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Higiene Ocupacional Engenheiro de Segurança do Trabalho Alexandros Leonidas Aravanis ...No mundo tereis aflições, tende bom ânimo, eu venci o mundo... Conteúdo 1. Introdução aos agentes de risco ................................................................................................ 1 1.2 São caracterizadas as atividades de risco grave e iminente: ............................................... 4 2. Ruído .......................................................................................................................................... 4 2.1 Conceitos do Som................................................................................................................. 4 2.2 Efeitos do Ruído ................................................................................................................... 7 2.3 Anexo I – Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente .............................. 9 2.4 Dose diária de Ruído: ......................................................................................................... 10 3. NHO 01 – Procedimento técnico para avaliação de exposição ocupacional ao ruído contínuo ou intermitente ............................................................................................................................ 12 3.1 Avaliação NHO 01- Ruído Contínuo ................................................................................... 13 3.2 Utilizando o medidor portado pelo avaliador (Decibelímetro) ......................................... 14 4. Anexo 2 – Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto para NR-15 .................................... 16 5. NHO 01 – Procedimento técnico para avaliação de exposição ocupacional ao ruído de Impacto ........................................................................................................................................ 17 5.1 Procedimentos de Avaliação Segundo a NHO 01 para ruído de Impacto e contínuo ....... 18 6. Cálculo para o Ruído Contínuo segundo a NR-15 (insalubridade) ........................................... 19 6.1 Cálculo para o Ruído Contínuo segundo a NHO-01 para aposentadoria especial ............ 20 6.3 Utilizando medidor integrador portado pelo avaliador (deve-se calcular o nível médio de cada ciclo)................................................................................................................................. 21 7. Protetor Auditivo Ideal para Proteção do Trabalhador ........................................................... 23 8. Anexo 3 – Limites de Tolerância para Exposição ao Calor ....................................................... 24 8.2 Medidas de conforto térmico poderá ser ventilação, chillers, ar condicionado e isolação da fonte de calor. ..................................................................................................................... 31 8.3 Mais equipamentos de Medição ....................................................................................... 31 9. NHO – 06 Avaliação da exposição ocupacional ao calor ......................................................... 32 9.1 Cálculo do IBUTG ................................................................................................................ 33 9.2 Aclimatização ..................................................................................................................... 36 9.3 Vestimentas ....................................................................................................................... 37 9.4 Reconhecimento dos locais e das condições de trabalho ................................................. 37 9.5 Conduta do avaliador baseado na NHO-06 ....................................................................... 38 9.6 Procedimentos de Avaliação baseado na NHO-06 ............................................................ 38 9.7 Medidas Preventivas .......................................................................................................... 40 9.7 Aposentadoria Especial para o Risco Calor ........................................................................ 41 10. Anexo 4 Iluminação (Revogado) ............................................................................................ 41 11. NHO-11 Procedimento técnico para avaliação dos níveis de iluminamento nos locais de trabalho ........................................................................................................................................ 42 11.1 Anexo 1 da NHO-11 Procedimento para determinação da iluminância média. ............. 44 11.2 Anexo 2 da NHO-11 Aspectos a serem verificados na análise preliminar ...................... 47 12. Anexo -5 Radiações Ionizantes .............................................................................................. 48 12.1 Norma CNEN NN 3.01 Resolução 164/14 DIRETRIZES BÁSICAS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA ........................................................................................................................... 48 12.2.1 Limitação de dose individual..................................................................................... 51 12.2.2 Planos de emergência ............................................................................................... 52 12.2.3 Medição da dose para monitoração individual do trabalhador ............................... 52 13. NHO-5 Avaliação da Exposição Ocupacional aos Raios X nos Serviços de Radiologia........... 54 13.1 Procedimentos de Avaliação ............................................................................................ 55 13.2 Medição da Radiação Primária ........................................................................................ 57 13.3 Medição da Radiação Secundária .................................................................................... 58 13.4 Medição da Radiação de Fuga ......................................................................................... 58 13.4 Leituras Realizadas em Modo Taxa de Exposição ............................................................ 59 13.5 Leituras Realizadas em Modo Integrador ........................................................................ 59 13.6 Calculo para radiações primárias e secundárias .............................................................. 60 13.7 Calculo para radiações de fuga ........................................................................................ 60 13.8 Limites de Tolerância ....................................................................................................... 61 13.9 Insalubridade para radiações Ionizantes ou Periculosidade?.......................................... 61 13.10 Aposentadoria Especial para Radiações Ionizantes ....................................................... 61 14. Anexo 6 – ................................................................................................................................ 61 14.1 Trabalho sob condições Hiperbáricas .............................................................................. 61 14.2 Trabalho sob condições hiperbáricas (trabalhos Submersos) ......................................... 66 14.3 Aposentadoria Especial para pressões hiperbáricas ....................................................... 67 15. Anexo 7- Radiações não ionizantes........................................................................................ 68 15.1 Ocorrência e Fontes de Radiação Ultravioleta ................................................................ 69 15.1.2 Insalubridade para fontes de radiação ultravioleta.................................................. 72 15.2 Laser ................................................................................................................................. 72 15.2.1 Insalubridade parafontes de laser ........................................................................... 74 15.3 Infravermelho .................................................................................................................. 74 15.4 Micro-ondas ..................................................................................................................... 74 15.4.1 Insalubridade para fontes de Micro-ondas............................................................... 75 15.5 Aposentadoria Especial para Radiações não Ionizantes .................................................. 75 16. Anexo 8- Vibração .................................................................................................................. 75 16.1 NHO-10 Avaliação da exposição ocupacional a vibrações em mãos e braços ................ 77 16.1.1Conceitos.................................................................................................................... 77 16.1.2 Abordagem dos locais e das condições de trabalho ................................................. 80 16.1.3 Análise preliminar da exposição ............................................................................... 80 16.1.4 Avaliação quantitativa da exposição......................................................................... 81 16.1.5 Obtenção de arepi , Ti , ni ......................................................................................... 83 16.1.6 Calibração dos equipamentos................................................................................... 85 16.1.7 Antes de iniciar a medição ........................................................................................ 85 16.1.8 Procedimentos Específicos em atividades que utilizam ferramentas percussivas ou rotopercussivas .................................................................................................................... 86 16.1.9 Exemplo de aplicação da norma ............................................................................... 86 16.1.10 Medidas Preventivas ............................................................................................... 89 16.1.11 Medidas corretivas.................................................................................................. 89 16.2 Aposentadoria Especial para Vibrações de Mãos e Braços ............................................. 90 16.3 NHO-9 Avaliação da exposição ocupacional a vibrações de corpo inteiro ...................... 90 16.4 Procedimentos de avaliação ............................................................................................ 93 16.5 Avaliação Preliminar ........................................................................................................ 93 16.6 Procedimento de Avaliação Quantitativo ........................................................................ 94 16.8 Medidores de Vibração .................................................................................................... 96 16.9 Exemplo de aplicação da norma ...................................................................................... 97 16.10 Medidas preventivas .................................................................................................... 105 16.11 Medidas Corretivas ...................................................................................................... 105 16.12 Alternativa para avaliação da vibração ........................................................................ 106 16.13 Aposentadoria Especial para Vibrações de Corpo Inteiro ........................................... 106 17. Anexo -9 Frio ........................................................................................................................ 106 17.1 Aposentadoria Especial .................................................................................................. 108 18. Anexo 10 - Umidade ............................................................................................................. 108 18.1 Aposentadoria especial .................................................................................................. 109 19. Anexo 11 - AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA NO LOCAL DE TRABALHO .................................................................................................................................. 109 19.1 Avaliação ........................................................................................................................ 111 20. NHO-03 Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados sobre Filtro de Membrana .................................................................................................................................. 112 20.1 Materiais ........................................................................................................................ 113 20.2 Procedimentos de Laboratórios ..................................................................................... 114 20.3 Procedimentos de Avaliação .......................................................................................... 114 20.4 Pesagem dos filtros antes da coleta: ............................................................................. 115 20.5 Resultados ...................................................................................................................... 116 21. NHO-07 Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método de Bolha de Sabão .................................................................................................................................................... 118 21.1 Materiais ........................................................................................................................ 120 21.2 Procedimentos de Calibração ........................................................................................ 122 21.3 Calibradores Eletrônicos ................................................................................................ 124 22. NHO 08 Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho .................................................................................................................................................... 125 22.1 Procedimentos ............................................................................................................... 126 22.2 Na análise de risco: ........................................................................................................ 127 22.4 Planejar a Coleta ............................................................................................................ 128 22.5 Tempo de Coleta ............................................................................................................ 129 22.6 Seleção do Filtro de Membrana ..................................................................................... 130 22.7 Separador de Particulas ................................................................................................. 131 22.8 Bomba de Amostragem: ................................................................................................ 132 22.9 Calculos .......................................................................................................................... 133 23. NHO-04 Método de Ensaio: Método de Coleta e a Análise de Fibras Em Locais de Trabalho .................................................................................................................................................... 134 23.1 Interferências ................................................................................................................. 136 23.2 Cálculo do tempo recomendado para coleta de amostras, para o atendimento da faixa desejável de densidade de fibras sobre o filtro .....................................................................136 23.3 Montagem dos Porta-filtros........................................................................................... 137 23.4 PROCEDIMENTO DE COLETA .......................................................................................... 138 23.5 Transporte das Amostras ............................................................................................... 139 23.6 Resultados ...................................................................................................................... 140 24. NHO-02 Análise qualitativa da fração volátil (Vapores Orgânicos) em colas, tintas e vernizes por Cromatografia Gasosa/Detector de Ionização de Chama ................................................... 140 24.1 Coleta no Local de Trabalho ........................................................................................... 140 25. Valores de Referência para ACGIH ....................................................................................... 142 25.1 Valor de Referência para Ambientes de Trabalho (VRAT) ............................................. 142 25.2 Misturas – efeito combinado ou aditivo Conforme orientação da ACGIH (2012)......... 143 25.3 Carcinogênicos ............................................................................................................... 143 26. Outros Instrumentos utilizados para medições e controle nos ambientes de trabalho. .... 145 26.1 Tubos Colorimétricos ..................................................................................................... 145 26.2 Tubo de Carvão Ativado ou sílica gel ............................................................................. 146 26.3 Monitores Passivos ........................................................................................................ 147 27. Aposentadoria Especial para os agentes Químicos do Anexo 11 e 13 ................................ 148 28. Anexo 12 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS (insalubridade de grau máximo) ..................................................................................................................................... 149 28.1 Asbestos ......................................................................................................................... 149 28.1.1 Aposentadoria Especial ........................................................................................... 152 28.2 Manganês e seus Compostos ......................................................................................... 152 28.2.1 Aposentadoria Especial ........................................................................................... 153 28.3 Sílica Livre Cristalizada ................................................................................................... 153 28.3.1 Aposentadoria Especial ............................................................................................... 155 29. Anexo -13 Agentes Químicos ............................................................................................... 155 29.1 Arsênico.......................................................................................................................... 155 29.2 Carvão ............................................................................................................................ 156 29.3 Chumbo .......................................................................................................................... 156 29.4 Cromo ............................................................................................................................. 156 29.5 Fósforo ........................................................................................................................... 157 29.6 Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono ........................................................ 157 29.7 Mercúrio ......................................................................................................................... 157 29.8 Silicatos .......................................................................................................................... 157 29.10 Substâncias Cancerígenas ............................................................................................ 158 29.11 Operações Diversas ...................................................................................................... 158 29.11 Aposentadoria Especial ................................................................................................ 159 30. Anexo 13 – A Benzeno (Grau Máximo) ................................................................................ 159 30.1 Responsabilidades .......................................................................................................... 160 30.2 Programa de Prevenção a Exposição Ocupacional ao Benzeno - PPEOB ...................... 160 30.3 Avaliação ........................................................................................................................ 162 30.4 Sinalização das Áreas ..................................................................................................... 164 30.5 Procedimentos de Emergência ...................................................................................... 164 30.6 Aposentadoria Especial .................................................................................................. 164 31. Anexo 14 – Agentes Biológicos ............................................................................................ 165 31.1 Insalubridade de grau máximo Trabalho ou operações, em contato permanente com agente biológico: .................................................................................................................... 165 31.2 Insalubridade de grau médio Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em: ............................................. 165 32. Disposições Gerais ............................................................................................................... 166 32.1 Ementa: adicional de insalubridade. exposição intermitente. súmula 47 do TST ......... 166 33. Atividades que envolvem adicional de periculosidade no ambiente de trabalho .............. 166 33.1 Introdução ...................................................................................................................... 167 33.2 Anexos - 1 Atividades e Operações Perigosas com Explosivos ...................................... 168 33.2.1 Aposentadoria Especial para Explosivos ................................................................. 170 33.3 Anexos – 2 Atividades com Operações Perigosas com Inflamáveis .............................. 170 33.3.1 Aposentadoria Especial ........................................................................................... 173 33.4 Anexo 3 – Atividades e Operações Perigosas com Exposição a Roubos ou Outras Espécies de Violência Física nas Atividades Profissionais de Segurança Pessoal ou Patrimonial ................................................................................................................................................ 173 33.4.1 Aposentadoria Especial ........................................................................................... 174 33.5 Anexo 4 – Atividades e Operações Perigosas com Energia Elétrica .............................. 174 33.5.1 Aposentadoria Especial ........................................................................................... 175 33.6 Anexo 5 – Atividades Perigosas em Motocicletas ......................................................... 176 33.6.1 Aposentadoria Especial ........................................................................................... 176 33.7 Anexo * – Radiações Ionizantes .....................................................................................176 33.7.1 Aposentadoria Especial ........................................................................................... 177 34. NR-6 Equipamentos de proteção individual para atividades de risco ................................. 178 34.1 Introdução ...................................................................................................................... 178 34.2 Dados do EPI .................................................................................................................. 179 34.3 Obrigações do Empregador ........................................................................................... 179 34.4 Obrigações do Empregado ............................................................................................. 180 34.5 Obrigações do fabricante e importador ........................................................................ 180 34.6 Obrigações do Órgão nacional ....................................................................................... 180 34.7 Obrigações do órgão Regional ....................................................................................... 181 34.8 CA Certificado de Aprovação ......................................................................................... 181 34.9 Anexo 1 .......................................................................................................................... 181 35. NR-25 Resíduo Industriais .................................................................................................... 194 36. Proteções Coletivas .............................................................................................................. 196 36.1 Ruído .............................................................................................................................. 196 36.2 Calor ............................................................................................................................... 197 36.3 Radiações Ionizantes ...................................................................................................... 199 36.4 Radiações não ionizantes ............................................................................................... 199 36.5 Vibração ......................................................................................................................... 200 36.7 Agentes Químicos .......................................................................................................... 200 37. Reconhecimento e Análise de Riscos ................................................................................... 201 37.1 Outras técnicas de Identificação de Riscos .................................................................... 204 37.1.1 Mapa de Riscos ....................................................................................................... 204 37.1.2 Diagrama de Pareto ................................................................................................ 205 37.1.3 Fluxogramas ............................................................................................................ 206 37.2 Técnicas para Análise de Risco ....................................................................................... 207 37.2.1 Analise Preliminar de Riscos ................................................................................... 207 37.2.2 Análise de Modos de Falha e Efeito (AMFE) ........................................................... 208 37.2.3 Técnica de Incidentes Críticos (TIC) ........................................................................ 210 37.2.4 Analise de Arvore de Falhas (AAF) .......................................................................... 210 37.2.5 Estudo de Identificação de Perigos e Operacionalidade (HAZOP).......................... 212 37.2.6 Diagrama de Causa e Efeito (Ishikawa) ................................................................... 214 37.2.7 Diagrama de Árvore ................................................................................................ 216 37.2.8 Análise de Matriz das Interações ............................................................................ 217 38. Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho ....................................................... 218 38.1 LTCAT: Temporalidade ................................................................................................... 219 38.2 LTCAT coletivo ou individual .......................................................................................... 219 38.3 LTCAT documentos aceitos ............................................................................................ 220 38.4 LTCAT ruído .................................................................................................................... 220 38.5 LTCAT os agentes nocivos .............................................................................................. 220 38.6 LTCAT para agentes cancerígenos ................................................................................. 228 38.7 Recolhimento da FAE ..................................................................................................... 229 38.8 LTCAT modelo ................................................................................................................ 229 39. Perfil Profissional Previdenciário PPP .................................................................................. 232 39.1 Modelo de PPP ............................................................................................................... 233 40. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA .......................................................... 234 40.1 Nova NR-9 AGENTES AMBIENTAIS ................................................................................. 234 40.1.1 Objetivo ....................................................................................................................... 234 40.1.2 Campo de Aplicação .................................................................................................... 234 40.1.3 Identificação e Avaliação da Exposição aos Agentes Ambientais ............................... 234 40.1.4 Avaliação das Exposições aos Agentes Ambientais .................................................... 235 40.1.5 Medidas de Prevenção e Controle das Exposições ..................................................... 236 40.2 NR-9 Antiga Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA ................................ 238 40.2.1 Abrangência ................................................................................................................ 238 40.2.2 Da estrutura do PPRA.................................................................................................. 239 40.2.3 Do desenvolvimento do PPRA. ................................................................................... 240 40.2.3.1 Antecipação ......................................................................................................... 241 40.2.3.2 Reconhecimento .................................................................................................. 241 40.2.3.3 Avaliação Quantitativa ......................................................................................... 241 40.2.3.4 Medidas de Controle............................................................................................ 242 40.2.3.5 Do monitoramento .............................................................................................. 244 40.2.3.6 Do registro de dados. ........................................................................................... 244 40.2.4 Das responsabilidades. ............................................................................................... 244 40.2.5 Anexo 1: Avaliação da Vibração ..................................................................................245 40.2.6 Anexo 2 Exposição ocupacional ao benzeno em postos revendedores de combustíveis ................................................................................................................................................ 245 40.2.6.1 Responsabilidades................................................................................................ 245 40.2.6.2 Dos Direitos dos Trabalhadores ........................................................................... 246 40.2.6.3 Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA .................................... 246 40.2.6.4 Da Capacitação dos Trabalhadores ...................................................................... 246 40.2.6.5 Do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO .................. 246 40.2.6.6 Da Avaliação Ambiental ....................................................................................... 247 40.2.6.7 Ambiente de Trabalho ......................................................................................... 247 41. PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E SAÚDE OCUPACIONAL ............................................ 249 41.1 Objetivo .......................................................................................................................... 249 41.2 CAMPO DE APLICAÇÃO .................................................................................................. 249 41.3 Diretrizes ........................................................................................................................ 249 41.4 das Responsabilidades ................................................................................................... 250 41.4.1 Compete ao empregador: ....................................................................................... 250 41.4.2 Compete ao médico ................................................................................................ 251 41.4.3 Os exames ............................................................................................................... 251 41.5 Prontuário médico ......................................................................................................... 256 41.6 Planejamento e relatório analítico do PCMSO .............................................................. 257 42. Substâncias Ototóxicas ........................................................................................................ 261 1 Higiene Ocupacional AGENTES DE RISCO AMBIENTAIS Agentes Químicos, físicos e biológicos e a NR-15 1. Introdução aos agentes de risco Insalubridade: Palavra de origem latina (insalubris) que significa “o que faz mal a saúde” diferente de periculosidade que expõe a vida ao risco, a insalubridade expõe a saúde ao risco. A NR 15 identifica quais atividades são consideradas de risco com base na análise de determinados agentes físicos, químicos e biológicos; essas análises podem ser quantitativas ou qualitativas. Agentes Ergonômicos serão discutidos na NR-17 com base na análise de risco com foco na ergonomia. Análise qualitativa faz referência à identificação da existência do agente insalubre e como se dará os níveis de exposição em relação aos agentes, já a análise quantitativa é utilizada técnicas instrumentais para detecção e mensuração do agente insalubre, sendo, muitas vezes, estabelecido um limite de tolerância que pode ser com base na concentração, agentes químicos, ou intensidade de agentes físicos e biológicos. Após a análise dos agentes químicos, físicos e biológicos; as medidas de controle devem ser implementadas conforme estabelece a NR-9 no PPRA. Deve ser utilizado técnicas de identificação e análise de risco para implementação das medidas de controle estabelecidas na NR-9. Os agentes ambientais que devem ser identificados na NR9 (PPRA) e apresentam os limites de tolerância na NR-15 para caracterização de insalubridade e pode ser caracterizada a aposentadoria especial de alguns desses agentes com base nesses limites. Insalubridade pode ser comprovada por laudo de engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho no laudo técnico das condições ambientais (LTCAT) e compete autoridade regional em matéria de segurança do trabalho fixar o adicional de insalubridade. A eliminação de insalubridade só será caracterizada pela perícia do órgão competente em matéria de segurança do trabalho. 2 PS: O foco do LTCAT é previdenciário. Por isso é definir se a atividade enseja o financiamento da aposentadoria especial. A norma NR-15 é baseada na ACGIH que é uma instituição privada científica que avalia todos os anos os limites de exposição aos agentes físicos, químicos e biológicos. No entanto, a NR 15 não tem sofrido as atualizações que se comprometeu a sofrer durante sua criação. Sendo necessário profissionais da área buscar a ACGIH para realizar um controle de risco qualificado de higiene ocupacional. Para insalubridade, em algumas atividades, são necessárias as inspeções e avaliações com laudo no local de trabalho. O caso de radiações não ionizantes, vibração, Frio e Umidade. (Anexo 7, 8, 9 e 10). A vibração, agente físico com limite de tolerância de intensidade, requer visita técnica e laudo, porém com necessidade de análise quantitativa, assim como outros agentes acima dos limites de tolerância que estão nos anexos: Ruído, ruído de impacto, Calor, radiações ionizantes e alguns agentes químicos. (Anexos 1, 2, 3, 5, 11 e 12). Agentes que a atividade estabelece insalubridade: hiperbáricas, agentes químicos do anexo 13 e agentes biológicos. (Análise qualitativa: anexos 6, 13 e 14). Limite de tolerância é estabelecido para aqueles agentes de análise quantitativa cujo qual é estabelecido um valor mínimo para não caracterização da insalubridade, ou seja, um valor limite de exposição a determinado agente. Podem ser avaliações de curto prazo de exposição para alguns agentes, e para outros de longo prazo. A figura abaixo apresenta os graus de insalubridade para os agentes dos anexos desta norma: Outras considerações: É proibido o trabalho em condições insalubres para menores de 18 anos Art. 7 da CF e Art. 405 da CLT. É proibida a condição de trabalho noturno e perigoso também aos menores de 18 anos. 3 Exercício simultâneo de atividades insalubres será considerado a atividade com agente de exposição de maior grau de risco para o acréscimo salarial, sendo vedada a acumulação de adicionais em função de outro agente de menor grau. Periculosidade e insalubridade também não se acumulam, trabalhador terá que escolher qual benefício receberá. Ex: Trabalhador exposto a agente biológico de grau máximo 40% e a umidade 20% O Salário desse trabalhador será de 1000 reais. No final ele receberá 1000 + 40%X 968 (salário mínimo) que é igual a 1387 reais. Os 20% não entram na base do calculo. Obs: Medidas de controle estão acima no grau de hierarquia, as medidas administrativas aparecem em seguida e por fim os EPIs. Medidas de controle e medidas administrativas são de caráter coletivo EPC. Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional devido aos empregados expostos à insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização. A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de avaliação pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador. ➢ Atenção 4 É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho, através das DRTs, a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar atividade insalubre.Isso não prejudica a ação fiscalizadora do MTb nem a realização ex-officio da perícia, quando solicitado pela Justiça, nas localidades onde não houver perito. 1.2 São caracterizadas as atividades de risco grave e iminente: 1. Ruído contínuo ou intermitente superior a 115db sem a devida proteção 2. Ruído de impacto superior a 140db (Linear) medidos no circuito de resposta impacto sem a devida proteção 3. Ruído de Impacto superior a 130db (C) medidos no circuito de resposta FAST 4. Trabalho sobre condições hiperbáricas que não segue qualquer uma das diretrizes legais estabelecidos nesta norma. 5. Ambientes nos quais a presença de asfixiantes simples e concentração de oxigênio abaixo de 18% em volume. 6. Situação nas quais o valor de concentração ultrapassa aquele valor máximo estabelecido na norma. 7. Atividades com processos químicos carcinogênicos não hermetizados. 2. Ruído Presente no Anexo 1 e 2 da norma. É um dos principais agentes físicos presentes nas atividades econômicas em que pese notória subnotificação de casos de doenças ocupacionais. Os efeitos dependem do tempo de exposição e a intensidade sonora assim como a suscetibilidade individual de cada pessoa. Alguns trabalhadores podem ser afetados por ruídos abaixo do limite de tolerância estabelecido em norma, por isso a necessidade dos exames audiométricos do PCMSO e implementação de programa de conservação auditiva (PCA) onde são estabelecidas as medidas de avaliação e controle dos agentes de ruído, assim como a avaliação dos resultados dos exames médicos para verificar se as medidas de controle estão surtindo o efeito esperado. A perda auditiva induzida por ruído pode ser de forma gradual e também irreversível. 2.1 Conceitos do Som O Som é uma onda longitudinal tridimensional provocada por uma variação da pressão atmosférica muito rápida, capaz de sensibilizar os ouvidos. Para estimular os ouvidos apenas as frequências de 20Hz e 20000Hz. Inferiores a 20Hz é infrassom e superiores a 20000Hz é ultrassom. O ruído é a percepção subjetiva desagradável do som, músicas agradáveis que as pessoas sentem prazer em escutar a partir de um conceito mais abrangente não devem ser consideradas ruído. 5 Como o ouvido humano pode detectar uma gama muito grande de pressão sonora, que vai de 20 μPa até 200 Pa (Pa = Pascal), seria totalmente inviável a construção de instrumentos para a medição da pressão sonora. Para contornar esse problema, utiliza-se uma escala logarítmica de relação de grandezas, o decibel (dB). O decibel não é uma unidade, e sim uma relação adimensional definida pela seguinte equação: L=20xlog(P/P0) L = nível de pressão sonora (dB) Po = pressão sonora de referência, por convenção, 20 μPa P= Pressão sonora encontrada no ambiente (Pa) Moral da história: 5db + 5db não é 10db, pois não é linear a escala logarítmica. A seguir, é apresentada uma ilustração comparativa entre situações práticas de ruído e seus níveis. 6 Sendo o ruído energia, pode-se estabelecer uma avaliação a partir desse conceito. Matematicamente podemos escrever: 7 NIS = 10 x log10 (I/I0) Onde: • I é a intensidade física absoluta do som; • I0 é a intensidade do som correspondente ao limiar da percepção (I0 = 10-16 w/cm2) ou NIS = 20 x log10 (P/P0) Para realizar a soma de dois níveis sonoros em dB, pode-se utilizar o nomograma abaixo: Para utilizá-lo, encontre a diferença entre os dois na escala superior e leia o valor correspondente na escala inferior. Este deverá ser adicionado ao maior valor dos dois valores considerados para se obter o valor resultante. Observe que, qualquer que seja o nível, o máximo acréscimo será de 3 dB, que ocorre quando os dois valores são iguais. Exemplo: 20dB + 20dB = 23dB (20-20=0 e 0=3) 2.2 Efeitos do Ruído • Dificuldade de concentração e distração; • Irritação pela superposição de sons de diferentes origens; • Alterações nas relações interpessoais; • Baixos níveis de motivação; • Dificuldade de comunicação oral; • Tensão e nervosismo; • Perda da audição; • Fora do ambiente de trabalho, o ruído interfere em atividades como o sono, conversação, relaxamento, concentração, que causam impacto psicológico, podendo prejudicar a saúde mental. Abaixo alguns níveis de ruído estabelecidos pela ABNT: 8 NBR – 10152 Níveis de ruído para conforto acústico • Estabelece os valores de conforto em decibel dos ruídos NBR – 10151 Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade – Procedimento • Norma estabelece os parâmetros necessários para medição do ruído em áreas habitadas Os medidores de ruído dispõem de um computador para as velocidades de respostas, de acordo com o tipo de ruído a ser medido. A diferença entre tais posições está no tempo de integração do sinal, ou constante de tempo. • “slow” — resposta lenta – avaliação ocupacional de ruídos contínuos ou intermitentes, avaliação de fontes não estáveis. (Valor máximo de 115db para risco grave iminente) • “fast” — resposta rápida — avaliação ocupacional legal de ruído de impacto (com ponderação dB (C)); (Valor máximo 130dB para risco grave iminente) • “impulse” — resposta de impulso — para avaliação ocupacional legal de ruído de impacto (com ponderação linear); (valor máximo de 140dB para risco grave iminente). 9 2.3 Anexo I – Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente Definição de ruído contínuo se dá por exclusão, ou seja, todo ruído que não é de impacto. Ruído de Impacto segundo o anexo II é todo ruído de picos de energia acústica duração inferior a 1 segundo e intervalos de tempo superiores a 1 segundo. No anexo I há uma tabela que correlaciona os limites de tolerância de exposição ao ruído de acordo com a carga horária diária. Quanto maior o ruído, menor o tempo de exposição diário. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados no Quadro deste anexo. Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. 10 2.4 Dose diária de Ruído: Se durante a jornada de trabalho ocorrer dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados. Avaliação das múltiplas fontes geradoras de ruído as quais o trabalhador esta exposto diariamente. Cálculo dos efeitos combinados de cada ruído diferentes presentes na jornada de trabalho. A dose é um valor numérico adimensional; calculado por: (C1/T1)+(C2/T2)+(C3/T3)...+Cn/Tn; Dose = TEX/MEX C: Tempo que operador fica exposto a um nível de ruído; T: Máxima exposição diária para o nível de ruído; Valores abaixo de 85db não entram na formula. Valor de ação é 50% que é igual ou superior a 80dB. Ex: O trabalhador de um grupo homogêneo executa suas tarefas em três áreas distintas e os ruídos de cada estão expressos na tabela abaixo: Nível de Ruído (dB) Tempo de Exposição (Horas) Tempo Máximo de Exposição em horas segundo a tabela NR15 (horas) 86 4 7 88 3 5 90 1 4 Calculo: Dose = (4/7)+(3/5)+(1/4) = 1,42 Logo a atividade é insalubre pois a dose é maior que 1. Esse método é utilizado principalmente quando a avaliação é realizada por decibelímetro. Os audiodosímetros possuem softwares que calculam os valores sozinhos a partir da fórmula. Os audiodosímetros são indicados principalmente quando há muitas fontes deruído. Grupos homogêneos são trabalhadores que estão sujeitos ao mesmo risco de forma igual e executam as mesmas atividades. O mesmo equipamento conhecido como audiodosímetro, ou dosímetro, de ruído também conhecido como medidor integrador de uso pessoal. (NHO 01) 11 Todas as leituras efetuadas de ambos os equipamentos devem ser executadas próximo ao ouvido do trabalhador. Dosímetro tem a vantagem de ser portátil e é carregado pelo colaborador ao longo do estabelecimento. Medições devem ser registradas e aparecer no LTCAT quando risco for identificado, não há necessidade de ensejar aposentadoria especial ou insalubridade para o risco estar presente no LTCAT. A presença do risco, já se faz necessária à declaração no LTCAT. Todas as atividades possuem ruído, porém apenas quando, segundo a percepção por parte do Engenheiro ou Médico, verificar que existe a possibilidade de aumento e danos à saúde do trabalhador devido a esse ruído. As normas adotadas para medição do ruído são (NR 15, NHO1 da fundacentro ou OSHA). NHO 01 estabelece a padronização de como deve ser realizada a medição no local de trabalho. Em caso de níveis de ruídos intermediários que não tem horário tabelado na NR 15 que é o caso do 97(dB) deve-se adotar o valor acima tabelado que é de 98 (dB) A soma de efeitos combinados de ruído para calculo da dose não tem significado algum em relação à soma de ruídos de duas fontes geradoras diferentes; A soma de dB de duas fontes geradoras diferentes é fundamental o conhecimento, principalmente para ter-se uma noção da necessidade de atenuação dos maiores ruídos que terá influência enorme tanto na dosimetria como no conforto do local de trabalho. Identificação de grupos de trabalhadores com a mesma exposição ao risco. (grupos Homogêneos). Avaliação deve cobrir todas as condições operacionais e ambientais do funcionário de determinado grupo homogêneo. O período de amostragem deve ser adequadamente escolhido e em caso de dúvida será necessário utilizar a totalidade do período de trabalho. Alguns casos, a avaliação poderá ser realizada em um tempo menor, principalmente quando o posto de trabalho for fixo. Medição deve ser realizada sem interferir nas condições ambientais do ambiente e medidores devem ser calibrados. 12 3. NHO 01 – Procedimento técnico para avaliação de exposição ocupacional ao ruído contínuo ou intermitente Procedimento técnico normativo publicado pela FUNDACENTRO em 2001 e tem por objetivo estabelecer os critérios e procedimentos para avaliação da exposição ocupacional ao ruído, que implique em risco potencial de surdez ocupacional. A norma estabelece que seja proposto procedimento para avaliação de ruído contínuo e intermitente, porém não será avaliado a questão de conforto acústico que está estabelecido na NBR- 10152. Segundo a norma: Ciclo de Exposição: conjunto de situações acústicas ao qual é submetido o trabalhador, em seqüência definida, e que se repete de forma contínua no decorrer da jornada de trabalho. Seria o tempo de exposição às fontes geradoras de ruídos em que o trabalhador esta exposto nas suas atividades individuais. Critério de Referência (CR): nível médio para o qual a exposição, por um período de 8 horas, corresponderá a uma dose de 100%. Isso significa que 100% da dose é 85dB em a 8 horas de exposição. Dose: parâmetro utilizado para a caracterização da exposição ocupacional ao ruído, expresso em porcentagem de energia sonora, tendo por referência o valor máximo da energia sonora diária admitida, definida com base em parâmetros preestabelecidos (q, CR, NLI). Dose Diária: dose referente à jornada diária de trabalho. Dosímetro de Ruído: medidor integrador de uso pessoal que fornece a dose da exposição ocupacional ao ruído. Grupo Homogêneo: corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição semelhante, de forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte do grupo seja representativo da exposição de todos os trabalhadores que compõem o mesmo grupo. As avaliações por grupo homogêneo podem tornar uma avaliação individual para coletiva do grupo. Incremento de Duplicação de Dose (q): incremento em decibéis que, quando adicionado a um determinado nível, implica a duplicação da dose de exposição ou a redução para a metade do tempo máximo permitido. O incremento de duplicação da dose para NR-15 é 5, para a NHO 01 é 3. Limite de Exposição (LE): parâmetro de exposição ocupacional que representa condições sob as quais acredita-se que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, sem sofrer efeitos adversos à sua capacidade de ouvir e entender uma conversação normal. Limite de Exposição Valor Teto (LE-VT): corresponde ao valor máximo, acima do qual não é permitida exposição em nenhum momento da jornada de trabalho. Medidor Integrador de Uso Pessoal: medidor que possa ser fixado no trabalhador durante o período de medição, fornecendo por meio de integração, a dose ou o nível médio. Nível de Ação: valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições ao ruído causem prejuízos à audição do trabalhador e evitar que o limite de exposição seja ultrapassado. 82dB para NHO-01 Obs. Para a NR-15 o valor é de 80dB, isso ocorre porque o incremento de duplicação da dose é 5 para NR-15 e 3 para NHO-01. 13 Nível Equivalente (Neq): nível médio baseado na equivalência de energia, definido pela expressão que segue: Neq = nível de pressão sonora equivalente referente ao intervalo de integração (T = t2 – t1) p(t) = pressão sonora instantânea p0 = pressão sonora de referência, igual a 20 µPa Nível de Exposição (NE): nível médio representativo da exposição ocupacional diária. Nível de Exposição Normalizado (NEN): nível de exposição, convertido para uma jornada padrão de 8 horas diárias, para fins de comparação com o limite de exposição. Nível Limiar de Integração (NLI): nível de ruído a partir do qual os valores devem ser computados na integração para fins de determinação de nível médio ou da dose de exposição que é 80dB. Nível Médio (NM): nível de ruído representativo da exposição ocupacional relativo ao período de medição, que considera os diversos valores de níveis instantâneos ocorridos no período e os parâmetros de medição predefinidos. Zona Auditiva: região do espaço delimitada por um raio de 150 mm ± 50 mm, medido a partir da entrada do canal auditivo. 3.1 Avaliação NHO 01- Ruído Contínuo O critério de referência (CR) que embasa os limites de exposição diária adotados para ruído contínuo ou intermitente corresponde a uma dose de 100% para exposição de 8 horas ao nível de 85 dB(A). O critério de avaliação considera, além do critério de referência, o incremento de duplicação de dose (q) igual a 3 e o nível limiar de integração (NLI) igual a 80 dB(A). A avaliação da exposição ocupacional ao ruído contínuo ou intermitente deverá ser feita por meio da determinação da dose diária de ruído ou do nível de exposição. Esses parâmetros são totalmente equivalentes, sendo possível, a partir de um obter-se o outro, mediante as expressões matemáticas que seguem: onde: NE = nível de exposição D = dose diária de ruído em porcentagem 14 TE = tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho. A avaliação deve ser realizada utilizando-se medidores integradores de uso pessoal, fixados no trabalhador. Na indisponibilidade destes equipamentos, a norma oferece procedimentos alternativos para outros tipos de medidores integradores ou medidores de leitura instantânea, não fixados no trabalhador. (decibelímetro). No entanto, as condições de trabalho que apresentem dinâmica operacional complexa, como, por exemplo, a condução de empilhadeiras, atividades de manutenção, entre outras, ou que envolvam movimentação constante do trabalhador,não deverão ser avaliadas por esses métodos alternativos. A determinação da dose de exposição ao ruído deve ser feita, preferencialmente, por meio de medidores integradores de uso pessoal (dosímetros de ruído). Neste caso o limite de exposição ocupacional diário ao ruído contínuo ou intermitente corresponde a dose diária igual 100% que é 85dB. O nível de ação para a exposição ocupacional ao ruído é de dose diária igual a 50% que é 82dB. O limite de exposição valor teto para o ruído contínuo ou intermitente é 115 dB(A). Acima de 115dB o trabalhador não poderá ser exposto ao ruído sem proteção de acordo com a NR-15. O Nível de Exposição - NE é o Nível Médio representativo da exposição diária do trabalhador avaliado. Para fins de comparação com o limite de exposição, deve-se determinar o Nível de Exposição Normalizado (NEN), que corresponde ao Nível de Exposição (NE) convertido para a jornada padrão de 8 horas diárias. O Nível de Exposição Normalizado - NEN é determinado pela seguinte expressão: NE = nível médio representativo da exposição ocupacional diária; TE = tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho; Neste critério o limite de exposição ocupacional diária ao ruído corresponde a NEN igual a 85 dB(A), e o limite de exposição valor teto para ruído contínuo ou intermitente é de 115 dB(A). Para este critério considera-se como nível de ação o valor NEN igual a 82 dB(A). Observação: Para avaliar o NEN conforme a NR-15para critério de insalubridade deve se utilizar um multiplicador na forma para altera o índice de incremento da dose para q=5. Desse modo a formula para o calculo fica: 𝑁𝐸𝑁 = 𝑁𝐸 + 16,61log( 𝑇𝑒 480 ) 3.2 Utilizando o medidor portado pelo avaliador (Decibelímetro) Na impossibilidade da utilização de medidores integradores de uso pessoal, poderão ser utilizados medidores portados pelo avaliador. Neste caso a dose diária pode ser determinada por meio da seguinte expressão: 15 onde: Cn = tempo total diário em que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico. Tn = tempo máximo diário permissível a este nível, segundo a Tabela l da NHO 01. Exposições a níveis inferiores a 80 dB(A) não serão consideradas no cálculo da dose. Quando a exposição for a um único nível de ruído o cálculo da dose diária também é feito utilizando a expressão apresentada, ou seja, simplesmente dividindo "C1" por "T1". Abaixo é apresentada a tabela do nível de exposição do ruído e o tempo máximo de exposição para cada intensidade Sonora segunda a NHO 01. Nível de ruídodB(A) Tempo máximo diário permissível (Tn) (minutos) 80 1.523,90 81 1.209,52 82 960,00 83 761,95 84 604,76 85 480,00 86 380,97 87 302,38 88 240,00 89 190,48 90 151,19 91 120,00 92 95,24 93 75,59 94 60,00 95 47,62 96 37,79 97 30,00 98 23,81 99 18,89 100 15,00 16 101 11,90 102 9,44 103 7,50 104 5,95 105 4,72 106 3,75 107 2,97 108 2,36 109 1,87 110 1,48 111 1,18 112 0,93 113 0,74 114 0,59 115 0,46 A avaliação deverá sempre seguir os critérios da NHO com o incrimento de duplicação da dose q=3 para fins previdenciários, como por exemplo no LTCAT que é um laudo previdenciário e PPP. Essa avaliação estando abaixo do limite de tolerância de 85dB vai definir se o trabalhador terá direito sim ou não a aposentadoria especial. Agora, para questões trabalhistas de insalubridade é necessário utilizar o valor q=5 conforme a NR-15 e sua tabela de ruídos e limites de exposições. Tempo de serviço para aposentadoria especial em relação ao ruído é de 25 anos e a FAE irá gera um GILRAT de 6%. A Lei de Benefícios Previdenciários em seu art. 57, § 6º da lei 8.213/91, na redação dada pela lei 9.732/98, impõe ao empregador, como forma de financiar tal prestação, o acréscimo proporcional de contribuição, nos percentuais de 6, 9 ou 12%, de acordo com o tempo de aposentadoria especial aplicável ao caso, 25, 20 ou 15 anos, respectivamente. 4. Anexo 2 – Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto para NR-15 Ruído que apresenta pico de energia acústica inferior a 1 segundo em intervalos superiores a 1 segundo. Um exemplo pode ser os disparos de armas de fogo e explosões e detonações. Pode ocasionar trauma acústico, que é a perda temporária da audição decorrente do estrondo causador de ruído; acompanhado de zumbido imediato; pode ocorrer rompimento do tímpano, danos na cadeia ossicular e hemorragia. O circuito de resposta do medidor de ruído deve ser do tipo rápida (FAST), com 17 compensação “C”. Nos intervalos existentes do ruído de impacto, o ruído deve ser avaliado como contínuo e intermitente. O limite de tolerância é de 130 db (Linear/Impulse), caso o medidor não tenha capacidade de medir o circuito de resposta para impacto, será medido no modo (FAST) e o limite de tolerância será de 120 dB, bastando apenas um impacto com esses valores 130 db (Linear/impulse) ou 120 db (C) para que seja caracterizada insalubridade. Valores superiores a 140 db (Linear/impulse) e 130 db (FAST) (C) que exponha o trabalhador sem a proteção adequada é considerado operação de risco grave e iminente sujeito a interdição ou embargo. Mesmo caso se aplica a utilidade de um dosímetro para caso exista ruídos de impactos de diversas fontes diferentes ao longo da jornada de trabalho em diferentes setores onde o colaborador labora. Caso não exista diversas fontes diferentes poderá ser usado um decibelímetro. Avaliação de ruído de Impacto Circuito de Resposta rápida (FAST) com compensação C Circuito de resposta de impulso (linear) Limite de Tolerância 120dB 130dB Valor Máximo permitidoo 130dB 140dB 5. NHO 01 – Procedimento técnico para avaliação de exposição ocupacional ao ruído de Impacto A determinação da exposição ao ruído de impacto ou impulsivo deve ser feita por meio de medidor de nível de pressão sonora operando em "Linear" e circuito de resposta para medição de nível de pico. Neste critério o limite de exposição diária ao ruído de impacto é determinado pela expressão a seguir: Np = 160 - 10 Log n [dB] onde: Np=nível de pico, em dB(Lin), máximo admissível; n = número de impactos ou impulsos ocorridos durante a jornada diária de trabalho; A Tabela 2, obtida com base na expressão anterior, apresenta a correlação entre os níveis de pico máximo admissíveis e o número de impactos ocorridos durante a jornada diária de trabalho, extraída a partir da expressão de determinação do limite de exposição diária ao ruído de impacto. Tabela 2. Níveis de pico máximo admissíveis em função do número de impactos Np N Np N Np N 120 10000 127 1995 134 398 121 7943 128 1584 135 316 122 6309 129 1258 136 251 18 123 5011 130 1000 137 199 124 3981 131 794 138 158 125 3162 132 630 139 125 126 2511 133 501 140 100 Quando o número de impactos ou de impulsos diário exceder a 10.000 (n > 10.000), o ruído deverá ser considerado como contínuo ou intermitente. O limite de tolerância valor teto para ruído de impacto corresponde ao valor de nível de pico de 140 dB(Lin). O nível de ação para a exposição ocupacional ao ruído de impacto corresponde ao valor Np obtido na expressão acima, subtraído de 3 decibéis (Np - 3) dB. Isso significa que de acordo com a formula NP, dependendo do número de impactos eu terei um determinado valor como limite de tolerância e limite de ação. A NHO 01 não estabelece um valor fixo como limite de tolerância, diferentemente da NR-15, por isso deve ser usada o valor limite de tolerância estabelecido na NR-15 para fins de insalubridade. Como a NR-15 não estabelece um valor mínimo de números de impactos, o trabalhador sem proteção poderá ter direito ao adicional de insalubridade bastando apenas um impacto na jornada diária de trabalho. Ruído de impacto de acordo com o decreto 3048 não dá direito a aposentadoria especial, somente se houver maisque 10000 impusos diários, pois daí será considerado ruído contínuo e terá que ser acima de 85dB. 5.1 Procedimentos de Avaliação Segundo a NHO 01 para ruído de Impacto e contínuo A avaliação de ruído deverá ser feita de forma a caracterizar a exposição de todos os trabalhadores considerados no estudo. Identificando-se grupos de trabalhadores que apresentem iguais características de exposição - grupos homogêneos - não precisarão ser avaliados todos os trabalhadores. As avaliações podem ser realizadas cobrindo um ou mais trabalhadores cuja situação corresponda à exposição "típica" de cada grupo considerado. Havendo dúvidas quanto à possibilidade de redução do número de trabalhadores a serem avaliados, a abordagem deve considerar a totalidade dos expostos no grupo. O conjunto de medições deve ser representativo das condições reais de exposição ocupacional do grupo de objeto do estudo. Desta forma, a avaliação deve cobrir todas as condições, operacionais e ambientais habituais, que envolvem o trabalhador. Para que as medições sejam representativas da exposição de toda a jornada de trabalho é importante que o período de amostragem seja adequadamente escolhido. Se forem identificados ciclos de exposição repetitivos durante a jornada, a amostragem deverá incluir um número suficiente de ciclos. A amostragem deverá cobrir um número maior de ciclos, caso estes não sejam regulares ou apresentem níveis com grandes variações de valores. O Ciclo seria basicamente o seguinte: um trabalhador no início 19 da jornada executa suas atividades na prensa, após 2 horas vai para o moinho, fica 3 horas, e aí segue 2 horas na injetora. Dessa forma deve se executar a medição de ruído desse ciclo de exposição. No decorrer da jornada diária, quando o trabalhador executar duas ou mais rotinas independentes de trabalho, a avaliação da exposição ocupacional poderá ser feita avaliando-se, separadamente, as condições de exposição em cada uma das rotinas e determinando-se a exposição ocupacional diária pela composição dos dados obtidos. Havendo dúvidas quanto à representatividade da amostragem, esta deverá envolver necessariamente toda a jornada de trabalho. 6. Cálculo para o Ruído Contínuo segundo a NR-15 (insalubridade) Medidor de leitura instantânea: Um trabalhador executa suas atividade com ruído. Para realizar a medição foi utilizado um medidor de leitura instantânea por meio de n leituras seqüenciais colhidas a intervalos de tempo fixos e predefinidos, identificados por "At", de no máximo 15 segundos. A formula utilizada foi: NM = nível médio representativo da exposição do trabalhador avaliado ni = número de leituras obtidas para um mesmo nível assumido - NPSi n = número total de leituras [devem ser incluídas as leituras de valores abaixo de 80 dB(A)] NPSi = iésimo nível de pressão sonora assumido, em dB(A) [não devem ser incluídos os níveis de pressão sonora inferiores a 80 dB(A)] O medidor de leitura instantânea calibrado, com certificado já faz o calculo direto do Nível Médio facilitando o trabalho do avaliador. Porém os intervalos de leituras devem estar calibrados para serem realizados no máxímo a cada 15 segundos segundo para NHO 01. As medições foram relatadas conforme a tabela abaixo: XXXXXXX Ciclo de exposição Nível Médio de Ruído (NM) dB Tempo Real de Exposição diária (Hora) 1 83 1 2 87 2,5 3 90 2 4 93 1,5 5 95 1,5 20 Calculo da dose: Deve se utilizar a tabela do anexo 1 da NR-15 apresentada nesse material. Dose = C1/T1....Cn/Tn = +(2,5/6)+(2/4)+(1,5/2,666)+(1,5/2) = 2,23 A dose sendo maior que um já se conclui que o trabalhador esta em condições insalubres. Agora calculamos o NE 𝑁𝐸 = 10 log (( 480 𝑇𝑒𝑥 ) 𝑥 ( 𝐷 100 )) + 85 Tex é igual a 7,5 horas que foram os ruídos computados na dose que será igual a 450 minutos. O D é um valor inteiro, mas na fórmula do NE se deseja o % por isso o D é 2,23x100 = 223 NE =10log((480/450)x(223/100))+85 = 88,76 Agora Calculamos NEN para verificar a exposição diária para uma jornada de 8 horas: 𝑁𝐸𝑁 = 𝑁𝐸 + 16,61log( 𝑇𝑒𝑥 480 ) NEN = 88,76+16,61log(450/480) = 88,29dB O calculo do ruído diário é equivalente a 88,29dB para uma jornada de oito horas de trabalho. Dessa forma se estabelece que o trabalhador esta em condições insalubres. 6.1 Cálculo para o Ruído Contínuo segundo a NHO-01 para aposentadoria especial Apresentando o mesmo caso de trabalhador que no exemplo anterior: XXXXXXX Ciclo de exposição Nível Médio de Ruído (NM) dB Tempo Real de Exposição diária (Hora) 1 83 1 2 87 2,5 3 90 2 4 93 1,5 5 95 1,5 Calculo da dose: Deve se utilizar a tabela da NHO-01 apresentada nesse material. No caso da NHO-01 se considera o limite de exposição para 83dB. No caso, para NHO-01 se considera até 80dB no caso do calculo do valor da dose. Dose = C1/T1....Cn/Tn = +(1/12,69)+(2,5/6)+(2/4)+(1,5/2,666)+(1,5/2) = 2,308 Agora calculamos o NE 𝑁𝐸 = 10 log (( 480 𝑇𝑒𝑥 ) 𝑥 ( 𝐷 100 )) + 85 21 O Tex é 510 minutos, já que foi 8,5 horas de exposição. O D é um valor inteiro, mas na fórmula do NE se deseja o % por isso o D é 2,308x100 = 230,80 NE =10log((480/510)x(230,80/100))+85 = 88,36 Agora Calculamos NEN para verificar a exposição diária para uma jornada de 8 horas: 𝑁𝐸𝑁 = 𝑁𝐸 + 10log( 𝑇𝑒𝑥 480 ) NEN = 88,36+10log(510/480) = 88,62dB Logo o trabalhador terá direito a aposentadoria especial segundo a NHO-01. Percebe que com a fórmula utilizada para calculo do ruído segundo a NHO-01 o ruído dá levemente maior que o da NR-15. Isso pode acarretar na possibilidade, para ruídos com NEN próximos a 85dB de acordo com a NR-15, ser superiores a 85dB para NHO-01 dando ao trabalhador o direito a aposentadoria especial e não a insalubridade. A Atuação recomendada segundo a NHO é adoção de medidas preventivas e corretivas visando à redução da dose diária. A tabela abaixo menciona as medidas necessárias para atuação de acordo com o ruído. Dose diária (%) NEN dB(A) Consideração técnica Atuação recomendada 0 a 50 até 82 Aceitável no mínimo manutenção da condição existente 50 a 80 82 a 84 acima do nível de ação adoção de medidas preventivas 80 a 100 84 a 85 região de incerteza adoção de medidas preventivas e corretivas visando a redução da dose diária Acima de 100 > 85 acima do limite de exposição adoção imediata de medidas corretivas Os equipamentos utilizados na calibração dos medidores de nível de pressão sonora, devem atender às especificações da Norma ANSI S1.40-1984 ou IEC 942-1988. 22 6.3 Utilizando medidor integrador portado pelo avaliador (deve-se calcular o nível médio de cada ciclo) Quando a medição cobrir um período representativo da exposição ocupacional, o nível médio fornecido pelo medidor será representativo da exposição do trabalhador avaliado durante toda a sua jornada de trabalho, correspondendo ao nível de exposição. Se for determinada a fração de dose, esta deverá ser projetada para a jornada diária efetiva de trabalho. A dose será sempre relativa a toda jornada de trabalho. Quando forem utilizados medidores cujo tempo de integração seja prefixado e não cubra o período mínimo representativo da exposição, deverão ser seguidos os procedimentos complementares relacionados a seguir: • medições seqüenciais, cada uma com tempo de duração dentro do limite imposto pelo medidor (pode ser 10 segundos ou 15 segundos); • número de medições suficiente para cobrir um período representativo da exposição; • registro de todas as leituras das medições para permitir a determinação do nível médio ou da fração de dose relativos ao período avaliado, mediante a seguinte expressão matemática: NM = Nível médio representativo da exposição do trabalhador avaliado ni = número de leituras obtidas para um mesmo nível médio parcial assumido - NMi n = número total de leituras= n1 + n2 + ... + ni + ... + nn NPi = iésimo nível médio de pressão sonora assumido, em dB(A) Na análise da exposição ao ruído de um trabalhador no exercício de suas funções, identificou-se um ciclo de exposição que em média apresentou duração de 7 minutos e 50 segundos. O período de medição foi adotado visando cobrir 15 ciclos de exposição completos, de modo a garantir boa representatividade, perfazendo um total de 117 minutos e 30 segundos (7050 segundos). Dessa forma, foram feitas 705 leituras, uma leitura a cada dez segundos, cobrindo o intervalo total de 7050 segundos. Os dados obtidos são apresentados na tabela a seguir: Número igual de registros (I) NPSi Ni 1 < 80,0 188 2 83,5 3 3 84 7 4 85 21 23 5 85,5 38 6 86,5 42 7 88 53 8 88,5 47 9 89 52 10 90 75 1 1 90,5 65 12 91 53 13 92 27 14 95 17 15 98 12 16 99,5 5 Total de leituras = n 705 O NPSi é o nível de pressão sonora instantânea medida. Ni é referente a quantas vezes foi encontrada aquela pressão sonora específica instantânea. E n é o número de leituras. NE=10log[1/750(3 100,183,5 + 7 100,184,0 + 21100,185,0 +38100,185,5 + 42 100,186,5 + 53 100,188,0 + 47 100,188,5 + +52100,189,0 + 75 100,190,0 + 65 100,190,5 + 53 100,191,0 + +27100,192,0 + 17 100,195,0 + 12 100,198,0 + 5 100,199,5 )] Quando a medição cobrir um período representativo da exposição ocupacional, o nível médio, determinado pelo procedimento de cálculo apresentado anteriormente, será representativo da exposição do trabalhador avaliado durante toda a sua jornada de trabalho, correspondendo ao nível de exposição. NM = NE = 89dB NEN = NE + 10log(Tex/480) O Tex para os ciclos irá se repitir, por isso dá para se deduzir que Tex de 480 teremos um ruído de 89dB. Isso foi possível porque foram medidos todos os ciclos de exposição. NEN= 89 +16,6log(480/480) NEN = 89dB O mesmo vai valer para o calculo de acordo com a NHO 01. NEN= 89 +10log(480/480) NEN = 89dB Os aparelhos de medição de nível de pressão sonora integrado ao operador (dosímetros de ruído) apresentam o Neq que é o nível médio de exposição. Caso o Neq seja representativo de todos os 24 ciclos de exposição completos, teremos de forma direta o valor do NEN. A normalização só será realizada caso o trabalhador trabalhe acima das 8 horas diárias. 7. Protetor Auditivo Ideal para Proteção do Trabalhador O nível de redução do ruído (NRR) do protetor auditivo é o índice que poderíamos invocar de “nível de atenuação perfeita”, pois seu valor é computado em laboratórios, ou seja, em locais cujas condições são extremamente controladas por profissionais habilitados e capacitados. Ou melhor, em cabíveis condições ambientais para realizar uma análise. O valor do NRR está relacionado ao EPI utilizado como protetor auditivo com respectivo CA. Elucidando a importância do NRR, quanto maior o valor aferido, maior será a atenuação do protetor auditivo. Em situações práticas, isto é, in loco, sabe-se que essas “condições ideais” não se constatam habitualmente, conforme profere Silvio Bistafa (2011) em seu livro ‘Acústica Aplicada ao Ruído’. O Nível de Redução de Ruído não deve ser aplicado no Brasil, pois trata-se de uma aproximação “perfeita”, que pode conceber dissonâncias subsequentes. De acordo com o atravessar dos anos, constatando a significância da aplicabilidade do NRR em situações práticas, com o desiderato de utiliza-lo em casos atinentes ao ruído, foi instaurado o fator de correção, embasado pelo Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional – NIOSH que é 0,5. 𝑁𝑃 = 𝑁𝑃𝑆 − (𝑁𝑅𝑅𝑥𝑓𝑐𝑁𝐼𝑂𝑆𝐻) Onde: NP: Nível Protegido, expresso em dB (A). NPS: Nível de Pressão Sonora do local, expresso em dB (A). NRR: Nível de Redução de Ruído, expresso em dB (A). fcNIOSH: Fator de correção correlato com a metodologia NIOSH (adimensional) que é 0,5. Diante da expressão obtida por meio de estudos empíricos, isto é, através de práticas laboratoriais e análises estatísticas, tem-se um exemplo número para aplica-la. Exemplo: Um protetor auricular do tipo plugue de silicone da 3M possui um Nível de Redução de Ruído de 29 dB (A). Seu fator de correção recomendado pelo método NIOSH é de 0,50. Para concluir, o trabalhador fica exposto em seu posto de trabalho ao nível de pressão sonora de 100 dB (A). Logo, diante das premissas, deve-se calcular o valor de NP. Solução: NP = NPS – (NRR x fcNIOSH) NPS = 100 dB (A); NRR = 29 dB (A) e fcNIOSH = 0,5 (adimensional). Assim, NP = 100 – (29x0,5) = 100 – 14,5 → NP = 85,5 dB (A). Interpretação do exemplo: a atenuação deste protetor auricular é de 14,5 dB. Caso o valor do NP específico do exercício anterior seja calculado de acordo com o padrão estabelecido na NR-15 e também na NHO, lembrando que a NHO e a NR-15 possuem valores de “q” 25 diferentes. Esse EPI do exemplo anterior não irá retirar o direito à aposentadoria especial e nem insalubridade do trabalhador. Essa comprovação de efetividade do EPI deverá estar presente no LTCAT da empresa. 8. Anexo 3 – Limites de Tolerância para Exposição ao Calor É o Agente físico com maior variabilidade de efeitos individuais, ou seja, a susceptibilidade individual é um fator fundamental para a resposta a exposição desse agente. Calor metabólico resultante da atividade física, podendo ser leve, moderada ou pesada. A temperatura do ar, umidade e velocidade do ar e calor no ambiente são fatores físicos que sua intensidade sensorial em relação aos seres humanos depende de fatores psicofisiológicos avaliados na NR-17. As vestimentas exigidas para o trabalho podem ser determinantes na satisfação do homem, permitindo-lhe sentir termicamente confortável. Caracterização do ambiente de calor é essencial para ter o controle do desempenho humano: as atividades intelectuais, manuais e perceptivas, geralmente apresentam um melhor rendimento quando realizadas em conforto térmico. Cada indivíduo possui uma temperatura corporal neutra, na qual não precisa utilizar seus mecanismos de termorregulação: T corpo < T neutra. Ocorre neste caso o mecanismo de vaso constrição 1. Tcorpo < 35 oC: Ocorre a perda de eficiência (habilidade) 2. Tcorpo < 31 oC: Situação de temperatura corporal letal Tcorpo > T neutra: Ocorre neste caso o mecanismo de vaso dilatação 1. Tcorpo > 37 oC: Inicia-se o fenômeno do suor 2. Tcorpo > 39 oC: Inicia-se a perda de eficiência 3. Tcorpo > 43 oC Situação de temperatura corporal letal Cada grupo homogêneo de ser humano apresenta respostas fisiológicas e comportamentais em função de pequenas diferenças entre a temperatura do corpo com a temperatura ambiente. 26 Enquanto os elementos convectivos, radiantes e condutivos forem positivos, integrantes do processo de troca de calor, o equilíbrio térmico corporal será mantido por evaporação (mas somente por evaporação) até um determinado limite, desde que o ar seja suficientemente seco para permitir uma alta taxa de evaporação. A movimentação do ar acelerará a evaporação, (dissipação de calor), mesmo quando a temperatura do ar circulante seja superior à temperatura da pele da seguinte forma: 1. A fina camada de ar em contato com a pele absorverá a umidade da pele por evaporação até saturar. 2. O ar circulante removerá este envelope de ar saturado (para continuar o processo de evaporação). 27 3. Se o ar estiver completamente saturado e mais quente que a pele, a movimentação do ar apenas aumentará a sensação de desconforto e o ganho de calor. Está-se fazendo frio e a umidade é acentuada, os efeitos do frio tendem a ser maiores, aumentando ainda mais a sensação térmica de frio. Assim como a sensação de calor é aumentada com a umidade. O ideal, para muitos, é o frio seco e o calor seco, embora seja importante que os níveis de umidade não sejam abaixo de 40%. Muitos dos processos industriais, para moldagem
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