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3 - Ética na Administração Pública

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08/09/2020 Ética na Administração Pública
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Ética na Administração Pública
Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB
Curso: Ética e Administração Pública - Turma 2
Livro: Ética na Administração Pública
Impresso por: Fernanda Mitsuzaki dos Santos
Data: terça, 8 set 2020, 18:46
https://saberes.senado.leg.br/
08/09/2020 Ética na Administração Pública
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Descrição
MÓDULO III - Ética na Administração Pública
08/09/2020 Ética na Administração Pública
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Sumário
Módulo III - Ética na Administração Pública
Unidade 1 - Administração Pública
Pág. 2 - Conceitos
Pág. 3 - Agentes públicos
Unidade 2 - Ética e Administração Pública
Pág. 2 - Princípios da Administração Pública
Pág. 3
Pág. 4 - O servidor público e as práticas éticas
Pág. 5
Pág. 6
Pág. 7
Pág. 8
Pág. 9
Pág. 10 - Códigos de Ética
Pág. 11 - Instâncias externas de controle
Pág. 12 - Instâncias internas de controle .
Unidade 3 - Ética no Legislativo
Pág. 2 - Por que uma "Ética no Legislativo"?
Pág. 3 - Mitos e duras verdades
Pág. 4 - Mitos e duras verdades 2
Pág. 5 - Os Códigos de Ética no Legislativo Federal
Pág. 6 - Os Conselhos de Ética
Pág. 7 - Os novos caminhos do Senado
Pág. 8 - Para finalizar... recomeçando
Exercícios de Fixação - Módulo III
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Módulo III - Ética na Administração Pública
 
Após o estudo deste módulo você será capaz de, quanto à Administração Pública:
conceituá-la e reconhecer seus agentes;
conhecer os princípios que a regem;
identificar as principais instâncias de controle interno e externo;
reconhecer a questão ética implícita em cada um dos itens acima;
refletir sobre a ética no Poder Legislativo.
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Unidade 1 - Administração Pública
Nesta unidade, trataremos o conceito de administração pública e
agentes públicos.
 
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Pág. 2 - Conceitos
De saída é importante diferenciarmos dois conceitos que muitas vezes são confundidos: Governo e Administração Pública.
Por Governo devemos entender o conjunto dos poderes e instituições públicas, considerado sobretudo pelo "comando" destes. O Governo é quem
conduz os negócios públicos, estabelecendo linhas-mestras de atuação.
Já a Administração Pública caracteriza-se pelas funções próprias do Estado e a prática necessária para o cumprimento dessas funções. Assim, é a
Administração Pública a executora das atividades visando ao bem comum.
Não cabe à Administração Pública a prática de atos de governo, mas sim de atos administrativos próprios do Estado. Ela é responsável pela execução
desses atos, daí por que seus agentes devem primar pela Ética, pois estão agindo em nome de todos em prol da coletividade.
Por isso é também importante conceituarmos "serviço público", nas palavras do mestre Hely Lopes Meirelles:
"Serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob
normas e controles estatais , para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da
coletividade ou simples conveniência do Estado."
Quando o conceito se refere a "delegados", está tratando daqueles que, mesmo não sendo servidores públicos, recebem da Administração Pública a
tarefa de agir em nome dela.
É comum as empresas públicas de energia elétrica ou de água e saneamento terceirizarem algumas de suas atividades, como a ligação ou religação do
fornecimento. Por isso, no Distrito Federal, por exemplo, vemos veículos identificados como "A serviço da CEB" (a Companhia Energética de Brasília).
Essa prática acontece em todas as unidades da Federação.
Assim, também é importante que conceituemos quem são os agentes públicos, ou seja, aqueles que compõem a Administração Pública ou que para ela
prestam serviços. É o que veremos a seguir.
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Pág. 3 - Agentes públicos
Agentes públicos: servidores e empregados públicos
A denominação mais abrangente para aqueles que prestam serviços em nome do Estado é a de agentes públicos, cuja característica principal é a
de serem pessoas físicas prestando serviços ao Estado. Os agentes públicos, ainda, podem ser subdivididos em quatro categorias, demonstrada no
quadro abaixo. 
Agentes administrativos: servidores públicos num sentido mais amplo.
Agentes delegados: são os particulares incumbidos pelo Estado de prestarem
serviços ou executar atividades;
Agentes honoríficos: razoavelmente raros na Administração Pública, a eles são
incumbidas atribuições por sua honorabilidade ou profundo conhecimento num dado
ramo do saber (é o caso de membro de júri e mesários eleitorais);
Agentes políticos: aqueles em função de maior poder decisório ou do primeiro
escalão (ministros, congressistas, magistrados, presidentes de estatais, entre outros). 
Vamos nos deter um pouco mais sobre os agentes administrativos, que compõem a grande maioria da Administração Pública brasileira.
Os agentes administrativos dividem-se em:
Agentes Temporários: contratados por período limitado de tempo;
Empregados públicos: contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT);
Militares: os pertencentes aos quadros das Forças Armadas;
Servidores públicos: contratados pelo regime estatuário ocupam cargos públicos
pertencentes à Administração direta, às autarquias ou às fundações públicas.
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Unidade 2 - Ética e Administração Pública
Nesta unidade, abordaremos os seguintes pontos:
princípios da Administração Pública;
práticas éticas;
instâncias externas de controle (ONGs, sites e outros); e
códigos de Ética.
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Pág. 2 - Princípios da Administração Pública
Legalidade
Este princípio assegura que a Administração Pública só pode agir em nome da lei e
respaldada por ela.
Caso esse princípio não seja obedecido, a atividade pública será ilícita e, por tanto,
deverá ser punida.
Impessoalidade
Aqui se assegura que os atos administrativos são de responsabilidade da Administração
Pública e não de um servidor público específico.
Por outro lado, é também este princípio que proíbe a promoção pessoal de ocupantes de
cargos públicos. Exemplo clássico era o de se batizarem viadutos e pontes com o nome
do governador ou do prefeito. Atualmente, isso só pode ocorrer em homenagem a
pessoas ilustres já falecidas, evitando justamente a autopromoção por meio da
Administração Pública e seus recursos.
Moralidade
Este princípio, em síntese, alerta que “nem tudo que é legal é honesto”. Há casos em
que, apesar da permissão da lei, em certas circunstâncias, uma ou outra ação
administrativa pode caracterizar-se como não moral ou não ética.
Veja o que diz o inciso LXXIII do art. 5 ° de nossa Constituição: “qualquer cidadão é
parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”.
Em outros termos, é o seguinte:
Imaginemos que um cidadão presencie a utilização de carros oficiais (portanto,
pertencentes à Administração Pública) para fins particulares. Ele poderá coletar provas
e propor ação na Justiça para cessar o ato e reparar o dano. Como está agindo em
nome da cidadania (se o fizer de boa fé), não precisará custear nadana Justiça, nem
mesmo se vier a perder a causa. A conclusão é de que era um cidadão interessado em
preservar a moralidade da Administração Pública.
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Este princípio, também mandamento constitucional, é hoje mais popularmente
conhecido como transparência, termo que veio à tona, na história recente, com a
derrocada ad URSS, em que se exigia a glasnost (=transparência).
Em suma, significa que atos administrativos, pelo seu caráter público, deve ser dada
ampla divulgação, de modo que o cidadãos possam acompanhar e avaliar tais
atividades.
Há outro sentido para o termo, muito bem explicitado pela Constituição Federal,
quando, em seu art. 5°, inciso XXXIII, afirma que “todos têm direito a receber dos
órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou
geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.
Eficiência
De todos os princípios que devem ser seguidos pela Administração Pública, este é o
mais recente e já observa a modernidade exigida por qualquer instituição, pública ou
privada.
Ele estipula que não basta os atos públicos serem legais, impessoais, de acordo com a
moral e amplamente divulgados: eles devem também buscar a eficiência, o
atendimento real dos objetivos a que se propõem, sempre em nome da sociedade, da
população, que os financia.
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Pág. 4 - O servidor público e as práticas éticas
Se a Administração Pública se rege por princípios, os agentes públicos são os responsáveis por colocá-los em prática. 
No caso específico dos servidores públicos, estes têm normas para atuação. 
Do mesmo modo que um trabalhador na iniciativa privada deve prestar contas de suas atividades, produção e atitudes ao seu empregador, também o
servidor público deve fazê-lo. 
Neste caso, a Administração Pública, em seus diversos níveis e nas várias instituições de que é formada, possui uma hierarquia própria. Há deveres e
direitos daqueles que nela trabalham, bem como dos usuários de seus produtos e serviços. 
Mas como o servidor público pode se conscientizar do que constituem os seus direitos e deveres?
Em primeiro lugar, basta dar uma boa lida na Constituição Federal, particularmente no Título III (Da Organização do Estado), Capítulo VII (Da
Administração Pública), Seção II (Dos Servidores Públicos)
Por ser a Lei Maior do País, é recomendável que se comece por aí: nenhuma outra lei irá contrariá-la; portanto, no que ela se referir aos direitos e
deveres do servidor e à amplitude e limites de sua atuação, ali certamente estarão envolvidas questões éticas e estabelecidos princípios e práticas de
atuação.
Em segundo lugar, o servidor público deve ter sempre por perto, para consulta, o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das
autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.
Em terceiro lugar, ele deve procurar saber se existe um Código de Ética próprio, de sua categoria funcional ou da própria instituição. Tais códigos
costumam explicitar com maior minúcia o que é ético no comportamento profissional do servidor e o que ele deve evitar, sob pena de transgressão.
Então, veja que temos no Brasil três níveis básicos a serem “checados” quanto à Ética Profissional do servidor público: 
1) Constituição Federal (e Constituições estaduais e Lei Orgânica do Distrito Federal);
2) Regime dos Servidores Públicos (federal, estaduais/distrital e municipais);
3) Código de Ética (se houver).
Observe que esses três níveis vêm sob uma forma legal, ou seja, expressos por legislação própria, por uma norma que é a todos imposta e deve ser
por todos respeitada. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8112cons.htm
http://www4.planalto.gov.br/legislacao/legislacao-estadual/constituicoes-estaduais
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Deveres e proibições do servidor público na Lei nº 8.112/90
Você viu na tela anterior o link e a referência ao regime jurídico dos servidores. Muita gente conhece ou ao menos já ouviu falar da “8112”. 
É assim que, informalmente, servidores públicos, advogados e concurseiros se referem à Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que trata do
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
Para não nos alongarmos muito na lei em si, que pode ser consultada na íntegra no link acima, optamos por apresentar aqui um quadro sintetizando
deveres, com seus respectivos princípios, do servidor público estatutário, ou seja, daquele servidor que é regido pela Lei nº 8.112/90.
Repare que cada atividade traz em si, explícita ou implicitamente, um dos princípios da Administração Pública, vale dizer, um item ético.
DEVERES
Atividade Princípio a cumprir
exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo MORALIDADE
ser leal às instituições a que servir MORALIDADE
observar as normas legais e regulamentares LEGALIDADE
cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente
ilegais
LEGALIDADE
atender com presteza: ao público em geral, prestando as
informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; à
expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou
esclarecimento de situações de interesse pessoal; às requisições
para a defesa da Fazenda Pública
EFICIÊNCIA
levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades
de que tiver ciência em razão do cargo
LEGALIDADE
zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio
público
ECONOMICIDADE
guardar sigilo sobre assunto da repartição MORALIDADE
manter conduta compatível com a moralidade administrativa MORALIDADE
ser assíduo e pontual ao serviço EFICIÊNCIA
tratar com urbanidade as pessoas MORALIDADE
representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder LEGALIDADE
Fonte: Lei nº 8.112/90 – Título IV, Capítulo I, art. 116.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8112cons.htm
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Apresentamos um outro quadro, agora sintetizando proibições, com seus respectivos princípios, ao servidor público estatutário, ou seja, daquele
servidor que é regido pela Lei nº 8.112/90.
PROIBIÇÕES
Atividade Princípio violado
ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato
LEGALIDADE
MORALIDADE
retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
qualquer documento ou objeto da repartição
LEGALIDADE
MORALIDADE
recusar fé a documentos públicos LEGALIDADE
opor resistência injustificada ao andamento de documento e
processo ou execução de serviço
EFICIÊNCIA
promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da
repartição
MORALIDADE
cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua
responsabilidade ou de seu subordinado
LEGALIDADE
coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a
associação profissional ou sindical, ou partido político
IMPESSOALIDADE
manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau
civil
IMPESSOALIDADE
valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem,
em detrimento da dignidade da função pública
IMPESSOALIDADE
participar de gerência ou administração de sociedade privada,
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto
na qualidade de acionista, cotista ou comanditário
LEGALIDADE
MORALIDADE
atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições
públicas, salvo quando se tratar debenefícios previdenciários ou
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
companheiro
LEGALIDADE
IMPESSOALIDADE
MORALIDADE
receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie, em razão de suas atribuições
LEGALIDADE
IMPESSOALIDADE
aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro
LEGALIDADE
IMPESSOALIDADE
MORALIDADE
praticar usura sob qualquer de suas formas
LEGALIDADE 
MORALIDADE
proceder de forma desidiosa EFICIÊNCIA
utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços
ou atividades particulares
IMPESSOALIDADE
ECONOMICIDADE
cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que
ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias
LEGALIDADE
exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho
IMPESSOALIDADE
recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado LEGALIDADE
Fonte: Lei nº 8.112/90 – Título IV, Capítulo II, art. 117. 
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Dicas para reafirmar a prática ética do servidor público 
Como é aparentemente fácil não ser ético 
Cobramos sempre ética do outro, mas nos esquecemos de que o primeiro lugar a implantá-la é dentro de nós mesmos. 
Exemplo: é muito comum falarmos dos políticos em geral - são gananciosos, corruptos, não pensam na população. Mas quem de nós já não ficou
tentado ao se defrontar com uma situação de “levar vantagem”?
Veja abaixo: já lhe aconteceu algum desses episódios?
Utilizar a carteirinha de estudante de um colega para um show caro, ou mesmo obter
sem ser propriamente estudante?
Comemorar um troco a mais, errado, que o caixa da padaria entregou?
Constatar, feliz, que o funcionário público não nos cobrou a multa que era obrigatória
num dado caso?
Pagar suborno ao mau policial que nos parou na blitz?
Se essas situações já lhe ocorreram e você sequer ficou tentado, parabéns! Está com o seu "eticômetro" funcionando bem e sempre. Mas muitos de
nós, nesses casos, podemos ser levados a pensar:
- Ora, se meu carro for apreendido, vou pagar dez vezes mais para retirá-lo do depósito.
Ou: - Ora, estou deixando de levar uma multa, quando existe toda a roubalheira do
dinheiro público. E na verdade essa multa nem é lá muito justa...
Ou: - Ora, o caixa da padaria deve enganar vários fregueses todos os dias, fica sempre
no lucro. Além do mais, que padaria careira...
Ou: - Ora, por que só estudantes podem pagar meia-entrada? Eu sou professor (ou
arquiteto, ou advogado, etc.) e tenho a mesma necessidade de lazer e cultura.
Enfim, em geral buscamos uma justificação racional para nossos atos que contrariam a moral ou a Ética.
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Atitudes éticas: modo de usar
Portanto, como acabamos de ver, um recurso para driblar a Ética é relativizar a verdade. Mas pense bem: é pequeno o número de vezes que, se
pararmos e refletirmos um pouco, teremos dúvida real sobre se uma atitude é ética ou não. Por isso, devemos sempre nos lembrar de que a Verdade é
um princípio tão ético que se inscreve como pilar da religião e da filosofia. 
Ética é quase sinônimo de postura correta, de conduta verdadeira tanto nas menores quanto nas maiores ações. Uma das noções de Ética é
consciência pessoal em relação a seus atos, à justeza deles e ao cuidado com sua repercussão sobre o outro.
Mas ser ético é ser perfeito? Longe disso. Ainda cometeremos deslizes e atitudes incorretas. Porém, a diferença é que eles tenderão a ser cada vez
mais excepcionais e/ou inconscientes.
Vamos, então, a uma pequena lista, apenas ilustrativa, de ações éticas que podemos praticar em nosso dia a dia?
Dê o crédito a seus colegas e subordinados, quando tiverem boas ideias e ações. Mão se
aproprie do mérito deles.
Não aceite presentes cuja causa esteja em sua função, seu trabalho.
Seja honesto consigo mesmo e com os outros.
Aja de acordo com a lei.
(Para isso, consulte a legislação, de modo a assegurar-se da correção de seus atos.
Lembre-se de que a ninguém é dado alegar desconhecimento da lei.)
Considere os recursos públicos como se denominam: públicos, de todos e para todos.
Seja ético também quando ninguém o estiver observando.
Existem aqueles que são éticos no atacado, mas antiéticos no varejo, ou seja, praticam grandes e vistosos atos éticos, mas, no cotidiano, cometem
uma série de "pecadilhos éticos". Durante um longo período histórico considerava-se que esse "jeitinho" para burlar a ética era um traço de caráter do
brasileiro.
O Brasil, contudo, tem mudado em sua cultura e nas práticas. Isso vem avançando a ponto de termos hoje indivíduos e grupos sociais, preocupados e
vigilantes com as questões éticas. E esse número só cresce, com a percepção de que o agir bem traz benefícios a todos e a cada um. Por isso, agir de
maneira correta deve ser um exercício diário e consciente.
Repetimos: Ética equivale à conduta verdadeira tanto nas menores quanto nas maiores ações. 
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Instituições são mais ou menos éticas de acordo com as pessoas que nelas atuam. Assim, devemos ter cuidado com expressões como “o parlamento
não é ético”. Estamos falando de todos os integrantes desse parlamento ou de alguns de seus representantes? O que devemos considerar é que a ética
está ou não nas pessoas - mais ainda, está em suas atitudes. 
A preocupação ética dos membros de uma instituição reflete-se diretamente na impressão que a população em geral tem daquela instituição. As
pessoas fazem a instituição e não o contrário. A decisão final é de cada um, de acordo com seus princípios e consciência individual. 
Isto se aplica ainda mais a instituições governamentais, em que estão em questão a forma e os objetivos para os quais são gerados os recursos
públicos.
Dessa forma, há duas maneiras de se encarar uma questão relativa à lei: 
1) o "jeitinho", ou dura lex, sed latex ("a lei é dura mas estica", conforme a anedota);
2) dura lex, sed lex (a lei é dura mas é lei).
A postura ética se coaduna apenas com a opção de número 2, porém pode nos surgir a seguinte pergunta:
- Ora, e se uma lei for injusta, devo seguir a legalidade ou a justiça?
A questão já foi e continua a ser motivo de debate e controvérsia ao longo dos séculos. Basta lermos o clássico "Antígona" (clique aqui para baixá-lo na
íntegra), monumental peça teatral de Sófocles, representada pela primeira vez em 422 a.C., e veremos que essa preocupação é bem antiga
para cidadãos e governantes.
A resposta, porém, hoje nos parece mais segura: caso se considere a lei injusta, siga-se ainda assim a lei. Busque-se a justiça por meio do Judiciário
para reparar uma legislação danosa e busque-se a mudança dessa norma por meio do Legislativo, o responsável pela criação e também supressão das
leis.
Com a evolução e democratização dos processos legislativos, e ainda com a maior transparência e rapidez nos procedimentos, resultado das novas
tecnologias de informação e comunicação, hoje podemos ser mais conscientes de nossas escolhas e mais ágeis em nossa atuação cidadã.
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=6776
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Pág. 10 - Códigos de Ética
Os chamados Códigos de Ética são documentos criados por instituições ou categorias profissionais específicas, para regular a atuação desses
agentes.
Selecionamos, abaixo, alguns dos importantes códigos brasileiros. Trata-se de uma seleção, dentre tantas outras possíveis.
É interessante que você clique nos links e procure ler, no todo ou em parte, esses Códigos de Ética.
Sem querer pautar sua leitura, recomendamos, apenas a título de sugestão, duas abordagens críticas:1) procure lê-las comparativamente, notando o que possuem em comum e em que se diferenciam pela natureza específica de sua atuação;
e/ou
2) leia-as considerando se se trata realmente de Códigos de Ética (mais universais) ou Códigos Morais (relativos a posturas de uma dada
época, região ou cultura).
Boa leitura!
 
 CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR - SENADO
Este é o Código a que estão submetidos todos os parlamentares de nossa Câmara
Alta, ou seja, o Senado Federal.
CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR - CÂMARA DOS DEPUTADOS
Também a Câmara dos Deputados possui seu Código de Ética. Leia-o e compare-o
com o do Senado e de outras categorias de servidores públicos e profissionais.
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO
PODER EXECUTIVO FEDERAL
Aplica-se ao servidor público civil do Poder Executivo, mas, pela abrangência, muitos
de seus fundamentos são aplicáveis a outros níveis da Administração Pública.
CÓDIGO DE ÉTICA DA MAGISTRATURA
O Judiciário brasileiro possui Código de Ética próprio, com seus princípios e também
os seus limites de atuação. Conheça-os.
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
De autoria do Conselho Federal de Medicina (CFM), foi atualizado e passou a vigorar,
em sua nova versão, a partir de 13 de abril de 2010.
Por ser um documento da área médica, que tem por missão maior a preservação da
vida, vale a pena dar uma olhada.
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS ADVOGADOS
Este é um documento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e estabelece os
princípios e limites para a ação dos advogados em todo o Brasil.
 
Neste caso, por ser uma função que visa garantir o direito das pessoas, também é
um bom referencial para a análise da conduta ética.
http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=115307
http://www2.camara.leg.br/a-camara/eticaedecoro/Codigo%20de%20Etica%20da%20CD.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm
http://www.cnj.jus.br/codigo-de-etica-da-magistratura
http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=category&id=9&Itemid=122
http://www.oab.org.br/arquivos/pdf/LegislacaoOab/codigodeetica.pdf
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Pág. 11 - Instâncias externas de controle
No setor público, atuam no controle externo alguns órgãos ou instituições específicas. Seguem alguns exemplos:
Tribunal de Contas da União (TCU)
Tribunais de Contas dos Estados e do DF
Controladoria-Geral da República
Ministério Público Federal
Ouvidorias públicas
Note-se que, com o surgimento e universalização da internet, o controle externo vem sendo realizado também por organizações não governamentais e
mesmo grupos de cidadãos, valendo-se das informações veiculadas pelos sites da Presidência da República, do Senado Federal, da Câmara dos
Deputados, do Supremo Tribunal Federal, apenas para ficarmos na instância maior dos respectivos poderes.
O Senado, por exemplo, mantém o Portal da Transparência, com informações relevantes sobre seus trabalhos, gastos, remuneração e diversos outros
temas de importância para o eleitor e o cidadão.
Além disso, a imprensa, num país democrático, também no papel de controle externo, no sentido de que investiga, denuncia e cobra posicionamento
das autoridades contra atos lesivos ao Estado e à sociedade.
Abaixo, mais alguns links para instâncias ou ações externas de controle.
Contas Abertas
Transparência Brasil
Portal da Transparência
Instituto Ethos
 
 
http://portal2.tcu.gov.br/TCU
http://www.controlepublico.org.br/
http://www.cgu.gov.br/
http://www.pgr.mpf.mp.br/
http://downloads.caixa.gov.br/_arquivos/caixa/ouvidoria/Relacao_Ouvidorias.pdf
http://www.contasabertas.com.br/website/
http://www.transparencia.org.br/
http://www.portaltransparencia.gov.br/
http://www3.ethos.org.br/
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Pág. 12 - Instâncias internas de controle .
Essas unidades administrativas são comumente denominadas no serviço público de "Controle Interno". Daí por que se encontram nos organogramas
das instituições públicas nomes como "Secretaria de Controle Interno", "Coordenação de Controle Interno" e seus similares.
Alguns órgãos da Administração Pública, seguindo o exemplo do Governo Federal, preferem utilizar "Controladoria", termo enxuto, que mantém
inalterada a significação e, por conseguinte, seu espectro de atuação.
Uma instância interna de controle (ou Controle Interno, ou Controladoria) é o setor responsável por fiscalizar os atos da própria instituição. Com esse
objetivo, ela pode também estabelecer mecanismos educacionais ou normativos para garantir boas práticas, antecipando-se mesmo à ação
fiscalizatória.
Conflitos éticos: você decide
FAIRPLAY OU REGRA
Analise o caso abaixo, ilustrado pelos respectivo vídeo
O jogador do Ajax, da Holanda, ao devolver gentilmente a bola ao adversário, numa atitude de
fairplay (jogo limpo), sem querer marca um gol no outro time, que, parado, apenas aguardava a
devolução.
Veja o que segue. A atitude seguinte do Ajax provoca aplausos efusivos dos torcedores no estádio.
Vídeo 1/2
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Unidade 3 - Ética no Legislativo
Nesta unidade, trataremos os seguintes pontos:
por que uma "Ética no Legislativo"?;
mitos e duras verdades;
os códigos de Ética do Legislativo Federal;
os conselhos de Ética; e 
dilemas e novos caminhos.
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Pág. 2 - Por que uma "Ética no Legislativo"?
Após tudo o que viu neste curso, você pode estar se perguntando:
Ética é algo universal. Por que, então, falar em uma "Ética no Legislativo"?
Da mesma forma que analisamos a Ética do ponto de vista da mídia ou do ponto de vista sob o qual a coloca um ou outro grupo social, existem
princípios específicos, que podemos também chamar de éticos, para categorias específicas de pessoas. 
Uma dessas categorias é a da profissão. 
De início, é fundamental lembrarmos: o Poder Legislativo, tal como concebido no Brasil, tem uma função REPRESENTATIVA. 
Neste sentido, os imperativos éticos estão presentes desde o nascimento da atividade do parlamentar. Ora, como posso ser o representante de
milhares ou milhões de pessoas sem considerar suas opiniões e pensamento em cada atividade rotineira que exerço? 
Para ficarmos apenas no Legislativo, isto vale para senador, deputados federal, estadual e distrital e também para vereador, em todo o território
brasileiro. 
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Pág. 3 - Mitos e duras verdades
Apresentamos, a seguir, uma listagem das críticas comumente dirigidas aos parlamentares e servidores do Poder Legislativo, contrapondo o que é um
mito (ou exagero, ou informação distorcida) ao que é uma dura verdade (erros que podem e devem ser corrigidos).
Concordando ou não, apresentamos essa listagem, para que você reflita e ajude a formar seu próprio juízo de valor.
Mito n° 1: Os parlamentares trabalham pouco
Talvez seja este o mito mais fácil de ser desfeito. Uma visita presencial
ou virtual às Casas legislativas demonstra que, em geral, lá se
trabalha, e muito. Isto porque o trabalho do parlamentar não se
resume à presença e aos discursos inflamados em plenário, mas
também, e talvez principalmente, à presença nas reuniões políticas e
com os diversos setores da sociedade, nas comissões permanentes e
temporárias e em eventos dos quais precisa participar em função de
sua representatividade.
Dura verdade n° 1: Alguns parlamentares faltam às sessões
plenárias
Alguns parlamentares, é fato, faltam às sessões plenárias. Porém, esse
número vem progressivamente diminuindo, mesmo porque o poder do
parlamentar é decorrente de sua participação efetiva; inclusive o seu
próprio partido tende a cobrarsua atuação e seus votos.
Mito n° 2: Os parlamentares desfrutam de inúmeros privilégios
Considerando-se o alto nível de responsabilidade do representante
legislativo, e também os gatos decorrentes da atividade do mandato
(releia o item anterior), não se pode efetivamente falar de forma
genérica em “privilégios”. Em verdade, ajustes têm sido feitos com
relação ao tema, nos três níveis do Poder Legislativo, o que é salutar
para o próprio desempenho do mandato eletivo.
Dura verdade n° 2: Alguns parlamentares fazem malversação
dos recursos do mandato
Sim, ainda se reportam casos de nepotismo clássico e cruzado, de
“caixinha” de servidores em comissão repassada ao parlamentar ou ao
partido, e aberrações similares. A legislação vem se aprimorando para
coibir estas e outras transgressões, da mesma forma que a imprensa e
outras instâncias de controle vêm atuando para denunciar tais fatos.
Mito n° 3: Os parlamentares só legislam em causa própria ou de
seus financiadores
Se essa afirmação fosse verdadeira, as minorias na sociedade ainda
estariam em regime de escravidão e não contrariam com benefícios
como o 13° salário, a licença-maternidade e outras conquistas no
campo trabalhista e social. Mais uma vez, aqui a generalização não
condiz com a verdade. Se determinados parlamentares, de fato,
priorizam seus próprios interesses em detrimento de quem o elegeu,
cabe ao eleitorado dar-lhes a lição definitiva na eleição seguinte: essa é
a regra de ouro do sistema democrático. E se o parlamentar houver
infringido a lei, cabe ao judiciário tomar as medidas cabíveis, sempre
com a vigilância e o apoio – por que não? – da pressão popular.
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Dura verdade n° 3: Alguns parlamentares atuam com interesses
próprios ou escusos
Sabe-se que essas práticas existem: há parlamentares que colocam
seus próprios interesses financeiros ou projetos de poder acima das
atribuições e deveres para com o mandato que lhes foi conferido pelos
cidadãos. Com o cuidado de não generalizar, cabem às denúncias
contra os arrivistas travestidos de parlamentares, até porque maculam
a atuação correta e diuturna dos que honram seus mandatos. (Veja
neste curso os diversos links para ouvidorias e instâncias de controle
externo, que podem auxiliar na checagem da ética na atuação
parlamentar).
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Pág. 4 - Mitos e duras verdades 2
Mito n° 4: Os servidores do Legislativo trabalham pouco e ganham
muito
De fato, se tomarmos como base o salário médio dos brasileiros, os
servidores do Legislativo, do Judiciário e de determinadas carreiras do
Executivo são bem remunerados. Isso não implica dizer que trabalham
pouco. Mais uma vez, há que se reconhecer aqui uma injustiça, onde “os
justos pagam pelos pecadores”. É frequente os servidores do Legislativo
permanecerem no trabalho noite adentro e até de madrugada,
notadamente nas sessões de comissões, em cotações de alto impacto
social no plenário e mesmo no trabalho nos gabinetes. Infelizmente, essas
particularidades não tem tanto destaque na mídia, mas um maior
conhecimento da prática legislativa indicará que existem sim, e em bom
número, esses verdadeiros servidores públicos.
Dura verdade n° 4: Alguns servidores do Legislativo não cumprem
responsabilidades
Num universo tão amplo de servidores, sem dúvida existem os que não
cumprem a jornada de trabalho prevista e, ainda pior, não se
desincumbem de suas tarefas. Esses casos têm sido tratados cada vez
com maior rigor tanto pela lei quanto pelas normas internas das Casas
Legislativas. Exemplos como o do Senado, com o programa
PRORESULTADOS, que visa profissionalizar ainda mais os processos e
fluxos de trabalho, e a retomada da capacitação dos servidores, são
importantes para essa mudança de cultura.
Mito n° 5: No legislativo a maioria dos servidores entra “pela
janela”
Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, o concurso público
é o caminho legal, natural e culturalmente aceito como porta de entrada
para as carreiras na Administração Pública, o que vale também para o
Poder Legislativo.
Dura verdade n° 5: Existem algumas exceções para contratação
temporária sem concurso:
Nos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), existe um número
restrito de cargos em comissão a serem preenchidos sem concurso
público. Também houve nos últimos anos um incremento da terceirização
de algumas atribuições, o que implica contratação sem concurso. No
entanto, no caso dos comissionados, estes podem ser demissíveis ad
nutum (ou seja, a qualquer momento e mesmo sem justificação); e os
terceirizados não são propriamente servidores públicos, mas sim
prestadores de serviço que também não terá vínculos permanentes com
Administração Pública.
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Pág. 5 - Os Códigos de Ética no Legislativo Federal
Como estamos em um curso no âmbito legislativo, cabe agora uma pausa para que você leia o Código de Ética e Decoro Parlamentar das duas Casas
Legislativas federais: o Senado e a Câmara dos Deputados. 
 Código de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal
Instituído pela Resolução do Senado nº 20, de 1993
 Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
Instituído pela Resolução da Câmara nº 25, de 2001
http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=115307
http://www2.camara.leg.br/a-camara/eticaedecoro/Codigo%20de%20Etica%20da%20CD.pdf
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Pág. 6 - Os Conselhos de Ética
Senado Federal e Câmara dos Deputados mantêm Conselhos de Ética e Decoro Parlamentar para analisar casos de supostas transgressões
de parlamentares federais. Esses órgãos funcionam como mecanismos internos de controle à atividade parlamentar, buscando garantir as
melhores práticas, conduzindo à punição de parlamentares infratores dos princípios éticos estabelecidos nos respectivos Códigos de Ética e,
por via de consequência, transgressões à lei.
A seguir, os links para os Conselhos.
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
 
http://www.senado.gov.br/atividade/conselho/conselho.asp?con=445
http://www2.camara.gov.br/a-camara/eticaedecoro
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Pág. 7 - Os novos caminhos do Senado
O Senado Federal vem progressivamente aperfeiçoando tanto seus mecanismos de controle quanto os meios para ouvir o que os cidadãos
têm a sugerir ou reclamar.
Abaixo, listamos algumas dessas ações e os links de acesso às informações e vias para contato.
 
Portal da Transparência
 
Tem por finalidade veicular dados e informações detalhados sobre a gestão
administrativa e a execução orçamentária e financeira do Senado Federal.
 
Siga Brasil
É um sistema de informações sobre orçamento público, que permite acesso amplo e
facilitado ao SIAFI e a outras bases de dados sobre planos e orçamentos públicos,
por meio de uma única ferramenta de consulta.
 
 
Manual de Obtenção de Recursos Federais para Municípios
 
Criado pelo ILB e disponível em sua página, possibilita que prefeitos e gestores
municipais busquem recursos federais diretamente, facilitando os procedimentos e
economizando recursos gastos com intermediação.
 
 
Agenda de trabalho do Senado Federal
 
Aqui você pode consultar diariamente os trabalhos que serão realizados pelos
senadores.
 
 
Ouvidoria do Senado
 
Canal para reclamações e críticas à instituição Senado, seus servidores e
parlamentares.
 
 
Alô, Senado
 
De qualquer lugar do Brasil ligue 0800 612211 ou por outros meios disponíveis no
portal, tire dúvidas, obtenha informações e ajude a realizar as mudançasno Senado.
 
Instituto Legislativo Brasileiro (ILB)
 
Cursos a distância com e sem tutoria, e semitutorados, disponibilizados
gratuitamente aos cidadãos.
 
http://www.senado.gov.br/transparencia
http://www.senado.gov.br/transparencia
http://www9.senado.gov.br/portal/page/portal/orcamento_senado/SigaBrasil
http://www.senado.gov.br/sf/senado/ilb/
http://www.senado.gov.br/sf/senado/ilb/
http://www.senado.gov.br/atividade/agenda/default.asp
http://www.senado.gov.br/atividade/agenda/default.asp
http://www.senado.gov.br/senado/ouvidoria/
http://www.senado.gov.br/senado/ouvidoria/
http://www.senado.gov.br/senado/alosenado/default.asp
http://www.senado.gov.br/senado/alosenado/default.asp
http://www.senado.gov.br/senado/alosenado/default.asp
http://www.senado.gov.br/sf/senado/ilb/
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Portal de Acompanhamento de Gastos para a Copa do Mundo de 2014
 
Criado pelo PRODASEN, órgão do Senado voltado à tecnologia, esse portal possibilita
consultar a previsão orçamentária e os gastos efetivos realizados pela União, Estados
e Municípios em ações relativas à Copa do Mundo de Futebol que será realizada no
Brasil neste ano de 2014.
http://www.copatransparente.gov.br/portalCopa/busca_de_acoes
http://www.copatransparente.gov.br/portalCopa/busca_de_acoes
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Pág. 8 - Para finalizar... recomeçando
O ser humano é gregário, relacional, expressa-se e realiza-se em sociedade. Nos países democráticos, o
Poder Legislativo representa a sociedade em seus anseios por mais oportunidades, melhor qualidade de
vida e justiça social.
Após a virada do milênio, e notadamente com o incrível aumento de abrangência das novas tecnologias
de informação e comunicação, representar a sociedade não é mais tarefa que fica restrita a decisões de
gabinete, apertos de mão ou vaias públicas. O cidadão-eleitor tem agora mecanismos de consulta de
informações e de análise desses dados para formar sua própria opinião.
Se considerarmos que, no princípio do século XX, o número de periódicos e de livros era, pode-se afirmar, escasso, hoje as informações nos saltam aos
olhos pelos periódicos, sim, mas também por rádio, TV, celulares, notebooks e os demais dispositivos móveis ou não que nos permitem acessar a rede
mundial de computadores, nossa conhecida web ou internet.
O conceito de web (teia, em inglês) nos dá a perfeita analogia: a sociedade, e com ela a Administração Pública, é um todo indissociável, e essa união
de destinos torna-se cada vez mais clara à medida que se avança em descobertas, invenções e apreensão ou desenvolvimento do saber.
Mas o saber em si, como a internet e como qualquer ferramenta, pode ser usado com bons ou maus propósitos.
Daí a importância da Ética.
Como já tratado neste curso, os princípios éticos podem ser seguidos por todos e nas mais
prosaicas e banais atividades cotidianas e também nas decisões estratégicas nacionais e mundiais.
No Brasil dos últimos anos, tem havido incontestáveis avanços nas leis e na penalização de atos
contra a vida e o bem público. As manchetes de jornais e os protestos em grupo ou individuais
contra essas transgressões e esses transgressores demonstram que a cultura brasileira, um dia já
considerada tão somente cordial e conciliadora, tem a capacidade de se indignar e de exigir seus
direitos, e que estes sejam respeitados por aqueles que os representam ou que administram a res
publica, a coisa pública, o patrimônio de todos. 
Lembremos sempre que a vida é o bem mais precioso; por isso é a principal guardiã e o principal objetivo da Ética.
E que a vida e a Ética, não existem apenas nas aulas de biologia ou de filosofia. Querendo sempre se expressar, elas estão, o tempo todo, em cada um
de nós.
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Exercícios de Fixação - Módulo III
Parabéns! Você chegou ao final do primeiro do curso Ética e Administração Pública.
Sugerimos que você faça uma releitura do Módulo III e resolva os Exercícios de Fixação, que o resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá
como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a correção imediata das suas respostas!
Porém, não esqueça de realizar a Avaliação final do curso, que encontra-se no Módulo de Conclusão. Lembramos que é por meio dela que você pode
receber a sua certificação de conclusão do curso.
Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui.
http://saberes.interlegis.leg.br/mod/quiz/view.php?id=12523

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