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FEMINICÍDIOS E A PERÍCIA CRIMINAL: Ampliando a Perspectiva na Investigação de Mortes Violentas e Desaparecimentos de Mulheres Gyzele Xavier GYZELE CRISTINA XAVIER SANTOS SOUZA Perita Criminal SPTC-GO (2010) - Perícias Externas - Grupo Especializado de Perícias em Crimes Contra a Vida. - Anterior: Perícias Externas – Trânsito, Patrimônio, MV. Papiloscopia Forense. - Graduação em Direito (UFG) - Especialização em Gestão em Segurança Pública / Gestão Organizacional (SSPJ-GO) - Mestranda em Direitos Humanos (UFG) - Pesquisadora do Núcleo de Direitos Humanos (UFG) - Pesquisadora convidada da Faculdade de Ciências Sociais (UFG) FEMINICÍDIOS E PERÍCIA CRIMINAL 1 FEMINICÍDIOS Aspectos normativos. Tipificar para quê? 2. PERSPECTIVA DE GÊNERO Gênero, Violência de Gênero e Interseccionalidade 3. INVESTIGAÇÃO FORENSE Diretrizes Nacionais 4 A ATUAÇÃO DA PERICIA CRIMINAL NAS MORTES VIOLENTAS E DESAPARECIMENTOS DE MULHERES ! 1789- Declaração Universal dos direitos do Homem (Revolução Francesa/Burguesa). "Liberdade, Igualdade e Fraternidade“. Porém as mulheres excluídas dos direitos civis e políticos; ________________________________________________________________________________ ! 1948- Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU). Explicita a igualdade de direitos entre homens e mulheres. _________________________________________________________________________________ ! 1979- Convenção sobre a eliminação de todas as formas de Discriminaçao contra a Mulher (CEDAW) _________________________________________________________________________________ ! 1994- Relatório da Conferência Internacional sobre população e desenvolvimento (Plataforma de Cairo) _________________________________________________________________________________ ! 1994- Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará) _________________________________________________________________________________ ! 1995-Declaração e Plataforma de Ação da IV Conferência Mundia Sobre a Mulher (Pequim) Estamos convencidos de que: (....) 14. Os direitos da mulher são direitos humanos. Ratificando o posicionamento de que as mulheres não eram vistas como seres humanos e firmando o compromisso de esforços contra a violação destes direitos. 1- Aspectos Normativos ! Lei 11.340/06 - Cria os Juizados Especiais e estabelece medidas protetivas. ! Define violência doméstica e familiar. ! Nos termos da CF/88; CEDAW; Convenção de Belém do Pará; e dos tratados internacionais ratificados pelo Brasil. 1- Aspectos Normativos ! Lei 11.340/06 – Lei Maria da Penha ! Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: (Vide Lei complementar nº 150, de 2015) ! Art. 6o A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos. ! Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: ! I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; ! II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; ! III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; ! IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; ! V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. ! Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: ! IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp150.htm#art27vii 1- Aspectos Normativos ! Lei 13.104/15 - Lei do Feminicídio ! Homicídio simples Art. 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. Caso de diminuição de pena: § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. ! Homicídio qualificado: § 2° Se o homicídio é cometido: Feminicídio VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. § 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: I - violência doméstica e familiar; II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. 2016 1- Aspectos Normativos 2014 1 FEMINICÍDIOS: Aspectos normativos. Tipificar para quê? FEMINICÍDIO Homicídio praticado contra a mulher (pessoa do sexo feminino) em decorrência de construções socioculturais plasmadas no inconsciente coletivo, as quais espelham re lações des iguais e assimétricas de valor e poder atribuídas às pessoas segundo o sexo. (PL4.5599/2004, que resultou na edição daLei Maria da Penha – Lei11.3400/06, dispositivo que conceituava relações de gênero). FEMICÍDIO Homicídio praticado contra a mulher (pessoa do sexo feminino). “Há divergências sobre o conceito” http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95552/lei-maria-da-penha-lei-11340-06 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95552/lei-maria-da-penha-lei-11340-06 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95552/lei-maria-da-penha-lei-11340-06 1 FEMINICÍDIOS: Aspectos normativos. Tipificar para quê? 1 FEMINICÍDIOS - Aspectos normativos ! O Atlas da Violência 2019: Crescimento de 30,7% de homicídios de mulheres (2007-2017) Crescimento dos números de homícidios de mulheres negras. Arma de Fogo Outros meios (estrangulamento, cortante, contundente, ...) Mulheres http://www.compromissoeatitude.org.br/wp-content/uploads/2015/11/MapaViolencia_2015_homicidiodemulheres.pdf GÊNERO – papeis / estereótipos / dominação / cultura do “macho alfa” 2. PERSPECTIVA DE GÊNERO: Gênero, Violência de Gênero e Interseccionalidade Como somos orientados socialmente O que a sociedade espera de nós SEXO Aparelho reprodutor masculino GÊNERO Masculinidades Dominação DESEJO Hétero – desejo por mulheres SEXO Aparelho reprodutor Feminino GÊNERO FeminilidadesSubmissão DESEJO Hétero – desejo por homens A tríade sexo/gênero/ desejo é estática e vinculada Como funcionamos (Butler) GÊNERO Masculinidades Feminilidades DESEJO Hé te ro Ho m o Bi SEXO Os elementos da tríade se desenrolam simultânea e independentemente. 2. PERSPECTIVA DE GÊNERO: Gênero, Violência de Gênero e Interseccionalidade VIOLÊNCIA DE GÊNERO ! inobservância de atributos esperáveis ! falhas nas representações dos papéis de gênero por meio das masculinidades e feminilidades (Carrara, 2011). ! A “rigidez dos papéis de gênero, associada à estigmatização das condutas de homem e mulher e à inflexibilidade da divisão sexual com base na qual foram criadas as sociedades – por exemplo, os códigos de conduta e vestimenta, são aspectos sociais que “incidem, facilitam e perpetuam a VCM” (ONU Mulheres, 2014, p. 46). - Estudos de Itiel E. Dror - Viés cognitivo na pericia criminal - http://www.cci-hq.com/publications.html Observar a existência de informações irrelevantes e que possuem estereótipos enraizados culturalmente (negra, prostituta, usuária de drogas, traía o marido, moradora de rua, escandalosa, boa moça, mãe de família) que podem direcionar o olhar, legitimar condutas, ou desviar a atenção das questões de gênero. JULGAMENTOS=vítima versus JUSTIFICATIVAS=agressor 2. PERSPECTIVA DE GÊNERO: Gênero, Violência de Gênero e Interseccionalidade CRIME PASSIONAL?! FEMINICÍDIO é crime de ÓDIO. “Nem todas as mulheres gostam de apanhar. Só as normais. As neuróticas reagem” (Nelson Rodrigues) “Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher” 2. PERSPECTIVA DE GÊNERO: Gênero, Violência de Gênero e Interseccionalidade INTERSECCIONALIDADE ! As categorias de articulação e as interseccionalidades referem-se à “multiplicidade de diferenciações que, articulando-se a gênero, permeiam o social” (Piscitelli, 2008, p. 263). ! Gênero é o vértice a partir do qual outras premissas são colocadas em perspectiva. DIRETRIZES NACIONAIS ELENCAM OS FATORES DE DIFERENCIAÇÃO: - GÊNERO / CLASSE SOCIAL / RAÇA/COR / ETINIA / GERAÇÃO 2016 ESTEJA CIENTE DO SEU PRECONCEITO E DE SUA INFLUENCIA NO JULGAMENTO E TOMADA DE DECISÕES 3. INVETIGAÇÃO FORENSE: prova, investigação criminal e diretrizes nacionais Todas as mortes violentas e desaparecimentos de mulheres devem ser entendidos como um feminicídio em potencial. ATIVIDADE EM SALA ! Digite no buscador do google e veja o que ele sugere a partir do recurso autocompletar 1) MORTO PELO 1) MORTA PELO 3. INVETIGAÇÃO FORENSE: prova, investigação criminal e diretrizes nacionais 3. INVETIGAÇÃO FORENSE: prova, investigação criminal e diretrizes nacionais FEMINICÍDIOS: a investigação forense com perspectiva de gênero 3. INVETIGAÇÃO FORENSE: prova, investigação criminal e diretrizes nacionais FEMINICIDIO INFANTIL E FAMILIAR FEMINICÍDIO SEXUAL É feminicídio???? As Diretrizes DEVEM ser aplicadas em TODAS as mortes violentas de mulheres, suas tentativas e desaparecimentos. Incluindo: Suicídios / Mortes aparentemente acidentais / Mortes a esclarecer / DESAPARECIMENTOS Locais de tentativas / locais onde a vítima foi socorrida Cadáveres encontrados LEMBRAR: Nas residências das vítimas ocorrem grande parte das . Residências de pessoas com as quais a vítima tenha relação de intimidade Goiânia, 8 de março de 2014 Dia Internacional da Mulher https://www.youtube.com/watch?v=dafyZHq__cM https://www.youtube.com/watch?v=dafyZHq__cM Roteiro de questões para orientar a análise dos laudos e perícias Diretrizes Nacionais, p. 123. Objetivo de apresentar algumas questões para orientar a autoridade policial, o(a) promotor(a) de justiça e o(a) juiz na leitura e análise dos laudos periciais, visando obter nesses documentos, para além das informações técnicas, aquelas que contribuam para evidenciar as razões de gênero na motivação do crime, de modo a tipificar o FEMINICÍDIO. 1) Dados sobre o local: Residência da vítima/casal? Local público ou com acesso restrito e relacionados aos hábitos da vítima? Houve cárcere privado? (trancas, tentativas de arrombamento de dentro para fora, alimentos, excrementos, janelas lacradas, O QUE MAIS É POSSÍVEL AQUI?) Foi realizada perícia nos locais imediatos, mediatos ou relacionados ao crime? 2) O levantamento do local de crime deverá ser realizado ainda que a vítima tenha sido removida nos casos de tentativa, e até mesmo nos casos de morte consumada, em que o corpo foi removido do local do crime. 3) Sinais de violência simbólica no local do crime como: quebra de objetos, móveis, quadros, porta-retratos, documentos entre outros pertencentes à vítima; sinais de maus tratos contra animais de estimação da vítima; a presença de vestígios materiais que possibilitem, de plano, a determinação da autoria, como, por exemplo, impressões digitais, material biológico Roteiro de questões para orientar a análise dos laudos e perícias Laudo de Exame de Local de Crime Elementos sugestivos encontrados em locais relacionados (residências de vítimas ou parceiros) 2016 Elementos sugestivos de violência simbólica encontrados durante exame de local relacionado O que mais observar ! Buscar objetos pessoais da vítima (bolsa, documentos, ...); ! Roupas. A vítima fez as malas? ! Roupas, joias maquiagens danificadas. ! Maus tratos a animais 2016 VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E A PERÍCIA FORENSE Exames de locais relacionados 2016 Exames de locais relacionados Exames de locais relacionados Exames de locais relacionados 2016 Roteiro de questões para orientar a análise dos laudos e perícias Laudo de Exame Perinecroscópico (local e necropsia) @policiacientifica_oficial www.policiacientifica.go.gov.br 1) No exame perinescroscópico: em caso de a vítima apresentar inúmeros ferimentos existem informações sobre quantos foram e onde se localizam: nas áreas vitais, áreas dotadas de significado sexual como genitais, seios, boca etc.; se existem mutilações de partes do corpo da mulher; de ferimentos característicos de amarras (sulcos na pele ao redor do terço inferior do antebraço e das pernas etc.); de vestígios de esperma sobre o corpo e vestes da vítima; sinais de prática de tortura física; lesões antigas (cicatrizes) que possam indicar a habitualidade da conduta agressiva; 2) Se foram identificados os instrumentos utilizados na prática do crime: como armas, instrumentos ou objetos de uso doméstico ou instrumentos de trabalho presença e emprego de substâncias químicas – incluindo medicamentos utilizados pela vítima. É muito importante observar se houve emprego da força física para imobilizar e/ou atacar a vítima com o uso das mãos como mecanismo para cometer o feminicídio (estrangulamento, esganadura, asfixia por sufocamento etc.); 3) Quando for necessário, deverá ser feita a reconstrução da cena onde o corpo foi encontrado ou reprodução simulada dos fatos, com todos os recursos disponíveis. 4) Foram realizados coleta padronizada de material biológico para exame de DNA; fotos do local; recolhimento de armas, instrumentos, objetos, projéteis para perícia posterior, recolhimento das vestes da vítima para pesquisa de material biológico – inclusive nos casos em que a vítima foi levada para o hospital. Roteiro de questões para orientara análise dos laudos e perícias Laudo de Exame Necroscópico 1) Todos os ferimentos observados no cadáver: (contusões, escoriações, hematomas, equimoses, mordidas, lesões de defesa, ferimentos incisos, ferimentos contusos, sugilações, ferimentos perfuro-contusos, perfuro-incisos, feridas corto-contusas); ferimentos mais antigos como fraturas e cicatrizes etc.; ferimentos causados pelo uso das mãos: esganadura, estrangulamento, sufocação etc.; ferimentos em torno das áreas vitais e aqueles localizados nas áreas dotadas de significado sexual como genitais, seios,boca, região anal etc.; mutilações de partes do corpo da vítima ; ferimentos característicos de amarras; Sinais de prática de tortura; presença de esperma, de saliva, pelos, cabelos, e sangue sobre o corpo da vítima e/ou em sua vestimenta, presença de material biológico na região subungueal; 2) Em casos de possível suicídio, verificar a presença de lesões de hesitação e a presença de sinais típicos de suicídio; 3) Verificar se a vítima apresentava útero gravídico ou sinais de aborto recente. SUICÍDIO CASO 1- Enforcamento/Estrangulamento SUICÍDIO? CASO 1- Enforcamento/Estrangulamento SUICÍDIO (?) CASO 2 Histórico: Segundo informações dos policiais presentes no local, o esposo da vítima Nilson Roberto de Jesus Carvalho teria saído e deixado sua esposa no local. Que retornou por volta de 17h30min deparando com o local trancado. Que ligou no celular de sua esposa e esta não atendeu. Que então chamou um chaveiro e pediu para que o mesmo abrisse a porta da sala, fato este realizado. Que após adentrar em sua residência o mesmo não encontrando sua esposa e vendo que havia um dos quartos trancado, acionou novamente o chaveiro e solicitou que o mesmo abrisse tal quarto. Que após abertura do quarto, o mesmo entrou no ambiente e sentiu cheiro de pólvora e observou poça de sangue junto a porta do guarda-roupa. Que abriu a porta do guarda-roupa e deparou com o corpo de sua esposa dentro do mesmo. Que em seguida acionou a polícia militar. SUICÍDIO (?) CASO 2 SUICÍDIO (?) CASO 2 SUICÍDIO (?) CASO 2 Considerações: - A vítima, no exato momento em que foi alvejada, encontrava-se dentro do cubículo mediano do guarda-roupas, lado direito deste, numa posição característica de quem estava se escondendo de alguém e/ou de algo. - A arma foi encontrada na mão esquerda da vítima, o que nos permite afirmar que a mesma não teria possibilidade de ter produzido o disparo contra o seu próprio corpo, uma vez que a lesão de entrada de projétil de arma de fogo constatada no corpo da vítima foi pelo lado direito. - Manchas de arrastes na parte interna do guarda-roupas, em frente a cabeça, demonstram que o corpo da vítima após o disparo foi empurrado para o fundo do cubículo, com a finalidade de fechar a porta do mesmo. - Conclusão: - De todo modo, no caso aqui averiguado, com relação ao diagnostico diferencial do fato, temos materialmente configurada a ocorrência de morte violenta da pessoa identificada como sendo ELISANGELA MARIA DA SILVA, mediante ato voluntário de outrem, nas circunstâncias supramencionadas. Exame de local – residência da vítima desaparecida Caso 3 Exame de local – residência da vítima desaparecida Caso 3 Exame de local – residência da vítima desaparecida Caso 3 Exame de local – residência de pessoa desaparecida Caso 3 Encontro de cadáver Caso 3 Encontro de cadáver Caso 3 Caso 4 O sucesso de uma investigação nasce da interpretação dos fatos, em termos de significado; e isso corresponde ao fator humano e não (só) aos elementos tecnológicos. (Modelo de protocolo internacional feminicídio, p. 107) Gyzele Cristina Xavier gyzele@gmail.com
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