dos pacientes a microrganismos nocivos.
16
Outras inúmeras causas podem ser listadas e discutidas de forma interminável. Estudos sobre a infecção 
hospitalar e programas de controle são objetivos dos órgãos públicos e instituições de saúde. Para isto, 
foi estabelecida para todas as instituições de saúde, pública e privada, a obrigatoriedade da criação e 
manutenção da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). A CCIH de um arsenal de comissões 
definidas como obrigatórias para o funcionamento das instituições hospitalares. Essa obrigatoriedade é 
atribuída por leis e portarias, por isso, vamos discutir brevemente sobre as legislações relacionadas ao 
controle da infecção hospitalar.
legislações e o controle das infecções Hospitalares
 
Palavras do Professor
Como eu disse, no parágrafo anterior, vamos discutir brevemente cada legislação, seguindo a ordem cro-
nológica de publicação. Vamos começar!
O Decreto do MS Nº 77.052/76 foi o primeiro documento que transmitiu a preocupação do Ministério da 
saúde em relação a problemas atribuídos à hospitalização. Esta legislação determinou que as institui-
ções hospitalares não poderiam funcionar sem dispor de meios de proteção que pudessem evitar efeitos 
nocivos à saúde dos profissionais de saúde, pacientes e pessoas que circulam no ambiente hospitalar 
(acompanhantes e familiares). 
Um passo muito importante para a futura implantação da CCIH nas instituições hospitalares foi dado 
com a publicação da Portaria MS Nº 196/83, que determinou que todos os hospitais deveriam manter a 
CCIH independente de público ou privado. Nelas também foram definidas diretrizes e atribuições para o 
controle da infecção hospitalar.
No decorrer da década de 1980, houve a ampliação da discussão sobre o controle de IH, resultando na 
realização de diversos congressos e cursos, como vimos no histórico. Muitos deles foram incentivados e 
realizados pelo Ministério da Saúde com a finalidade de proporcionar uma maior discussão sobre o tema 
e, consequentemente, culminar em ideias para o estabelecimento de um controle eficiente.
Em 1982, a Portaria MS Nº 196/83 foi revogada pela Portaria MS Nº 930/92, a qual definiu normas para o 
controle da IH. Após 5 anos, houve a publicação da Lei Federal Nº 9.431/97 que dispunha sobre a obrigato-
riedade da constituição, em hospitais, de um programa de controle de IH. Para isto, a legislação orienta a 
criação de comissões, dentre elas a CCIH. Esta Portaria também determina que inexistência nos hospitais 
da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e/ou do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar se 
configura como ato de negligência, acarretando processo de responsabilidade civil para o hospital e, para 
os profissionais envolvidos, civil e penal.
No ano seguinte, a Portaria MS Nº 2.616/98 foi publicada, revogando a Portaria MS Nº 930/92. Este do-
cumento dispõe sobre vários aspectos relacionados ao controle da infecção hospitalar.
17
•	 Determina conceitos sobre o tema da infecção hospitalar;
•	 Define a organização da CCIH e dos Programas de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH);
•	 Dispõe sobre as competências da CCIH;
•	 Traz recomendações para higienização das mãos e para o uso de produtos germicidas e micro-
biológicos;
•	 Determina a criação da CCIH pelos hospitais com a finalidade da execução das PCIHs;
•	 Estabelece conceitos e critérios para o diagnóstico de infecções hospitalares.
•	 Trata da vigilância epidemiológica nos hospitais.
Podemos dizer que essa portaria norteia os trabalhos de controle de infecção hospitalar. Estas legislações 
trouxeram um conjunto de siglas e conceitos que parecem complicados mais não são. Tudo está relacio-
nado a um único objetivo principal, o controle da Infecção Hospitalar. Vamos discutir, de forma breve e 
direta, sobre a CCIH, PCIH, SCIH para entender do que se trata cada uma destas siglas e qual a relevância 
para o controle das infecções hospitalares. Fique atento(a)!
comissão de controle de infecção Hospitalar (cciH)
Definida pela Portaria MS Nº 2.616/98 como “um órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição 
e de planejamento e normatização das ações de controle de infecção hospitalar”.
A CCIH é composta por profissionais de saúde, de nível superior. Fica a cargo da diretoria hospitalar a 
designação dos membros desta comissão, assim como, do presidente ou coordenador da CCCIH. Os mem-
bros são classificados como consultores e executores.
Os consultores são representantes dos serviços médicos, clínicos e cirúrgicos, assim como, da enferma-
gem, farmácia e laboratório de microbiologia. Por fim, deve haver também, um representante do serviço 
administrativo do hospital.
Os membros executores são os representantes do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, responsável 
pela execução e monitoramento dos Programas de Controle de Infecção Hospitalar. É determinado um 
número de dois membros executores para cada 200 leitos do hospital ou frações deste número. É reco-
mendado que um destes membros seja um enfermeiro. Isto não é uma imposição, mas é recomendado, 
pois o enfermeiro é o profissional de saúde que executa as ações de assistência ao paciente, ou seja, está 
mais próximo ao paciente e está presente em todas as unidades hospitalares. A presença de um médico 
com especialidade em infectologia e/ou epidemiologia é recomendado.
Visto a composição, vamos seguir com as competências da CCIH, conforme a Portaria MS Nº 2.616/98. 
Vamos nos ater àquelas que estão relacionadas ao controle da infecção hospitalar.
•	 Elaborar, implementar, manter e supervisionar os Programas de Controle de Infecção Hospitalar 
adequado às necessidades do hospital.
•	 Realizar Vigilância Epidemiológica na instituição e comunicar a gestão responsável do SUS ca-
sos e surtos suspeitos e/ou diagnosticados, assim como, tomar medidas imediata de controle.
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•	 Participar ativamente das atividades da educação permanente do hospital, realizando treina-
mentos para a capacitação dos funcionários.
•	 Elaborar e supervisionarnormas e rotinas técnicas como ação de prevenção de infecções hos-
pitalares.
•	 Elaborar juntamente com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, normas e diretrizes para o uso 
racional de antimicrobianos, tanto para fins terapêuticos como profiláticos.
•	 Elaborar programa de assistência ao funcionário que, por ventura, sofram acidentes com ma-
teriais contaminados.
•	 Elaborar ações para a prevenção da transmissão de microrganismos dentro do hospital.
Como competência administrativa, a CCIH deve manter a diretoria hospitalar ciente das suas ações, resul-
tados e programas através de relatórios e registros. A grande maioria dos documentos e ações oriundos 
das competências irão compor o PCIH.
Programa de controle de infecção Hospitalar (PciH)
Caro(a) aluno(a), vimos no tópico anterior informações sobre a comissão responsável pelo controle da 
infecção hospitalar. Agora discutiremos os Programas de Controle de Infecção Hospitalar. Segundo a 
Portaria MS Nº 2.616/98, a PCIH “é um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, 
com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares”. 
A PCIH é produto do desenvolvimento de cada competência da CCIH. Como você já sabe, é responsabilida-
de da CCIH a elaboração do PCIH que deve conter, no mínimo, os itens constantes nas competências que 
vimos anteriormente. Vou exemplificar algumas delas, para você entender a relação das competências 
com o controle da infecção Hospitalar. Vale salientar, que os materiais elaborados pela CCIH devem pos-
suir embasamento científico e, este, deve ser disseminado para os demais profissionais.
A elaboração de normas para o uso racional de antimicrobianos colabora com a redução do aparecimento 
de microrganismos multirresistentes. Uma classe de bactérias que ficou bastante “famosa” e quem traz 
muita preocupação no ambiente hospitalar são as bactérias produtoras da enzima KPC (Klebsiella Pneu-
nomoniae Carbapenemase), que confere um perfil de resistência a diversos antimicrobianos como peni-
cilinas, cefalosporinas e carbapenêmicos (Entapetem, Imipenem, Doripenem e Meropenem). A produção 
dessa enzima foi evidenciada em bactérias Gram Negativas, o que restringe ainda mais os medicamentos 
disponíveis. 
A Vigilância Epidemiológica ativa permite a identificação de casos e surtos de infecção hospitalar mais 
rapidamente e, consequentemente, a pronta implementação de medidas de contenção. Assim, a chance 
do surto se disseminar por todo o hospital é menor.
Padronização de normas técnicas e operacionais apresenta os mesmos benefícios da elaboração do ma-
nual de boas práticas na farmácia. Ou seja, funcionários mais preparados, processos mais seguros e 
eficientes. Neste caso, a redução de erros na assistência contribui muito para a diminuição dos casos de 
IH devido a esta causa.
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A promoção de ações de prevenção da transmissão de microrganismos de um paciente portador para 
outro paciente é essencial como na redução de casos de IH.
Lembra das mãos? Treinamento dos recursos humanos quanto a higienização das mãos é essencial na 
prevenção da IH e ajudam na execução das ações dos dois itens acima. 
Prover o funcionário de conhecimento é essencial para as ações da CCIH. Ensinar e monitorar é bem 
diferente de punir. Um funcionário bem preparado é um disseminador de informações para outros funcio-
nários e pacientes. A infecção hospitalar deve ser controlada, mas, para isso, o conhecimento deve ser 
disseminado.
serviço de controle de infecção HosPitalar (sciH)
Enfim, chegamos ao último tópico do nosso guia. Este é muito mais breve do que os anteriores. Você 
lembra dos membros executores da CCIH? Pois bem, eles compõem o SCIH. Então, basicamente, a ideia é 
a seguinte: a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, de acordo com as suas competências exigidas 
por lei, elaborar os Programas de Controle de Infecção Hospitalar conforme as necessidades da institui-
ção hospitalar. Então, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar executa as ações que compõe o PCIH. 
Além da execução, monitoram esses serviços através de buscas ativas. A construção de indicadores tam-
bém é de grande auxílio, pois tem a mesma função que os indicadores de gestão de estoque, demonstrar 
andamento dos processos e aqueles que merecem maior atenção.
O controle de infecções hospitalares dentro de uma instituição é bastante dinâmico e necessita da par-
ticipação e apoio de todos os serviços que compõem o corpo clínico, assim como, o administrativo e 
laboratorial. Esta integração entre os profissionais possibilita uma melhor execução do PCIH pelo SCIH e, 
consequentemente, uma redução mais acentuada ou máxima dos casos de IH.
Palavras finais
Prezado(a) estudante, chegamos ao fim do nosso curso de Gestão de Serviços de Farmácia. Ao longo dos 
guias de estudos, mantive como objetivo passar os conteúdos de uma forma que possibilitasse um fácil 
entendimento dos temas. Outro grande objetivo era que os guias de estudo se integrassem com as infor-
mações do livro-texto da disciplina e vice-versa. Imagino que você tenha percebido que há temas mais 
discutidos nos guias e outros no livro-texto, mas todas as informações se complementam.
 
Enfim, não esqueça de responder ao questionário avaliativo da unidade e participar das demais ativida-
des. Leia o guia e o livro-texto quantas vezes achar necessário antes de responder o questionário. 
Bons estudos e sucesso!
 
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referências BiBliográficas
MAIA N., JULIO F. Farmácia Hospitalar – e suas interfaces com a Saúde. 1ª edição. Rx Editora.
ANGONESI, Daniela; Renó, M. U. P. Dispensação Farmacêutica: proposta de um modelo para a prática. 
Ciência & Saúde Coletiva, 16(9):3883-3891, 2011.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Gerência 
Técnica de Assistência Farmacêutica. Assistência Farmacêutica: instruções técnicas para a sua organiza-
ção. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 114 p. il. - (Série A. Normas e Manuais Técnicos; n. 140) ISBN 
85-334-04824.
Links (as legislações abaixo foram utilizadas como referência para o Guia de Estudos):
Decreto MS Nº 77.052/76: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D77052.htm
Lei Federal Nº 9.431/97: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9431.htm 
Portaria MS Nº 2.616/98: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html
Curso da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Infecção Relacionada a Assistência à Saúde – Mó-
dulo I: http://sereduc.com/vbokyK
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D77052.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9431.htm
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/iras/M%F3dulo%201%20-%20Legisla%E7%E3o%20e%20Programa%20de%20Preven%E7%E3o%20e%20Controle%20de%20Infec%E7%E3o%20Hospitalar.pdf

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