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Habeas Corpus Com Pedido Liminar

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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Criminal da Comarca de Conceição do Agreste/CE.
Processo nº  
NOME DO ADVOGADO, Advogado, inscrito na OAB/ sob o nº (...), com endereço profissional na (...), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, e nos artigos 647 e 648, inciso I e VI, do Código de Processo Penal, impetrar 
HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR
em favor de JOSÉ PERCIVAL DA SILVA, nacionalidade (...), estado civil (...), Presidente da Câmara dos Vereadores, residente e domiciliado na (...), contra ato ilegal praticado pelo MM. Juiz da (...) Vara Criminal da Comarca de Conceição do Agreste, pelas razões de fato e fundamentos:
DOS FATOS
O paciente foi preso em 03 de fevereiro de 2018, por suposta prática de infração ao art. 310, II, c/c art. 312, c/c art. 313, I do Código de Processo Penal, encontrando-se, atualmente, preso em Conceição do Agreste/CE.
Ocorre que o paciente não fazia parte do esquema de corrupção e não foi indicado pelo delator Sr. João Matos, empresário, interessado em participar das contratações a serem realizadas pela Câmara dos Vereadores.
Foi indicado pelo Sr. João Matos, os vereadores Fernando Caetano, Maria do Rosário e o Presidente da Comissão de Finanças e Contrato da Câmara, o Sr. João Santos que juntos haviam exigido o pagamento de R$ 100.000,00 para que sua empresa participasse do procedimento licitatório, acontece Excelência que o Sr. José Percival em nenhum momento foi citado e apontado pelo sr. Paulo como partícipe no esquema.
O Sr. José Percival, na qualidade de Presidente da Câmara de Conceição do Agreste, estava na Sessão da Comissão de Finanças e Contratos da Câmara exatamente para verificar se ela estava realizando seu trabalho de maneira correta e eficaz.
Por essa feita, o Sr. José mesmo sem ter ciência do que estava ocorrendo foi preso em flagrante, acusado de participar do esquema criminoso. 
De acordo com art. 5º, LXV da Constituição Federal, a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária. 
À vista do exposto, requer-se a V. Exa. que seja concedida ao Paciente o relaxamento da prisão, expedindo-se o competente alvará de soltura, a fim de ver-se processado em liberdade.
DOS BONS ANTECEDENTES, ENDEREÇO CERTO E EMPREGO FIXO
O Paciente é e trata-se de pessoa íntegra, de bons antecedentes e que jamais respondeu a qualquer processo crime conforme certidão negativa que junta em anexo.
Possui ainda endereço certo na (...) , onde reside com sua família nesta Comarca, trabalha na condição de Presidente da Câmara de Vereadores, conforme comprovantes em anexo, preenchendo, portanto, os requisitos do parágrafo único do art. 310 do Código de Processo Penal.
Assim, uma vez atendidas as exigências legais para a concessão da liberdade provisória, ou seja, a inexistência de motivo para decretação da prisão preventiva, e a primariedade e os bons antecedentes do Paciente. 
As razões do fato em si serão analisadas oportunamente, no devido processo legal, não cabendo, neste momento, um julgamento prévio de sua inocência.
Trata-se de pleito conferido pelo parágrafo único do artigo 310 do Código de Processo Penal, no qual o juiz poderá conceder ao réu a liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo.
O Supremo Tribunal Federal, por sua 2º. Turma, em 27-05-88, ao julgar o HC 66.371-MA, já proclamou que:
“Liberdade provisória. Direito de aguardar em liberdade o julgamento. Benefício negado. Constrangimento ilegal caracterizado. Réu primário, de bons antecedentes e residente no distrito da culpa. Fundamentação na não comprovação pelo acusado da inocorrência das hipóteses que autorizam a prisão preventiva. Inadmissibilidade. Custódia que deve ser fundadamente justificado pelo juiz. Habeas corpus concedido”. (RT 634/366).
O indeferimento, pois, do direito do Paciente em aguardar em liberdade o desenrolar de seu processo constitui constrangimento ilegal, uma vez preenchidas as exigências legais para a concessão da liberdade provisória do mesmo. 
Neste sentido, Julio Fabbrini Mirabete em sua obra Código De Processo Penal Interpretado, 8ª edição, pág. 670, leciona:
Como, em princípio, ninguém deve ser recolhido à prisão senão após a sentença condenatória transitada em julgado, procura-se estabelecer institutos e medidas que assegurem o desenvolvimento regular do processo com a presença do acusado sem sacrifício  de sua liberdade, deixando a custódia provisória apenas para as hipóteses de absoluta necessidade.
À vista do exposto, requer-se a V. Exa. Que seja concedida ao Paciente o relaxamento da prisão, expedindo-se o competente alvará de soltura, a fim de ver-se processado em liberdade.
DOS VÍCIOS MATERIAIS DA PRISÃO EM FLAGRANTE
Conforme narrado, a prisão ocorreu após a ocorrência, conforme consta do auto de prisão em flagrante, razão pela qual não estão presentes nenhum dos motivos que autorizam a sua custódia cautelar.
A prisão em flagrante é uma medida caracterizada pela privação da liberdade de locomoção do agente surpreendido em situação de flagrância, que independe de prévia autorização judicial.
À vista do exposto, requer-se a V. Exa. Que seja concedida ao Paciente o relaxamento da prisão, expedindo-se o competente alvará de soltura, a fim de ver-se processado em liberdade.
Termos em que, pede deferimento.
Conceição do Agreste, XX de XX de XX
Advogado (...)
OAB (...)

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