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Higiene Ocupacional

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Higiene Ocupacional 
 
 
 
 
 
 
 
Engenheiro de Segurança do Trabalho Alexandros Leonidas Aravanis 
 
 
 
 
 
 
 
...No mundo tereis aflições, tende bom ânimo, eu venci o mundo... 
 
 
 
 
 
Conteúdo 
1. Introdução aos agentes de risco ................................................................................................ 1 
1.2 São caracterizadas as atividades de risco grave e iminente: ............................................... 4 
2. Ruído .......................................................................................................................................... 4 
2.1 Conceitos do Som................................................................................................................. 4 
2.2 Efeitos do Ruído ................................................................................................................... 7 
2.3 Anexo I – Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente .............................. 9 
2.4 Dose diária de Ruído: ......................................................................................................... 10 
3. NHO 01 – Procedimento técnico para avaliação de exposição ocupacional ao ruído contínuo 
ou intermitente ............................................................................................................................ 12 
3.1 Avaliação NHO 01- Ruído Contínuo ................................................................................... 13 
3.2 Utilizando o medidor portado pelo avaliador (Decibelímetro) ......................................... 14 
4. Anexo 2 – Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto para NR-15 .................................... 16 
5. NHO 01 – Procedimento técnico para avaliação de exposição ocupacional ao ruído de 
Impacto ........................................................................................................................................ 17 
5.1 Procedimentos de Avaliação Segundo a NHO 01 para ruído de Impacto e contínuo ....... 18 
6. Cálculo para o Ruído Contínuo segundo a NR-15 (insalubridade) ........................................... 19 
6.1 Cálculo para o Ruído Contínuo segundo a NHO-01 para aposentadoria especial ............ 20 
6.3 Utilizando medidor integrador portado pelo avaliador (deve-se calcular o nível médio de 
cada ciclo)................................................................................................................................. 21 
7. Protetor Auditivo Ideal para Proteção do Trabalhador ........................................................... 23 
8. Anexo 3 – Limites de Tolerância para Exposição ao Calor ....................................................... 24 
8.2 Medidas de conforto térmico poderá ser ventilação, chillers, ar condicionado e isolação 
da fonte de calor. ..................................................................................................................... 31 
8.3 Mais equipamentos de Medição ....................................................................................... 31 
9. NHO – 06 Avaliação da exposição ocupacional ao calor ......................................................... 32 
9.1 Cálculo do IBUTG ................................................................................................................ 33 
9.2 Aclimatização ..................................................................................................................... 36 
9.3 Vestimentas ....................................................................................................................... 37 
9.4 Reconhecimento dos locais e das condições de trabalho ................................................. 37 
9.5 Conduta do avaliador baseado na NHO-06 ....................................................................... 38 
9.6 Procedimentos de Avaliação baseado na NHO-06 ............................................................ 38 
9.7 Medidas Preventivas .......................................................................................................... 40 
9.7 Aposentadoria Especial para o Risco Calor ........................................................................ 41 
10. Anexo 4 Iluminação (Revogado) ............................................................................................ 41 
11. NHO-11 Procedimento técnico para avaliação dos níveis de iluminamento nos locais de 
trabalho ........................................................................................................................................ 42 
11.1 Anexo 1 da NHO-11 Procedimento para determinação da iluminância média. ............. 44 
11.2 Anexo 2 da NHO-11 Aspectos a serem verificados na análise preliminar ...................... 47 
12. Anexo -5 Radiações Ionizantes .............................................................................................. 48 
12.1 Norma CNEN NN 3.01 Resolução 164/14 DIRETRIZES BÁSICAS DE PROTEÇÃO 
RADIOLÓGICA ........................................................................................................................... 48 
12.2.1 Limitação de dose individual..................................................................................... 51 
12.2.2 Planos de emergência ............................................................................................... 52 
12.2.3 Medição da dose para monitoração individual do trabalhador ............................... 52 
13. NHO-5 Avaliação da Exposição Ocupacional aos Raios X nos Serviços de Radiologia........... 54 
13.1 Procedimentos de Avaliação ............................................................................................ 55 
13.2 Medição da Radiação Primária ........................................................................................ 57 
13.3 Medição da Radiação Secundária .................................................................................... 58 
13.4 Medição da Radiação de Fuga ......................................................................................... 58 
13.4 Leituras Realizadas em Modo Taxa de Exposição ............................................................ 59 
13.5 Leituras Realizadas em Modo Integrador ........................................................................ 59 
13.6 Calculo para radiações primárias e secundárias .............................................................. 60 
13.7 Calculo para radiações de fuga ........................................................................................ 60 
13.8 Limites de Tolerância ....................................................................................................... 61 
13.9 Insalubridade para radiações Ionizantes ou Periculosidade?.......................................... 61 
13.10 Aposentadoria Especial para Radiações Ionizantes ....................................................... 61 
14. Anexo 6 – ................................................................................................................................ 61 
14.1 Trabalho sob condições Hiperbáricas .............................................................................. 61 
14.2 Trabalho sob condições hiperbáricas (trabalhos Submersos) ......................................... 66 
14.3 Aposentadoria Especial para pressões hiperbáricas ....................................................... 67 
15. Anexo 7- Radiações não ionizantes........................................................................................ 68 
15.1 Ocorrência e Fontes de Radiação Ultravioleta ................................................................ 69 
15.1.2 Insalubridade para fontes de radiação ultravioleta.................................................. 72 
15.2 Laser ................................................................................................................................. 72 
15.2.1 Insalubridade parafontes de laser ........................................................................... 74 
15.3 Infravermelho .................................................................................................................. 74 
15.4 Micro-ondas ..................................................................................................................... 74 
15.4.1 Insalubridade para fontes de Micro-ondas............................................................... 75 
15.5 Aposentadoria Especial para Radiações não Ionizantes .................................................. 75 
16. Anexo 8- Vibração .................................................................................................................. 75 
16.1 NHO-10 Avaliação da exposição ocupacional a vibrações em mãos e braços ................ 77 
16.1.1Conceitos.................................................................................................................... 77 
16.1.2 Abordagem dos locais e das condições de trabalho ................................................. 80 
16.1.3 Análise preliminar da exposição ............................................................................... 80 
16.1.4 Avaliação quantitativa da exposição......................................................................... 81 
16.1.5 Obtenção de arepi , Ti , ni ......................................................................................... 83 
16.1.6 Calibração dos equipamentos................................................................................... 85 
16.1.7 Antes de iniciar a medição ........................................................................................ 85 
16.1.8 Procedimentos Específicos em atividades que utilizam ferramentas percussivas ou 
rotopercussivas .................................................................................................................... 86 
16.1.9 Exemplo de aplicação da norma ............................................................................... 86 
16.1.10 Medidas Preventivas ............................................................................................... 89 
16.1.11 Medidas corretivas.................................................................................................. 89 
16.2 Aposentadoria Especial para Vibrações de Mãos e Braços ............................................. 90 
16.3 NHO-9 Avaliação da exposição ocupacional a vibrações de corpo inteiro ...................... 90 
16.4 Procedimentos de avaliação ............................................................................................ 93 
16.5 Avaliação Preliminar ........................................................................................................ 93 
16.6 Procedimento de Avaliação Quantitativo ........................................................................ 94 
16.8 Medidores de Vibração .................................................................................................... 96 
16.9 Exemplo de aplicação da norma ...................................................................................... 97 
16.10 Medidas preventivas .................................................................................................... 105 
16.11 Medidas Corretivas ...................................................................................................... 105 
16.12 Alternativa para avaliação da vibração ........................................................................ 106 
16.13 Aposentadoria Especial para Vibrações de Corpo Inteiro ........................................... 106 
17. Anexo -9 Frio ........................................................................................................................ 106 
17.1 Aposentadoria Especial .................................................................................................. 108 
18. Anexo 10 - Umidade ............................................................................................................. 108 
18.1 Aposentadoria especial .................................................................................................. 109 
19. Anexo 11 - AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA NO LOCAL DE 
TRABALHO .................................................................................................................................. 109 
19.1 Avaliação ........................................................................................................................ 111 
20. NHO-03 Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados sobre Filtro de 
Membrana .................................................................................................................................. 112 
20.1 Materiais ........................................................................................................................ 113 
20.2 Procedimentos de Laboratórios ..................................................................................... 114 
20.3 Procedimentos de Avaliação .......................................................................................... 114 
20.4 Pesagem dos filtros antes da coleta: ............................................................................. 115 
20.5 Resultados ...................................................................................................................... 116 
21. NHO-07 Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método de Bolha de Sabão
 .................................................................................................................................................... 118 
21.1 Materiais ........................................................................................................................ 120 
21.2 Procedimentos de Calibração ........................................................................................ 122 
21.3 Calibradores Eletrônicos ................................................................................................ 124 
22. NHO 08 Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho
 .................................................................................................................................................... 125 
22.1 Procedimentos ............................................................................................................... 126 
22.2 Na análise de risco: ........................................................................................................ 127 
22.4 Planejar a Coleta ............................................................................................................ 128 
22.5 Tempo de Coleta ............................................................................................................ 129 
22.6 Seleção do Filtro de Membrana ..................................................................................... 130 
22.7 Separador de Particulas ................................................................................................. 131 
22.8 Bomba de Amostragem: ................................................................................................ 132 
22.9 Calculos .......................................................................................................................... 133 
23. NHO-04 Método de Ensaio: Método de Coleta e a Análise de Fibras Em Locais de Trabalho
 .................................................................................................................................................... 134 
23.1 Interferências ................................................................................................................. 136 
23.2 Cálculo do tempo recomendado para coleta de amostras, para o atendimento da faixa 
desejável de densidade de fibras sobre o filtro .....................................................................136 
23.3 Montagem dos Porta-filtros........................................................................................... 137 
23.4 PROCEDIMENTO DE COLETA .......................................................................................... 138 
23.5 Transporte das Amostras ............................................................................................... 139 
23.6 Resultados ...................................................................................................................... 140 
24. NHO-02 Análise qualitativa da fração volátil (Vapores Orgânicos) em colas, tintas e vernizes 
por Cromatografia Gasosa/Detector de Ionização de Chama ................................................... 140 
24.1 Coleta no Local de Trabalho ........................................................................................... 140 
25. Valores de Referência para ACGIH ....................................................................................... 142 
25.1 Valor de Referência para Ambientes de Trabalho (VRAT) ............................................. 142 
25.2 Misturas – efeito combinado ou aditivo Conforme orientação da ACGIH (2012)......... 143 
25.3 Carcinogênicos ............................................................................................................... 143 
26. Outros Instrumentos utilizados para medições e controle nos ambientes de trabalho. .... 145 
26.1 Tubos Colorimétricos ..................................................................................................... 145 
26.2 Tubo de Carvão Ativado ou sílica gel ............................................................................. 146 
26.3 Monitores Passivos ........................................................................................................ 147 
27. Aposentadoria Especial para os agentes Químicos do Anexo 11 e 13 ................................ 148 
28. Anexo 12 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS (insalubridade de grau 
máximo) ..................................................................................................................................... 149 
28.1 Asbestos ......................................................................................................................... 149 
28.1.1 Aposentadoria Especial ........................................................................................... 152 
28.2 Manganês e seus Compostos ......................................................................................... 152 
28.2.1 Aposentadoria Especial ........................................................................................... 153 
28.3 Sílica Livre Cristalizada ................................................................................................... 153 
28.3.1 Aposentadoria Especial ............................................................................................... 155 
29. Anexo -13 Agentes Químicos ............................................................................................... 155 
29.1 Arsênico.......................................................................................................................... 155 
29.2 Carvão ............................................................................................................................ 156 
29.3 Chumbo .......................................................................................................................... 156 
29.4 Cromo ............................................................................................................................. 156 
29.5 Fósforo ........................................................................................................................... 157 
29.6 Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono ........................................................ 157 
29.7 Mercúrio ......................................................................................................................... 157 
29.8 Silicatos .......................................................................................................................... 157 
29.10 Substâncias Cancerígenas ............................................................................................ 158 
29.11 Operações Diversas ...................................................................................................... 158 
29.11 Aposentadoria Especial ................................................................................................ 159 
30. Anexo 13 – A Benzeno (Grau Máximo) ................................................................................ 159 
30.1 Responsabilidades .......................................................................................................... 160 
30.2 Programa de Prevenção a Exposição Ocupacional ao Benzeno - PPEOB ...................... 160 
30.3 Avaliação ........................................................................................................................ 162 
30.4 Sinalização das Áreas ..................................................................................................... 164 
30.5 Procedimentos de Emergência ...................................................................................... 164 
30.6 Aposentadoria Especial .................................................................................................. 164 
31. Anexo 14 – Agentes Biológicos ............................................................................................ 165 
31.1 Insalubridade de grau máximo Trabalho ou operações, em contato permanente com 
agente biológico: .................................................................................................................... 165 
31.2 Insalubridade de grau médio Trabalhos e operações em contato permanente com 
pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em: ............................................. 165 
32. Disposições Gerais ............................................................................................................... 166 
32.1 Ementa: adicional de insalubridade. exposição intermitente. súmula 47 do TST ......... 166 
33. Atividades que envolvem adicional de periculosidade no ambiente de trabalho .............. 166 
33.1 Introdução ...................................................................................................................... 167 
33.2 Anexos - 1 Atividades e Operações Perigosas com Explosivos ...................................... 168 
33.2.1 Aposentadoria Especial para Explosivos ................................................................. 170 
33.3 Anexos – 2 Atividades com Operações Perigosas com Inflamáveis .............................. 170 
33.3.1 Aposentadoria Especial ........................................................................................... 173 
33.4 Anexo 3 – Atividades e Operações Perigosas com Exposição a Roubos ou Outras 
Espécies de Violência Física nas Atividades Profissionais de Segurança Pessoal ou Patrimonial
 ................................................................................................................................................ 173 
33.4.1 Aposentadoria Especial ........................................................................................... 174 
33.5 Anexo 4 – Atividades e Operações Perigosas com Energia Elétrica .............................. 174 
33.5.1 Aposentadoria Especial ........................................................................................... 175 
33.6 Anexo 5 – Atividades Perigosas em Motocicletas ......................................................... 176 
33.6.1 Aposentadoria Especial ........................................................................................... 176 
33.7 Anexo * – Radiações Ionizantes .....................................................................................176 
33.7.1 Aposentadoria Especial ........................................................................................... 177 
34. NR-6 Equipamentos de proteção individual para atividades de risco ................................. 178 
34.1 Introdução ...................................................................................................................... 178 
34.2 Dados do EPI .................................................................................................................. 179 
34.3 Obrigações do Empregador ........................................................................................... 179 
34.4 Obrigações do Empregado ............................................................................................. 180 
34.5 Obrigações do fabricante e importador ........................................................................ 180 
34.6 Obrigações do Órgão nacional ....................................................................................... 180 
34.7 Obrigações do órgão Regional ....................................................................................... 181 
34.8 CA Certificado de Aprovação ......................................................................................... 181 
34.9 Anexo 1 .......................................................................................................................... 181 
35. NR-25 Resíduo Industriais .................................................................................................... 194 
36. Proteções Coletivas .............................................................................................................. 196 
36.1 Ruído .............................................................................................................................. 196 
36.2 Calor ............................................................................................................................... 197 
36.3 Radiações Ionizantes ...................................................................................................... 199 
36.4 Radiações não ionizantes ............................................................................................... 199 
36.5 Vibração ......................................................................................................................... 200 
36.7 Agentes Químicos .......................................................................................................... 200 
37. Reconhecimento e Análise de Riscos ................................................................................... 201 
37.1 Outras técnicas de Identificação de Riscos .................................................................... 204 
37.1.1 Mapa de Riscos ....................................................................................................... 204 
37.1.2 Diagrama de Pareto ................................................................................................ 205 
37.1.3 Fluxogramas ............................................................................................................ 206 
37.2 Técnicas para Análise de Risco ....................................................................................... 207 
37.2.1 Analise Preliminar de Riscos ................................................................................... 207 
37.2.2 Análise de Modos de Falha e Efeito (AMFE) ........................................................... 208 
37.2.3 Técnica de Incidentes Críticos (TIC) ........................................................................ 210 
37.2.4 Analise de Arvore de Falhas (AAF) .......................................................................... 210 
37.2.5 Estudo de Identificação de Perigos e Operacionalidade (HAZOP).......................... 212 
37.2.6 Diagrama de Causa e Efeito (Ishikawa) ................................................................... 214 
37.2.7 Diagrama de Árvore ................................................................................................ 216 
37.2.8 Análise de Matriz das Interações ............................................................................ 217 
38. Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho ....................................................... 218 
38.1 LTCAT: Temporalidade ................................................................................................... 219 
38.2 LTCAT coletivo ou individual .......................................................................................... 219 
38.3 LTCAT documentos aceitos ............................................................................................ 220 
38.4 LTCAT ruído .................................................................................................................... 220 
38.5 LTCAT os agentes nocivos .............................................................................................. 220 
38.6 LTCAT para agentes cancerígenos ................................................................................. 228 
38.7 Recolhimento da FAE ..................................................................................................... 229 
38.8 LTCAT modelo ................................................................................................................ 229 
39. Perfil Profissional Previdenciário PPP .................................................................................. 232 
39.1 Modelo de PPP ............................................................................................................... 233 
40. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA .......................................................... 234 
40.1 Nova NR-9 AGENTES AMBIENTAIS ................................................................................. 234 
40.1.1 Objetivo ....................................................................................................................... 234 
40.1.2 Campo de Aplicação .................................................................................................... 234 
40.1.3 Identificação e Avaliação da Exposição aos Agentes Ambientais ............................... 234 
40.1.4 Avaliação das Exposições aos Agentes Ambientais .................................................... 235 
40.1.5 Medidas de Prevenção e Controle das Exposições ..................................................... 236 
40.2 NR-9 Antiga Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA ................................ 238 
40.2.1 Abrangência ................................................................................................................ 238 
40.2.2 Da estrutura do PPRA.................................................................................................. 239 
40.2.3 Do desenvolvimento do PPRA. ................................................................................... 240 
40.2.3.1 Antecipação ......................................................................................................... 241 
40.2.3.2 Reconhecimento .................................................................................................. 241 
40.2.3.3 Avaliação Quantitativa ......................................................................................... 241 
40.2.3.4 Medidas de Controle............................................................................................ 242 
40.2.3.5 Do monitoramento .............................................................................................. 244 
40.2.3.6 Do registro de dados. ........................................................................................... 244 
40.2.4 Das responsabilidades. ............................................................................................... 244 
40.2.5 Anexo 1: Avaliação da Vibração ..................................................................................245 
40.2.6 Anexo 2 Exposição ocupacional ao benzeno em postos revendedores de combustíveis
 ................................................................................................................................................ 245 
40.2.6.1 Responsabilidades................................................................................................ 245 
40.2.6.2 Dos Direitos dos Trabalhadores ........................................................................... 246 
40.2.6.3 Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA .................................... 246 
40.2.6.4 Da Capacitação dos Trabalhadores ...................................................................... 246 
40.2.6.5 Do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO .................. 246 
40.2.6.6 Da Avaliação Ambiental ....................................................................................... 247 
40.2.6.7 Ambiente de Trabalho ......................................................................................... 247 
41. PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E SAÚDE OCUPACIONAL ............................................ 249 
41.1 Objetivo .......................................................................................................................... 249 
41.2 CAMPO DE APLICAÇÃO .................................................................................................. 249 
41.3 Diretrizes ........................................................................................................................ 249 
41.4 das Responsabilidades ................................................................................................... 250 
41.4.1 Compete ao empregador: ....................................................................................... 250 
41.4.2 Compete ao médico ................................................................................................ 251 
41.4.3 Os exames ............................................................................................................... 251 
41.5 Prontuário médico ......................................................................................................... 256 
41.6 Planejamento e relatório analítico do PCMSO .............................................................. 257 
42. Substâncias Ototóxicas ........................................................................................................ 261 
 
 
1 
 
Higiene Ocupacional 
AGENTES DE RISCO AMBIENTAIS 
Agentes Químicos, físicos e biológicos e a NR-15 
 
 
1. Introdução aos agentes de risco 
Insalubridade: Palavra de origem latina (insalubris) que significa “o que faz mal a saúde” 
diferente de periculosidade que expõe a vida ao risco, a insalubridade expõe a saúde ao risco. 
A NR 15 identifica quais atividades são consideradas de risco com base na análise de 
determinados agentes físicos, químicos e biológicos; essas análises podem ser quantitativas ou 
qualitativas. Agentes Ergonômicos serão discutidos na NR-17 com base na análise de risco com foco 
na ergonomia. 
Análise qualitativa faz referência à identificação da existência do agente insalubre e como se 
dará os níveis de exposição em relação aos agentes, já a análise quantitativa é utilizada técnicas 
instrumentais para detecção e mensuração do agente insalubre, sendo, muitas vezes, estabelecido um 
limite de tolerância que pode ser com base na concentração, agentes químicos, ou intensidade de 
agentes físicos e biológicos. Após a análise dos agentes químicos, físicos e biológicos; as medidas de 
controle devem ser implementadas conforme estabelece a NR-9 no PPRA. Deve ser utilizado técnicas 
de identificação e análise de risco para implementação das medidas de controle estabelecidas na NR-9. 
Os agentes ambientais que devem ser identificados na NR9 (PPRA) e apresentam os limites de 
tolerância na NR-15 para caracterização de insalubridade e pode ser caracterizada a aposentadoria 
especial de alguns desses agentes com base nesses limites. 
 
Insalubridade pode ser comprovada por laudo de engenheiro de segurança do trabalho ou 
médico do trabalho no laudo técnico das condições ambientais (LTCAT) e compete autoridade regional 
em matéria de segurança do trabalho fixar o adicional de insalubridade. A eliminação de insalubridade 
só será caracterizada pela perícia do órgão competente em matéria de segurança do trabalho. 
2 
 
PS: O foco do LTCAT é previdenciário. Por isso é definir se a atividade enseja o 
financiamento da aposentadoria especial. 
A norma NR-15 é baseada na ACGIH que é uma instituição privada científica que avalia 
todos os anos os limites de exposição aos agentes físicos, químicos e biológicos. No entanto, a NR 15 
não tem sofrido as atualizações que se comprometeu a sofrer durante sua criação. Sendo necessário 
profissionais da área buscar a ACGIH para realizar um controle de risco qualificado de higiene 
ocupacional. 
Para insalubridade, em algumas atividades, são necessárias as inspeções e avaliações com 
laudo no local de trabalho. O caso de radiações não ionizantes, vibração, Frio e Umidade. (Anexo 7, 8, 9 
e 10). 
A vibração, agente físico com limite de tolerância de intensidade, requer visita técnica e 
laudo, porém com necessidade de análise quantitativa, assim como outros agentes acima dos limites de 
tolerância que estão nos anexos: Ruído, ruído de impacto, Calor, radiações ionizantes e alguns agentes 
químicos. (Anexos 1, 2, 3, 5, 11 e 12). 
Agentes que a atividade estabelece insalubridade: hiperbáricas, agentes químicos do anexo 
13 e agentes biológicos. (Análise qualitativa: anexos 6, 13 e 14). 
Limite de tolerância é estabelecido para aqueles agentes de análise quantitativa cujo qual é 
estabelecido um valor mínimo para não caracterização da insalubridade, ou seja, um valor limite de 
exposição a determinado agente. Podem ser avaliações de curto prazo de exposição para alguns agentes, 
e para outros de longo prazo. 
A figura abaixo apresenta os graus de insalubridade para os agentes dos anexos desta norma: 
 
Outras considerações: 
 É proibido o trabalho em condições insalubres para menores de 18 anos Art. 7 da CF e Art. 
405 da CLT. 
 É proibida a condição de trabalho noturno e perigoso também aos menores de 18 anos. 
3 
 
 Exercício simultâneo de atividades insalubres será considerado a atividade com agente de 
exposição de maior grau de risco para o acréscimo salarial, sendo vedada a acumulação de adicionais 
em função de outro agente de menor grau. 
 Periculosidade e insalubridade também não se acumulam, trabalhador terá que escolher qual 
benefício receberá. 
Ex: Trabalhador exposto a agente biológico de grau máximo 40% e a umidade 20% O Salário desse 
trabalhador será de 1000 reais. 
No final ele receberá 1000 + 40%X 968 (salário mínimo) que é igual a 1387 reais. Os 20% não entram 
na base do calculo. 
Obs: 
Medidas de controle estão acima no grau de hierarquia, as medidas administrativas aparecem em 
seguida e por fim os EPIs. Medidas de controle e medidas administrativas são de caráter coletivo EPC. 
Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, 
comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalho ou médico do 
trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional devido aos empregados expostos à insalubridade 
quando impraticável sua eliminação ou neutralização. A eliminação ou neutralização da 
insalubridade ficará caracterizada através de avaliação pericial por órgão competente, que comprove a 
inexistência de risco à saúde do trabalhador. 
 
➢ Atenção 
4 
 
É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem 
ao Ministério do Trabalho, através das DRTs, a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, 
com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar atividade insalubre.Isso não prejudica a ação 
fiscalizadora do MTb nem a realização ex-officio da perícia, quando solicitado pela Justiça, nas 
localidades onde não houver perito. 
1.2 São caracterizadas as atividades de risco grave e iminente: 
1. Ruído contínuo ou intermitente superior a 115db sem a devida proteção 
2. Ruído de impacto superior a 140db (Linear) medidos no circuito de resposta impacto sem a 
devida proteção 
3. Ruído de Impacto superior a 130db (C) medidos no circuito de resposta FAST 
4. Trabalho sobre condições hiperbáricas que não segue qualquer uma das diretrizes legais 
estabelecidos nesta norma. 
5. Ambientes nos quais a presença de asfixiantes simples e concentração de oxigênio abaixo de 
18% em volume. 
6. Situação nas quais o valor de concentração ultrapassa aquele valor máximo estabelecido na 
norma. 
7. Atividades com processos químicos carcinogênicos não hermetizados. 
 
2. Ruído 
Presente no Anexo 1 e 2 da norma. 
É um dos principais agentes físicos presentes nas atividades econômicas em que pese notória 
subnotificação de casos de doenças ocupacionais. Os efeitos dependem do tempo de exposição e a 
intensidade sonora assim como a suscetibilidade individual de cada pessoa. Alguns trabalhadores podem 
ser afetados por ruídos abaixo do limite de tolerância estabelecido em norma, por isso a necessidade dos 
exames audiométricos do PCMSO e implementação de programa de conservação auditiva (PCA) onde 
são estabelecidas as medidas de avaliação e controle dos agentes de ruído, assim como a avaliação dos 
resultados dos exames médicos para verificar se as medidas de controle estão surtindo o efeito esperado. 
A perda auditiva induzida por ruído pode ser de forma gradual e também irreversível. 
2.1 Conceitos do Som 
O Som é uma onda longitudinal tridimensional provocada por uma variação da pressão 
atmosférica muito rápida, capaz de sensibilizar os ouvidos. Para estimular os ouvidos apenas as 
frequências de 20Hz e 20000Hz. Inferiores a 20Hz é infrassom e superiores a 20000Hz é ultrassom. O 
ruído é a percepção subjetiva desagradável do som, músicas agradáveis que as pessoas sentem prazer 
em escutar a partir de um conceito mais abrangente não devem ser consideradas ruído. 
5 
 
 
Como o ouvido humano pode detectar uma gama muito grande de pressão sonora, que vai de 
20 μPa até 200 Pa (Pa = Pascal), seria totalmente inviável a construção de instrumentos para a medição 
da pressão sonora. Para contornar esse problema, utiliza-se uma escala logarítmica de relação de 
grandezas, o decibel (dB). O decibel não é uma unidade, e sim uma relação adimensional definida pela 
seguinte equação: 
 L=20xlog(P/P0) 
 L = nível de pressão sonora (dB) 
 Po = pressão sonora de referência, por convenção, 20 μPa 
 P= Pressão sonora encontrada no ambiente (Pa) 
Moral da história: 5db + 5db não é 10db, pois não é linear a escala logarítmica. A seguir, é 
apresentada uma ilustração comparativa entre situações práticas de ruído e seus níveis. 
 
6 
 
 
 
 
 
Sendo o ruído energia, pode-se estabelecer uma avaliação a partir desse conceito. 
Matematicamente podemos escrever: 
7 
 
 NIS = 10 x log10 (I/I0) 
Onde: 
• I é a intensidade física absoluta do som; 
• I0 é a intensidade do som correspondente ao limiar da percepção (I0 = 10-16 w/cm2) 
 ou NIS = 20 x log10 (P/P0) 
Para realizar a soma de dois níveis sonoros em dB, pode-se utilizar o nomograma abaixo: 
 
Para utilizá-lo, encontre a diferença entre os dois na escala superior e leia o valor 
correspondente na escala inferior. Este deverá ser adicionado ao maior valor dos dois valores 
considerados para se obter o valor resultante. Observe que, qualquer que seja o nível, o máximo 
acréscimo será de 3 dB, que ocorre quando os dois valores são iguais. 
Exemplo: 20dB + 20dB = 23dB (20-20=0 e 0=3) 
2.2 Efeitos do Ruído 
• Dificuldade de concentração e distração; 
• Irritação pela superposição de sons de diferentes origens; 
• Alterações nas relações interpessoais; 
• Baixos níveis de motivação; 
• Dificuldade de comunicação oral; 
• Tensão e nervosismo; 
• Perda da audição; 
• Fora do ambiente de trabalho, o ruído interfere em atividades como o sono, conversação, 
relaxamento, concentração, que causam impacto psicológico, podendo prejudicar a saúde mental. 
Abaixo alguns níveis de ruído estabelecidos pela ABNT: 
8 
 
 
NBR – 10152 Níveis de ruído para conforto acústico 
• Estabelece os valores de conforto em decibel dos ruídos 
NBR – 10151 Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade – 
Procedimento 
• Norma estabelece os parâmetros necessários para medição do ruído em áreas habitadas 
Os medidores de ruído dispõem de um computador para as velocidades de respostas, de 
acordo com o tipo de ruído a ser medido. A diferença entre tais posições está no tempo de integração do 
sinal, ou constante de tempo. 
• “slow” — resposta lenta – avaliação ocupacional de ruídos contínuos ou intermitentes, avaliação de 
fontes não estáveis. (Valor máximo de 115db para risco grave iminente) 
• “fast” — resposta rápida — avaliação ocupacional legal de ruído de impacto (com ponderação dB 
(C)); (Valor máximo 130dB para risco grave iminente) 
• “impulse” — resposta de impulso — para avaliação ocupacional legal de ruído de impacto (com 
ponderação linear); (valor máximo de 140dB para risco grave iminente). 
9 
 
2.3 Anexo I – Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou 
Intermitente 
Definição de ruído contínuo se dá por exclusão, ou seja, todo ruído que não é de impacto. 
Ruído de Impacto segundo o anexo II é todo ruído de picos de energia acústica duração inferior a 1 
segundo e intervalos de tempo superiores a 1 segundo. No anexo I há uma tabela que correlaciona os 
limites de tolerância de exposição ao ruído de acordo com a carga horária diária. Quanto maior o ruído, 
menor o tempo de exposição diário. 
 
 
Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com 
instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta 
lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. 
Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância 
fixados no Quadro deste anexo. 
Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima 
exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado. 
Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não 
estejam adequadamente protegidos. 
10 
 
2.4 Dose diária de Ruído: 
Se durante a jornada de trabalho ocorrer dois ou mais períodos de exposição a ruído de 
diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados. 
Avaliação das múltiplas fontes geradoras de ruído as quais o trabalhador esta exposto 
diariamente. Cálculo dos efeitos combinados de cada ruído diferentes presentes na jornada de trabalho. 
A dose é um valor numérico adimensional; calculado por: 
 (C1/T1)+(C2/T2)+(C3/T3)...+Cn/Tn; Dose = TEX/MEX 
 
C: Tempo que operador fica exposto a um nível de ruído; 
T: Máxima exposição diária para o nível de ruído; 
Valores abaixo de 85db não entram na formula. Valor de ação é 50% que é igual ou superior 
a 80dB. 
Ex: O trabalhador de um grupo homogêneo executa suas tarefas em três áreas distintas e os ruídos de 
cada estão expressos na tabela abaixo: 
Nível de Ruído (dB) Tempo de Exposição (Horas) Tempo Máximo de Exposição em horas segundo a tabela NR15 (horas) 
86 4 7 
88 3 5 
90 1 4 
 
Calculo: 
 
Dose = (4/7)+(3/5)+(1/4) = 1,42 
 
Logo a atividade é insalubre pois a dose é maior que 1. 
Esse método é utilizado principalmente quando a avaliação é realizada por decibelímetro. Os 
audiodosímetros possuem softwares que calculam os valores sozinhos a partir da fórmula. Os 
audiodosímetros são indicados principalmente quando há muitas fontes deruído. 
Grupos homogêneos são trabalhadores que estão sujeitos ao mesmo risco de forma igual e 
executam as mesmas atividades. 
O mesmo equipamento conhecido como audiodosímetro, ou dosímetro, de ruído também 
conhecido como medidor integrador de uso pessoal. (NHO 01) 
11 
 
Todas as leituras efetuadas de ambos os equipamentos devem ser executadas próximo ao 
ouvido do trabalhador. Dosímetro tem a vantagem de ser portátil e é carregado pelo colaborador ao 
longo do estabelecimento. 
Medições devem ser registradas e aparecer no LTCAT quando risco for identificado, não há 
necessidade de ensejar aposentadoria especial ou insalubridade para o risco estar presente no LTCAT. A 
presença do risco, já se faz necessária à declaração no LTCAT. Todas as atividades possuem ruído, 
porém apenas quando, segundo a percepção por parte do Engenheiro ou Médico, verificar que existe a 
possibilidade de aumento e danos à saúde do trabalhador devido a esse ruído. 
As normas adotadas para medição do ruído são (NR 15, NHO1 da fundacentro ou OSHA). 
NHO 01 estabelece a padronização de como deve ser realizada a medição no local de trabalho. 
 
 Em caso de níveis de ruídos intermediários que não tem horário tabelado na NR 15 que é o 
caso do 97(dB) deve-se adotar o valor acima tabelado que é de 98 (dB) 
 A soma de efeitos combinados de ruído para calculo da dose não tem significado algum em 
relação à soma de ruídos de duas fontes geradoras diferentes; 
 A soma de dB de duas fontes geradoras diferentes é fundamental o conhecimento, 
principalmente para ter-se uma noção da necessidade de atenuação dos maiores ruídos que terá 
influência enorme tanto na dosimetria como no conforto do local de trabalho. 
 Identificação de grupos de trabalhadores com a mesma exposição ao risco. (grupos 
Homogêneos). Avaliação deve cobrir todas as condições operacionais e ambientais do funcionário de 
determinado grupo homogêneo. O período de amostragem deve ser adequadamente escolhido e em caso 
de dúvida será necessário utilizar a totalidade do período de trabalho. Alguns casos, a avaliação poderá 
ser realizada em um tempo menor, principalmente quando o posto de trabalho for fixo. Medição deve 
ser realizada sem interferir nas condições ambientais do ambiente e medidores devem ser calibrados. 
12 
 
3. NHO 01 – Procedimento técnico para avaliação de exposição 
ocupacional ao ruído contínuo ou intermitente 
 Procedimento técnico normativo publicado pela FUNDACENTRO em 2001 e tem por 
objetivo estabelecer os critérios e procedimentos para avaliação da exposição ocupacional ao ruído, que 
implique em risco potencial de surdez ocupacional. 
 A norma estabelece que seja proposto procedimento para avaliação de ruído contínuo e 
intermitente, porém não será avaliado a questão de conforto acústico que está estabelecido na NBR-
10152. 
Segundo a norma: 
Ciclo de Exposição: conjunto de situações acústicas ao qual é submetido o trabalhador, em seqüência 
definida, e que se repete de forma contínua no decorrer da jornada de trabalho. Seria o tempo de 
exposição às fontes geradoras de ruídos em que o trabalhador esta exposto nas suas atividades 
individuais. 
Critério de Referência (CR): nível médio para o qual a exposição, por um período de 8 horas, 
corresponderá a uma dose de 100%. Isso significa que 100% da dose é 85dB em a 8 horas de exposição. 
Dose: parâmetro utilizado para a caracterização da exposição ocupacional ao ruído, expresso em 
porcentagem de energia sonora, tendo por referência o valor máximo da energia sonora diária admitida, 
definida com base em parâmetros preestabelecidos (q, CR, NLI). 
Dose Diária: dose referente à jornada diária de trabalho. 
Dosímetro de Ruído: medidor integrador de uso pessoal que fornece a dose da exposição ocupacional 
ao ruído. 
Grupo Homogêneo: corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição 
semelhante, de forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte do grupo seja 
representativo da exposição de todos os trabalhadores que compõem o mesmo grupo. As avaliações por 
grupo homogêneo podem tornar uma avaliação individual para coletiva do grupo. 
Incremento de Duplicação de Dose (q): incremento em decibéis que, quando adicionado a um 
determinado nível, implica a duplicação da dose de exposição ou a redução para a metade do tempo 
máximo permitido. O incremento de duplicação da dose para NR-15 é 5, para a NHO 01 é 3. 
Limite de Exposição (LE): parâmetro de exposição ocupacional que representa condições sob as quais 
acredita-se que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, sem sofrer efeitos 
adversos à sua capacidade de ouvir e entender uma conversação normal. 
Limite de Exposição Valor Teto (LE-VT): corresponde ao valor máximo, acima do qual não é 
permitida exposição em nenhum momento da jornada de trabalho. 
Medidor Integrador de Uso Pessoal: medidor que possa ser fixado no trabalhador durante o período 
de medição, fornecendo por meio de integração, a dose ou o nível médio. 
Nível de Ação: valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a 
probabilidade de que as exposições ao ruído causem prejuízos à audição do trabalhador e evitar que o 
limite de exposição seja ultrapassado. 82dB para NHO-01 
Obs. Para a NR-15 o valor é de 80dB, isso ocorre porque o incremento de duplicação da dose é 5 para 
NR-15 e 3 para NHO-01. 
13 
 
Nível Equivalente (Neq): nível médio baseado na equivalência de energia, definido pela expressão que 
segue: 
 
Neq = nível de pressão sonora equivalente referente ao intervalo de integração (T = t2 – t1) 
p(t) = pressão sonora instantânea 
p0 = pressão sonora de referência, igual a 20 µPa 
Nível de Exposição (NE): nível médio representativo da exposição ocupacional diária. 
Nível de Exposição Normalizado (NEN): nível de exposição, convertido para uma jornada padrão de 8 
horas diárias, para fins de comparação com o limite de exposição. 
Nível Limiar de Integração (NLI): nível de ruído a partir do qual os valores devem ser computados na 
integração para fins de determinação de nível médio ou da dose de exposição que é 80dB. 
Nível Médio (NM): nível de ruído representativo da exposição ocupacional relativo ao período de 
medição, que considera os diversos valores de níveis instantâneos ocorridos no período e os parâmetros 
de medição predefinidos. 
Zona Auditiva: região do espaço delimitada por um raio de 150 mm ± 50 mm, medido a partir da 
entrada do canal auditivo. 
3.1 Avaliação NHO 01- Ruído Contínuo 
O critério de referência (CR) que embasa os limites de exposição diária adotados para ruído 
contínuo ou intermitente corresponde a uma dose de 100% para exposição de 8 horas ao nível de 85 
dB(A). 
O critério de avaliação considera, além do critério de referência, o incremento de duplicação 
de dose (q) igual a 3 e o nível limiar de integração (NLI) igual a 80 dB(A). 
A avaliação da exposição ocupacional ao ruído contínuo ou intermitente deverá ser feita por 
meio da determinação da dose diária de ruído ou do nível de exposição. 
Esses parâmetros são totalmente equivalentes, sendo possível, a partir de um obter-se o 
outro, mediante as expressões matemáticas que seguem: 
 
onde: 
NE = nível de exposição 
D = dose diária de ruído em porcentagem 
14 
 
TE = tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho. 
A avaliação deve ser realizada utilizando-se medidores integradores de uso pessoal, fixados 
no trabalhador. 
Na indisponibilidade destes equipamentos, a norma oferece procedimentos alternativos para 
outros tipos de medidores integradores ou medidores de leitura instantânea, não fixados no trabalhador. 
(decibelímetro). No entanto, as condições de trabalho que apresentem dinâmica operacional complexa, 
como, por exemplo, a condução de empilhadeiras, atividades de manutenção, entre outras, ou que 
envolvam movimentação constante do trabalhador,não deverão ser avaliadas por esses métodos 
alternativos. 
A determinação da dose de exposição ao ruído deve ser feita, preferencialmente, por meio de 
medidores integradores de uso pessoal (dosímetros de ruído). 
Neste caso o limite de exposição ocupacional diário ao ruído contínuo ou intermitente 
corresponde a dose diária igual 100% que é 85dB. O nível de ação para a exposição ocupacional ao 
ruído é de dose diária igual a 50% que é 82dB. O limite de exposição valor teto para o ruído contínuo ou 
intermitente é 115 dB(A). Acima de 115dB o trabalhador não poderá ser exposto ao ruído sem proteção 
de acordo com a NR-15. 
O Nível de Exposição - NE é o Nível Médio representativo da exposição diária do trabalhador 
avaliado. 
Para fins de comparação com o limite de exposição, deve-se determinar o Nível de 
Exposição Normalizado (NEN), que corresponde ao Nível de Exposição (NE) convertido para a jornada 
padrão de 8 horas diárias. 
O Nível de Exposição Normalizado - NEN é determinado pela seguinte expressão: 
 
NE = nível médio representativo da exposição ocupacional diária; 
TE = tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho; 
Neste critério o limite de exposição ocupacional diária ao ruído corresponde a NEN igual a 
85 dB(A), e o limite de exposição valor teto para ruído contínuo ou intermitente é de 115 dB(A). Para 
este critério considera-se como nível de ação o valor NEN igual a 82 dB(A). 
Observação: 
Para avaliar o NEN conforme a NR-15para critério de insalubridade deve se utilizar um multiplicador 
na forma para altera o índice de incremento da dose para q=5. Desse modo a formula para o calculo 
fica: 
𝑁𝐸𝑁 = 𝑁𝐸 + 16,61log⁡(
𝑇𝑒
480
) 
3.2 Utilizando o medidor portado pelo avaliador (Decibelímetro) 
Na impossibilidade da utilização de medidores integradores de uso pessoal, poderão ser 
utilizados medidores portados pelo avaliador. Neste caso a dose diária pode ser determinada por meio da 
seguinte expressão: 
15 
 
 
onde: 
Cn = tempo total diário em que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico. 
Tn = tempo máximo diário permissível a este nível, segundo a Tabela l da NHO 01. 
Exposições a níveis inferiores a 80 dB(A) não serão consideradas no cálculo da dose. 
Quando a exposição for a um único nível de ruído o cálculo da dose diária também é feito 
utilizando a expressão apresentada, ou seja, simplesmente dividindo "C1" por "T1". 
Abaixo é apresentada a tabela do nível de exposição do ruído e o tempo máximo de 
exposição para cada intensidade Sonora segunda a NHO 01. 
Nível de ruídodB(A) Tempo máximo diário permissível (Tn) 
(minutos) 
80 1.523,90 
81 1.209,52 
82 960,00 
83 761,95 
84 604,76 
85 480,00 
86 380,97 
87 302,38 
88 240,00 
89 190,48 
90 151,19 
91 120,00 
92 95,24 
93 75,59 
94 60,00 
95 47,62 
96 37,79 
97 30,00 
98 23,81 
99 18,89 
100 15,00 
16 
 
101 11,90 
102 9,44 
103 7,50 
104 5,95 
105 4,72 
106 3,75 
107 2,97 
108 2,36 
109 1,87 
110 1,48 
111 1,18 
112 0,93 
113 0,74 
114 0,59 
115 0,46 
 
 A avaliação deverá sempre seguir os critérios da NHO com o incrimento de duplicação da 
dose q=3 para fins previdenciários, como por exemplo no LTCAT que é um laudo previdenciário e PPP. 
Essa avaliação estando abaixo do limite de tolerância de 85dB vai definir se o trabalhador terá direito 
sim ou não a aposentadoria especial. 
 Agora, para questões trabalhistas de insalubridade é necessário utilizar o valor q=5 conforme 
a NR-15 e sua tabela de ruídos e limites de exposições. 
Tempo de serviço para aposentadoria especial em relação ao ruído é de 25 anos e a FAE irá 
gera um GILRAT de 6%. 
A Lei de Benefícios Previdenciários em seu art. 57, § 6º da lei 8.213/91, na redação dada pela lei 
9.732/98, impõe ao empregador, como forma de financiar tal prestação, o acréscimo proporcional de 
contribuição, nos percentuais de 6, 9 ou 12%, de acordo com o tempo de aposentadoria especial 
aplicável ao caso, 25, 20 ou 15 anos, respectivamente. 
4. Anexo 2 – Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto para 
NR-15 
Ruído que apresenta pico de energia acústica inferior a 1 segundo em intervalos superiores a 
1 segundo. Um exemplo pode ser os disparos de armas de fogo e explosões e detonações. Pode 
ocasionar trauma acústico, que é a perda temporária da audição decorrente do estrondo causador de 
ruído; acompanhado de zumbido imediato; pode ocorrer rompimento do tímpano, danos na cadeia 
ossicular e hemorragia. O circuito de resposta do medidor de ruído deve ser do tipo rápida (FAST), com 
17 
 
compensação “C”. Nos intervalos existentes do ruído de impacto, o ruído deve ser avaliado como 
contínuo e intermitente. 
O limite de tolerância é de 130 db (Linear/Impulse), caso o medidor não tenha capacidade de 
medir o circuito de resposta para impacto, será medido no modo (FAST) e o limite de tolerância será de 
120 dB, bastando apenas um impacto com esses valores 130 db (Linear/impulse) ou 120 db (C) para que 
seja caracterizada insalubridade. Valores superiores a 140 db (Linear/impulse) e 130 db (FAST) (C) que 
exponha o trabalhador sem a proteção adequada é considerado operação de risco grave e iminente 
sujeito a interdição ou embargo. Mesmo caso se aplica a utilidade de um dosímetro para caso exista 
ruídos de impactos de diversas fontes diferentes ao longo da jornada de trabalho em diferentes setores 
onde o colaborador labora. Caso não exista diversas fontes diferentes poderá ser usado um 
decibelímetro. 
 
Avaliação de ruído de Impacto 
 
Circuito de Resposta rápida (FAST) com compensação C Circuito de resposta de impulso (linear) 
Limite de Tolerância 120dB 130dB 
Valor Máximo permitidoo 130dB 140dB 
 
5. NHO 01 – Procedimento técnico para avaliação de exposição 
ocupacional ao ruído de Impacto 
 A determinação da exposição ao ruído de impacto ou impulsivo deve ser feita por meio de 
medidor de nível de pressão sonora operando em "Linear" e circuito de resposta para medição de nível 
de pico. 
Neste critério o limite de exposição diária ao ruído de impacto é determinado pela expressão 
a seguir: 
Np = 160 - 10 Log n [dB] 
onde: 
Np=nível de pico, em dB(Lin), máximo admissível; 
n = número de impactos ou impulsos ocorridos durante a jornada diária de trabalho; 
A Tabela 2, obtida com base na expressão anterior, apresenta a correlação entre os níveis de pico 
máximo admissíveis e o número de impactos ocorridos durante a jornada diária de trabalho, extraída a 
partir da expressão de determinação do limite de exposição diária ao ruído de impacto. 
Tabela 2. Níveis de pico máximo admissíveis em função do número de impactos 
Np N Np N Np N 
120 10000 127 1995 134 398 
121 7943 128 1584 135 316 
122 6309 129 1258 136 251 
18 
 
123 5011 130 1000 137 199 
124 3981 131 794 138 158 
125 3162 132 630 139 125 
126 2511 133 501 140 100 
 
Quando o número de impactos ou de impulsos diário exceder a 10.000 (n > 10.000), o ruído 
deverá ser considerado como contínuo ou intermitente. 
O limite de tolerância valor teto para ruído de impacto corresponde ao valor de nível de pico 
de 140 dB(Lin). 
O nível de ação para a exposição ocupacional ao ruído de impacto corresponde ao valor Np 
obtido na expressão acima, subtraído de 3 decibéis 
(Np - 3) dB. 
Isso significa que de acordo com a formula NP, dependendo do número de impactos eu terei 
um determinado valor como limite de tolerância e limite de ação. A NHO 01 não estabelece um valor 
fixo como limite de tolerância, diferentemente da NR-15, por isso deve ser usada o valor limite de 
tolerância estabelecido na NR-15 para fins de insalubridade. Como a NR-15 não estabelece um valor 
mínimo de números de impactos, o trabalhador sem proteção poderá ter direito ao adicional de 
insalubridade bastando apenas um impacto na jornada diária de trabalho. 
Ruído de impacto de acordo com o decreto 3048 não dá direito a aposentadoria especial, 
somente se houver maisque 10000 impusos diários, pois daí será considerado ruído contínuo e terá que 
ser acima de 85dB. 
5.1 Procedimentos de Avaliação Segundo a NHO 01 para ruído de 
Impacto e contínuo 
 A avaliação de ruído deverá ser feita de forma a caracterizar a exposição de todos os 
trabalhadores considerados no estudo. 
Identificando-se grupos de trabalhadores que apresentem iguais características de exposição - 
grupos homogêneos - não precisarão ser avaliados todos os trabalhadores. As avaliações podem ser 
realizadas cobrindo um ou mais trabalhadores cuja situação corresponda à exposição "típica" de cada 
grupo considerado. 
Havendo dúvidas quanto à possibilidade de redução do número de trabalhadores a serem 
avaliados, a abordagem deve considerar a totalidade dos expostos no grupo. O conjunto de medições 
deve ser representativo das condições reais de exposição ocupacional do grupo de objeto do estudo. 
Desta forma, a avaliação deve cobrir todas as condições, operacionais e ambientais habituais, que 
envolvem o trabalhador. 
Para que as medições sejam representativas da exposição de toda a jornada de trabalho é 
importante que o período de amostragem seja adequadamente escolhido. Se forem identificados ciclos 
de exposição repetitivos durante a jornada, a amostragem deverá incluir um número suficiente de ciclos. 
A amostragem deverá cobrir um número maior de ciclos, caso estes não sejam regulares ou apresentem 
níveis com grandes variações de valores. O Ciclo seria basicamente o seguinte: um trabalhador no início 
19 
 
da jornada executa suas atividades na prensa, após 2 horas vai para o moinho, fica 3 horas, e aí segue 2 
horas na injetora. Dessa forma deve se executar a medição de ruído desse ciclo de exposição. 
No decorrer da jornada diária, quando o trabalhador executar duas ou mais rotinas 
independentes de trabalho, a avaliação da exposição ocupacional poderá ser feita avaliando-se, 
separadamente, as condições de exposição em cada uma das rotinas e determinando-se a exposição 
ocupacional diária pela composição dos dados obtidos. 
Havendo dúvidas quanto à representatividade da amostragem, esta deverá envolver 
necessariamente toda a jornada de trabalho. 
6. Cálculo para o Ruído Contínuo segundo a NR-15 (insalubridade) 
Medidor de leitura instantânea: 
Um trabalhador executa suas atividade com ruído. Para realizar a medição foi utilizado um 
medidor de leitura instantânea por meio de n leituras seqüenciais colhidas a intervalos de tempo fixos e 
predefinidos, identificados por "At", de no máximo 15 segundos. 
A formula utilizada foi: 
 
NM = nível médio representativo da exposição do trabalhador avaliado 
ni = número de leituras obtidas para um mesmo nível assumido - NPSi 
n = número total de leituras [devem ser incluídas as leituras de valores abaixo de 80 dB(A)] 
NPSi = iésimo nível de pressão sonora assumido, em dB(A) [não devem ser incluídos os níveis de 
pressão sonora inferiores a 80 dB(A)] 
O medidor de leitura instantânea calibrado, com certificado já faz o calculo direto do Nível 
Médio facilitando o trabalho do avaliador. Porém os intervalos de leituras devem estar calibrados para 
serem realizados no máxímo a cada 15 segundos segundo para NHO 01. 
As medições foram relatadas conforme a tabela abaixo: 
XXXXXXX 
Ciclo de exposição 
Nível 
Médio 
de Ruído 
(NM) dB 
Tempo Real de Exposição diária (Hora) 
1 83 1 
2 87 2,5 
3 90 2 
4 93 1,5 
5 95 1,5 
 
20 
 
Calculo da dose: Deve se utilizar a tabela do anexo 1 da NR-15 apresentada nesse material. 
Dose = C1/T1....Cn/Tn = +(2,5/6)+(2/4)+(1,5/2,666)+(1,5/2) = 2,23 
A dose sendo maior que um já se conclui que o trabalhador esta em condições insalubres. 
Agora calculamos o NE 
𝑁𝐸 = 10 log ((
480
𝑇𝑒𝑥
) 𝑥 (
𝐷
100
)) + 85 
Tex é igual a 7,5 horas que foram os ruídos computados na dose que será igual a 450 minutos. 
O D é um valor inteiro, mas na fórmula do NE se deseja o % por isso o D é 2,23x100 = 223 
NE =10log((480/450)x(223/100))+85 = 88,76 
Agora Calculamos NEN para verificar a exposição diária para uma jornada de 8 horas: 
𝑁𝐸𝑁 = 𝑁𝐸 + 16,61log⁡(
𝑇𝑒𝑥
480
) 
NEN = 88,76+16,61log(450/480) = 88,29dB 
O calculo do ruído diário é equivalente a 88,29dB para uma jornada de oito horas de trabalho. 
Dessa forma se estabelece que o trabalhador esta em condições insalubres. 
6.1 Cálculo para o Ruído Contínuo segundo a NHO-01 para 
aposentadoria especial 
Apresentando o mesmo caso de trabalhador que no exemplo anterior: 
XXXXXXX 
Ciclo de exposição 
Nível Médio de Ruído (NM) dB Tempo Real de Exposição diária (Hora) 
1 83 1 
2 87 2,5 
3 90 2 
4 93 1,5 
5 95 1,5 
 
Calculo da dose: Deve se utilizar a tabela da NHO-01 apresentada nesse material. 
No caso da NHO-01 se considera o limite de exposição para 83dB. No caso, para NHO-01 se considera 
até 80dB no caso do calculo do valor da dose. 
Dose = C1/T1....Cn/Tn = +(1/12,69)+(2,5/6)+(2/4)+(1,5/2,666)+(1,5/2) = 2,308 
Agora calculamos o NE 
𝑁𝐸 = 10 log ((
480
𝑇𝑒𝑥
) 𝑥 (
𝐷
100
)) + 85 
21 
 
O Tex é 510 minutos, já que foi 8,5 horas de exposição. O D é um valor inteiro, mas na fórmula do NE 
se deseja o % por isso o D é 2,308x100 = 230,80 
NE =10log((480/510)x(230,80/100))+85 = 88,36 
Agora Calculamos NEN para verificar a exposição diária para uma jornada de 8 horas: 
𝑁𝐸𝑁 = 𝑁𝐸 + 10log⁡(
𝑇𝑒𝑥
480
) 
NEN = 88,36+10log(510/480) = 88,62dB 
Logo o trabalhador terá direito a aposentadoria especial segundo a NHO-01. 
Percebe que com a fórmula utilizada para calculo do ruído segundo a NHO-01 o ruído dá 
levemente maior que o da NR-15. Isso pode acarretar na possibilidade, para ruídos com NEN próximos 
a 85dB de acordo com a NR-15, ser superiores a 85dB para NHO-01 dando ao trabalhador o direito a 
aposentadoria especial e não a insalubridade. A Atuação recomendada segundo a NHO é adoção de 
medidas preventivas e corretivas visando à redução da dose diária. 
A tabela abaixo menciona as medidas necessárias para atuação de acordo com o ruído. 
Dose 
diária 
(%) 
NEN 
dB(A) 
Consideração 
técnica 
Atuação recomendada 
0 a 50 até 82 Aceitável no mínimo manutenção da 
condição existente 
50 a 80 82 a 84 acima do nível 
de ação 
adoção de medidas preventivas 
80 a 100 84 a 85 região de 
incerteza 
adoção de medidas preventivas e 
corretivas visando a redução da 
dose diária 
Acima 
de 100 
> 85 acima do limite 
de exposição 
adoção imediata de medidas 
corretivas 
 
Os equipamentos utilizados na calibração dos medidores de nível de pressão sonora, devem 
atender às especificações da Norma ANSI S1.40-1984 ou IEC 942-1988. 
22 
 
6.3 Utilizando medidor integrador portado pelo avaliador (deve-se 
calcular o nível médio de cada ciclo) 
Quando a medição cobrir um período representativo da exposição ocupacional, o nível 
médio fornecido pelo medidor será representativo da exposição do trabalhador avaliado durante toda a 
sua jornada de trabalho, correspondendo ao nível de exposição. 
Se for determinada a fração de dose, esta deverá ser projetada para a jornada diária efetiva de 
trabalho. A dose será sempre relativa a toda jornada de trabalho. 
Quando forem utilizados medidores cujo tempo de integração seja prefixado e não cubra o 
período mínimo representativo da exposição, deverão ser seguidos os procedimentos complementares 
relacionados a seguir: 
• medições seqüenciais, cada uma com tempo de duração dentro do limite imposto pelo medidor (pode 
ser 10 segundos ou 15 segundos); 
• número de medições suficiente para cobrir um período representativo da exposição; 
• registro de todas as leituras das medições para permitir a determinação do nível médio ou da fração 
de dose relativos ao período avaliado, mediante a seguinte expressão matemática: 
 
NM = Nível médio representativo da exposição do trabalhador avaliado 
ni = número de leituras obtidas para um mesmo nível médio parcial assumido - NMi 
n = número total de leituras= n1 + n2 + ... + ni + ... + nn 
NPi = iésimo nível médio de pressão sonora assumido, em dB(A) 
Na análise da exposição ao ruído de um trabalhador no exercício de suas funções, 
identificou-se um ciclo de exposição que em média apresentou duração de 7 minutos e 50 segundos. O 
período de medição foi adotado visando cobrir 15 ciclos de exposição completos, de modo a garantir 
boa representatividade, perfazendo um total de 117 minutos e 30 segundos (7050 segundos). 
Dessa forma, foram feitas 705 leituras, uma leitura a cada dez segundos, cobrindo o intervalo total de 
7050 segundos. Os dados obtidos são apresentados na tabela a seguir: 
 
Número 
igual de 
registros 
(I) 
NPSi Ni 
1 < 80,0 188 
2 83,5 3 
3 84 7 
4 85 21 
23 
 
5 85,5 38 
6 86,5 42 
7 88 53 
8 88,5 47 
9 89 52 
10 90 75 
1 1 90,5 65 
12 91 53 
13 92 27 
14 95 17 
15 98 12 
16 99,5 5 
Total de leituras = n 705 
 
O NPSi é o nível de pressão sonora instantânea medida. Ni é referente a quantas vezes foi encontrada 
aquela pressão sonora específica instantânea. E n é o número de leituras. 
NE=10log[1/750(3 100,183,5 + 7 100,184,0 + 21100,185,0 
+38100,185,5 + 42 100,186,5 + 53 100,188,0 + 47 100,188,5 + 
+52100,189,0 + 75 100,190,0 + 65 100,190,5 + 53 100,191,0 + 
+27100,192,0 + 17 100,195,0 + 12 100,198,0 + 5 100,199,5 )] 
Quando a medição cobrir um período representativo da exposição ocupacional, o nível médio, 
determinado pelo procedimento de cálculo apresentado anteriormente, será representativo da exposição 
do trabalhador avaliado durante toda a sua jornada de trabalho, correspondendo ao nível de exposição. 
NM = NE = 89dB 
NEN = NE + 10log(Tex/480) 
O Tex para os ciclos irá se repitir, por isso dá para se deduzir que Tex de 480 teremos um ruído de 
89dB. Isso foi possível porque foram medidos todos os ciclos de exposição. 
NEN= 89 +16,6log(480/480) 
NEN = 89dB 
O mesmo vai valer para o calculo de acordo com a NHO 01. 
NEN= 89 +10log(480/480) 
NEN = 89dB 
 Os aparelhos de medição de nível de pressão sonora integrado ao operador (dosímetros de 
ruído) apresentam o Neq que é o nível médio de exposição. Caso o Neq seja representativo de todos os 
24 
 
ciclos de exposição completos, teremos de forma direta o valor do NEN. A normalização só será 
realizada caso o trabalhador trabalhe acima das 8 horas diárias. 
7. Protetor Auditivo Ideal para Proteção do Trabalhador 
O nível de redução do ruído (NRR) do protetor auditivo é o índice que poderíamos invocar de 
“nível de atenuação perfeita”, pois seu valor é computado em laboratórios, ou seja, em locais cujas 
condições são extremamente controladas por profissionais habilitados e capacitados. Ou melhor, em 
cabíveis condições ambientais para realizar uma análise. O valor do NRR está relacionado ao EPI 
utilizado como protetor auditivo com respectivo CA. 
Elucidando a importância do NRR, quanto maior o valor aferido, maior será a atenuação do 
protetor auditivo. Em situações práticas, isto é, in loco, sabe-se que essas “condições ideais” não se 
constatam habitualmente, conforme profere Silvio Bistafa (2011) em seu livro ‘Acústica Aplicada ao 
Ruído’. 
O Nível de Redução de Ruído não deve ser aplicado no Brasil, pois trata-se de uma 
aproximação “perfeita”, que pode conceber dissonâncias subsequentes. De acordo com o atravessar dos 
anos, constatando a significância da aplicabilidade do NRR em situações práticas, com o desiderato de 
utiliza-lo em casos atinentes ao ruído, foi instaurado o fator de correção, embasado pelo Instituto 
Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional – NIOSH que é 0,5. 
𝑁𝑃 = 𝑁𝑃𝑆 − (𝑁𝑅𝑅𝑥𝑓𝑐𝑁𝐼𝑂𝑆𝐻) 
Onde: 
NP: Nível Protegido, expresso em dB (A). 
NPS: Nível de Pressão Sonora do local, expresso em dB (A). 
NRR: Nível de Redução de Ruído, expresso em dB (A). 
fcNIOSH: Fator de correção correlato com a metodologia NIOSH (adimensional) que é 0,5. 
Diante da expressão obtida por meio de estudos empíricos, isto é, através de práticas 
laboratoriais e análises estatísticas, tem-se um exemplo número para aplica-la. 
Exemplo: Um protetor auricular do tipo plugue de silicone da 3M possui um Nível de Redução de 
Ruído de 29 dB (A). Seu fator de correção recomendado pelo método NIOSH é de 0,50. Para concluir, o 
trabalhador fica exposto em seu posto de trabalho ao nível de pressão sonora de 100 dB (A). Logo, 
diante das premissas, deve-se calcular o valor de NP. 
Solução: 
NP = NPS – (NRR x fcNIOSH) NPS = 100 dB (A); NRR = 29 dB (A) e fcNIOSH = 0,5 (adimensional). 
Assim, NP = 100 – (29x0,5) = 100 – 14,5 → NP = 85,5 dB (A). 
Interpretação do exemplo: a atenuação deste protetor auricular é de 14,5 dB. 
Caso o valor do NP específico do exercício anterior seja calculado de acordo com o padrão 
estabelecido na NR-15 e também na NHO, lembrando que a NHO e a NR-15 possuem valores de “q” 
25 
 
diferentes. Esse EPI do exemplo anterior não irá retirar o direito à aposentadoria especial e nem 
insalubridade do trabalhador. Essa comprovação de efetividade do EPI deverá estar presente no LTCAT 
da empresa. 
8. Anexo 3 – Limites de Tolerância para Exposição ao Calor 
É o Agente físico com maior variabilidade de efeitos individuais, ou seja, a susceptibilidade 
individual é um fator fundamental para a resposta a exposição desse agente. 
Calor metabólico resultante da atividade física, podendo ser leve, moderada ou pesada. A 
temperatura do ar, umidade e velocidade do ar e calor no ambiente são fatores físicos que sua 
intensidade sensorial em relação aos seres humanos depende de fatores psicofisiológicos avaliados na 
NR-17. As vestimentas exigidas para o trabalho podem ser determinantes na satisfação do homem, 
permitindo-lhe sentir termicamente confortável. Caracterização do ambiente de calor é essencial para ter 
o controle do desempenho humano: as atividades intelectuais, manuais e perceptivas, geralmente 
apresentam um melhor rendimento quando realizadas em conforto térmico. 
Cada indivíduo possui uma temperatura corporal neutra, na qual não precisa utilizar seus 
mecanismos de termorregulação: 
T corpo < T neutra. Ocorre neste caso o mecanismo de vaso constrição 
1. Tcorpo < 35 oC: Ocorre a perda de eficiência (habilidade) 
2. Tcorpo < 31 oC: Situação de temperatura corporal letal 
Tcorpo > T neutra: Ocorre neste caso o mecanismo de vaso dilatação 
1. Tcorpo > 37 oC: Inicia-se o fenômeno do suor 
2. Tcorpo > 39 oC: Inicia-se a perda de eficiência 
3. Tcorpo > 43 oC Situação de temperatura corporal letal 
Cada grupo homogêneo de ser humano apresenta respostas fisiológicas e comportamentais 
em função de pequenas diferenças entre a temperatura do corpo com a temperatura ambiente. 
26 
 
 
Enquanto os elementos convectivos, radiantes e condutivos forem positivos, integrantes do 
processo de troca de calor, o equilíbrio térmico corporal será mantido por evaporação (mas somente por 
evaporação) até um determinado limite, desde que o ar seja suficientemente seco para permitir uma alta 
taxa de evaporação. A movimentação do ar acelerará a evaporação, (dissipação de calor), mesmo 
quando a temperatura do ar circulante seja superior à temperatura da pele da seguinte forma: 
1. A fina camada de ar em contato com a pele absorverá a umidade da pele por evaporação até 
saturar. 
2. O ar circulante removerá este envelope de ar saturado (para continuar o processo de 
evaporação). 
27 
 
3. Se o ar estiver completamente saturado e mais quente que a pele, a movimentação do ar 
apenas aumentará a sensação de desconforto e o ganho de calor. 
Está-se fazendo frio e a umidade é acentuada, os efeitos do frio tendem a ser maiores, 
aumentando ainda mais a sensação térmica de frio. Assim como a sensação de calor é aumentada com a 
umidade. O ideal, para muitos, é o frio seco e o calor seco, embora seja importante que os níveis de 
umidade não sejam abaixo de 40%. 
Muitos dos processos industriais, para moldagem

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