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O Dia do Senhor em Sofonias

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Prévia do material em texto

Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia 
 
Faculdade Adventista da Bahia 
 
 
 
 
 
O GRANDE “DIA DO SENHOR” 
EM SOFONIAS 1:14 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho 
 
Apresentado em Cumprimento Parcial dos Requisitos 
 
do Curso de Livros Proféticos 
 
Estudo Individual Dirigido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ii 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1 
 
Capítulo 
 
 I. ESTUDO DO TEXTO ................................................................................ 2 
 
 Autoria e Data ..................................................................................... 2 
 Gênero Literário ................................................................................. 3 
 Divisão do Livro ................................................................................. 5 
 Foco do Livro ...................................................................................... 5 
 Contexto Histórico, Político e Religioso ............................................. 6 
 Análise Sintática do Texto .................................................................. 8 
 Hebraico ................................................................................. 8 
 LXX .......................................................................................10 
 Tradução Sugerida pelo Autor do Trabalho ........................................11 
 O Dia do Senhor em Sf 1:14, e suas Implicações 
 Para o Mundo Hodierno ......................................................................12 
 
RESUMO E CONCLUSÃO ...................................................................................14 
 
BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................15 
 
 
 1 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Desde a primeira promessa de redenção (Gn 3:15) até a última (Ap 22:12), 
que o homem tem vivido em todos os tempos e épocas na iminência do juízo. Assim 
deu-se por ocasião do dilúvio universal (Gn 7), e assim se sucederá no retorno de 
Jesus a este mundo (Mt 24:29-31). O grande Dia do Senhor se aproxima e quem 
poderá suster-se? (Ap 6:17). 
Esta breve pesquisa se deterá em fazer uma análise exegética em Sf 1:14, 
que faz referência ao “grande Dia do Senhor”. O motivo da escolha é tentar descobrir 
em que consiste o Dia do Senhor. Como se aplicou aos seus contemporâneos? Qual a 
sua implicação para os dias atuais? Houve um cumprimento parcial? Qual a posição 
de alguns eruditos sobre o texto? Diante destas questões, tentar-se-á chegar a uma 
conclusão que satisfaça as interrogações que nos parecem relevantes. 
 
 2 
 
 
 
 
CAPÍTULO I 
 
 
ESTUDO DO TEXTO 
Autoria e Data 
Como as profecias dos demais profetas menores, o livro de Sofonias leva o 
nome do seu autor. Em hebraico, sofonias (Tsefanyah), significa “Yahweh o 
ocultou”.1 Sofonias era um homem realista, sóbrio e controlado. É certo que era 
jovem quando escreveu sua profecia, muito provavelmente com não mais que 29 anos 
de idade, quando começou a profetizar. Foi contemporâneo de Jeremias entre os 
profetas, e do bom rei Josias de Judá.2 A única referência biográfica a respeito de 
Sofonias aparece no primeiro versículo do livro que recebeu seu nome (Sf 1:1).3 
Provavelmente, Sofonias atuou durante o reinado de Josias (640-609 a.C.). 
Com base no estado da moral e da religião em sua época, pode-se inferir que suas
 
1 Comentário bíblico adventista del séptimo dia (CBASD), (Boise, ID: 
Pacific Press, 1985), 4:1083. 
2 F. Davidson, O novo comentário da Bíblia (São Paulo: Vida Nova, 1976), 
2:888. 
3 A genealogia do profeta recua até quatro gerações, até Ezequias. Embora 
até o momento não tenha sido possível comprovar que esse Ezequias fosse o rei judeu 
com esse nome, a forma comum da genealogia de Sofonias só pode ser melhor 
explicada através dessa suposição. Ver: J. D. Douglas, O novo dicionário da Bíblia 
(São Paulo: Vida Nova, 1978), 2:1542. 
 
 
3 
atividades ocorreram antes da grande reforma religiosa de 621 a.C.1 No palco dos 
acontecimentos de Judá, ele marcou o início de uma nova linha de profetas que 
deveria incluir Jeremias, Habacuque, Obadias e Ezequiel. Todos os quais advertiram 
Judá da sorte que já tinha envolvido o reino do norte. Por conseguinte, é possível 
dizer com certeza que o corpo principal do livro deve ser associado com a reforma 
ligada a Josias, que teve lugar em 621 a.C.2 
Gênero Literário 
Os gêneros literários empregados incluem oráculos de julgamento (1:2-3, 4-
6, 8-9), convocação a tomadas de atitude (1:7; 2:1-3; 3:8), com um chamado de 
louvor e um salmo de louvor (3:14-17); e também oráculos de salvação (3:9-13, 18-
20). As unidades demonstram a integridade interna, conforme se vê especialmente no 
salmo de júbilo (3:14-17). Sua estrutura literária é a do paralelismo concêntrico, em 
que o primeiro elemento corresponde ao último, o segundo ao antepenúltimo, e assim 
por diante, com o clímax “sem mais temor”, no centro. 
Pode-se ver isso no diagrama seguinte:3 
 
1 Russell N. Champlin, O Antigo Testamento interpretado (São Paulo: 
Candeia, 2000), 5:3631. 
2 É razoável supor que a pregação de Sofonias foi uma das causas 
contribuintes dessa reforma. Portanto, podemos concluir que a data provável foi cerca 
de 627 a.C. Ver: Davidson, 2:888. 
3 David W. Baker, T. Desmond Alexander, Richard J. Sturz, Obadias, Jonas, 
Miquéias, Naum, Habacuque e Sofonias - introdução e comentário (São Paulo: Vida 
Nova, 2001), 372. 
 
 
4 
A O cântico de Sião (3:14a) 
B As exultações de Israel (3:14b) 
C O júbilo de Jerusalém (3:14c) 
D O livramento de Iavé (3:15a, b) 
E A presença de Iavé, o rei (3:15c) 
F Fim do temor (3:15d) 
G A futura mensagem a Jerusalém (3:16a) 
F¹ Fim do temor (3:16b, c) 
E¹ A presença de Iavé, o Deus (3:17a ) 
D¹ O poderoso libertador (3:17b) 
C¹ O júbilo de Deus (3:17c) 
B¹ O silêncio de Iavé (3:17d) 
A¹ O cântico de Iavé (3:17e) 
 
Os dois últimos versículos da profecia também estão unidos pela repetição 
de uma forma de paralelismo sintético. Tanto no v. 19, quanto no 20, a locução 
adverbial de tempo “naquele tempo” ajuda a iniciar o primeiro elemento, que tem 
como principal componente o arrebanhamento do povo de Deus. Os dois elementos 
seguintes envolvem a outorga de “louvor e honra”, que terá lugar no mundo inteiro 
(“em toda a terra”, v. 19; “todos os povos”, v. 20). Pode-se diagramar esse 
paralelismo da seguinte maneira: 
A Naquele tempo – arrebanhamento 
 B Louvor e honra 
 C Em toda a terra 
A¹ Naquele tempo – arrebanhamento 
 B¹ Louvor e honra 
 C¹ Entre todos os povos 
 
A mensagem toda de Sofonias é finalmente unida em uma única inclusão 
que começa e termina com Iavé, o Deus da aliança com Israel, Deus justo porém 
cuidadoso, cuja palavra (1:1) é falada (3:20).1 
 
1 Ibid., 372-373. 
 
 
5 
Divisões do Livro1 
I. Profecia geral sobre os julgamentos de Deus (1:1-2:3) 
 a. O julgamento declarado (1:1-6) 
 b. O julgamento definido (1:7-13) 
 c. O julgamento descrito (1:14-18) 
 d. O julgamento ainda pode ser evitado (2:1-3) 
II. Profecia detalhada sobre os julgamentos de Deus (2:4-3:8) 
 a. Filístia (2:4-7) 
 b. Moabe e Amom (2:8-11) 
 c. Egito (2:12) 
 d. Assíria (2:13-15) 
 e. Jerusalém (3:1-8) 
III. Bênção prometida (3:9-20) 
 a. Ao remanescente de Judá (3:9-13) 
 b. Ao inteiro Israel de Deus (3:14-20) 
Foco do Livro 
O livro de Sofonias preocupa-se principalmente com o Dia de Yahweh. O 
profeta faz do Dia de Yahweh sua mensagem central.2 Não só revela o castigo 
vindouro sobre Israel, mas também adverte quanto ao castigo que virá sobre outras 
nações. Sofonias alerta para os severos castigos que anuncia, para que o povo possa 
 
1 Davidson, 900. 
2 Pfeiffer, 3:1543. 
 
 
6 
se arrependerbuscando a justiça e a misericórdia (Sf 2 e 3), escapando assim do 
castigo.1 
Contexto Histórico, Político e Religioso 
Durante o longo reinado de Manassés (696-642 a.C.), o perverso filho do 
bom rei Ezequias, o estado moral e religioso de Judá se tinha tristemente deteriorado 
(2Cr 33:1-11). Durante todo o seu reinado, ele tinha se oposto ao reavivamento 
religioso que havia caracterizado o reinado de seu pai. Manassés edificou novamente 
os altares que seu pai havia derrubado. E restaurou a aviltante adoração da natureza 
associada à adoração de Baal. Superstição, adoração das estrelas e até mesmo 
sacrifícios humanos, se tornaram parte de uma religião de formalidades e cerimônias 
externas, privada de realidade interna e sem convicções espirituais ou éticas.2 
Champlin salienta que os estudiosos muito têm debatido sobre o pano de 
fundo político do livro de Sofonias. Se Isaías (39:6), Habacuque (1:6) e Jeremias 
(10:4) especificaram que os babilônios seriam a vara de castigo usada por Yahweh, a 
qual haveria de destruir temporariamente o reino de Judá, Sofonias somente diz que o 
próprio Deus aplicaria essa punição, mas sem determinar o instrumento usado para 
isso. 
 
1 CBASD, 4:1083. 
2 Aqueles que haviam tentado preservar a pureza da adoração a Jeová tinham 
sido recompensados por seus esforços, com a perseguição e até mesmo com a morte. 
“Manassés derramou muitíssimo sangue inocente, até que encheu Jerusalém de um 
outro extremo (2Rs 21:16)”. Ver: Davidson, 2:899. 
 
 
7 
Por este silêncio de Sofonias, os estudiosos têm sugerido dois povos: os citas 
ou os babilônicos.1 
Pfeiffer, ao comentar sobre este tema, argumenta que invasores citas 
atacaram a Ásia, em 632 a.C.; com isso Josias foi capaz de levar a efeito as reformas 
sem teremos de interferência assíria.2 
Uma análise histórica dos acontecimentos do reinado de Josias favorece o 
argumento de que pelo menos os capítulos dois e três datam do último decênio antes 
da reforma de Josias. Tal enfoque baseia-se principalmente na deserção das 
interações históricas entre Judá e as nações mencionadas em 2:14-15. Durante esse 
período Josias procurou fortalecer Judá e também expandir sua soberania sobre os 
territórios vizinhos (2Rs 23:15-20), onde como parte de suas reformas conseguiu 
exercer controle sobre o território vizinho da Samaria. 
Os filisteus tinham sido adversários dos israelitas de longa data. Eles 
cresceram em poder até o início do regime monárquico, quando Davi os subjugou. A 
Filístia movia-se em torno de cinco cidades-estados adjacentes ao Mar Mediterrâneo. 
 
1 É visto que a invasão cita ocorreu em data posterior, é preferida pelos 
críticos que não acreditam em profecias preditivas. O erro dessa opinião é visto 
claramente no fato de que Judá nunca foi atingida pelos citas, ao passo que os 
babilônicos levaram a nata da nação judaica para o exílio, em 586 a.C. Isso tanto é 
testemunho bíblico (2Cr 36:17), quanto da própria História. Os citas, por sua vez, 
somente perturbaram a Ciaxares, rei medo, por ocasião do cerco de Nínive. Depois 
marcharam contra o Egito, mas sem atacá-lo, e retornaram a seus lugares de origem, 
sem jamais terem atacado a Palestina. Ver: Champlin, ATI, 5:3631. 
2 Os citas se locomoveram para a Assíria, para a Ásia Ocidental, e chegaram 
às fronteiras do Egito, de onde foram afastados a peso de ouro pelo Faraó Psamético 
I. É provável que não atacaram Israel, embora a ferocidade de seus assaltos tenha 
provido o pano de fundo contra o qual Sofonias pintou a ira de “Yahweh”. Ver: C. F. 
Pfeiffer, O novo comentário da Bíblia (São Paulo: Vida Nova, 1976), 3:1543. 
 
 
8 
Eram: Asdode, Ascalom, Ecrom, Gaza e Gate, esta última já havia perdido sua 
importância quando Sofonias iniciou seu ministério, mas as outras quatro 
permaneciam. 
Elas receberam advertências de juízo no primeiro oráculo contras as nações 
(Sf 2:4-7; cf. Is 14:28-32; Jr 47; Am 1:6-8; 2Cr 9:5-7). O oráculo de Sofonias pode 
muito bem ter refletido os desejos expansionistas de Josias. Há dados extra-bíblicos 
que indicam que, durante seu reinado, Judá teve controle de pelo menos parte da 
Filístia.1 
Análise Sintática do Texto 
bwrq Adj. “próximo”, “perto” 
hwhy-<wy Subst. m. s. const. “o dia do Senhor”2 
 
1 Baker, Desmond, e Sturz, 366. 
2 O estado construto é quando um substantivo passa a depender do outro “o 
dia do Senhor”, unindo dois substantivos numa expressão em que o primeiro fica na 
dependência do segundo. O substantivo “dia” é masculino e está no singular, sendo 
assim, entendemos que não é uma referência ao sábado e, sim, uma intervenção direta 
de Yahweh, e isso é explícito no contexto imediato. Ver: Paulo Mendes, Noções de 
hebraico bíblico (São Paulo: Vida Nova, 1981), 64. 
 
 
9 
lwdgh Art. def. – adj. m. s. “o grande”1 
bwrq Verb. “próximo”, “perto”, “chegado” 
rhmw Conj. adj. “e muito se apressa” 
dam Adv. “depressa” 
lwq Subst. m. sing. const. “som”, “vibrações” 
hwhy <wy Verb. “o Dia do Senhor” 
rm Adj. masc. sing. “amargo” 
jrx Qal ativo, partic. m. sing. “clama em voz alta” 
<v Adv. “ali” 
rwbg Subst. masc. sing. “o forte homem” 
 
1 Adjetivo “grande”, “crescido”, “maior”, “poderoso”, “magno”, “máximo” 
(Gn 4:13; 41:29; Êx 18:11; Lv 19:15). O adjetivo destaca especialmente as suas 
funções atributiva e predicativa, ele está atribuindo ao referido substantivo uma 
qualidade (dia). Entendemos que esta qualidade atributiva, sendo que o adjetivo vem 
precedido de um artigo, está atribuindo uma qualidade específica, algo colossal, 
mega, que sem dúvida tem haver com uma intervenção divina, algo extremamente 
poderoso. Sábado Dinatos, Dicionário hebraico-português (São Paulo: H. Koersen, 
1962), 67; ver também: Mendes, 70. 
 
 
10 
Gadhol (grande) em Conexão com Eventos 
O adjetivo gadhol ocorre cerca de 520 vezes no AT, e em cerca de 320 
destas ele é usado como um atributo de um substantivo indeterminado ou 
determinado.1 
Septuaginta2 
ὅτι Conj. 
ἐγγὺς Adv. “aproximar-se”, “acercar-se” 
ἡ Art. fem. nom. sing. “o” 
ἡμέρα Subst. “dia”3 
κυρίου Acusat. sing. “Senhor” 
ἡ Art. f. nom. sing. “o” 
μεγάλη Adj. fem. sing. “grande”, “largo” 
 
1 G. Johannes Botter Weck, Theological Dictionary of the Old Testament 
(Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1988), 2:392. 
2 Bernard A. Taylor, The Analytical Lexicon to the Septuagint (Grand 
Rapids, MI: Zondervan, 1994). 
3 Este substantivo é usado no NT com vários sentidos: período da luz solar 
(Mt 4:2; Mc 4:27), do período de 24 horas (Mt 6:34; Mc 2:1). É também designado 
para um propósito especial (Mt 10:15; Lc 17:24; At 28:23; Hb 10:25; Ap 16:14). O 
dia do Senhor será um dia especial, com um propósito especial (Ap 22:12). Ver: F. 
Wilbur Gingrich, Léxico do Novo Testamento grego/português (São Paulo: Vida 
Nova, 1979), 94. 
 
 
11 
ἐγγὺς Adv. “aproximar-se”, “acercar-se” 
καὶ Conj. “e” 
ταχεῖα Adj. fem. nom. sing. “rapidez”, “velocidade” 
σφόδρα Adv. “muito forte”, “poderoso” 
φωνὴ Subst. fem. nom. sing. “barulho” 
ἡμέρας Subst. fem. nom. sing. “dia” 
κυρίου Acus. sing. “Senhor” 
πικρὰ Adj. fem. nom. sing. “amargo” 
καὶ Conj. “e” 
σκληρά Adv. “árduo”, “desagradável” 
τέτακται Vb. perf. m/p. ind. 3pess. sing.1 
δυνατή Adj. fem. nom. sing. “poderoso” 
 
1 Este verbo se encontra no tempo perfeito, indicativo, 3ª pessoa do singular. 
O tempo perfeito não encontra correspondência na nossa língua; a melhor tradução 
seria “ter estado chamando”, isto é, chamou e continua chamando. É um estado de 
ação pontilear-linear. Sendo assim, entendemos que a ação foi realizada no passado e 
continua a se realizar no presente; isto confirma a idéia de que a profecia de Sofonias 
vai se cumprir outra vez, com uma intensidade escatológica e sobrenatural; isso 
 
 
12 
Tradução Sugerida pelo Autor do Presente Trabalho 
Do Hebraico: “Aproxima-se o grande Dia do Senhor,e muito se apressa. O 
Dia do Senhor é amargo, barulhento e ali o homem poderoso clama em alta voz”. 
Da LXX: “Aproxima-se o Dia do Senhor, o grande dia se aproxima 
rapidamente, o Dia do Senhor é barulhento, amargo, desagradável, e nele clama e 
continua clamando o homem poderoso”. 
O Dia do Senhor em Sf 1:14 e Suas Implicações Para o Mundo Hodierno 
Sofonias predisse a queda de Judá e a de Jerusalém como acontecimentos 
inevitáveis (1:4-13), em face da degeneração religiosa que ali reinava. Todavia, esse 
julgamento local é visto pelo profeta contra o pano de fundo do quadro maior dos 
últimos dias, que as Escrituras também chamam de “Dia do Senhor” (Sf 1:4-18; 2:14-
15). 
Champlin afirma que “todos os livros proféticos têm um aspecto 
escatológico decisivo, que não podemos desprezar”.1 
Não é necessário que acreditemos que as palavras de Sofonias foram 
cumpridas nos conseqüentes julgamentos que sobrevieram a Judá e às nações ao 
redor. Carson argumenta que o dia do julgamento universal será descarregado contra 
 
ocorrerá indiscutivelmente com a segunda vinda de Jesus. Ver: William D. Mounce, 
Basics of Biblical Greek (Grande Rapids, MI: Zondervan, 1993), 221. 
1 Champlin, ATI, 5:3631. O Dia do Senhor é apresentado como um 
julgamento temível e todo consumidor, que varrerá todos à sua frente sem respeitar 
nenhuma classe. Esse Dia temível é representado como iminente, doloroso, 
devastador, melancólico, universal, sem nada para ser desejado. 
 
 
13 
toda a perversidade, quando a ira de Deus derramar-se-á contra todos aqueles que não 
conhecem a Deus nem obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.1 
O profeta parece referir-se à invasão súbita e devastadora dos citas, que 
fizeram um ataque rápido da região do Cáucaso, em cerca de 630 a.C., e vieram 
enxameando na região da Média e da Assíria, segundo Archer. Ele argumenta ainda 
que este flagelo de nômades guerreiros servia como uma advertência a Israel, 
avisando da proximidade do Dia do Senhor, quando Judá ia ser devastada.2 
Juntamente com esta terrível advertência há o apelo ao arrependimento (Sf 2:3). 
Durante o reinado de Josias a Palavra do Senhor veio a Sofonias, 
especificando claramente os resultados da apostasia. Ellen White afirma ainda que as 
profecias de juízo impendente sobre Judá se aplicam com igual força dos juízos que 
devem cair sobre um mundo importante por ocasião da segunda vinda de Cristo.3
 
1 O contexto imediato mostra que a destruição que se segue tem 
características comuns com as de outros profetas, o que demonstra ser um 
acontecimento universal (Am 5:18-20; Is 15:10; Jr 3:15; Ez 7:19; Na 1:2). Ver: 
Davidson, 903. 
2 Gleason L. Archer Jr., Merece confiança o Antigo Testamento? (São Paulo: 
Vida Nova, 1984), 292. 
3 As influências silenciosas mas poderosas postas em operação pelas 
mensagens dos profetas quanto ao cativeiro babilônico, muito fizeram para preparar o 
caminho para uma reforma que ocorreu no 18º ano do reinado de Josias. Este 
movimento de reforma, pela qual os juízos pressagiados foram justados por algum 
tempo, foi levado a efeito de maneira inteiramente inesperada. Ver: Ellen G. White, 
Profetas e reis (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1992), 392. 
 
 14 
 
 
 
 
RESUMO E CONCLUSÃO 
 
 
No ano nono do reinado de Zedequias, “Nabucodonosor, rei de Babilônia, 
veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército”, a fim de sitiar a cidade (2Rs 25:1).1 
A situação de Judá era desesperadora, pois o dia da indignação chegara e Judá 
sofreria as conseqüências de sua rebeldia. 
O julgamento de Judá, e das nações vizinhas (Filístia, Moabe e Amom, Egito 
e Assíria) foram senão um reflexo do grande Dia em que todas as nações da Terra 
terão de enfrentar (Ap 1:7). As hordas babilônicas avançaram afim de conquistar, 
matar, saquear, violar, tocar trombeta e gritar, enquanto avançavam afim de 
conquistar, tanto contra Jerusalém como as outras cidades.2 
Diante da pesquisa e dos argumentos apresentados, entendemos que a 
profecia de Sf 1:14 teve seu cumprimento parcial nos acontecimentos referidos 
anteriormente. Ademais, cremos que está relacionado com a segunda vinda de Cristo, 
sendo assim uma profecia de natureza escatológica que culminará na vinda gloriosa 
do Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19). 
Além disso, convém ressaltar que nem todos foram destruídos, o 
remanescente foi salvo (Sf 3:11-20). Da mesma maneira, restará um remanescente 
segundo a eleição da graça (Rm 11:5; Ap 14:12). 
 
1 White, 435. 
2 Champlin, ATI, 5:3634. 
 
 15 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
Archer Jr., Gleason L. Merece confiança o Antigo Testamento? São Paulo: Vida 
Nova, 1984. 
Baker, David W., T. Desmond Alexander, eRichard J. Sturz. Obadias, Jonas, 
Miquéias, Naum, Habacuque e Sofonias - introdução e comentário. São Paulo: 
Vida Nova, 2001. 
Buckland, R. A. Dicionário bíblico universal. São Paulo: Vida, 1981. 
Champlin, Russell N. O Antigo Testamento interpretado. 5 vols. São Paulo: Candeia, 
2000.. 
Davidson, F. O novo comentário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1976. 
Dinatos, Sábado. Dicionário hebraico-português. São Paulo: H. Koersen, 1962. 
Douglas, J. D. O novo dicionário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1978. 
Gingrich, F. Wilbur. Léxico do Novo Testamento grego/português. São Paulo: Vida 
Nova, 1979. 
Mendes, Paulo. Noções de hebraico bíblico. São Paulo: Vida Nova, 1981. 
Mounce, William D. Basics of Biblical Greek. Grande Rapids, MI: Zondervan, 1993. 
Nichol, Francis D. Ed. Comentário bíblico adventista del séptimo dia.Boise, ID: 
Pacific Press, 1985. 4:1083. 
Owens, Joseph John. Analytical Key to the Old Testament. 4 vols. Grand Rapids, MI: 
Baker, 1992. 
Septuaginta. Deutsche Bibelgesellschaft Germany. Stutgart. 1979 
Taylor, Bernard A. The Analytical Lexicon to the Septuagint. Grand Rapids, MI: 
Zondervan, 1994. 
Weck, G. Johannes Botter. Theological Dictionary of the Old Testament. Grand 
Rapids, MI: Eerdmans, 1988. 
White, Ellen G. Profetas e reis. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1992.

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