Entrevista em Avaliação Neuropsicológica

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Entrevista em Avaliação 
Neuropsicológica 
Avaliação Neuropsicológica consta de: 
 
Entrevista / Anamnese 
Testes Psicológicos 
Observação comportamental 
Escalas / Inventários 
Relatórios e exames anteriores 
 
“ A entrevista clínica é o fator central e 
estruturante do exame neuropsicológico. A 
partir da sua realização, o neuropsicólogo clínico 
transforma as queixas do paciente ou de seus 
cuidadores em sintomas que serão estruturados 
em uma hipótese diagnóstica.” 
Hipótese 
Entrevista com familiares, 
paciente e/ou outros 
informantes 
Observação do 
comportamento do 
avaliando na consulta e/ou 
outros ambientes 
Seleção e Administração 
de testes e escalas de 
rastreio 
Conceituação Clínica 
Etapa 1 
Teste de Hipóteses 
Etapa 2 
Integração de 
Informações; 
 
Inferências 
Diagnósticas; 
 
Planejamento 
de Condutas 
 
Etapa 3 
 
Confecção do 
Laudo 
Monte a Hipótese - Criança 
1) Queixa dos pais: Não tira notas boas 
2) Queixa da escola: Dificuldades de atenção ao longo das aulas 
de português 
3) Evolução do quadro: Iniciou após mudança de escola alterações 
comportamentais como desinteresse. 
4) História médica: Sem alterações 
5) Medicações: Não 
6) Exames atuais: exame oftalmológico normal; exame auditivo normal. 
Monte a Hipótese - Adulto 
1) Queixa do paciente: dificuldade de memorizar. 
2) Evolução da queixa: piora após falecimento do marido. 
3) Tratamentos atuais: tratamento psiquiátrico em uso de antidepressivo e 
ansiolítico; acompanhamento endócrino por queixa passada de alterações da 
tireóide. 
4) História médica: alterações de tireóide. 
5) Substância psicoativas: maconha durante 10 anos. 
6) Exames atuais: ressonância sem alterações; exame de sangue sem 
alterações. 
Entrevista / Anamnese 
Perguntas a serem respondidas: 
1. Por que o paciente foi encaminhado? – Identificação da demanda 
2. Qual a caracterização sociodemográfica do paciente? – variações de desempenho de acordo com cultura, escolaridade e 
etc 
3. Como os sintomas surgiram e evoluíram até o momento do exame? 
4. Como era o funcionamento do paciente antes do surgimento dos sintomas? 
5. Como foi/é o desenvolvimento acadêmico do paciente? 
6. Há algum diagnóstico neurológico ou psiquiátrico prévio? 
7. Como é a saúde geral do paciente? 
8. O paciente apresenta limitações motoras ou sensoriais? 
9. Quais medicações em uso no momento da avaliação? 
10. Os prejuízos do paciente são observados por quem e onde? 
11. Quais as consequências dos sintomas apresentados nas diversas áreas da vida do paciente? – Extensão do 
comprometimento/sintomas 
12. História de doenças psiquiátricas ou neurológicas na família? 
 
 
 
 
 
Questões Específicas ao Desenvolvimento 
Desenvolvimento imaturo (neurológico, físico, social, cognitivo, linguagem, relacionamentos); 
Alteração do desenvolvimento motor; 
Atrasos no desenvolvimento sensório-motor; 
Impulsividade; 
Problemas para sustentar a atenção; 
Prejuízos da percepção; 
Problemas específicos da aprendizagem; 
Desregulação emocional/de humor; 
Alterações da linguagem/comunicação; 
Prejuízos da auto regulação (funções executivas). 
 Responsabilidades do Neuropsicólogo na entrevista: 
 
Informar o objetivo e procedimentos da avaliação; 
Informar benefícios do processo de avaliação; 
Estabelecer bom rapport; 
Conhecimento dos transtornos mentais; 
Traduzir o relato informal em formulação clínica. 
Entrevista / Anamnese Inicial 
Contrato do Serviço 
 De responsabilidade de cada profissional; Escrito ou Verbal? 
 
 Identificação 
 Informações sobre como será o procedimento: duração dos encontros, 
frequência dos encontros, em média. 
 Regras quanto à faltas ou atrasos de ambas as partes envolvidas no 
processo 
 Informações sobre sigilo – e casos de sua exceção 
 Informações sobre valor e forma de pagamento 
 Assinatura e data 
 
 
Escolhas de Escalas 
1. Definir qual a finalidade da medida; 
2. Verificar se está apropriado ao que se busca avaliar, e as características de a quem se destina; 
 
CUIDADOS NA ESCOLHA: 
Extensão do questionário 
Adequação à população 
Necessidade de treinamento e orientação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escolha dos Testes 
Não é porque você tem um teste que deve usá-lo > considere sempre o uso de acordo 
com a demanda levantada na entrevista e a hipótese a ser testada; 
Atente ao nível global (inteligência, nível socioeconômico) do paciente para evitar 
efeito teto e efeito chão; 
Avaliação da cognição geral para específica; 
Testes mais simples e lúdicos para motivação no início da avaliação. 
Testes ecológicos; 
Conhecimento das funções cognitivas avaliadas pelo teste. 
Testes Neuropsicológicos Exercícios Neuropsicológicos 
• Métodos estruturados com 
instruções de aplicação específicas e 
normas derivadas de uma população 
representativa; 
• Os resultados são descritos e 
considerados através de métodos 
estatísticos (médias e desvio padrão); 
• Permitem avaliação quantitativa e 
qualitativa. 
• Método de exploração da cognição e 
do comportamento; 
• Análise qualitativa; 
• Tarefas como leitura, cálculo, 
classificação de objetos, sequências 
de movimentos e etc. 
Uso de Baterias para Avaliação 
 
 
Baterias Fixas Baterias Flexíveis 
• Abrangentes (quadro geral das funções 
cognitivas); 
• Coletânea de testes que permitem avaliar 
uma variedade de funções cognitivas (em 
geral com mais de um teste destinado à 
cada função); 
• Acesso a diversos domínios cognitivos 
simultaneamente,(tanto aspectos 
específicos quanto globais); 
• Economia de tempo na escolha dos 
instrumentos podendo ter mais tempo 
despendido na avaliação; 
• Uso em pesquisa; 
• Uso em rastreio. 
• Composta por uma bateria nuclear e 
complementada com testes específicos de 
acordo com a demanda; 
• Uso no contexto clínico. 
Relatório Final e Devolutiva 
Breve descrição dos dados da entrevista e demanda; 
Descrição (com ou sem dados numéricos) dos resultados obtidos e interpretação; 
Descrição das escalas, tarefas e testes utilizados; 
Conclusão e Encaminhamentos. 
 
“Para o paciente, o importante é a entrevista devolutiva. As alterações 
observadas devem ser traduzidas com exemplos das situações práticas. 
Tato o paciente como o familiar precisam de orientações e indicações 
para o acompanhamento futuro. Os termos técnicos dos relatórios 
podem então ser explanados e as dúvidas sanadas.”