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Anotações - compostagem

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ANOTAÇÕES CURSO ONLINE – COMPOSTAGEM 
 
# AULA 1: A IMPORTÂNCIA DO APROVEITAMENTO AGRÍCOLA DOS 
RESÍDUOS DE COMPOSIÇÃO ORGÂNICA 
o OBJETIVO: É uma maneira de amenizar problemas ambientais e a 
insustentabilidade gerados pelo modelo de produção, consumo e 
disposição de resíduos de origem agropecuária vigente na 
sociedade globalizada. 
o Tem a ver com o FLUXO DE NUTRIENTES: plantas, humanos e 
animais 
▪ Sociedade urbanizada: ocasionou a quebra do ciclo de 
nutrientes animal/vegetal devido ao fato de terem migrado 
para a sociedade urbana. Então parte dos nutrientes 
utilizados par a produção vegetal e animal, migraram para a 
cidade, sem o devido retorno ao solo, ocasionando problemas 
ambientais. 
▪ O problema se tornou mais sério quando os animais foram 
“separados” dos vegetais: 
▪ Grande parte do milho/soja são importados p Europa e China 
para a alimentação dos animais 
▪ Esse efeito tem dois problemas sérios: esgotamento dos 
nutrientes nas regiões de produção vegetal, e concentração 
de nutrientes onde ocorre a produção animal e o consumo 
humano, gerando sérios problemas ambientais. 
• Precisa de reservas finitas de nutrientes: tornando 
mais caro e difícil de serem repostos ao solo. 
• Dependência de insumos por parte dos agricultores: 
dependência econômica e infraestrutura para ter os 
insumos sempre disponíveis para larga escala 
• Poluição ambiental, principalmente dos mananciais 
• Como amenizar os problemas e aumentar a 
sustentabilidade dos modelos de sistemas 
agropecuários??? Por meio do aproveitamento de 
resíduos: tanto da produção animal, quanto do 
consumo humano, e fazer com que os nutrientes 
presentes nos resíduos, volte para o solo. 
 
# AULA 2: A MATÉRIA ORGÂNICA 
➢ Melhora as principais características responsáveis pela fertilidade do solo 
o Características químicas: 
▪ Fornecimento de nutrientes 
▪ Retenção de nutrientes: p evitar que os nutrientes percam por 
lixiviação 
▪ Inativação de elementos tóxicos: ameniza problemas de 
contaminação 
▪ Redução das variabilidades características do solo: chamado 
PODER TAMPÃO 
 
 
 
o Características físicas: 
▪ Agregação do solo: a matéria orgânica contribui com o 
aumento tanto dos macroporos quanto dos microporos; 
▪ Aumentando a porosidade e redução da densidade; 
▪ Aumentando a aeração; 
▪ Aumento da capacidade de infiltração de água: impacto mt 
positivo na erosão do solo 
▪ Aumento da capacidade de retenção de água 
o Características biológicas: 
▪ Fonte de carbono, formando as estruturas dos moos; 
▪ Fonte de energia; 
▪ Fonte de nutrientes; 
▪ Formação de abrigo para a proteção dos organismos que 
habitam o solo; 
o Compartimentos da matéria orgânica: 
▪ Matéria orgânica VIVA: 
• Raízes 
• Macrofauna: animais maiores que habitam o solo 
• Microorganismos 
▪ Matéria orgânica NÃO-VIVENTE: 
• Matéria orgânica LEVE: restos vegetais, da 
macrofauna e dos moos, que ainda não sofreram o 
processo de decomposição 
• Humus ou substâncias húmicas (SH): MAIS 
IMPORTANTE!! Proporciona as melhorias químicas, 
físicas e biológicas do solo. 
o Compostos de carbono: 
▪ Estrutura molecular: capacidade de formar diversos 
compostos com diversas estruturas moleculares 
(................) 
▪ Alifáticos: não contém anel de benzeno 
▪ Aromáticos: contem anel de benzeno 
o Matéria organiza LEVE: 
▪ O tecido vegetal (principal percursor do húmus) 
▪ Formado por células, que são constituídas por: 
• Substâncias de degradação rápidas, que estão 
localizadas predominantemente no interior das 
células e são as responsáveis pelo metabolismo 
vegetal, e são formadas por: 
o Proteínas e aminoácidos: as proteínas são 
formadas por aminoácidos, que são 
substâncias que possuem a presença do 
grupo carboxila e do grupo amina (N e ligação 
SIMPLES). 
▪ São as proteínas e aminoácidos que 
contém a maior parte de N presente nos 
seres vivos animais/vegetais. 
o Gorduras: são substâncias utilizadas como 
reserva de energia dos animais e vegetais. 
▪ Constituídas por átomos de C e H em 
cadeias longas. 
 
o Carboidratos: açúcar e amido 
▪ Constituídos por cadeias de C e H, O e 
hidroxila 
▪ Principal carboidrato presente nos 
tecidos vegetais é a glicose e seus 
polímeros. 
▪ Glicose: na natureza é constituída por 6 
C de forma cíclica, mas não é um 
aromático (os C não tem ligação pi, 
além de possuir um O no aro) 
▪ Açúcares (SACAROSE) 
▪ Amido: polímero de glicose produzido 
pelas plantas, que serve de reserva de 
energia. 
• As moléculas de glicose estão 
ligadas por uma ligação ALFA 
(1-4) 
o Outros componentes químicos 
• Substâncias de degradação lenta, que estão 
localizadas nas paredes celulares, e ocorrem nos 
tecidos fibrosos dos talos e troncos. 
o Tecido fibroso é formado pela união de fibras 
que são formadas por celulose (interior das 
fibras) e hemicelulose (periferia das fibras). E 
também lignina. 
o Celulose: polímero de glicose, mas as 
moléculas de glicose, são ligadas por ligações 
BETA (1-4) 
o Hemicelulose: polímero de glicose, mas as 
moléculas de glicose apresentam ligações não-
lineares. 
o Lignina: 
▪ NÃO É DE DEGRADAÇÃO RÁPIDA, E 
É CONSTITUÍDO POR CADEIAS 
AROMÁTICAS, que são as maiores 
precursoras das substancias húmicas 
(SH) 
▪ Quanto maior a quantidade de lignina, 
maior a rigidez e ataque de macro e 
micro moos 
▪ Na sua estrutura, observa-se a 
predominância de anéis aromáticos, e é 
por isso que é uma substância de difícil 
de degradação, mais resistente que a 
celulose e a hemicelulose. 
 
❖ As subs. de degradação rápida e lenta: formam as 
substâncias das substâncias não aromáticas (alifáticas) 
o Substâncias húmicas (SH): 
▪ As SH são formadas pelos alifáticos E os aromáticos. 
▪ Sua estrutura é bastante parecida com a da lignina 
▪ São formadas predominantemente por anéis aromáticos, que 
constitui a base de sua estrutura, e são responsáveis a sua 
resistência ao ataque de moos decompositores, mas elas 
também possuem substâncias alifáticas, que são responsáveis 
pela funcionalidade e atividade química. 
▪ As SHs são formadas através de diversas rotas, mas a mais 
utilizada é a Rota de polimerização 
o Rota de polimerização: 
1. Residuos vegetais/animais que habitam o solo são 
decompostos em subs. mais simples, chamada de 
fração leve; 
2. A fração leve começa a se aglomerar e se polimerizar, 
formando substancias mais complexas; 
3. Então primeiro ocorre a formação dos ácidos fúlvicos 
(grau baixo de polimerização), depois os ácidos húmicos 
(grau intermediário) e por fim, a humina (fração da SH 
mais polimerizada e mais aromática) 
• Conforme vai ocorrendo, maior vai ficando o grau de 
polimerização, além de aumentar a intensidade da 
cor escura, pq ocorre um predomínio dos átomos de 
C. 
• Sobre a rota: 
o Predomina em condições favoráveis à 
atividade microbiana; 
o Em condições desfavoráveis (frio, falta de 
nutrientes, seca, falta de material mineral mais 
ativo), ocorre o predomínio de formas 
intermediárias (ác. Fúlvicos). 
▪ Os cursos d’água que nascem em 
regiões altas e frias, tem a cor escura, 
devido a presença do ac. Fúlvico que é 
a fração mais solúvel da MO. O mesmo 
ocorre em regiões muito arenosas, com 
pouca argila, que é a argila que é 
responsável pela proteção da matéria 
orgânica e aquela ação de catalisador 
abiótico para a formação de SH. 
➢ Cadeias aromáticas também podem ser formadas por meio do 
metabolismo secundário dos micros e macro organismos responsáveis 
pela decomposição dos resíduos orgânicos. 
➢ Mas a proporção de substâncias com anéis aromáticos será pequena 
quando comparado com os resíduos vegetais lignificados. 
➢ Quando as matérias primas são pobres em anéis aromáticos, como ocorre 
nos resíduos vegetais pouco lignificados, ou de resíduos de origem 
animal, a sua decomposição é muito mais rápida do que as matérias 
primas lignificadas, e a formação de SH éreduzida, pois a maior parte da 
estrutura, é degradada, formando CO2 e mineralizando os nutrientes 
presentes. 
➢ Caracterização da MO: 
o Do ponto de vista químico, as SHs são agregados moleculares 
consistindo de açucares, ácidos graxos, polipeptídeos, cadeias 
alifáticas e anéis aromáticos. 
o Não existe consenso sobre como é exatamente a estrutura das 
SHs 
o O principal obstáculo é a falta de sequencias repetitivas e a 
variedade de reações químicas e biológicas envolvidas na sua 
gênese, que fazem as moléculas das SHs muito complexas e 
multifacetadas. 
o Diferentes autores têm considerado que as SHs são materiais 
poliméricos de alto peso moléculas, originado a partir da 
decomposição da lignina e de catalisadores abióticos, como a 
fração mineral do solo. 
 
 
 
# AULA 3: A IMPORTÂNCIA DA MATÉRIA ORGÂNICA PARA A 
FERTILIDADE DO SOLO 
 A matéria orgânica do solo atua de três formas diferentes: 
1. Fornecedora de nutrientes: disponibilização de nutrientes 
necessários para o crescimento vegetal, mas para isso, precisa 
ter: 
▪ Elevados teores de nutrientes; 
▪ Sincronia entre a disponibilização e demanda por 
nutrientes; 
▪ Maior velocidade de mineralização, para disponibilizar os 
nutrientes de maneira mais rápida; 
▪ Menor estabilização e humificação. 
2. Condicionadora físico e físico-químico do solo: CTC (capacidade 
de troca catio-iônica), poder tampão, agregação, infiltração de 
água e retenção de água: 
▪ Material mais estável, pq se ela se decompõe rápido, os 
efeitos benéficos rapidamente se perdem. 
▪ Maior humificação: MP com cadeias aromáticas (lignina) 
 
3. Condicionadora biológica do solo, isso pode ser feito com: 
▪ A matéria orgânica agindo como um veículo para adição de 
MOOs ao solo, ou seja, matéria orgânica com elevada 
população de moos é adicionada ao solo. 
▪ Fonte de C, energia e nutrientes: isso vai favorecer o 
desenvolvimento e a manutenção dos moos presentes no 
solo. 
▪ Formação de nichos: pois a matéria orgânica é um material 
que proporciona uma estabilidade térmica, hídrica e 
fornece nutrientes, então serve de “abrigo” para os moos 
caso ocorra algum estresse no solo, tornando o material 
mais estável 
1. Fornecimento de nutrientes: 
a. Fertilizantes sintéticos de elevada solubilidade 
❖ Nutriente todo disponível (é uma vantagem), 
gerando perdas 
• Parte dele pode ser usado imediatamente p 
produção vegetal, ou então parte dele é perdido: 
por erosão e lixiviação. 
❖ Irrigação excessiva (desvantagem) 
b. Fertilizantes orgânicos: 
❖ Parte fica disponível para o vegetal, gerando menos 
perdas 
❖ Torta de mamona: possui a maior parte do N presente 
na forma não disponível, e somente uma fração na forma 
disponível, só que a torta de mamona é muito instável, sua 
decomposição é muito rápida. Com 15 dias uma parte que 
tava na parte não disponível, se torna disponível, e com 30 
dias a fração disponível aumenta mais ainda. 
❖ Húmus de minhoca: somente uma pequena parte fica 
na forma disponível, e mesmo ao longo do tempo, a 
disponibilização ocorre de forma lenta, por ser um material 
mais estável. 
➢ Velocidade de mineralização da MO: é influenciada pela 
natureza do adubo orgânico utilizado, além de outros 
fatores: textura, mineralogia do solo, clima, umidade, 
temperatura, manejo ao solo. 
 
ELEVADA REDUZIDA 
Solo arenoso Solo argiloso 
Clima quente e úmido Clima frio 
Elevado revolvimento do 
solo 
Reduzido revolvimento do 
solo 
 
2. Condicionamento do solo 
a. Físico-químico: 
❖ Que está relacionado com a capacidade de troca, poder 
tampão e complexação de metais, o que: 
• Reduz a perda de nutrientes; 
• Aumenta o equilíbrio do solo: aumento do poder 
tampão; 
• Ameniza eventuais problemas de contaminação 
com metais pesados; 
❖ Capacidade de troca: o aumento da capacidade de troca 
proporcionada pela matéria orgânica, principalmente a troca 
catio-ionica, ocorre pelo aumento das cargas negativas do 
solo, isso pq a matéria organica é rica em grupos 
carboxílicos (COO-) e hidroxílicos (O-), que possuem cargas 
negativas. Então mesmo uma matéria orgânica bastante 
humificada, com predomínio de cadeias aromáticas, existem 
grupos funcionais que possuem cargas negativas que vao 
atrair os cátions, isso ocorre tanto p os COO- quanto O-, 
que vão ter esse efeito de atração de cátions por meio de 
suas cargas negativas. Essas cargas negativas presentes 
na superfícies da matéria orgânica, vão atrair os cátions 
presentes na solução do solo, evitando que elas sejam 
perdidas por lixiviação. 
 
 
 
❖ Poder tampão: o aumento do poder tampão do solo, que é 
mais outra característica benéfica proporcionada pela 
matéria orgânica, também esta relacionada com o aumento 
de carga proporcionada pela matéria orgânica, isso vale p 
diversas características, como: 
o Acidez ativa: H+ presentes na solução do solo. 
o Acidez potencial: H+ adsorvidos no complexo de 
troca. 
o Tem mt importância p evitar mudanças drásticas 
nas características do solo 
❖ Complexação de nutrientes e elementos tóxicos: 
b. Físico: 
❖ Relacionado com agregação do solo e formação de 
Macroporosidade + microorosidade 
• Microporosidade: 
a. Proporcionada por materiais porosos ou 
partículas muito pequenas 
b. Particulas de humus: retenção de água + 
refúgios para micro e macrofauna do solo 
c. Solos arenosos são carentes de 
microporosidade 
d. Matéria orgânica estabilizada, que vai manter 
suas características por mais tempo, e 
manter esse condicionamento do solo por 
mais tempo. 
e. Para melhorar a microporosidade de solos 
arenosos é necessário a adição de adubos 
orgânicos constituídos por matéria orgânica 
humificada 
• Macroporosidade: 
a. Proporcionada por partículas maiores 
b. Aumento da agregação: aumento da 
infiltração de água + aumento da areação + 
aumento da descompactação 
c. Indicado para melhorar a estrutura de solos 
argilosos, que podem ter reduzida 
macroporosidade, devido o reduzido das 
partículas de argila 
d. Matéria orgânica não estabilizada: gomas e 
mucilagens. 
e. A glomatina, que é uma glicoproteína 
hidrofóbica, termoestável e recalcitrante 
produzida pelos fungos micorrízicos 
arbusculares. A sua propriedade de “cola” 
auxilia a fixação das partículas do solo, 
favorecendo a formação de agregados 
estáveis. 
❖ Etapas do processo de agregação do solo: 
1. Aproximação das partículas 
o Floculação o principal mecanismo de 
aproximação das partículas de argila e de 
formação de microagregados 
o Outros: expansão e contração do solo, 
crescimento de raízes, outros. 
2. Cimentação dos agregados formados: é responsável 
por manter a estável a união das partículas. 
o Realizada principalmente por colas orgânicas, 
constituídas por gomas e mucilagens 
produzidas a partir de moos cuja 
sobrevivência depende da disponibilidade de 
substâncias de fácil decomposição. 
o As gomas e mucilagens são geralmente são 
formadas por polissacarídeos como a pectina, 
cuja estrutura é semelhante á dos polímeros 
de glicose 
o A manutenção dos agregados da adição 
periódica de substancias de fácil 
decomposição (polímeros de glicose), que vai 
proporcionar a manutenção de elevada 
população de moos, que vai produzir as 
gomas e mucilagens. 
o Também contribui para a cimentação: 
▪ A glomalina, que é uma glicoproteína 
produzida pelos fungos micorrízicos 
arbusculares, e que geralmente tem 
importante papel na formação de 
agregados estáveis, pois sua 
propriedade de cola auxilia a fixação 
das partículas do solo. 
▪ Hifas de fungos, raízes etc, que atuam 
formando um emaranhado de 
filamentos que ajudam a manter a 
coesão dos agregados 
o A matéria orgânica atua na cimentação 
também de forma indireta, pois: 
▪ Promove o aumento da quantidade e da 
diversidade de organismos no solo. 
▪ Melhora a fertilidade do solo, 
favorecendo o desenvolvimento vegetal 
e o crescimentode raízes. 
 
❖ Agregação do solo: 
• Microagregado(floculação + cimentação): 
partículas de argila, gel bacteriano – SH, tecido 
de plantas, bactéria 
• Macroagregado (aproximação de partículas + 
cimentação): cimento orgânico-mineral, hifa, 
tecido de plantas, poro, partícula mineral. 
❖ Infiltração de água: 
o Infiltração: solo agregado 
o Escorrimento: solo compactado/sem agregação, 
potencionalizando os efeitos de erosão. Esse 
excesso de agua se acumula no fundo, causando 
inundação e essa agua não infiltra no solo, o que 
proporciona um menor equilíbrio hídrico e menor 
crescimento vegetal 
 
 Efeitos diretos das SH sobre as plantas: 
1. Promoção de crescimento do sistema radicular 
2. Melhoria no transporte de nutrientes 
3. Aumento da resistência ao stress hídrico 
4. Efeitos antioxidantes 
5. Efeitos de proteção vegetal 
6. Outros. 
 A capacidade de fornecimento de nutrientes é maior em materiais 
orgânicos ricos em nutrientes e com menor humificação. 
 Mas a velocidade de mineralização de nutrientes contidos na matéria 
orgânica também depende de outros fatores, como o clima, a textura e o 
manejo do solo. 
 Os efeitos benéficos da matéria orgânica no condicionamento do solo 
estão relacionados, principalmente, ao aumento da capacidade de troca 
e do poder tampão, e da melhoria da porosidade e da estrutura do solo. 
 A capacidade de condicionamento do solo geralmente é maior em 
materiais orgânicos mais humificados. 
 
# AULA 4: UTILIZAÇÃO AGRÍCOLA DA MATÉRIA ORGÂNICA 
 
➢ Utilização agrícola: 
o Adubação 
▪ Fornecimento de nutrientes 
▪ Condicionamento físico e físico-químico do solo 
▪ Condicionamento biológico do solo 
o Matéria-prima para substratos 
 
❖ Adubação orgânica: 
o Qualidade do composto: 
▪ Teor de nutrientes 
▪ Relação C/nutriente, principalmente o nitrogênio> C:N 
▪ Umidade 
▪ Teor de matéria organica 
▪ Granulometria 
▪ Grau de humificação <> estabilidade 
▪ Contaminação 
• Física: vidro, plástico, metal, farpas etc. 
• Química: metais pesados, agrotóxicos, sais etc. 
• Biológica: enteropatógenos, fitopatógenos, propágulos 
de plantas invasoras etc. 
 
 
 
o Estabilidade: 
▪ Está inversamente relacionada com o conteúdo de substâncias 
de fácil decomposição presentes no material, como açúcares 
solúveis, amido, proteínas etc. 
▪ Materiais instáveis podem causar problemas durante o 
transporte, armazenamento e aplicação do produto. Também 
podem ter efeitos prejudiciais ao solo e às plantas. 
▪ A decomposição de substâncias facilmente degradáveis pode 
promover processo de aquecimento, anaerobiose, emissão de 
odores e perda de massa. 
▪ Os materiais podem estar provisoriamente estabilizados devido 
à alguma limitação à atividade dos microrganismos 
decompositores, como baixa umidade, pH muito reduzido ou 
muito elevado, ou temperaturas muito baixas. 
 
o Estabilidade e Maturidade 
➢ Estabilidade: relacionada a processos de aquecimento, 
anaerobiose e emissão de odores, causados pela 
decomposição de substâncias facilmente degradáveis. 
➢ Maturidade: relacionada com o potencial de crescimento da 
planta associados ao grau de humificação da matéria orgânica. 
▪ Indicadores: 
• Estabilidade: emissão de CO2 e NH3, 
aquecimento, consumo de O2, relação NH4+/NO3- 
• Maturidade: CTC, relações ácidos 
húmicos/ácidos fúlvicos, relação E4/E6, coloides 
orgânicos. 
o Formas de aplicação: 
➢ Adubação de base: 
▪ Também é realizada visando o condicionamento do solo. 
▪ O adubo geralmente é incorporado ao solo ou aplicado 
em covas. 
▪ Composto com elevado potencial de condicionamento 
do solo → CTC, poder tampão, agregação. 
➢ Adubação de cobertura: 
▪ Composto orgânico rico em nutrientes e que permita 
a sua disponibilização em sincronia com a demanda 
da planta. 
▪ Geralmente utilizado em conjunto com outros adubos 
orgânios: tortas, farelos e cama de aviário. Neste 
caso, estes adubos geralmente são aplicado em 
cobertura e em doses fracionadas. 
➢ Muleh 
▪ Composto estabilizado e humificado. 
 
❖ Substratos: 
o Produção de mudas em bandejas ou tubetes: 100% substrato. 
o Produção de mudas ou produção vegetal em recipientes de maior 
volume: composto + terra ou outros materiais + fertilizantes. 
 Limitado volume para o crescimento das raízes 
o Características necessárias em um substrato: 
a. Elevado teor de nutrientes. 
b. Disponibilização de nutrientes em sincronia com a necessidade 
da planta. 
c. Elevada capacidade de infiltração e de retenção de água. 
d. Boa drenagem do excesso de umidade. 
e. Permitir boa aeração das raízes. 
f. Reduzido potencial de encolhimento e expansão. 
g. Estar isento de contaminação biológica (pragas, doenças e 
plantas invasoras). 
h. Não liberar substâncias tóxicas. 
i. Ser um produto de baixa densidade (peso reduzido). 
 
o Geralmente são constituídos pela mistura de diferentes materiais. 
o Material base: proporciona características como retenção de 
água e nutrientes, aeração, volume (baixa densidade). 
Exemplo: turfa, vermiculita, casca de arroz 
carbonizada, húmus de minhoca e composto orgânico → 
humificado e estabilizado. 
o Fornecedores de nutrientes: fornecem os nutrientes 
necessários para o desenvolvimento vegetal. 
Exemplo: torta de mamona, cama de aviário, 
biofertilizantes, composto orgânico → rico em nutrientes e 
que permita a sua disponibilização em sincronia com a 
demanda da planta. 
 As características necessárias para que um composto seja considerado um 
bom fertilizante orgânico depende da forma com que ele será utilizado. 
 Os substratos devem disponibilizar os nutrientes, a água e o oxigênio 
necessários para o desenvolvimento de mudas ou plantas cultivadas em 
recipientes de reduzido volume, e por isto, geralmente são formulados com 
matérias-primas com características diferentes. 
 Os compostos orgânicos geralmente são utilizados como material base para 
formulação dos substratos, proporcionando características como retenção 
de água e nutrientes, aeração e volume (baixa densidade). 
 
 
 
 
 
# AULA 5 – APROVEITAMENTO AGRÍCOLA DE RESÍDUOS 
• Pode ser realizado de duas formas: 
1. A reciclagem de resíduos e sub-produtos gerados dentro do 
sistema de produção agropecuário. 
• Reciclagem de resíduos animais e vegetais gerados dentro 
dos sistemas de produção é uma estratégia fundamental 
com vistas a favorecer a sua sustentabilidade. 
• Reduz a perda de nutrientes e otimiza o seu 
aproveitamento, diminuindo a dependência de insumos 
externos. Esta reciclagem evita que os nutrientes se 
acumulem em determinado compartimento enquanto são 
demandados em outros. 
 
2. O aproveitamento de resíduos e sub-produtos gerados fora do 
sistema de produção agropecuário. 
 
 
 
 
 
 
3. Fluxo de nutrientes: 
 
 
4. Aproveitamento de resíduos: 
• Classificação de resíduos sólidos segundo a fonte 
geradora: 
 
 
• Resíduos Urbanos: 
o Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, 
de 2 de agosto de 2010) Art. 36. No âmbito da 
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida 
dos produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de 
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, 
observado, se houver, o plano municipal de gestão 
integrada de resíduos sólidos: 
1. adotar procedimentos para reaproveitar os 
resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis 
oriundos dos serviços públicos de limpeza 
urbana e de manejo de resíduos sólidos; 
2. Estabelecer sistema de coleta seletiva; 
3. implantar sistema de compostagem para 
resíduos sólidos orgânicos e articular com os 
agentes econômicos e sociais formas de 
utilização do composto produzido; 
• Viabilidade: 
o Critérios para o aproveitamento de resíduos orgânicos: 
1. Disponibilidade: quantidade e distribuição. 
2. Custo: aquisição, transporte, utilização. 
3. Características físicas: densidade, granulometria, textura, etc. 
4. Característicasquímicas: umidade, matéria orgânica, teor de 
nutrientes. 
5. Contaminação: 
▪ Física: vidro, plástico, metal, farpas etc. 
▪ Química: metais pesados, agrotóxicos, sais etc. 
▪ Biológica: patógenos, propágulos de plantas invasoras etc. 
• Utilização: 
o Princípios da utilização agrícola de resíduos orgânicos: 
1. Resíduos e seus produtos, quando aplicados ao solo, podem 
causar os seguintes efeitos deletérios: 
➢ Imobilização de nutrientes. 
➢ Anaerobiose e outros desequilíbrios fisico-químicos. 
➢ Modificação de propriedades físicas. 
➢ Contaminação das culturas com substâncias tóxicas. 
➢ Contaminação da água. 
➢ Outras. 
 
 
2. O sistema solo-agua-plantas geralmente apresenta capacidade de 
suportar impactos negativos decorrentes da aplicação de produtos 
prejudiciais, mas esta capacidade é limitada, sendo função de: 
➢ Características do material. 
➢ Quantidade aplicada. 
➢ Frequência de aplicação. 
➢ Época de aplicação. 
➢ Características do solo. 
➢ Clima. 
➢ Vegetação. 
 A aplicação de resíduos e seus produtos ao solo deve ser realizada de 
forma que os impactos negativos sejam minimizados, considerando-se a 
capacidade do solo de suportar estes impactos negativos. 
• Legislação: 
o Restrições: sanitária, ambiental e agropecuária. 
o Âmbito: federal, estadual ou municipal. 
o Caracterização dos materiais: origem e análises de 
características básicas. 
• Grande parte dos resíduos não podem ser utilizados diretamente como 
substrato ou como fertilizante orgânico: 
1. Produtos não estabilizados. 
2. se enquadram nos critérios estabelecidos pela legislação. 
3. Apresentam contaminação química e/ou biológica. 
✓ Alternativas: 
o Vermicompostagem. 
o Fermentação anaeróbica → biodigestores. 
o Carvão → biochar. 
o Compostagem. 
 A reciclagem dos resíduos animais e vegetais gerados dentro dos 
sistemas de produção é uma estratégia fundamental com vistas a 
favorecer a sua sustentabilidade. 
 Resíduos e sub-produtos gerados fora do sistema de produção 
agropecuário também podem, e devem, ser utilizados na 
produção agrícola. 
 Mas grande parte destes materiais não pode ser utilizada 
diretamente como substrato ou como fertilizante orgânico, pois 
não está estabilizada, não se enquadra nos critérios 
estabelecidos pela legislação ou apresenta contaminação química 
e/ou biológica. 
 A compostagem é um processo que permite a adequação de 
materiais orgânicos para o seu uso agrícola. 
# AULA 6 – O QUE É COMPOSTAGEM? 
• Definição: A compostagem é um procedimento que visa acelerar e 
direcionar o processo de decomposição de materiais orgânicos que 
ocorre espontaneamente na natureza. 
• As técnicas utilizadas permitem reproduzir condições ideais, visando 
elevar a eficiência do processo de compostagem e proporcionar a 
obtenção de fertilizantes e substratos orgânicos humificados, ricos em 
nutrientes e com níveis aceitáveis de contaminação química e biológica. 
• Objetivo: 
o Estabilização do material. 
o Redução ou eliminação de organismos indesejáveis. 
o Redução ou eliminação de substâncias tóxicas. 
o Disponibilização ou concentração de nutrientes. 
o Melhoria na capacidade de condicionamento do solo. 
• Mistura de materiais com diferentes características: C (oalha, serragem, 
bagaço de cana, aparas de poda)+ N (esterco, tortas, resíduos de 
abatedouros. ****QUANTO MAIS MISTURADO, MELHOR**** 
o Relação C:N entre 25 e 35. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Decomposição AERÓBICA: 
o Emissão de CO2, com elevado aquecimento (484 a 674 
kcal g-1 glicose). 
o Formação de M.O. humificada → material sólido, com 
elevada capacidade de condicionamento do solo. 
o Produto final isento de ácidos orgânicos voláteis. 
o Transformação do N: N-orgânico → NH3 → NO3. 
• Fermentação anaeróbica: 
o Emissão de metano, com reduzido aquecimento (26 kcal g-
1 glicose). 
o Produção de efluente de biodigestor → material líquido, 
com reduzida capacidade de condicionamento do solo. 
o Pode ocorrer a formação de ácidos orgânicos voláteis. 
o Transformação do N: N-orgânico → NH3 → NO3 → N2O + 
N2. 
• Organismos que atuam na compostagem: 
o Aquecimento: moos decompositores de materiais de fácil 
degradação com o predomínio de bactérias. 
o Estabilização e maturação: moos decompositores de 
material de fácil degradação, com o predomínio de fungos 
e actinomicetos, microfauna. 
• É um processo dinâmico, em que o trabalho é feito por uma 
combinação de atividades resultantes de uma sucessão de 
grupos com grande diversidade de bactérias, actinomicetos, 
fungos e outras populações biológicas. 
• Cada grupo sucessional é adequado para um ambiente particular 
(temperatura adequada e maior atividade na decomposição de 
algum tipo de matéria orgânica), sendo que as atividades de um 
grupo é complementar às de outro. 
• Presença de populações mistas, devido à complexa diversidade 
de ambientes oferecidos pela natureza heterogênea do material 
compostável. 
 
• O composto não é uma mistura homogênea, pois é um conjunto 
de diferentes nichos. 
o Possibilita a ocorrência de fenômenos químicos, físicos e 
biológicos em microescala, como solubilização de 
nutrientes, multiplicação de microrganismos, síntese de 
substâncias químicas, etc. 
 
 
 
# AULA 7 – CONDIÇÕES RECOMENDADAS PARA A COMPOSTAGEM 
• Relação C:N entre 25-35: 
• Os microrganismos geralmente apresentam em suas células a 
proporção de 10 partes de C para cada parte de N → relação 
C:N = 10. 
• Mas, para formar a sua estrutura física, eles utilizam energia por 
meio da respiração, geralmente emitindo 2 átomos de C, na forma 
de CO2, para cada átomo de C que permanecerá na sua estrutura. 
• Portanto, para cada átomo de N presente na estrutura dos 
microrganismos, serão necessários 10 x (1+2) = 30 átomos de C 
→ C:N ~ 30. 
 
• Cálculo das proporções ao nível de agricultor ou de pequeno produtor: 
o Nas leiras de pequeno volume, as matérias-primas podem ser 
medidas com base na sua massa seca, pois é fácil pesá-las e 
mantê-las secas em local coberto. 
o Nas leiras de grande volume, as proporções das matérias-primas 
geralmente são medidas em volume, pois é difícil de pesá-las e 
mantê-las com umidade constante. 
o É necessário conhecer a densidade seca das matérias-primas, 
visando determinar qual é o volume a ser utilizado que corresponde 
à massa seca que se quer utilizar. 
o Materiais que não estão armazenados em local coberto podem ter 
sua umidade alterada quando expostos à chuva, aumentado a sua 
massa fresca. Já o seu volume praticamente não se altera, e por 
isto é melhor utilizar o volume como base para realizar a medição 
da quantidade que será utilizada na mistura do composto. 
 
 
 
• Densidade úmida → recomenda-se utilizar recipientes de 50 ou de 100 
litros. Preencher totalmente o recipiente com a matéria-prima e depois 
pesar, descontado o peso da caixa. 
• Teor de matéria seca → Coletar uma amostra composta da matéria-prima 
contida no recipiente, e determinar a umidade. 
 
 
 
 
• Mistura com mais de dois compostos: 
o A metodologia de cálculo permite obter um único resultado quando 
são utilizadas somente DUAS matérias-primas. 
o Quando se utiliza mais de DUAS matérias-primas, não é possível 
obter um valor único das suas proporções. 
o Quando se deseja utilizar TRÊS matérias-primas na mistura, é 
necessário determinar previamente a proporção entre duas delas, 
e depois será necessário calcular previamente os valores de C, de 
N e de densidade seca da mistura destas duas matérias-primas. 
o Quando se deseja utilizar mais de TRÊS matérias-primas, utiliza-
se o mesmo raciocínio anterior. 
 
• Planilha Compost Calc para cálculo de compostagem: 
o CompostCalc Excel. 
o CompostCalc Libre (LibreOffice). 
 
 
 
• Recursos: 
o Calcula quais devem ser as proporções (em %) das diferentes 
matérias-primas paraque a mistura tenha a relação C:N escolhida. 
o Apresenta tabelas com valores de relação C:N de diversos 
materiais. 
o Pode apresentar os resultados também com base no volume das 
matérias-primas → densidade seca. 
o Orienta como calcular a densidade seca dos materiais. 
o Possibilita o cálculo de proporções de misturas com vários 
materiais. 
• Condições recomendadas para a compostagem: 
o Relação C:N entre 25-35. 
o Uniformização → revolvimentos. 
o Umidade (40-60%): 
o Muito seco (˂ 40%) → paralisação da atividade dos 
microrganismos. 
o Muito úmido (> 60%) → falta oxigênio → decomposição 
anaeróbica. 
o Aeração. 
o Tamanho dos fragmentos → aeração e umidade. 
o Temperatura → depende dos objetivos da compostagem. 
o Dimensões das pilhas. 
 
 
 
• Condições recomendadas para a compostagem: 
o Período de incubação (duração da compostagem) adequado 
▪ Será função de: 
▪ Características da matéria-prima. 
▪ Condições de compostagem. 
▪ Características desejadas no produto final → em função do 
uso do composto. 
• Utilização de aditivos: 
o Enriquecimento com adubos, chorume, fosfato de rocha etc. 
o Pode ser realizado com dois objetivos: 
▪ 1- Enriquecimento visando aumentar a eficiência do 
processo de compostagem → relação C:N entre 25 e 35. 
▪ 2- Enriquecimento visando melhorar a qualidade do produto 
obtido com a compostagem → é importante avaliar a relação 
custo/benefício deste enriquecimento. 
o Carvão, terra e outros materiais visando reduzir a volatilização de 
amônia: 
▪ Aumenta o conteúdo final de N. 
▪ Mas é realizada, geralmente, para amenizar problemas 
ambientais que podem ocorrer durante o processo de 
compostagem, como a emissão de odores e a atração de 
vetores. 
o Adição de materiais estruturantes, de maior ou de menor 
granulometria, como palha, serragem, turfa etc. 
o Adição de inoculantes. 
▪ A inoculação na compostagem 
• Em países com tecnologia de compostagem mais 
desenvolvida é recomendada apenas em condições 
muito específicas. 
• No Brasil é uma prática muito recomendada, mas 
com resultados duvidosos. 
• Efetividade da inoculação ocorre somente em 
materiais específicos. Por ex: bagaço de cana. 
• Atua principalmente na fase de estabilização. 
o Principais inoculantes recomendados 
▪ Esterco fresco ou composto 
estabilizado. 
▪ Culturas específicas de 
microorganismos. 
▪ EM - Microorganismos Efetivos. 
▪ Kefir. 
• EM - Microorganismos Efetivos 
o Principais tipos de microorganismos presentes: 
1) Bactérias fotossintéticas: sintetizam substâncias como 
aminoácidos, ácidos nucleicos, antioxidantes, substâncias 
bioativas e açúcares, que funcionam como promotores de 
crescimento. 
2) Bactérias produtoras de ácido lático: o ácido lático possui ação 
esterilizante e auxilia na decomposição de lignina e celulose. 
3) Leveduras: sintetizam antibióticos e substâncias que auxiliam 
no desenvolvimento de bactérias e actinomicetos. 
❖ Produto comercial: Embiotic®. 
 
 
• Kefir: leite ou solução de açúcar mascavo fermentados, produzido por 
meio da adição de grãos de kefir e sua fermentação realizada por alguns 
dias. 
• A dimensão mais importante de uma leira é a sua largura, pois leiras muito 
largas possuem pouca aeração, enquanto em leiras muito estreitas é 
difícil obter temperaturas elevadas e manter a umidade. 
• A duração da compostagem vai depender das características das 
matérias-primas, das condições durante a compostagem e das 
características desejadas no produto final. 
• É comum se recomendar diferentes tipos de aditivos no processo de 
compostagem, inclusive inoculantes, mas estes devem ser utilizados com 
cautela, pois podem ser desnecessários. 
 
# AULA 8 – DIFERENTES FORMAS DE COMPOSTAGEM 
• Métodos de compostagem: 
o Leiras estáticas. 
o Leiras aeradas. 
o Reatores. 
o Compostagem doméstica em recipientes. 
o Compostagem laminar 
▪ É a aplicação das matérias-primas sobre a superfície do 
solo, em grandes áreas e em camadas muito finas. 
▪ Visa reproduzir processos naturais, como a deposição de 
serrapilheira. 
• Vantagens: 
o Maior aeração. 
o Simplicidade e custos reduzidos (produção e 
aplicação). 
• Desvantagens: 
o Não ocorre elevação expressiva da 
temperatura. 
o É mais difícil controlar a umidade. 
o A compostagem pode ser realizada por meio de leiras estáticas, 
com e sem aeração forçada, ou leiras que podem ser revolvidas 
por diversos equipamentos. 
o A compostagem também pode ser realizada por meio de reatores 
e por meio da compostagem laminar. 
o Vem crescendo muito a compostagem realizada em ambiente 
doméstico, que também pode ser realizada de diferentes formas.

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