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270535450-Resumao-Portugues-Juridico-1

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Resumio Juridico-g~
Escrever e uma tarefa nem sempre prazerosa, quando se trata de lidar
com textos juridicos. Autoridades exigem uma escrita clara, pois seu
tempo nao e suficiente para ler petic;5es e outras pec;as que dificultem a
compreensao do que se peticiona ou se explica. A escrita frequente
dessa lingua gem especifica exige, pois, algumas considerac;5es para seu
bom uso. Nesse sentido, a coerencia e a coesao textuais surgem como
predicados que valorizam 0 texto.
Escrever demanda cuidados, como 0 uso de expressoes contextuali-
zadas, 0 que revela 0 conhecimento do vocabulario sobre 0 tema e,
sobretudo, 0 bom dominio da lingua portuguesa, e a clareza, revelada
pela capacidade de elaborar um texto escrito com coesao e coerencia.
COEsAo E COERENCIA NO TEXTO
o texto e revelador de sua organizac;ao mental e, se ele indicar que
seu pensamento esta confuso ...
A organizac;ao textual depende de ideias conexas - a coerencia - e de
palavras intimamente conectadas - a coesao. Coerencia e a relac;ao
estabelecida entre as partes do texto, de modo a criar unidade de senti-
do. Coesao e a relac;ao e a conexao entre palavras, express5es ou frases
no texto.
Coesao
Considera-se coeso 0 texto que apresenta:
a) um termo anteriormente citado na frase, nao repetido, mas apenas
indicado por meio de palavra gramatical (apoio de frase, palavra
sem sentido proprio), como pronomes (possessivo, demonstrativo,
relativo ou pessoal), adverbios (ou locuc;5es, como nesse momenta,
la, naquele dia) e/ou numerais.
• A vitima foi levada ao pronto-socorro e, la, foi atendida pelo plan-
tonista, que, nesse momento, verificou a extensao do danGprovo-
cado pela perfitrar;ao da bala.
Nesse exemplo, lei e a forma de retomar 0 local onde se passa 0 fato;
nesse momenta e a retomada do tempo em que ocorre a ac;ao.
b) retomada de uma ideia anterior por meio de palavra lexical (aquela
que tem sentido proprio), como substantivos, adjetivos e verbos.
Nesse caso, recorre-se ao usa de sinonimos, hiperonimos (termos
mais generic os de uma especie), hiponimos (termos mais restritos de
uma especie) ou antonomasias (formas de referencia a alguem por
meio do destaque de uma de suas qualidades ou defeitos), para evi-
tar a repetic;ao da mesma palavra.
• A mesa central era de marmore, um movel
pes ado e valioso.
• A ministra (I) desembarcou em Londres, pri-
meira etapa de sua viagem, onde a representan-
te do governo alemfio (1) devera fazer um pro-
nunciamento (2) aos membros do Parlamento
e, nessa ocasifio (2), sera homenageada pela
rainha da lnglaterra.
• Jorge Amado recebeu homenagem postuma na
Academia Brasileira de Letras. 0 mais conhe-
cido de nossos escritores teve seus livros tradu-
zidos para mais de 40 idiomas no mundo.
c) usa de conectores (palavras de ligac;ao entre ora-
c;5es ou entre segmentos de uma mesma orac;ao).
Nesse caso, as relac;5es estabelecidas podem ser
de causa, condi~ao, consequencia, grada~ao, finalidade, contra-
di~ao, conclusao, dentre outras. Esses elementos aparecem na ora-
c;ao para estabelecer uma relac;ao adequada ao sentido.
• 0 juiz indeferiu 0 pedido, pOl'que 0 considerou inadequado e mal
formulado. (causa)
• A policia prendeu os assaltantes, porhn nao recuperou ainda 0
produto do roubo. (oposic;ao)
• 0 juiz considera os elementos da petir;ao suficientes e, pOl'tanto,
acatou-a. (conclusao)
• A ar;aosera executada ainda que restem elementos contraditorios.
(concessao)
• Um caso intrincado, isto e, com tantos elementos a serem cons ide-
rados... (explicac;ao)
• Os reus sao acusados de dois crimes: latrocinio e estupro. (exem-
plificac;ao)
• A equipe, ou melhor, a quadrilha e acobertada por um menor de
idade. (retificac;ao)
• A familia pleiteava a reintegrar;ao de posse, quando teve inicio a
nova invasao. (tempo)
• 0 divorcio fora requerido na mesma vara em que corria 0 proces-
so de ador;ao. (lugar)
• Em seguida, foram iniciadas as sessoes de conciliar;ao entre as
partes. (ordenac;ao)
• A menos que 0 empregado receba as horas trabalhadas, a ar;ao
prosseguira. (condic;ao)
• Todos os esforr;os serao destinados a (= para) repor as perdas
salariais. (finalidade)
Coerencia
A coerencia de um texto depende de contextualizac;ao e de conheci-
mento de mundo, elementos indispensaveis para 0 entendimento do
sentido daquilo que 0 emissor quer comunicar ao receptor da mensa-
gem. Observe nesta frase, passivel de duas interpretac;5es, 0 sentido
atribuido, con forme 0 contexto em que seja proferida:
• Hoje, eu, 0 rei, convido todos a comparecer em massa, para assis-
tir ao massacre de Israel.
Se essa frase tivesse sido assinada pelo imperador Tito, referindo-se
ao ataque a Israel ocorrido no ana 70 d.C., sua interpretac;ao conduziria
a um momenta historico totalmente diverso daquele que se poderia con-
siderar se a mesma frase tivesse sido dita pelo "Rei" Pele, referindo-se
a um jogo de futebol entre Brasil e Israel realizado em uma data qual-
quer de nos sa epoca.
A coerencia deve ser interna (em relac;ao ao texto)
e extern a (em relac;ao ao mundo). Diz-se que ha coe-
rencia interna quando as referencias textuais sao ade-
quadas ao que se quer dizer.
Este Resumao destina-se tam-
bem as pessoas que sentem difi-
culdades em redigir um texto
formal. Embora 0 titulo seja
Portugues Juridico, sao apresen-
tados aqui outros textos formais,
alem dos juridicos, como mode-
los de correspondencia - oficial
e comercial -, para situac;5es em
que seja igualmente necessaj'io
escrever COITI adequac;ao e pro-
priedade. Seu usa e util, ainda,
para pessoas que se preparam
para prestar concursos publicos.
Sao exemplos de incoerencia interna:
• A crianr;a, que era orffi, abrar;ou carinhosamente
seus pais.
• No quarto, jazia no leito de morte a linda criatu-
ra, que exalava vida pelos poros.
Sao exemplos de incoerencia externa:
• () Brasil nao fechou 0 acordo comercial com seu
vizinho Japfio.
• Em suas negociar;oes com Angola, 0 primeiro-
-ministro alemfio aceitou as condir;oes de seu com-
panheiro de Mercado Comum Europeu.
a) SaIto narrativo - Defeito na narrayao que "foge" ou "pula" infor-
mayao que atenderia a verossimilhanya que 0 texto deve apresentar.
• Joao, que e cego de nascem;a, viu e reconheceu seu agressor.
• A empresa em regime pre-falimentar acabou de adquirir uma
nova frota de caminhoes de transporte pela bagatela de 2 mi/hoes
de dolares.
b)Argumental;ao falaciosa - Defeito contido em urn argumento que
desconsidera as relayoes logicas do raciocinio.
• 0 craque do valei rebateu a bola com as duas miios,ja que e anfibio.
• Dinheiro nao e tudo, e apenas 1DO%.
• Todo ser humano e mortal. A formiga e mortal e, portanto, ela e
tambem um ser humano.
c) Incoerencia temporal - Perda de vista do elemento que daria ao
texto a informayao relativa a temporalidade dos fatos narrados.
• Tiio logo 0 juiz proferiu a sentenr;afinal, a denuncia foi acolhida.
• Diante de provas inquestionaveis produzidas durante 0 processo,
a vitima joi assassinada.
d) Incoerencia espacial - Falta de relayao com a localizayao a que se
refere.
• 0piloto do aviao anunciou a aterrissagem sobre as aguas calidas
do Oceano Atlantico.
• A mesa estava posta para 0 cafe-da-manha: sobre a toalha bran-
ca, pi/has de tijolos e um saco de cimento, atem de duas barras de
gelo e de um casaco de inverno.
e) Incoerencia linguistica - Perda de referencia quanta ao destinatario
da mensagem, seja pelo emprego inadequado de tratamento a ele
dirigido, seja pelo vocabulario em uso.
• VossaMajestade tem sido muito magnanima com seus suditos, mas
nao se manca com seus filhos.
• Meu filho, agora que voce completou 5 aninhos, mamae vai lhe
explicar como funciona a isonomia entre os poderes pitblicos
constituidos.
ARGUMENTA~Ao
Ouvi dizer que, para quem deseja tornar-se um orador consumado, nao se
torna necessario um conhecimento perfeito do que e realmentejusto, mas,
sim, do que parece justo aos olhos da maio ria, que e quem decide, em ,"ti-
ma instdncia. Tampouco precisa saber realmente 0 que e bom ou belo, bas-
tando-Ihe saber 0 que parece se-Io, pois a persuasao se consegue nao com a
verdade. mas com 0 que aparenta ser verdade. (Fedro)
Quem produz urn texto procura persuadir seu leitor (ouvinte) sobre
suas ideias, de modo a faze-Io crer naquilo que quer que seja aceito
como verdade. A persuasao e urn genero e implica a tria officia, como
a denominava Cicero, pois comporta tres modos distintos de se realizar:
a) pelo convencimento (cum + vincere) - convencer 0 opositor por
meio de provas logicas, que podem ser: I) indutivas (os exemplos);
2) dedutivas (argumentos);
b) pela comoyao (cum + movere) - persuadir pela forya do corayao,
pois, exercitando a afetividade, a vontade arrasta 0 intelecto a aderir
ao ponto de vista do emissor;
c) pela seduyao (delectare = deleitar, causar prazer, seduzir) - seduzir
pela palavra. :E a arte da retorica.
Segundo Aristoteles, retorica e a arte de persuadir, mas Quintiliano
(sec. I) contesta essa definiyao, ao explicar que nem todo discurso per
suade e que muitas outras "coisas" alem do discurso retorico persua-
dem, como 0 dinheiro, 0 poder e a virtude.
Falar bem ou convencer? Eis a duvida de quem busca formas que lhe
permitam preparar-se bem para uma exposiyao argumentativa, seja essa
realizada por meio da escrita ou oralmente. Nao ha como negar a sedu-
yao que exerce urn born escritorlorador.
Toda argumentayao se expoe pc r meio de elemcntos que devem ser
organizados em tome de urn obje ivo especifico, (U seja, dependendo
do modo como se organiza 0 discurso e tendo em vista uma finalidade,
consegue-se persuadir 0 interlocutor/lei tor. Desse modo, argumentar e
preciso, mas ha diferentes tipos de argumento:
a) Argumento ad auctoritatem -:E 0 apelo ao respeito de uma autori-
dade de certo dominio do saber para corroborar uma tese, como no
caso do advogado que se apoia em juristas famosos e em jurispru-
dencia a fim de ratificar sua tese. Exemplo: A reforma tributaria e
premente em nosso pais, conforme aponta Ives Gandra Martins. Ra
que se cuidar contra 0 argumento da falsa autoridade presente na
midia: urn esportista que recomenda 0 usa de determinado medica-
mento ou urn ator que recomenda este ou aquele curso universitario,
diferentemente do que ocorre com a "autoridade" de urn notorio cer-
vejeiro que recomenda certa marca de cerveja para consumo.
b) Argumento ad judicium - :E a referencia ao senso comum que dis-
pensa comprovayao Por ser evidente ou universalmente aceita, como
em: 0 todo e sempre maior do que a parte ou A educar;ao e a base
do desenvolvimento. 0 grande problema de usar esse tipo de argu-
mento e 0 recurso a chavoes e frases feitas, como ocorre nas frases
o brasileiro e indolente ou So 0 amor constroi, as quais podem vei-
cular preconceitos ou ate "verdades questionaveis".
c) Argumento baseado em prova concreta - :E a forma argumentati-
va mais forte, pois pode "derrubar" as demais, ja que "contra fatos
nao ha argumentos". Citam-se como argumentos desse tipo cifras,
fotos, dados estatisticos e ate a propria R lstoria, como na frase: Hugo
Chavez perdeu 0 plebiscito por uma diferenr;a de 8% dos votos.
Roje, diante do desenvolvimento da tecnologia, que propicia altera-
yao na imagem, as fotos saDrecursos argumentativos questionaveis.
d) Argumento baseado em raciodnio 16gico - Consiste na relayao
entre as proposiyoes de urn discurso, quais sejam: as de causa-con-
sequencia, as de finalidade ou as expressas em outros elementos
conectores (veja 0 topico "Coerencia ").
e) Argumento da competencia linguistica - :E 0 usa efetivo de recur-
sos retoricos, tendo em vista que 0 ate de bem falarlescrever e urn
forte elemento persuasivo, uma vez que 0 modo de dizer algo da con-
fiabilidade aquilo que se diz. Cheirar cola podera passar para 0
sangue um monte de drogas, sem nor;ao do prejuizo que isso da.
Compare com: Ao cheirar cola, 0 usuario da droga podera receber
na corrente sanguinea solur;oes de glicose, vitamina C, produtos
aromaticos - tudo isso sem saber dos riscos que corre pela entrada
s~tbita desses produtos na circular;ao.
Para utilizar qualquer tipo de argumento - sempre em consonancia
com 0 objetivo de seu proposito -, voce deve atentar para dois outros
componentes de sua organizayao textual: os pressupostos e os subenten-
didos que poderao estar contidos em seu arrazoado.
Entende-se por pressuposto uma ideia que, embora nao esteja expli-
citamente contida em seus argumentos, decorre logicamente do sentido
de certas palavras/expressoes utilizadas. Observe estes exemplos:
• A empresa X perdeu outra ar;ao indenizatoria movida por ex-taba-
gistas lesados pelo cigarro.
o pronome outra e urn pressuposto de que ja havia ocorrido uma
ayao semelhante contra a mesma empresa.
.0 segundo marido dela morreu no vao 910.
Ra dois pressupostos: a) ela foi casada pelo menos duas vezes; b) seu
segundo marido ja faleceu, mas nao se sabe 0 que houve com 0 primeiro.
Veja algumas palavras que podem ser indicadoras de pressupostos:
• Adjetivos - Retomando 0 exemplo anterior, a informayao implicita
sobre 0 estado civil e dada pelo usa de segundo.
• Verbos que indicam mudanl;a ou permanencia de estado - A frase
Joao permanece detido na 41." DP, por exemplo, significa que loaD
estava e continua detido no mesmo lugar.
• Verbos que indicam urn ponto de vista sobre urn fato expresso por
seu complemento - Se a afirmayao contida no objeto for negada,
nega-se tambem a ayao verbal, como em 0 juiz considera que taisJatos
Resumao Juridico
nilo silo relevantes. Aqui, nao se trata de reconhecer a relevancia ou nao
dos fatos por outrem, mas de aceitar (ou nao) a avaliaC;;aodo juiz.
• Alguns adverbios - 0 uso de urn adverbio pode comprovar, negar ou
modificar uma afirmaC;;ao. Em A prodw;ilo agricola do pais esta
totalmente nas rnilos de produtores brasileiros, 0 adverbio totalmen-
te implica que nao ha produtores rurais que nao sejam nativos.
• Certas conjun.;oes - Pode ocorrer de uma frase, tal como enuncia-
da, deixar implicito urn julgamento contnlrio ao que a conjunc;;ao
introduz. Na frase 0 advogado cursou a Faculdade Z, embora tenha
aprendido rnuito e seja urnorador brilhante, 0 uso de embora contra-
diz a expectativa de que alguem que tenha frequentado a Faculdade Z
seja born, ja que ela e considerada muito ruim.
Subentendido e uma insinuaC;;ao ou urn entendimento implicito a res-
peito de algo que se diz, sem, contudo, trazer marcas linguisticas claras
para tal. Por exemplo: uma pessoa que esperava ser promovida nao 0
foi. Encontrando-se com a que ocupou 0 cargo esperado, diz que,
naquela empresa, 0 merito e a dedicaC;;ao nao sao levados em conta. Se
o outro perguntasse se estava sendo acusado de nao ter merito nem
dedicaC;;ao, 0 preterido diria que nao, que falara de forma generica e que
o caso dele era uma exceC;;ao.Veja que 0 subentendido "diz" sem dizer
explicitamente. 0 emissor pode esconder-se atras do sentido literal das
palavras e negar que tenha dito algo de forma subentendida.
CORRESPONDENCIA *
Correspondencia e 0 ato de se dirigir a outra pessoa por meio de urn
texto escrito - seja com finalidade comercial, oficial ou familiar - e
demanda igualmente muito cuidado, pois pode comprometer 0 emissor,
caso ele nao saiba como se dirigir ao destinatario ou como tratar clara-
mente de urn assunto e resultar em prejuizos comerciais, sociais ou legais.
E preciso atenc;;ao ao enderec;;ar a correspondencia, utilizando 0 pro-
nome de tratamento correspondente ao cargo que a pessoa ocupa, po is
nao se pode subestimar nem supervalorizar cargos e pessoas; trata-se de
urn erro imperdoavel - evite-o. Veja alguns pronomes de tratamento
mais us ados em correspondencia:
Forma vocativa Forma de
Cargo/titulo (como chamar tratamento
a pessoa) (formade se
referir a pessoa)
Presidente da Republica, Excelentfssimo Sua Excelencia
governadores, prefeitos municipais, Senhor,Vossa
embaixadores, ministros de Estado, Excelencia
senadores, deputados (federais e
estaduaisl, desembargadores,
presidentes de tribuna is,
de empresas e de autarquias
Vereadores, marechais, almirantes, Vossa Senhor
brigadeiros e generais Excelencia
Outras patentes militares Vossa Senhoria Senhor
Juizes de Direito Meritfssimo Senhor, Sua Excelencia
Vossa Excelencia
Papa Vossa Santidade Sua Santidade,
Santfssimo
Reitor de universidade Vossa Magnifico Reitor
Magnificencia
Chefe das casas Vossa Senhor Chefe
Civil e Militar Excelencia da Casa
Diretores de empresas e de Vossa Senhoria Senhor
autarquias, medicos, chefes
de setores, professores, etc.
Carta comercial
E enviada de uma pessoa fisica para urna pessoa juridica (ou vice-versa)
e de uma pessoa jmidica a outra ou a urn orgao publico.
Ao escrever uma carta comercial, use palavras objetivas e sem afeta-
c;;ao, de modo a causar boa impressao, mas sem dar ao destinatario a
sensaC;;ao de que sua correspondencia e muito mais importante do que a
de outras pessoas. Utilize express5es que revelem sua objetividade, po is
se deve partir do pressuposto de que ninguem tern hoje muito tempo a
perder com informac;;5es desnecessarias. Limite-se a escrever essencial-
mente aquilo que motivou sua escrita, ou seja, desapegue-se de chav5es
ou de pieguismos superfluos.
EXPRESSOES QUE,
EMBORA MUlTO USADAS, DEVEM SER EVITADAS
Expressoes condenadas para Substituir por
Venho por meio desta so/ieitar .
Servimo-nos da presente para .
Vimos pe/a presente ...
Por intermedio desta, so/ieitamos ...
Acusamos 0 recebimento de seu
prezado pedido ...
Chegou-nos as maos ...
Esta (ou Encontra-se) em nosso poder ...
Venho por intermedio desta informar...
Vimos atraw!s desta ...
(Obs.: 0 adverbio atraves deve ser
usado somente com 0 sentido exato de
"de um lado a outro" ou
"pOl' entre dois pontos". Jamais 0 use
no lugar de por meio de)
Inicie a correspondencia
indicando sinteticamente sua
finalidade, sem a necessidade
de explicar que voce escreve para
tal fim, reduzindo toda a
expressao a um unico verbo.
Ex.: Solieitamos, Recebemos,
Encaminhamos, /nformamos,
Convidamos, etc.
Sem mais, para 0 momento ...
Na certeza de contarmos com
sua preeiosa co/aborar;ao,
subscrevemo-nos .
Com muito aprer;o .
Nossa mais elevada estima e
considerar;ao ateneiosa ...
Nossos protestos de elevada estima
e considerar;ao...
Subscrevemo-nos com todo aprer;o
Encerre a correspondencia sem 0
usa de express6es de falsa
modestia e de bajula~ao,
reduzindo as express6esao lado a:
- Atenciosamente- quando seesta
oferecendo algo e, assim, se
declara a disposi~ao do
destinatario com sua aten~ao; ou
- Cordia/mente - em outras
situa~6es, quando nao se oferece
nada e, simplesmente, se
encerra a carta.
FORMA FislCA DA CARTA COMERCIAL
Quando uma pessoa juridica destina correspondencia a outra, 0 mais
comum e 0 usa de papel timbrado, evitando-se, assim, 0 excesso de
informac;;5es a respeito da empresa emissora no corpo da carta. No
entanto, quando se trata de correspondencia emitida por pessoa fisica
(sem uma logomarca), e necessario que 0 emissor se identifique no fim
da correspondencia, considerando 0 tipo de informac;;ao necessaria ao
contexto. Esse tipo de correspondencia tern uma distribui<;ao espacial
muito peculiar:
No alto, a esquerda, escreva a data.
Sao Paulo, 21 de janeiro de 2008.
Nao se esque<;a de:
a) deixar 0 nome do mes sempre em letra minuscula,
pois nao e considerado substantivo proprio em portugues;
b) colocar 0 ponto no fim da data.
Destinatario (completo)
Aqui se coloca 0 nome da empresa completo, inclusive
a localidade.
Prezados Senhores:
Use neste local 0 vocativo* correto, ou seja, 0 nome do
destinatario. Recorra a expressao acima somente se nao
souber quem e 0 destinatario, como no caso de
carta enviada a uma empresa quando sua hierarquia
for desconhecida.
Inicie a carta com paragrafo
Hoje e comum usar tambem a forma de paragrafo
americano, que consiste em dar espayo maior entre 0
fim de um paragrafo e 0 comeyOde outro, iniciados a
esquerda, sem 0 espayo destinado a marca do paragrafo.
Lembre-se de nao escrever muitos paragrafos,
Iimitando-se ao essencial. Afinal, nao se trata de
bate-papo com amigos.
Fecho
Como exposto no topico anterior.
Atenl;iio: nunca faya Iinha para a assinatura, pois se
presume que 0 emissor saiba escr~:versem necessidade de
demarca<;ao de espa<;o.Ha necessidade de centralizar as
informa<;5es sobre 0 emissor, logo abaixo da assinatura.
Assinatura
Fulano de Tal
Cargo
* Vocativo e 0 chamamento, ou seja, a maneira como se
chama a aten<;aoda pessoa com quem se vai estabelecer
a comunica<;ao.
E urn pedido especial endere<;adoa uma autoridade, com 0 obje-
tivo de obter algo que se entende como direito do emissor. A
caracteristica principal e a impessoalidade - 0 emissor deve se
colocar em 3: pes soa e nunca usar "eu" ou "nos". A formata<;ao
obedece rigorosamente a esta ordem:
No alto da pagina, ocupando todo 0 espa<;oda La Iinha,
vai 0 vocativo, destacando-se a fun<;aoantes do nome
da autoridade a quem se destina.
I1ustrissimo Senhor Diretor do Departamento Estadual de Transito,
Dr. Fulano de Tal.
Deixa-se obrigatoriamente espayo correspondente a
7 Iinhas duplas, destinadas a reparti<;aorecebedora,
para que seja ali registrada, com 0 carimbo adequado,
a entrada do documento, com data e assinatura do
recebedor, de modo a permitir ao interessado obter
o comprovante de entrega com dados iguais.
Esse procedimento e obrigatorio, pois 0 requerente tern 0
direito de obter uma resposta ao que solicitou - ainda que
seja para comunicar a negativa de seu pedido - no
prazo de 15 dias uteis, contados a partir da entrega,
tal como registrado no carimbo do protocolo.
Fulano de Tal, documento de identidade n.o 22222-22, * requer
a expedi<;ao de segunda via de sua Carteira Nacional de
Habilita<;ao de n.O88888, por ter sido vitima de furto de seus
documentos pessoais.
* A identifica<;ao deve fornecer dados suficientes e
pertinentes a situa<;aorequerida: se 0 requerimento
for dirigido ao Detran, os dados de interesse sac aqueles
destinados a identificar 0 condutor ou 0 veiculo;
se for dirigido a urn banco, e precise especificar 0
numero da conta e 0 nome da agencia
onde 0 requerente e correntista e assim por diante.
Localidade, data.
Assinatura
Nao e necessario colocar dados do emissor abaixo,
pois se sabe quem e, pela identifica<;ao ja apresentada no
corpo do requerimento.
Como 0 proprio nome sugere, e uma comunica<;ao interna e de
pequena extensao destinada a veicular informa<;oespara membros
de uma empresa ou de uma equipe, com a finalidade de lembrar
e/ou comunicar fatos. Nao se trata de texto que exija formalidades
em sua reda<;ao,embora esse nao deva conter erros (pois desvalo-
rizam seu autor) nem ser informal demais.
A estrutura de urn memoranda deve ser constituida tal como se
ve no modele a seguir.
N.Odo memoranda
(no canto esquerdo)
Data
(opcional, no canto direito)
De: Departamento de Direito Penal
Para: Departamento de Direito do Trabalho
Em virtude de mudan<;a do local de protocolo de a<;oes iniciais,
situado no 1.0 andar do Forum Joao Mendes, solicito que os esta-
giarios se dirijam a esse local somente depois de terem coletado
nos diversos setores desta empresa todos os documentos a serem
protocolados.
Atenciosamente,
Nome
Cargo
Atenl;iio: por ser uma correspondencia sem muita
formalidade, 0 memoranda deve ser escrito como nesse
exemplo, sem margens nem paragrafos especiais: tudo e
escrito na mesma dire<;aoe sem destaques.
Ao contrario das correspondencias anteriormente descritas, 0
oficio e uma correspondencia cerimoniosa enviada de urn orgao
publico para outro ou para umaempresa. Sua finalidade e solici-
tar, convidar ou oferecer algo oficialmente, ou seja, a mensagem e
assinada por uma autoridade desse orgao e endere<;adaa outra pes-
soa de igual nivel hierarquico.
Pode tambem, excepcionalmente, ser endere<;ada a uma pessoa
fisica, embora essa nao possa responder em forma de oficio; a res-
posta, nesse caso, sera em carta comercial.
A distribui<;ao de espa<;osno corpo do texto deve ser rigorosa-
mente observada como a seguir:
Oficio n. _107 (A numera<;ao come<;aacada inicio de ana a
partir do numero llano, sem indica<;aodo mes, ja cilldo lla cbL .'
Interessado: Juiz Presidente do STJ (Nome da empresa/orgiio
a quem se destina.)
Assunto: Convite para posse de novo Juiz Titular (Sintese clara
sobre 0 que sera tratado no texto a seguir)
Excelentissimo Senhor Presidente, ... (Vocativo, lembrando de
respeitar convenientemente os cargos e hierarquias, com seus
respectivos pronomes de tratamento - veja lista na pag. 3.)
Corpo do texto, lembrando que autoridades tern pouco tempo
para ler textos longos - observe a clareza e a concisao.
Temos 0 prazer de convidar Vossa Excelencia para a cerimonia
de posse do Desembargador neste Tribunal de Justiya, Juiz
Deodoro da Costa e Souza, a ser realizada no dia II de maryo de
2008, nesta casa, as 16 horas.
Antecipamos nossos agradecimentos pela atenyao e por sua
honrosa presenya.
Cordiais saudayoes,
Pedro de Alcantara de Castro
Desembargador Presidente do TJ/SP
Para
Dr. Carlos Castro de Sampaio
Dignissimo Juiz Presidente do Superior Tribunal de Justiya
Brasilia - DF
Os dados desse endereyamento sao os mesmos que vem
no envelope que contem 0 oficio. Ao contrario da carta
comercial, 0 destinatario vira no fim do texto, a
esquerda, na mesma direyao da assinatura do emissor.
E 0 ato legal de designar uma pessoa como sua procuradora e
que, como tal, toma a si uma incumbencia que Ihe e destinada, ou
seja, urn mandante atribui a urn mandatario uma incumbencia.
Pode-se designar uma pessoa sua procuradora mediante procurayao
particular - aquela em que se designa alguem para realizar atos par-
ticulares em nome de outrem. Nesse caso, e necessario qualificar
(oferecer dados pessoais completos) 0 mandante e 0 mandatario,
alem de ser obrigatario especificar a que finalidade ela se destina.
Essa procurayao deve ter a firma do mandante reconhecida.
Por este instrumento particular de procurayao, eu, _
______ (nome do/a mandante), portador(a) da cedula de
identidade RG n.D , inscrito(a) no CPF/MF sob
o n.D , residente e domiciliado(a) nesta Capital
na (endereyo), nomeio e
constituo como meu (minha) bastante procurador(a) o(a) Sr.(a)
_______________ , portador(a) da cedula
de identidade RG n.D , inscrito(a) no CPF/MF sob
o n.D , residente e domiciliado(a) nesta Capital,
na (endereyo), ao (a) qual con-
firo os mais amplos e gerais poderes para 0 fim especifico de tra-
tar de pendencias em meu nome junto a Secretaria da Fazenda do
Estado de Sao Paulo, podendo, para tanto, requerer, assinar papeis,
pagar valores, receber e emitir documentos, concordar ou nao com
o que se faya necessario, para esse fim e tudo mais que seja neces-
sario para 0 born e fiel cumprimento do presente mandato.
Paralelamente a essa modalidade de procurayao, hit tambem a
procura«;ao adjuditia, na qual urn mandante constitui urn advoga-
do para mover uma ayao em seu nome. Nesse caso, por ser urn
documento da ayao, e dispensavel 0 reconhecimento da firma, mas
nao se pode prescindir dos mesmos dados de qualificayao das par-
tes, bem como do fim especifico a que se destina, nomeando cor-
retamente a ayao judicial.
Karina Pessoa dos Santos, brasileira, separada judicialmen-
te, medica, portadora da cedula de identidade RG n.D
178.600.090-8 - SSP-SP, inscrita no CPF/MF sob n.D
125.376.078-4, residente e domiciliada na Alameda dos Tupis,
n.D 256, Indianapolis, na Capital do Estado de Sao Paulo,
nomeia e constitui sua bastante procuradora Ana Teresa de
Santana, brasileira, casada, advogada, inscrita na Ordem dos
Advogados do Brasil, Secyao de Sao Paulo, sob 0 n.D 178.954 e
no CPF/MF sob 0 n.D 288.899.800-87, com escritario na Rua
Teresa de Souza, n.D 446, Jardim das Palmas, CEP 99541-100,
em Sao Paulo, Estado de Sao Paulo, a quem confere todos os
poderes da clausula ad juditia et extra, notadamente no que se
refere a sua representayao perante autoridades estaduais, fede-
rais e municipais, judiciais e administrativas, podendo, para
tanto, transigir, desistir, reconvir, fazer acordos e conciliar, bem
como representar a outorgante em audiencias, firmar compro-
missos, assinar documentos e substabelecer a outrem com ou
sem reserva de poderes, com fim especifico para ayao judicial
de Divarcio, a ser interposta perante uma das Varas Civeis da
Cidade de Sao Paulo.
E 0 ato pelo qual 0 advogado, previamente constituido pela(s)
parte(s), aciona 0 Poder Judiciario, a fim de pedir 0 que e de direi-
to de seu cliente.
A petiyao deve atender aos requisitos legais contidos no Cadi go
de Processo da area a que se refere a ayao, seja essa civil, traba-
Ihista, penal, comercial, tributaria ou de outra natureza.
Formalmente, veja como fazer uma petiyao:
No alto da pagina deve constar 0 vocativo (todo
em maiusculas e observando atentamente os pronomes de
tratamento a serem usados), que deve atender a
competencia do juizo ao qual se destina. Caso
a competencia seja inadequada, a ayao sera considerada
inepta. Abaixo do vocativo, e necessario deixar espayo
de sete linhas para 0 protocolo de recebimento.
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE
DIREITO DA a VARA DE FAMILIA E SUCESSOES
DO FORUM CENTRAL DE SAO PAULO.
A qualificayao do interessado deve ser claramente
enunciada, nesta ordem: nacionalidade, estado civil,
profissao, documento de identidade,
inscriyao no Ministerio da Fazenda (CGC ou CPF),
endereyo e domicilio.
PAULO CANARIO, brasileiro, separado judicialmente, banCa110,
portador da cedula de identidade RG n.D 12.221.144-6 - SSP-Sp,
inscrito no CPF/MF sob 0 n.o 234.488.598-93, residente e domiciliado
na Alameda Campinas, nO 3.221, ap. 61, Jardim Paulista, Sao Paulo-
SP, e NAIR RosARIO DE OLIVEIRA, brasileira, enfermeira, sepa-
rada judicialmente, pOItadOIa da cedula de identidade RG nO
27.655.322-8 - SSP-SP, inscrita no CPF/MF sob 0 n.o 205.371.578-24,
residente e domiciliada na Rua Maria Massad, nO 270, Sao Paulo - SP,
pOI seu advogado (doc. n.o 0 I e 02) vem a presen<;a de Yossa
Excelencia promover a
o nome da a<;aoimpetrada deve ser claramente enunciado,
sob pena de ser anulada, caso nao fique clara ou adequada
ao que se pleiteia. (Observe os espa<;osantes e depois de seu
titulo, destacado tambem com maiusculas.)
CONVERSAO DE SEPARA<;:AO CONSENSUAL
EM DIVORCIO CONSENSUAL
E indispensavel que a fundamenta<;ao legal seja bem
detalhada e especifica para 0 caso.
Com fundamento nos artigos 24 e 25, paragrafo unico, da Lei
6.515/77, combinados com 0 artigo 1.580, caput e paragrafo 1.0, do
Cadigo Civil Brasileiro, pelas raz5es de fato e de direito adiante articu-
ladas, expondo e, ao final, requerendo 0 quanta segue:
,
Atenl;ao: toda a exposi<;aodas partes a seguir deve ser feita
em ordem numerica crescente e em algarismos romanos
(lembre-se de que os numerais saGlidos como ordinais apenas
,quando antecedem 0 substantivo e, no caso dos algarismos
romanos, apenas ate 0 X - dez - e lido dessa mane ira, sendo
os numerais maiores lidos como cardinais). De espa<;oantes
e depois de iniciar a enumera<;aodos fatos. Observe, sobretudo
nessa parte, a clareza, a objetividade e a concisao e respeite
rigorosamente a cronologia e a progressao do que se exp5e.
Os Requerentes se casaram, aos doze de julho de mil novecentos e
oitenta e oito, na cidade de Sao Paulo (SP) e adotaram 0 regime de
Comunhao Parcial de Bens, no Cartario de Registro Civil das Pessoas
Naturais do 28.0 Subdistrito, Indianapolis (SP), livro B,as fls. 344, sob
o nO 302, conforme a certidao de casamento (doc. nO 03).
Foi averbado, conforme Mandado datado (0611211998) do MM.O Juiz
de Direito da 8.a Yara Civel da Comarca (SP), Processo n.o 05.5466-5 e,
por senten<;adesse mesmo Juizo, datada de 29/0611997, que transitou
em julgado, foi homologada a SEPARA<;:AO CONSENSUAL dos
Requerentes, tendo passado a separanda a assinar seu nome de solteira,
NAIR RosARIO DE OLIVEIRA (doc. n.o 04).
E indispensavel organizar provas/documentos anexos,
a medida que san citados no corpo da peti<;ao,numerando-os
em ordem crescente. Novamente, observe espa<;oantes
e depois da especifica<;ao deste item.
Importa observar a concisao nesta exposi<;ao,visto que
o juiz ja conhece a legisla<;aoe nao precisa de esclarecimentos
superfluos sobre ela.
Preceitua 0 artigo 226, § 6.0, da Constitui<;ao Federal e artigo 1.580,
§ 1°, do Cadigo Civil Brasileiro, que cumpre transcrever:
"Decorrido um ana do tninsito emjulgado da sentenr;a que
houver decretado a separar;aojudicial ou da decisao conces-
siva da medida cautelaI' de separar;aode COl-pOS,qualquer das
partes podera requerer sua conversao em divorcio.
§ 1.0 - A conversao em divorcio da separar;aojudicial dos
conjuges sera decretada pOl' sentenr;a, da qual nao constara
refenincia a causa que a determinou ".
Durante 0 casamento, os Requerentes nao adquiriram nenhum bem
mavel ou imavel.
o pedido deve ser cuidadosamente explicitado, para que 0 juiz
o acolha, visto que a legisla<;aonao [he permite conceder algo
que nao seja claramente mencionado nessa parte do texto
- dai a necessidade de clareza mais uma vez e, sobretudo,
nao presuma que esta 6bvio aquilo que se pleiteia.
Diante do exposto, os Requerentes pleiteiam a CONVERSAO DA
SEPARA<;:AO CONSENSUAL EM DIVORCIO CONSENSUAL,
com seus consequentes efeitos.
Igualmente, requerem a esse DIGNO JUiZO seja dada ciencia da
presente A<;aoao MINISTERIO PUBLICO, requerendo, ao final, se
digne esse DOUTO JUiZO julgar procedente 0 pedido, decretando 0
div6rcio direto do casal.
Finalmente, requerem que, ap6s 0 cumprimento das formalidades
legais, seja expedido 0 competente mandado de averba<;aodo div6rcio,
a fim de que seja oficiado 0 Cart6rio de Registro Civil das Pessoas
Naturais, para os respectivos fins.
Atribui-se a causa 0 valor de R$ 1.000,00 (ummil reais), para efeitos
fiscais.
Termos em que
Pede deferimento.
Angela Maria Campos de Castro
OAB/SP n.O 76.950
•Barros, Fischer & Associados
Resumio Juridico AlenyaoE expressamenle
proibida a reprodu-
980 total ou parcial
do conteLido desta
publica9ao sem a
previa autoriza9ao
do editor.
Conselho edilorial: Marcos Antonio Oliveira Fernandes,
Andrea Barros e Flavio Barros Pinto,
Auloras: Ana Maria Pierossi Godoy, rnestre em Lingua Portuguesa
e advogada; Dalila Maria Pereira Lemos, doutora e docente em
Linguistica e Lingua Portuguesa.
Arle: Claudio Scalzite e Mauricio Cioffi
Revisao: Paulo Roberto Pompeo
Resumao Juridico - Porlugues Juridico 1 e uma publica9aO da
Barros, Fischer & Associados Ltda,, sob licenc;a editorial das autoras,
Copyright © 2010 Ana Maria Pierossi Godoy e Daliia Maria Pereira
Lemos. Todos os dlfeitos desta ediC;aoreservados para Barros, Fischer
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Endereyo: Rua Ulpiano, 86
Lapa, Sao Paulo, CEP 05050-020
Telefone/fax: 0 (xx) 11 3675-0508
Site: www.resumao.com.br
E-mail: conlalo@resumao.com.br
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