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Medula Espinal

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Cranialmente, a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do 
forame magno do osso occipital
•
Seu calibre não é uniforme pois apresenta duas dilatações: intumescência cervical
e intumescência lombar
•
A medula espinhal é uma massa cilindroide, de tecido nervoso localizada no interior do 
Canal Vertebral (Forame Vertebral) e vai até ao nível das vértebras L1-L2 
(importância clínica). Começa na junção cervicobulbar e termina no cone medular,
continuando apenas com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal
No adulto, a medula não ocupa todo o canal vertebral, uma vez que termina no nível da 
segunda vértebra lombar. Abaixo desse nível, o canal vertebral contém apenas as 
meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais que, dispostas em torno do 
cone medular e filamento terminal constituem, em conjunto, a chamada cauda equina.
Áreas de conexão com as 
grossas raízes nervosas 
que formam os plexos 
braquial e lombossacral
Grande presença de neurônios e entrada e 
saída de fibras nervosas
É possível utilizar as raízes dos primeiros nervos espinhais e a decussação das 
pirâmides para localizar o início da medula espinhal 
É o 
cruzamento 
das fibras do 
trato 
corticoespinh
al (controle 
motor 
voluntário) 
ao nível 
caudal do 
bulbo
Cone medular
Cauda Equina
A diferença de tamanho entre medula e canal vertebral resulta 
de ritmos de crescimento diferentes, em sentido longitudinal, 
entre medula e coluna vertebral. Até o quarto mês de vida 
intrauterina, medula e coluna crescem no mesmo ritmo. Por isso, a 
medula ocupa todo o comprimento do canal vertebral, e os nervos, 
passando pelos respectivos forames intervertebrais, dispõem-se 
horizontalmente, formando com a medula um ângulo 
aproximadamente reto. Entretanto, a partir do quarto mês, a 
coluna começa a crescer mais do que a medula, sobretudo em sua 
porção caudal. Como as raízes nervosas mantêm suas relações com 
os respectivos forames intervertebrais, há o alongamento das 
raízes e diminuição do ângulo que elas fazem com a medula. Estes 
fenômenos são mais pronunciados na parte caudal da medula, 
levando à formação da cauda equina.
Os nervos espinais são todos MISTOS (sensitivo + motor) originados da fusão das raízes ventral e 
dorsal
•
Qualquer estímulo sensitivo no corpo é captado pelos axônios de neurônios sensitivos (fibras 
nervosas) de um determinado nervo espinal. Esse estímulo passa pelo corpo do neurônio 
pseudounipolar num GÂNGLIO PARAVERTEBRAL e segue pelo outro “axônio” até o sulco 
lateral posterior da medula. Esse caminho do gânglio até a entrada no sulco lateral posterior é 
chamado RAÍZ DORSAL (ou AFERENTE/ SENSITIVA). Anteriormente, o estímulo motor é 
emitido através de fibras eferentes que saem do sulco lateral anterior como RAÍZ VENTRAL
(EFERENTE/ MOTORA) e se une à raiz dorsal, formando o respectivo nervo espinal
•
A raiz é uma parte inicial de fibras que saem da medula e que são PURAS, ou seja, ou só tem 
sensitivos ou só motores. Possuem um tecido conjuntivo recobrindo elas e parece que estão 
fundidas, mas só se fundem quando passam pelo forame intervertebral, formando os nervos.
•
O nervo espinhal formado se subdivide em dois ramos: ramo dorsal (mais fino) e ramo ventral 
(espesso). O RAMO DORSAL inerva (sensitivo e motor sempre) toda a parte do dorso (costas) e 
nuca. O RAMO VENTRAL inerva os membros inferiores, superiores, pescoço e tronco. Esses ramos 
continuam mistos e dão origem aos plexos nervosos.
•
Essas raízes se unem em um ponto localizado distalmente ao gânglio espinhal que existe na 
raiz dorsal para formar os nervos espinhais 
○
Sulcos laterais anterior e posterior: conexão de filamentos radiculares que se juntam para formar 
as raízes ventral e dorsal dos nervos espinhais 
•
Segmento medular: parte da medula onde fazem conexão os filamentos radiculares que entram na 
composição do nervo segmentado. 
•
Existem 31 pares de nervos espinhais, aos quais correspondem 31 segmentos medulares assim 
distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e, geralmente, um coccígeo. Existem oito 
pares de nervos cervicais, mas somente sete vértebras. O primeiro par cervical (C 1) emerge acima 
da 1ª vértebra cervical, portanto entre ela e o osso occipital. Já o 8º par (C8) emerge abaixo da 7ª 
vértebra, o mesmo acontecendo com os nervos espinhais abaixo de C8, que emergem de cada lado, 
sempre abaixo da vértebra correspondente
•
A medula, através dos Nervos Espinhais, é o maior condutor de informações que sai e entra no encéfalo.
O forame vertebral é revestido pelo periósteo das vértebras e, em seguida ocupado por camadas de 
cavidades e meninges. As meninges são três membranas conjuntivas que envolvem todo o sistema 
nervoso central (SNC): dura-máter, aracnoide-máter e pia-máter.
Membrana mais superficial e espessa (paquimeninge). •
Formada por tecido conjuntivo denso não modelado (fibras colágenas) >> Muito resistente•
Cranialmente é continua com a dura-máter craniana e caudalmente forma um fundo-de-saco 
que termina ao nível de S2.
•
Recobre as raízes dos nervos espinhais e os reveste como epineuro•
Na região medular é unilaminar, enquanto que na região craniana ela se delamina formando 
uma lâmina externa que se adere ao crânio e uma lâmina interna que forma quatro projeções 
que compartimentalizam o crânio: foice do cérebro (hemisfério esquerdo e direito), foice do 
cerebelo (separa parcialmente o cerebelo), tenda do cerebelo (cavidade supratentorial 
(cérebro) e infratentorial (cerebelo e tronco encefálico)) e diafragma da sela. 
•
Saco Dural: a meninge continua além da medula espinhal, se estendendo até S2 - delimita o 
ventrículo terminal, onde são feitas punções lombares
•
Dura-máter:
Está justaposta à dura-máter•
Aracnoide-máter:
As cavidades existentes no canal vertebral são três e encontram-se interpostas entre as 
meninges e o periósteo ou entre as meninges.
Localizado entre o periósteo e a meninge dura-máter. •
Este plexo venoso tem caráter avalvular - permite fluxo bidirecional○
Neste espaço há tecido adiposo e o plexo venoso epidural ou plexo venoso vertebral 
interno, responsável pela drenagem da medula espinhal. 
•
São drenados para o sistema ázigos (veias do tórax) (também avalvulares e que servem 
como via hematogênica de metástase). 
•
É neste espaço que é aplicada a anestesia epidural. O anestésico se difunde neste 
espaço e alcança as raízes dos nervos espinhais bloqueando transmissão de suas 
informações.
•
Espaço Epidural ou Extradural (epidural space) 
Localizado entre a dura-máter e a aracnoide-máter•
Apresenta apenas uma pequena quantidade de líquido de espessura capilar que evita 
a aderência entre as duas membranas.
•
Espaço subdural (subdural space)
Espaço Subaracnoide
A Medula possui sulcos longitudinais geralmente discretos: O Sulco Mediano posterior (SMP), a 
fissura mediana anterior (FMA), o sulco lateral anterior (SLA) e o sulco lateral posterior (SLP). 
Também há o sulco intermédio posterior (SIP), entre o sulco mediano e o lateral posterior, que 
emite um septo de mesmo nome para dentro da medula. A fissura é mais profunda e aberta que 
os sulcos, sendo muito visível. 
A SUBSTÂNCIA CINZENTA (será tratada especificamente depois) possui corpos celulares 
nervosos e fibras amielínicas, está no interior da medula e tem formato de H num corte 
transversal. Possui 3 colunas (cornos), a lateral, anterior e posterior. A coluna lateral só pode ser 
vista na parte torácica. No centro está o canal central da medula, preenchido por líquor (LCR –
Líquido Cefalorraquidiano).
Funículo anterior – entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior;•
Funículo lateral – entre o sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior;•
Funículo posterior – entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior.•
A SUBSTÂNCIA BRANCA (também será tratada especificamente depois) está na cortical da 
medula e possui fibras nervosas mielínicas e é dividida em 3 funículos(cordões):
Apenas na parte cervical, o funículo posterior é subdivido em dois fascículos (feixes) sensoriais, 
o Fascículo Grácil e o Fascículo Cuneiforme.
Stella Fernandes - MEDUFMS/Turma LIII Medula Espinal 
 Página 1 de Medula 
(cérebro) e infratentorial (cerebelo e tronco encefálico)) e diafragma da sela. 
Saco Dural: a meninge continua além da medula espinhal, se estendendo até S2 - delimita o 
ventrículo terminal, onde são feitas punções lombares
•
Está justaposta à dura-máter•
Consiste em um revestimento avascular fino composto de células colágenas algumas fibras 
elásticas. 
•
Possui delicados filamentos que atravessam o espaço subaracnoide em direção à pia-máter, as 
trabéculas subaracnóideas.
•
Aracnoide-máter:
Constituída por células pavimentosas finas e cúbicas alocadas no interior de feixes 
entrelaçados de fibras colágenas e algumas fibras elásticas finas.
•
Recobre intimamente o tecido nervoso, acompanhando suas elevações e depressões. •
Altamente irrigada.•
A dura-máter, envia projeções que envolvem esse filamento, formando o ligamento duro-
coccígeo/ligamento coccígeo - mantém a medula espinhal “esticada” no interior do 
canal vertebral.
○
No limite caudal da medula espinhal, a pia-máter continua em direção caudal como um 
filamento esbranquiçado que perfura o fundo de saco dural e continua até se fixar à primeira 
(ou segunda) vértebra coccígea, o filamento terminal.
•
Esses ligamentos atravessam o espaço subaracnoide e se fixam à aracnoide e a dura-máter 
e ajudam a manter a estabilidade da medula espinhal. A fixação lateral dos ligamentos se 
dá entre as regiões de emergência das raízes dos nervos espinhais e servem de ponto de 
referência em cirurgias da ME.
○
Ligamentos denticulados: prolongamentos que formam uma prega longitudinal em cada lado 
da medula - 21 ligamentos em toda a medula
•
Pia-máter:
Localizado entre a dura-máter e a aracnoide-máter•
Apresenta apenas uma pequena quantidade de líquido de espessura capilar que evita 
a aderência entre as duas membranas.
•
Espaço subdural (subdural space)
Presença do líquido cefalorraquidiano (ou cérebroespinhal) e de trabéculas aracnoides 
que ligam a meninge aracnoide à pia-máter
•
O liquor é produzido nos ventrículos encefálicos e drenado nas granulações 
aracnoideas. Este líquido banha todo o SNC, oferecendo proteção contra choques 
mecânicos e nutrição ao tecido nervoso. 
•
Termina ao fim do saco dural, ao nível de S2. É nesse espaço que é aplicada a anestesia 
raquidiana ou que são feitas as punções lombares. Por segurança, o espaço 
subaracnóideo é acessado entre as vértebras L2-L3, L3-L4 ou L4-L5, já que a ME 
termina ao nível de L2 e não haveria riscos de atingi-la nesses segmentos.
•
Espaço Subaracnoide
Filamento Terminal
Cauda Equina
Nervo espinhal
 Página 2 de Medula

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