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Trabalho de Conclusão de Disciplina (TCD) Atos e Epístolas Paulinas Instituto Teológico Gamaliel - ITG Curso: MESTRADO EM TEOLOGIA Prof.: Flávio Nunes de Sousa Título: Atos e Epístolas Paulinas Aluno: Nilton da Rocha Lima – 11901 AUTORIA O livro de Atos é de igual modo o Evangelho segundo Lucas, é endereçado a um homem chamado “Teófilo” (Lc 1.3; At 1.1). Embora nenhum dos dois livros identificam nominalmente o “autor”, o testemunho unânime do cristianismo primitivo e a evidência interna confirmatória dos dois livros denotam que ambos foram escritos por Lucas, “o médico amado” (Cl 4.14). TEMA O LIVRO De ATOS contém a história do estabelecimento e desenvolvimento da Igreja, e da proclamação do Evangelho ao mundo de então. Existem três palavras chaves para o Livro de Atos: Ascensão, Descida e Expansão. A Ascensão de Cristo é seguida pela descida do Espírito Santo, e a descida do Espírito Santo é seguida pela expansão do Evangelho. “O primeiro livro” (1:1) é o evangelho de Lucas. Teófilo talvez tenha arcado com a responsabilidade financeira pela publicação das duas obras de Lucas. O propósito do evangelho de Lucas foi o de narrar a vida de Jesus, com ênfase sobre a sua certeza histórica. Já o propósito central do livro de Atos foi o de traçar o triunfal progresso do evangelho, a partir de Jerusalém, onde teve início, até Roma, a capital do império. Assim sendo, Atos é uma história seletiva, e não compreensiva, da Igreja primitiva. Narra Saul K. Watson PROPÓSITO Lucas tem pelo menos dois propósitos ao narrar o começo da Igreja: 1. Demonstrar que o Evangelho avançou triunfal- mente das fronteiras do judaísmo para o mundo gentio, apesar da oposição e perseguição; 2. Revela a missão do Espírito Santo na vida e no papel da Igreja, e, enfatiza o batismo com o Espírito Santo como a provisão de Deus para capacitar a Igreja a proclamar o Evangelho e a dar continuidade ao ministério de Jesus. Lucas registra três vezes, expressamente, o fato de o batismo com o Espírito Santo ser acompanhado de enunciação em outras línguas (At 2.1-4; 10.44-47; 19.1- 6). O contexto destas passagens mostra que isto era normal no princípio da Igreja, e que é o padrão permanente de Deus para ela. O livro de Atos foi escrito para fornecer uma história da igreja primitiva. A ênfase do livro é a importância do dia de Pentecostes e o ser capacitado pelo Espírito para sermos testemunhas eficazes de Jesus Cristo. Atos registra os apóstolos sendo testemunhas de Cristo em Jerusalém, Judeia, Samaria e o mundo ao redor. Atos abrange, de modo seletivo, os primeiros trinta anos da história da Igreja. Como historiador eclesiástico, Lucas descreve, em Atos, a propagação do Evangelho, partindo de Jerusalém até Roma. Ele menciona nada menos que 32 países, 54 cidades, 9 ilhas do Mediterrâneo, 95 diferentes pessoas e uma variedade de membros e funcionários do governo com seus títulos preciosos. A arqueologia continua a confirmar a admirável exatidão de Lucas em todos os seus pormenores. Como teólogo, Lucas descreve com habilidade a relevância de várias experiências e eventos dos primeiros anos da Igreja. Na sua fase inicial, as Escrituras do Novo Testamento consistiam em duas coletâneas: 1. Os quatro Evangelhos; 2. As epístolas de Paulo. Atos desempenhou um papel substancial como elo entre as duas coletâneas, e faz jus à posição que ocupa no cânon. Nos capítulos 13-28 de Atos, temos o acervo histórico necessário para bem compreendermos o ministério e as cartas de Paulo. O pronome “nós”, empregado por Lucas através de Atos (16.10-17; 20.5; 21.18; 27.1; 28.16), aponta-o como estando presente nas viagens de Paulo. Lucas, o médico amado, sem dúvida nenhuma é o autor do livro de Atos. O fato de Lucas ser também o autor do terceiro Evangelho é algo universalmente aceito. Os dois livros constituem duas divisões de uma mesma obra literária. O texto de Atos 1.1 mostra que o autor tencionava que esses dois volumes fossem tidos como um todo. DATA Calcule-se que o livro de Atos foi escrito entre os anos 80 a 85 d.C. Alguns biblistas estendem até os anos 90. Nessa época, o anúncio do Evangelho já havia atingido os diversos recantos do Império Romano, mas as comunidades estavam passando por um período difícil. Esse período era marcado por perseguições e muitas mortes, gerando um clima de insegurança e hesitação em seguir os caminhos de Jesus Cristo. Havia inúmeros conflitos entre o Evangelho e o interesse das autoridades políticas, econômicas e religiosas. Diante dessas problemáticas encontramos também crises internas das comunidades. Parece também provável que ele escreveu antes de dois importantes acontecimentos – o Grande Incêndio de Roma, em 64 A.D., seguido da perseguição aos cristãos por Nero, e a guerra judaica, em 66-70 A.D., que culminou na destruição de Jerusalém e do templo, com o que se extinguiram o sacerdócio e o culto judaicos. É difícil exatamente aquela que se retrata neste livro, se ao tempo de sua redação esses eventos históricos já houvessem ocorridos, ao invés de ainda estarem no futuro. DESTINATÁRIO O LIVRO De ATOS, tal como o Evangelho de Lucas, foi escrito e destinado ao oficial romano Teófilo. Teófilo talvez tenha arcado com a responsabilidade financeira pela publicação das duas obras de Lucas. Por conseguinte, o Livro foi enviado a um membro da aristocracia romana, residente em Roma, provavelmente. OS EVANGELHOS E ATOS Os Evangelhos apresentam o Filho do Homem, que veio morrer por nossos pecados. Atos mostra a vinda do Filho de Deus no poder do Espírito Santo. Os Evangelhos apresentam o que Cristo começou a fazer; Atos mostra o que ele continuou fazendo através do Espírito Santo, por meio dos discípulos. Sobre Lucas Lucas provavelmente era um gentio convertido pelos primeiros discípulos de Jesus. Ele foi o único autor conhecido de um livro da Bíblia que não era judeu. Era um homem muito culto, com conhecimentos não só de medicina mas também de investigação histórica e escrita (Colossenses 4:14). Lucas acompanhou Paulo em algumas partes de suas viagens missionárias. Quando Paulo foi preso, Lucas o acompanhou na viagem até Roma para ser julgado. Ele estava com Paulo quando o navio naufragou pelo caminho e ficou do seu lado enquanto esteve preso em Roma (Atos dos Apóstolos 28:16). Lucas seguiu o mesmo método para escrever Atos dos Apóstolos. Esse livro foi escrito como uma continuação do evangelho de Lucas, que foi escrito antes. Ele documentou as origens da igreja, focando principalmente no ministério de Paulo, com quem tinha mais contato (2 Timóteo 4:11). Sir William Ramsay sugeriu que ele foi irmão de Tito e, se tal sugestão pode ou não ter seu fundamento em II Co 8.17-19 (Orígenes entendia que o irmão aí referido, “cujo louvor no Evangelho está espalhado por todas as igrejas”, era Lucas), pelo menos é uma possibilidade. Lembramo-nos que Tito também era grego, de Antioquia (Gl 2.1 3) e que, embora se evidencie das http://www.bibliaon.com/versiculo/colossenses_4_14/ http://www.bibliaon.com/versiculo/atos_dos_apostolos_28_16/ http://www.bibliaon.com/versiculo/2_timoteo_4_11/ epístolas que ele desempenhou papel muito importante entre os companheiros de Paulo, nunca entretanto é mencionado em Atos. A linguagem - O Evangelho de Lucas é o mais literário de todos. Contém no início quatro belos hinos: o cântico de Maria, 1:46-55, quando foi visitar Isabel; o cântico de Zacarias, uma palavra profética do pai de João Batista, 1:67-79; o cântico dos anjos, 2:14, quando Jesus nasceu e o cântico de Simeão, em 2:28-32, ao tomar o menino Jesus nos braços. A paixão do Salvador - 18: 31-23: 56 As simpatias e os sofrimentoshumanos foram postos em relevo por Lucas, ao mostrar como o Filho do Homem sofria na cruz em obediência ao Pai. É interessante observar como Lucas, ao relatar os dias finais de Jesus, dá um toque característico de linguagem à última ceia, ao aviso de Jesus a Pedro, ao episódio de suor com sangue, à disposição dos acontecimentos em casa de Caifás, ao comparecimento de Jesus perante Herodes. Ao relatar a ressurreição do Salvador - 24:1-53, Lucas o faz de uma forma nova e diferente. A realidade é a mesma dos demais evangelhos, porém a forma como relata a aparição do Cristo ressurreto aos discípulos no caminho de Emaús elimina qualquer dúvida que, porventura, o leitor possa ter quanto ao fato. Atos não é o registro dos atos dos Apóstolos, porque nenhuma narrativa extensa é apresentada dos apóstolos, com exceção de Pedro e Paulo. Ele registra os Atos do Espírito Santo através dos Apóstolos. O nome “Espírito Santo” é mencionado cerca de setenta vezes. A palavra “testemunho” é usada mais de trinta vezes O DIA DE PENTECOSTES Quando lemos Atos 2, Lucas nos narra um fato histórico importante: o cumprimento da promessa do Pai em enviar o seu Espírito Santo. Ele narra o que aconteceu. Dois grupos receberam o Espírito Santo naquele mesmo dia: os 120 no início e os quase 3.000 no final. Foram pessoas e experiências diferentes. Josias Moura de Menezes narra em Atos 2 o cumprimento da promessa do Espírito Santo: “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, corno de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (At 2.1-4). Estavam todos reunidos no mesmo lugar. Provavelmente, os cento e vinte (At. 1.15) estavam reunidos, e a casa ou o local onde estavam poderia ser o cenáculo (At 1.13) ou um dos salões ou salas do templo (At. 2.46; Lc. 24.53). O certo é que este local ficava em Jerusalém (At 1.4; 2.5). e os quase 3.000 no final. Foram pessoas e experiências diferentes. Pedro explicou o Pentecostes de duas maneiras:· Primeiro, foi o cumprimento da promessa do Pai, conforme havia sido predito pelo profeta Joel (At 2.14-21; Jl 2.28-32); · Segundo, foi uma consequência da exaltação de Jesus Cristo: Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis (At 2.33; Jo 7.39). Pedro envolve a pessoa do Pai e do Filho na descida do Espírito (Jo 14.16; 15.26). O TESTEMUNHO EM JERUSALÉM (ATOS 3.1 A 8.3) O capítulo 3 inicia-se junto à Porta Formosa do Templo. Pedro havia curado um coxo de nascença, que era levado diariamente àquele lugar para pedir esmolas. O milagre atraiu a atenção dos líderes judeus e resultou na primeira oposição à Igreja. Ao juntar uma multidão ao redor do coxo, curado tão milagrosamente, Pedro aproveitou a oportunidade para pregar o seu segundo sermão, de que temos registro. Ele não poupou os judeus. Voltou a dizer-lhes que Cristo, a quem haviam crucificado, era o Messias há muito prometido. As palavras de Pedro e João foram tão poderosas que um total de cinco mil pessoas recebeu a Cristo. Pedro e João rompem este sistema a que o aleijado era sujeitado, e lhe oferecem tudo o que têm: a salvação vinda do Cristo. Pedro revela ao aleijado uma pobreza que o torna rico: a possibilidade de invocar o nome de Jesus Nazareno. Deus nos abençoou com seu Filho, que nos ensinou a nos arrependermos de nossos pecados para alcançar a salvação prometida por Deus. É nosso dever obedecer ao Filho de Deus, para escaparmos da condenação e atingir a felicidade plena. Os líderes revoltaram-se, porque os apóstolos ensinavam ao povo esse Jesus a quem eles haviam crucificado, ressuscitara dos mortos e iria voltar (At 4.2). Ordenaram-lhes que não pregassem, mas a oposição só fez a Igreja prosperar. A oposição não deve causar admiração, nem mesmo surpresa a nenhum crente. A obra do Espírito é sempre um prenúncio da obra de satanás. Toda vez que o Espírito vem para abençoar, o adversário vem para amaldiçoar. Mas o martírio ajuda a Igreja, e sempre que a verdade é pregada com fidelidade, os frutos aparecem (At 4.3,4). Assim que Pedro e João foram soltos, procuraram seus amigos e contaram as experiências e se uniram em oração e louvor. A Igreja deve esperar oposição, mas em todas as circunstâncias podemos achar coragem e ajuda em Deus. “Tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo, e, com intrepidez, anunciavam a Palavra de Deus” (At 4.31). Essa espécie de pregação trouxe unidade à Igreja. “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma” (At 4.32). “Os apóstolos davam o testemunho da ressurreição do Senhor Jesus” (At 4.33). Levemos essa mensagem. Os perdidos precisam ouvi-la. Ninguém era obrigado a desfazer-se dos seus bens. Não se esperava isso deles. Quando alguém trazia o que tinha, era um ato espontâneo. A comunhão de bens era voluntária, temporária e limitada aos crentes e a Jerusalém. Como crentes, professamos dar tudo a Cristo. A condição que Ele estabelece para o discipulado é uma submissão completa. “Renuncia a tudo quanto tens e segue-me”, é a sua condição (Lc 14.33). Estamos deixando de entregar alguma coisa a Cristo? Somos hipócritas em nosso testemunho? O poder do testemunho dos apóstolos residia no fato de suas vidas serem uma confirmação da vida do Cristo ressuscitado. A atitude do mundo hoje é a de quem quer ver para crer. Aqueles cristãos primitivos mostravam ao mundo quem eram. Você mostra por sua vida e conduta que é cristão? Quando se operavam sinais e prodígios, as multidões vinham para ver. Quando o Espírito Santo estava presente, o povo via o poder de Deus. O mesmo acontece hoje. Quando as Igrejas apresentam Cristo em sua formosura e o Espírito Santo em seu poder, o povo vem. Cristo atrai todos os homens. Os milagres em geral produzem conversões. Quando o milagre das línguas apareceu, a multidão afluía (At 2.6). Quando Pedro e João curaram o homem junto à Porta Formosa, “o povo correu atônito para junto deles no pórtico chamado de Salomão” (At 3.11). Quando o milagre do julgamento veio sobre Ananias e Safira, “crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor” (At 5.14). Assim vemos exemplos em todo o livro. O martírio de Estevão Sem dúvida alguma, a história de Estevão é uma demonstração de um membro do corpo que era renovado e que, por isso, inflamou o mundo e foi recebido aos céus pelo próprio Mestre. Texto: Atos 7.51-60. Após um discurso esclarecedor proclamado ousadamente por Estevão, diácono na Igreja primitiva, sua morte foi inevitável. Seguindo o modelo de pregação apostólico, ousado e inflamado,o diácono,que foi o primeiro mártir da Igreja,se viu sendo aceito por Deus por sua entrega incondicional no altar e pelo papel que sua morte teria para a Igreja em seu caráter missionário. Após uma ou duas interrupções de ira, que Estevão enfrentou com verdadeiro gênio profético, foi impedido de terminar seu discurso; lançaram-no fora do edifício e apedrejaram-no. Se sua morte foi um simples ato de linchamento legal ou um excesso de jurisdição da parte do Sinédrio, não está bastante claro. Uma Pregação seguida de sangue: A unção que estava sobre Estevão no exercício do diaconato, levou-o não somente a servir à mesa (6.1,3), mas, lhe motivou a ser fiel testemunha de forma integral ao ministério (6.8). Tal confirmação do ministério, porém, levou os religiosos a perseguirem este servo de Cristo,cumprindo as Palavras do Mestre (Mt.10.24-25).Tão certa era a perseguição, que Jesus a mostrou de forma clara e objetiva (Lc.21.12) e foi justamente o que aconteceu com Estevão e os fiéis servos de Deus no início da Igreja,com aqueles que decidiram viver a fé de forma completa e não pela metade,com aqueles que assumiram a fé corretamente(2Tm.3.12). Observamos na história os testemunhos que a morte de Estevão já sinalizara como a perseguição já estava por vir. Até o capítulo 12 de Atos, vimos o início da Igreja em Jerusalém, tendo Pedro como dirigente. De Atos capítulos 13 a 28, iremos ver Paulo e a Igreja em Antioquia, que passou a ser a nova base de operações. Todas as maravilhosas Os apóstolos poderiam estar pensando no poder que viria através do Espírito Santo. Jesus, porém, desloca a atenção deles para um chamado urgente, uma missão intransferível, uma agenda universal: ser testemunha até aos confins da terra. A igreja precisa de poder para levantar os olhos e ver os campos que branquejam para a ceifa. Precisa do poder do Espírito Santo para ter a visão do farol alto. A igreja precisa do poder do alto para não ficar trancada dentro de quatro paredes apenas alimentando sua sede de saber sem jamais pôr a mão no arado. A igreja precisa do poder do Espírito Santo para testemunhar tanto aqui como além fronteira. É engano pensar que missões é uma obra a ser feita apenas depois que alcançarmos a nossa terra. Jesus não disse que os discípulos deveriam testemunhar primeiro em Jerusalém e depois em Samaria e só então, ir aos confins da terra. A palavra de Jesus foi clara: “… sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). INÍCIO DAS MISSÕES ESTRANGEIRAS Paulo e Barnabé, os primeiros missionários ao estrangeiro, partiram de Antioquia para o ocidente (At 13.2,3). O maior empreendimento do mundo são as missões estrangeiras, e aqui temos o início dessa grande obra. A ideia originou-se exatamente como devia: numa reunião de oração. A esta altura, Lucas se uniu aos missionários (At 16.10). A primeira pessoa convertida na Europa não foi um sábio ou uma autoridade influente, mas Lídia, uma vendedora de púrpura. O segundo cristão da Europa foi bem diferente da primeira cristã. Lídia converteu-se numa reunião de oração; mas o carcereiro foi preciso um terremoto para convertê-lo. A pergunta dele é provavelmente uma das mais importantes do mundo (At 16.30). Na famosa Atenas, pregou seu imortal sermão no Areópago. Essa é uma das grandes cenas da História. Que efeito teve ele nos ouvintes? (At 17.32). Ao pregar naquele dia, Paulo não só estava trazendo uma mensagem maravilhosa aos atenienses, mas falava a você e a mim. Ele nos diz que Deus está perto. Para alguns Ele parece estar longe, que nem procuram alcança-lo. Entretanto, Ele ouve nosso mais débil sussurro, quando falamos com Ele. Paulo deixou Atenas e chegou a Corinto muito desanimado. Não sabemos se conseguiu fundar uma Igreja em Atenas, mas em Corinto, uma das cidades mais corrompidas do mundo antigo, ele fundou uma Igreja e lá permaneceu dezoito meses para confirmar os crentes na fé (At 18.11). Foi lá que ele encontrou Áquila e sua esposa, Priscila, que vieram a tornarem-se grandes e leais amigos do apóstolo. O apóstolo Paulo chegou à Macedônia, nesta sua segunda viagem, acompanhado de Silas que tinha seguido com ele desde Jerusalém (At 15.40), o jovem Timóteo, que se juntara à comitiva em Listra (At 16.1-3), e Lucas o médico amado que se uniu á comitiva missionária em Trôade (At 16.10,11). Não podendo pregar o evangelho na Àsia e na província da Bitínia que ficava próxima ao Mar Negro, a comitiva missionária partindo de Listra, seguiu para Noroeste. Circundando o território da Ásia Menor, passaram próximo ao território da Bitínia e se voltaram para Oeste. Contornaram a Mísia e chegaram à Trôade, na Costa do Mar Egeu, cidade próxima da antiga e lendária Tróia. Acompanhados por Lucas, natural da região, chegaram á Macedônia. Paulo seguiu pela via Ignácia de Filipos até Tessalônica. E poderia ter continuado por ela em direção Oeste, pois era para Macedônia que ele fora chamado para pregar o evangelho e a Via ignácia atravessava a Macedônia até o Mar Adriático e terminava no Porto de Dirrácio. Saindo de Tessalônica, Paulo deixou a estrada principal e se dirigiu á Beréia que ficava ao Sul. A cidade de Beréia era chamada por Cícero de “oppidum devium” que significa “fora do caminho”. Embora as circunstâncias obrigassem a Paulo seguir para Beréia, pois ele foi levado pelos seus amigos. Pastor João Barbosa colabora narrando que. A intenção dele era seguir pela Via Ignácia de Leste ao Oeste, até Dirrácio, atravessar o Mar Adriático e chegar na Itália e assim à Roma. Sete anos depois quando escreveu sua carta aos romanos, ele mencionou o seu desejo de chegar até Roma, mas fora impedido (Rm 1. 13; 15.22). Após sua chegada em Atenas ainda sentindo as marcas da perseguição que havia enfrentado em Listra, Icônio, Antioquia da Pisídia, Filipos, Tessalônica e Beréia, pela primeira vez Paulo não sofria perseguição ou violência física. Mas a frieza espiritual dos atenienses e sua indiferença para com a Palavra de Deus, era mais difícil para Paulo que as dificuldades enfrentadas nas cidades acima mencionadas. Paulo gastou três anos numa das maiores cidades do mundo e a mais cosmopolita. Multidões de judeus e gentios da Ásia ouviram a pregação do Evangelho. Éfeso era famosa por seu luxo, por sua licenciosidade e pelo culto a deusa Diana. Os anos que o apóstolo passou nesta cidade têm tanta coisa interessante, que é difícil escolher as mais importantes. Convertidos entusiastas queimaram seus livros de artes mágicas e jogaram fora os ídolos de prata. Houve uma grande fogueira em Éfeso. A última viagem missionária de Paulo deve ter sido uma experiência comovedora. Em toda parte era preciso despedir-se. Ele sabia que a despedida era final. Leia Atos 20.37,38. Choraram e abraçaram afetuosamente, expressando assim sua tristeza, certos de que não mais o veriam. Imagine essa experiência triste repetida uma dúzia de vezes Paulo parte mais uma vez de Antioquia da Síria e o retorno é pela Cesáreia e Jerusalém. Acompanhado de Silas, começa a viagem por terra, visitando as comunidades da Galácia e da Frígia. Tendo passado "algum tempo" na Antioquia, Paulo deixa o centro gentio e parte para outra viagem missionária. Nada é dito sobre seus companheiros nesta ocasião. Ele "passou sucessivamente pela província da Galácia e da Frígia, confirmando a todos os discípulos" (Atos 18:23), e também dando instruções para a coleta em favor dos santos pobres em Jerusalém (1 Coríntios 16:1,2). Em pouco tempo ele chegou ao centro de sua obra na Ásia. O apóstolo agora aparece como o instrumento do poder de Deus de forma notável e marcante. Ele comunica o Espírito Santo aos doze discípulos de João, separa os discípulos de Jesus e formalmente funda a igreja em Éfeso. Seu testemunho ao Senhor Jesus é ouvido em toda a Ásia, tanto pelos judeus quanto pelos gregos; milagres extraordinários são operados por suas mãos e enfermidades fugiam de muitos apenas ao tocar a borda de suas vestes. O poder do inimigo desaparece diante do poder que está em Paulo; as consciências dos pagãos são alcançadas, e o domínio do inimigo sobre eles se vai. https://www.bibliaonline.com.br/acf/atos/18 https://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/16 O conjunto das Cartas Paulinas compreende um total de treze Cartas que reivindicam a paternidade do Apóstolo Paulo. A ordem em que se encontram no cânon bíblico não reflete a data em que foram escritas, mas foram organizadas segundo a sua extensão. Alguns procuram agrupar as Cartas do seguinte modo:a) Cartas maiores: Romanos,1-2 Coríntios, Gálatas e 1-2 Tessalonicenses. b) Cartas da prisão: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemon. c) Cartas pastorais: 1-2 Timóteo e Tito Introdução às Cartas de Paulo As cartas paulinas dividem-se quanto ao tipo em quatro grupos, ficando de fora a carta a Filemon. O primeiro grupo é o das cartas doutrinárias: Romanos, Efésios e Tessalonicenses; o segundo grupo é o das cartas de repreensão: Coríntios e Filipenses; o terceiro grupo é o das cartas de correção: Gálatas e Colossenses o quarto o das cartas pastorais que são: Timóteo e Tito. Muitos destes dados são aproximados, reunindo o consenso da maioria dos estudiosos. Outra classificação pode ser feita a partir da possível autoria das mesmas: a) Cartas Proto-Paulinas: que seguramente são autênticas, isto é, que são de autoria do Apóstolo Paulo, e que são aceitas por todos os estudiosos: Romanos, 1-2 Coríntios, Gálatas, Filipenses, 1 Tessalonicenses e Filemon. b) Cartas Deutero-Paulinas: são aquelas cuja autenticidade não é segura ou é negada por certo número de estudiosos: Efésios, Colossenses e 2 Tessalonicenses. c) Cartas Trito-Paulinas: 1-2 Timóteo e Tito. Essas dificilmente seriam do Apóstolo Paulo, pois usam uma linguagem diversa e tratam de problemas que existiam nas comunidades no final do I século. É certo que algumas Cartas de Paulo foram perdidas. Em 1Cor 5,9 já se fala de uma Primeira Carta aos Coríntios. Em Cl 4,16, Paulo se refere a uma Carta escrita aos cristãos de Laodicéia. E temos ainda a famosa “Cartas em lágrimas” aos Coríntios (2Cor 2,4). Alguns estudiosos afirmam também que a Carta aos Filipenses é um conjunto de vários bilhetes. Também que a 2Cor é um ajuntamento de várias cartas, enviadas em datas diferentes. Outro aspecto interessante é o de que as cartas não foram escritas do próprio punho do Apóstolo. Ele as ditava (cf. Rm 16,22) e às vezes assinava (cf. Gl 6,11). Talvez a carta a Filemon tenha sido o único escrito com sua própria mão. Aos Romanos Romanos é a Epístola de Paulo mais longa, mais teológica e mais influente. Talvez por essas razões foi colocada em primeiro lugar entre as do apóstolo. De modo contrário à tradição católica romana, a Igreja de Roma não foi fundada por Pedro, nem por qualquer outro apóstolo. Ela talvez foi iniciada por convertidos de Paulo provenientes da Macedônia e da Ásia, bem como pelos judeus e prosélitos convertidos no dia de Pentecoste (At 2.10). Paulo não tinha Roma como campo específico de outro apóstolo (Rm 15.20). Em Romanos, Paulo afirma que muitas vezes planejou ir até Roma para ali pregar o Evangelho, mas que, até então fora impedido (Rm 1.13-15; 15.22). Reafirma seu desejo de ir até eles (Rm 15.23- 32). Quanto ao autor, não existe nenhum tipo de duvidas que a carta as Romanos é uma obra prima do grande mestre Paulo. Aqui podemos apreciar toda a sua beleza como um teólogo construtivo. O pr Samuel Antunes acrescenta ainda que: Esta epístola foi escrita quando Paulo estava em casa de Gaio em Coríntio, no mês de Fevereiro de 58, tendo por destinatário os crentes de Roma. Paulo ditou, Tércio escreveu (16:22) e Febe, uma viúva rica, levou-a em mão até aos crentes em Roma (16:1,2). A carta aos Romanos é a resposta à pergunta dos séculos “ como se justificará o homem com Deus?” (Job 9:2). Esta carta está dividida em três partes sendo notória a progressão em toda a extensão do seu texto. A primeira parte é doutrinária e trata como o evangelho salva o pecador, aborda o problema do pecado de forma expositiva, Cap. 1-8. A segunda parte, é uma parte que está diretamente relacionada com os judeus, apresentando o seu relacionamento com o evangelho. Cap. 9-11 A terceira parte é de caris muito prática, mostrando como o evangelho influencia a nossa forma de viver, apresentando uma aplicação muito pessoal da salvação apresentada na primeira parte à vida de cada individuo. Cap. 12-16 Paulo quando escreveu esta carta tinha o objetivo de preparar o caminho para a obra que ele esperava realizar em Roma e na sua missão prevista para a Espanha. Seu propósito era duplo. Segundo parece, os romanos tinham ouvidos boatos falsos a respeito da mensagem e da teologia de Paulo (por exemplo Rm 3.8; 6.1,2.15); daí ele achar necessário registrar por escrito o evangelho que já pregava há vinte e cinco anos. Queria corrigir certos problemas da Igreja, causados por atitudes erradas dos judeus para com os gentios (por exemplo Rm 2.1-29; 3.1,9), e dos gentios para com os judeus (por exemplo Rm11.11-32). Finalmente, Paulo declara que uma vida transformada em Cristo resulta na prática da retidão e do amor em todos os aspectos da vida social, civil e moral da pessoa (Rm 12-14). Paulo termina Romanos expondo seus planos pessoais (Rm cap. 15), uma longa lista de saudações pessoais, uma última admoestação e uma doxologia (Rm cap. 16). I Coríntios Corinto, uma cidade antiga da Grécia, era, em muitos aspectos, a metrópole grega de maior destaque nos tempos de Paulo. Assim como muitas das cidades prósperas do mundo de hoje, Corinto era intelectualmente arrogante, materialmente próspera e moralmente corrupta. O pecado, em todas as suas formas grassava nessa cidade de má fama, pela sua licenciosidade. Com população pluralista e composta de cidadãos romanos e escravos. Tinha tendências e religiões romanas, egípcias e gregas. A comunidade foi fundada na casa de Priscila e Áquila, artesãos de couro, com os quais Paulo deve ter trabalhado. Na comunidade havia várias classes sociais, a maioria era gente pobre, sobretudo escravos. Por isso, a comunidade era predisposta para a divisão, sobretudo pela diversidade cultural e econômica, o que causava muita competição. Paulo escreveu esta Epístola tendo em vista os informes ouvidos e a correspondência recebida daquela Igreja. Paulo tinha dois motivos principais ao escrever está epístola: (1) Tratar dos sérios problemas da Igreja de Corinto, de que fora informado. Eram pecados que os coríntios não levavam muito a sério, mas que Paulo sabia serem graves. (2) Aconselhar e doutrinar sobre variados assuntos que os coríntios lhe encaminharam por escrito. Isso incluía assuntos doutrinários e de conduta e pureza, tanto individual, como da congregação. Como também o relacionamento como o mundo pagão – apelo aos tribunais, carnes oferecidas aos ídolos etc. Lembra em que consiste a verdadeira liberdade da vida cristã. Cinco características especiais veem em l Coríntios. (1) De todo o Novo Testamento, é a Epístola que mais trata de problemas. Ao tratar dos vários problemas e assuntos de Corinto, Paulo apresenta princípios espirituais claros e permanentes, sendo cada um deles universalmente aplicáveis à Igreja (por exemplo l Co 1.10; 6.17,20; 7.7; 9.24-27; 10.31,32; 14.1-10; 15.22,23). Segundo há um destaque geral sobre a unidade da Igreja local como corpo de Cristo, destaque este, no ensino sobre divisões, Ceia do Senhor e dons Espirituais. (3) Esta Epístola contém o mais amplo ensino do Novo Testamento em assuntos de grande importância como o celibato, o casamento e o novo casamento (l Co 7); a Ceia do Senhor (l Co 10.16-21; 11.17-34); línguas, profecias e dons espirituais durante o culto (l Co 12.14); o amor cristão (l Co 13); e a ressurreição do corpo (l Co 15). Quarto a epístola é de valor incalculável para o ministério pastoral, no tocante à disciplina eclesiástica (l Co 5). (5) Salienta a possibilidade indubitáveis de decair dá fé, aqueles que persistem uma conduta ímpia e que não têm firmeza em Cristo (l Co 6.9,10; 9.24-27; 10.5-12,20,21; 15.1-2). Paulo escreve a primeira carta aos Coríntios porque uma delegação de líderes desta igreja, foi enviada a Éfeso para saber qual era o parecer de Paulo sobre algumas questões que haviam originadoaté desordens bastante grandes no seio da igreja, tais como: Divisões entre os membros da igreja, imoralidade, litigios judiciais uns com os outros. Ao mesmo tempo, o apóstolo sente a necessidade de repor o correto ensino quanto à ressurreição de Cristo. Ainda deixa um desafio a esta igreja de ajudarem monetariamente os crentes pobres de Jerusalém. II Coríntios Paulo escreveu esta Epístola à Igreja de Corinto e aos crentes de toda a Acaia (l Co 1.1), identificando-se duas vezes pelo nome (l Co 1.1; 10.1). Tendo Paulo fundado a Igreja em Corinto, durante sua segunda viagem missionária, manteve contato frequente com os coríntios a partir de então, por causa dos problemas daquela Igreja. Paulo defende o seu apostolado, diante daqueles que queriam afastar a comunidade de Paulo, alegando que ele não era apóstolo e, portanto, que sua mensagem não merecia a consideração dos coríntios. Já segunda carta, foi escrita porque Tito ao encontrar-se com Paulo, vindo de Corinto e apesar de lhe trazer notícias de grande eficácia da primeira carta, relata também que existe um grupo, empenhado em negar o seu ministério apostólico. Por isso Paulo redige uma nova epístola, tendo agora na mira uma minoria rebelde que incitava parte da igreja contra ele, fazendo uma apologia do seu próprio ministério. O propósito que Paulo escreveu esta epístola a três classes de pessoas em Corinto. (1) Primeiro, escreveu para encorajar a maioria da Igreja que lhe era fiel, como seu pai espiritual. (2) Escreveu para contestar e desmascarar os falsos apóstolos que continuavam a difamá-lo, para, assim, enfraquecer a sua autoridade e o seu apostolado, e distorcer a sua mensagem. Finalmente escreveu, também, para repreender a minoria na Igreja influenciada por seus oponentes e que não acatavam a sua autoridade e correção. Paulo reafirmou sua integridade e sua autoridade apostólica em relação a eles, esclareceu os seus motivos e os advertiu contra novas rebeliões. 2 Coríntios visou a preparar a Igreja como um todo, para sua visita iminente. Quatro fatos principais caracterizam esta Epístola. (1) É a mais autobiográfica das Epístolas de Paulo. Suas muitas referências pessoais são feitas com humildade, desculpas e até mesmo constrangimento, mas foi necessário, tendo em vista a situação em Corinto. Segundo ultrapassa todas as demais Epístolas paulinas no que tange à revelação da intensidade e profundidade do amor e cuidado de Paulo por seus filhos espirituais. (3) Contém a mais completa teologia do Novo Testamento sobre o sofrimento do crente (2 Co 1.3-11; 4.7-18; 6.3-10; 11.23-30; 12.1-10), e de igual modo, sobre a contribuição cristã (2 Co 8—9). Quarto termo chave, tais como fraqueza, aflição, lágrimas, perigos, tribulação, sofrimento, consolação, jactância, verdade, ministério e glória, destacam o conteúdo incomparável desta carta. Podemos observar os efeitos causados no panorama da primeira para a segunda carta aos Coríntios. Havia toda sorte de impureza na igreja e esta precisava de uma palavra e tomada de posição firme para que não houvesse uma disseminação dos princípios já pregados por Paulo. Aos Gálatas Paulo escreveu esta epístola (Gl 1.1; 5.2; 6.11) "às Igrejas da Galácia" (Gl 1.2). As autoridades no assunto declaram que os gálatas eram gauleses oriundos do Norte da Galácia e que, mais tarde, parte deles emigrou para o Sul da Europa, de cujo território a França de hoje faz parte. É muito mais provável que Paulo haja escrito esta epístola às Igrejas do Sul da província da Galácia (Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra, Derbe), onde ele e Barnabé evangelizaram e estabeleceram Igrejas durante sua primeira viagem missionária (At 13.14). A data mais provável da carta situa-se logo após o regresso de Paulo à Igreja que o enviou - Antioquia da Síria, e pouco antes do Concílio de Jerusalém (At 15). “O termo Galácia (ver Gálatas 1:2), é por si mesmo ambíguo, porque nos tempos antigos, essa palavra era usada para indicar duas regiões distintas”. Tal uso continuava ambíguo nos tempos de Paulo. Esse vocábulo poderia denotar a Galácia étnica, no centro da Ásia menor; ou podia denotar a província romana da Galácia, - de maiores dimensões geográficas. Se a epístola aos Gálatas foi enviada à Galácia Étnica, nas regiões situadas mais no extremo norte, então precisamos supor que Paulo visitou essa região conforme os indícios existentes em Actos 16:6 e 18:23, ou pelo menos, conforme fica subentendido por uma ou por outra dessas referências bíblicas. Na realidade, entretanto, não há nenhuma evidência sólida de que o apóstolo Paulo tenha jamais visitado essa área do extremo norte, e muito menos que tenha fundado igrejas ali. Por outro lado contamos com provas abundantes de que ele visitou a área a sul da província da Galácia, onde também estabeleceu igrejas locais, isto é, na região de Listra, Icónio, Derbe e Antioquia da Pisídia (Turquia Moderna)”. A Galácia é uma região da Ásia Menor, e a comunidade lá auxiliou Paulo quando estava enfermo. Por isso, Paulo tinha pelos Gálatas um grande afeto, se sentido pai e mãe daquela comunidade. Mas, correntes judaizantes quiseram ridicularizar e se posicionar contra a pregação de Paulo também na comunidade da Galácia. Gálatas representa um grito que parte do coração de Paulo, no qual a apologia pessoal se justapõe à argumentação doutrinal e às advertências que ela faz à comunidade. Paulo demonstra indignação e defende seu apostolado. É uma argumentação vibrante em prol da liberdade cristã e universalidade da Igreja. A carta aos Gálatas é muitas vezes citada na carta aos Romanos. Paulo tomou conhecimento de que certos mestres judaicos estavam inquietando seus novos convertidos na Galácia, impondo-lhes a circuncisão e o jugo da lei mosaica como requisitos necessários à salvação e ao ingresso na Igreja. Ao saber disso, Paulo escreveu: (1) para demonstrar cabalmente que as exigências da lei, como a circuncisão do velho concerto, nada tem a ver com a operação da graça de Deus em Cristo para a salvação sob o novo concerto; e (2) para reafirmar claramente que o crente recebe o Espírito Santo e com Ele a nova vida espiritual por meio da fé no Senhor Jesus Cristo e não por meio da lei do Antigo Testamento. Quatro fatos singulares caracterizam esta epístola. (1) É a defesa mais veemente no Novo Testamento da natureza do evangelho. Seu tom é enérgico, intenso e urgente, uma vez que Paulo lida com oponentes em erro (por exemplo Gl 1.8,9; 5.12), enquanto repreende os gaiatas por se deixarem iludir tão facilmente (Gl 1.6; 3.1; 4.19,20). A seguir quanto ao número de referências autobiográficas, Gaiatas é superada somente por 2 Coríntios. (3) Esta é a única epístola de Paulo em que ele explicitamente se dirige a várias Igrejas. (4) Contém a descrição do fruto do Espírito (Gl 5.22,23) e a lista mais completa do Novo Testamento das obras da carne (Gl 5.19-21). Finalmente, Paulo escreveu esta carta um pouco antes do concílio de Jerusalém, segundo se pensa em Antioquia da Síria. Os crentes depois de aceitarem Jesus, começarem viver numa vida cristã frutífera, voltam para trás e começam a procurar a sua própria salvação nas obras da lei. Por isso Paulo, com caráter de urgência, escreve esta carta para que os crentes da Galácia não voltassem para trás perdendo assim a sua própria salvação. Aos Efésios Éfeso era uma cidade de grande importância, sendo a capital da província romana da Ásia. Dada a sua localização geográfica, era constituída como porto terminal das caravanas que chegavam da Ásia e sendo o ponto de partida para outros pontos do Mediterrâneo. Dado o seu movimento, era uma cidade onde não faltavam grandes infraestruturas e um movimento comercial invejável.Ao mesmo tempo, o culto de Diana, onde participavam inúmeras sacerdotisas prostitutas, e que atiravam todas aquelas gentes para o culto idólatra a Diana. Nesta altura existia uma numerosa colônia judaica em Éfeso. Hoje fica situada na Turquia Asiática. Esta é também uma carta doutrinária e que foi escrita desde a prisão em Roma. A comunidade situava-se numa cidade portuária, com muitos edifícios, entre os quais se destacava o templo dedicado à deusa Artemis. A comunidade de Éfeso já existia antes da chegada de Paulo. Uma florescente comunidade cristã, de pagãos convertidos. Carta eclesiólógica. Deus revela seu plano por Jesus Cristo, desenvolvido na Igreja, que é povo de Deus e esposa do Messias e já não espera a Parusia (volta de Jesus), mas se empenha no constante crescimento. Efésios é um dos picos elevados da revelação bíblica, ocupando lugar único entre as Epístolas de Paulo. Ela não foi elaborada no árduo trabalho da bigorna da controvérsia doutrinária ou dos problemas pastorais (como muitas outras epístolas de Paulo). Ao contrário, Efésios transmite a impressão de um rico transbordar de revelação divina. Brotando da vida de oração de Paulo. Ele escreveu a carta quando estava prisioneiro por amor a Cristo (Ef 3. 1; 4. 1; 6.20), provavelmente em Roma. Efésios tem muita afinidade com Colossenses, e talvez tenha sido escrita logo após esta. As duas cartas podem ter sido levadas simultaneamente ao seu destino por um cooperador de Paulo chamado Tíquico (Ef 6.21; cf. Cl 4.7). É crença geral que Paulo escreveu Efésios também para outras Igrejas da região, e não apenas a Éfeso. Possivelmente ele a escreveu como carta circular às Igrejas de toda a província da Ásia. Muitos crêem que Efésios é a mesma carta aos Laodicenses, mencionada por Paulo em Cl 4. 16. O propósito imediato de Paulo ao escrever Efésios está implícito em 1.15-17. Em oração, ele anseia que seus leitores cresçam na fé, no amor, na sabedoria e na revelação do Pai da glória. Almeja profundamente que vivam uma vida digna do Senhor Jesus Cristo (por exemplo Ef 4.1-3; 5.1,2). Paulo, portanto, procura fortalecer-lhes a fé e os alicerces espirituais ao revelar a plenitude do propósito eterno de Deus na redenção "em Cristo" (Ef 1.3-14; 3.10-12) à Igreja (Ef 1.22,23; 2.11- 22; 3.21; 4.11-16; 5.25-27) e a cada crente (Ef 1.15-21; 2.1-10; 3.16-20; 4.1-3,17-32; 5.1—6.20). Há quatro características que predominam nesta epístola. (1) A revelação da grande verdade teológica dos capítulos l—3 é interrompida por duas grandiosas orações apostólicas. Na primeira, o apóstolo pede para a crente sabedoria e revelação no conhecimento de Deus (Ef 1.15-23); Na segunda, roga que possam conhecer o amor, o poder e a glória de Deus (Ef 3.14- 21). (2) "Em Cristo", uma expressão paulina de peso (106 vezes nas epístolas de Paulo), sobressai grandemente em Efésios (cerca de 36 vezes). "Toda bênção espiritual" e todo assunto prático da vida relaciona-se com o estar "em Cristo". Depois, em Efésios salienta o propósito e alvo eterno de Deus para a Igreja. (4) Há um realce multifacetado do papel do Espírito Santo na vida cristã (Ef 1.13,14,17; 2.18; 3.5,16,20; 4.3,4,30; 5.18; 6.17,18). (5) Efésios é tida, às vezes, como epístola gêmea de Colossenses, pelo fato de apresentar em definidas semelhanças em seus conteúdos e terem sido escritas quase ao mesmo tempo. Finalmente, nos dias em que Paulo escreveu esta carta, alguns gnósticos, estavam a apresentar doutrinas que diminuíam Cristo na sua grandeza como criador e sustentador de todo o universo, sendo o mesmo Jesus inferior a outros seres, agora Paulo coloca Cristo acima de tudo capaz de tudo. Ao mesmo tempo, Paulo aparece lutando contra o cisma entre uma igreja gentílica e uma judaica, apresentando-nos como um em Cristo Jesus. Já na última parte da Carta apresenta uma necessidade de vivermos uma vida de acordo com a posição que agora temos em Cristo e que o apóstolo trata logo no inicio. Aos Filipenses Diferente de muitas das cartas de Paulo, Filipenses não foi escrita primeiramente devido a problemas ou conflitos na Igreja. Sua tónica básica é de cordial afeição e apreço pela congregação. Da saudação inicial (Fp 1.1) à bênção final (Fp 4.23), a carta focaliza Cristo Jesus como o propósito da vida e a esperança da vida eterna por parte do crente. Nesta epístola, Paulo trata de três problemas menores em Filipos: (1) O desânimo dos crentes ali, por causa da prisão prolongada de Paulo (Fp 1.12- 26); (2) pequenas sementes de discórdia entre duas mulheres da Igreja (Fp 4.2; cf. Fp 2.2-4); e (3) a ameaça de deslealdade sempre presente entre as Igrejas, por causa dos mestres judaizantes e dos crentes de mentalidade terrena (Fp cap. 3). Em meio a esses três problemas em potencial, temos os ensinos mais ricos de Paulo sobre (1) alegria em meio a todas as circunstâncias da vida (por exemplo Fp 1.4,12; 2.17,18; 4.4,11-13), (2) a humildade e serviço cristãos (Fp 2.1-16), e (3) o valor incomensurável de conhecer a Cristo (Fp cap. 3). Filipos era um importante centro comercial entre o Oriente e o Ocidente, até ser conquistada por Roma em 42 a.C. Uma cidade onde viviam muitos oficiais romanos, de religiões derivadas dos cultos gregos (como a deusa Ísis) e dos cultos romanos (deuses Júpiter, Mercúrio, Minerva e Diana). A comunidade é fundada na casa de Lídia, que ao escutar a pregação de Paulo convida-o e a seus companheiros a se hospedarem na casa dela, se eles a considerassem digna da mensagem que acabaram de anunciar. A comunidade de Filipos é considerada a comunidade amada por Paulo, é a única comunidade da qual Paulo aceita receber algum auxílio também material. Por isso, ele escreve para agradecer a ajuda enviada pela comunidade enquanto ele estava preso. Aproveita para advertir contra algumas situações de competição existentes na comunidade e previne contra os pregadores judaizantes ao relembrar que a autenticidade do Evangelho vivido e anunciado pelos cristãos está na cruz de Cristo. Sua importância, contudo, não se dá pela colocação que ocupa nas Páginas Sagradas, mas pelo conteúdo e riqueza que apresenta. Em sua forma canônica - para além das discussões exegéticas - ela é composta por quatro capítulos e cento e onze versículos. Para grande maioria dos exegetas essa carta revela um tom afetivo de Paulo, pouco manifesto em todas as outras. Isso se justifica, entre outros fatos, porque ela foi a primeira comunidade Paulina fundada que hoje conhecemos como Europa. Depois pelo fato de entre, tantas comunidades que serão fundadas posteriormente, ela é a única que demonstra, gratuitamente, interesse pelo Apóstolo ( cf. Fl 4,10)”Por isso ela é a única em relação de “dar e receber”(Fl 4,15). Desde o início do Estudo crítico do Novo Testamento essa aporia em torno da unidade da carta a Filipenses é expressa por estudiosos. Nesse sentido, há quem afirme a existência de duas ou três cartas e quem assegure, não obstante os questionamentos, a unidade da Carta. Neste emblemático caso de argumentos em favor ou contra a unidade da carta, optamos pelo primeiro grupo, isto é, aqueles que acreditam na divisão do texto em pequenas unidades, pequeno outras cartas. Assim entende Reuberson Rodrigues Ferreira. http://www.abiblia.org/index.php?a=2&id=25 Aos Colossenses A comunidade composta da miscigenação de cultos mistérios com ritos e veneração a divindades gregas. A comunidade durou apenas 7 anos, pois no ano 60, antes da morte de Paulo, foi atingida por um terremoto e desapareceu. O principal problema da comunidade foi um erro de interpretação causado pelo sincretismo religioso. Procuravam experiências exóticas e fortes e a presença de vários mestres. O autor desenvolve a centralidade deJesus Cristo, cabeça da Igreja. Ele incorpora pessoas à sua morte e ressurreição. A cidade de Colossos estava localizada perto de Laodicéia ( cf. Cl 4.16), no sudeste da Ásia Menor, cerca de 160 quilômetros a leste de Éfeso. A Igreja colossense, tudo indica, foi funda como resultado do grandioso ministério de Paulo em Éfeso: durante três anos (At 20.31), cujos efeitos foram tão poderes e de tão grande alcance que "todos os que habitavam na Ásia: ouviram a Palawa do Senhor Jesus" (At 19.10). Paulo talvez nunca tenha visitado Colossos pessoalmente (Cl 2.1), mantivera contatos com a Igreja através de Epafras,um d seus convertidos e cooperadores naquela cidade (Cl 1.7; 4.12 O motivo desta epístola foi o surgimento de ensinos falsos Igreja colossense, ameaçando o seu futuro espiritual (Cl 2.!). Quando Epafras, dirigente da Igreja colossense e seu provável fundador, viajou com o objetivo de visitar Paulo e informar-lhe a respeito da situação em Colossos (Cl 1.8; 4.12), Paulo então escreveu esta epístola. Nessa ocasião Paulo estava preso (Cl 4.3,10,18), possivelmente em Roma (At 28.16-31), aguardando comparecer perante César (At 25.11,12). O cooperador de Paulo, Tíquico, entregou pessoalmente a carta em Colossos, em nome do apóstolo (Cl 4.7). Paulo escreveu esta carta: (1) para combater os falsos ensinos em Colossos, que estavam suplantando a centralidade e supremacia de Jesus Cristo na criação, na revelação, na redenção e na Igreja; e (2) para ressaltar a verdadeira natureza da nova vida em Cristo e suas exigências para o crente. Finalmente, Nas suas exortações práticas, Paulo faz um apelo em favor de uma vida alicerçada na suficiência completa de Cristo, como o único meio de progresso no viver cristão. A realidade da habitação de Cristo neles (Cl 1.27) deve evidenciar-se na conduta cristã (Cl 3.1-17), no relacionamento doméstico (Cl 3.18 — 4. 1) e na disciplina espiritual (Cl 4.2-6). Efésios Colossenses A Igreja de Cristo O Cristo da Igreja A Igreja - c Corpo Cristo - o Cabeça Posição do crente Primazia de Cristo Prática do crente Prática do crente Enfatiza: sabedoria, mistério, plenitude e conhecimento Enfatiza: sabedoria, mistério, plenitude e conhecimento Unidade em Cristo Plenitude em Cristo I Tessalonicenses Tessalônica, situada há pouco menos de 160 km a sudoeste de Filipos, era a capital, cidade principal e porto da província romana da Macedônia. Entre os 200.000 habitantes da cidade, havia ali uma grande comunidade judaica. Quando Paulo a Igreja tessalonicense, na sua segunda viagem missionária, seu frutífero ministério ali foi encerrado prematuramente devido à intensa hostilidade judaica (At 17.1-9). Paulo lembra aos irmãos de como se portou durante sua estada em Tessalônica, exercendo seu ministério sem más intenções (v. 1-12), havendo eles então aceitado a Palavra de Deus e padecido na mão dos judeus (v. 13- 16). Paulo comunica sua vontade de ir visitar a igreja tessalônica (v. 17-20) Paulo lembra à Igreja que deve andar de maneira que agrade a Deus, que cada um busque santificar-se cada dia mais. Que os irmãos permaneçam se afastando da prostituição, pois Deus requer um povo santo e que Ele despreza a imundícia. Paulo também fala a respeito dos que dormem em Cristo, para que creiam na ressurreição, dos que morreram em Cristo, quando Jesus voltar nos altos céus para buscar a sua Igreja. Fala a respeito do retorno de Cristo para buscar a sua igreja. Na segunda viagem missionária, Paulo de Tarso pregou na sinagoga desta cidade - o templo principal dos judeus daquela região da macedónia - lançando https://pt.wikipedia.org/wiki/Deus https://pt.wikipedia.org/wiki/Prostitui%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurrei%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinagoga https://pt.wikipedia.org/wiki/Judeu https://pt.wikipedia.org/wiki/Antiga_Maced%C3%B4nia as fundações de uma das mais marcantes igrejas da época (a que se destina esta epístola). Alguma animosidade contra Paulo, por parte dos judeus da cidade, levou-no a fugir para Beréia. Paulo, Silas e Timóteo chegam pela primeira vez a Tessalônica, após passar por Filipos e esvaziar as sinagogas com suas pregações, ele então é acusado de traição a César e obrigado a fugir estando em Corinto, Paulo recebe ótimas noticias sobre a fé esperança, amor e perseverança dos irmãos de Tessalônica, mesmo em meio às perseguições sofridas. Paulo envia Timóteo (3:1-5). Enquanto estavam separados, Paulo ficou preocupado com a saúde espiritual deles, posto que continuavam sendo perseguidos. Por isso, ele mandou Timóteo para servi-los "em benifício da [sua] fé". Como ministro do evangelho, o trabalho dele era de fortalecer os irmãos e encorajá-los a não se deixarem abalar por causa do sofrimento (3:1-3). A tribulação faz parte da vida cristã, e Timóteo precisava lembrá-los disso para que não desistissem na luta contra "o Tentador" (3:3-5; veja Filipenses 1:29-30; 2 Timóteo 3:12). Paulo lhes mandou Timóteo porque sabia que a pregação do evangelho é a única coisa capaz de dar ao homem o que é preciso para resistir a todos os ataques do diabo (veja João 8:31-36; Efésios 6:10-18). Paulo expressa nesta Epistola como um sentimento para com seus filhos na fé, sua emoção é notada em cada linha desta carta. Ele os encoraja a permanecer em sua fé e no crescente amor mútuo e a se alegrar dando sempre graças a Deus. Essa igreja, no entanto ainda era muito jovem e tinha uma quantidade de problemas. Paulo não conseguiu terminar os ensinamentos do evangelho devido ao curto tempo que lá esteve, e diversos problemas surgiram após sua partida, Alguns acusavam Paulo de se auto promover e de pensar em dinheiro. A pregação do puro evangelho do Senhor quase sempre encontra resistência, pois homens preferem fazer o que lhes agrada do que mudar e fazer a vontade de Deus (veja João 3:19-20; 2 Timóteo 4:1-4). Quando Paulo e Silas chegaram a Tessalônica, eles carregavam marcas desta resistência em seus próprios corpos. Estavam se recuperando dos açoites que receberam em Filipos por pregar o evangelho (2:1-2; veja Atos 16:19-23). Mesmo assim, eles e seus companheiros se empenhavam em pregar sem medo toda a verdade de Deus aos tessalonicenses. Sobremaneira alegres com estas notícias, Paulo e os outros reagiram com constantes ações de graças a Deus, pedindo ainda mais que Deus lhes concedesse maneira de estarem todos juntos novamente (3:9-11). Além das https://pt.wikipedia.org/wiki/Ber%C3%A9ia ações de graças, Paulo pediu que Deus ajudasse os tessalonicenses a continuarem crescendo em amor, a fim de que fossem inteiramente prontos para a vinda de Jesus (3:12-13). Conclusão O Evangelho de Lucas apresenta Jesus não somente como o Messias prometido por Deus ao povo de Israel, mas como Salvador da Humanidade. Ele nos conta sobre os pais de Jesus, conta também sobre o nascimento de seu primo João Batista. Neste Evangelho Lucas demonstra a através das narrativas das parábolas de Jesus como a do filho pródigo, do homem rico e Lázaro, e do Bom Samaritano, o quanto Ele é compassivo e grande em perdoar pecados, pois muitos líderes da época se opuseram aos ensinamentos de Jesus, rejeitando valores como amor, comunhão e equidade. O resultado disso é amplamente conhecido até mesmo nos dias atuais, entre os que são cristãos ou não: Jesus foi perseguido, e sofreu uma morte de cruz Uma constante nas cartas de Paulo é a afirmação que ele faz da sua vocação. Por várias vezes lembra que o seu ser apóstolo de Jesus Cristo é sinal primordial da intervenção divina na sua vida. À missão de evangelizar os gentios ele se dedica por inteiro e busca formas novas, através das cartas, de se fazer presente junto às comunidadesfundadas por ele como missionário itinerante. Escrever era a forma de manter viva a fé das comunidades, porque Paulo não podia estar em todas elas ao mesmo tempo. Isso tudo para que o evangelho seja anunciado. O núcleo da mensagem de Paulo em todas as suas cartas é o Kerigma cristão, ou seja, o anúncio da morte e ressurreição de Jesus. Toda a teologia paulina é gerada a partir do evento da cruz, sinal de escândalo, portanto, de fraqueza, transformado em princípio de salvação e ressurreição. Portanto, para compreender Paulo é importantíssimo considerarmos a crucificação de Jesus, sua morte e ressurreição. Paulo é um escritor que anuncia o Evangelho, ou melhor, é um missionário que escreve. Ele é poeta e culto, mas para fazer-se compreender usa palavras simples e profundas. Todas as suas cartas são portanto, como que geradas do seu coração. E assim Paulo deixa transparecer em cada palavra que escreve sua paixão por Jesus e pelo seu povo. Eu Rocha Lima, Nilton mestrando no curso de Administração eclesiástica resenhei esta obra literária da qual buscando novos horizontes de pesquisa aprendi o quão rico é saber sobre os evangelhos e pude descobri os grupos que se manifestaram contrário ao Senhor Jesus e seu ministério. Isto nos remete a responsabilidade de pedir a Deus discernimento e ao mesmo tempo uma visão esclarecedora no que se refere a veracidade da Sua palavra e não sermos propagadores das sementes do inimigo e aos seus objetivos. 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