Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA PATRICK OLIVEIRA DE SOUZA O CONCEITO DO CONCRETO ARMADO E SUAS PRINCIPAIS APLICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL 2019 Rio de Janeiro - RJ UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA PATRICK OLVIEIRA DE SOUZA O CONCEITO DO CONCRETO ARMADO E SUAS PRINCIPAIS APLICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para a aprovação na disciplina de TCC1 e conclusão do curso de Engenharia Civil da Universidade Veiga de Almeida. Orientador: Prof. Teresa Cristina de Carvalho Piva 2019 Rio de Janeiro - RJ SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................... ...........04 1.1. OBJETIVO .........................................................................................05 1.2. JUSTIFICATIVA ............................................................ ....................05 1.3. METOOLOGIA .................................................................. ................06 2. DESENVOLVIMNTO TEÓRICO ............. ..........................................07 2.1. A HISTÓRIA DO CONCRETO...........................................................08 2.2. ANÁLISE DOS TIPOS DE VINCULO EM LAJES................................10 2.3. EQUAÇÕES DIRECIONAIS PARA CALCULAR E DIMENSIONAR OS ESFORÇOS SOBRE AS LAJES.....................................................................11 2.3.1. Direção da armadura principal .......................................................11 2.3.2. Cálculo da altura útil........................................................................11 2.3.3. Cálculo da espessura da laje..........................................................11 2.3.4. Reações de Apoio em lajes maciças .............................................12 2.3.5. Dimensionamento das Áreas das Armaduras.............................. 13 CRONOGRAMA.............................................................................................13 REFERÊNCIAS .............................................................................................14 4 1 INTRODUÇÃO O concreto armado é a junção do concreto com barras de aço em seu interior. É usado em fundações, vigas, lajes, pilares e diversos outros elementos. É amplamente empregado na construção civil. No entanto, é necessário entender o que é o concreto armado e qual sua definição. Concreto é o resultado da mistura de cimento, areia, brita e água. Ao ser hidratado pela água, o cimento se torna uma pasta aderente aos fragmentos de areia e britas, também conhecidos como agregados miúdos e graúdos, respectivamente. Após o enrijecimento, essa massa se transforma em uma pedra artificial, sendo muito resistente a compressão. Aço é uma liga metálica formada pela associação do ferro com o carbono. Ela pode ser forjada e modelada e tem como vantagem ser resistente a tração. Na construção civil, o concreto armado é amplamente utilizado. Primeiramente é feito o projeto arquitetônico com base nas preferências e exigências do cliente. Concluída essa etapa, é necessário elaborar o projeto estrutural, distribuindo e dimensionando vigas, pilares e lajes. Na execução da obra em si, é feito o concreto armado e utilizado em diversas estruturas. O pré-dimensionamento de lajes é uma consideração feita a partir de parâmetros analisados. Tais parâmetros levam em conta o tipo de utilização do espaço, utilizando valores mínimos das cargas verticais de acordo com a NBR 6120/1980 (sobrecargas), o peso próprio da laje, as cargas de alvenaria, a dimensão própria da laje, as vinculações de bordas contínuas (engastadas) ou não, o nível de lajes vizinhas e a classe de agressividade ambiental. Desde seu descobrimento, o concreto armado foi amplamente utilizado nas mais diversas partes do mundo. O fato do concreto ser resistente a compressão e a armadura metálica ser resistente aos esforços de tração, transformou o concreto armado em um material de inúmeras vantagens. Tem como fatores favoráveis a esse tipo de laje a origem de várias vigas, embora criam-se inúmeros pórticos, que possibilitam uma excelente rigidez a estrutura de contraventamento. Há também uma alta cooperação das mesas na formação das 5 vigas e foi ao longo de anos o método estrutural mais usado nas construções de concreto, por isso a mão de obra já é demasiadamente treinada. Possuem como principais pontos desfavoráveis o fato de que justo aos limites impostos, apresentam uma grande porção de vigas, motivo esse que provoca aparência do pavimento muito intercalada, reduzindo a eficiência da construção. As configurações reduzem o reaproveitamento das formas e exibe grande gasto de concreto, aço e formas. 1.1 OBJETIVOS Fazer um pequeno desenvolvimento sobre a origem, os conceitos e materiais; Resumir brevemente a história do concreto armado; Trazer alguns procedimentos básicos; Fazer uma análise sobre os tipos de vinculos das lajes; Trazer os pontos e as equações necessárias para dimensionar e Calcular os esforços aplicados sobre as lajes. 1.2 JUSTIFICATIVA No campo prático da engenharia civil, percebe-se que ainda existem algumas dificuldades e deficiências quando se trata de adequação do conhecimento adquirido ao longo da trajetória cursada na faculdade de engenharia aplicado em um canteiro de obras. Desde a sua criação, os projetos não são feitos de maneira independentes, alguns até mesmo sem planejamentos e pior ainda, sem um estudo básico dentro do assunto; o que acabam tendo que ser modificados quando diferentes projetos são sobrepostos. A construção de uma edificação também é feita de maneira contínua. As diferentes disciplinas e conteúdos abordados no curso de engenharia civil podem causar uma dificuldade inicial para um engenheiro recém-formado. No que se refere a concreto armado, no entanto, quem porventura tiver acesso a esta obra e a ler com 6 atenção, aprenderá muito sobre o tema e com certeza estará mais qualificado para o rigoroso mercado de trabalho. 1.3 METODOLOGIA Se pretende utilizar alguns conteúdos de apoio para a realização da pesquisa destacando à evolução da utilização do concreto armado dentro da construção civil. Ainda para a fundamentação da pesquisa foram utilizados os materiais teóricos e fontes de revisão de autores como João Carlos Teatini de Souza Clímaco com o livro “Estruturas de Concreto Armado – Fundamentos de Projeto, Dimensionamento e Verificação”; o curso EAD “Dimensionamento de edifício completo em concreto armado” do professor Felipe Rodrigues; o livro de Manoel Henrique Campos Botelho “Concreto Armado Eu Te Amo”; a apostila do professor Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos “Lajes de Concreto”; e o livro “Desconstruindo o Projeto Estrutural de Edifícios - Concreto Armado e Protendido” do autor José Sérgio dos Santos. 7 2 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO A origem do concreto armado está estritamente ligada à origem do cimento e não pode ser tratada separadamente. O concreto armado veio para revolucionar o mundo da construção civil, dando possibilidades infinitas na criação das obras onde é empregado. Hoje existem edifícios que nem mentes brilhantes e visionarias a frente de suas épocas imaginariam que isso seria possível ser feito um dia. Os primeiros métodos de construção empregavam os seguintes materiais: Pele animal e fibra vegetais, Pedra, Madeira e Ligas metálicas. A elaboração do concreto se inicia com o cimento, este sendo extraído de uma pedreira, onde grandes blocos de rochas são fragmentados em cascalho e transportados para a fábrica, onde é moído até se resumir em um pó fino de calcário. Em seguida é combinadocom cálcio, silício, alumínio e ferro. Este material, também conhecido como “farinha”, é levado ao forno de calcinação, que é uma imensa caldeira cilíndrica. Esse forno moderno tem 100 metros de comprimento, é o maior equipamento móvel que existe e um dos mais quentes. Esse composto entra na parte superior do forno. À medida que o mesmo gira, o material vai se deslocando para zonas cada vez mais quentes, tão logo cai no forno rotatório, onde é aquecido a 1.500 ºC e derrete-se parcialmente. Nesse calor intenso as moléculas se quebram e se recombinam formando um componente marmorizado chamado clínquer. O clínquer, uma vez na temperatura ambiente, é misturado com gesso e finalmente pulverizado, resultando no conhecido cimento Portland. O nome se deve à semelhança com uma pedra encontrada em Portland, Inglaterra. 2.1 A HISTÓRIA DO CONCRETO O concreto é tão antigo quanto moderno. A história do cimento remonta ao tempo pré-histórico, quando o homem abandonou a caverna para construir abrigos. Ele usava lama em gesso para preencher os espaços entre pedras e se isolar do vento e do frio, mais tarde, assírios e babilônios usaram argila misturada com palha. 8 A palha proporcionava ao material uma espécie de esqueleto permitindo sua montagem. De acordo com Addis (2009), os egípcios usavam calcário e gipsita, rico em sulfato de cálcio para obter um material ainda mais plástico. Os gregos aperfeiçoaram o método e os romanos chegaram a produzir estruturas de notável durabilidade. Nas cinzas dos vulcões foi desenvolvido o concreto romano. Essas cinzas vulcânicas seriam conhecidas como pozolana, que é um pó superfino, ótimo para o concreto porque lhe garante uma excelente superfície. Quando misturavam pozolona e revestiam as paredes, se obtinha como formidável resultado um material que permanece duro sob a água. A pozolona foi o ingrediente fundamental do chamado concreto romano e com ele os romanos construíram o Panteão. A argamassa é a massa que mantém as pedras unidas. Em busca do material que apresentasse uma liga perfeita, os pesquisadores experimentaram calcário moído e argila, mas somente em 1824, outro Inglês Joseph Aspdin, fez uma nova descoberta. Ele queimou a mistura de calcário e argila até obter grandes pedaços que foram moídos e reduzidos a pó. O pó misturado com água e areia formou uma potente argamassa que se endurecia na água. Aspdin patenteou o produto em 1824 e o chamou de cimento Portland. O concreto armado é uma combinação com materiais de reforço, geralmente aço que, juntamente com o concreto, fornece resistência à compressão e à tração, A invenção do concreto armado é atribuída a um francês Joseph Monier, que construía vasos e banheiras de concreto reforçado com uma malha de ferro, Monier patenteou a descoberta em 1867. A primeira estrutura em concreto armado da América foi uma mansão de Nova York onde foram utilizadas vigas reforçadas com barras de ferro. Com projetos detalhados de concreto armado, o uso de concreto em estruturas expandiu-se bastante. 9 2.2 ANÁLISE DOS TIPOS DE VINCULO EM LAJES Em se tratando de lajes retangulares, pode-se ter variações de vínculos nas quatro bordas da laje. Uma borda contínua engastada será uma borda em que há uma laje vizinha que esteja no mesmo nível e que tenha pelo menos 2/3 do comprimento da borda desta laje. É possível que se tenha os seguintes tipos de vínculos: Tabela 1: Tipos de vínculo em lajes retangulares Fonte: Bastos (2017) 10 2.3 EQUAÇÕES DIRECIONAIS PARA CALCULAR E DIMENSIONAR OS ESFORÇOS SOBRE AS LAJES. 2.3.1 Direção da armadura principal O valor de λ será estabelecido de acordo com a seguinte equação: λ= Equação [1] A partir do valor encontrado, chega-se a dois tipos de situações. A Laje armada unidirecional - Tendo o valor de λ > 2 e a - Laje armada bidirecional - Com o valor de λ ≤ 2. 2.3.2 Cálculo da altura útil É preciso que se defina um valor de l como sendo o menor valor entre l = lx Equação [2] ou l = 0,7 * ly Equação [3] Após a devida consideração o cálculo da altura útil é dado por: D útil = ( , , ∗ )∗ Equação [4] em que n é o número de bordas engastadas, definidas no tópico 2.2. 2.3.3 Cálculo da espessura da laje O cálculo para a espessura é apresentado pela fórmula abaixo. H = D útil + c + Ø Equação [5] As cargas na laje podem ser de dois tipos: 11 Cargas Permanentes: São o próprio peso da estrutura, assim como os elementos de alvenaria e de revestimento. O peso próprio da laje é calculado por Pp = H * γc Equação [6] Cargas Variáveis: São também conhecidas como sobrecarga ou cargas acidentais. Referem-se ao tipo de utilização do espaço e devem seguiras normas da NRB 6120/1980. A Carga Total: A carga total será definida como a soma das cargas permanentes e das cargas de ações variáveis. Pt = Pp + g parede + Ppiso + Pav Equação [7]. 2.3.4 Reações de Apoio em lajes maciças Para uma laje armada unidirecional: Quando o valor de λ for superior a 2 tem- se uma entre três situações: Laje armada sobre dois apoios V = ∗ Equação [8] Laje armada sobre um apoio com a outra extremidade engastada V = * Pt * lx Equação [9] ou V = * Pt * lx Equação [10] Laje armada com ambas as extremidades engastadas V = ∗ Equação [11] 12 Para uma laje armada bidirecional: Ocorre quando o valor de λ for igual ou inferior a 2. Então utiliza-se a tabela de reações em lajes elaborada por Libânio M. Pinheiro em 1994 de acordo com a NBR 6118. Com esses dados obtidos e alguns outros à serem calculados posteriormente como “Cálculo dos momentos fletores”, “Cálculo de Laje armada com ambas as extremidades engastadas”, “Encontrar o valor de kc, ks”, “Dimensionamento das Áreas das Armaduras”, é possível realizar os procedimentos de cálculos de dimensionamento das áreas das armaduras apresentados no próximo tópico. 2.3.5 Dimensionamento das Áreas das Armaduras Para lajes armadas em duas direções, tem-se de acordo com Dos Santos (2017) a seguinte equação para o valor das áreas de armadura: As = ks Equação [26] sendo d o valor encontrado anteriormente para as armaduras positivas ou negativas. Assim obtem-se Asx, As’x, Asy e As’y No entanto é preciso considerar que esse valor seja pelo menos maior que o valor dado pela área de armadura mínima. As,mín = 0,67 * 0,15 * h As,mín = 0,10 * h Equação [27] Com isso encontra-se os valores de Asx,mín, As’x,mín, Asy,mín e As’y,mín. Caso o valor de As seja menor que o de As,mín utiliza-se o valor de As,mín. 13 CRONOGRAMA ATIVIDADES / MÊS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 Levantamento de literatura X 2 Montagem do Projeto X 3 Coleta de dados X X X 4 Tratamento dos dados X X X X 5 Elaboração do Relatório Final X X X 6 Revisão do texto X 7 Entrega do trabalho X 14 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. NBR 6118:2007. Rio de Janeiro, RJ, 2007. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS. Cargas para o cálculo de estruturas de edificações. NBR 6120:1980. São Paulo, SP, 1980. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Ações e segurança nas estruturas – Procedimento. NBR 8681:2003. Rio de Janeiro, RJ, 2003. BASTOS, Paulo Sérgio dos Santos. Lajes de Concreto. UNESP – Bauru / SP, 2015. BOTELHO, M.H.C, MARCHETTI, O. Concreto armado eu te amo. São Paulo: Edgard Blucher, 2004. CARVALHO, Roberto Chust & FIGUEIREDO, Jasson Rodrigues. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de concreto armado: segundo à NBR 6118:2007. 3ª ed. EdUFSCAR, São Carlos, SP, 2007. DOS SANTOS, José Sergio. Desconstruindo o Projeto Estrutural de Edifícios – Concreto Armado e Protendido. 1ª ed. Oficina dos Textos, 2017. RODRIGUES, Felipe. Curso EAD Dimensionamento de edifícios completo em concreto armado. 2018. Disponivel em: <https://canaldaengenharia.com.br/courso/curso-edificio-completo-em- concreto-armado/>. Acesso em: 20 de agosto de 2018. TEATINI, João Carlos. Estruturas de Concreto Armado. 3ª ed. Elsevier, Rio de Janeiro, RJ, 2016.
Compartilhar