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TÓPICOS EM 
EDUCAÇÃO I
FORMAÇÃO DO 
PROFESSOR
Prezado(a) Acadêmico(a)! Nesta quinta e última etapa, abordaremos 
as temáticas que envolvem os aspectos da formação do professor, ou seja, 
a identidade do pedagogo, a formação docente, a prática pedagógica e a 
importância da pesquisa na prática docente. 
Lembramos que estes temas são essenciais para a construção do 
profissional de ensino.
Como último tema desta etapa, apresentamos o Projeto Polít ico 
Pedagógico, documento que norteia a ação da escola sobre a sociedade. 
Refletiremos sobre a sua dimensão política e pedagógica, entendendo-o como 
instrumento indissociável do processo de escolarização.
Desejamos a você bons estudos!
APRESENTAÇÃO
Organização
Tania Cordova 
Equipe Tutoria Interna 
de Pedagogia
Reitor da 
UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitora do EAD
Prof.ª Francieli Stano 
Torres
Edição Gráfica 
e Revisão
UNIASSELVI
 CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR
FORMAÇÃO DO 
PROFESSOR
.04
1 O PAPEL DO PROFESSOR NO CONTEXTO DA ESCOLA
No processo de escolarização, a prática pedagógica é empreendida pelo 
professor e tem como finalidade criar condições de ensino que resultem na 
efetivação da aprendizagem do aluno. 
Para compreendermos o papel do professor enquanto mediador do 
conhecimento historicamente sistematizado, vamos, caro(a) acadêmico(a), 
neste texto, retomar algumas informações sobre a função do professor em 
diferentes tempos e espaços sociais, porque a forma como a sociedade 
se organiza e os conhecimentos que produz na existência humana são 
determinantes às pedagogias que perpassaram o processo de escolarização.
Para elaborar e dar sentido ao fazer pedagógico enquanto articulação 
entre a teoria e a prática, é essencial compreender a realidade enquanto 
condição social dos homens e, a partir daí, entender que tanto a produção 
quanto a apropriação do conhecimento são fatos históricos. Sendo fatos 
históricos, logo representam o fazer social e estão organizados num processo 
dinâmico. 
Para refletir a dinâmica social e pedagógica vamos observar a breve 
retrospectiva das pedagogias educacionais e do papel do professor nesses 
contextos.
1.1 ALGUNS OLHARES SOBRE AS PEDAGOGIAS EDUCACIONAIS 
E O PAPEL DO PROFESSOR
A história da educação brasileira, no período de 1549 até as primeiras 
décadas do século XX, é caracterizada por uma educação veiculada pela 
Escola Tradicional. Neste tipo de escola, os professores constituíam o centro 
 CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR
do processo educativo, ou seja, o ensino estava centrado no professor que 
detinha o conhecimento transmitindo-o ao aluno que era entendido somente 
como o receptor e reprodutor deste conhecimento.
Esta orientação de ensino se manteve até meados do século XVIII, no 
qual os professores eram os detentores e transmissores do conhecimento 
que, sob a orientação jesuíta, inspirados no Ratio Studiorum e no espírito da 
obediência catequética, desenvolveram uma pedagogia voltada à formação 
religiosa e à educação da elite. Priorizava-se a cultura intelectual europeia, 
com o objetivo de formar o homem enciclopédico, cristão, humanista e 
universal. Após a expulsão dos jesuítas das terras brasileiras, em 1759, dá-se 
início a uma pedagogia laica, mas ainda articulada às diretrizes de um ensino 
verbal, empírico e positivo fundamentado pelas ideias de Comenius. 
Caro(a) acadêmico(a), as formas de concepção e organização da 
educação difundidas por este pensador, já foram abordadas no item 2 da 
segunda etapa deste Caderno de Estudos.
Com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, o 
governo brasileiro, instituiu a gratuidade, mas não a obrigatoriedade, do 
ensino primário. A educação era vista como uma virtude, um ato de esforço 
individual e não como um dever do Estado.
Assim, nas primeiras décadas do século XX, o ensino no Brasil, apontava 
problemas como: desistência escolar, a inexistência de um ensino comum e 
um alto índice de analfabetismo. A oportunidade de acesso e a qualidade do 
ensino se configuravam como privilégio de uma pequena classe dominante em 
detrimento de uma grande parcela da população. As políticas públicas para a 
educação eram quase inexistentes. No campo social, político e econômico, o 
país passava por importantes mudanças como: a urbanização, industrialização 
e também um processo de migração para as cidades. A implantação das 
indústrias subsidiárias de grandes empresas estrangeiras, principalmente, a 
norte-americana, colocaram a sociedade brasileira em contato com elementos 
culturais desta parte do mundo.
A escolarização da população tornou-se condição fundamental para a 
expansão industrial, tanto pela necessidade da qualificação de mão de obra, 
quanto da formação de condutas necessárias ao convívio social nas cidades. 
Esta “nova” demanda educacional exigia uma reestruturação no sistema de 
educação. A necessidade de legislar e organizar a expansão das redes de 
ensino federal, estadual e municipal foi o eixo que conduziu os discursos no 
campo da educação e no campo político nos primeiros anos da década de 
30, do século XX.
 CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR
Nesse contexto, intelectuais brasileiros entraram em contato com as 
ideias norte-americanas. Em específico, com as ideias de John Dewey (já 
estudamos este pensador na segunda etapa deste curso), que preconizavam a 
escola como um instrumento de socialização e de formação da personalidade 
individual e de desenvolvimento psicológico. Dewey esteve à frente do 
Movimento de Renovação do ensino que influenciou a educação na Europa, 
nos Estados Unidos e no Brasil.
No Brasil , o movimento pela Escola Nova defendia o aprendizado 
espontâneo e os conteúdos de interesse dos alunos, sendo criticado por abrir 
mão dos conteúdos tradicionais escolares. Nessa concepção, o professor 
assume o papel de facilitador da aprendizagem e a escola se configura em 
espaços sociais de reconstrução e reorganização do conhecimento.
O movimento culminou na redação de um documento denominado 
Manifesto dos Pioneiros da Educação, que defendia a educação fundamental 
e massiva da população brasileira, como parte da construção da identidade 
nacional.
Esse documento trazia a proposta de solucionar os problemas da 
educação brasileira, a partir da organização do ensino em seus diversos níveis, 
defendendo a unicidade da educação, tendo por finalidade reconstruí-la, 
indicando a urgência da criação de um Sistema Nacional de Ensino.
FIGURA 1 – MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO
FONTE: Disponível em: <http://nayarinhaalmeida.blogspot.
com/2009/10/manifesto-dos-pioneiros-da-educacao.html>. 
Acesso em: 3 maio 2011.
O documento foi lançado em 1932 e idealizava um projeto educacional 
que responderia às demandas do país. As propostas idealizadas pelos 
signatários do Manifesto defendiam uma nova escola, promotora da ciência 
e da pedagogia moderna sob a égide de um ensino público, gratuito e laico. 
O documento foi redigido por Antônio Ferreira de Almeida Júnior, Fernando 
de Azevedo, dentre 26 intelectuais, entre os quais Anísio Teixeira, Afrânio 
Peixoto, Lourenço Filho, Roquette Pinto, Delgado de Carvalho, Hermes Lima 
e Cecília Meireles.
 CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR
Os anos 30, no Brasil, caracterizam-se também, pelas iniciativas de formar 
o professor em nível universitário. Em abril de 1935, o Decreto Municipal n° 
5.513 cria a Universidade do Distrito Federal (UDF), no Rio de Janeiro. Esta 
universidade foi composta por cinco áreas: Ciências, Educação, Economia e 
Direito, Filosofia e Instituto de Artes. O objetivo dessa instituição era encorajar 
a pesquisa científica, literária e artística e formar profissionais para atuar nos 
níveis de educação.
A Escola de Educação da UDF tinha por finalidade ministrar os seguintes 
cursos para o magistério: formação de professores primários; professores 
primários especial izados em Desenho e Artes Industriais;professores 
secundários; professores secundários especializados em Desenho e Artes 
Industriais, Modelagem e Trabalhos Manuais; professores secundários de 
Música e Canto Orfeônico. A proposta desta instituição era formação de 
técnicos e profissionais da educação em cursos de extensão e continuação 
para professores. 
A criação da UDF foi liderada por Anísio Teixeira e essa ação configurou 
o perfil e a carreira do educador.
Nos anos 60, ocorre a promulgação da primeira Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional – LDB 4024/61. O texto desta lei tramitou por 13 anos 
no Congresso Nacional (1948 - 1961) e teve como principal representante o 
educador Anísio Teixeira.
 Neste período, destaca-se também a figura do educador Paulo Freire, 
que propunha um método de alfabetização cujo objetivo não era educar para 
incluir no mercado de trabalho, mas, sobretudo, preparar os educandos para 
a participação ativa nos aspectos da vida social e política, sem, no entanto, 
desconsiderar o trabalho como parte importante da existência. O método 
freiriano representava uma inovação nas práticas educativas nesse período.
A Instauração do Regime político da Ditadura Militar em 1964, desencadeou 
uma dura repressão que atingiu a educação brasileira. Em 1968, durante o 
governo Costa e Silva, foi aprovada e sancionada a Reforma Universitária, 
Lei nº 5540 de 28 de novembro, que atuou no sentido de: institucionalizar 
o vestibular, idêntico para todos os cursos e áreas de conhecimento e 
padronizado em sua execução, isto é, havia somente uma forma de realizar 
a prova que dava acesso à universidade. 
No universo educacional, o golpe militar interrompeu todas as experiências 
de cunho inovador na educação brasileira, a exemplo das iniciativas de Paulo 
Freire, já citadas neste texto. 
 CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR
Durante a Ditadura Militar, é implantado o ensino tecnicista. Este ensino 
organizava-se por meio de um processo de técnicas de ensino. O papel 
do professor nesta perspectiva, é secundário, apenas assume a condição 
de executor de um trabalho planejado, coordenado e controlado por um 
especialista habilitado que tem suas ações pautadas pela neutralidade, 
objetividade e imparcialidade. Esse modelo de educação organizou-se a partir 
da influência do behaviorismo de Skinner, modelo já estudado na segunda 
etapa deste curso.
A percepção do papel do professor, apresentada nos processos educativos 
da Escola Tradicional, da Escola Nova e da Escola Tecnicista, possibilita a 
compreensão de que a função desempenhada no processo pedagógico é 
influenciada pela forma de pensamento e conhecimento teórico que se 
origina a partir da organização da sociedade. Nesse sentido, só é possível 
pensar e executar uma prática de ensino se a vincularmos a uma teoria, a um 
conhecimento mais amplo que reflita a prática social.
Já nos anos 80, a psicologia histórico-cultural apresenta que o 
desenvolvimento das pessoas, enquanto processo intrapessoal, é o resultado 
de aprendizagens e de apropriações do conhecimento sistematizado 
historicamente, de forma interpessoal, isto é, a apreensão dos saberes 
históricos e científicos estimula o desenvolvimento por meio da interação 
estabelecida com outros seres humanos. Nesse aspecto, cabe à escola criar 
meios que possibilitem ao indivíduo apropriar-se do saber e ao professor, a 
mediação do processo de aprendizagem do conhecimento de seus alunos.
Nesse contexto, o papel do professor consiste em elaborar um trabalho 
pedagógico que viabilize o processo de ensino enquanto estratégia de 
ampliação da capacidade de aprender no aluno e que efetive a aprendizagem 
por meio da mediação do conhecimento científico e histórico, pois ambos 
são fundamentais à compreensão da realidade de cada momento vivido.
Na contemporaneidade, o conceito de professor ainda sofre alterações. 
O professor não é mais aquele que detém o conhecimento, mas o elemento 
capaz de contribuir na descoberta de novos conhecimentos que habilitem o 
aluno à autonomia e à criticidade.
Assim, no próximo item, vamos refletir sobre os princípios teóricos 
metodológicos que perpassam a prática docente. 
 CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR
2 PRINCÍPIOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DA PRÁTICA 
DOCENTE
A proposta de um professor reflexivo tem sido um dos eixos de discussão 
dos cursos de formação de professores na contemporaneidade. Referenda-
se o discurso em defesa do trabalho coletivo, da formação continuada e 
da prática pedagógica interdisciplinar, ao mesmo tempo em que surge o 
questionamento: qual o papel do professor no contexto atual? Nesse viés, 
vamos refletir sobre esse papel?
2.1 PRÁTICA PEDAGÓGICA REFLEXIVA
Um dos desafios da prática pedagógica é a possibilidade de intervenção 
reflexiva, ou como aponta Saviani (1986) a reflexão sistemática, rigorosa e de 
conjunto, como reflexão de si mesmo, do ensino e do contexto social mais 
amplo.
A reflexão como alternativa à educação, no contexto da globalização, é 
uma especificidade que nos permite ultrapassar os muros da mera reprodução 
das informações e dos conhecimentos produzidos por outros. É uma tarefa 
fundamental, com objetivos de contribuir para as transformações sociais.
Destaca-se que, na história da educação brasileira, a capacidade humana 
de reflexão assumiu, na prática pedagógica, diferentes caminhos teóricos 
metodológicos que representam a visão de mundo em cada configuração 
social. Vale lembrar que já estudamos nas etapas anteriores as Tendências 
Pedagógicas na Educação Brasileira.
Assim, caro(a) acadêmico(a), lembramos das concepções inatistas, que 
partem do princípio que a realidade é construída subjetivamente pela razão. 
Nessa concepção, o homem organiza os seus conhecimentos a partir de suas 
aptidões inatas, de si mesmo, de suas ideias, examinando-as e modificando-
as para formar uma teoria que orienta a prática a partir da realidade interior 
separada do mundo exterior e de suas contradições. Na prática pedagógica, 
significa que o professor assume o papel contemplativo de ensino e de 
aprendizagem, é um expectador que utiliza sua capacidade racional para 
analisar e conhecer a realidade sem pretensões de modificá-la, posto que a 
reflexão somente configura a realidade numa direção previamente definida, 
ou seja, a de reproduzir e manter a ordem social vigente.
A base empirista parte do princípio de que a experiência é fator 
indispensável para a obtenção do conhecimento. Assim, o conhecimento é 
produzido em contato com as coisas reais, através das experiências sensoriais e 
perceptivas. Na prática pedagógica, significa que o professor e o conhecimento 
 CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR
são determinantes para a internalização da realidade pelo aluno, uma vez 
que a inteligência é concebida como mero reflexo às reações exteriores. 
Assim, a reflexão limita-se à seleção de conhecimento e metodologias que 
proporcionem a memorização e a reprodução de conhecimentos e normas.
A reflexão dialética parte do entendimento de que a realidade pode 
ser captada e ganhar sentidos pela reflexão e pelo agir humano. Mas é 
preciso considerar que cabe ao pensamento, à teoria e à reflexão captar o 
movimento dessa realidade em suas relações e constituições, para construir 
uma explicação do real. O conhecimento teórico tem a função de operar o 
desvelamento das condições que produzem a alienação, as injustiças e as 
relações de dominação. Na intervenção pedagógica, significa considerar que 
ao refletir sobre a prática, em seus contextos sociais, políticos e institucionais, 
o professor deve reinventar constantemente o cotidiano escolar tendo em 
vista a transformação da escola e da sociedade. A reflexão é o constante 
questionamento pela qual se pode propor a ruptura com modelos tradicionais 
de ensino.
De acordo com Pimenta (2002), a prática reflexiva não deve ficar limitada 
a uma ação individualizada do professor, advinda da desconsideração do 
contextoem que ele está inserido. Torna-se necessário estabelecer os limites 
políticos, institucionais e teóricos metodológicos dessa prática. A centralidade 
na aula como lugar de experimentação e de investigação individual do 
professor, é uma perspectiva restrita, pois desconsidera a influência da 
realidade social sobre ações e pensamentos e sobre o conhecimento como 
produto de contextos sociais e históricos.
Segundo a mesma autora, a reflexão oportuniza ao professor perspectivas 
de análise para compreender os contextos históricos, sociais, culturais, 
organizacionais e de si mesmo, como profissional, no qual se dá sua atividade 
docente, para nele intervir, modificando-o. Nesse aspecto, é fundamental, o 
permanente exercício da crítica das condições materiais nas quais o ensino 
ocorre.
A prática reflexiva deve focar na análise do exercício profissional e das 
condições sociais em que ocorre. Parte-se do pressuposto que toda a ação 
docente é fundamentalmente política, portanto, deve ser coletiva, o que leva 
à necessidade de transformar as escolas em comunidades de aprendizagem 
nas quais os professores se auxiliem mutuamente.
Em linhas gerais, pode-se dizer que, ser um profissional reflexivo 
provoca o desenvolvimento das capacidades de apropriação teórico-crítica 
da realidade. Assim, torna-se necessária a apropriação de metodologias de 
ação, de formas de agir, de resolução de problemas em sala de aula e da 
percepção dos contextos sociais, políticos e institucionais em que configuram 
as práticas escolares.
 CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR
A relação teoria e prática volta-se para a reflexão e a investigação 
sobre a ação, ou seja, os processos reflexivos devem incidir na fase prévia 
(planejamento) e posterior (revisão crítica).
Libâneo (2002) descreve as fases que auxiliam o professor no processo 
de construção da reflexão crítica:
1 Descrever: o que estou fazendo?
2 Informar: que significado tem o que faço?
3 Confrontar: como cheguei a ser ou agir desta forma?
4 Reconstruir: como poderia fazer as coisas de um modo diferente?
De acordo com o autor, essas fases contribuem para o exercício de escrita 
e reflexão, bem como para a construção do conhecimento e do repensar o 
fazer pedagógico. Constituem referências norteadoras do registro da prática 
cotidiana, além de auxiliar na avaliação e no planejamento da ação didática. 
Permitindo, ainda levantar subsídios para o replanejamento. A reflexão deve 
ser um instrumento para pensar, pesquisar, refletir e registrar a prática docente.
Nessa perspectiva, o professor reflexivo pode tornar-se um pesquisador de 
sua atuação docente e do contexto em que está inserido, quando problematiza 
a realidade, indica questões a serem investigadas e define metodologias 
coerentes com a problemática estudada.
Caro(a) acadêmico(a)! O exercício da docência deve ser o exercício da 
pesquisa. Assim, no próximo item, vamos estudar sobre a pesquisa na prática 
docente. 
3 A PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO
Outro desafio à prática docente fundamenta-se na ideia de que o professor 
deve trabalhar como um pesquisador, identificando os problemas de ensino e 
de aprendizagem, construindo propostas de solução com base na teoria em 
sua experiência, colocando em ação as alternativas planejadas, observando 
e analisando os resultados obtidos e corrigindo caminhos percorridos.
A pesquisa é uma forma de compreender o ensino como um processo 
permanente de construção coletiva, isto é, uma ação comprometida 
socialmente e informada teoricamente, que pode auxiliar na modificação da 
realidade educacional e, quiçá, a social.
Por meio da pesquisa, o professor constrói maneiras alternativas de 
observar e compreender o trabalho dos alunos e o seu trabalho. 
 CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR
A pesquisa coloca o professor como produtor de conhecimento, ao invés 
de vê-lo como consumidor, transmissor e implementador de conhecimento 
produzido em outras instâncias.
FIGURA 2 – O PROFESSOR PESQUISADOR 
FONTE: Disponível em: <http://www.tradepar.com.br/detalhes/
professor-e-a-pesquisa-o-853080645X-74.html>. Acesso em: 3 
maio 2011.
Prezado(a) acadêmico(a)! A reflexividade e a pesquisa possibilitam pensar 
a escola como um lugar de revisão crítica do acervo de conhecimentos 
acumulados pela humanidade e de tomada de consciência da participação 
pessoal na gestão participativa, no trabalho em equipe e no currículo 
interdisciplinar. A compreensão de todos estes modelos auxiliam na superação 
de um modelo de escola individualista, fragmentado e centralizador de 
administração e de produção de saberes.
O professor pesquisador torna-se figura significativa no processo de 
ensino e aprendizagem. Assim, nossa próxima reflexão busca compreender 
a identidade do pedagogo. 
4 A IDENTIDADE DO PEDAGOGO
A construção da identidade profissional do pedagogo se dá sob as 
dimensões: formativa (incorporação dos saberes adquiridos), organizacional 
(construção de novos modelos de gestão curricular e administrativa) e 
pedagógica (práticas educativas) no contexto educacional.
 CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR
A pedagogia está ligada ao ato de condução do saber, o que não significa 
que esta ciência esteja, estritamente, reduzida à ação docente e a espaços 
formais de educação, mas, sim a qualquer prática educativa, mesmo que não 
seja escolar. Enquanto ciência, a pedagogia contempla reflexões acerca dos 
indivíduos e da sociedade. 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia (BRASIL, 
2005), definem como objetivo do curso, a formação de professores para 
exercer funções de docência na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do 
Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, 
de Educação Profissional, na área de serviços e apoio escolar e em outras 
áreas nas quais esteja previsto conhecimentos pedagógicos. A interpretação 
do que propõe as Diretrizes sinalizam para dois possíveis campos de atuação 
do pedagogo: a docência e como profissional que atua no campo teório-
investigativo da educação, do ensino, de aprendizagens e do trabalho 
pedagógico que se realiza na práxis social.
Nessa perspectiva, os cursos de formação do pedagogo devem 
contemplar a “articulação entre a docência, a gestão educacional e a produção 
do conhecimento na área da educação [onde] tem a docência como base” 
(AGUIAR et al., 2006, p. 9). A partir do exposto pela autora, pode-se perceber 
que os cursos de Pedagogia devem garantir que, o pedagogo não esteja 
preparado apenas para exercer a função de docente na Educação Infantil e 
nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, mas que seja capaz de atuar no 
campo gestor da escola, na pesquisa e na construção de conhecimentos que 
envolvam todo o campo educacional, com propriedade para refletir e intervir 
sobre todos os aspectos do contexto educacional. Assim, pode-se afirmar que:
A educação do licenciado em pedagogia deve, pois, propiciar, por meio 
de investigação, reflexão crítica e experiência no planejamento, execução, 
avaliação de atividades educativas, a aplicação de contribuições de campos de 
conhecimentos, como o filosófico, o histórico, o antropológico, o ambiental-
ecológico, o psicológico, o linguístico, o sociológico, o político, o econômico, 
o cultural. O propósito dos estudos destes campos é nortear a observação, 
análise, execução e avaliação do ato docente e de suas repercussões ou 
não em aprendizagens, bem como: orientar práticas de gestão de processos 
educativos escolares e não escolares, além da organização, funcionamento 
e avaliação de sistemas e de estabelecimentos de ensino (Parecer CNE/CP 
n. 05/2005 apud AGUIAR et al., 2006, p. 831).
O pedagogo é o profissional responsável pelo desenvolvimento das 
atividades formativas dentro e fora de sala de aula. É responsável pela 
emancipação educacional onde quer que a educação seja discutida, pois 
possui formação para operacionalizar com essa ciência da educação.Desta 
forma, pode-se reconhecer no pedagogo, professor de séries iniciais e de 
educação infantil, a existência de saberes para além da docência; e no 
pedagogo gestor, a existência de saberes que compreendem o processo 
formativo dentro de sala de aula. 
 CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR
O quadro a seguir destaca a ação educativa do pedagogo no espaço 
escolar.
QUADRO 1 – AÇÃO EDUCATIVA DO PEDAGOGO
AÇÃO PEDAGÓGICA ESCOLAR
Distinguem-se três tipos de atividades
a) A de professores do ensino público e privado de todos os níveis e dos que 
exercem atividades correlatadas da escola.
b) A de especialistas da ação educativa escolar operando nos níveis centrais, 
intermediários e locais dos sistemas de ensino (supervisores, gestores, 
administradores, coordenadores, orientadores e outros).
c) Especialistas em atividades pedagógicas para escolares atuando em 
órgãos públicos, privados e públicos não estatais, envolvendo associações 
populares, educação de jovens e adultos, clínicas de orientação pedagógicas/
psicológica, entre outras.
FONTE: Libâneo (2009).
Para atingir bons resultados, é fundamental que a instituição de ensino 
esteja alicerçada sob uma gestão escolar comprometida e organizada. 
Assim, vamos refletir sobre o papel de outros atores que também participam 
do processo de ensino e aprendizagem e que compõem a equipe gestora 
da escola. São eles: o diretor, o coordenador pedagógico, o orientador 
educacional e o supervisor de ensino. Lembramos, prezado(a) acadêmico(a), 
que a denominação dos cargos varia de acordo com a rede de ensino.
No universo da educação formal, o diretor é o responsável legal, judicial e 
pedagógico da instituição de ensino e é ele quem gerencia e articula o trabalho 
de professores e funcionários em função de uma meta: a aprendizagem dos 
alunos. O diretor gerencia a escola, relegando para segundo plano a dimensão 
pedagógica de seu trabalho, focando no aspecto administrativo e cumprindo 
as exigências burocráticas das instâncias administrativas a que se vincula: 
secretaria estadual ou municipal da educação.
O coordenador pedagógico é o profissional que responde pela formação 
continuada da equipe docente.
O supervisor de ensino é o responsável pela implementação das 
políticas para a educação, por acompanhar o desenvolvimento do plano 
político pedagógico e oportunizar a formação continuada de diretores e 
coordenadores.
O orientador educacional é o responsável por formular metodologias e 
estratégias que estimulem o interesse dos alunos.
 CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR
Apesar das responsabilidades sobre as ações educativas estarem divididas 
na equipe gestora, isto não significa que eles devam trabalhar fragmentados, 
ao contrário, a articulação é essencial para a manutenção da qualidade da 
educação. Afinal, se a meta da educação no país é alcançar o índice dos 
países desenvolvidos, como vimos no item sobre o IDEB, será necessário criar 
estratégias que levem à melhoria do desempenho escolar de nossos alunos 
e para isso a equipe técnica juntamente com os professores precisam estar 
em consonância. 
Caro(a) acadêmico(a)! Vale destacar que o universo da escola é constituído 
por outros personagens que auxiliam na administração e na manutenção da 
educação. Estes personagens constituem a equipe técnica (secretário escolar, 
bibliotecário, entre outros) e a equipe de serviços gerais (merendeiro, vigia, 
zelador, entre outros). Todos estes sujeitos produzem o cotidiano da escola 
e são partícipes do Projeto Político Pedagógico.
No próximo item, discutiremos a importância do Projeto Político 
Pedagógico, buscando perceber como este documento contribui para 
a organização das atividades escolares. É importante lembrar que este 
documento está presente nas escolas e tem a função de mediar o conjunto das 
relações que perpassam o cotidiano dos sujeitos integrantes da comunidade 
escolar e suas práticas. 
5 A CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
FIGURA 3 – PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
FONTE: Disponível em: <http://professorespirambu.blogspot.com/2007/12/
projeto-poltico>. Acesso em: 5 maio 2011.
O Artigo 12 da Lei nº 9.394/96 (BRASIL, 2011) põe em questão a 
construção do Projeto Político Pedagógico, no sentido de reconhecer a 
capacidade da escola de planejar e organizar sua ação política e pedagógica, a 
partir da gestão participativa em todos os segmentos da comunidade escolar 
(corpo técnico-administrativo, docentes, discentes, pais e comunidade), num 
processo dinâmico e articulado.
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Toda instituição de ensino tem objetivos a serem alcançados, metas 
estabelecidas e prazos para serem cumpridos. O documento que organiza 
estas aspirações na escola é o Projeto Político Pedagógico. Você já parou para 
pensar na dimensão deste documento? Vamos em frente.
• Projeto: reúne propostas de ações concretas e as executa em um 
determinado período de tempo.
• Político: considera a escola como um espaço de formação de cidadãos.
• Pedagógico: define e organiza as atividades educativas necessárias ao 
processo de ensino e aprendizagem.
A junção destas três dimensões caracteriza o documento que orienta a 
ação dos sujeitos que compõem o universo escolar. A sua elaboração não deve 
ser compreendida apenas como um instrumento burocrático para satisfazer 
uma exigência da Lei, mas com um novo significado à atuação da escola e 
às práticas que norteiam a proposta das instituições de ensino. Assim, vamos 
caro(a) acadêmico(a), refletir acerca de duas questões que envolvem este 
documento:
• O que é um Projeto Político Pedagógico?
• Quais são as orientações básicas para a construção do Projeto Político 
Pedagógico?
Segundo Vasconcelos (1995), o Projeto Político Pedagógico é um 
instrumento teórico-metodológico que visa auxiliar nos desafios do cotidiano 
da escola, só que de maneira refletida, consciente, sistematizada, orgânica, 
científica, e, o que é fundamental, participativa. É uma metodologia de trabalho 
que possibilita ressignificar a ação de todos os sujeitos da escola.
O Projeto Pol í t ico Pedagógico é um documento jur id icamente 
reconhecido, que orienta e alinha as atividades desenvolvidas no universo 
da escola e tem como eixo identificar e resolver problemas que interferem 
no processo de ensino e aprendizagem. Sobre a sua função destaca-se que:
Este documento diz respeito à melhoria da qualidade do ensino através 
de reestruturação da proposta curricular da escola, de ações efetivas que 
priorizem a qualificação profissional do educador, e do compromisso em 
oportunizar ao educando um ensino voltado para o exercício da cidadania.
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O Projeto Político Pedagógico é um dos documentos exigidos no 
processo de regularização da escola junto aos Conselhos de Educação. 
A seguir, apresenta-se um roteiro com orientações para a construção 
deste documento. Lembrando que, um projeto com estas dimensões deve ter 
por base tarefas simples, passíveis de serem realizadas no cotidiano da escola. 
E ainda, ser completo para não deixar dúvidas sobre o que fazer e flexível 
para adaptar-se às necessidades de aprendizagem dos discentes. Assim, a sua 
elaboração deve contemplar os seguintes tópicos:
• Missão – A missão define a identidade da instituição e a direção que a 
orienta. Duas questões devem ser respondidas neste tópico: “O que a 
Educação é para esta escola?”, “E que tipo de alunos queremos formar?” Se 
a instituição responde a estes questionamentos tem definido a sua missão 
frente à sociedade.
• Clientela – Este item deve apresentar um diagnóstico dos sujeitos que 
frequentam a instituição de ensino, a fim de oferecer informações para 
que sejam elaboradas as diretrizes pedagógicas e as formas de estabelecer 
relações com a comunidade escolar. Devem ser apresentadas informações 
como: histórico da comunidade; levantamento das condições sociais, 
econômicas e culturaisdas famílias.
• Dados sobre a aprendizagem – Este tópico deve compor uma descrição da 
aprendizagem. Tem como função criar estratégias para a melhoria do ensino. 
Podem ser utilizadas as informações contidas nos indicadores de matrícula, 
evasão, aprovação, reprovação, distorção idade/série, transferências e 
resultados de avaliações.
• Relação com as famílias – A participação da família na elaboração do Projeto 
Político Pedagógico é assegurada pela Lei nº 9.394/96. Nesse sentido, cabe 
à instituição de ensino criar situações que definam a forma como os pais 
podem contribuir com a elaboração dos projetos, bem como a participação 
das tomadas de decisões.
• Recursos – Este item diz respeito à disponibilidade de recursos para que 
sejam implementadas ações de melhoria na instituição de ensino. Estas 
melhorias podem ser de estrutura física (prédios, salas, equipamentos, 
mobiliários e espaços livres), de recursos humanos (composição da equipe, 
qualificação e horas de trabalho) e financeiros (Programa Dinheiro Direto 
na Escola, via Secretaria de Educação etc.) e dos materiais pedagógicos.
• Diretrizes pedagógicas – Este item tem como objetivo orientar o trabalho 
na escola. Nele devem estar descritos os conteúdos a serem ensinados 
(currículo), os objetivos de ensino, as metas de aprendizagem e a forma de 
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avaliação. É a partir deste eixo que a equipe formula planos de intervenção 
que intentam qualificar o processo de ensino e aprendizagem.
• Plano de ação - Deve listar todas as ações e os projetos institucionais a 
serem desenvolvidos pela escola dentro do ano letivo. Esta parte do Projeto 
Político Pedagógico deve ter a presença ativa de todos os envolvidos na 
construção deste documento. 
FONTE: Adaptado de: LOPES, N. Como fazer o PPP da escola. Disponível em: <http://revistaescola.abril.
com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/7-elementos-essenciais-ao-ppp-610996.shtml?page=7>. 
Acesso em: 3 maio 2011.
Elaborar esse documento é uma oportunidade para a escola escolher o 
currículo e organizar o espaço e o tempo de acordo com as necessidades de 
ensino. Além da LDB, a proposta pedagógica deve considerar as orientações 
contidas nas Diretrizes Curriculares elaboradas pelo Conselho Nacional da 
Educação e nos Parâmetros Curriculares. 
Caro(a) acadêmico(a)! Chegamos ao f inal do Curso “Tópicos em 
Educação 1”, esperamos que as discussões apresentadas o(a) auxiliem na sua 
formação inicial. Aproveitamos para convidá-lo(a) a realizar outros Cursos de 
Nivelamento disponibilizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem.
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AUTOATIVIDADE
1 Na escola Tradicional, qual era o papel do professor? 
a) O professor constituía o centro do processo educativo.
b) O professor era o mediatizador do conhecimento.
c) O professor era o agente cognitivo e construia com seus alunos novos 
conhecimentos.
d) O professor era o mediador da aprendizagem.
2 Entre os aspectos apresentados pela educação brasileira, nas primeiras 
décadas do século XX, é correto afirmar que havia:
a) Desistência escolar ou alto índice de analfabetismo.
b) Um sistema de ensino que atendia a todas as crianças.
c) Acesso gratuito a toda a população.
d) Materiais didáticos adequados à faixa etária.
3 Sobre o papel do professor no movimento da Escola Nova, assinale a 
alternativa CORRETA:
a) O professor tem o papel de facilitador da aprendizagem.
b) O professor tem o papel de transmissor o conhecimento.
c) O professor tem a função de mediatizar o processo de ensinagem.
d) O professor constrói com o aluno aprendizagens significativas a partir do 
contexto vivenciado pelo aluno.
4 No que diz respeito à função da escola na concepção histórico-cultural, 
leia e complete a seguinte sentença:
Cabe à escola criar __________ que possibilitem ao indivíduo apropriar-se 
do saber e ao professor cabe a __________ do processo de aprendizagem do 
__________ de seus alunos.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) meios - mediação - conhecimento.
b) táticas - transmissão - conteúdo.
c) formas - repetição - currículo.
d) mecanismos - mediatização - conhecimento.
5 Sobre a concepção pedagógica que parte do princípio que a realidade é 
constituída subjetivamente pela razão, assinale a alternativa CORRETA:
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a) Inatista.
b) Construtivista.
c) Ambientalista.
d) Naturalista.
6 Sobre a prática reflexiva, assinale a alternativa CORRETA:
a) A prática reflexiva deve focar na análise do exercício profissional e das 
condições sociais em que esta ocorre. 
b) A prática reflexiva faz parte do trabalho docente, mas não deve ser 
contextualizada com a vivência do aluno.
c) A prática reflexiva pressupõe que a ação docente não é fundamentalmente 
política, portanto, deve ser individual, o que leva à necessidade de transformar 
as escolas em comunidades de aprendizagem nas quais os professores se 
auxiliem mutuamente.
d) A prática reflexiva desconsidera a importância de leituras e associações 
com a prática docente.
7 De acordo com Libâneo, as fases que auxiliam o professor no processo da 
reflexão crítica são:
a) Descrever, informar, confrontar e reconstruir.
b) Diagnosticar, avaliar e intervir.
c) Confrontar, padronizar e descontextualizar.
d) Contextualizar, informar, separar e construir.
8 No que diz respeito à pesquisa na ação docente, leia e complete a seguinte 
sentença:
A pesquisa é uma forma de compreender o __________ como um processo 
__________ de construção coletiva, isto é, uma ação comprometida 
socialmente e informada teoricamente, a qual pode auxiliar na __________ 
da realidade educacional e social.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ensino - permanente - modificação.
b) mundo - dinâmico - configuração.
c) mundo - específico - modificação.
d) conhecimento - longo - permanência.
9 Sobre a pesquisa na prática docente, assinale a alternativa CORRETA:
a) O professor, por meio da pesquisa, constrói maneiras alternativas de observar 
e compreender o trabalho dos alunos e o seu trabalho. 
b) A pesquisa coloca o professor como único detentor de conhecimento.
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c) A pesquisa coloca o professor somente como um transmissor de 
conhecimento.
d) Por meio da pesquisa, o professor assume posturas frente aos conhecimentos 
que não o possibilita mudar nada.
10 Sobre as dimensões que constituem a construção da identidade do 
pedagogo, assinale a alternativa CORRETA:
a) Formativa, organizacional e pedagógica.
b) Informativa, teórica e de ensino.
c) Corporativa, conduzida e sistematizada.
d) Formal, pedagógica e associativa.
11 No que diz respeito à construção do Projeto Político Pedagógico, leia e 
complete a seguinte sentença:
A sua elaboração não deve ser compreendida apenas como um instrumento 
__________ para satisfazer uma __________ da Lei, mas com um novo 
significado à __________ da escola e às práticas que __________ a proposta 
das instituições de ensino.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) padrão - necessidade - função - unificam.
b) burocrático - exigência - atuação - norteiam.
c) metodológico - exigência - transformação - padronizam.
d) padrão - necessidade - transformação - unificam.
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REFERÊNCIAS
AGUIAR, M. A. da S. et al. Diretrizes curriculares do curso de pedagogia 
no Brasil: disputas de projetos no campo da formação do profissional da 
educação. Educ. Soc. Campinas, v. 27, n. 96, p. 819-842, out. 2006. 
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e 
bases da educação nacional. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/
arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2011.
______. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. 
Parecer CNE/CP nº 5/2005. Aprovado em: 13 dez. 2005.
LIBÂNEO, J. C. Reflexividade e formação de professores:outra oscilação do 
pensamento pedagógico brasileiro?, In: PIMENTA, S. G.; GHEDIN, E. (Orgs.). 
Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: 
Cortez, 2002 
LIBÂNEO, José Carlos. Didática: velhos e novos temas. Goiânia: 
Edição do Autor, 2002. Disponível em: <http://d.scribd.com/
docs/2jj1uc30dicgxmhb50lz.pdf>. Acesso em 15 fev. 2009. In: MARTINS, J.; 
COELHO, K. S. Didática e Formação de Professores. Indaial: Editora Grupo 
UNIASSELVI, 2011.
LOPES, N. Como fazer o PPP da escola. Disponível em: <http://revistaescola.
abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/7-elementos-
essenciais-ao-ppp-610996.shtml?page=7>. Acesso em: 3 maio 2011.
PIMENTA, S. G. Professor reflexivo: construindo uma crítica: In: PIMENTA, 
S. G.; GHEDIN, E. (Orgs.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de 
um conceito. São Paulo: Cortez, 2002.
SAVIANI, D. Educação: do senso comum a consciência filosófica. São 
Paulo: Autores Associados, 1986.
VASCONCELOS, C. dos S. Planejamento. São Paulo: Libertad, 1995.
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AUTOATIVIDADE
1 Na escola Tradicional, qual era o papel do professor? 
a) O professor constituía o centro do processo educativo.
2 Entre os aspectos apresentados pela educação brasileira, nas primeiras 
décadas do século XX, é correto afirmar que havia:
a) Desistência escolar, alto índice de analfabetismo.
3 Sobre o papel do professor no movimento da Escola Nova, assinale a 
alternativa CORRETA:
a) O professor tem o papel de facilitador da aprendizagem.
4 No que diz respeito à função da escola na concepção histórico-cultural, 
leia e complete a seguinte sentença:
a) Cabe à escola criar meios que possibilitem ao indivíduo apropriar-se do 
saber e ao professor cabe a mediação do processo de aprendizagem do 
conhecimento de seus alunos.
5 Sobre a concepção pedagógica que parte do princípio que a realidade é 
constituída subjetivamente pela razão, assinale a alternativa CORRETA:
a) Inatista.
6 Sobre a prática reflexiva, assinale a alternativa CORRETA:
a) A prática reflexiva deve focar na análise do exercício profissional e das 
condições sociais em que este ocorre.
7 De acordo com Libâneo, as fases que auxiliam o professor no processo da 
reflexão crítica são:
a) Descrever, informar, confrontar e reconstruir.
8 No que diz respeito à pesquisa na ação docente, leia e complete a seguinte 
sentença:
a) A pesquisa é uma forma de compreender o ensino como um processo 
permanente de construção coletiva, isto é, uma ação comprometida 
socialmente e informada teoricamente, a qual pode auxiliar na modificação 
da realidade educacional e social.
9 Sobre a pesquisa na prática docente, assinale a alternativa CORRETA:
a) O professor, por meio da pesquisa, constrói maneiras alternativas de 
observar e compreender o trabalho dos alunos e o seu trabalho.
10 Sobre as dimensões que constituem a construção da identidade do 
pedagogo, assinale a alternativa CORRETA:
a) Formativa, organizacional e pedagógica.
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11 No que diz respeito à construção do Projeto Político Pedagógico, leia e 
complete a seguinte sentença:
b) A sua elaboração não deve ser compreendida apenas como um instrumento 
burocrático para satisfazer uma exigência da Lei, mas com um novo 
significado à atuação da escola e às práticas que norteiam a proposta das 
instituições de ensino.

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