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TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I FORMAÇÃO DO PROFESSOR Prezado(a) Acadêmico(a)! Nesta quinta e última etapa, abordaremos as temáticas que envolvem os aspectos da formação do professor, ou seja, a identidade do pedagogo, a formação docente, a prática pedagógica e a importância da pesquisa na prática docente. Lembramos que estes temas são essenciais para a construção do profissional de ensino. Como último tema desta etapa, apresentamos o Projeto Polít ico Pedagógico, documento que norteia a ação da escola sobre a sociedade. Refletiremos sobre a sua dimensão política e pedagógica, entendendo-o como instrumento indissociável do processo de escolarização. Desejamos a você bons estudos! APRESENTAÇÃO Organização Tania Cordova Equipe Tutoria Interna de Pedagogia Reitor da UNIASSELVI Prof. Hermínio Kloch Pró-Reitora do EAD Prof.ª Francieli Stano Torres Edição Gráfica e Revisão UNIASSELVI CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR FORMAÇÃO DO PROFESSOR .04 1 O PAPEL DO PROFESSOR NO CONTEXTO DA ESCOLA No processo de escolarização, a prática pedagógica é empreendida pelo professor e tem como finalidade criar condições de ensino que resultem na efetivação da aprendizagem do aluno. Para compreendermos o papel do professor enquanto mediador do conhecimento historicamente sistematizado, vamos, caro(a) acadêmico(a), neste texto, retomar algumas informações sobre a função do professor em diferentes tempos e espaços sociais, porque a forma como a sociedade se organiza e os conhecimentos que produz na existência humana são determinantes às pedagogias que perpassaram o processo de escolarização. Para elaborar e dar sentido ao fazer pedagógico enquanto articulação entre a teoria e a prática, é essencial compreender a realidade enquanto condição social dos homens e, a partir daí, entender que tanto a produção quanto a apropriação do conhecimento são fatos históricos. Sendo fatos históricos, logo representam o fazer social e estão organizados num processo dinâmico. Para refletir a dinâmica social e pedagógica vamos observar a breve retrospectiva das pedagogias educacionais e do papel do professor nesses contextos. 1.1 ALGUNS OLHARES SOBRE AS PEDAGOGIAS EDUCACIONAIS E O PAPEL DO PROFESSOR A história da educação brasileira, no período de 1549 até as primeiras décadas do século XX, é caracterizada por uma educação veiculada pela Escola Tradicional. Neste tipo de escola, os professores constituíam o centro CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR do processo educativo, ou seja, o ensino estava centrado no professor que detinha o conhecimento transmitindo-o ao aluno que era entendido somente como o receptor e reprodutor deste conhecimento. Esta orientação de ensino se manteve até meados do século XVIII, no qual os professores eram os detentores e transmissores do conhecimento que, sob a orientação jesuíta, inspirados no Ratio Studiorum e no espírito da obediência catequética, desenvolveram uma pedagogia voltada à formação religiosa e à educação da elite. Priorizava-se a cultura intelectual europeia, com o objetivo de formar o homem enciclopédico, cristão, humanista e universal. Após a expulsão dos jesuítas das terras brasileiras, em 1759, dá-se início a uma pedagogia laica, mas ainda articulada às diretrizes de um ensino verbal, empírico e positivo fundamentado pelas ideias de Comenius. Caro(a) acadêmico(a), as formas de concepção e organização da educação difundidas por este pensador, já foram abordadas no item 2 da segunda etapa deste Caderno de Estudos. Com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, o governo brasileiro, instituiu a gratuidade, mas não a obrigatoriedade, do ensino primário. A educação era vista como uma virtude, um ato de esforço individual e não como um dever do Estado. Assim, nas primeiras décadas do século XX, o ensino no Brasil, apontava problemas como: desistência escolar, a inexistência de um ensino comum e um alto índice de analfabetismo. A oportunidade de acesso e a qualidade do ensino se configuravam como privilégio de uma pequena classe dominante em detrimento de uma grande parcela da população. As políticas públicas para a educação eram quase inexistentes. No campo social, político e econômico, o país passava por importantes mudanças como: a urbanização, industrialização e também um processo de migração para as cidades. A implantação das indústrias subsidiárias de grandes empresas estrangeiras, principalmente, a norte-americana, colocaram a sociedade brasileira em contato com elementos culturais desta parte do mundo. A escolarização da população tornou-se condição fundamental para a expansão industrial, tanto pela necessidade da qualificação de mão de obra, quanto da formação de condutas necessárias ao convívio social nas cidades. Esta “nova” demanda educacional exigia uma reestruturação no sistema de educação. A necessidade de legislar e organizar a expansão das redes de ensino federal, estadual e municipal foi o eixo que conduziu os discursos no campo da educação e no campo político nos primeiros anos da década de 30, do século XX. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR Nesse contexto, intelectuais brasileiros entraram em contato com as ideias norte-americanas. Em específico, com as ideias de John Dewey (já estudamos este pensador na segunda etapa deste curso), que preconizavam a escola como um instrumento de socialização e de formação da personalidade individual e de desenvolvimento psicológico. Dewey esteve à frente do Movimento de Renovação do ensino que influenciou a educação na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil. No Brasil , o movimento pela Escola Nova defendia o aprendizado espontâneo e os conteúdos de interesse dos alunos, sendo criticado por abrir mão dos conteúdos tradicionais escolares. Nessa concepção, o professor assume o papel de facilitador da aprendizagem e a escola se configura em espaços sociais de reconstrução e reorganização do conhecimento. O movimento culminou na redação de um documento denominado Manifesto dos Pioneiros da Educação, que defendia a educação fundamental e massiva da população brasileira, como parte da construção da identidade nacional. Esse documento trazia a proposta de solucionar os problemas da educação brasileira, a partir da organização do ensino em seus diversos níveis, defendendo a unicidade da educação, tendo por finalidade reconstruí-la, indicando a urgência da criação de um Sistema Nacional de Ensino. FIGURA 1 – MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO FONTE: Disponível em: <http://nayarinhaalmeida.blogspot. com/2009/10/manifesto-dos-pioneiros-da-educacao.html>. Acesso em: 3 maio 2011. O documento foi lançado em 1932 e idealizava um projeto educacional que responderia às demandas do país. As propostas idealizadas pelos signatários do Manifesto defendiam uma nova escola, promotora da ciência e da pedagogia moderna sob a égide de um ensino público, gratuito e laico. O documento foi redigido por Antônio Ferreira de Almeida Júnior, Fernando de Azevedo, dentre 26 intelectuais, entre os quais Anísio Teixeira, Afrânio Peixoto, Lourenço Filho, Roquette Pinto, Delgado de Carvalho, Hermes Lima e Cecília Meireles. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR Os anos 30, no Brasil, caracterizam-se também, pelas iniciativas de formar o professor em nível universitário. Em abril de 1935, o Decreto Municipal n° 5.513 cria a Universidade do Distrito Federal (UDF), no Rio de Janeiro. Esta universidade foi composta por cinco áreas: Ciências, Educação, Economia e Direito, Filosofia e Instituto de Artes. O objetivo dessa instituição era encorajar a pesquisa científica, literária e artística e formar profissionais para atuar nos níveis de educação. A Escola de Educação da UDF tinha por finalidade ministrar os seguintes cursos para o magistério: formação de professores primários; professores primários especial izados em Desenho e Artes Industriais;professores secundários; professores secundários especializados em Desenho e Artes Industriais, Modelagem e Trabalhos Manuais; professores secundários de Música e Canto Orfeônico. A proposta desta instituição era formação de técnicos e profissionais da educação em cursos de extensão e continuação para professores. A criação da UDF foi liderada por Anísio Teixeira e essa ação configurou o perfil e a carreira do educador. Nos anos 60, ocorre a promulgação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 4024/61. O texto desta lei tramitou por 13 anos no Congresso Nacional (1948 - 1961) e teve como principal representante o educador Anísio Teixeira. Neste período, destaca-se também a figura do educador Paulo Freire, que propunha um método de alfabetização cujo objetivo não era educar para incluir no mercado de trabalho, mas, sobretudo, preparar os educandos para a participação ativa nos aspectos da vida social e política, sem, no entanto, desconsiderar o trabalho como parte importante da existência. O método freiriano representava uma inovação nas práticas educativas nesse período. A Instauração do Regime político da Ditadura Militar em 1964, desencadeou uma dura repressão que atingiu a educação brasileira. Em 1968, durante o governo Costa e Silva, foi aprovada e sancionada a Reforma Universitária, Lei nº 5540 de 28 de novembro, que atuou no sentido de: institucionalizar o vestibular, idêntico para todos os cursos e áreas de conhecimento e padronizado em sua execução, isto é, havia somente uma forma de realizar a prova que dava acesso à universidade. No universo educacional, o golpe militar interrompeu todas as experiências de cunho inovador na educação brasileira, a exemplo das iniciativas de Paulo Freire, já citadas neste texto. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR Durante a Ditadura Militar, é implantado o ensino tecnicista. Este ensino organizava-se por meio de um processo de técnicas de ensino. O papel do professor nesta perspectiva, é secundário, apenas assume a condição de executor de um trabalho planejado, coordenado e controlado por um especialista habilitado que tem suas ações pautadas pela neutralidade, objetividade e imparcialidade. Esse modelo de educação organizou-se a partir da influência do behaviorismo de Skinner, modelo já estudado na segunda etapa deste curso. A percepção do papel do professor, apresentada nos processos educativos da Escola Tradicional, da Escola Nova e da Escola Tecnicista, possibilita a compreensão de que a função desempenhada no processo pedagógico é influenciada pela forma de pensamento e conhecimento teórico que se origina a partir da organização da sociedade. Nesse sentido, só é possível pensar e executar uma prática de ensino se a vincularmos a uma teoria, a um conhecimento mais amplo que reflita a prática social. Já nos anos 80, a psicologia histórico-cultural apresenta que o desenvolvimento das pessoas, enquanto processo intrapessoal, é o resultado de aprendizagens e de apropriações do conhecimento sistematizado historicamente, de forma interpessoal, isto é, a apreensão dos saberes históricos e científicos estimula o desenvolvimento por meio da interação estabelecida com outros seres humanos. Nesse aspecto, cabe à escola criar meios que possibilitem ao indivíduo apropriar-se do saber e ao professor, a mediação do processo de aprendizagem do conhecimento de seus alunos. Nesse contexto, o papel do professor consiste em elaborar um trabalho pedagógico que viabilize o processo de ensino enquanto estratégia de ampliação da capacidade de aprender no aluno e que efetive a aprendizagem por meio da mediação do conhecimento científico e histórico, pois ambos são fundamentais à compreensão da realidade de cada momento vivido. Na contemporaneidade, o conceito de professor ainda sofre alterações. O professor não é mais aquele que detém o conhecimento, mas o elemento capaz de contribuir na descoberta de novos conhecimentos que habilitem o aluno à autonomia e à criticidade. Assim, no próximo item, vamos refletir sobre os princípios teóricos metodológicos que perpassam a prática docente. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR 2 PRINCÍPIOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DA PRÁTICA DOCENTE A proposta de um professor reflexivo tem sido um dos eixos de discussão dos cursos de formação de professores na contemporaneidade. Referenda- se o discurso em defesa do trabalho coletivo, da formação continuada e da prática pedagógica interdisciplinar, ao mesmo tempo em que surge o questionamento: qual o papel do professor no contexto atual? Nesse viés, vamos refletir sobre esse papel? 2.1 PRÁTICA PEDAGÓGICA REFLEXIVA Um dos desafios da prática pedagógica é a possibilidade de intervenção reflexiva, ou como aponta Saviani (1986) a reflexão sistemática, rigorosa e de conjunto, como reflexão de si mesmo, do ensino e do contexto social mais amplo. A reflexão como alternativa à educação, no contexto da globalização, é uma especificidade que nos permite ultrapassar os muros da mera reprodução das informações e dos conhecimentos produzidos por outros. É uma tarefa fundamental, com objetivos de contribuir para as transformações sociais. Destaca-se que, na história da educação brasileira, a capacidade humana de reflexão assumiu, na prática pedagógica, diferentes caminhos teóricos metodológicos que representam a visão de mundo em cada configuração social. Vale lembrar que já estudamos nas etapas anteriores as Tendências Pedagógicas na Educação Brasileira. Assim, caro(a) acadêmico(a), lembramos das concepções inatistas, que partem do princípio que a realidade é construída subjetivamente pela razão. Nessa concepção, o homem organiza os seus conhecimentos a partir de suas aptidões inatas, de si mesmo, de suas ideias, examinando-as e modificando- as para formar uma teoria que orienta a prática a partir da realidade interior separada do mundo exterior e de suas contradições. Na prática pedagógica, significa que o professor assume o papel contemplativo de ensino e de aprendizagem, é um expectador que utiliza sua capacidade racional para analisar e conhecer a realidade sem pretensões de modificá-la, posto que a reflexão somente configura a realidade numa direção previamente definida, ou seja, a de reproduzir e manter a ordem social vigente. A base empirista parte do princípio de que a experiência é fator indispensável para a obtenção do conhecimento. Assim, o conhecimento é produzido em contato com as coisas reais, através das experiências sensoriais e perceptivas. Na prática pedagógica, significa que o professor e o conhecimento CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR são determinantes para a internalização da realidade pelo aluno, uma vez que a inteligência é concebida como mero reflexo às reações exteriores. Assim, a reflexão limita-se à seleção de conhecimento e metodologias que proporcionem a memorização e a reprodução de conhecimentos e normas. A reflexão dialética parte do entendimento de que a realidade pode ser captada e ganhar sentidos pela reflexão e pelo agir humano. Mas é preciso considerar que cabe ao pensamento, à teoria e à reflexão captar o movimento dessa realidade em suas relações e constituições, para construir uma explicação do real. O conhecimento teórico tem a função de operar o desvelamento das condições que produzem a alienação, as injustiças e as relações de dominação. Na intervenção pedagógica, significa considerar que ao refletir sobre a prática, em seus contextos sociais, políticos e institucionais, o professor deve reinventar constantemente o cotidiano escolar tendo em vista a transformação da escola e da sociedade. A reflexão é o constante questionamento pela qual se pode propor a ruptura com modelos tradicionais de ensino. De acordo com Pimenta (2002), a prática reflexiva não deve ficar limitada a uma ação individualizada do professor, advinda da desconsideração do contextoem que ele está inserido. Torna-se necessário estabelecer os limites políticos, institucionais e teóricos metodológicos dessa prática. A centralidade na aula como lugar de experimentação e de investigação individual do professor, é uma perspectiva restrita, pois desconsidera a influência da realidade social sobre ações e pensamentos e sobre o conhecimento como produto de contextos sociais e históricos. Segundo a mesma autora, a reflexão oportuniza ao professor perspectivas de análise para compreender os contextos históricos, sociais, culturais, organizacionais e de si mesmo, como profissional, no qual se dá sua atividade docente, para nele intervir, modificando-o. Nesse aspecto, é fundamental, o permanente exercício da crítica das condições materiais nas quais o ensino ocorre. A prática reflexiva deve focar na análise do exercício profissional e das condições sociais em que ocorre. Parte-se do pressuposto que toda a ação docente é fundamentalmente política, portanto, deve ser coletiva, o que leva à necessidade de transformar as escolas em comunidades de aprendizagem nas quais os professores se auxiliem mutuamente. Em linhas gerais, pode-se dizer que, ser um profissional reflexivo provoca o desenvolvimento das capacidades de apropriação teórico-crítica da realidade. Assim, torna-se necessária a apropriação de metodologias de ação, de formas de agir, de resolução de problemas em sala de aula e da percepção dos contextos sociais, políticos e institucionais em que configuram as práticas escolares. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR A relação teoria e prática volta-se para a reflexão e a investigação sobre a ação, ou seja, os processos reflexivos devem incidir na fase prévia (planejamento) e posterior (revisão crítica). Libâneo (2002) descreve as fases que auxiliam o professor no processo de construção da reflexão crítica: 1 Descrever: o que estou fazendo? 2 Informar: que significado tem o que faço? 3 Confrontar: como cheguei a ser ou agir desta forma? 4 Reconstruir: como poderia fazer as coisas de um modo diferente? De acordo com o autor, essas fases contribuem para o exercício de escrita e reflexão, bem como para a construção do conhecimento e do repensar o fazer pedagógico. Constituem referências norteadoras do registro da prática cotidiana, além de auxiliar na avaliação e no planejamento da ação didática. Permitindo, ainda levantar subsídios para o replanejamento. A reflexão deve ser um instrumento para pensar, pesquisar, refletir e registrar a prática docente. Nessa perspectiva, o professor reflexivo pode tornar-se um pesquisador de sua atuação docente e do contexto em que está inserido, quando problematiza a realidade, indica questões a serem investigadas e define metodologias coerentes com a problemática estudada. Caro(a) acadêmico(a)! O exercício da docência deve ser o exercício da pesquisa. Assim, no próximo item, vamos estudar sobre a pesquisa na prática docente. 3 A PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO Outro desafio à prática docente fundamenta-se na ideia de que o professor deve trabalhar como um pesquisador, identificando os problemas de ensino e de aprendizagem, construindo propostas de solução com base na teoria em sua experiência, colocando em ação as alternativas planejadas, observando e analisando os resultados obtidos e corrigindo caminhos percorridos. A pesquisa é uma forma de compreender o ensino como um processo permanente de construção coletiva, isto é, uma ação comprometida socialmente e informada teoricamente, que pode auxiliar na modificação da realidade educacional e, quiçá, a social. Por meio da pesquisa, o professor constrói maneiras alternativas de observar e compreender o trabalho dos alunos e o seu trabalho. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR A pesquisa coloca o professor como produtor de conhecimento, ao invés de vê-lo como consumidor, transmissor e implementador de conhecimento produzido em outras instâncias. FIGURA 2 – O PROFESSOR PESQUISADOR FONTE: Disponível em: <http://www.tradepar.com.br/detalhes/ professor-e-a-pesquisa-o-853080645X-74.html>. Acesso em: 3 maio 2011. Prezado(a) acadêmico(a)! A reflexividade e a pesquisa possibilitam pensar a escola como um lugar de revisão crítica do acervo de conhecimentos acumulados pela humanidade e de tomada de consciência da participação pessoal na gestão participativa, no trabalho em equipe e no currículo interdisciplinar. A compreensão de todos estes modelos auxiliam na superação de um modelo de escola individualista, fragmentado e centralizador de administração e de produção de saberes. O professor pesquisador torna-se figura significativa no processo de ensino e aprendizagem. Assim, nossa próxima reflexão busca compreender a identidade do pedagogo. 4 A IDENTIDADE DO PEDAGOGO A construção da identidade profissional do pedagogo se dá sob as dimensões: formativa (incorporação dos saberes adquiridos), organizacional (construção de novos modelos de gestão curricular e administrativa) e pedagógica (práticas educativas) no contexto educacional. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR A pedagogia está ligada ao ato de condução do saber, o que não significa que esta ciência esteja, estritamente, reduzida à ação docente e a espaços formais de educação, mas, sim a qualquer prática educativa, mesmo que não seja escolar. Enquanto ciência, a pedagogia contempla reflexões acerca dos indivíduos e da sociedade. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia (BRASIL, 2005), definem como objetivo do curso, a formação de professores para exercer funções de docência na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional, na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais esteja previsto conhecimentos pedagógicos. A interpretação do que propõe as Diretrizes sinalizam para dois possíveis campos de atuação do pedagogo: a docência e como profissional que atua no campo teório- investigativo da educação, do ensino, de aprendizagens e do trabalho pedagógico que se realiza na práxis social. Nessa perspectiva, os cursos de formação do pedagogo devem contemplar a “articulação entre a docência, a gestão educacional e a produção do conhecimento na área da educação [onde] tem a docência como base” (AGUIAR et al., 2006, p. 9). A partir do exposto pela autora, pode-se perceber que os cursos de Pedagogia devem garantir que, o pedagogo não esteja preparado apenas para exercer a função de docente na Educação Infantil e nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, mas que seja capaz de atuar no campo gestor da escola, na pesquisa e na construção de conhecimentos que envolvam todo o campo educacional, com propriedade para refletir e intervir sobre todos os aspectos do contexto educacional. Assim, pode-se afirmar que: A educação do licenciado em pedagogia deve, pois, propiciar, por meio de investigação, reflexão crítica e experiência no planejamento, execução, avaliação de atividades educativas, a aplicação de contribuições de campos de conhecimentos, como o filosófico, o histórico, o antropológico, o ambiental- ecológico, o psicológico, o linguístico, o sociológico, o político, o econômico, o cultural. O propósito dos estudos destes campos é nortear a observação, análise, execução e avaliação do ato docente e de suas repercussões ou não em aprendizagens, bem como: orientar práticas de gestão de processos educativos escolares e não escolares, além da organização, funcionamento e avaliação de sistemas e de estabelecimentos de ensino (Parecer CNE/CP n. 05/2005 apud AGUIAR et al., 2006, p. 831). O pedagogo é o profissional responsável pelo desenvolvimento das atividades formativas dentro e fora de sala de aula. É responsável pela emancipação educacional onde quer que a educação seja discutida, pois possui formação para operacionalizar com essa ciência da educação.Desta forma, pode-se reconhecer no pedagogo, professor de séries iniciais e de educação infantil, a existência de saberes para além da docência; e no pedagogo gestor, a existência de saberes que compreendem o processo formativo dentro de sala de aula. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR O quadro a seguir destaca a ação educativa do pedagogo no espaço escolar. QUADRO 1 – AÇÃO EDUCATIVA DO PEDAGOGO AÇÃO PEDAGÓGICA ESCOLAR Distinguem-se três tipos de atividades a) A de professores do ensino público e privado de todos os níveis e dos que exercem atividades correlatadas da escola. b) A de especialistas da ação educativa escolar operando nos níveis centrais, intermediários e locais dos sistemas de ensino (supervisores, gestores, administradores, coordenadores, orientadores e outros). c) Especialistas em atividades pedagógicas para escolares atuando em órgãos públicos, privados e públicos não estatais, envolvendo associações populares, educação de jovens e adultos, clínicas de orientação pedagógicas/ psicológica, entre outras. FONTE: Libâneo (2009). Para atingir bons resultados, é fundamental que a instituição de ensino esteja alicerçada sob uma gestão escolar comprometida e organizada. Assim, vamos refletir sobre o papel de outros atores que também participam do processo de ensino e aprendizagem e que compõem a equipe gestora da escola. São eles: o diretor, o coordenador pedagógico, o orientador educacional e o supervisor de ensino. Lembramos, prezado(a) acadêmico(a), que a denominação dos cargos varia de acordo com a rede de ensino. No universo da educação formal, o diretor é o responsável legal, judicial e pedagógico da instituição de ensino e é ele quem gerencia e articula o trabalho de professores e funcionários em função de uma meta: a aprendizagem dos alunos. O diretor gerencia a escola, relegando para segundo plano a dimensão pedagógica de seu trabalho, focando no aspecto administrativo e cumprindo as exigências burocráticas das instâncias administrativas a que se vincula: secretaria estadual ou municipal da educação. O coordenador pedagógico é o profissional que responde pela formação continuada da equipe docente. O supervisor de ensino é o responsável pela implementação das políticas para a educação, por acompanhar o desenvolvimento do plano político pedagógico e oportunizar a formação continuada de diretores e coordenadores. O orientador educacional é o responsável por formular metodologias e estratégias que estimulem o interesse dos alunos. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR Apesar das responsabilidades sobre as ações educativas estarem divididas na equipe gestora, isto não significa que eles devam trabalhar fragmentados, ao contrário, a articulação é essencial para a manutenção da qualidade da educação. Afinal, se a meta da educação no país é alcançar o índice dos países desenvolvidos, como vimos no item sobre o IDEB, será necessário criar estratégias que levem à melhoria do desempenho escolar de nossos alunos e para isso a equipe técnica juntamente com os professores precisam estar em consonância. Caro(a) acadêmico(a)! Vale destacar que o universo da escola é constituído por outros personagens que auxiliam na administração e na manutenção da educação. Estes personagens constituem a equipe técnica (secretário escolar, bibliotecário, entre outros) e a equipe de serviços gerais (merendeiro, vigia, zelador, entre outros). Todos estes sujeitos produzem o cotidiano da escola e são partícipes do Projeto Político Pedagógico. No próximo item, discutiremos a importância do Projeto Político Pedagógico, buscando perceber como este documento contribui para a organização das atividades escolares. É importante lembrar que este documento está presente nas escolas e tem a função de mediar o conjunto das relações que perpassam o cotidiano dos sujeitos integrantes da comunidade escolar e suas práticas. 5 A CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO FIGURA 3 – PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO FONTE: Disponível em: <http://professorespirambu.blogspot.com/2007/12/ projeto-poltico>. Acesso em: 5 maio 2011. O Artigo 12 da Lei nº 9.394/96 (BRASIL, 2011) põe em questão a construção do Projeto Político Pedagógico, no sentido de reconhecer a capacidade da escola de planejar e organizar sua ação política e pedagógica, a partir da gestão participativa em todos os segmentos da comunidade escolar (corpo técnico-administrativo, docentes, discentes, pais e comunidade), num processo dinâmico e articulado. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR Toda instituição de ensino tem objetivos a serem alcançados, metas estabelecidas e prazos para serem cumpridos. O documento que organiza estas aspirações na escola é o Projeto Político Pedagógico. Você já parou para pensar na dimensão deste documento? Vamos em frente. • Projeto: reúne propostas de ações concretas e as executa em um determinado período de tempo. • Político: considera a escola como um espaço de formação de cidadãos. • Pedagógico: define e organiza as atividades educativas necessárias ao processo de ensino e aprendizagem. A junção destas três dimensões caracteriza o documento que orienta a ação dos sujeitos que compõem o universo escolar. A sua elaboração não deve ser compreendida apenas como um instrumento burocrático para satisfazer uma exigência da Lei, mas com um novo significado à atuação da escola e às práticas que norteiam a proposta das instituições de ensino. Assim, vamos caro(a) acadêmico(a), refletir acerca de duas questões que envolvem este documento: • O que é um Projeto Político Pedagógico? • Quais são as orientações básicas para a construção do Projeto Político Pedagógico? Segundo Vasconcelos (1995), o Projeto Político Pedagógico é um instrumento teórico-metodológico que visa auxiliar nos desafios do cotidiano da escola, só que de maneira refletida, consciente, sistematizada, orgânica, científica, e, o que é fundamental, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação de todos os sujeitos da escola. O Projeto Pol í t ico Pedagógico é um documento jur id icamente reconhecido, que orienta e alinha as atividades desenvolvidas no universo da escola e tem como eixo identificar e resolver problemas que interferem no processo de ensino e aprendizagem. Sobre a sua função destaca-se que: Este documento diz respeito à melhoria da qualidade do ensino através de reestruturação da proposta curricular da escola, de ações efetivas que priorizem a qualificação profissional do educador, e do compromisso em oportunizar ao educando um ensino voltado para o exercício da cidadania. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR O Projeto Político Pedagógico é um dos documentos exigidos no processo de regularização da escola junto aos Conselhos de Educação. A seguir, apresenta-se um roteiro com orientações para a construção deste documento. Lembrando que, um projeto com estas dimensões deve ter por base tarefas simples, passíveis de serem realizadas no cotidiano da escola. E ainda, ser completo para não deixar dúvidas sobre o que fazer e flexível para adaptar-se às necessidades de aprendizagem dos discentes. Assim, a sua elaboração deve contemplar os seguintes tópicos: • Missão – A missão define a identidade da instituição e a direção que a orienta. Duas questões devem ser respondidas neste tópico: “O que a Educação é para esta escola?”, “E que tipo de alunos queremos formar?” Se a instituição responde a estes questionamentos tem definido a sua missão frente à sociedade. • Clientela – Este item deve apresentar um diagnóstico dos sujeitos que frequentam a instituição de ensino, a fim de oferecer informações para que sejam elaboradas as diretrizes pedagógicas e as formas de estabelecer relações com a comunidade escolar. Devem ser apresentadas informações como: histórico da comunidade; levantamento das condições sociais, econômicas e culturaisdas famílias. • Dados sobre a aprendizagem – Este tópico deve compor uma descrição da aprendizagem. Tem como função criar estratégias para a melhoria do ensino. Podem ser utilizadas as informações contidas nos indicadores de matrícula, evasão, aprovação, reprovação, distorção idade/série, transferências e resultados de avaliações. • Relação com as famílias – A participação da família na elaboração do Projeto Político Pedagógico é assegurada pela Lei nº 9.394/96. Nesse sentido, cabe à instituição de ensino criar situações que definam a forma como os pais podem contribuir com a elaboração dos projetos, bem como a participação das tomadas de decisões. • Recursos – Este item diz respeito à disponibilidade de recursos para que sejam implementadas ações de melhoria na instituição de ensino. Estas melhorias podem ser de estrutura física (prédios, salas, equipamentos, mobiliários e espaços livres), de recursos humanos (composição da equipe, qualificação e horas de trabalho) e financeiros (Programa Dinheiro Direto na Escola, via Secretaria de Educação etc.) e dos materiais pedagógicos. • Diretrizes pedagógicas – Este item tem como objetivo orientar o trabalho na escola. Nele devem estar descritos os conteúdos a serem ensinados (currículo), os objetivos de ensino, as metas de aprendizagem e a forma de CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR avaliação. É a partir deste eixo que a equipe formula planos de intervenção que intentam qualificar o processo de ensino e aprendizagem. • Plano de ação - Deve listar todas as ações e os projetos institucionais a serem desenvolvidos pela escola dentro do ano letivo. Esta parte do Projeto Político Pedagógico deve ter a presença ativa de todos os envolvidos na construção deste documento. FONTE: Adaptado de: LOPES, N. Como fazer o PPP da escola. Disponível em: <http://revistaescola.abril. com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/7-elementos-essenciais-ao-ppp-610996.shtml?page=7>. Acesso em: 3 maio 2011. Elaborar esse documento é uma oportunidade para a escola escolher o currículo e organizar o espaço e o tempo de acordo com as necessidades de ensino. Além da LDB, a proposta pedagógica deve considerar as orientações contidas nas Diretrizes Curriculares elaboradas pelo Conselho Nacional da Educação e nos Parâmetros Curriculares. Caro(a) acadêmico(a)! Chegamos ao f inal do Curso “Tópicos em Educação 1”, esperamos que as discussões apresentadas o(a) auxiliem na sua formação inicial. Aproveitamos para convidá-lo(a) a realizar outros Cursos de Nivelamento disponibilizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR AUTOATIVIDADE 1 Na escola Tradicional, qual era o papel do professor? a) O professor constituía o centro do processo educativo. b) O professor era o mediatizador do conhecimento. c) O professor era o agente cognitivo e construia com seus alunos novos conhecimentos. d) O professor era o mediador da aprendizagem. 2 Entre os aspectos apresentados pela educação brasileira, nas primeiras décadas do século XX, é correto afirmar que havia: a) Desistência escolar ou alto índice de analfabetismo. b) Um sistema de ensino que atendia a todas as crianças. c) Acesso gratuito a toda a população. d) Materiais didáticos adequados à faixa etária. 3 Sobre o papel do professor no movimento da Escola Nova, assinale a alternativa CORRETA: a) O professor tem o papel de facilitador da aprendizagem. b) O professor tem o papel de transmissor o conhecimento. c) O professor tem a função de mediatizar o processo de ensinagem. d) O professor constrói com o aluno aprendizagens significativas a partir do contexto vivenciado pelo aluno. 4 No que diz respeito à função da escola na concepção histórico-cultural, leia e complete a seguinte sentença: Cabe à escola criar __________ que possibilitem ao indivíduo apropriar-se do saber e ao professor cabe a __________ do processo de aprendizagem do __________ de seus alunos. Agora, assinale a alternativa CORRETA: a) meios - mediação - conhecimento. b) táticas - transmissão - conteúdo. c) formas - repetição - currículo. d) mecanismos - mediatização - conhecimento. 5 Sobre a concepção pedagógica que parte do princípio que a realidade é constituída subjetivamente pela razão, assinale a alternativa CORRETA: CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR a) Inatista. b) Construtivista. c) Ambientalista. d) Naturalista. 6 Sobre a prática reflexiva, assinale a alternativa CORRETA: a) A prática reflexiva deve focar na análise do exercício profissional e das condições sociais em que esta ocorre. b) A prática reflexiva faz parte do trabalho docente, mas não deve ser contextualizada com a vivência do aluno. c) A prática reflexiva pressupõe que a ação docente não é fundamentalmente política, portanto, deve ser individual, o que leva à necessidade de transformar as escolas em comunidades de aprendizagem nas quais os professores se auxiliem mutuamente. d) A prática reflexiva desconsidera a importância de leituras e associações com a prática docente. 7 De acordo com Libâneo, as fases que auxiliam o professor no processo da reflexão crítica são: a) Descrever, informar, confrontar e reconstruir. b) Diagnosticar, avaliar e intervir. c) Confrontar, padronizar e descontextualizar. d) Contextualizar, informar, separar e construir. 8 No que diz respeito à pesquisa na ação docente, leia e complete a seguinte sentença: A pesquisa é uma forma de compreender o __________ como um processo __________ de construção coletiva, isto é, uma ação comprometida socialmente e informada teoricamente, a qual pode auxiliar na __________ da realidade educacional e social. Agora, assinale a alternativa CORRETA: a) ensino - permanente - modificação. b) mundo - dinâmico - configuração. c) mundo - específico - modificação. d) conhecimento - longo - permanência. 9 Sobre a pesquisa na prática docente, assinale a alternativa CORRETA: a) O professor, por meio da pesquisa, constrói maneiras alternativas de observar e compreender o trabalho dos alunos e o seu trabalho. b) A pesquisa coloca o professor como único detentor de conhecimento. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR c) A pesquisa coloca o professor somente como um transmissor de conhecimento. d) Por meio da pesquisa, o professor assume posturas frente aos conhecimentos que não o possibilita mudar nada. 10 Sobre as dimensões que constituem a construção da identidade do pedagogo, assinale a alternativa CORRETA: a) Formativa, organizacional e pedagógica. b) Informativa, teórica e de ensino. c) Corporativa, conduzida e sistematizada. d) Formal, pedagógica e associativa. 11 No que diz respeito à construção do Projeto Político Pedagógico, leia e complete a seguinte sentença: A sua elaboração não deve ser compreendida apenas como um instrumento __________ para satisfazer uma __________ da Lei, mas com um novo significado à __________ da escola e às práticas que __________ a proposta das instituições de ensino. Agora, assinale a alternativa CORRETA: a) padrão - necessidade - função - unificam. b) burocrático - exigência - atuação - norteiam. c) metodológico - exigência - transformação - padronizam. d) padrão - necessidade - transformação - unificam. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR REFERÊNCIAS AGUIAR, M. A. da S. et al. Diretrizes curriculares do curso de pedagogia no Brasil: disputas de projetos no campo da formação do profissional da educação. Educ. Soc. Campinas, v. 27, n. 96, p. 819-842, out. 2006. BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/ arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2011. ______. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Parecer CNE/CP nº 5/2005. Aprovado em: 13 dez. 2005. LIBÂNEO, J. C. Reflexividade e formação de professores:outra oscilação do pensamento pedagógico brasileiro?, In: PIMENTA, S. G.; GHEDIN, E. (Orgs.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez, 2002 LIBÂNEO, José Carlos. Didática: velhos e novos temas. Goiânia: Edição do Autor, 2002. Disponível em: <http://d.scribd.com/ docs/2jj1uc30dicgxmhb50lz.pdf>. Acesso em 15 fev. 2009. In: MARTINS, J.; COELHO, K. S. Didática e Formação de Professores. Indaial: Editora Grupo UNIASSELVI, 2011. LOPES, N. Como fazer o PPP da escola. Disponível em: <http://revistaescola. abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/7-elementos- essenciais-ao-ppp-610996.shtml?page=7>. Acesso em: 3 maio 2011. PIMENTA, S. G. Professor reflexivo: construindo uma crítica: In: PIMENTA, S. G.; GHEDIN, E. (Orgs.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez, 2002. SAVIANI, D. Educação: do senso comum a consciência filosófica. São Paulo: Autores Associados, 1986. VASCONCELOS, C. dos S. Planejamento. São Paulo: Libertad, 1995. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR AUTOATIVIDADE 1 Na escola Tradicional, qual era o papel do professor? a) O professor constituía o centro do processo educativo. 2 Entre os aspectos apresentados pela educação brasileira, nas primeiras décadas do século XX, é correto afirmar que havia: a) Desistência escolar, alto índice de analfabetismo. 3 Sobre o papel do professor no movimento da Escola Nova, assinale a alternativa CORRETA: a) O professor tem o papel de facilitador da aprendizagem. 4 No que diz respeito à função da escola na concepção histórico-cultural, leia e complete a seguinte sentença: a) Cabe à escola criar meios que possibilitem ao indivíduo apropriar-se do saber e ao professor cabe a mediação do processo de aprendizagem do conhecimento de seus alunos. 5 Sobre a concepção pedagógica que parte do princípio que a realidade é constituída subjetivamente pela razão, assinale a alternativa CORRETA: a) Inatista. 6 Sobre a prática reflexiva, assinale a alternativa CORRETA: a) A prática reflexiva deve focar na análise do exercício profissional e das condições sociais em que este ocorre. 7 De acordo com Libâneo, as fases que auxiliam o professor no processo da reflexão crítica são: a) Descrever, informar, confrontar e reconstruir. 8 No que diz respeito à pesquisa na ação docente, leia e complete a seguinte sentença: a) A pesquisa é uma forma de compreender o ensino como um processo permanente de construção coletiva, isto é, uma ação comprometida socialmente e informada teoricamente, a qual pode auxiliar na modificação da realidade educacional e social. 9 Sobre a pesquisa na prática docente, assinale a alternativa CORRETA: a) O professor, por meio da pesquisa, constrói maneiras alternativas de observar e compreender o trabalho dos alunos e o seu trabalho. 10 Sobre as dimensões que constituem a construção da identidade do pedagogo, assinale a alternativa CORRETA: a) Formativa, organizacional e pedagógica. CURSO LIVRE - TÓPICOS EM EDUCAÇÃO I - FORMAÇÃO DO PROFESSOR 11 No que diz respeito à construção do Projeto Político Pedagógico, leia e complete a seguinte sentença: b) A sua elaboração não deve ser compreendida apenas como um instrumento burocrático para satisfazer uma exigência da Lei, mas com um novo significado à atuação da escola e às práticas que norteiam a proposta das instituições de ensino.
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