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Sistemas Estruturais Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Gabriel Baião Revisão Textual: Prof. Me. Claudio Brites Estrutura de Concreto Armado • Fatores Históricos; • Composição dos Elementos do Concreto; • Características do Concreto e Aço; • Diretrizes Para Projeto Norma NBR 6118; • Considerações Sobre Dimensionamento; • Características e Propriedades do Concreto Armado; • Principais Construções em Concreto Armado no Mundo; • Principais Construções em Concreto Armado no Brasil. • Desenvolver conhecimentos necessários para o entendimento das principais caracte- rísticas do concreto armado, partindo de seus componentes e as diretrizes da norma, exemplifi cando com diversas obras construídas com essa tecnologia no Brasil e no mundo como objeto de estudo para o desenvolvimento da unidade. OBJETIVO DE APRENDIZADO Estrutura de Concreto Armado Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Estrutura de Concreto Armado Fatores Históricos Os seres humanos primitivos, por serem nômades, tinham que sempre encon- trar um novo abrigo para as famílias, ou grupos, de tempos em tempos. Poderiam ser cavernas, grutas ou qualquer local que os abrigassem das chuvas, dos animais noturnos e dos dias de calor excessivo. Ao longo da evolução humana, com o domínio da agricultura e da pecuária, não eram mais necessárias longas viagens em busca de alimentos. Ao se fixar em um lo- cal, modificar aquele ambiente mostrava-se algo promissor para aquela população. Logo as comunidades precisariam resolver problemas de como construir suas casas para resistir às chuvas, aos ventos, ao calor e garantir conforto térmico. Além disso, elas precisavam ser seguras para manter os animais longe e serem resistentes ao tempo. As primeiras construções eram realizadas utilizando folhas de árvores (fibras vegetais), pele de animais, madeira e pedras. A história do concreto é contada por Kaefer (1998) em um interessante artigo, o texto dele é utilizado como base por diversos autores e para materiais de divulga- ção. Aqui, conheceremos essa história a partir dessa pesquisa. Por volta de 4.000 a.C., na região do Iraque, foram descobertos vestígios ar- queológicos do que seria uma construção executada parcialmente de concreto. Na Mesopotâmia, por volta de 3.500 a.C., os antigos sumérios iniciaram suas cons- truções utilizando tijolos feitos de barro cozido, porém, esse processo ainda os deixa- va pouco resistentes. Essa baixa resistência fez com que as obras se degradassem ao longo dos anos. Eles utilizaram então técnicas que faziam uso de fibras vegetais para se contrapor à fragilidade dos tijolos que fabricavam, mostrando que já havia uma ideia de combinação de material frágil e dúctil para combater os esforços de tração. Os Zigurates são uma obra que representa bem a técnica construtiva desse povo. Entre os anos 3.000 e 2.500 a.C. temos as construções no antigo Egito que foram realizadas utilizando gipsita e cal como aglomerante das pirâmides. Esse mé- todo construtivo garantiu boa longevidade para as construções egípcias, podendo encontra-las hoje com um bom grau de conservação, o que permite um estudo mais aprofundado dessa cultura. Na Grécia, entre os anos 800 e 400 a.C., começou-se a utilizar um cimento pró- ximo ao nosso no revestimento de fontes e em grandes monumentos, assim como nas construções mais modestas. Temos em Propylaea, em Atenas, estruturas com uma utilização de concreto armado, embora em uma versão ainda bem rudimentar, utilizado para conter os esforços de flexão entre os pilares e as enormes vigas. Entre os anos de 300 a.C. a 476 a.C., utilizou-se de concreto para os muros de uma cidade romana, construídos no século V a.C., o que foi também aplicado em várias edificações posteriormente em Roma. Com a pozolana, uma cinza vulcânica encontrada próxima ao Monte Vesúvio, misturada a cal hidratada formava-se a cal pozolâmica, uma espécie de cimento criado por eles. Edificações como a Via Ápia, 8 9 os banhos romanos, o Coliseu, o Panteão e os aquedutos tiveram a aplicação desse cimento em seu concreto, tendo gordura e sangue animal utilizados como aditivos para incorporar ar na mistura, fazendo uso de uma técnica que consistia em utilizar o concreto em forma de argamassa unindo os tijolos, garantindo estabilidade e vida útil ao sistema. Estudos sobre o cimento romano só foram realizados em 1755 pelo construtor John Smeaton. Ele estava encarregado de encontrar um tipo de argamassa que fosse resistente e tivesse um bom custo para reconstruir o Farol de Eddystone, na Inglaterra. Como aonde o farol seria reconstruído era coberto pelo mar, era neces- sária uma cal que possuísse propriedades hidráulicas, ou seja, endurecesse e resis- tisse a água. A pozolana acabou chegando até Smeaton por conta de um mercador que a importou para fazer negócios. Como não obteve sucesso, Smeaton acabou comprando a pozolana e a utilizou em seus estudos. Smeaton Encontrou que as propriedades hidráulicas do cimento dependiam da quantidade de argila contida na rocha calcária, mas que, se essa argila fosse pos- teriormente adicionada, não resultaria em cimento hidráulico. Finalmente, achou que, das várias adições às argamassas – cinzas volantes, escórias de forjas de ferrei- ros, pedras-pomes, resíduos de tijolos –, as propriedades hidráulicas que queria na mistura se encontravam na pozolana. Em 1824, Joseph Aspdin promoveu a criação do cimento Portland, da queima da calcário e argila, finamente moídos e misturados sob altas temperaturas. Mesmo com essa denominação, não equivale ao cimento Portland utilizado nos dias de hoje, já que os fornos da fábrica de Aspdin não tinham como obter o clínquer, além da proporção da mistura não ser referida em sua patente. Por conta dos fornos, era imprudente o uso do concreto por conta do seu custo elevado na década de 1830. O desenvolvimento do cimento só ganhou impulso no século XIX, principalmente na Alemanha, com o desenvolvimento de fornos avançados que conseguiam obter o clínquer mais uniforme, assim como análises químicas sistemáticas das matérias-primas. Foi em 1850 que Joseph Louis Lambot fez a primeira publicação sobre o cimen- to armado (denominaçãousada até por volta de 1920, sendo conhecido hoje como concreto armado). Ele fez seus primeiros experimentos dos efeitos que a ferragem teria em uma mistura de massa de concreto. Em 1854, Lambot já executava obras em concreto armado para várias finalidades. O engenheiro francês Eugène Freyssinet fez estudos sobre pretensão em barras de aço com o intuito de conseguir um concreto mais resistente. O concreto protendi- do começou a ser estudado no século XVIII, porém, resultados apenas apareceram com Freyssinet em 1928. Agora em tempos mais modernos, temos os concretos re- cebendo aditivos, adicionando-se características e funções aos materiais, enquanto outra vertente estuda a qualidade de elementos como: agregados, cimento e água. O estudo do concreto moderno busca melhorar a qualidade e resistência para que se possa atender aos clientes mais exigentes, unindo tecnologia e custo. 9 UNIDADE Estrutura de Concreto Armado Composição dos Elementos do Concreto O concreto é o material mais utilizado na construção civil, composto por uma mistura de agregados graúdos, miúdos, água e aditivos. Cada um dos materiais cons- tituintes do concreto terão uma função específica na mistura, garantindo assim ca- racterísticas como: trabalhabilidade, resistência, tempo de desforma, dependendo da escolha de cada um dos materiais e da quantidade de cada um na sua composição. Os aditivos que podem ser utilizados no concreto potencializam características dos materiais como: aumentar ou diminuir a fluidez (trabalhabilidade), incorporar bolhas de ar (concreto com ar incorporado), acelerar ou retardar o início da pega (momento onde o concreto começa a perder a capacidade de ser moldado, aumen- tando sua rigidez, diminuindo a trabalhabilidade). Quem define se pode dosar os aditivos é sempre o cliente, cuidado com concretos dosados sem a sua permissão, eles podem prejudicar sua concretagem e a qualidade do seu material. O cimento é o material mais caro dos componentes do concreto. Possui a fun- ção de aglomerante na mistura, em que manterá todo o material unido no final do processo de cura. O cimento pode ser encontrado no mercado sob diferentes siglas – CPI, CPII, CPIII, CPIV e CPV –, sendo que cada material possui características próprias e que devem ser escolhidas conforme o uso e a classe de agressividade do ambiente em que esse será aplicado. O cimento é um aglomerante hidráulico que inicia suas reações químicas com o contato com a água. Quando ambos os materiais entram em contato, o cimento começa a ser hidratado e, algumas horas depois, se solidifica mantendo os componentes aglomerados. Os agregados são divididos em duas categorias: graúdo e miúdo. Os agregados graúdos são aqueles que passam nas peneiras com abertura nominal de 10 mm e ficam retidos nas peneiras com abertura de 4,8 mm. Esses materiais possuem a função de garantir a resistência final do nosso concreto, po- dendo ser utilizados britas com diferentes granulometrias, conhecidas como: brita 1, brita 2, brita 3, brita 0. Conheça mais sobre os agregados graúdos: http://bit.ly/2o4zpIh Ex pl or A escolha da brita é essencial no processo de estudo do nosso concreto. Quanto menor nosso agregado graúdo, maior será a resistência e a quantidade de água no traço/mistura. Concreto com quantidade de água acima do necessário tende a per- der resistência devido a dois fenômenos: excesso de poros capilares no concreto ou por aprisionamento de água dentro da peça estrutural. Os poros capilares formam 10 http://bit.ly/2o4zpIh 11 uma rede similar aos neurônios no cérebro, eles são utilizados para que a água de emassamento possa sair no processo de hidratação da mistura. O problema é que muita água formará muitos caminhos nessa rede, enfraquecendo nosso concreto. O aprisionamento da água ocorre quando, no processo de hidratação, micropar- tículas de água não conseguem sair pelos poros capilares e ficam aprisionadas dentro do elemento estrutural. Essa região que está preenchida pela água terá uma resistência menor. A relação tamanha do agregado e a resistência são complexas e muito estudadas na engenharia de materiais que envolve o concreto. Podemos simplificar isso usando os dados a seguir: • Concretos produzidos utilizando brita 0 terão maior uso de água, mas, devido às pedras serem menores, o encaixe entre elas na mistura é facilitado, dimi- nuindo os espaços vazios. Então, britas menores produzem concretos mais resistentes devido a esse melhor encaixe, embora o tamanho diminuto faça com que mais água seja adicionado à mistura, diminuindo a resistência. Esse tipo de concreto é ideal quando precisamos de boa trabalhabilidade em nosso material, muito comum em pisos de concreto industrial e pisos em geral, nos quais queremos um acabamento liso; • Concretos produzidos utilizando brita 1 e 2 tendem a ser mais equilibrados e ideais para a concretagem de peças estruturais. Essas pedras possuem bom encaixe entre elas e não deixam o material muito fluido, garantindo boa estan- queidade nas formas; • Os concretos produzidos com brita 3 são mais rústicos devido ao tamanho do agregado e são menos resistentes, sendo ideais para enchimentos ou pre- enchimentos de elementos que não sejam estruturais ou que não receberão grandes cargas. Os agregados miúdos são compostos por areias e sua principal função na mistura é aumentar a densidade do meio e garantir que efeitos como exsudação ou segregação não ocorram. Os efeitos indesejados acontecem quando a mistura do concreto perde sua homogeneidade por causa das diferentes densidades dos materiais, com os elementos mais pesados se aglomeram no fundo e os mais leves subindo para a superfície. A água entra para realizar as reações químicas no cimento, essas reações produ- zem calor e devem ser controladas para evitar aquecimento excessivo, o que poderá evaporar a água de emassamento antes do cimento ser lubrificado, muito comum em peças de grandes dimensões. A água é responsável por lubrificar a superfície das pedras garantindo a aderência do cimento; quanto menores as britas, maior será a quantidade delas que serão inseridas na mistura e, portanto, maior a área a ser lubrificada, necessitando da utilização de mais água. Os aditivos entram nos concretos chamados especiais/modernos ou em casos específicos, nos quais precisamos melhorar/modificar uma característica intrínseca desse material. O tempo de transporte, segundo a NBR 7212, é de 150 minutos a partir do momento que esse sai da usina até o momento em que o concreto está 11 UNIDADE Estrutura de Concreto Armado alocado na peça estrutural. Ou seja, concretos que não estejam lançados até esse limite são considerados vencidos e precisam ser recusados pela obra. Em casos de obras afastadas em que não se tem montada uma central de concretagem próxima ao canteiro, é possível adicionar um aditivo superplastificante que garantirá mais algumas horas para nossa mistura, mantendo suas propriedades iniciais. Os pro- blemas aqui são: • Superdosagem: o concreto permanecerá sem iniciar o período de pega, le- vando mais tempo que o estipulado, o que pode variar de alguns minutos até muitas horas, causando nisso prejuízos de mão-de-obra e até a suspensão do restante da concretagem; • Subdosagem: o concreto terá seu tempo de pega retardado, porém. não o suficiente para a concretagem. Os concretos especiais são desenvolvidos para resolver problemas pontuais do material, logística e qualquer outro fator que poderia inviabilizar a obra. O uso dos aditivos precisa ser bem estudado, dimensionado e planejado para que se evitem danos colaterais na execução e transtornos como prazos e custos. As dosagens são feitas por empresa especializada e não podem ser realizadas sem a orientação do cliente/consumidor. Concreto com ar incorporado: definição e por que usar? Disponível em: http://bit.ly/2p1ZtnF Ex pl or Características do Concreto e Aço Em uma estrutura, diversos esforços atuam sobre os elementos estruturais.Os esforços de flexão solicitam de maneira oposta a mesma peça estrutural, pro- vocando os efeitos de tração e compressão. Os elementos estruturais são dimensio- nados geometricamente para resistir aos esforços, essa geometria varia conforme o material que será empregado na construção: quanto maior a resistência, menor o tamanho das peças. Nas estruturas em concreto armado, temos empregados dois materiais para combater esforços diferentes, o concreto é utilizado para conter os esforços de compressão, o aço é utilizado para os esforços de tração. Esses mate- riais foram cuidadosamente escolhidos para utilizar suas melhores características dentro do solicitado pelo projeto. Conheça mais sobre o lançamento e adensamento de concreto. Lançamento e adensamento do concreto: http://bit.ly/2p2hMsV Estrutura de Concreto – Concretagem – práticas: http://bit.ly/2oZq6ty Proteja seu Concreto: http://bit.ly/2W0IZbv Ex pl or 12 http://bit.ly/2p1ZtnF http://bit.ly/2p2hMsV http://bit.ly/2oZq6ty http://bit.ly/2W0IZbv 13 O concreto possui diversas características dentro de uma estrutura, sua grande resistência, dureza, durabilidade, resistência ao fogo fazem com que seja o material ideal para uma construção que precisa ser econômica e com baixíssima manu- tenção. Esse material pode ser encontrado em várias faixas de resistência, o que garante sua viabilidade econômica em vários tipos de obras. O concreto possui ótima resistência à compressão, medidas em MPa (Mega Pascal) e uma resistência à tração na ordem de 10% da sua resistência à compressão. Sua alta resistência à compressão, baixo custo de execução e manutenção são os fatores essenciais que fazem desse material tão importante na construção civil. O aço é uma liga metálica composta por ferro e carbono na quantidade certa para produzir o aço CA-50 que é utilizado atualmente na construção civil. Pode ser comprado em barras e o corte, a dobra e a armação podem ser realizados na obra ou ainda ser comprado totalmente pronto e apenas armado no seu local de destino. As barras de aço CA-50 possuem grande resistência à compressão e à tração. Conheça mais sobre o aço utilizado no concreto armado: http://bit.ly/2qsiEHG Ex pl or O aço CA-50 e os demais aços seguem a NBR 7480 – Aço destinado a arma- duras para estruturas de concreto armado e especificação. Uma das caracte- rísticas importantes desse material é o fato de sair das siderúrgicas com diversas estrias (rugosidades) que melhorarão a aderência entre ele e a capa de concreto que irá revesti-lo. Outra característica entre esses materiais é o fato de compartilharem um módulo de dilatação térmica semelhante, garantindo assim que durante as gran- des variações de temperatura uma estrutura possa passar horas ou dias sem que se faça o concreto apresentar fissuras ou trincas por dilatação térmica. Diretrizes Para Projeto Norma NBR 6118 As estruturas de concreto armado são reguladas pela Norma NBR 6118 – Es- truturas de concreto armado – Procedimento, a qual define os principais deta- lhes que os projetistas precisam seguir na construção dos mais diversos empreen- dimentos que utilizem concreto simples, armado e protendido. A ABNT, contudo, não define apenas uma norma, um conjunto de normas precisa ser seguido, de normas que se complementam umas às outras conforme o que será construído. Caso você precise, por exemplo, de uma norma que oriente na execução de con- creto armado, precisará consultar a NBR 14931 – Execução de estruturas de concreto armado – Procedimento, onde as informações pertinentes envolvendo construções estão documentadas. A NBR 6118 teve sua primeira edição em 2003 e foi atualizada em 2014, tra- zendo diversos parâmetros que inovaram em sua última atualização. Nesta seção, 13 http://bit.ly/2qsiEHG UNIDADE Estrutura de Concreto Armado discutiremos as principais diretrizes na Norma 6118 e as atualizações que foram inseridas em sua última revisão. Grau de agressividade O primeiro item que precisamos destacar nesta NBR são as diretrizes para os ambientes com diferentes graus de agressividade. Anteriormente, os ambientes não recebiam classificação, então, uma obra em frente ao mar era considerada com a mesma agressividade de uma obra em região rural e isolada. O grau de agressivida- de seria uma medida do quanto o ambiente poderia agredir nossa estrutura de con- creto, quanto mais agressivo ao concreto, maiores precisam ser os cuidados com nossa estrutura de concreto armado. Os fatores que podem agredir nossa estrutura de concreto armado são: • Chuvas ácidas provenientes de ambientes com emissão de gases por indústrias; • Maresia proveniente de regiões costeiras; • Regiões com solo muito pantanoso e com grande presença de micro-organismos; • Regiões com ciclo gelo/degelo recorrente. A norma orienta os projetistas a escolher os fatores A/C (água/cimento), resis- tência do concreto (fck) e cobrimento de acordo com o fator de agressividade onde o empreendimento será construído. Nosso estudo da norma se inicia na Tabela 6.1 da norma. Figura 1 – Tabela 6.1 – Classes de agressividade ambiental (CAA) – da ABNT NBR 6118:2013 14 15 A norma destaca quatro classes de agressividade ambiental, indo do I ao IV, do melhor caso para o pior. As regiões com fraca agressividade são aquelas em que a nossa estrutura de concreto terá uma agressão menor ao longo do tempo; enquanto agressividades maiores desgastarão e comprometerão nossa estrutura em caso de um dimensionamento errôneo mais rapidamente. A maioria das cidades brasileiras se encontram em regiões de agressividade fraca ou moderada, apenas nossa costa e regiões com desenvolvimento industrial intenso, como bairros industriais, terão um esmero maior na hora de se fazer a concepção e o dimensionamento estrutural. Agora que conhecemos a região onde nossa construção será realizada, partiremos para a Tabela 7.1 da norma. Figura 2 – Tabela 7.1 – Correspondência entre a classe de agressividade e a qualidade do concreto – da ABNT NBR 6118:2013 As diferentes classes de agressividade solicitarão concretos com qualidades/re- sistências diferentes. Se compararmos duas regiões distintas conforme sua agressi- vidade, teremos que seguir parâmetros diferentes como: • Na comparação de extremos entre as regiões com agressividade I e IV, temos uma grande mudança no fator água/cimento, de menor ou igual 0,65 para menor ou igual 0,45. Isso quer dizer que nosso cimento precisa ter seu traço mais rico em cimento, ou uma diminuição substancial na quantidade de água; • Comparando as resistências entre regiões com agressividade I e IV, temos que para a mesma obra em ambas as regiões precisamos sair de uma resistência de C20 ou fck 20 MPa para C40 ou fck 40 Mpa. Para produzir esses concretos mais resistentes, precisamos utilizar traços com dosagens melhores entre os materiais e uma maior quantidade de cimento. Então podemos notar que concretos mais resistentes requerem quantidades maiores de cimento e um melhor estudo dos agregados que serão utilizados para produzir um material com qualidades superiores. A quantidade de cimento no nos- so concreto não interfere apenas na qualidade do produto, o custo é diretamente influenciado pelo cimento; de todos os componentes, ele é o material com maior valor. Com base no que vimos até aqui, é possível notar que construir o mesmo 15 UNIDADE Estrutura de Concreto Armado empreendimento em regiões de agressividades diferentes terá impacto no custo da obra com as diferentes relações água/cimento e na resistência do concreto. Uma outra variável muda sensivelmente conforme a classe de agressividade am- biental, o cobrimento nominal que é apresentado na Tabela 7.2 da norma é a dis- tância entre a face de armadura até a face externa do nosso elemento de concreto. Figura 3 – Tabela 7.2 – Correspondência entre a classe de agressividade e o cobrimento nominal – da ABNT NBR 6118:2013 A Tabela 7.2 (Figura 3) nos mostra os diferentes cobrimentos para os diversos elementosestruturais que variam significativamente de acordo com o ambiente que será construído. No caso de uma comparação entre uma edificação hipotética que seria construída em dois ambientes com classes de agressividade distintas, podería- mos levantar as seguintes conclusões: • Os cobrimentos entre as regiões de agressividade I e IV variam de 20 mm ou 2 cm para 45 mm ou 4,5 cm em uma laje. Isso quer dizer que nossas lajes terão espessuras diferentes, mesmo sendo a mesma edificação; • O acréscimo de espessura de concreto é feito para aumentar a segurança do aço que está sendo utilizado no nosso concreto armado. Quando ele é exposto ao ambiente externo, tende a enferrujar e perder suas qualidades e resistência, sendo necessária sua substituição dependendo do caso; • A quantidade de concreto extra devido aos cobrimentos e fatores água/cimento e à resistência do concreto, todos esses parâmetros precisam ser dimensionados 16 17 conforme a região em que será instala a obra. As espessuras maiores em re- giões mais agressivas podem interferir diretamente em questões arquitetônicas de nosso projeto, como vãos de corredores, caixilhos e tamanhos de banhei- ros; podem interferir ainda diretamente em questões estruturais em relação ao cálculo de toda a estrutura; • Vejamos como esse detalhe da Tabela 7.2 pode interferir em um cálculo estru- tural hipotético: Um edifício comercial está sendo realizado com a mesma arquitetura e di- mensões. Esse edifício é composto por 25 pavimentos com 800 m2 de lajes comerciais. A espessura utilizada na região com agressividade ambiental I é de 14, o peso específico do concreto para esse exemplo será 2.500 kg/m3, então cada laje desse edifício pesará: Plajes = 2500 · (800 · 0,14) Sendo assim, multiplicamos o peso específico por seu volume, que é compos- to pela área multiplicada pela espessura. Nosso peso é de 280 toneladas por lajes comerciais; o peso total seria o peso por laje multiplicado pelo número de andares, totalizando 7.000 toneladas. Agora vamos ver a mudança do peso em uma região de agressividade IV. O cobrimento para lajes aqui deve ser o de 45 mm, ou seja, 25 mm superior por face de laje, totalizando 50 mm de espessura, que devem ser adicionados aos 140 mm utilizados anteriormente. Plajes = 2500 · (800 · 0,19) Realizando a mesma multiplicação, novamente encontramos que o peso por laje agora é de 380 toneladas, um acréscimo de 36% de peso para nossa estru- tura. O peso total das lajes passa a ser 9.500 toneladas. Então, provavelmente precisaríamos redimensionar toda nossa estrutura e fundações por conta do peso extra que é adicionado apenas por tentarmos realizar a mesma edificação em um local diferente. A Norma 6118 orienta em diversos outros itens relacionados ao concreto como: maneira correta de lançar o concreto, diferentes qualidades, orientações sobre con- creto protendido e outras informações importantes para os projetistas que trabalha- rão com estruturas de concreto armado. Considerações Sobre Dimensionamento Quando pensamos em dimensionar uma estrutura, precisamos pensar e analisar ponto a ponto nossa estrutura para garantir que ela mantenha sua estabilidade e que não haja rupturas localizadas em pontos críticos de nossos elementos estruturais. Com o avanço da tecnologia e o poder computacional, os cálculos passaram a ser 17 UNIDADE Estrutura de Concreto Armado realizados por programas específicos que utilizam e verificam ponto a ponto a nossa estrutura e em tempo real fazem as análises utilizando critérios da norma solicitada. A espessura da laje definirá a resistência desse elemento: quanto maior a espessura, maior a resistência. O projetista precisa seguir algumas considerações para que faça um bom dimen- sionamento da estrutura, visando seguir as normas específicas e a norma 15575 – Norma de Desempenho, entregando um produto de qualidade para seus clientes. Conheceremos agora algumas considerações: • Vãos entre pilares: realizar grandes vãos na estrutura solicitará vigas com alturas maiores para suportar os efeitos de flexão; os pilares receberão as car- gas das vigas e irão transmiti-las para as fundações. Utilizar poucos pilares te obrigará a deixar eles maiores para que possam realizar sua função; • Lajes com grandes vãos entre as vigas: o efeito de flecha que é intrínseco às lajes é proporcional ao vão, isto é, grandes vãos geram grandes efeitos de flecha. Para neutralizar isso, será necessário aumentar a espessura da sua laje, adicionando peso para nossa estrutura; • Lajes finas: diminuir a espessura das lajes, ou utilizar lajes demasiadamente finas, favorecerá os problemas de vibrações ou deficiência de isolamento acús- tico. A norma 15575 estabelece valores máximos para a quantidade de ruído que pode passar entre andares. Outro problema é que lajes finas tendem a vibrar mais, amplificando o som e causando desconforto ao usuário; • Pilares esbeltos: são aqueles pilares com grande altura e dimensões pequenas, eles tendem a flambar e perder estabilidade muito fácil. Para entender esse con- ceito, basta ter uma régua de 30 centímetros e posicionar uma ponta dela em uma mão e comprimir com a outra, ela sempre irá se curvar na direção onde possui o menor tamanho e o centro sempre será a região com maior curvatura; • Vigas de transição: em casos onde existem pilares com descontinuidade, ou seja, vigas que absorvem as cargas dos pilares acima e precisam enviá-las para outros pilares, esses elementos costumam sofrer de esbeltez por serem dema- siadamente altos para resistir ao efeito cortante; Veja um exemplo de viga de transição neste link: http://bit.ly/2P8un8G Ex pl or • Vigas com seções variáveis: essas vigas possuem suas seções com variação de tamanho, geralmente utilizadas em estruturas com grandes solicitações de esforços, diminuindo a utilização de material em regiões onde não há necessi- dade, economizando materiais e evitando o peso excessivo. Veja um exemplo de viga de seção variável em: http://bit.ly/2pHQpnT Ex pl or 18 http://bit.ly/2P8un8G http://bit.ly/2pHQpnT 19 As vigas são dimensionadas quanto à sua altura e largura da base. Vigas mais altas são mais resistentes aos esforços de flexão, enquanto a base define a resistência ao esforço cortante. Quando falamos em dimensionar uma estrutura, precisamos pensar não só em como a manter em pé, devemos levar em conta a qualidade, durabilidade, manu- tenção e o conforto para o usuário. Todos esses itens são regulados e discutidos na NBR 15575. Essa NBR foi um marco para a construção civil no Brasil, com ela foi possível estabelecer critérios e diferentes níveis de qualidade para as obras executa- das, além de trazer uma nova filosofia para a construção civil brasileira. Antes dessa norma, as construções não eram encaradas como um produto em si, sendo então difícil estabelecer padrões de qualidade para que o cliente pudesse efetuar a melhor escolha. Após 2013, com o lançamento da norma, as construções passaram a ser encaradas como um produto e diversos itens passaram a ser avalia- dos dentro dos padrões previamente estipulados. Para um melhor entendimento da NBR 15575, consulte o material complementar. Os pilares são dimensionados utilizando uma área mínima de concreto, então preci- samos dimensioná-los de acordo com sua geometria. Características e Propriedades do Concreto Armado As estruturas realizadas em concreto armado são as mais simples e baratas que podemos realizar no Brasil. A facilidade de execução e de encontrar os materiais que compõem o sistema auxiliam para que esse seja o tipo de construção favorito entre os projetistas e construtores. A construção civil brasileira é a única indústria que emprega mão-de-obra analfa- beta e de baixo grau de escolaridade, isso demonstra o impacto da construção civil na sociedade. Outra característica importante é o fato de ser uma indústria móvel, onde o produto possui um grande período de execução e, após o seu término, todo o pessoal precisaser realocado para um novo canteiro. O fato de a construção civil ter essa característica móvel faz com que os profissionais operacionais tendam a ser contratados somente pelo período de construção e, após o término de suas atividades, serem desligados da empresa. Com isso é possível perceber que muitos profissionais que nela ingressam são pessoas que buscam serviços temporários ou uma nova oportunidade no mercado de trabalho. 19 UNIDADE Estrutura de Concreto Armado Fatores hierárquicos e os métodos de pagamentos utilizados pelas construtoras reforçam essas características empregatícias exploradas pelas construtoras. Quan- do pensamos em outras tecnologias de construção como estruturas metálicas, ma- deira e concreto protendido, precisamos de profissionais mais bem qualificados para executar as tarefas, como serralheiros, soldadores, operadores de equipamen- tos, entre outros. Esses profissionais precisam de cursos específicos para executar essas funções, aumentando o custo final da mão de obra. O preço dos materiais também influência no orçamento e os projetistas acabam preferindo trabalhar com o concreto armado. O concreto armado é utilizado desde as construções mais simples, onde a capa- cidade técnica do executante é mínima até em grandes obras da engenharia, como veremos no próximo tópico. Essa flexibilidade do material e os fatores discutidos anteriormente garantem que o concreto armado seja o material mais empregado na construção civil brasileira. As principais características desses materiais são: • Resistência aos esforços de tração e compressão; • Boa impermeabilidade; • Boa durabilidade; • Possibilidades de atingir várias faixas de resistência; • Facilidade de obter os materiais que compõem o concreto armado; • Facilidade de se contratar mão de obra para a execução da estrutura; • Os materiais possuem o coeficiente de dilatação térmica parecidos; • Boa aderência entre o concreto e o aço, garantindo que os materiais funciona- rão de uma maneira unitária; • Boa resistência ao fogo; • Boa resistência mecânica e à abrasão; • Possibilidade de moldar os componentes estruturais enquanto o concreto está em seu estado fresco. Principais Construções em Concreto Armado no Mundo O concreto armado e posteriormente o concreto protendido são os materiais mais utilizados na construção civil e dentro de suas propostas possuem boa durabili- dade e fácil execução. Ao redor do planeta, temos ótimos exemplos de construções realizadas a partir desse material, contudo, utilizando técnicas construtivas diferen- tes. Conheceremos a seguir algumas obras de concreto armado ao redor do mundo que demonstram a versatilidade do material. 20 21 • Museu Nacional Honestino Guimarães: criado pelo arquiteto Oscar Niemayer, é composto de uma semiesfera construída em concreto armado. A construção ocupa uma área total de aproximadamente 15 mil metros qua- drados, 26,25 metros de altura e a base mede 35,55 metros de raio. Ao lado da construção, há um enorme espelho d’água que reflete o museu formando a outra metade da esfera; Conheça mais sobre o Museu Nacional Honestino Guimarães em: http://bit.ly/2J44DGL e http://bit.ly/2VY9heHEx pl or • Villa Saitan: a obra apresenta curvas orgânicas e um belíssimo acabamento em concreto armado. O Villa Saitan é um complexo residencial construído na cida- de de Quioto no Japão, ocupando uma área de aproximadamente 558 metros quadrados e que teve como inspiração folhas, galhos e a natureza; Conheça mais sobre o Villa Saitan em: http://bit.ly/2P79WJo e http://bit.ly/2o2SFpq Ex pl or • Paul Rudolph Hall: essa obra sai um pouco das curvas e adota um formato mais “bruto e rústico”, trazendo linhas retas e ângulos retos para chamar aten- ção. Em 1963, foi finalizada a construção do edifício Paul Rudolph Hall, que abriga a Yale University e possui 37 pavimentos; Conheça mais sobre o Paul Rudolph Hall em: http://bit.ly/2qv99rf Ex pl or • Auditório Tenerife: essa obra realizada nas Ilhas Canárias, mais precisamente em Santa Cruz de Tenerife, e foi projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava. Ele teve sua construção iniciada em 1997 e seu término em 2003. A construção corta o céu com curvas incríveis e se encontra de frente para o Oceano Atlântico. O auditório ocupa uma área de 23 mil metros quadrados. Conheça mais sobre o Auditório Tenerife em: http://bit.ly/2MZoTud e http://bit.ly/2Mzosba Ex pl or Alguns exemplos de obras incríveis utilizando a tecnologia de concreto armado e concreto protendido, apesar de suas peculiaridades e algumas limitações, indicam que o material se mostra bem versátil em questões arquitetônicas. Existem diversas outras obras que merecem ser citadas, como: • New Century Global Center (China): é a maior construção horizontal do mundo, composto de shopping center, parque de diversões e uma praia artificial, essa edificação levou para outro patamar a ideia de ter tudo em um só lugar; 21 http://bit.ly/2J44DGL http://bit.ly/2VY9heH http://bit.ly/2P79WJo http://bit.ly/2o2SFpq http://bit.ly/2qv99rf http://bit.ly/2MZoTud http://bit.ly/2Mzosba UNIDADE Estrutura de Concreto Armado Conheça mais o New Century Global Center em: http://bit.ly/2pBKP6G Ex pl or • Burj Al Arab (Emirados Árabes Unidos): o hotel mais alto e um dos mais luxu- osos do mundo foi construído sobre uma ilha artificial preparada exclusivamente para abrigar o hotel. Na construção desse incrível edifício em formato de vela, inspirado em uma embarcação muito utilizada pelos antigos pescadores árabes, foram utilizados 33000 metros cúbicos de concreto para a ilha e 36000 metros cúbicos para a superestrutura. O primeiro hotel 7 estrelas do mundo; Conheça mais sobre o Burj Al Arab em: http://bit.ly/35TU039 Ex pl or • Burj Khalifa (Emirados Árabes Unidos): a atual construção mais alta do mundo também fica nos Emirados Árabes Unidos, medindo 828 metros no topo de sua antena e com 160 andares, é uma construção imponente. Conheça mais sobre o Burj Khalifa em: http://bit.ly/2P5y7rB Ex pl or A seguir, na Figura 4, temos uma comparação da altura de diversas edificações. Figura 4 Fonte: Wikimedia Commons 22 http://bit.ly/2pBKP6G http://bit.ly/35TU039 http://bit.ly/2P5y7rB 23 Principais Construções em Concreto Armado no Brasil Quando o assunto trata de estruturas em concreto, seja armado ou protendido, temos diversos exemplos no Brasil que demonstram nossa habilidade em utilizar bem as propriedades desses materiais. • Edifício Joseph Gire: Nossa primeira obra de expressividade utilizando con- creto armado no Brasil foi o Edifício Joseph Gire, mais conhecido como A Noite, localizado no Rio de Janeiro e construído na década de 1920. Foi o maior arranha-céu da América Latina, uma edificação que possui 22 andares e 102 metros de altura. Na época de sua construção, utilizou como método construtivo o concreto armado, uma novidade citada década. Conheça sobre o Edifício Joseph Gire em: http://bit.ly/35V1aUv Ex pl or • Pórtico dos Reis Magos: essa obra utilizou o concreto protendido como mé- todo construtivo. Localizada na cidade de Natal, no estado do Rio Grande do Norte, a obra é conhecida como Pórtico dos Reis Magos e é o maior balanço em concreto protendido do mundo. Conheça mais sobre o Pórtico dos Reis Magos em: http://bit.ly/33SzBtt Ex pl or • Catedral Metropolitana de Natal: A cidade de Natal possui um outro recor- dista mundial, dessa vez como a edificação com estrutura em concreto proten- dido com maior vão livre do mundo, a Catedral Metropolitana de Natal. Conheça mais sobre a Catedral Metropolitana de Natal em: http://bit.ly/31A48KV Ex pl or • Palácio Tiradentes: temos mais um recordista mundial em nosso conteúdo e esse novamente está no Brasil. Nosso próximo exemplo foi construído na cidade de Belo Horizonte e nomeado de Palácio Tiradentes. Essa construção abriga a sede administrativa do estado de Minas Gerais e foi projetada por Oscar Niemayer. O grande feito dessa obra é possuir o maiorvão suspenso do mundo com aproximadamente 148 metros de comprimento. Conheça mais sobre o Palácio Tiradentes em: http://bit.ly/2W4yFPN Ex pl or 23 http://bit.ly/35V1aUv http://bit.ly/33SzBtt http://bit.ly/31A48KV http://bit.ly/2W4yFPN UNIDADE Estrutura de Concreto Armado • Yachthouse Residence Club: uma obra que ainda está em construção e ao seu término será o empreendimento mais alto da América Latina, com projeto assinado pelo estúdio da Pininfarina, conhecida pelos seus designs de carros esportivos que ganharam o mundo, é o edifício que está sendo erguido na cidade de Balneário Camboriú, na cidade de Santa Catarina, e foi batizado de Yachthouse Residence Club. A edificação possui 81 andares e será composto por duas torres. Conheça mais sobre o Yachthouse Residence Club em: http://bit.ly/2VWQy38 Ex pl or Nessa lista, apresentamos diversos recordistas mundiais e latino-americanos, porém, podemos mencionar diversas outras grandes edificações ou projetos de infraestruturas produzidos em terras tupiniquins que são incríveis. Vamos conhecer alguns deles: • Ponte Jornalista Phelippe Daou: popularmente conhecida como Ponte Rio Negro, construída utilizando a tecnologia de estaio, a ponte foi construída para atravessar o Rio Negro no estado do Amazonas e faz a ligação entre os municípios de Manaus e Iranduba. A ponte foi inaugurada em 2011 e possui extensão total de 11 quilômetros, sendo 3,6 km sobre o Rio Negro, 2 km sobre a margem esquerda do rio e 5,5 km na margem direita; Conheça mais sobre a Ponte Jornalista Phelippe Daou em: http://bit.ly/31xg14c Ex pl or • Ponte Presidente Costa e Silva: popularmente conhecida como Ponte Rio- -Niterói, no ano de sua inauguração era a segunda maior ponte do mundo, atrás apenas da Ponte do Lago Pontcharmain (EUA), que tem 38,4 km de extensão, enquanto a Rio-Niterói possui 13,29 km. A ponte foi projetada e construída para ligar a Ponta do Caju, na cidade do Rio de Janeiro, e a Avenida do Contorno em Niterói; Conheça mais sobre a Ponte Presidente Costa e Silva em: http://bit.ly/2VYGXbS Ex pl or • Ponte Octávio Frias de Oliveira: popularmente conhecida como Ponte Es- taiada, foi construída na cidade de São Paulo utilizando concreto protendido e cabos de aços, conhecidos como estais, que seguram as pistas. Essa ponte é a única ponte estaiada do mundo com duas pistas conectadas ao mesmo mastro, sendo esse elemento estrutural concebido em formado de X. Conheça mais sobre a Ponte Octávio Frias de Oliveira em: http://bit.ly/32zsLJ3 Ex pl or 24 http://bit.ly/2VWQy38 http://bit.ly/31xg14c http://bit.ly/2VYGXbS http://bit.ly/32zsLJ3 25 Neste material foi possível conhecer um pouco sobre a história do concreto e conhecer as características desse material. Tais fundamentos são importantes para que seja possível realizar o dimensionamento de todos os elementos estruturais dos quais nossas concepções arquitetônicas precisam fazer uso. Consulte os materiais complementares para se aprofundar melhor no assunto e se prepare para nosso próximo passo, em que aprenderemos a dimensionar todos os elementos estruturais e, em unidades futuras, conheceremos outros métodos construtivos que nortearão nossas escolhas das tecnologias. Os próximos temas que abordaremos têm como finalidade desenvolver sua capacidade analítica e críti- ca, formando um profissional com boa base teórica e ótimas tomadas de decisão. 25 UNIDADE Estrutura de Concreto Armado Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Leitura Dosagem de concreto: definições fundamentais http://bit.ly/35UwfHU Traço do concreto deve ser ajustado para as necessidades de cada projeto http://bit.ly/35Sx0RQ Norma comentada: ABNT NBR 6118 – Estruturas de concreto armado – procedimento http://bit.ly/32yKzEf Diferraço: Aço CA 50 – CA 60 http://bit.ly/2W2fXbr 26 http://bit.ly/35UwfHU http://bit.ly/35Sx0RQ http://bit.ly/32yKzEf http://bit.ly/2W2fXbr 27 Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Estruturas de Concreto Armado – Procedimento. Rio de Janeiro, 2013. BOTELHO, M. H. C. Concreto armado, eu te amo: para arquitetos. 2. ed. São Paulo: Edgard Blutcher, 2011. CONCRETO. Cimento.org, 2019. Disponível em: <https://cimento.org/concreto>. Acesso em: 15 jul. 2019. KAEFER, L. F. A evolução do Concreto Armado. São Paulo: Unesp, 1998. PEREIRA, V. M. Norma Comentada: ABNT NBR 6.118 – Estruturas de Concreto Armado – Procedimento. 2018. Disponível em: <https://www.mapadaobra.com. br/inovacao/norma-comentada-abnt-nbr-6118>. Acesso em: 15 jul. 2019. SANTOS, R. E. dos. A cultura do concreto armado no Brasil: educação e deseducação dos produtores do espaço construído. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, 4., 2006, Goiânia. Anais [...]. Goiânia: Universidade Católica de Goiânia, 2006. TOTAL CONSTRUÇÃO. Concreto Armado: O que é? Estruturas, Vantagens e Desvantagens, 2019. Disponível em: <https://www.totalconstrucao.com.br/ concreto-armado>. Acesso em: 18 ago. 2019. 27 https://cimento.org/concreto https://www.mapadaobra.com/ https://www.totalconstrucao.com.br/
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