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Gastrulação e organogênese

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Ectoderme: formando a epiderme, os anexos epidérmicos, o sistema nervoso e 
cavidades
•
Mesoderme: formando a derme, os ossos e músculos, o sistema circulatório e 
reprodutor 
•
Endoderma: formando o sistema respiratório e os órgão do sistema digestório•
Gastrulação se refere ao processo de formação das camadas germinativas a partir 
do disco bilaminar:
Na região caudal do epiblasto ocorre um espessamento, a chamada linha 
primitiva, resultando da proliferação e migração de células do disco embrionário
•
A linha primitiva cresce em direção ao plano mediano, até ocupar metade do 
comprimento do disco embrionário, o sulco primitivo torna-se mais profundo e 
mais definido
•
A extremidade cranial da linha primitiva se expande em algo chamado NÓ 
PRIMITIVO, o qual possui uma depressão denominada FOSSETA PRIMITIVA que 
continua caudalmente com o sulco primitivo - a posição do nó primitivo é 
determinado por genes específicos
•
Eixo craniocaudal: a linha se forma na linha mediana caudal○
Eixo mediolateral: a linha primitiva forma-se na linha mediana○
A linha primitiva delimita todos os principais eixos corporais•
Formação da linha primitiva: 15º dia
As células do epiblasto movem-se em direção à linha primitiva, entram nela e 
então migram para fora dela como células individuais - INGRESSÃO 
•
As células do epiblasto migram pelo sulco primitivo para formar a mesoderma •
Disco intralaminar•
Epitélio: folhas com células em formato regular (cuboides) 
interconectadas pelas superfícies laterais
▪
Mesênquima: células irregulares (estreladas) e frouxamente conectadas▪
Os epiblastos nas laterais da linha primitiva começam a se mover pra 
dentro dela e a sofrer uma transformação epitélio-mesenquimal - células 
alongam-se e adquirem formato de frasco e desprendem-se de células 
vizinhas, formando os pseudopódios - migração pela linha primitiva entre o 
epiblasto e hipoblasto
○
O endoderma definitivo originará o tubo digestivo e seus derivados○
Endoderma definitivo: 16º dia•
Essas células migram bilateralmente a partir da linha primitiva e formam 
uma camada de células frouxas entre o epiblasto e o endoderma
▪
Mesoderma cardiogênico□
Mesoderma paraxial□
Mesoderma intermediário (também denominado nefrótomo) □
Mesoderma da placa lateral.□
A camada forma as quatro subdivisões principais do mesoderma 
intraembrionário: 
▪
Além disso, uma quinta população de células mesodérmicas migra 
cranialmente a partir do nó primitivo para formar um tubo de paredes 
espessas na linha média, denominado processo notocordal
▪
Células do epiblasto migram através da linha primitiva, estendem-se pelo 
espaço entre o epiblasto e o endoderma definitivo nascente e formam uma 
terceira camada germinativa, o mesoderma intraembrionário
○
Mesoderma: 16º dia•
Placa neural▪
Ectoderma cutâneo▪
Após formação do endoderma e mesoderma, as células remanescentes do 
epiblasto constituem o ectoderma
○
O embrião desenvolve-se em uma sequência craniocaudal, de forma que 
epiblastos não estarão mais presentes cranialmente quando houver 
epiblasto na região caudal movendo-se para a linha primitiva e sofrendo 
ingressão
○
Ectoderma•
Migração celular
A partir do nó primitivo, as células do epiblasto + mesoderma migram e ocorre a 
formação de um tubo oco, o processo notocordal -> cresce em direção à 
região cefálica
•
Concomitantemente com a regressão da linha primitiva•
Formação da notocorda: processo notocordal: 16º dia
O assoalho ventral do tubo se funde com o endoderma subjacente formando a 
placa notocordal achatada
•
Canal neuroentérico - permite o acesso do canal amniótico (caudal) com o 
saco vitelínico (rostral)
•
A placa notocordal se destaca completamete do endoderma tornando-se um 
cordão sólido -> notocorda
•
Formação da notocorda: fusão ao endoderma: 16º ao 22º dia
O futuro mesoderma cardiogênico move-se do epiblasto para a porção 
mediana da linha primitiva e então migra cefalicamente para formar o 
mesoderma cardiogênico, que flanqueia a membrana orofaríngea. O futuro 
mesoderma extraembrionário move-se do epiblasto para a extremidade caudal 
da linha primitiva para contribuir com a formação do mesoderma 
extraembrionário do âmnio, do saco vitelino e do alantoide
•
M. paraxial se prolifera e forma uma coluna grossa e longitudinal▪
Posteriormente se divide formando corpos cuboides - os somitos 
(abaixo da região cranial do embrião) - primeiro par de somitos no 
20º dia, formando 3 ou 4 por dia até o 30º dia, com 42 a 44 pares 
de somitos
▪
Flanqueiam a notocorda desde a região occipital até a parte caudal 
do embrião
▪
Os primeiros somitos, formados na parte occipital do crânio, junto com 
a crista neural, contribuem para a formação dos ossos craniais 
▪
Os próximos oito pares correspondem à região cervical▪
12 pares de somitos - região torácica▪
5 pares de somitos - região lombar - forma os músculos abdominais▪
5 pares de somitos - região sacral▪
Os somitos dão origem a maior parte do esqueleto axial e os músculos 
associados, além da derme
▪
Na região do tronco o mesoderma forma feixes de células que se 
segmentam - Somitos
○
Região cranial formada por células não segmentadas e dispersas, que 
vão preencher frouxamente essa região formando o MESÊNQUIMA DA 
CABEÇA
▪
Formado posteriormente pelas células das cristas neurais▪
Origina os músculos estriados da face, mandíbula e garganta▪
Mesoderma da cabeça ○
Mesoderma paraxial •
Sistema urogenital○
Mesoderma intermediário - abordado em sistema urogenital •
Tecido mais periférico○
Espaços surgem no mesoderma lateral, que crescem e formam o celoma 
intra-embrionário
▪
M. lateral somático (próximo à ectoderme) + ectoderme = somatopleura▪
M. lateral esplâncnico (próximo à endoderme) + endoderme = 
esplancnopleura
▪
Celoma intra-embrionário○
Mesoderma lateral•
Diferenciação da mesoderma: 17º ao 21º dia
Formação da placa neural (indução neural pelo nó primitivo), espessamento do 
ectoderma e alongamento do embrião 
•
Células neuroepiteliais: pseudoestratificadas e cilíndricas (neuroectoderma)•
Neurulação: 18º ao 20º dia
Células centrais formam o tubo neural e células periféricas formam as cristas 
neurais
○
Invaginação da placa neural no mesoderma - tubo neural •
Neuroporo caudal e rostral - abertura que liga o tubo neural na parte caudal à 
cavidade amniótica e também à parte rostral 
•
No 22º dia (oito pares de somitos), a estreita porção caudal da placa neural –
a futura medula espinhal – representa apenas cerca de 25% do comprimento da 
•
Formação do tubo e crista neural
Stella Fernandes - MEDUFMS/Turma LIII Gastrulação e organogênese 
 Página 1 de Gastrulação e organogênese 
a futura medula espinhal – representa apenas cerca de 25% do comprimento da 
placa neural
•
Com a adição de novos somitos, a região da medula espinhal alonga-se mais 
rápido do que a placa neural craniana. Lá pelo 23º ou 24º dia (12 e 20 pares 
de somitos, respectivamente), a futura medula espinhal ocupa cerca de 50% do 
comprimento da placa neural, e no 26º dia (25 pares de somitos) ela ocupa 
cerca de 60%
•
O rápido alongamento da placa neural durante este período é impulsionado 
pela extensão convergente do neuroepitélio e tecidos subjacentes
•
O disco trilaminar possui algumas estruturas em seu interior, mas ainda possui um 
aspecto laminar, que é modificado pelo dobramento da cavidade amniótica e 
de outras regiões 
•
O dobramento lateral, cefálico e caudal modifica a forma do embrião -> 
cilíndrica
•
O dobramento é motivado pelo rápido crescimento das extremidades•
Dobramento do embrião
O dobramento é provocado pelo rápido crescimento dos somitos > comprime e 
estreita a abertura do saco vitelínico
•
Na terminação da cabeça e da cauda do embrião, as bordas laterais do disco 
embrionário tocam umas nas outras e, em seguida, fecham-se em direção ao 
local do futuro umbigo
•
Quando as bordas se encontram, as camadas de ectoderma, mesoderma e 
endoderma de cada lado fundem-secom as camadas correspondentes no outro 
lado > ectoderma do disco embrionário original cobre toda a superfície 
tridimensional do embrião, exceto na futura região umbilical, de onde surgem o 
saco vitelínico e o pedículo de conexão
•
Ectoderma + dermomiótomos + mesoderma da placa lateral + células da crista 
neural > pele
•
Endoderma do disco embrionário trilaminar > revestimento do trato 
gastrointestinal
•
Intestino médio na região central está amplamente aberto para o saco 
vitelínico > formação do tubo digestivo > pescoço do saco vitelínico é 
gradualmente apertado > redução dessa comunicação > final da 6ª 
semana > tubo digestivo está totalmente formado > ducto vitelínico
○
A extremidade cranial do intestino anterior é tampada pela membrana 
orofaríngea, que se rompe no final da 4ª semana para formar a boca 
○
A extremidade caudal do intestino posterior é tampada pela membrana 
cloacal, que se rompe durante a 7ª semana para formar os orifícios do ânus 
e o sistema urogenital 
○
Quando as bordas laterais, cranial e caudal do embrião encontram-se e se 
fundem, as porções cranial e caudal do endoderma são convertidas em tubos 
sem saída – os futuros intestino anterior e intestino posterior
•
Formação do intestino médio•
O embrião não é mais ligado diretamente ao saco vitelínico - é ligado por um 
canal
•
Dobramento lateral
O dobramento é provocado pelo rápido crescimento do encéfalo•
Formação da área cardiogênica•
Formação e direcionamento do mesoderma cardiogênico - que formará o 
sistema circulatório
•
Septum transversum - barra espessa do mesoderma na linha media cranial (22º 
dia) > separação dos celomas nas cavidades torácica e abdominal > origina 
parte do diafragma, do mesentério abdominal, estômago e duodeno
•
Formação do intestino anterior•
Dobramento cefálico
O dobramento é provocado pelo rápido crescimento da extremidade caudal•
Alongamento do tubo neural e somitos > ultrapassam o arco caudal do saco 
vitelínico
•
Devido à relativa rigidez das estruturas axiais dorsais, o fino arco caudal do 
disco embrionário, que contém a membrana cloacal, dobra-se para baixo e 
torna-se parte da superfície ventral do embrião > arco caudal do disco 
dobra-se > pedículo de conexão (que liga a extremidade caudal do disco 
embrionário na placenta em desenvolvimento) se desloca cranialmente até se 
juntar ao pescoço do saco vitelínico
•
A raiz do pedículo de conexão contém uma delgada bifurcação endodérmica 
no intestino posterior denominada alantoide > endoderma se invagina em 
direção ao pedínculo embrionário e será importante na formação do sistema 
urinário
•
Formação do intestino posterior•
Pedínculo embrionário formará o cordão umbilical•
Dobramento caudal
Formação das dobras neurais, nas bordas laterais da placa neural, composta 
de neuroepitélio e ectoderma cutâneo adjacente > dobras neurais elevam-se 
dorsalmente em torno de um ponto pivô central que está logo acima da 
notocorda > articulação mediana
•
Entre essas camadas formam-se as células da crista neural○
O sulco delimitado pela dobra da placa neural é denominado sulco neural
Pontos adicionais de articulação formam-se na placa neural do cérebro para 
promover o encontro das dobras neurais na linha média dorsal > dobras neurais 
no nível do futuro cérebro convirjam medialmente em direção uma da outra > o 
par de dobras neurais emparelha-se na linha mediana dorsal > fechamento do 
sulco neural (22º dia) > adesão das dobras neurais uma na outra e o posterior 
rearranjo das células da dobra para formar duas camadas epiteliais: a placa 
do teto do tubo neural e o ectoderma cutâneo sobrejacente
•
O crescimento da placa neural (22º dia) faz com que o fino aro craniano do 
disco curve-se no sentido ventral para formar a futura face, pescoço e tórax > 
translocamento da membrana orofaríngea para a região da futura boca e 
deslocamento da área cardiogênica e septo transverso para futuro tórax
•
Finalmente, os neuroporos cranial e caudal fecham-se no 24º e 26º dia, 
respectivamente
•
Dobra da placa neural
Formação do intestino primitivo•
Realocação do mesoderma cardiogênico e membrana bucofaríngea•
Início da formação do cordão umbilical•
Resultado do dobramento
Linha Primitiva
 Página 2 de Gastrulação e organogênese 
16º dia -> a linha primitiva estende-se em cerca da metade do comprimento do embrião > 
gastrulação > linha primitiva regride caudalmente
•
Contrariamente, a notocorda da cauda estende-se para essa região a partir de níveis mais 
craniais > organização e padronização dos rudimentos dos órgãos caudais
○
20º dia -> remanescentes da linha primitiva expandem-se e formam uma massa de mesoderma na linha 
media caudal > BROTO DA CAUDA > origina a maior parte das estruturas caudais > reservatório de 
células que permite a expansão caudal do embrião > contribui para o tubo neural e a crista neural 
(região sacral e coccígea) > contribui também para os somitos caudais
•
22º dia -> linha primitiva representa cerca de 10% a 20% do comprimento do embrião•
26º dia -> linha primitiva desaparece•
A gastrulação ocorre durante um período de desenvolvimento denominado desenvolvimento primário do 
corpo.
•
Durante o desenvolvimento primário do corpo, a linha primitiva origina as três camadas germinativas, as 
quais subsequentemente formam os rudimentos dos órgãos. A formação da cauda rudimentar ocorre 
após o fim da gastrulação, durante um período do desenvolvimento denominado desenvolvimento 
secundário do corpo
•
Contrariamente ao desenvolvimento primário do corpo, o desenvolvimento secundário envolve a 
formação direta dos rudimentos dos órgãos a partir do broto da cauda, sem a formação prévia das 
camadas germinativas
•
Final da 3ª semana > a placa neural apresenta uma ampla porção cranial que dará origem ao cérebro e uma 
estreita porção caudal que dará origem à medula espinhal > extensão convergente do neuroepitélio e tecidos 
subjacentes
•
22º dia > oito pares de somitos > a estreita porção caudal da placa neural – a futura medula espinhal – representa 
apenas cerca de 25% do comprimento da placa neural > adição de novos somitos > alongamento da medula 
espinhal (mais rápido que a placa neural craniana)
•
23º e 24º dia > 12 a 20 pares de somitos > 50% da placa neural•
26º dia > 25 pares de somitos > 60% da placa neural•
A principal mudança morfogenética que ocorre durante a formação da placa neural é o alongamento 
apicobasal das células ectodérmicas para formar a espessada monocamada da placa neural 
○
A modelagem da placa neural envolve o processo de extensão convergente > placa neural afina 
transversalmente e alonga-se no plano longitudinal > a região da placa neural no nível do futuro cérebro 
permanece muito mais amplo do que no nível da futura medula espinhal
○
A neurulação envolve quatro eventos principais: formação da placa neural, modelagem da placa neural, 
dobramento da placa neural e fechamento do sulco neural
•
Neurulação aprofundada
Como na padronização dorsoventral do mesoderma, a indução da placa neural também envolve a secreção de 
antagonistas pelo organizador para inibir sinalizações > o centro de Nieuwkoop > organizador > padronização do 
mesoderma no plano dorsoventral e indução da placa neural
•
Experimentos de perda de função de genes sugerem que moléculas semelhantes induzem o organizador tanto nos 
vertebrados inferiores quanto nos superiores. Isso inclui membros das famílias Tgfβ (p. ex., nodal) e Wnt.
•
O organizador tem a surpreendente capacidade de induzir secundariamente todos os eixos embrionários se for 
enxertado em um local ectópico de outro embrião > mais de uma dúzia de moléculas são secretadas pelo 
organizador > Chordin > capacidade de induzir eixos secundários quando expressas ectopicamente
•
O organizador expressa cerca de 10 fatores de transcrição. A expressão ectópica de alguns desses, como o 
goosecoid, também induz eixos secundários
•
Presença da sinalização Bmp > ectoderma forma o ectoderma cutâneo○
SinalizaçãoBmp inibida > ectoderma forma o neuroectoderma (fase de placa neural)○
Organizador induz a placa neural < antagoniza a sinalização via Bmp•
A sinalização Bmp é antagonizada pela secreção de antagonistas do Bmp, como o Noggin, o Chordin, o nodal, a 
folistatina e o Cerberus, que se ligam, todos, no Bmp, no espaço extracelular, e evitam a ligação do Bmp nos seus 
•
A linha primitiva é induzida por interações celulares na extremidade caudal do disco embrionário > tecidos 
extraembrionários induzem o epiblasto adjacente a formar a linha primitiva > continua com o endoderma 
extraembrionário (hipoblasto) migrando da região caudal para a região cranial
•
Células do epiblasto são induzidas pela região extraembrionária caudal para a formação da linha primitiva > 
células sofrem delaminação (deepitelização ou transição de epitélio para mesênquima) do epiblasto > migram 
cranial e medialmente > extensão convergente contribui para os últimos aspectos da formação e alongamento 
da linha primitiva
○
Quatro processos principais estão envolvidos na formação da linha primitiva: migração celular, divisão celular 
orientada, delaminação progressiva do epiblasto e extensão convergente
•
A regionalização cranial é estabelecida antes da formação da linha primitiva, como resultado da sinalização 
do endoderma visceral anterior > camundongos, incerto em humanos
○
Com a formação da linha primitiva durante a gastrulação, os eixos embrionários – craniocaudal, dorsoventral, 
mediolateral e esquerdo-direito – tornam-se definidos
•
O trato gastrointestinal sofre rotações durante o desenvolvimento, de forma que o estômago se posiciona 
à esquerda e o fígado à direita
▪
O coração também se dobra, o ápice aponta para a esquerda e a base é direcionada para a direita▪
O pulmão direito apresenta três lobos e o esquerdo, dois▪
A assimetria bilateral, que é oposta à simetria espelhar (ou imagem espelhar), é o termo que indica diferenças 
anatômicas dos lados esquerdo e direito do corpo
○
Interações celulares centradas no nó primitivo > assimetria esquerda-direita > gastrulação○
Distúrbio humano situs inversus viscerum totalis (inversão total das vísceras), a lateralização de todas as 
vísceras é revertida > reversão raramente completa ou exata > erros na morfogênese com frequência causam 
malformações secundárias > más rotações do intestino médio > discordância de lateralidade ou heterotaxia 
(Ex. dobramento em alça do coração - que pode ser revertido) > a lobulação dos pulmões pode ser normal 
(três lobos à direita e dois lobos à esquerda)
○
A mutação iv ocorre em um gene designado dineína esquerdo -direito ou Lrd > motores moleculares 
compostos por cadeias polipeptídicas pesadas e intermediárias > utilizam a energia da hidrólise do ATP 
para > causar batimento dos cílios e flagelos quando gera o deslizamento entre microtúbulos
▪
Camundongos homozigotos para o alelo iv mutante > situs inversus○
Pacientes com síndrome de Kartagener apresentam lateralidade invertida e também imobilidade dos cílios do 
aparelho respiratório e dos flagelos dos espermatozoides > infertilidade e infecções no aparelho respiratório
○
Pacientes com síndrome de Kartagener têm mutações nos genes da DINEÍNA (são identificadas mutações em 
ambas as cadeias, pesada e intermediária), como também deficiências em seus braços de DINEÍNAS ciliares 
(DINEÍNAS formam projeções semelhantes a braços que se interconectam com as duplas de microtúbulos 
externos, como visto na ultraestrutura das eletromicrografias)
○
Padronização do eixo esquerdo-direito > inicia próximo à época de formação do nó primitivo, na extremidade 
cefálica da linha primitiva.
•
Cada uma das células do nó primitivo contém um único cílio > monocílio > monocílios das células nodais centrais 
são móveis, ao contrário dos das células nodais periféricas > cílios centrais giram em rodopio e geram um fluxo de 
líquido para a esquerda através do nó 
•
O movimento do líquido para a esquerda pelo nó gera uma distribuição assimétrica de um morfógeno 
desconhecido > proteína difusível que afeta o desenvolvimento do tecido com base na sua concentração > 
interrompe a simetria e inicie o desenvolvimento esquerdo-direito.
•
Morfógeno pode ser > nodal, Bmp e Gdf1 (fator 1 de crescimento e diferenciação)•
Assimetria esquerda-direita envolve várias etapas > ação ciliar no nó durante a gastrulação > estabelecimento da 
rotação dos cílios dentro do nó (requerendo Lrd e Kif3A, B) > fluxo nodal (do lado direito para o lado esquerdo) > 
expressão de Nodal nas células do lado esquerdo do nó (essas células contêm cílios imóveis e constituem as 
chamadas células da coroa do nó) > expressão de Nodal na placa lateral esquerda (endoderma exerce um 
importante papel na transferência da informação esquerda-direita) > expressão do lefty2 e do pitx2 na placa 
lateral esquerda 
•
A ordem dos genes em um programa genético é frequentemente determinada pelo exame dos padrões de 
expressão em mutantes. Por exemplo, se o gene A ativa o gene B, o qual ativa o gene C em um programa, então a 
mutação do gene B poderá alterar a expressão do gene C, mas não a do gene A. Desta maneira, mostrou-se que o 
gene Lrd ocupa uma posição de alto nível na hierarquia genética do desenvolvimento esquerdo-direito. Em 
mutantes Lrd com perda de função, os padrões de expressão de nodal, lefty1, lefty2 e pitx2 são alterados, 
indicando que eles são posteriores ao Lrd
•
A função ciliar no embrião não é somente estabelecer a assimetria esquerda-direita. Os cílios também atuam em 
vários sistemas orgânicos em desenvolvimento, como a traqueia, o rim, o sistema olfatório, a retina, os testículos e o 
oviduto. Defeitos na estrutura e na função dos cílios que resultam em doenças denominam-se ciliopatias. Várias 
ciliopatias ocorrem em humanos, incluindo algumas formas de doença policística renal, síndrome de Meckel, síndrome 
de Bardet-Bield e a síndrome de Joubert. Muitas das ciliopatias resultam em situs inversus ou heterotaxia
•
Linha Primitiva
Durante a gastrulação, as células executam quatro tipos de movimentos coordenados, denominados 
movimentos morfogenéticos: epibolia (extensão de uma camada epitelial), embolia (internalização), 
convergência (movimento em direção à linha média) e extensão (alongamento no plano craniocaudal)
•
Os dois últimos movimentos ocorrem conjunta e coordenadamente um com o outro e são denominados 
extensão convergente > rearranjo celular para aproximar as células da região da linha mediolateral e, 
concomitantemente, aumenta sua extensão craniocaudal
•
Os movimentos morfogenéticos são produzidos por uma combinação de mudanças no comportamento 
celular > mudanças na adesão célula-célula e célula-matriz extracelular > achatamento (de cilíndricas ou 
cúbicas para pavimentosas), alongamento ou encurtamento (de cuboidal para cilíndrica ou de cilíndrica 
para cuboidal) e formato de cunha (de cilíndrica para cuneiforme) > aumento (crescimento) ou 
diminuição do volume celular > deslocamento ativo (migração) ou passivo das células de uma região do 
embrião para outra > aumento (mitose) ou diminuição (apoptose)
•
Quando as GTPases são perturbadas, as células se acumulam e morrem no espaço entre o 
epiblasto e o hipoblasto. De maneira similar, as mutações com perda de funções de uma 
variedade de moléculas de adesão e do citoesqueleto perturbam a EMT > Ncaderina, 
β-catenina e afadina > molécula de adesão intercelular, componente citoplasmático do 
complexo de adesão caderina/catenina, e uma proteína de ligação ao filamento de 
actina, respectivamente
□
Citoesqueleto é alterado pela expressão de membros da família Rho de GTPases, como RhoA e 
Rac1 > regulagem a organização da actina e desenvolvimento dos lamelipódios das células 
em gastrulação na linha primitiva
▪
Ingressão – internalização de células individuais em processo de transformação epitélio-mesenquimal 
(EMT) > modificações na adesão célula-célula e na forma da célula (mudanças no citoesqueleto). 
Durante a EMT, as células doepiblasto no interior da linha primitiva substituem suas atividades 
adesivas predominantes de célula-célula para célula-substrato (membranas basais e matriz 
extracelular) > SNAIL (gene responsável pela repressão das características epiteliais das células 
mesenquimais) > cessa a expressão de determinadas moléculas de adesão célula-célula, como a 
E-caderina > induz a expressão de proteínas do citoesqueleto, como a vimentina
○
Tanto a epibolia (extensão de uma camada de células na superfície do embrião - células do epiblasto 
para linha primitiva) quanto a embolia (movimento das células para o interior do embrião - movimento 
das células pela linha primitiva) estão envolvidas na gastrulação humana, já que as células se movem em 
direção para dentro e através da linha primitiva
•
Bases celulares da Gastrulação
O centro de Nieuwkoop é um centro organizador que se forma no início do desenvolvimento e que 
induz o organizador
○
O organizador, por sua vez, emite sinais para criar padrões que subdividem o mesoderma 
mediolateral recém formado
○
Existem duas áreas que se estabelecem no início do desenvolvimento do embrião e que exercem 
influências indutivas: o centro de Nieuwkoop e o organizador (frequentemente chamado de organizador 
de Spemann-Mangold)
•
Baixo nível de sinalização > notocorda□
Alto nível de sinalização > mesoderma da placa lateral□
A superexpressão de Bmps ou de Wnt ventraliza o mesoderma e suprime a formação da 
notocorda, enquanto a superexpressão de antagonistas de Bmp ou de Wnt induzem a 
formação de notocordas ectópicas
□
Fatores dorsalizantes > produtos proteicos dos genes Noggin, Chordin, nodal, Follistain e 
Cerberus < secretados pelo organizador (nó primitivo) e seus derivados (notocorda e placa do 
assoalho do tubo neural) > atuam antagonizando a sinalização Bmp e/ou Wnt
▪
Fatores ventralizantes > Bmps e Wnts▪
Gradientes de fatores de crescimento secretados (i.e., morfógenos) induzem as subdivisões do 
mesoderma
○
Formação das dobras do corpo > estabelecimento do plano corporal tridimensional de um tubo 
dentro de um tubo > notocorda torna-se o mesoderma mais dorsal e o mesoderma da placa lateral 
torna-se o mesoderma mais ventral
○
Após mover-se entre o ectoderma e o endoderma, o mesoderma rapidamente separa-se em várias 
subdivisões mediolaterais
•
Estabelecimento das subdivisões mediolaterais do mesoderma
Displasia caudal (síndrome de regressão caudal) > agenesia caudal > caracterizada por graus variáveis de (1) 
flexão, inversão e rotação lateral das extremidades inferiores; (2) anomalias das vértebras lombares e sacrais; (3) 
ânus imperfurado; (4) agenesia dos rins e do trato urinário; e (5) agenesia dos órgãos genitais internos, exceto as 
gônadas > casos extremos > deficiência no desenvolvimento caudal > fusão dos brotos dos membros inferiores 
durante o desenvolvimento inicia > aspecto “semelhante a sereia” (sirenomelia)
•
Defeitos vertebrais, atresia anal, fístula traqueoesofágica, defeitos renais e anomalias radiais do antebraço○
A associação VACTERL > anomalias cardiovasculares com defeitos renais e nos membros○
Em alguns indivíduos, as malformações caudais estão associadas às anomalias mais craniais > associação VATER •
Todas essas anomalias são originadas de defeitos que resultam do crescimento e migrações anormais durante a 
gastrulação
•
As vértebras sacrais e coccígeas são formadas por estruturas denominadas esclerótomos, que se desenvolvem a 
partir dos somitos sacrais e caudais 
•
O mesoderma intermediário diferencia-se em rim como resposta à indução pelo crescimento para dentro do 
mesoderma dos brotos uretéricos 
•
O ânus imperfurado pode resultar da migração errada do mesoderma caudal na região de formação da 
membrana anal 
•
Fístulas traqueoesofágicas podem ser causadas por defeitos de interações entre o endoderma do rudimento do 
intestino anterior e o mesoderma
•
As malformações radiais do antebraço são aparentemente resultado da migração e da diferenciação anormal do 
mesoderma da placa lateral 
•
Em humanos, a displasia caudal é uma manifestação comum do diabetes materno (gestacional) com elevados níveis 
de INSULINA
•
Gastrulação anormal
A extensão convergente desempenha um importante papel na formação da placa notocordal – a aproximação 
coordenada de um grupo de células derivadas do nó no plano mediolateral e o concomitante alongamento no 
plano cefalocaudal à medida que a placa notocordal se forma
•
Os planos de divisão mitótica (i.e., as placas de metáfase) das células notocordais em divisão são posicionados de 
modo a separar as células-filhas preferencialmente no plano craniocaudal, mais do que no plano mediolateral
•
Placa notocordal
 Página 3 de Gastrulação e organogênese 
O organizador expressa cerca de 10 fatores de transcrição. A expressão ectópica de alguns desses, como o 
goosecoid, também induz eixos secundários
•
Presença da sinalização Bmp > ectoderma forma o ectoderma cutâneo○
Sinalização Bmp inibida > ectoderma forma o neuroectoderma (fase de placa neural)○
Organizador induz a placa neural < antagoniza a sinalização via Bmp•
A sinalização Bmp é antagonizada pela secreção de antagonistas do Bmp, como o Noggin, o Chordin, o nodal, a 
folistatina e o Cerberus, que se ligam, todos, no Bmp, no espaço extracelular, e evitam a ligação do Bmp nos seus 
receptores
•
Organizador induz a placa neural secretando fatores de crescimento > Fgf8 e membros da família Igf (fator de 
crescimento semelhante à insulina)
•
As vias de sinalização do Fgf, Igf e Bmp convergem para um ponto durante a indução neural: a fosforilação do 
Smad1 > Fgf/Igf inibem a atividade do Smad1 > Bmp estimula a atividade do Smad1 > baixo nível de atividade 
Smad1 > indução neural
•
A indução neural resulta na formação da placa neural e a neurulação subsequente converte a placa neural em 
tubo neural > regionalizado ao longo do eixo craniocaudal em prosencéfalo, mesencéfalo, rombencéfalo e medula 
espinal
•
O mesoderma também é regionalizado ao longo do eixo craniocaudal (p. ex., mesoderma paraxial não segmentado 
da cabeça versus mesoderma paraxial segmentado do tronco). A formação de todos os três níveis do corpo 
envolve um tema comum: sinalização combinatória, na qual a quantidade das três moléculas sinalizadoras expressas 
varia em diferentes níveis. As moléculas sinalizadoras são Wnts, Bmps e nodal
•
A formação da cabeça requer a inibição da sinalização do Wnt e do Bmp. Assim, o organizador da cabeça, seja 
como um centro de sinalização separado ou como parte do próprio organizador, dependendo do organismo, 
secreta antagonistas da sinalização Wnt e Bmp. A perda de função desses inibidores resulta na perda de estruturas 
da cabeça. A formação do tronco, ao contrário da formação da cabeça, requer ambas as sinalizações, Wnt e 
nodal, como também a inibição da sinalização Bmp. De modo similar, a formação da cauda requer ambas as 
sinalizações, Wnt e nodal, mas, em contraste com a do tronco, a formação da cauda também requer sinalização 
Bmp
•
A neurulação, mais especificamente a modelagem e o dobramento da placa neural, envolve certo número de 
diferentes forças que atuam em conjunto > alterações no comportamento das células (forma da célula, posição e 
número). 
•
Forças intrínsecas da neurulação > placa neural
Forças extrínsecas da neurulação > tecidos adjacentes (ectoderma cutâneo e mesoderma) > divisão celular 
orientada e rearranjo celular > extensão convergente > expansão medial > empurra a dobra neural > 
elevação da dobra neural e convergência na linha mediana dorsal
○
Algumas dessas forças são produzidas na própria placa neural, enquanto outras forças são geradas nos tecidos 
adjacentes. 
•
A modelagem envolve extensão convergente > estreitamento transversal e alongamento longitudinal > placa•
O alongamento apicobasal requer a presença de microtúbulos paraxiais > microtúbulos orientados ao longo 
(em paralelo) do eixo apicobasal da célula > reduzem o diâmetro para manter o volume○
neural engrossa apicobasalmente > células ficam mais altas•
Ocorre rápida divisão celular durante a neurulação, e a placa neural continua crescendo durante a 
modelagem e o dobramento > extensão craniocaudal da placa neural
○
O principal fator que estreita a placa neural é o rearranjo celular (intercalação celular) > as células movem-se da 
lateral para o meio da placa neural, estreitando, assim, a placa neural e pressionando-a no plano craniocaudal > 
aumento do comprimento da placa neural
•
A base das células neuroepiteliais expandem-se simultaneamente na medida que o núcleo basal se move▪
Fase G1/S (mitose) > núcleo das células movem-se para o ápice (ao lado do lúmen) > células 
redondas no ápice do épitelio (essa fase é prolongada para as células que terão forma de cunha) > 
citocinese > células alongam-se > núcleos movem-se basalmente > forças intrínsecas da neurulação
□
As células da placa neural dividem-se em todo o processo, fazendo um movimento de vaivém > 
MIGRAÇÃO NUCLEAR INTERCINÉTICA
▪
Pontos de articulação são regiões específicas onde as células neuroepiteliais mudam sua forma de colunar 
para a forma de cunha (formadas por constrição apical ou expansão basal), e ficam firmemente ligadas à 
estrutura adjacente através da deposição de matriz extracelular 
○
Assim, as células do ponto de articulação mediano da placa neural são firmemente ligadas à notocorda 
subjacente, e as células do ponto de articulação dorsolateral de cada lado da placa neural são firmemente 
aderidas ao ectoderma cutâneo sobrejacente à dobra neural
○
O dobramento da placa neural envolve a formação dos pontos de articulação > ponto de articulação mediano 
forma-se em todos os níveis do eixo craniocaudal da placa neural em dobramento > pontos de articulação 
dorsolaterais emparelhados formam-se no nível do futuro cérebro
•
Mutações nos genes de citoesqueleto, matriz extracelular/adesão celular, ciclo celular e genes de morte celular > 
DTNs
•
Extensão convergente < regulada pela via de sinalização Wnt•
Extensão convergente é bloqueada em mutações com perda de função da proteína citoplasmática dishevelled 
de Xenopus > utilizam a via PCP (responsável pela formação dos estereocílios das células ciliadas), a via 
canônica do Wnt e não canônica do Wnt
○
Durante o desenvolvimento, as folhas de epitélio tornam-se polarizadas não apenas no sentido apicobasal, mas 
também no próprio plano do epitélio
•
Via da polaridade planar das células e extensão convergente
Três tecidos fornecem sinais para a padronização do eixo dorsoventral: ectoderma cutâneo, mesoderma paraxial e 
notocorda > sinais são originados, respectivamente, dorsal, lateral e ventralmente 
•
Altas concentrações > induz neurônios ventrais▪
Baixas concentrações > induz neurônios intermediários▪
Mínimas concentrações > induz neurônios dorsais▪
Shh age como um morfógeno○
Utilizando experimentos de perda de função e ganho de função, principalmente na galinha e no camundongo, foi 
demonstrado que o sonic hedgehog (Shh), secretado inicialmente pela notocorda, é o sinal que induz o ponto de 
articulação mediano e a placa do chão (também secreta Shh > induz os neurônios no ventre do tubo neural - como 
os motoneurônios)
•
Elevado nível de sinalização Bmp dorsalmente + sinalização de Wnt pelo ectoderma cutâneo > indução 
de células da crista neural e na placa do teto do tubo neural
▪
Sinalização Bmp fica robusta dorsalmente (onde a concentração de Chordin é fraca ou ausente e a 
concentração de Bmp é alta) e fraca ou ausente ventralmente (onde a concentração de Chordin é alta e a 
concentração de Bmp é fraca ou ausente)
○
A notocorda também produz um gradiente ventrodorsal na concentração de Chordin, um antagonista do Bmp. O 
gradiente de Chordin interage com o gradiente, dorsal para ventral, da concentração de Bmp produzido pelo 
ectoderma cutâneo > sinalização do Bmp é bloqueada por Chordin
•
O mesoderma paraxial alinhado ao lado das paredes laterais do tubo neural também fornece sinais de 
padronização, mas estes são os menos compreendidos. Entre os fatores produzidos e secretados pelo mesoderma 
paraxial estão Fgfs, como o Fgf8
•
Padronização dorsiventral do tubo neural
Os recém-nascidos com anencefalia não possuem cérebro anterior funcional (encéfalo) e não 
ganham consciência
▪
DTNs abertos: disrafismo total (cranioraquisquise - todo o comprimento do tubo neural se abre pra 
superfície), disrafismo localizado, disrafismo total do cérebro ou cranioquise ou anencefalia (formação 
normal da medula espinhal) 
○
Nem todos os pacientes portadores de espinha bífida aberta têm medula espinhal disráfica. Na 
verdade, as membranas (dura-máter e aracnoide) podem se projetar do canal vertebral, 
formando um saco ou cele cheio de líquido
▪
Quando a protrusão consiste unicamente de membranas, é chamada de meningocele▪
Nervos espinhais acometidos por esse defeito não conseguem se desenvolver normalmente > 
disfunção dos órgão pélvicos e inferiores
□
Normalmente controlada com o implante de um desvio, um tubo feito de material inerte, 
flexível, de plástico, com cerca de 3 mm de espessura e que contém uma válvula de 
fluxo unidirecional > implantado nos ventrículos laterais para fluir o líquido para outra 
parte do corpo (abdômen normalmente)

90% das crianças desenvolvem hidrocefalia > anomalia na base do cérebro (Malformação 
de Arnold-Chiari) > atrapalha o escoamento normal do LCR > aumento da pressão do LCR 
nos ventrículos cerebrais > alargamento do tecido cerebral
□
Quando inclui uma medula espinhal intacta, é denominada meningomielocele ou 
mielomeningocele
▪
Disrafismo da medula espinhal (mielosquise ou espinha bífida) (normalmente localizada e no nível 
lombossacral)
○
Ocorrem quando a neurulação não ocorre normalmente > surgem durante a 3ª e a 4ª semana de 
gestação e podem estar abertos (mais graves) para a superfície ou cobertos pela pele
•
Os níveis da alfafetoproteína estão elevados em gestações afetadas por DTNs (e por defeitos 
da parede do corpo, como gastrosquise) e são menores em gestações afetadas pela síndrome 
de Down (ou por outras anomalias cromossômicas)
▪
A alfafetoproteína é produzida pelo fígado fetal e é excretada pelos rins do feto dentro do líquido 
amniótico > absorvido para a circulação materna
○
Triagem pela alfafetoproteína do soro materno (MSAFP) após a 12ª semana de gestação > níveis 
elevados de alfafetoproteína > exame de ultrassom da espinha e da cabeça do feto e amniocentese 
•
Uma grande encefalocele pode afetar gravemente a função neurológica e ameaçar a 
sobrevivência 
▪
Encefalocele > tecido cerebral projeta-se através do crânio ○
Elas ocorrem em cerca de 2% da população▪
Espinha bífida oculta (normalmente marcada por um tufo de cabelo, um nervo pigmentado, um 
angioma, um lipoma ou por uma covinha) > ASSINATURAS NEUROCUTÂNEAS
○
DTNs cobertos por pele podem estar presentes tanto no nível do cérebro quanto no nível da medula 
espinhal. 
•
Devem ser examinados por ressonância magnética (RMI) ou por meio de ultrassom, para 
identificar a medula presa associada a um DTN fechado
□
Em recém-nascidos com DTNs cobertos por pele, a presença de medula presa não seria evidente▪
Medula espinhal presa > extremidade caudal da medula espinhal está aderida à pele como 
resultado de um DTN aberto ou fechado > criança cresce > coluna vertebral se estende > medula 
presa é esticada e danificada > déficit neurológico
○
Em geral, os defeitos mais profundos e mais extensos resultam em maior déficit neurológico do que os mais 
superficiais e menores
•
Os DTNs não têm uma causa unicamente monogênica ou teratogênica. Acredita-se que sejam de natureza 
multifatorial, ou seja, surgem da interação de vários fatores genéticos e ambientais. Cerca de 95% dos 
bebês com DTNs são nascidos de pais sem histórico familiar de tais distúrbios. No entanto, se uma criança 
da família tiver um DTN, o risco de reincidência em qualquer gravidez subsequente sobe para cerca de 1 
em 40, e, se duascrianças forem afetadas, a incidência aumentará para 1 em 20, sugerindo fortemente 
uma predisposição genética 
•
Algumas partes da Índia e na Irlanda > 1,1%○
Província de Shanxi, no norte da China >1,6% a 1,8%○
A frequência de DTNs varia de acordo com a raça, sugerindo uma predisposição genética•
Mutações nos genes do PCP (van Gogh 1 e 2) > defeito de fechamento do tubo neural •
A suplementação com ácido fólico (vitamina B9) pode reduzir a incidência de DTNs em até 75% ○
O ácido fólico deve ser tomado por mulheres em idade reprodutiva, assim, a suplementação com 
folato já estará estabelecida no momento da concepção 
○
Se a mãe já tiver tido uma criança com espinha bífida, será recomendável que ela tome um complexo 
multivitamínico para pré-natal 10 vezes mais concentrado em ácido fólico 
○
O papel do ácido fólico nos processos do desenvolvimento humano é complexo, incluindo a 
regulação da síntese de DNA, a mitose, a síntese proteica e a metilação do DNA, de modo que o 
verdadeiro mecanismo pelo qual a suplementação com ácido fólico previne DTNs (e provavelmente 
outros defeitos de nascença) continua pouco claro
○
Teratógenos que induzem DTNs em animais e em seres humanos também têm sido identificados, abrindo a 
possibilidade de que alguns DTNs em seres humanos podem ser causados por toxinas ambientais ou 
deficiências nutricionais > ácido retinoico, a insulina, glicose plasmática elevada, drogas 
anticonvulsivantes, ácido valproico, diabetes materno e hipertermia
•
A gastrulação termina com a formação do broto caudal•
Para distinguir da neurulação (ou neurulação primária), que envolve formação do tubo neural a partir da 
placa neural
○
A neurulação é concluída com o fechamento do neuroporo caudal no nível do somito 31> no feto, o tubo 
neural estende-se caudalmente para os níveis sacral e coccigeal > nível do fechamento do neuroporo caudal 
é sobreposto ao da formação do broto caudal e este último sofre morfogênese para formar a parte mais 
caudal do tubo neural > neurulação secundária > células da crista neural e somitos também se desenvolvem 
a partir do broto caudal
•
A neurulação secundária envolve a condensação das células do broto em uma massa sólida central 
denominada CORDÃO MEDULAR > cavitação > lúmen > funde-se com o canal neural do tubo neural mais 
•
 Página 4 de Gastrulação e organogênese 
Para distinguir da neurulação (ou neurulação primária), que envolve formação do tubo neural a partir da 
placa neural
○
é sobreposto ao da formação do broto caudal e este último sofre morfogênese para formar a parte mais 
caudal do tubo neural > neurulação secundária > células da crista neural e somitos também se desenvolvem 
a partir do broto caudal
A neurulação secundária envolve a condensação das células do broto em uma massa sólida central 
denominada CORDÃO MEDULAR > cavitação > lúmen > funde-se com o canal neural do tubo neural mais 
cranial > células da crista neural surgem no teto do tubo neural > migram > formam gânglios espinais da 
cauda > células laterais do broto caudal > segmentam-se > somitos da cauda > extremidade caudal da 
notocorda cresce na direção das regiões sacral, coccígea e do broto da cauda
•
A neurulação secundária é completada por volta da 8ª semana do desenvolvimento•
Pouco tempo depois da formação do tubo neural, ele torna-se subdividido no eixo craniocaudal em 
cérebro anterior, cérebro médio, cérebro posterior e medula espinhal. Concomitantemente, o embrião é 
moldado pelo processo de dobramento do corpo e flexão do tubo neural
•
Final do 1º mês do desenvolvimento, o corpo do embrião já está bem formado, e o plano corporal básico 
está bem estabelecido 
•
Cortes mediossagitais até a extremidade craniana do embrião desta fase revelam o cérebro anterior 
(também chamado de prosencéfalo), cérebro médio (mesencéfalo) e cérebro posterior (rombencéfalo). A 
acentuada flexão que separa o prosencéfalo do mesencéfalo é a flexão do mesencéfalo
•
As células da crista neural cefálica associadas ao cérebro em desenvolvimento, começam a se 
desprender e migrar antes do fechamento do neuroporo craniano, mesmo enquanto as dobras neurais 
ainda estão fundindo-se na linha mediana dorsal
○
Na porção da medula espinhal do tubo neural, as células da crista neural separam-se após as dobras 
neurais terem se fundido
○
Células da crista neural na extremidade mais caudal do tubo neural são formadas a partir do cordão 
medular, após o fechamento do neuroporo caudal no 26º dia
○
As células da crista neural surgem como uma população única na parte dorsal do tubo neural durante a 
neurulação > transformação epitelial-para-mesenquimal > separação do tubo neural > migração para 
vários locais específicos no corpo > diferenciação > (1) zona do mesencéfalo > extremidade caudal
•
A rota de uma determinada célula da crista neural e o ponto onde ela para de migrar ao longo dessa 
rota determinam, em parte, qual tipo de célula ela será > células da crista neural craniana (cérebro) e as 
mais caudais (medula espinhal) > tipos celulares idênticos (como neurônios), mas também originam alguns 
tipos celulares diferentes (apenas as células da crista neural craniana formam cartilagem e osso)
•
As vias de migração das células da crista neural são estabelecidas por moléculas da matriz extracelular > 
moléculas permissivas ou moléculas inibitórias > células da crista neural migram apenas pela metade 
craniana do somito e não passam pela metade caudal > padrão segmentado do sistema nervoso 
periférico 
•
As moléculas permissivas na parte cranial do somito incluem as proteínas da membrana basal: tenascina, 
fibronectina, laminina e colágeno
•
Nem todas as subpopulações de células da crista neural respondem da mesma forma a esses sinais 
locais
○
Células da crista neural que estão se diferenciando em neurônios ou células gliais são inibidas pelas 
efrinas
○
Melanoblastos (células derivadas da crista neural que estão se diferenciando em melanócitos, ou seja, 
células de pigmento) são estimulados a migrar em efrinas > capazes de migrar por caminhos onde 
neurônios e células gliais não podem ir
○
Células da crista neural do tronco são rechaçadas pelo slit, que é expresso no mesênquima intestinal, 
mantendo-as fora do intestino, enquanto as células da crista neural vagal, que não têm o receptor de 
slit, são, portanto, capazes de migrar para o intestino e formar o sistema nervoso entérico
○
As moléculas inibidoras da parte caudal do somito são os proteoglicanos, moléculas ligantes de PNA (ou 
seja, moléculas que ligam especificamente a lectina do amendoim, aglutininas), F-spondin (uma proteína 
produzida e secretada pela placa do chão do tubo neural) e efrinas 
•
O lócus white-spotting é um proto-oncogene que codifica um receptor c-kit do tipo tirosina cinase 
(receptor c-kit) e o lócus do steel codifica o ligante para este receptor, o ligante c-kit > mutações nesses 
genes > anomalias > migração das células-tronco embrionárias > células germinativas primordiais falham em 
povoar as gônadas (esterilidade) <> células-tronco hematopoiéticas deixam de migrar do saco vitelínico 
para o fígado > graves deficiências na formação do sangue <> defeitos de pigmentação
•
A mutação patch afeta a subunidade alfa do fator de crescimento derivado de plaquetas (Pdgf2α), 
interrompendo o desenvolvimento dos derivados não neuronais das células da crista neural
•
Mutações que anulam os genes que codificam proteínas receptoras para o ácido retinoico resultam em 
defeitos na septação do trato da via de saída do coração
•
Células da crista neural na região caudal do prosencéfalo (cérebro anterior) e no mesencéfalo (cérebro médio) dão 
origem ao gânglio parassimpático do nervo craniano III, uma porção do tecido conjuntivo em torno dos olhos e 
nervos ópticos em desenvolvimento, os músculos da íris e do corpo ciliar e parte da córnea do olho
•
Células da crista neural craniana + mesoderma > mesênquima cranial no nível do mesencéfalo•
Células da crista neural dasregiões do mesencéfalo e rombencéfalo (cérebro posterior) > estruturas dos arcos 
faríngeos em desenvolvimento na cabeça e no pescoço > elementos cartilaginosos e ossos do nariz, da face, do 
ouvido médio e do pescoço 
•
As células da crista neural do mesencéfalo e do rombencéfalo formam a derme, o músculo liso, a gordura da face e 
do ventre do pescoço e os odontoblastos dos dentes em desenvolvimento
•
As células da crista neural que surgem na porção mais caudal do rombencéfalo + células da crista neural vagal > 
células parafoliculares da tireoide
•
Células rombencefálicas da crista neural > neurônios e todas as células gliais nos gânglios sensoriais dos nervos 
cranianos V, VII, IX e X 
○
O nervo craniano I (olfativo) surge a partir do placoide olfativo▪
O nervo craniano II (óptico) surge a partir do cálice óptico (a extremidade distal que engrossa e forma o 
rudimento do tipo placoide da retina) 
▪
Nervo craniano VIII (nervo vestibulococlear) e o gânglio vestibulococlear surgem do placoide óptico▪
Os demais neurônios dos gânglios sensoriais dos nervos cranianos V, VII, IX e X, glia e gânglios associados 
surgem de pequenos placoides ectodérmicos denominados placoides epibranquiais ou epifaringeais
○
Células da crista neural rombencefálica > componentes craniais da parte parassimpática do sistema nervoso 
autônomo > neurônios pós-ganglionares (neurônios pré-ganglionares surgem na placa basal do tudo neural) e 
células gliais dos gânglios parassimpáticos dos nervos craniano VII, IX e X
○
Além disso, algumas células da crista neural craniana invadem o ectoderma cutâneo > melanócitos▪
Células da crista neural craniana > pia-máter e a aracnoide da região occipital (duramáter < mesoderma da 
cabeça)
○
As células da crista neural rombencefálicas > formação de alguns gânglios nervosos cranianos•
Algumas dessas células da crista neural migram para o polo craniano do coração em desenvolvimento > formação 
do septo aorticopulmonar que divide o trato de saída do coração < outras células da crista neural vagal migram 
mais distalmente > neurônios no mesênquima da parede do intestino > sistema nervoso entérico, que inerva todas as 
regiões do tubo digestivo, do esôfago ao reto < outras células da crista neural vagal que migram com as da região 
caudal do rombencéfalo > bolsas faríngeas > formação das células parafoliculares da tireoide 
•
Neurônios sensoriais periféricos, cujos corpos celulares residem nos gânglios da raiz dorsal○
Neurônios motores periféricos autônomos simpático e parassimpático, cujos corpos celulares residem, 
respectivamente, nos gânglios simpáticos e parassimpáticos
○
Neurônios entéricos, considerado uma terceira subdivisão do sistema nervoso autônomo○
O sistema nervoso periférico do pescoço, tronco e dos membros é formado por vários neurônios•
Células da crista neural que surgem no tubo neural do tronco agregam-se lateralmente ao tubo neural, onde formam 
pequenos aglomerados em associação com os somitos > diferenciação em segmentos de gânglios da raiz dorsal 
dos nervos espinais
•
Existem 7 pares de cervicais, 12 pares de torácicos, 5 pares de lombares, 5 pares de sacral e 1 par de 
gânglios da raiz dorsal coccigeal
○
O par mais cranial de gânglios da raiz dorsal cervical (adjacente ao segundo somito cervical) forma-se no 28º 
dia
○
Um par de gânglios da raiz dorsal desenvolve-se em cada segmento de todos os níveis (exceto no nível do 1º 
gânglio cervical e nos níveis do 2º e 3º coccigeais) 
•
Células da crista neural do tronco > zona logo ventral ao futuro gânglio da raiz dorsal > condensações > 
desenvolvimento do gânglio em cadeia > divisão simpática do sistema nervoso autônomo 
•
Regiões torácica, lombar e sacral > um par de gânglios em cadeia forma-se em associação com cada par de 
somitos
•
Região cervical > três grandes gânglios em cadeia •
Região coccigeal > um único gânglio em cadeia•
Os neurônios que se desenvolvem em gânglios em cadeia tornam-se neurônios periféricos (pós-ganglionares) da 
divisão simpática do sistema nervoso autônomo
•
Os gânglios periféricos de algumas vias simpáticas especializadas desenvolvem-se a partir das células da crista 
neural quase aglomeraram próximo aos principais ramos da aorta dorsal - par desses gânglios pré-aorticos ou 
pré-vertebrais forma-se na base da artéria celíaca
•
Outros gânglios mais difusos desenvolvem-se em associação com a artéria mesentérica superior, com as artérias 
renais e com a artéria mesentérica inferior < células da crista neural torácicas e lombares
•
Outros gânglios < células da crista neural originárias da região lombossacral > migram >gânglios parassimpáticos
(terminais)
•
O sistema nervoso autônomo parassimpático tem origem craniossacral •
O sistema nervoso entérico deriva das células da crista neural provenientes tanto da região lombossacral quanto 
da vagal
•
As células da crista neural vagal migram para dentro da parede do tubo intestinal para inervar todas as regiões do 
tubo, desde o esôfago até o reto. Elas invadem o tubo intestinal em uma onda de cranial para caudal. As células 
da crista neural lombossacral invadem em onda o tubo intestinal, mas o fazem no sentido caudal para cranial. A 
porção terminal do intestino apresenta uma dupla inervação, com seu sistema nervoso entérico originando-se tanto 
das células da crista neural vagal quanto da lombossacral
•
Células da crista neural formam os revestimentos meningeais interno e médio da medula espinhal (pia-máter e 
aracnoide); as células de Schwann e as células cromafins neurossecretoras da medula da suprarrenal
•
Células da crista neural do tronco invadem o ectoderma cutâneo conforme distanciam-se do tubo neural e formam 
os melanócitos da pele do tronco e dos membros
•
 Página 5 de Gastrulação e organogênese 
das células da crista neural vagal quanto da lombossacral
Células da crista neural formam os revestimentos meningeais interno e médio da medula espinhal (pia-máter e 
aracnoide); as células de Schwann e as células cromafins neurossecretoras da medula da suprarrenal
•
Células da crista neural do tronco invadem o ectoderma cutâneo conforme distanciam-se do tubo neural e formam 
os melanócitos da pele do tronco e dos membros
•
Região mais posterior do trato digestivo o sistema nervoso entérico tem uma dupla origem: alguns neurônios entéricos 
surgem das células da crista neural vagal, enquanto outros originam-se das células da crista neural lombossacral
•
Essas células da crista neural caudal têm origem, aparentemente, tanto na porção primária quanto na secundária do 
tubo neural
•
Doença de Hirschsprung (megacolo congênito) > células da crista neural lombossacral não conseguem inervar a 
porção terminal do cólon > deficiências na motilidade intestinal 
•
A sobrevivência e a diferenciação dos neurônios periféricos dependem da presença de pequenos fatores de 
crescimento denominados neurotrofinas
•
Células do gânglio da raiz dorsal > fator de crescimento de nervo (Ngf), Neurotrophin-3 (Nt-3) e o fator neurotrófico 
derivado do cérebro (Bdnf) > secretados pelo tubo neural e por uma subdivisão do somito, o dermomiótomo 
•
Sobrevida e a diferenciação das células simpáticas dos gânglios em cadeia dependem do Ngf e Nt-3, bem como de 
fatores de crescimento, como o fator de crescimento do tipo insulina (Igf)
•
Desenvolvimento anormal dessas células pode afetar vários sistemas de órgãos > patologias associadas às 
estruturas derivadas das células da crista neural
•
Neurofibromatose (doença de von Recklinghausen; com tumores nos nervos periférico)•
Charcot-Marie-Tooth (uma doença desmielinizante crônica do nervo periférico, em especial o nervo peroneal ou 
fibular)
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Waardenburg tipos I e II •
Albinismo (defeitos de pigmentação)•
Feocromocitoma (tumor de células cromafins da medula da suprarrenal)•
Doença de Hirschsprung (megacólon congênito; ausência de inervação na parte terminal do cólon) •
Síndrome de CHARGE (coloboma dos olhos, defeitos no coração, atresia de coanas,retardo do crescimento e do•
desenvolvimento, anomalias genitais e urinárias, anomalias no ouvido e perda de audição)•
Síndrome da deleção (também conhecida como síndrome de DiGeorge ou síndrome velocardiofacial) afeta o 
desenvolvimento do crânio, face e sistema cardiovascular
•
Sinais da notocorda > secreta o sonic hedgehog (Shh) + proteína noggin (inibidor de Bmp) > expressão do Pax 
I (fator de transcrição da família paired box) > induz o esclerótomo
○
Conforme o dermomiótomo vai se formando, ele vai sendo padronizado pelo gradiente de sinalização do 
Bmp4 < secretado pelo mesoderma da placa lateral e pela ativação de noggin na parte dorsal do somito 
por fatores secretados pelo dorso do tubo neural (Wnt) e pela notocorda (Shh)
▪
Sinais do dorso do tubo neural, o ectoderma cutâneo e os mesodermas adjacentes, a placa lateral e o 
intermediário > produzem diversos Wnts > expressão do fator de transcrição da família paired box, Pax3 > 
induzem o dermomiótomo
○
Estruturas adjacentes aos somitos em desenvolvimento são responsáveis pela padronização em subdivisões dos 
somitos
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O mesoderma paraxial do tronco sofre segmentação e forma os somitos com estrutura epitelial > reorganização em 
duas subdivisões: o dermomiótomo epitelial e o esclerótomo mesenquimal > transformação epitélio-mesenquimal
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Porção ventral do esclerótomo circunda a notocorda > corpo vertebral○
Porção dorsal do esclerótomo circunda o tubo neural > arco vertebral○
Durante o desenvolvimento subsequente, os esclerótomos irão desenvolver-se em vértebras•
O dermomiótomo contribui para a formação da derme da pele ao longo do tronco e MIÓTOMOS > músculos da 
parede do corpo epaxial (dorsal) e hipaxial (ventrolateral)
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Além disso, após a formação dos brotos dos membros, as células dos miótomos migram para os membros em 
desenvolvimento para formar a musculatura dos membros
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 Página 6 de Gastrulação e organogênese

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