Buscar

MARIANA SOUZA DE ALBUQUERQUE RODRIGUES - FINAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Niteroi - RJ 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
 
 
MARIANA SOUZA DE ALBUQUERQUE RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INSERÇÃO DOS DEFICIENTES AUDITIVOS NO ÂMBITO 
ESCOLAR: 
O Papel do Serviço Social Frente à Essa Demanda 
 
 
Niteroi- RJ 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INSERÇÃO DOS DEFICIENTES AUDITIVOS NO ÂMBITO 
ESCOLAR: 
O Papel do Serviço Social Frente à Essa Demanda 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, 
apresentado a faculdade de Serviço 
Social da Faculdade Estácio, para a 
obtenção do título de Bacharel em Serviço 
Social. 
Orientador: Profª. ADRIANA APARECIDA 
FERREIRA 
 
 
MARIANA SOUZA DE ALBUQUERQUE RODRIGUES 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
Curso de Serviço Social 
 
 
 
 
MARIANA SOUZA DE ALBUQUERQUE RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
A INSERÇÃO DOS DEFICIENTES AUDITIVOS NO ÂMBITO 
ESCOLAR: 
O Papel do Serviço Social Frente à Essa Demanda 
 
 
 
Trabalho apresentado à Universidade Estácio de 
Sá, como requisito parcial para obtenção do 
grau de Bacharel em Serviço Social. 
 
 
 
Banca Examinadora: 
 
 
_______________________________ 
 
Prof.ª Mestre ADRIANA APARECIDA FERREIRA 
Professora Orientadora 
 
 
_______________________________ 
 
Prof.ª Mestre TACIANA LOPES BERTHOLINO 
Professor (a) 2º membro da banca 
 
 
_______________________________ 
 
Prof.ª Drª VÂNIA C. S. CARAN 
Professor (a) 3º membro da banca 
 
 
 
 
 
 
Niteroi-RJ 
2018 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho a todos que direta 
ou indiretamente me ajudaram nessa 
caminhada e na minha formação 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
A Deus primeiramente, por estar ao meu lado me dado saúde e forças para 
não desistir nos obstáculos que iam surgindo nessa longa caminhada e por ter me 
permitido chegar até o final a Ele a minha gratidão. 
Ao meu esposo, pelo amor e apoio incondicional, que me permitiu chegar até 
aqui não me deixando desistir desse meu objetivo. Obrigada por acreditar na minha 
capacidade. 
A minha mãe, por estar sempre ao meu lado, me apoiando e orando por 
minha vida. Obrigada por ter acreditado na minha capacidade. 
A Edilene, minha professora de Libras, por ter me ajudado com essa etapa 
final, me aconselhando e orientando e por ter me feito apaixonar cada vez mais por 
essa língua que é a LIBRAS. 
A minha família e amigos que mesmo de longe me apoiaram com palavras de 
conforto e animo. 
A minha supervisora de campo, Luciene Fraga, te agradeço pela paciência, e 
por ter compartilhado a sua sabedoria nesse período de estágio e a todos os 
profissionais da equipe, que de certa forma me ajudaram também. 
Aos meus colegas de estágio, que dividiram suas angustias e vitórias nessa 
caminhada. 
Aos meus colegas da turma que estavam sempre dispostos a ajudar, 
obrigada pela paciência. 
Nessa caminhada tive pessoas que foram essenciais na minha formação, 
pessoas que me acrescentaram, não só na vida profissional como na vida pessoal. 
A todos que me ajudaram nessa caminhada, deixo a minha gratidão e 
agradecimento, pelo conforto e incentivo e por acreditar em mim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O momento em que vivemos é um momento de 
plenos desafios. Mais do que nunca é preciso ter 
coragem, é preciso ter esperança para enfrentar o 
presente. É preciso resistir e sonhar. É necessário 
alimentar os sonhos e concretizá-los dia-a-dia no 
horizonte de novos tempos mais humanos, mais 
justos, mais solidários. 
Iamamoto 
 
 
 
 
RODRIGUES. Mariana Souza de Albuquerque. A INSERÇÃO DOS DEFICIENTES 
AUDITIVOS NO ÂMBITO ESCOLAR: O Papel do Serviço Social Frente à Essa 
Demanda. 39. Trabalho de Conclusão de Curso Bacharel em Serviço Social – 
Universidade Estácio de Sá, 2018. 
RESUMO 
 
Introdução: A importância de a criança ser introduzida à cultura surda e ter acesso 
à língua de sinais logo na primeira infância, assim como uma criança ouvinte é 
introduzida de forma natural a sua língua faz toda a diferença no seu 
desenvolvimento cognitivo, na sua comunicação com os seus pais e familiares e na 
sua compreensão do mundo. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo 
demonstrar que uma criança com deficiência auditiva é capaz de se desenvolver da 
mesma forma que uma criança considerada normal, desde que seja estimulada da 
forma correta. Metodologia: A metodologia adotada nesse trabalho terá por base 
instrumentos e técnicas de investigação de caráter qualitativa, por meio de revisões 
bibliográficas da história do povo surdo, da cultura surda, das línguas de sinais e da 
educação especial. Resultados: No Brasil existe cerca de 5,7 milhões de pessoas 
com deficiência auditiva e cerca de 95% dos surdos a estrutura familiar é formada 
por surdos filhos de pais ouvintes. A importância da conscientização de que a 
criança surda se desenvolve da mesma forma que um ouvinte é importante e 
possibilita o avanço dessa família. Conclusão: Está análise leva em consideração o 
projeto ético-político do Serviço Social materializado no Código de Ética do 
Profissional e demais Leis demostrando que são as barreiras encontradas na 
sociedade ouvinte que faz com que os surdos tenham atrasos no seu 
desenvolvimento. 
 
 
Palavras-chave: Surdez. Inclusão. Língua Brasileira de Sinais. 
 
 
 
 
 
 
 
RODRIGUES. Mariana Souza de Albuquerque. The INTEGRATION of HEARING 
IMPAIRED WITHIN SCHOOL: the role of Social Service in front of this demand. 39. 
Work of Conclusion of Bachelor's degree Course in Social work – Universidade 
Estácio de Sá, 2018. 
ABSTRACT 
Introduction: the importance of the child be introduced to deaf culture and have 
access to soon sign language in early childhood, as well as a child listener is 
introduced naturally to your tongue makes all the difference in your cognitive 
development, on your communication with your parents and family and in your 
understanding of the world. Objective: this study aims to demonstrate that a child with 
hearing loss is able to develop in the same way that a child considered normal as 
long as it is stimulated in the right way. Methodology: the methodology adopted in 
this work will be based on tools and techniques of qualitative investigation, through 
bibliographical revision of the history of the deaf, deaf culture, sign language and 
special education. Results: In Brazil there is about of 5.7 million people with hearing 
impairments and about 95% of respondents the family structure is formed by deaf 
children of hearing parents. Awareness of the child's awareness is in the same way 
that listening is important and enables the advancement of the family. Conclusion: 
The ethical-political project of Socialized Service in Professional Code of Ethics and 
other demonstration laws are being developed in series that are like those that refer 
to the society that causes children to be delayed in their development. 
 
 
Keywords: Deafness. Inclusion. Brazilian sign language 
 
LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS 
ABNT 
CRAS 
NASF 
MDS 
ECA 
Associação Brasileira de Normas Técnicas 
Centro de Referencia de Assistência Social 
Núcleo de Apoio à Saúde da Família 
Ministério de Desenvolvimento Social 
Estatuto da Criança e do Adolescente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11 
1 OBJETIVOS ..................................................................................................... 13 
2 PERCURSO METODOLÓGICO ....................................................................... 14 
3 RESULTADOS ESPERADOS ..........................................................................15 
4 LIMITES E DESAFIOS IMPOSTOS AOS DEFICIENTES AUDITIVOS............ 16 
 
4.1 Língua de sinais ................................................................................................ 19 
4.2 Cultura Surda .................................................................................................... 20 
4.3 A criança surda ................................................................................................. 21 
4.4 Educação .......................................................................................................... 24 
5 PROCESSO HISTÓRICO DO SERVIÇO SOCIAL: Breves Reflexões Sobre a 
Atuação do Assistente Social no Contexto da Educação Especial .................. 266 
 
5.1 PROCESSO HISTÓRICO DO SERVIÇO SOCIAL ......................................... 266 
5.2 QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICA SOCIAL E DIREITOS ................................... 299 
5.3 A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO 
ESPECIAL.......................................................................................................... 311 
6 CONCLUSÃO ................................................................................................. 377 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 399 
ANEXOS ................................................................................................................. 411 
 
 
11 
INTRODUÇÃO 
Segundo Vygotsky (2007), é a partir das relações sociais que o homem se 
constitui, ou seja, ele se forma mediante a interação com os outros e essa é a 
mediada pela linguagem. É por meio dos processos interativos que o aprendizado 
flui com a maior facilidade e a criança surda se desenvolve em todos os âmbitos 
como o psicológico, o emocional, o cognitivo e o social. As crianças surdas, assim 
como as ouvintes, aprendem por meio de brincar, das curiosidades, do contato 
social, com a família; a aprendizagem também depende da interação delas com o 
meio e com as pessoas. Nesse sentido Góes (p. 37, 2002) afirma que “o 
desenvolvimento da criança surda deve ser compreendido como processo social, e 
suas experiências de linguagem concebidas como instâncias de significação e de 
mediação nas suas relações como a cultura, nas interações com o outro”. (Silvestre, 
2013). 
A importância da criança filha de pais ouvintes ser integrada à comunidade 
surda e ter acesso à língua de sinais logo na primeira infância, assim como uma 
criança ouvinte é introduzida de forma natural, faz toda a diferença no seu 
desenvolvimento. Se imersa desde pequena na comunidade surda essa criança 
adquire a língua materna, que no Brasil é a Libras de forma natural e terá facilidade 
de se integrar a comunidade e cultura do ouvinte, e saberá que também pertence a 
comunidade e cultura surda. (Silvestre, p. 163, 2013) 
Fernando Cesar Capovilla, afirma e comprova que a metodologia adequada 
no processo ensino-aprendizado de um surdo, deve iniciar-se com a LIBRAS. 
A libras é a língua natural do surdo, reconhecida pela Lei 10.436, de 24 de 
abril de 2002, e regulamentada pelo decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005, 
sendo assim um meio de comunicação e expressão dos surdos. 
Os profissionais envolvidos devem ter a sensibilidade nesse momento de 
descoberta da deficiência de seu filho. Os profissionais devem acompanha-los até 
que os mesmos estejam fortalecidos e confiantes para compartilhar do processo 
educacional e terapêutico. É necessário calma e paciência nas informações 
fornecidas a eles pois excesso de informações pode gerar confusão. 
Sabendo da importância dos profissionais em trabalhar com a família do 
deficiente auditivo, torna-se necessário esclarecer dois procedimentos distintos: 
 
 
12 
orientação e aconselhamento. (Oliveira 2011 p.32) 
A escolha desse tema surgiu na experiência que tive como estagiaria no 
Reame, uma organização sem fins lucrativos localizada em SG, onde uma família 
que era atendida na instituição foi observado que a mãe da criança não participava 
das atividades elaboradas na instituição e o motivo era pelo fato dessa mãe ser 
surda e a instituição não ter um intérprete de Libras, que foi solucionado depois com 
um profissional de intérprete para atende-la. Alguns pontos foram chamando a 
minha atenção, em uma visita técnica com a intérprete de Libras foi detectado que 
essa mãe não era alfabetizada em Libras e nem no português escrito e a Língua de 
sinais que ela utilizava com a filha e sua família na verdade eram sinais criados por 
eles, pois na entrevista a intérprete ia fazendo os sinais e a filha ia traduzindo pra 
mãe com os seus próprios sinais. Outra observação é que a mãe era muito 
dependente da filha, que é ouvinte. Nas atividades de geração de renda que era 
oferecido para os pais das crianças que eram atendidas no projeto, a filha faltava 
aula para dá suporte a mãe, pois mesmo com a intérprete a mãe não se sentia 
segura e era a filha que sempre fazia a leitura e respondia os questionários. 
Segundo IBGE no senso 2000, o Brasil possui 5,7 milhões de pessoas com 
deficiência auditiva ou surdez, sendo que dentre esse número, 4,6 milhões possuem 
deficiência auditiva e 1,1 milhão são surdas. Outro dado interessante é que quase 1 
milhão são crianças e jovens de até 19 anos. 
Cerca de 95% da estrutura familiar do surdo é formada por surdos filhos de 
pais ouvintes, o que dificulta essa criança na aquisição da linguagem. Acarretando 
assim, problemas sociais, emocionais e cognitivos como consequência. 
(GOLDFELD, 2002 p.45). 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
1 OBJETIVOS 
Analisar a importância da introdução da Língua Brasileira de Sinais logo na 
primeira infância com a educação bilíngue visando à garantia do pleno acesso à 
comunicação, à informação e à educação. A escola deve ser inclusiva e não 
segregada, deve incluir os surdos e os ouvintes, fazendo com que assim a 
comunicação entre eles seja de forma natural. 
Identificar a importância no desenvolvimento da criança quando introduzida 
desde pequena na sua cultura e nas Línguas de Sinais e a importância do 
Assistente Social na educação especial 
 
 
 
14 
2 PERCURSO METODOLÓGICO 
A análise desse trabalho é baseada na abordagem histórico-dialética, terá por 
base instrumentos e técnicas de investigação qualitativa de caráter descritiva, por 
meio de revisão bibliográfica de artigos, reportagens de revistas e jornais online, 
como também em livros, que apresentam reflexões sobre o tema. 
Ao iniciar uma pesquisa, pressupõe existir um problema a ser explorado como 
fonte de informação que contempla o objeto em análise. Para Minayo (2010, p. 18): 
“Toda investigação se inicia por um problema com uma questão, com uma dúvida ou 
com uma pergunta, articuladas a conhecimentos anteriores, mas que também 
podem demandar a criação de novos referenciais” 
 De acordo com Minayo (2001, p. 13): “o objeto das Ciências Sociais é histórico. 
Isto significa que as sociedades humanas existem num determinado espaço cuja 
formação social e configuração são específicas”. Segundo ela o presente é marcado 
pelas ações do passado, que seguramente é projetado para o futuro. 
 Ao se investigar um fato social são coletados dados que aparentemente dão 
sentido à pesquisa ao se observar comportamentos sociais aparentemente 
incomuns. Ao ir atrás das informações que fundamentam a pesquisa percebe-se que 
o fato existe, ou já existia, e a partir dos registros tornar-se-á dados estatísticos e 
fará parte da história social daquele lugar. 
Não é apenas o investigador que dá sentido a seu trabalho intelectual, mas 
os seres humanos, os grupos e as sociedades dão significado e 
intencionalidade a suas ações e a suas construções, na medida em que as 
estruturas sociais nada mais são que ações objetivadas. O nível de 
consciência histórica das. CiênciasSociais está referenciado ao nível de 
consciência histórica social. (MINAYO, 2001, p. 14) 
 
 Os diversos sujeitos envolvidos dão sentido a historia e nos permite confrontar 
ou confirmar fatos e dados do processo histórico. 
 
 
 
 
 
 
15 
3 RESULTADOS ESPERADOS 
 
O resultado principal dessa pesquisa é mostrar, a importância da introdução 
das Libras na educação infantil ainda na primeira infância dessa criança com 
deficiência auditiva, com o ensino bilíngue mostrando assim que essa criança é 
capaz de se desenvolver como qualquer outra criança dita “normal” para a 
sociedade. 
Oferecer uma maior visibilidade aos deficientes auditivos, mostrando que é 
possível levar uma vida normal, com suas adaptações, evidenciando a igualdade de 
seus direitos e oportunidades educacionais para todos. 
 
 
 
16 
4 LIMITES E DESAFIOS IMPOSTOS AOS DEFICIENTES AUDITIVOS 
 
Um surdo não tem como adquirir a língua falada de forma natural assim como 
uma criança ouvinte, esse processo é feito através da oralização, com um trabalho 
sistemático e formal. O oralismo requer muito empenho não só do profissional como 
também do surdo e mesmo com muito esforço de ambas as partes o surdo não 
falará como um ouvinte, de modo que só os que convivem como ele conseguirá 
entendê-lo bem. Não sendo então uma experiência que apresenta um resultado 
satisfatório. (Quadros, 2008, p. 22). 
Sacks expressa isso muito bem: 
“O oralismo e a supressão do Sinal resultaram numa deterioração dramática 
das conquistas educacionais das crianças surdas e no grau de instrução do 
surdo em geral. Muitos dos surdos hoje em dia são iletrados funcionais. Um 
estudo realizado pelo Colégio Gallaudet em 1972 revelou que o nível médio 
de leitura dos graduados surdos de dezoito anos em escolas secundárias 
nos Estados Unidos era equivalente apenas à quarta série; outro estudo, 
efetuado pelo psicólogo britânico R. Conrad, indica uma situação similar na 
Inglaterra, como os estudantes surdos, por ocasião da graduação, lendo em 
nível de criança de nove anos (...). (Quadros apud Sacks, 1990, p. 45) 
Devido às proibições do uso da língua de sinais, através do Congresso 
Internacional de Educadores Surdos ocorrido em Milão, na Itália, em 1880 as 
crianças eram deixadas pelos pais em asilos, em regimes de internato e só eram 
devolvidas para o convívio familiar quando estivesse oralizados, o que geralmente 
só ocorria no início da fase adulta. 
No Brasil não é muito diferente, a FENEIS realizou uma pesquisa por 
profissionais da PUC do Paraná em convênio com o CENESP (Centro 
Nacional de Educação Especial) publicada em 1986 em Curitiba, constatou-
se que o surdo apresenta muitas dificuldades em relação aos pré-requisitos 
quanto à escolaridade, e 74% não chega a concluir o 1º grau. Segundo 
FENEIS, o Brasil tem aproximadamente 5% da população surda estudando 
em universidades e a maioria é incapaz de lidar com o português escrito.” 
(Apud Quadros, FENEIS, 1995 p. 07) 
Surge então o bimodalismo, que tem como objetivo ensinar a língua oral para 
criança surda com o uso da língua de sinais. O ensino bimodal é o português 
sinalizado que passa a ser a melhor alternativa para o ensino de surdos utilizando 
simultaneamente a fala e os sinais. (Quadros, 2008, p. 24). 
Ferreira Brito (1993) “critica o uso do português sinalizado observando a 
 
 
17 
impossibilidade de preservar as estruturas das duas línguas ao mesmo tempo”. 
(Apud Quadros, 2008, p.25) 
Essas propostas de ensino prejudicaram muito as comunidades surdas, que 
ainda hoje no Brasil são utilizadas em algumas escolas. Porém a comunidade surda 
está despertando e vendo a importância do bilinguismo, do ensino das Libras e o 
valor que essa língua tem. (Quadros, 2008, p.26) 
O bilinguismo tem sido apontado como o modelo mais eficiente na educação 
dos surdos. É oferecida a criança duas línguas, a língua de sinais (LIBRAS) como 
sua língua materna (L1) e a língua portuguesa como sua segunda língua (L2) em 
sua forma escrita. (Quadros, 2008, p.27) 
Segundo Quadros, a língua de sinais é a língua natural adquirida de forma 
espontânea pela pessoa surda em contato com pessoas que utilizam essa língua e 
se a língua oral é adquirida de forma sistematizada, então essas pessoas surdas 
têm o direito de ser ensinadas na língua de sinais. A proposta bilíngue busca captar 
esse direito. (Quadros, p. 27) 
A criança nunca irá adquirir o português falado de forma natural e espontânea 
por falta de audição, para adquirir será necessário um trabalho com profissionais 
adequados para aquisição dessa língua. Todo ser humano tem um dispositivo de 
aquisição da linguagem – LAD que precisa ser acionado mediante a experiência 
linguística, na criança surda brasileira para que esse dispositivo seja acionado ela 
deve ter acesso o quanto antes a LIBRAS, que será de forma natural e espontânea. 
A língua de sinais será o meio mais importante de aquisição de conhecimento dessa 
criança e é a língua que ela deverá usar para se comunicar com outras pessoas em 
sua comunidade surda. (Quadros, 2008, p.27) 
Skutnabb-Kangas (1994, p. 152) afirma que: “O nível ótimo de bilinguismo 
deve ser o objetivo educacional para todas as crianças surdas”. Suas razões para 
afirmar isso provêm de análises sobre os direitos humanos linguísticos. 
 
Tais direitos devem garantir: Que todos os seres humanos têm direito de 
identificarem-se com uma língua materna(s) e de serem aceitos respeitados 
por isso; 
a) Que todos têm o direito de aprender a língua materna(s) 
completamente, nas suas formas oral (quando fisiologicamente 
possível) e escrita (pressupondo que a minoria linguística seja educada 
na sua língua materna); 
b) Que todos têm o direito de usar sua língua materna em todas as 
situações oficiais (inclusive na escola); 
 
 
18 
c) Que qualquer mudança que ocorra na língua materna seja voluntária e 
nunca imposta. (SKUTNABB-KANGAS,1994, P. 152, APUD QUADROS, 
P 28) 
Assim como a comunidade ouvinte tem a sua própria cultura, a comunidade 
surda também tem então uma proposta exclusivamente bilíngue não é viável visto 
que entre essas duas comunidades têm culturas diferentes. Uma proposta 
educacional eficiente tem que ser também culturalmente bilíngue, para a criança ter 
acesso tanto à cultura ouvinista quanto a cultura surda e assim se reconhecer na 
sua comunidade surda. (Quadros, 2008, p.28) 
(...) respeitar a pessoa surda e sua condição sociolinguística implica 
considerar seu desenvolvimento pleno como ser bicultural a fim de que possa dar-se 
em um processo psicolinguístico normal. (Skliar et al., 1995, p. 16, apud Quadros, p 
28) 
A maioria das crianças surdas são filhas de pais ouvintes e isso as deixa em 
desvantagens, pois não tem um ambiente que a favoreça no desenvolvimento de 
sua primeira língua, que seria a LIBRAS no Brasil. Esse é um dos maiores 
obstáculos para o desenvolvimento psicossocial da criança, pois muita das vezes 
essa criança não tem contato nem mesmo com um adulto surdo que é importante 
para o aprendizado de sua língua natural e criação de sua identidade. A criança 
surda precisa se identificar com um adulto surdo. Quando essa criança só convive 
com adultos ouvintes ela não tem chances de questionar e obter respostar sobre 
suas teorias de mundo. Por isso a escola precisa dá essa convivência com adultos 
surdos a essas crianças. (Quadros, 2008, p.30) 
Quando essa criança surda vai para escola, elas precisam de um ambiente e 
de profissionais adequados para a sua realidade e seu desenvolvimento, é de suma 
importância que essa escola esteja preparada não só para receberem a criança mais 
também os seus pais. Pois esses pais muitas das vezes estão desesperados por 
não terem uma criança “saudável” e se veem diante de uma tragédia, quando na 
verdade eles só precisam entender que uma criança surda é igual a qualquer outra 
criança, só que vai aprender a se comunicar de uma formadiferente do que a 
convencional, que é a linguagem visual-espacial. Essa língua, a LIBRAS irá da à 
oportunidade dessa criança se desenvolver e conhecer o mundo a sua volta como 
qualquer criança ouvinte. (Quadros, 2008, p.32) 
É importante que os pais estejam dispostos a aprender sobre a comunidade 
 
 
19 
surda e a Língua de Sinais, para que a comunicação entre pai e filho seja efetiva, 
adequada e que a interação entre eles seja eficiente. (Quadros, 2008, p.37) 
A escola deve levar em conta um currículo bilíngue, com conteúdos de uma 
escola regular, porém especial para o atendimento de uma criança surda. Os 
conteúdos devem ser trabalhados na língua nativa das crianças, no caso de criança 
surda brasileira, em Libras e para o português escrito existem duas formas básicas 
de ensino, que pode ser ensinado somente depois da aquisição da L1 ou pode ser a 
L2 junto com a L1. Essa escola deve garantir ao aluno surdo tudo que é oferecido ao 
aluno ouvinte, devem ser passados os mesmos conteúdos. (Quadros, 2008, p.41) 
 
4.1 LÍNGUA DE SINAIS 
No Brasil há poucos relatos sobre a educação bilíngue. Há algumas 
publicações brasileiras que merecem ser mencionadas e que abordam o bilinguismo. 
Ferreira Brito (1993, p. 45-52) apresenta “o bilinguismo como uma abordagem 
educacional para a integração social”. A autora propõe um bilinguismo diglóssico 
para surdos, justificando tal proposta através das diferentes situações em que as 
duas línguas (língua portuguesa e língua de sinais) são usada. Ferreira Brito salienta 
que a língua de sinais apresenta um papel central no processo educacional, pois 
essa será usada constantemente durante as aulas. A língua portuguesa será 
ensinada com ênfase na escrita, considerando que o canal de aprendizagem do 
surdo é visual. (Apud Quadros, p. 37) 
 
Segundo Quadros a língua de sinais apresenta-se numa modalidade 
diferente da língua oral; são línguas espaço-visuais, ou seja, a realização 
dessa língua não é estabelecida através do canal oral-auditivo, mas através 
da visão e da utilização do espaço. A diferença na modalidade determina o 
uso de mecanismos sintáticos especialmente diferentes dos utilizados nas 
línguas orais. As línguas de sinais são sistemas linguísticos independentes 
dos sistemas das línguas orais, desmistificando a concepção “e”. São 
línguas naturais que se desenvolvem no meio em que vive a comunidade 
surda. Tal língua é natural, pois surgiu da mesma forma que a língua oral – 
da necessidade específica e natural dos seres humanos de usarem um 
sistema linguístico para expressarem ideias, sentimentos e ações. 
(Quadros, 2008, p. 47) 
 
A língua de sinais não é universal, assim como em cada país tem a sua língua 
oral. No Brasil é a LIBRAS nos Estados Unidos é a ASL. A LIBRAS tem suas 
variações regionais, assim como na língua oral temos os sotaques na Libras 
 
 
20 
também. (Quadros, 2008, p.47) 
4.2 CULTURA SURDA 
Segundo Karin Strobel (2009 p.21) a humanidade, ao longo do tempo, adquire 
conhecimentos através da língua, crenças, hábitos, costumes normas de 
comportamento dentre outras manifestações. Partindo do suposto que cultura é a 
herança que o grupo social transmite a seus membros através de aprendizagem e 
de convivência, percebe-se que cada geração e sujeito também contribuem para 
ampliá-la e modificá-la. A cultura não vem pronta, daí porque ela sempre se modifica 
e se atualiza, expressando claramente que não surge com o homem sozinho e sim 
das produções coletivas que decorrem do desenvolvimento cultural experimentado 
por suas gerações passadas. 
As pessoas se espantam e se perguntam se os surdos tem cultura, se eles 
dançam em uma festa, se vivem isolados do mundo, Lane (1992, p. 26) explica que 
é comum as pessoas deduzirem que os surdos vivem isolados e que para se 
integrar é preciso adquirir a cultura ouvinte isto é, para viver “normal”, segundo a 
sociedade é preciso ouvir e falar: Ao imaginar como é a surdez, eu imagino o meu 
mundo sem som – um pensamento aterrorizador e que se ajusta razoavelmente ao 
estereotipo que projetamos para os membros da comunidade surda. Apud Karin 
Strobel. 
Os surdos só vivem de uma maneira diferente dos ouvintes, mais eles são 
capazes de fazer tudo que um ouvinte faz, a forma de se comunicar é outra, eles se 
adaptam ao mundo e levam a vida igual a qualquer outro. 
A pesquisadora surda Perlin descreve: 
[...] As identidades surdas são construídas dentro das representações 
possíveis da cultura surda, elas moldam-se de acordo com o maior ou 
menor receptividade cultural assumida pelo sujeito. E dentro dessa 
receptividade cultural, também surge àquela luta política ou consciência 
oposicional pela qual o indivíduo representa a si mesmo, se defende da 
homogeneização, dos aspectos que o tornam corpo menos habitável, da 
sensação de invalidez, de inclusão entre os deficientes, de menos valia 
social. (KARIN STROBEL APUD PERLIN, 2004, P.77-78) 
Existem grandes diversidades nas comunidades surdas e cada grupo é 
diferente de acordo com seus interesses, como religião, profissão, raça e etc. 
Para os autores americanos, Padden e Humphries (2000, p.5), ‘uma 
 
 
21 
comunidade surda é um grupo de pessoas que vivem num determinado local, 
partilham os objetivos comuns dos seus membros, e que por diversos meios 
trabalham no sentido de alcançarem estes objetivos”. Uma comunidade surda pode 
incluir pessoas que não são elas próprias Surdas, mas que apoiam ativamente os 
objetivos da comunidade e trabalham em conjunto com as pessoas Surdas para 
alcançar. (Apud Karin Strobel, 2008, p. 30). 
 
O “povo” surdo é alegre. Talvez porque tenha havido muito sofrimento em 
sua infância. Eles têm prazer em se comunicar e se alegram sempre. Em 
um pátio de recreação ou em um restaurante, um grupo de surdos que 
falam é algo incrivelmente vivo. Falamos, falamos, exprimimo-nos às vezes 
durante horas. Como se tivéssemos uma sede inesgotável de dizer as 
coisas, das mais superficiais às mais sérias. Os surdos teriam me chamado 
de “Flor que chora”, caso eu não tivesse tido acesso à sua comunidade 
linguística. A partir dos sete anos tornei-me falando e luminosa. A língua de 
sinais era minha luz, meu sol, não pararia mais de me exprimir, aquilo saía, 
saía, como uma grande abertura em direção à luz. Não conseguia mais 
parar de falar com as pessoas. Tornei-me “O sol que vem do coração”. Era 
um belo sinal. (LABORIT, 1994, pg. 54). 
 
4.3 A CRIANÇA SURDA 
O nascimento de uma criança surda é um acontecimento alegre na existência 
para a maioria das famílias surdas, pois é uma ocorrência naturalmente benquista 
pelo povo surdo que não vêem esta criança um “problema social” como ocorre com 
as maiorias das famílias ouvintes. (KARIN STROBEL, 2008, p. 49). 
A criança surda quando só tem contato com pessoas ouvintes e não tem 
acesso às informações criado pela barreira da linguagem criam muitas dúvidas a 
respeito do seu futuro. Essa criança precisa ter acesso a adultos e a uma 
comunidade surda, pois somente assim, vendo um adulto surdo ela cria uma 
referência e suas dúvidas são sanadas, como por exemplo, de que vai morrer ainda 
criança pelo fato de não conhecer nenhum adulto surdo para que possa se 
identificar. (KARIN STROBEL, 2008, p. 40). 
Segundo Wallis, um sueco linguista surdo diz que: Se os surdos têm contato 
com a língua de sinais desde cedo; assim a criança surda poderia sentir como as 
outras crianças, fazer perguntas e obter as respostas, ou seja, a curiosidade da 
criança surda será satisfeita muitas vezes e terá maior acesso as informações. 
(APUD KARIN STROBEL, 2008, p. 40). 
É fundamental essa ligação com a comunidade surda e outras pessoas 
 
 
22 
surdas para essa criança ter acesso à informação e construir a sua identidade. 
 
A língua portuguesa não será a língua que acionará naturalmente o 
dispositivo devido, à falta de audição da criança. Essa criança até poderá vir 
a adquirir essa língua,mas nunca de forma natural e espontânea, como 
ocorre com a LIBRAS (QUADROS 2008, p. 27). 
 
Quando um bebê nasce surdo, a princípio ele desenvolve as mesmas fases 
de linguagem de um bebê ouvinte, porém com o tempo quando começa os balbucios 
ele começa a se desenvolver de forma diferente porque não ouve os sons 
ambientes. Uma criança ouvinte se desenvolve porque o ambiente é favorável pra 
ela, ela escuta e por isso emite os sons, com a criança surda esse estímulo não 
acontece. A não ser que essa criança seja filho de pais também surdos porque eles 
conseguem se comunicar entre si, e com isso não tem defasagem de linguagem e 
de seus conhecimentos, a criança consegue se desenvolver igual a uma criança 
ouvinte. Quando a criança é surda e os pais ouvintes, essas crianças apresentam 
atrasos no seu desenvolvimento e na sua aquisição de linguagem. (Ministério da 
Educação 2006, p,56) 
Os sujeitos surdos que têm acesso à língua de sinais e participação da 
comunidade surda têm maior segurança, autoestima e identidade sadia. Por isso é 
importante que as crianças surdas convivam com pessoas surdas adultas em quem 
se identificarem e ter acesso às informações e conhecimentos no seu cotidiano. 
(KARIN STROBEL, 2008, p.45) 
Segundo Moura, Lodi e Harrison (apud LACERDA; Karin Strobel): 
[...] a criança (no contato com modelos surdos adultos) não apenas terá 
assegurado a aquisição e desenvolvimento de linguagem, como (também) a 
integração de um autoconhecimento positivo. Ela terá a possibilidade de 
desenvolver sua identidade como uma representação de integridade, não 
como a de falta ou de deficiência [...] podendo se perceber como capaz e 
passível de vir a ser. Ela não terá de ir atrás de uma identidade que ela 
nunca consegue alcançar: a de ouvinte. (apud LACERDA; Karin Strobel, 
2000, p. 68). 
Está situação abaixo é de uma família com todos os membros surdos que 
moram em São Paulo, a filha depõe a sua experiência sobre o fato de achar que 
crianças ouvintes que é deficiente: 
Quando criança achava que o mundo era deficiente, em oposição à sua 
 
 
23 
própria casa, onde todos eram normais. Sendo a Libras a sua língua materna, na 
rua, ficava com dó das outras crianças, pois elas não falavam com as mãos. Os pais 
lhe diziam: não falam com as mãos porque ouvem (apontavam para o ouvido), mas 
Sueli achava que (como é comum criança com surdez profunda) que ouvido não 
tinha função a não ser a de pendurar o brinco, pois o surdo profundo não entende o 
conceito de som, sendo que apenas sente vibrações. Ensinava às amigas o alfabeto 
de sinais, para poderem se entender. Assim aprendeu que todas as coisas têm 
nome (para os surdos, todas as coisas têm um sinal, ou nome gestual). (SUELI 
RAMALHO, 2008) Apud Karin Strobel p. 54 
Em famílias ouvintes, as crianças surdas observam as conversas e 
discussões que não são direcionadas a elas. Igualmente, Léo Jacobs descreve na 
sua autobiografia, detalhadamente, o sentimento cometido neste isolamento das 
crianças surdas com famílias ouvintes, dentro da sua própria casa, devido às 
barreiras de comunicação: 
Você é deixado de fora nas conversas à mesa de jantar. Isso é chamado de 
isolamento mental. Enquanto todo mundo conversa e ri, você está tão longe quanto 
um árabe solitário no deserto que se estende por todo o horizonte. [...] Você anseia 
por conexão. Sufoca por dentro, mas não consegue falar a ninguém sobre esse 
sentimento horrível. Não sabe como fazê-lo. Tem a impressão de que ninguém 
compreende ou se importa. [...] Não lhe é concedida nem ao menos a ilusão de 
participação. [...] (SACKS, 1989, p. 102) 
A autora surda Laboritt (1994, p. 42) também expressa esse sentimento: 
 
Os adultos que ouvem e que privam os filhos da língua gestual nunca 
conseguirão compreender o que se passa na cabeça de uma criança surda. 
Há a solidão e a resistência, a sede de se comunicar e por vezes a irá. A 
exclusão da família, em casa, onde toda a gente fala sem se preocupar com 
conosco. Porque é preciso perguntar todo o tempo, puxar alguém pela 
manga ou pelo vestido para saber um pouco, um bocadinho do que se 
passa à nossa volta. Senão, a vida, é mais do que um filme mudo, sem 
legendas. 
 
Por isso a importância da família dessa criança se inteirar sobre a condição 
do seu filho e procurar aprender se informar e se aprofundar sobre a comunidade 
surda para assim passar toda a informação necessária para essa criança. 
Isso também pode acontecer nos casos em que a maioria dos membros da 
família são surdos e nasce um ouvinte. Vejamos o exemplo em um trecho de uma 
reportagem sobre uma família toda surda com um membro ouvinte: [...] Sueli 
 
 
24 
Ramalho Segala, 43 anos. Surda, ela não sofreu com o preconceito na gravidez. 
Seus conflitos começaram quando Felipe nasceu. Toda a sua família é surda e ele 
foi o primeiro ouvinte depois de três gerações. Apesar de o pai não ser deficiente, 
durante o pré-natal o médico afirmou que a chance de o bebe nascer surdo era de 
95%. “Foi uma surpresa quando percebemos que ele escutava. Perguntei a minha 
mãe como eu cuidaria dele”, conta. Quando o garoto fez 2 anos, o casal se separou. 
Sueli e Felipe foram morar com os pais e o irmão dela. Assim, o menino cresceu em 
meio a Língua Brasileira de Sinais e a cultura surda. “A primeira palavra que falou foi 
em sinais: mamadeira. Em português falado, ele chamou o pai. Compreendeu desde 
pequeno como era a nossa comunicação.” [...] Felipe faz bicos como intérprete da 
Libras unindo dois mundos com línguas e culturas diferentes. (PERRI, acesso em: 
29 jan. 2008) apud Karin Strobel p. 52 
 
4.4 EDUCAÇÃO 
Na Constituição da República Federativa do Brasil de 1998 diz, 
 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, 
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo 
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho. (BRASIL, Constituição Federal de 1988). 
 
O papel do assistente social é garantir que todas tenham acesso à educação 
independente de suas limitações, pois a educação é direito de todos. 
 Na declaração de Salamanca (1994) diz que: “as escolas regulares com 
orientação para a educação inclusiva são o meio mais eficaz no combate às atitudes 
discriminatórias, propiciando condições para o desenvolvimento de comunidades 
integradas, base da construção da sociedade inclusiva e obtenção de uma real 
educação para todos”. A declaração de Salamanca é considerada um dos principais 
documentos mundiais que visam a inclusão social. 
No decreto 5626 de 22 de dezembro de 2005 no capítulo VI, art. 22 inciso I e 
II, diz que: As instituições federais de ensino responsáveis pela educação básica 
devem garantir a inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva, por meio da 
organização de: 
 
 
25 
 I – escolas e classes de educação bilíngue, abertas a alunos surdos e 
ouvintes, com professores bilíngues, na educação infantil e nos anos iniciais do 
ensino fundamental; 
II – Escolas bilíngues ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a 
alunos surdos e ouvintes, para os anos finais do ensino fundamental, ensino médio 
ou educação profissional, com docentes das diferentes áreas de conhecimento, 
cientes da singularidade linguística dos alunos, bem como a presença de tradutores 
e intérpretes de Libras – Língua Portuguesa. 
 Segundo Sassaki (1999), inclusão é o processo pelo qual a sociedade se 
adapta para poder incluir em seu contexto as pessoas com necessidades especiais, 
na educação, as escolas comuns devem adaptar-se à diversidade dos seus alunos. 
 
 
 
26 
5 PROCESSO HISTÓRICO DO SERVIÇO SOCIAL: BREVES REFLEXÕES 
SOBRE A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO 
ESPECIAL 
5.1 PROCESSO HISTÓRICO DO SERVIÇO SOCIAL 
 
 Ao falarmos sobre o processo histórico de formação do Serviço Social deve-se 
voltar a atenção parao contexto político e econômico em que o país vivencia. A 
partir da emergência do processo de industrialização, a partir da década de 1930, 
aqui no Brasil, destacam - se, elementos importantes que foram determinantes no 
curso da História, tendo por base a política econômica e social. (IAMAMOTO, 2011; 
NETTO, 2011) 
 Em meio à uma sociedade urbano – industrial, da década de 1930, é que 
emerge a profissão do Serviço Social, no interior do desenvolvimento do modo de 
produção capitalista, marcado por conflitos de classes , pelo aumento do migração 
do trabalhadores em busca de melhores condições de vida, onde se intensifica as 
lutas sociais contra o massivo processo de exploração do trabalho e em defesa da 
cidadania. (IAMAMOTO, 2011; NETTO, 2011) 
 Como aponta Martinelli (1997, p. 29) “o capital é uma relação social e o 
capitalismo um determinado modo de produção, marcado não apenas pela troca 
monetária, mas essencialmente pela dominação do processo de produção pelo 
capital.” Esse processo de expansão do capital e exploração do trabalho são 
“determinantes do aparecimento de uma nova classe constituída pelos que nada 
tinham, exceto a força de trabalho”, ou seja, que possui apenas sua força de 
trabalho para venda que para sua subsistência. 
 Assim, Iamamoto e Carvalho relatam apontam que: 
 
A implantação do Serviço Social não é [...] um processo isolado. Relaciona-
se diretamente às profundas transformações econômicas e sociais [...]. Seu 
surgimento se dá no seio do bloco católico, que manterá por um período 
relativamente longo um quase monopólio de formação dos agentes sociais 
especializados, tanto a partir de sua própria base social, como de sua 
doutrina e ideologia. O Serviço Social não só se origina do interior do bloco 
católico, como se desenvolve no momento em que a igreja se mobiliza para 
a recuperação e defesa de seus interesses e privilégios corporativos, e para 
a reafirmação de sua influência normativa na sociedade. [...].O Serviço 
Social começa a surgir como um “departamento” especializado da Ação 
 
 
27 
Social e da Ação Católica, num momento extremamente importante para a 
definição do papel da Igreja dentro das novas características que 
progressivamente vai assumindo a sociedade brasileira. (IAMAMOTO, 1998, 
p. 213) 
 
 Vale ressaltar que a Igreja Católica teve grande influência na formação do 
Serviço Social, marcando a configuração e o caráter conservador da atuação dos 
primeiros Assistentes Sociais. 
A implementação do Serviço Social está relacionada às transformações 
econômicas e sociais pelas quais a sociedade brasileira é atravessada. Seu 
surgimento se dá através da igreja católica, que terá o monopólio da formação de 
agentes sociais especializados por um bom tempo. (IAMAMOTO E CARVALHO 
2009 p. 213) 
Segundo Iamamoto (2004) A partir das grandes mobilizações da classe 
operária nas duas primeiras décadas do século, o debate sobre a “questão social” 
atravessa toda a sociedade e obriga o Estado, as frações dominantes e a Igreja a se 
posicionarem diante dela. (IAMAMOTO 2009 p. 18) 
 O Serviço Social como profissão se implementa a partir do decorrer desse 
processo histórico. Possui em seu inicio uma base social bem delimitada e fontes de 
recrutamento e formação de agentes sociais informados por uma ideologia 
igualmente determinada. (IAMAMOTO E CARVALHO 2009 p. 27) 
 O Serviço Social no Brasil surgiu nas décadas de 1930 e 1940. Foram dois 
processos relacionados que geraram as condições sócio-históricas necessárias para 
que a profissão iniciasse seu percurso histórico. O primeiro processo é o 
redimensionamento do Estado brasileiro, onde Netto (2009) concorda com o 
entendimento de que o Estado intervém no processo econômico desde a ascensão 
da burguesia, mas, é no capitalismo monopolista, que essa intervenção muda 
estrutural e funcionalmente. Para o autor “[...] no capitalismo monopolista, as 
funções políticas do Estado imbricam-se organicamente com as suas funções 
econômicas” (NETTO, 2009, p. 25). Apud 4 simpósio brasileiro, p. 3 
 O segundo processo está vinculado à busca pela recuperação da hegemonia 
ideológica da Igreja Católica, através do fortalecimento da Ação Católica Brasileira 
(ACB). (4 simpósio brasileiro, p. 3) 
 
Como profissão inscrita na divisão do trabalho, o Serviço Social surge como 
parte de um movimento social mais amplo, de bases confessionais, 
articulado à necessidade de formação doutrinária e social do laicato, para 
 
 
28 
uma presença mais ativa da Igreja Católica no ‘mundo temporal’, nos inícios 
da década de 30. Na tentativa de recuperar áreas de influências e 
privilégios perdidos, em face da crescente secularização da sociedade e das 
tensões presentes nas relações entre Igreja e Estado, a Igreja procura 
superar a postura contemplativa (IAMAMOTO, 2004, p. 18). 
 
Temos como destaque o surgimento de duas instituições assistências uma 
que surgiu em 1920 no Rio de Janeiro, a Associação das Senhoras Brasileiras e 
outra em São Paulo em 1923, que foi a Liga das Senhoras Católicas. Essas 
instituições visam atender demandas do processo de desenvolvimento capitalista e 
essas ações podem ser consideradas como o nascimento do Serviço Social que a 
partir da década seguinte permitirão a expansão da Ação Social e o surgimento das 
primeiras escolas de Serviço Social. (4 simpósio brasileiro, p. 4). 
Em 1940 é introduzido na Escola de enfermagem Ana Nery um curso de 
preparação em Trabalho Social, este curso que dará origem à Escola de Serviço 
Social da Universidade do Brasil. (IAMAMOTO E CARVALHO 2009 p. 185) 
Em São Paulo surgiu o CEAS, que foi a partir de um grupo de estudos de 
moças religiosas de Santo Agostinho, em 1932 o CEAS enviou para a Bélgica duas 
das fundadoras com o objetivo de que elas estudassem a organização e ensino do 
Serviço Social. Deste modo em 1936 foi fundada a primeira escola do país, a escola 
de Serviço Social em São Paulo que se voltaria mais para o operariado, família e 
preparação da mulher para o trabalho feminino e em 1937 no Rio de Janeiro foi 
fundado o Instituto Social que denotam uma influência mais marcadamente francesa 
é voltado para o trabalho junto a família, prevenção e saúde, apesar de ambas as 
escolas terem por preocupação central a formação moral de seu Corpo Discente. 
Essas experiências foram fundamentais para o desenvolvimento do Serviço Social 
brasileiro e influenciar o surgimento de outras escolas por todo o país. (IAMAMOTO 
E CARVALHO 2009 p. 227) 
Diante do clima repressivo e autoritário, os Assistentes Sociais refugiam-se, 
cada vez mais, em uma discussão dos elementos que supostamente conferem um 
perfil peculiar à profissão: objeto, objetivos, métodos e procedimentos de 
intervenção, enfatizando a metodologia profissional. (Iamamoto, 2004, p. 33) 
 Em meados dos anos 60 do século XX, surge o Movimento de 
Reconceituação na América Latina, que é considerado “um marco decisivo do 
processo de revisão crítica do Serviço Social no continente”. (4 simpósio 
brasileiro,2008 p. 8) 
 
 
29 
A partir do golpe de 64 o Serviço Social passa por um processo de renovação 
apresentando três direções profissionais. São elas: a perspectiva modernizadora, 
reatualização do conservadorismo – ou fenomenologia – e a intenção de ruptura. A 
renovação do Serviço Social é, portanto, fruto de um processo histórico que 
possibilita o pluralismo no seio do Serviço Social, ao encontrarmos a diversidade no 
que diz respeito às maneiras de enfrentar a realidade social, de compreender a 
questão social e o próprio Serviço Social. Diversidade teórico-metodológica, ético-
política e técnico-operativa na profissão: do modo de pensar, fazer e escolher 
(CARDOSO, 2013, p. 135) apud (4 simpósio brasileiro, 2008 p. 9). 
A primeira expressão que é a modernizadora se configura em agrupar novas 
bases técnicas e científicas ao fazer profissional, sem, no entanto,romper com as 
bases do surgimento da profissão. (4 simpósio brasileiro, p. 9) 
 O Conservadorismo é aquele que recupera os elementos mais tradicionais da 
profissão, retomando a vinculação com a doutrina social da Igreja e a ênfase numa 
intervenção profissional microscópica, com ênfase na centralidade da pessoa e na 
ação por meio da ajuda psicossocial. (4 simpósio brasileiro, p. 9) 
A última que é a intenção de ruptura que está vinculada a uma “crítica 
sistemática do desempenho ‘tradicional’ e aos seus suportes teóricos, metodológicos 
e ideológicos.” (NETTO, 2010). Comprometido com uma proposta alternativa ao 
projeto hegemônico capitalista, o Serviço Social, na sua vertente critica, associa-se a 
grupos sociais e partidos políticos que partilham do mesmo desejo de transformação 
societária. A profissão adota como dimensão teórico-metodológica, o marxismo, e se 
coloca eticamente favorável à ideia de emancipação humana. (4 simpósio brasileiro, 
2008 p. 10) 
A década de 1980 é marcada com um período de maioridade intelectual do 
Serviço Social, com uma perspectiva ontológica original de Marx. Assim, o Serviço 
Social rompe – ou se propõe a romper – com o conservadorismo tradicional e 
elabora um aparato jurídico, normativo e político alinhado a esta nova fase 
profissional. (4 simpósio brasileiro,2008 p. 11) 
5.2 QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICA SOCIAL E DIREITOS 
O serviço Social pode contribuir com a inclusão da pessoa com deficiência na 
escola, primeiro por ser competência deste profissional, elaborar, implementar, 
 
 
30 
executar e avaliar as políticas sociais, encaminhar providências e prestar orientação 
social a indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar 
recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento a defesa de seus direitos (Art. 
4º da Lei de Regulamentação da Profissão, nº 8662/93) apud (A educação inclusiva 
como objeto de intervenção do assistente social). 
Na Constituição Federal de 1988 diz que a educação é direito de todos e 
dever do Estado. Está Constituição garante também garante às pessoas com 
deficiência, o direito a igualdade sem discriminações; o direito ao trabalho; o direito à 
assistência social, à saúde, independente de contribuição à Previdência Social; o 
direito à integração na vida comunitária; o direito a um benéfico mensal para a 
pessoa que comprove não possuir meios para sua manutenção; o direito ao 
atendimento educacional especializado. 
A Declaração de Salamanca (1994) onde reafirmam o compromisso para uma 
Educação para Todos abordando princípios, políticas e práticas na área das 
necessidades de Educação Especial. 
O direito de cada criança a educação é proclamado na Declaração Universal 
de Direitos Humanos e foi fortemente reconfirmado pela Declaração Mundial sobre 
Educação para Todos. Qualquer pessoa portadora de deficiência tem o direito de 
expressar seus desejos com relação à sua educação, tanto quanto estes possam ser 
realizados. Pais possuem o direito inerente de serem consultados sobre a forma de 
educação mais apropriada às necessidades, circunstâncias e aspirações de suas 
crianças. (SALAMANCA, 1994 P. 34) 
A educação especial só é reconhecida como política de educação com a Lei 
de Diretrizes e Bases (Lei nº 9394/96) onde passa a ser de responsabilidade dos 
estabelecimentos regulares de educação promover a inclusão das pessoas com 
deficiência. As escolas de redes públicas devem promover condições necessárias 
para receber esses alunos para a educação especial. 
Em 2003, o Ministério da Educação cria o Programa Educação Inclusiva: 
direito à diversidade, visando transformar os sistemas de ensino em sistemas 
educacionais inclusivos, que promovam um amplo processo de formação de 
gestores e educadores nos municípios brasileiros para a garantia do direito ao 
acesso de todos à escolarização, à organização do atendimento educacional 
especializado e à promoção da acessibilidade. (A educação inclusiva como objeto 
de intervenção do assistente social). 
 
 
31 
Dessa forma, a educação inclusiva propõe que pessoas com deficiência se 
efetivem enquanto ser de direitos e deveres, assim como todos nesse cotidiano 
escolar regular. (ALMEIDA, 2000. P. 45) 
O Assistente Social pode desenvolver vários projetos de acordo com a 
necessidade especifica do local e de um determinado grupo, por exemplo, projetos 
para portadores de necessidades educativas especiais, onde algum dele precisa de 
um transporte especial, prótese, cadeira de rodas, intérprete de Libras dentre outros 
serviços da rede de assistência. (LIMA, M.T; GOMES, A. K. S. 2006 p. 32) 
Nessa instância, o Serviço Social poderá trabalhar diretamente com as 
organizações existentes, tais como Programas Sociais de Apoio a Famílias, 
Programas de Educação Complementar e Conselhos Tutelares, conforme indicado 
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. (CFESS). 
5.3 A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO 
ESPECIAL 
 Falar da relação do Assistente Social com a educação especial é caminhar 
pela via de garantia de direitos, do compromisso deste com a democratização do 
acesso aos direitos, promovendo a articulação entre o Estado e a sociedade civil. 
 Nesse contexto de viabilização de direitos e articulação entre a sociedade e 
Ente Estatal o profissional de Serviço Social necessita externalizar um olhar crítico 
como investigativo tendo em mente que a realidade social é dialética, visando fugir 
do determinismo da demanda emergencial já posta pelo cotidiano, e ao mesmo 
tempo tornando-se também um profissional propositivo. Apoiada nas reflexões de 
Iamamoto (2001) um profissional propositivo é um profissional que deve estar em 
constante processo de aprendizagem, comprometido com a sua atualização 
conectado as mudanças que ocorrem no campo social contemporâneo. 
 Vale ressaltar que a ação profissional deve estar pautada em estratégias 
teórico - práticas no âmbito das políticas assistenciais que traz rebatimento direto ao 
processo organizativo das camadas populares (SPOSATI, 2003). 
 O papel do Serviço Social inserido na educação visa subsidiar ações que 
aponte para a promoção da educação, no processo de inclusão social tendo por 
base a cidadania e emancipação dos sujeitos sociais, promovendo a possibilidade 
da emergência de cidadãos conscientes e sujeitos de direitos, protagonistas de sua 
 
 
32 
própria historia. 
O profissional de Serviço Social que está na educação busca promover a 
educação com atitudes que objetivem a inclusão social, garantindo assim a 
cidadania e emancipação dos sujeitos sociais.( Serviço social na educação inclusiva 
2014 p. 1) . 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional diz que em seu Art. 3º que 
o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o 
pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; 
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII - valorização do profissional da educação escolar; 
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da 
legislação dos sistemas de ensino; 
IX - garantia de padrão de qualidade; 
X - valorização da experiência extra-escolar; 
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 
12.796, de 2013) 
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da 
vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018) 
Em seu Art. 58, a LDB apresenta a definição de educação especial a 
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de 
ensino, paraeducandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e 
altas habilidades ou superdotação. 
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola 
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. 
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços 
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não 
for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. 
§ 3º A oferta de educação especial, nos termos do caput deste artigo, tem 
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13632.htm#art1
 
 
33 
início na educação infantil e estende-se ao longo da vida, observados o inciso III do 
art. 4º e o parágrafo único do art. 60 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.632, de 
2018) 
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização 
específica, para atender às suas necessidades; 
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível 
exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e 
aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os 
superdotados; 
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, 
para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular 
capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; 
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na 
vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem 
capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos 
oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas 
áreas artística, intelectual ou psicomotora; 
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares 
disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. 
A contribuição do Serviço Social consiste em identificar os fatores sociais, 
culturais e econômicos que determinam os processos que mais afligem o 
campo educacional no atual contexto, tais como: evasão escolar, o baixo 
rendimento escolar, atitudes e comportamentos agressivos, de risco, etc. 
(CFESS, 2001, p. 12) 
O Assistente Social tem como propósito possibilitar os encaminhamentos 
necessários aos serviços sociais e assistenciais, contribuindo assim para a 
permanência do direita a educação e inclusão. (Serviço social na educação inclusiva 
2014 p. 5). 
A educação de pessoas com deficiência na educação geral no Brasil vem 
sendo implementada há pouco tempo. 
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13632.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13632.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
 
 
34 
A ideia de integração surgiu para derrubar a prática da exclusão social a 
que foram submetidas as pessoas deficientes por vários séculos. A 
exclusão ocorria em seu sentido total, ou seja, as pessoas portadoras de 
deficiência eram excluídas da sociedade para qualquer atividade porque 
antigamente elas eram consideradas inválidas, sem utilidade para a 
sociedade e incapazes para trabalhar, características estas atribuídas 
indistintamente a todos que tivesses alguma deficiência. (SASSAKI, 1999 
p.29 ) 
Ney Luiz Teixeira de Almeida observa e destaca a importância do Serviço 
Social na Educação, por ser tratar de uma profissão que tem em seu projeto ético-
político-profissional princípios fundamentais e intransigentes a defesa dos direitos 
humanos, em destaque para as minorias, e aí estão inseridas as pessoas com 
deficiência. (LIMA, M.T; GOMES, A. K. S. 1998 P. 21) 
Eleni de Melo Silva Lopes afirma que a atuação interdisciplinar dos 
assistentes sociais pode contribuir com a resolução de problemas 
socioeducacionais, além de atuar na escola como articulador de diversas políticas, e 
nessa perspectiva atuaria com as políticas que estão relacionadas as pessoas com 
deficiência. (LIMA, M.T; GOMES, A. K. S. 1998 p. 21) 
O Serviço Social no âmbito educacional tem a possibilidade de contribuir com 
a realização de diagnósticos sociais, as causas dos problemas sociais indicando 
possíveis alterações à problemática social vivida por muitas crianças e adolescentes, 
o que refletirá na melhoria das suas condições de enfrentamento da vida escolar de 
forma a saná-la ou atenuá-las. (CFESS 2009 p. 65) 
Outra contribuição do Assistente Social na escola está no devido 
encaminhamento dos alunos que apresentam alguma dificuldade financeira ou de 
cuidados especiais, para os serviços assistenciais e sociais para que esse aluno 
tenha garantido o seu direito à educação. Atuando assim, no processo de inclusão 
social dessas crianças e adolescentes. (LIMA, M.T; GOMES, A. K. S. 1998 p 32) 
A escola só se tornará uma escola inclusiva quando garantir a universalidade 
e a qualidade de seu atendimento. A escola enquanto equipamento social precisa 
estar atenta para as mais diferentes formas de manifestação de exclusão que possa 
estar ocorrendo, desde questões como a violência, atitudes discriminatórias (de 
etnia, de gênero, de sexo, de classe social, etc.). (CFESS, 2009 p. 43) 
O Assistente Social tem o efeito de minimizar as desigualdades sociais nas 
escolas, tendo nesse ambiente inúmeras atuações na questão social. 
Cabe ao Serviço Social Escolar desenvolver atividades técnicas profissionais, 
 
 
35 
através de profissionais assistentes sociais habilitados ao exercício da profissão, 
desempenhando dentre outros as seguintes funções: 
- Pesquisa de natureza sócio-econômica e familiar para caracterização da 
população escolar; 
- Elaboração e execução de programas de orientação sócio-familiar, visando 
prevenir evasão escolar e melhorar o desempenho e rendimento do aluno e sua 
formação para o exercício a cidadania; 
- Participação, em equipe multidisciplinar, na elaboração de programas que 
visem prevenir a violência, o uso de drogas e o alcoolismo, bem como que visem 
prestar esclarecimentos e informações sobre doenças infecto-contagiosas e demais 
questões de saúde publica; 
- Articulação com instituições públicas, privadas, assistenciais e organizações 
comunitárias locais, com vistas ao encaminhamento de pais e alunos para 
atendimento de suas necessidades; 
- Realização de visitas sociais com o objetivo de ampliar o conhecimento 
acerca da realidade sócio-familiar do aluno, de forma a possibilitar assisti-lo e 
encaminha-lo adequadamente; 
- Elaboração desenvolvimento de programas específicos nas escolas onde 
existam classes especiais; 
- Empreender e executar as demais atividades pertinentes ao Serviço Social, 
previstas pelos artigos 4º e 5º da Lei 8662/93, não especificadas acima. (CFESS 
2009 p 32) 
Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional 
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia 
de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, 
classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. 
(BRASIL, 2014, p. 24). 
 Nesse sentido, quando paramos para analisar inserção do Assistente Social 
em âmbito escolar, faz-se necessário compreender que esses profissionais em 
articulação com os demais educadores, tornam - se sujeitos que compartilham de 
limites e desafios semelhantes, o torna a escola um espaço de enfrentamentos das 
demandas emergentes. (AMARO, 1997)De acordo com CFESS (2001) faz-se necessário o debate no que tange a 
 
 
36 
inserção do Serviço Social na educação. Isso significa uma contribuição para a 
garantia dos direitos, incidindo sobre a realidade social dos alunos, visando a busca 
de alternativas as contradições sociais que emergem no âmbito escolar. 
 
A contribuição do Serviço Social consiste em identificar os fatores sociais, 
culturais e econômicos que determinam os processos que mais afligem o 
campo educacional no atual contexto, tais como: evasão escolar, o baixo 
rendimento escolar, atitudes e comportamentos agressivos, de risco, etc. 
Estas constituem-se em questões de grande complexidade e que precisam 
necessariamente de intervenção conjunta, seja por diferentes profissionais 
(Educadores, Assistente Sociais, Psicólogos, dentre outros), pela família e 
dirigentes governamentais, possibilitando consequentemente uma ação 
mais efetiva. (CFESS, 2001, p. 12). 
 
 Nesse contexto desenhado até então, entende-se por educação inclusiva o 
envolvimento dos alunos, educadores e demais profissionais, propondo alternativas 
que visem à socialização da pessoa com deficiência, visando a produção de 
autonomia. (MARGAREZI, 2012). 
 Assim, 
Nessa perspectiva, ampliar-se-ia o conceito de educação inclusiva, de modo 
que todo aluno seria considerado capaz de aprender, por meio de seu 
tempo de aprendizagem, suas particularidades seriam levadas em 
consideração na elaboração do programa de aula. (MARGAREZI, 2012, p. 
18). 
 
 Aponta-se que o ambiente escolar tem um papel fundamental no processo de 
“aceitação social” desses alunos, tendo por base a superação do preconceito, da 
discriminação que destinado às pessoas com deficiência em geral. 
 
 
 
 
 
37 
6 CONCLUSÃO 
O presente trabalho retrata da importância da criança surda a ter acesso a 
Língua de Sinais Brasileira logo na primeira infância, o estudo foi baseado em 
autores renomados tanto ouvintes quanto autores surdos, que mostram que o 
bilinguismo é a melhor opção, foi dado ênfase que se a criança surda recebe os 
estímulos corretos e é introduzida na cultura surda ela terá o mesmo 
desenvolvimento que uma criança ouvinte. 
O trabalho mostra que uma criança surda que nasce em uma família de 
ouvintes acaba não tenho um desenvolvimento adequado porque os pais tentam 
“curar” ou “corrigir” o problema e acaba não oferecendo ao filho outra forma de se 
comunicar que no caso é com as mãos utilizando as Libras, que é tão eficiente 
quanto os que utilizam a forma oral de se comunicar. 
O Assistente Social atua nas diversas formas da expressão da questão social. 
A importância desse profissional de conhecer as particularidades desses usuários 
surdos para que assim possa intervir de forma eficiente na garantia de direitos para 
que chegue até essa criança um ensino de qualidade e com as adaptações 
necessárias é fundamental. Informar aos pais sobre os direitos do filho e encaminha-
lo para profissionais que os ajudem na interação e criação de vínculos faz a 
diferença nessa família, não é fácil para nenhuma das partes, nem para a criança 
que acaba tendo os seus direitos e deveres obstruídos pelo fato dos pais muitas das 
vezes não conhecerem uma outra forma de comunicação e para os pais é difícil pois 
muitos acabam tendo os seus sonhos “frustrados” por não ter tido uma criança 
“perfeita”. É necessário um trabalho da família e dos profissionais envolvidos para 
passar por essa fase de adaptação da melhor maneira possível. 
Esse trabalho tem por objetivo mostrar que, o povo surdo possui força e 
coragem para enfrentar os desafios que lhe são postos, mas precisam que o povo 
ouvinte o respeite. Qualquer que seja o nível linguístico de um surdo/a, seu grau de 
escolaridade ou sua profissão, antes de tudo, eles/as são humanos, são cidadãos/ãs 
brasileiros/as com direitos e deveres iguais a todos/as. E, aqueles/as que se 
encontrem em situação de desrespeito aos seus direitos e/ou de vulnerabilidade 
social devem encontrar, nos serviços que buscarem, assistentes sociais 
capacitados/as técnica, ética e politicamente para atendê-los com respeito, 
dignidade e qualidade. (BARROS, J; HORA, M p. 98). 
 
 
38 
Diante de todas as argumentações tecidas aponta-se que houve um avanço 
considerável no tratamento a pessoa com deficiência, embora a discriminação e a 
divulgação de um estereótipo, um modelo padrão que se apresenta como limitação 
ao avanço dos direitos da pessoa com deficiência. 
 Alvo de violência esses indivíduos em articulação com as famílias buscam 
seus direitos, seu espaço na sociedade, nas relações sociais cotidiana. Embora o 
avanço tecnológico tenha trazido maior ênfase nas discussões acerca da pessoa 
com deficiência, temos muito que avançar em direção da efetiva garantia de direitos. 
 Diante desses desafios, limites e questionamentos está o Serviço Social, 
profissão interventiva, lutando frente às demandas da classe trabalhadora, buscando 
representatividade e autonomia do público em questão. 
 A inserção do Assistente Social no âmbito da educação ainda se apresenta 
como desafio, o que propicia a limitação para que as pessoas com deficiência tenha 
acesso pleno aos seus direitos. Sabemos que nem todas as escolas dispõe de um 
profissional em sua equipe técnica o que faz emergir a precariedade do acesso aos 
direitos, à informação. 
 Vale ressaltar que esses desafios, fragilidade não afeta apenas as instituições, 
como também os familiares que em muitos casos não sabem como lidar com as 
demandas diversas que cercam a pessoa com deficiência. 
 O processo de inclusão ainda se apresenta como excludente. Nos relatos das 
famílias pode-se apontar tanto os pais como os professores que as escolas 
regulares de ensino não estão preparadas para lidarem com a pessoa com 
deficiência, nesse caso com ênfase a questão da surdez. 
 Todo esse contexto desenhado aponta para a necessidade de ações, políticas 
públicas que visem maior integração desses indivíduos na sociedade em geral, 
buscando a produção de autonomia e emancipação humana. Sabemos que toda 
essa articulação não é uma tarefa fácil, porém realizável. 
 
 
 
39 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação lúdica, técnicas e jogos pedagógicos. São 
Paulo: Loyola, 2000. 
 
BARROS, J; HORA, M. Pessoas Surdas: Direitos, Políticas Sociais e Serviço 
Social. Universidade Federal de Pernambuco. Recife 2009. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Planejando a Próxima Década: Conhecendo as 
20 Metas do Plano Nacional de Educação. 2014. 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília, DF: Senado Federal, 1988. 
 
BRASIL. Lei nº 9394/96 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e 
bases da educação nacional. 
 
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 
10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - 
Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. 
 
BRASIL. Lei 10.436, 24 de abril de 2002. Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá 
outras providências. Brasília, abril de 2002. 
 
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL - CFESS – Serviço Social na 
Educação. Brasília, DF, setembro de 2001. 
 
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área 
das Necessidades Educativas Especiais. Brasília, 1994. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf 
 
IBGE. Desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 27 de abril de 2018. 
 
IAMAMOTO, Marilda, V. Renovação e Conservadorismo No Serviço Social 
Ensaios Críticos. 7 ed. – São Paulo: Cortez, 2004. 
 
IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e 
formação profissional. 3 ed. São Paulo: Cortez 2000. 
 
IAMAMOTO M.; CARVALHO, R. De. Relaçõessociais e Serviço Social no Brasil: 
esboço uma interpretação histórico-metodológica. 19. ed. São Paulo/Lima: 
Cortez/ Celats, 2006. 
 
LABORIT, Emmanuelle. O grito da gaivota. 2ª ed. Lisboa: Caminha, SA, 2000 
 
LIMA, M.T; GOMES, A. K. S. A EDUCAÇÃO INCLUSIVA COMO OBJETO DE 
INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL. Universidade Federal Rural do Semi-
Árido. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf
 
 
40 
 
MAIA, S. R. . Deficiência Auditiva / Surdez. 2007. (Curso de curta duração 
ministrado/Outra). http://www.ginead.com.br/area/20/inclusao-social 
 
MINAYO, Maria. C. S. Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. In: 
MINAYO, Maria. C. S (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL. Saberes 
e Práticas da Inclusão. Brasília: 2006 
 
QUADROS, Ronice. M. de. Educação de Surdos: A aquisição da linguagem. 
Porto Alegre: Artmed, 2008. 
 
SACKS, Oliver. Vendo Vozes: Uma viagem ao mundo dos Surdos. Ed. Schwarcz 
LTDA, 2009. 
 
SASSAKI, Romeu, K. Inclusão Construindo uma sociedade para todos. Rio de 
Janeiro: WVA, 1999. 
 
SILVESTRE, C.O (Jan/Abri de 2013). A interação entre crianças surdas no 
contexto de uma escola de Educação Infantil. Acesso em 17 de setembro de 
2018, disponível em Revista Educação Especial: 
www.ufsm.br/revistaeducacaoespecial 
 
SILVA, A; SILVA, D; JUNIOR, L. O Serviço Social no Brasil: Das Origens à 
Renovação ou “fim” do “início”. In: 4º SIMPÓSIO MINEIRO DE ASSISTENTES 
SOCIAIS 
 
STROBEL, Karin. As Imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Ed. 
da UFSC, 2008. 
 
 
http://www.ginead.com.br/area/20/inclusao-social
http://www.ufsm.br/revistaeducacaoespecial
 
 
41 
7 ANEXOS 
ROTEIRO DE PARECER PARA BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
Curso de Serviço Social 
 
 
NOME COMPLETO DO DISCENTE: MARIANA SOUZA DE ALBUQUERQUE 
RODRIGUES 
TÍTULO DO TRABALHO AVALIADO: A INSERÇÃO DOS DEFICIENTES 
AUDITIVOS NO ÂMBITO ESCOLAR: O Papel do Serviço Social Frente à Essa 
Demanda 
NOME DO MEMBRO DA BANCA EXAMINADORA: Professoras: Adriana Aparecida 
Ferreira, Dra. Vânia C. S. Caran e Taciana Lopes Bertholino. 
 
Apresentação Escrita: 
 
1. Possui resumo 
( ) Sim ( ) Não 
2. Introdução 
possui : 
Objeto ( ) Sim ( ) Não 
Objetivos ( ) Sim ( ) Não 
Justificativa ( ) Sim ( ) Não 
Metodologia ( ) Sim ( )Não 
Apresentação dos Capítulos ( ) Sim ( ) Não 
3. 
Desenvolvimento 
Relevância do estudo ( )Sim ( ) Não ( ) Parcial 
Apropriação dos autores ( )Sim ( ) Não ( ) Parcial 
Coerência com o objeto ( )Sim ( )Não ( ) Parcial 
Utilização das referências ( ) Sim ( ) Não ( ) Parcial 
Pertinência com as referências bibliográficas ( ) Sim ( ) Não ( ) Parcial 
Originalidade na escrita ( ) Sim ( ) Não ( ) Parcial 
ABNT ( ) Sim ( ) Não ( ) Parcial 
4.Considerações Finais 
Atingiu os objetivos: ( ) Sim ( ) Não ( ) Parcial 
 
Resultado: A Banca Examinadora, após o exame da Defesa da 
Monografia e arguição do aluno(a), decidiu por 
( ) Trabalho REPROVADO, com parecer em anexo. 
( ) Trabalho APROVADO, atribuindo grau ________ . 
 
 
Assinatura do membro da banca examinadora 
_____________________________________ 
 
 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
	agradecimentos
	LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS
	SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO
	1 OBJETIVOS
	2 PERCURSO METODOLÓGICO
	3 RESULTADOS ESPERADOS
	4 LIMITES E DESAFIOS IMPOSTOS AOS DEFICIENTES AUDITIVOS
	4.1 Língua de sinais
	4.2 Cultura Surda
	4.3 A criança surda
	4.4 Educação
	5 PROCESSO HISTÓRICO DO SERVIÇO SOCIAL: breves reflexões sobre a atuação do assistente social no contexto da educação especial
	5.1 Processo Histórico do Serviço social
	5.2 Questão social, política social e direitos
	5.3 A atuação do assistente social no contexto da educação especial
	6 CONCLUSÃO
	REFERÊNCIAS
	7 ANEXOS

Outros materiais