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Aula 04(7)

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CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL 
FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 
Mais uma vez estamos aqui para continuar o nosso curso de 
Direito Civil voltado para o concurso do PROCON-DF. 
O edital do seu concurso, quando o assunto é obrigações, dá 
destaque a parte que trata da extinção das obrigações, porém, antes de 
estudar este tópico, temos que saber o conceito de uma obrigação. 
Comceito de obrigação 
O renomado autor Caio Mario definiu a obrigação como sendo um 
vínculo jurídico em virtude do qual uma pessoa (sujeito ativo) pode 
exigir de outra (sujeito passivo) uma prestação economicamente 
apreciável. 
Deste conceito podemos listar dois tipos de elementos: 
1) elementos subjetivos: são as pessoas, a que pode exigir 
(credor) e a que pode ser exigida (devedor), caracterizando-se, 
respectivamente, o sujeito ativo e o sujeito passivo; e 
2) elemento objetivo: é a prestação, que deve ser de natureza 
patrimonial, dessa forma, também se caracteriza a 
patrimonialidade (valoração econômica). 
Como exemplo, se uma pessoa assinou um contrato de doação de 
uma casa para outra, temos o seguinte: 
1) elementos subjetivos: o doador (quem doa o bem) e o 
donatário (quem recebe o bem). 
2) elemento objetivo: a casa. 
Veja como o assunto pode ser cobrado na prova através da 
questão a seguir: 
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AULA 4 
OBRIGAÇÕES - EXTINÇÃO 
CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL 
FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 
1. (FGV - AUDITOR - TCM-RJ - 2008) Caracterizam o vínculo 
obrigacional: 
(A) a juridicidade e a existência de deveres. 
(B) a juridicidade e a existência de direitos. 
(C) a patrimonialidade e a sujeição. 
(D) a submissão e a liberalidade. 
(E) a patrimonialidade e a inexistência de direitos. 
Esta é uma questão relativamente simples. 
Conforme explicações acima, o vínculo obrigacional é composto da 
patrimonialidade (elemento objetivo) e da sujeição (elementos 
subjetivos). 
Gabarito: Letra C 
Adimplemento e extinção das obrigações 
O pagamento é a forma normal de extinção da obrigação por meio 
do cumprimento da prestação devida, e, também, do chamado 
pagamento indireto, que provoca igualmente a extinção da obrigação 
por outra via que não seja o cumprimento da prestação devida. Além 
disso, a obrigação também pode ser extinta sem o pagamento. A tabela 
a seguir sintetiza o assunto para que depois sejam feitos os devidos 
comentários: 
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FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 
FORMAS DE EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES 
1. PAGAMENTO DIRETO 
É a forma voluntária de extinção da obrigação por meio do cumprimento da 
prestação devida. 
2. FORMAS ESPECIAIS DE PAGAMENTO 
- Pagamento por consignação; 
- Pagamento com sub-rogação; e 
- Imputação do pagamento. 
B. PAGAMENTO INDIRETO 
- Dação em Pagamento; 
- Novação; 
- Compensação; e 
- Confusão. 
4. EXTINÇÃO SEM PAGAMENTO 
- Prescrição: acarreta o fim do direito de se exigir o cumprimento da 
obrigação; 
- Advento do Termo: faz cessar os efeitos do ato negocial; 
- Implemento de Condição: faz cessar os efeitos do ato negocial; e 
- Remissão: o credor perdoa ou dispensa graciosamente o devedor de 
pagar a dívida. 
S. EXTINÇÃO JUDICIAL 
É a forma involuntária de extinção da obrigação por meio de decisão 
judicial. 
Pagamento direto ou execução voluntária: (arts. 304 a 333 do CC) 
O pagamento é momento em que o devedor atende ao seu dever 
jurídico. Como vimos pode ser em um único instante ou através de uma 
ação continuada - como acontece nas obrigações sucessivas, em muitas 
das obrigações de fazer e em algumas de não fazer. 
São requisitos essenciais para a validade do pagamento: 
a) a existência do vínculo obrigacional que foi estudado na aula 
anterior. 
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FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 
b) a intenção de solvê-lo, já que o pagamento decorre de uma ação 
voluntária; 
c) o cumprimento exato da prestação: o devedor só se libera 
pagando exatamente o que deve: o credor não pode ser compelido a 
receber coisa diversa da pactuada mesmo que mais valiosa (art. 313 do 
CC), o devedor não pode compelir o credor a receber em partes aquilo 
que foi convencionado de ser pago por inteiro (art. 314 do CC), da 
mesma forma que o devedor deve satisfazer a execução pelo modo 
devido, pontualmente e no lugar determinado. 
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da 
que lhe é devida, ainda que mais valiosa. 
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, 
não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, 
por partes, se assim não se ajustou. 
d) a pessoa que efetua o pagamento (solvens); e 
e) a pessoa que recebe o pagamento (accipiens); 
Passemos agora à análise dos elementos do pagamento: 
I. Elementos subjetivos do pagamento: solvens e o accipiens. 
Deve-se ter cuidado para não denominar os elementos subjetivos 
do pagamento como credor e devedor, pois é possível que outras 
pessoas, diferentes do devedor, podem pagar; ao mesmo tempo que 
outras pessoas, diferentes do credor, podem receber. 
Desta forma, podem efetuar o pagamento: 
- o devedor, 
- o terceiro interessado, e 
- o terceiro não interessado. 
A confirmação dessas informações ocorre com o art. 304 do CC: 
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-
la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à 
exoneração do devedor. 
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FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se 
o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste." 
O terceiro interessado representa a pessoa que tem interesse 
patrimonial na extinção da dívida, tal como o fiador, o avalista e o 
adquirente de imóvel hipotecado. Havendo o pagamento por esta 
pessoa, há sub-rogação automática (sub-rogação legal) nos direitos 
do credor, com a transferência de todas as ações, exceções e garantias 
que detinha o credor primitivo. 
No que se refere ao terceiro não interessado, este não tem o 
mesmo interesse jurídico na solução da dívida, mas mero interesse 
moral ou econômico. O terceiro não interessado tem direito de 
reembolso do que pagar, se o fizer em seu próprio nome, mas não se 
sub-roga nos direitos do credor. Assim, se este terceiro fizer o 
pagamento em nome e em conta do devedor, sem oposição deste, não 
terá direito a nada, pois é como se fizesse uma doação, um ato de 
liberalidade. 
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu 
próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não 
se sub-roga nos direitos do credor. 
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito 
ao reembolso no vencimento. 
Nos termos do art. 306 do CC, só é possível o direito do terceiro 
se reembolsar se o pagamento houver sido feito em seu próprio nome, 
com conhecimento e sem oposição do devedor. 
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou 
oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se 
o devedor tinha meios para ilidir a ação. 
A lei, como se percebe, ataca as conseqüências do pagamento 
realizado por terceiro (interessado ou não interessado) sem o 
conhecimento ou mesmo com a oposição do devedor, nas hipóteses em 
que tinha meios para inibir a cobrança, como se daria no caso de dispor 
de defesas pessoais ou gerais contra o credor, tais como o instrumento 
de quitação, a prescrição da pretensão creditória ou nulidade do título. 
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FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃOO pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o 
represente, sob pena de não extinguir a obrigação. Pode também ser 
efetuada aos sucessores a título universal ou particular. Entretanto, 
considera-se válido o pagamento feito a terceiro quando: 
(i) for ratificado pelo credor; 
(ii) se reverter em proveito do credor ou 
(iii) feito a credor putativo. 
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito 
o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou 
tanto quanto reverter em seu proveito. 
Em qualquer hipótese, deve o pagamento ser feito a pessoa capaz 
de fornecer a devida quitação, sob pena de não valer. 
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da 
propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que 
ele consistiu. 
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se 
poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e 
consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la. 
No que se refere ao pagamento feito ao credor putativo 
(imaginário), a lei condiciona a eficácia da extinção da obrigação a dois 
requisitos: ter o accipiens a aparência de verdadeiro credor (Exemplos: 
herdeiro aparente, procurador cujo mandato foi revogado sem 
conhecimento de terceiros, o herdeiro que vem a ser afastado por 
indignidade, etc.) e estar o solvens de boa-fé. 
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, 
ainda provado depois que não era credor. 
Sobre o pagamento feito a menor, o Código menciona "pagamento 
cientemente feito ao credor incapaz de quitar", desta forma se conclui 
que "se o solvens desconhecia, sem culpa, a incapacidade do credor, o 
cumprimento será válido, ainda que o accipiens tenha dissipado ou 
malbaratado a prestação. 
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FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz 
de quitar, se o devedor não provar que em benefício dele 
efetivamente reverteu. 
Através do art. 311 do CC a lei estabelece uma presunção juris 
tantum (relativa) de que o portador da quitação seja autorizado a 
receber o pagamento, salvo se as circunstâncias afastarem a presunção 
relativa deste mandato tácito (como por exemplo, constar na quitação 
assinatura aparentemente falsificada). 
Art. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador 
da quitação, salvo se as circunstâncias contrariarem a presunção daí 
resultante. 
II. Elementos objetivos do pagamento: do objeto e da prova. 
O objeto do pagamento é a prestação. O credor não é obrigado a 
receber outra, diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa 
(dação em pagamento). Ainda que a obrigação tenha por objeto 
prestação divisível, o pagamento não pode ser efetuado por partes, se 
assim não se ajustou, nem o devedor é obrigado a receber dessa forma. 
Além disso, o pagamento em dinheiro é a forma mais importante 
e na qual todas as demais podem transformar-se. Através do art. 315 
do CC se depreende o princípio do nominalismo que regula as 
denominadas dívidas de dinheiro. Por força dessa regra, assevera 
Carlos Roberto Gonçalves, considera-se "como valor da moeda o valor 
nominal que lhe atribui o Estado, no ato de emissão ou cunhagem. De 
acordo com o referido princípio, o devedor de uma quantia em dinheiro 
libera-se entregando a quantidade de moeda mencionada no contrato ou 
no título da dívida, e em curso no lugar do pagamento, ainda que 
desvalorizada pela inflação, ou seja, mesmo que a referida quantidade 
não seja suficiente para a compra dos mesmos bens que podiam ser 
adquiridos, quando contraída a obrigação". Nada impede, outrossim, a 
adoção de cláusulas de escala móvel, para que se realize a 
atualização monetária da soma devida, segundo critérios escolhidos 
pelas próprias partes. 
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Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, 
em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos 
artigos subseqüentes. 
Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações 
sucessivas. 
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção 
manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua 
execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que 
assegure, quanto possível, o valor real da prestação. 
Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em 
moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o 
valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na 
legislação especial. 
A quitação é o documento que certifica a ocorrência do 
pagamento, é o instrumento que prova a extinção da obrigação. A 
quitação sempre pode ser dada por instrumento particular, mesmo que 
a obrigação resulte de um instrumento público; além disso, nela devem 
constar o valor e a espécie da dívida, o nome do devedor, o tempo e o 
lugar onde o pagamento se deu, e a assinatura do credor, ou de quem o 
represente. 
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e 
pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada. 
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por 
instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida 
quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o 
lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu 
representante. 
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo 
valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar 
haver sido paga a dívida. 
Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, 
perdido este, poderá o devedor exigir, retendo o pagamento, 
declaração do credor que inutilize o título desaparecido. 
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Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação 
da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de 
estarem solvidas as anteriores. 
Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes 
presumem-se pagos. 
Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do 
pagamento. 
Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o 
credor provar, em sessenta dias, a falta do pagamento. 
Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o 
pagamento e a quitação; se ocorrer aumento por fato do credor, 
suportará este a despesa acrescida. 
Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, 
entender-se-á, no silêncio das partes, que aceitaram os do lugar da 
execução. 
Segue quadro ilustrativo: 
III. Do local do pagamento 
Algumas vezes o instrumento que originou a obrigação determina 
o domicílio do pagamento, mas se não estiver claramente definido a 
regra é que o pagamento deve ser feito no domicílio do devedor 
(in dúbio pro devedor). Porém, se houver a designação de dois ou mais 
locais de pagamento, caberá ao credor eleger o que lhe for mais 
conveniente para receber o débito (exceção à regra in dúbio pro 
devedor). 
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Em caso de motivo grave, o pagamento pode ser feito em local 
diverso do convencionado. Se o pagamento é feito reiteradamente em 
lugar diferente do estipulado, presume-se renúncia do credor ao 
previsto no contrato. 
É interessante fazermos uma distinção entre a dívida QUESÍVEL 
(querable) e a dívida PORTÁVEL (portable). Quesível é a dívida que se 
paga, por princípio, no domicílio do devedor. Portável é a dívida que se 
paga em qualquer lugar determinado. A regra geral é que a dívidaseja 
normalmente quesível, isto é, deve ser paga no domicílio do devedor. 
Compete ao credor, portanto, ir até lá para receber o pagamento. 
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, 
salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário 
resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. 
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao 
credor escolher entre eles. 
Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou 
em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde situado o 
bem. 
Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o 
pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em 
outro, sem prejuízo para o credor. 
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz 
presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. 
IV. Do tempo do pagamento 
Quando houver estipulação da data de pagamento a dívida deve 
ser paga no dia do vencimento, salvo se houver antecipação do 
vencimento por conveniência do devedor ou em virtude de lei. 
Se o contrato for omisso o credor pode exigir o pagamento do 
débito imediatamente e, caso se trate de obrigação condicional, no dia 
do implemento da condição. 
De acordo com o art. 333 do CC, em situações excepcionais é 
possível a cobrança antecipada da dívida. 
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Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido 
ajustada época para o pagamento, pode o credor exigi-lo 
imediatamente. 
Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do 
implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste 
teve ciência o devedor. 
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de 
vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código: 
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; 
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em 
execução por outro credor; 
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do 
débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a 
reforçá-las. 
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, 
solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros 
devedores solventes. 
2. (FGV/ICMS-RJ/Fiscal de Rendas/2010) Com relação ao 
pagamento, analise as afirmativas a seguir. 
I. Terceiros não interessados podem pagar a dívida em seu 
próprio nome, desde que esteja vencida. 
II. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que 
lhe é devida, a não ser que seja substancialmente mais valiosa. 
III. O pagamento cientemente feito a credor incapaz de quitar 
não vale, a não ser que o devedor prove que o pagamento 
efetivamente reverteu em benefício do credor. 
Assinale: 
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(E) se somente a afirmativa III estiver correta. 
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Análise das afirmativas: 
I. ERRADA. De acordo com o art. 305, § único do CC, o terceiro não 
interessado pode pagar a dívida antes ou depois do vencimento, porém, 
se pagar antes, só terá direito ao reembolso a partir da data de 
vencimento. 
II. ERRADA. Segundo o art. 313 do CC, mesmo a prestação diversa 
sendo mais valiosa, o credor não é obrigado a recebê-la. 
III. CERTA. De acordo com o art. 310 do CC. 
Gabarito: E 
Do pagamento indevido 
Pagamento indevido é uma das formas de enriquecimento ilícito, 
por decorrer de uma prestação feita por alguém com o intuito de 
extinguir uma obrigação erroneamente pressuposta, gerando ao 
accipiens (aquele que recebe), por imposição legal, o dever de restituir, 
uma vez estabelecido que a relação obrigacional não existia, tinha 
cessado de existir ou que o devedor não era o solvens (aquele que 
paga) ou o accipiens não era o credor. O indébito pode ser de duas 
espécies: 
• objetivo: se o devedor paga dívida inexistente, ou que já foi paga. 
• subjetivo: se há uma dívida que é paga por quem não é devedor ou a 
quem não é credor. 
Espécies de Pagamento Indireto. 
- Consignação em pagamento: (arts. 334 a 345 do CC) 
Muitas vezes o credor se recusa a receber ou dar a quitação. Para 
isso o sistema processual criou uma técnica chamada de consignação 
em pagamento ou depósito judicial que é a primeira espécie de 
pagamento de que vamos tratar. É um instituto de direito material e de 
direito processual. 
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FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 
Define-se como o depósito judicial da coisa devida, realizada pelo 
devedor com causa legal. Trata-se de pagamento compulsório, só 
excepcionalmente admitido, ou melhor, representa meio especial 
concedido ao devedor para liberar-se da obrigação. Só nas obrigações 
de fazer e de não fazer, pela sua natureza, descabe a consignação, nas 
demais, cabe também para valores em dinheiro, para coisas móveis e 
coisas imóveis. 
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o 
depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa 
devida, nos casos e forma legais. 
Art. 335. A consignação tem lugar: 
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o 
pagamento, ou dar quitação na devida forma; 
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, 
tempo e condição devidos; 
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado 
ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; 
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o 
objeto do pagamento; 
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será 
mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, 
todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento. 
Art. 337. O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, 
cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da dívida 
e os riscos, salvo se for julgado improcedente. 
Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou 
não o impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, 
pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para 
todas as conseqüências de direito. 
Art. 339. Julgado procedente o depósito, o devedor já não poderá 
levantá-lo, embora o credor consinta, senão de acordo com os 
outros devedores e fiadores. 
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Art. 340. O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o 
depósito, aquiescer no levantamento, perderá a preferência e a 
garantia que lhe competiam com respeito à coisa consignada, 
ficando para logo desobrigados os co-devedores e fiadores que não 
tenham anuído. 
Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser 
entregue no mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor 
para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada. 
Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, 
será ele citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de 
ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo 
devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente. 
Art. 343. As despesas com o depósito, quando julgado procedente, 
correrão à conta do credor, e, no caso contrário, à conta do devedor. 
Art. 344. O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante 
consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores,tendo conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento. 
Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que 
se pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a 
consignação. 
Sub-rogação: (arts. 346 a 351 do CC) 
Em sentido amplo sub-rogar é colocar uma coisa em lugar de 
outra, ou uma pessoa em lugar de outra. Duas portanto são as espécies 
de sub-rogação: a sub-rogação real (coisas) e a pessoal (pessoas). Na 
sub-rogação real verifica-se a substituição de uma coisa por outra, 
ficando a segunda em lugar da primeira, com os mesmo ônus e 
atributos. Assim acontece nos casos de sub-rogação de vínculos que 
recaiam sobre bens inalienáveis. Na sub-rogação pessoal, ocorre 
substituição de uma pessoa por outra, ressalvando-se a esta os mesmos 
direitos e ações que àquela competiam. É da sub-rogação pessoal que 
se ocupa o Código Civil, no capítulo do pagamento com sub-rogação. 
Exemplo de sub-rogação: cessão de direitos creditórios daquele 
que pagou a obrigação alheia ou emprestou a quantia necessária para o 
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pagamento que satisfez o credor; esse terceiro sub-roga-se em nome do 
credor, de modo que o devedor não se desonera do vínculo obrigacional. 
A obrigação estará extinta para o antigo credor, apenas, que não mais 
poderá cobrá-la - em tese, então, não extingue a obrigação, mas sim a 
substituição do sujeito passivo. 
Parece ser uma cessão de crédito pois aqui também há uma 
alteração subjetiva da obrigação, mas não é cessão por diversas razões: 
a) a cessão de crédito independe de pagamento, a sub-rogação 
depende; 
b) a cessão visa lucro, a sub-rogação não: CC., art. 350 
c) a sub-rogação dispensa notificação do devedor, a cessão de crédito 
não: CC., art. 290; 
d) na sub-rogação não se tem a transferência, legal ou convencional, do 
direito creditório, a cessão sempre será feita por um ato consensual. 
Trata-se de um instituto autônomo, mediante o qual o crédito, 
com o pagamento feito pelo terceiro, se extingue ante o credor 
satisfeito, mas não em relação ao devedor, tendo-se apenas uma 
substituição legal ou convencional do sujeito ativo. A sub-rogação é, 
pois, uma forma de pagamento que mantém a obrigação, apesar de 
haver a satisfação do primitivo credor. 
A sub-rogação pode ser legal, quando imposta por lei (art. 346 do 
CC), ou convencional (art. 347 do CC): quando resultar de acordo de 
vontade entre o credor e terceiro, e entre o devedor e terceiro. 
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito (legal), em 
favor: 
I - do credor que paga a dívida do devedor comum; 
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor 
hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não 
ser privado de direito sobre imóvel; 
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou 
podia ser obrigado, no todo ou em parte. 
Art. 347. A sub-rogação é convencional: 
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I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e 
expressamente lhe transfere todos os seus direitos; 
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa 
para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante 
sub-rogado nos direitos do credor satisfeito. 
Art. 348. Na hipótese do inciso I do artigo antecedente, vigorará o 
disposto quanto à cessão do crédito. 
Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, 
ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, 
contra o devedor principal e os fiadores. 
Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os 
direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver 
desembolsado para desobrigar o devedor. 
Art. 351. O credor originário, só em parte reembolsado, terá 
preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os 
bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um 
e outro dever. 
Imputação do pagamento: (arts. 352 a 355 do CC) 
Ocorrerá sempre que a pessoa obrigada, por dois ou mais débitos 
da mesma natureza, a um só credor, puder indicar a qual deles oferece 
em pagamento. Extingue o débito a que se refere, bem como todas as 
garantias reais e pessoais. 
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma 
natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles 
oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. 
Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas 
líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação 
de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita 
pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo. 
Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á 
primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação 
em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital. 
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Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação 
for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e 
vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e 
vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa. 
De acordo com o art. 353 do CC, a imputação pressupõe 5 
elementos: 
a) dualidade ou multiplicidade de débitos; 
b) identidade de credor e de devedor; 
c) os débitos devem ser da mesma natureza; 
d) devem ser ainda líquidos e estarem vencidos; 
e) o pagamento deve cobrir qualquer desses débitos. 
A imputação do pagamento pode ser feita: 
a) pelo devedor: CC. arts. 314, 352 e 353, 
b) pelo credor: CC. art. 353 
c) em razão de determinação legal: CC art. 355 
Dação em pagamento: (arts. 356 a 359 do CC) 
A dação em pagamento é um acordo firmado entre devedor e 
credor, por via da qual o credor concorda em receber do devedor, para 
desobrigá-lo de uma dívida, objeto distinto daquele que constituiu a 
obrigação. 
É o que acontece quando João deve deve R$10.000,00 (dez mil 
reais) a José e este concorda em receber cinco cavalos ao invés da 
quantia original. 
Seus requisitos são: 
a) existência de um débito vencido; 
b) intenção de solver o débito; 
c) diversidade do objeto oferecido em relação ao devido; 
d) concordância do credor: expressa ou tácita. 
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Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa 
da que lhe é devida. 
Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as 
relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de 
compra e venda. 
Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a 
transferência importará em cessão. 
Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, 
restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a 
quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros. 
Sobre o art. 359 do CC, trataremos da evicção na próxima aula. 
Novação: (arts. 360 a 367 do CC) 
Novação é a substituição de uma dívida por outra, ocorrendo a 
mera substituição e não a extinção da obrigação. È um ato que cria uma 
nova obrigação destinada a extinguir a precedente, substituindo-a. 
Para que ela ocorra será preciso: 
a) existência de obrigação anterior, que se extingue com a constituição 
de nova, que vem a substituí-la (obligatio novanda); 
b) criação dessa nova obrigação, em substituição à anterior, que se 
extingue; 
c) capacidade, legitimação e intenção de novar; 
São três os modos pelos quais se opera a novação: 
a) pela mudança de objeto da prestação;b) pela mudança do devedor; 
c) pela mudança do credor. 
Assim, podemos concluir que a novação pode ser: 
a) objetiva ou real (art. 360, I do CC): quando há mutação do objeto 
devido entre as mesmas partes; 
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b) subjetiva ou pessoal (arts. 360, I e II do CC): quando há mutação 
de um ou ambos os sujeitos da obrigação: novação subjetiva ativa 
(mudança do credor) e novação subjetiva passiva por delegação 
(mudança do devedor com o consentimento do antigo devedor) ou 
novação subjetiva passiva por expromissão (sem o consentimento 
do antigo devedor); e 
c) mista: quando ocorre a mudança do objeto e de, pelo menos, um 
dos sujeitos da relação. 
Art. 360. Dá-se a novação: 
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir 
e substituir a anterior; 
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o 
credor; 
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é 
substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este. 
Vale mencionar que não se caracteriza novação: 
a) quando for feita simples redução do montante da dívida; 
b) mera tolerância do credor não importa manifestação da vontade de 
novar; 
c) não ocorre novação quando o credor tolera que o devedor lhe pague 
parceladamente; 
d) quando há modificação da taxa de juros 
Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas 
inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira. 
Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada 
independentemente de consentimento deste. 
Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o 
aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por 
má-fé a substituição. 
Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, 
sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, 
contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se 
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os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte 
na novação. 
Art. 365. Operada a novação entre o credor e um dos devedores 
solidários, somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação 
subsistem as preferências e garantias do crédito novado. Os outros 
devedores solidários ficam por esse fato exonerados. 
Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu 
consenso com o devedor principal. 
Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem 
ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas. 
Compensação: (arts. 368 a 380 do CC) 
Compensação é a extinção de duas obrigações, cujos credores são 
ao mesmo tempo devedores um do outro. Ou ainda, o simples desconto 
que reciprocamente se faz no que duas pessoas devem uma à outra. 
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor 
uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se 
compensarem. 
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e 
de coisas fungíveis. 
Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, 
objeto das duas prestações, não se compensarão, verificando-se que 
diferem na qualidade, quando especificada no contrato. 
Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que 
este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de 
seu credor ao afiançado. 
Seus requisitos são: 
a) reciprocidade das dívidas; 
b) que elas sejam líquidas e vencidas; 
c) que sejam homogêneas, isto é, da mesma natureza; e 
d) que não haja renúncia prévia de um dos devedores ou cláusula 
expressa excluindo essa possibilidade; 
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e) que se observe a norma relativa a imputação do pagamento se 
houver vários débitos compensáveis; e 
f) que não traga prejuízos a terceiros. 
Art. 372. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, 
não obstam a compensação. 
Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a 
compensação, exceto: 
I - se provier de esbulho, furto ou roubo; 
II - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos; 
III - se uma for de coisa não suscetível de penhora. 
Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo 
acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas. 
Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode 
compensar essa dívida com a que o credor dele lhe dever. 
Art. 377. O devedor que, notificado, nada opõe à cessão que o 
credor faz a terceiros dos seus direitos, não pode opor ao cessionário 
a compensação, que antes da cessão teria podido opor ao cedente. 
Se, porém, a cessão lhe não tiver sido notificada, poderá opor ao 
cessionário compensação do crédito que antes tinha contra o 
cedente. 
Art. 378. Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, 
não se podem compensar sem dedução das despesas necessárias à 
operação. 
Art. 379. Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas 
compensáveis, serão observadas, no compensá-las, as regras 
estabelecidas quanto à imputação do pagamento. 
Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de 
terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor, depois de 
penhorado o crédito deste, não pode opor ao exeqüente a 
compensação, de que contra o próprio credor disporia. 
Confusão: (arts. 381 a 384 do CC) 
Ocorrerá quando a mesma pessoa for credora devedora de si 
mesma. Em se operando a confusão as obrigações estarão extintas. A 
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confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida (confusão total ou 
própria), ou só de parte dela (confusão parcial ou imprópria). 
É o que ocorre quando um filho deve uma prestação ao seu pai e 
antes de pagar seu pai falece. Neste caso, o crédito do pai passará para 
o filho por ocasião da sucessão hereditária. Neste caso o filho será ao 
mesmo tempo credor e devedor. 
Também ocorre a confusão quando uma empresa devedora e 
incorporada pela empresa credora. 
Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se 
confundam as qualidades de credor e devedor. 
Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou 
só de parte dela. 
Art. 383. A confusão operada na pessoa do credor ou devedor 
solidário só extingue a obrigação até a concorrência da respectiva 
parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a 
solidariedade. 
Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos 
os seus acessórios, a obrigação anterior. 
Remissão: (arts. 385 a 388 do CC) 
Remissão é a liberação graciosa de uma divida, ou a renuncia 
efetuada pelo credor, que espontaneamente abre mão de seu crédito. 
Significa perdão da obrigação, isto é, dar-se a obrigação por paga. É 
palavra que tem origem no verbo remitir (perdoar) e não deve 
confundir-se com remição que vem de remir (pagar). A remissão 
consiste, portanto, em renúncia por parte do credor do crédito a que 
tinha direito. 
Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a 
obrigação, mas sem prejuízo de terceiro. 
Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por 
escrito particular, prova desoneração do devedor e seus co-
obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de 
adquirir. 
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Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a 
renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida. 
Art. 388. A remissãoconcedida a um dos co-devedores extingue a 
dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda 
reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não 
pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida. 
3. (FGV - AUDITOR - TCM-RJ - 2008) As despesas com o 
pagamento são: 
(A) do credor, que tem interesse em receber. 
(B) do devedor, que tem a obrigação de pagar. 
(C) do credor e do devedor, devendo ser repartidas por igual. 
(D) do devedor, exceto se o contrário tiver sido estipulado no 
contrato. 
(E) do credor, exceto se o contrário foi firmado no ajuste. 
A base legal da questão é o art. 325 do CC. 
Art. 325 do CC - Presumem-se a cargo do devedor as despesas com 
o pagamento e a quitação; se ocorrer aumento por fato do credor, 
suportará este a despesa acrescida. 
O credor tem o direito de receber a prestação livre de qualquer 
encargo ou dispêndio, dessa forma, presume-se que as despesas com 
pagamento ficam a cargo do devedor. 
Um exemplo prático da situação ocorre quando alguém compra 
um imóvel e o registra no respectivo Cartório de Imóveis. No caso, as 
despesas com a escritura pública e o registro, ficam a cargo do devedor 
(comprador do imóvel). 
Temos nesta situação uma exceção ao "in dúbio pro devedor". 
Gabarito: D 
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4. (FGV - ADVOGADO - BESC - 2004) Pafúncio é devedor da 
quantia de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) ao Banco da 
Praça S.A. Aconselhado pelo gerente do Banco, Pafúncio contraiu 
nova dívida no valor de R$ 1.100.000,00 (um milhão e cem mil 
reais) para quitar, extinguir e substituir a dívida anterior. Do 
ponto de vista do direito das obrigações, nesse caso ocorreu 
uma: 
(A) transação 
(B) remissão 
(C) compensação 
(D) dação em pagamento 
(E) novação 
Pelo enunciado da questão, uma nova dívida foi adquirida para 
substituir a dívida antiga. Como, apenas o objeto da dívida (R$ 
1.100.000,00) foi alterado, então ocorreu uma novação objetiva. 
Art. 360 do CC - Dá-se a novação: 
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir 
e substituir a anterior; 
[...]. 
Gabarito: E 
5. (ESAF - PGDF - PROCURADOR - 2007) Assinale a opção 
correta. 
(A) Configura supressio o pagamento reiteradamente feito em 
local diferente daquele previsto no contrato. 
(B) Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do credor salvo se as 
partes convencionarem diversamente ou se o contrário resultar 
da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. 
(C) Se o pagamento consistir em prestação relativa a imóvel, far-
se-á no lugar do domicílio do devedor. 
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(D) Nas hipóteses de vencimento antecipado de dívida previstas 
no art. 333 do Código Civil, se houver, no débito, solidariedade 
passiva, reputar-se-á vencido quanto aos outros credores 
solventes. 
(E) Designados no contrato dois ou mais lugares como local do 
pagamento, cabe ao devedor escolher entre eles. 
Análise das alternativas. 
(A) CERTA. A base legal é o art. 330 do CC. 
Para o credor há perda do direito do local do pagamento, em razão 
do fato de, sendo o seu titular, não o exercer durante certo tempo, logo 
não mais poderá exercê-lo sem contrariar a boa-fé (supressio), pois de 
sua inércia surgiu o direito subjetivo do devedor de efetuar o pagamento 
em local diferente do avençado (surrectio). 
(B) ERRADA. A base legal é o art. 327 do CC. Temos aqui um caso 
clássico de aplicação do conceito "in dúbio pro devedor". 
(C) ERRADA. A base legal é o art. 328 do CC. 
Art. 328 do CC - Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, 
ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde 
situado o bem. 
(D) ERRADA. A base legal é o art. 333, § único do CC. 
Art. 333 do CC - Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes 
de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código: 
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; 
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em 
execução por outro credor; 
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do 
débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a 
reforçá-las. 
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, 
solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros 
devedores solventes. 
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Como regra, o credor não está autorizado a reclamar o 
cumprimento da dívida antes do prazo de seu vencimento, exceto nas 
situações apresentadas pelos incisos do art. 333 do CC. 
Entretanto, se houver solidariedade passiva, o vencimento 
antecipado, nos casos listados através dos incisos do art. 333 do CC, 
relativo a um dos co-devedores, não atingirá aos demais que poderão 
ser demandados após o vencimento do débito. 
(E) ERRADA. A base legal é o art. 327, § único do CC. 
Art. 327 § único do CC - Designados dois ou mais lugares, cabe ao 
credor escolher entre eles. 
Temos aqui uma exceção ao caso clássico de aplicação do 
conceito "in dúbio pro devedor". 
Gabarito: Letra A 
6. (FCC - SEFIN/RO - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais -
2010) A respeito do Adimplemento das Obrigações, considere: 
I. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio 
nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar e se sub-roga 
nos direitos do credor. 
II. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, 
exceto se provado depois que não era credor. 
III. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que 
lhe é devida, ainda que mais valiosa. 
IV. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações 
sucessivas. 
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se 
afirma APENAS em 
(A) I, II e III. 
(B) I e IV. 
(C) II, III e IV. 
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(D) II e IV. 
(E) III e IV. 
Análise das afirmativas: 
I. ERRADA. Art. 305 do CC. Não há sub-rogação em se tratando de 
terceiro não interessado. 
II. ERRADA. Art. 309 do CC. O credor putativo é aquela pessoa que o 
devedor, agindo de boa-fé, julga ser o credor, mas na verdade não é. 
Como exemplo, temos a situação de litígio entre duas pessoas (A e B) a 
respeito de um direito. É o que acontece se o devedor julga ser A o 
credor e o paga, sendo que a sentença dá ganho à B. 
III. CERTA. Art. 313 do CC. 
IV. CERTA. Art. 316 do CC. 
Gabarito: Letra E. 
7. (FCC - TJ/AL - Juiz Substituto - 2007) Efetuar-se-á o 
pagamento no domicílio 
(A) de quem indicado expressamente no contrato e sendo 
designados dois ou mais lugares, cabe ao devedor escolher entre 
eles. 
(B) do credor, salvo se as partes convencionarem diversamente, 
ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das 
circunstâncias. 
(C) do credor, mas se o pagamento consistir na tradição de um 
imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar 
onde situado o bem. 
(D) de quem indicado expressamente no contrato, e, por isto, 
ainda que reiteradamente feito em outro local, não faz presumir 
a renúncia do credor ao previsto no instrumento contratual, que 
faz lei entre as partes. 
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(E) do devedor, salvo se as partes convencionarem 
diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da 
obrigação ou das circunstâncias. 
Com base no art. 327 do CC, para a resolução da questão vale a 
máxima "in dúbio pro devedor". 
Gabarito: LetraE 
8. (FCC - TRF 4a - Analista Judiciário - Execução de Mandados -
2007) Segundo as normas previstas pelo Código Civil brasileiro, 
com relação ao objeto do pagamento e sua prova, é correto 
afirmar: 
(A) O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que 
lhe é devida, exceto ser for mais valiosa. 
(B) O devedor que paga tem direito à quitação regular, e pode 
reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada. 
(C) Se a obrigação tiver por objeto prestação divisível, pode o 
credor ser obrigado a receber por partes, inclusive se assim não 
se estiver ajustado. 
(D) É ilícito, em qualquer hipótese, convencionar o aumento 
progressivo de prestações sucessivas. 
(E) Em regra, presumem-se a cargo do credor as despesas com o 
pagamento e a quitação. 
Análise das afirmativas: 
(A) ERRADA. Art. 313 do CC. Mesmo sendo a prestação mais valiosa, 
caso seja diversa da originalmente pactuada, o credor pode rejeitá-la. 
(B) CERTA. Art. 319 do CC. 
(C) ERRADA. Art. 314 do CC. Mesmo no caso de divisibilidade da 
prestação o credor não é obrigado a receber por partes se tal situação 
não tiver sido ajustada. 
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(D) ERRADA. Art. 316 do CC. Não há ilicitude no aumento progressivo 
de prestações sucessivas. 
(E) ERRADA. Art. 325 do CC. Tais despesas presumem-se a cargo do 
devedor. 
Gabarito: B 
9. (FCC - TCE/MG - Procurador do Ministério Público - 2007) A 
respeito da quitação, é correto afirmar que 
(A) sempre poderá ser verbal, desde que presentes duas 
testemunhas. 
(B) sempre poderá ser dada por instrumento particular, ainda 
que a dívida tenha se originado de negócio celebrado por 
escritura pública, com garantia hipotecária. 
(C) terá de ser dada por instrumento público, se o negócio a que 
se referir for celebrado por instrumento público. 
(D) designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do 
devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do 
pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu 
representante, não podendo esses requisitos serem supridos, 
ainda que dos termos do documento ou das circunstâncias 
resultem haver sido paga a dívida. 
(E) sendo o pagamento em quotas periódicas, a quitação da 
última estabelece presunção absoluta de estarem solvidas as 
anteriores. 
Análise das afirmativas: 
(A) ERRADA. Art. 320 do CC. A quitação sempre poderá ser dada por 
instrumento particular e não de forma verbal. 
(B) CERTA. Art. 320 do CC. 
(C) ERRADA. Art. 320 do CC. Não há necessidade de instrumento 
público, pois sempre existe a possibilidade de instrumento particular. 
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(D) ERRADA. Art. 320, § único do CC. Ainda sem os requisitos 
mencionados, valerá a quitação, se de seus termos ou das 
circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. 
(E) ERRADA. Art. 322 do CC. A presunção é relativa. 
Gabarito: Letra B. 
10. (FCC - TJ/SE - Analista Judiciário - Direito - 2009) A 
respeito do adimplemento das obrigações, considere: 
I. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes 
presumem-se devidos. 
11. O devedor pode reter o pagamento enquanto não lhe seja 
dada quitação regular. 
III. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações 
sucessivas. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I. 
(B) I e II. 
(C) I e III. 
(D) II. 
(E) II e III. 
Análise das afirmativas: 
I. ERRADA. Art. 323 do CC. Não se mencionando o pagamento dos 
juros na quitação, presume-se que eles foram pagos. 
II. CERTA. Art. 319 do CC. 
III. CERTA. Art. 318 do CC. 
Gabarito: Letra E. 
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11. (FCC - TRT 2a - Analista Judiciário - Execução de Mandado -
2008) A respeito do pagamento, é INCORRETO afirmar: 
(A) É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações 
sucessivas. 
(B) O devedor que paga tem direito à quitação regular, mas não 
pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada. 
(C) Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da 
última estabelece, até prova em contrário, a presunção de 
estarem solvidas as anteriores. 
(D) Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes 
presumem-se pagos. 
(E) A entrega do título ao devedor firma a presunção do 
pagamento. 
Análise das alternativas: 
(A) CERTA. Conforme o art. 316 do CC. 
(B) ERRADA. Art. 319 do CC. É possível sim a retenção do pagamento 
se o credor não quiser fornecer a quitação da obrigação. 
(C) CERTA. Conforme o art. 322 do CC. 
(D) CERTA. Conforme o art. 323 do CC. 
(E) CERTA. Conforme o art. 324 do CC. 
Gabarito: Letra B 
12. (FCC - TRE/PI - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2009) 
Sobre o adimplemento e extinção das obrigações, considere: 
I. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os 
direitos e as ações do credor, senão até a soma que tiver 
desembolsado para desobrigar o devedor. 
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II. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio 
nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar, ficando sub-
rogado, ainda, nos direitos do credor. 
III. Na imputação do pagamento, havendo capital e juros, o 
pagamento imputar-se-á primeiro no capital e, depois, nos juros 
vencidos, salvo estipulação em contrário. 
IV. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, 
ainda provado depois que não era credor. 
De acordo com o Código Civil Brasileiro, está correto o que se 
afirma APENAS em 
(A) I, II e III. 
(B) I, III e IV. 
(C) I e IV. 
(D) II e III. 
(E) II, III e IV. 
Análise das afirmativas: 
I. CERTA. Conforme o art. 350 do CC. 
II. ERRADA. Art. 305 do CC. Não há sub-rogação em se tratando de 
terceiro não interessado. 
III. ERRADA. Art. 354 do CC. A ordem está invertida. Primeiro são os 
juros e depois o capital. 
IV. CERTA. Conforme o art. 309 do CC. 
Gabarito: Letra C. 
13. (FCC - CGJ/ES - Atividade Notarial e de Registro - 2007) 
Considere o seguinte conceito: "Substituição nos direitos 
creditórios daquele que solveu obrigação alheia ou emprestou a 
quantia necessária para o pagamento que satisfez o credor". 
Trata-se da: 
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(A) Imputação do pagamento. 
(B) Sub-rogação pessoal. 
(C) Dação em Pagamento. 
(D) Compensação. 
(E) Novação. 
O enunciado descreve o conceito de sub-rogação pessoal dado 
pelo art. 347, II do CC. 
Gabarito: Letra B. 
14. (FCC - TRT 15a - Analista Judiciário - Judiciário - 2009) João 
está obrigado por três débitos da mesma natureza a um só 
credor, todos líquidos e vencidos, e se dispõe a oferecer quantia 
em pagamento. O instituto que lhe dá o direito de indicar a qual 
desses débitos oferece pagamento denomina-se 
(A) compensação. 
(B) dação em pagamento. 
(C) novação. 
(D) imputação do pagamento. 
(E) pagamento em consignação. 
O enunciado descreve o conceito de imputação do pagamento 
dado pelo art. 352 do CC. 
Gabarito: Letra D. 
15. (FCC - TRT 18a - Analista Judiciário - Administrativa - 2008) 
Se o credor consentir em receber prestação diversa da que lhe é 
devida ocorre a 
(A) novação. 
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(B) imputação do pagamento. 
(C) dação em pagamento. 
(D) compensação. 
(E) confusão. 
A assertiva descreve a definição de dação em pagamento dada 
pelo art. 356 do CC. 
Gabarito: Letra C. 
16. (FCC - ANS -Analista em Regulação - Especialidade: Direito 
- 2007) Ocorre a dação em pagamento quando 
(A) o credor, com o consentimento do devedor, voluntariamente 
abre mão de seus direitos de crédito, extinguindo a relação 
obrigacional. 
(B) o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e 
substituir a anterior. 
(C) novo devedor sucede o antigo, ficando este quite com o 
credor. 
(D) outro credor, em virtude de obrigação nova, é substituído ao 
antigo, ficando o devedor quite com este. 
(E) o credor consente em receber prestação diversa da que lhe é 
devida. 
A definição de dação em pagamento dada pelo art. 356 do CC está 
de acordo com a alternativa E. 
Gabarito: Letra E. 
17. (FCC - TRF 3a - Analista Judiciário - Judiciária - 2007) A 
respeito do adimplemento e extinção das obrigações, considere: 
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I. O credor é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é 
devida se for mais valiosa. 
II. A pessoa obrigada, por dois ou mais débitos da mesma 
natureza, a um só devedor, tem o direito de indicar a qual deles 
oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. 
III. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e 
de coisas fungíveis. 
IV. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a 
obrigação, mas sem prejuízo de terceiro. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I e II. 
(B) I, II e IV. 
(C) I e III. 
(D) II, III e IV. 
(E) II e IV. 
Análise das alternativas: 
I. ERRADA. Art. 313 do CC. Mesmo sendo a prestação mais valiosa, 
caso seja diversa da originalmente pactuada, o credor pode rejeitá-la. 
Para exemplificar, se uma pessoa deve um automóvel Palio a outra, esta 
não é obrigada a aceitar um Honda Civic no lugar. 
II. CERTA. Art. 352 do CC. 
III. CERTA. Art. 369 do CC. 
IV. CERTA. Art. 385 do CC. 
Gabarito: Letra D. 
18. (FCC - TRT 7a - Analista Judiciário - Administrativa - 2009) 
A respeito da novação, pode-se afirmar que 
(A) não podem ser objeto de novação as obrigações anuláveis. 
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(B) importa exoneração do fiador a novação feita sem o seu 
consenso com o devedor principal. 
(C) a novação jamais extingue os acessórios e garantias da 
dívida. 
(D) a novação por substituição do devedor não pode ser 
efetuada independentemente do consentimento deste. 
(E) se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o 
aceitou, ação regressiva contra o primeiro, mesmo se este 
obteve por má-fé a substituição. 
Análise das alternativas: 
(A) ERRADA. Art. 367 do CC. As obrigações anuláveis podem ser objeto 
de novação. 
(B) CERTA. Art. 366 do CC. 
(C) ERRADA. Art. 364 do CC. Pelo fato da novação fazer surgir uma 
nova obrigação, como regra, há a extinção dos acessórios e das 
garantias da dívida. 
(D) ERRADA. Art. 362 do CC. Tal situação é possível e acarreta a 
novação subjetiva passiva por expromissão. 
(E) ERRADA. Art. 363 do CC. No caso de má-fé é possível a ação 
regressiva. 
Gabarito: Letra B 
19. (FCC - TJ/PI - Analista Judiciário - Oficial de Justiça e 
Avaliador - 2009) A compensação, que é causa extintiva da 
obrigação, pressupõe a presença de alguns requisitos. Dentre 
eles, é correto afirmar que as dívidas devem ser 
(A) exigíveis, mas não necessariamente certas e líquidas. 
(B) certas e líquidas, mas não necessariamente exigíveis. 
(C) certas, mas não necessariamente líquidas e exigíveis. 
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(D) líquidas, mas não necessariamente certas e exigíveis. 
(E) certas, líquidas e exigíveis. 
Com base no art. 369 do CC, para que possa ocorrer a 
compensação, as dívidas devem ser certas, líquidas e exigíveis. 
Gabarito: Letra E. 
20. (FEPESE - PGE/SC - PROCURADOR - 2009) Assinale a 
alternativa correta. 
(A) Na consignação em pagamento, o depósito é feito no lugar 
de escolha do devedor. 
(B) A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e 
de coisas infungíveis. 
(C) Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se 
confundam as qualidades de credor e devedor. 
(D) Em hipótese de dação em pagamento, se o credor for evicto 
da coisa recebida em pagamento não se restabelecerá a 
obrigação primitiva. 
(E) A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma 
natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles 
oferece pagamento, bastando que todos os débitos sejam 
líquidos. 
Análise das alternativas: 
(A) ERRADA. Art. 337 do CC. O depósito deve ser feito no lugar original 
do pagamento. 
(B) ERRADA. Art. 369 do CC. As coisas devem ser fungíveis. 
(C) CERTA. Art. 381 do CC. 
(D) ERRADA. Art. 359 do CC. Na situação apresentada a obrigação 
primitiva é restabelecida. 
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(E) ERRADA. Art. 352 do CC. Os créditos devem ser líquidos e 
vencidos. 
Gabarito: Letra C. 
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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA 
1. (FGV - AUDITOR - TCM-RJ - 2008) Caracterizam o vínculo 
obrigacional: 
(A) a juridicidade e a existência de deveres. 
(B) a juridicidade e a existência de direitos. 
(C) a patrimonialidade e a sujeição. 
(D) a submissão e a liberalidade. 
(E) a patrimonialidade e a inexistência de direitos. 
2. (FGV/ICMS-RJ/Fiscal de Rendas/2010) Com relação ao 
pagamento, analise as afirmativas a seguir. 
I. Terceiros não interessados podem pagar a dívida em seu 
próprio nome, desde que esteja vencida. 
II. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que 
lhe é devida, a não ser que seja substancialmente mais valiosa. 
III. O pagamento cientemente feito a credor incapaz de quitar 
não vale, a não ser que o devedor prove que o pagamento 
efetivamente reverteu em benefício do credor. 
Assinale: 
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(E) se somente a afirmativa III estiver correta. 
3. (FGV - AUDITOR - TCM-RJ - 2008) As despesas com o 
pagamento são: 
(A) do credor, que tem interesse em receber. 
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(B) do devedor, que tem a obrigação de pagar. 
(C) do credor e do devedor, devendo ser repartidas por igual. 
(D) do devedor, exceto se o contrário tiver sido estipulado no 
contrato. 
(E) do credor, exceto se o contrário foi firmado no ajuste. 
4. (FGV - ADVOGADO - BESC - 2004) Pafúncio é devedor da 
quantia de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) ao Banco da 
Praça S.A. Aconselhado pelo gerente do Banco, Pafúncio contraiu 
nova dívida no valor de R$ 1.100.000,00 (um milhão e cem mil 
reais) para quitar, extinguir e substituir a dívida anterior. Do 
ponto de vista do direito das obrigações, nesse caso ocorreu 
uma: 
(A) transação 
(B) remissão 
(C) compensação 
(D) dação em pagamento 
(E) novação 
5. (ESAF - PGDF - PROCURADOR - 2007) Assinale a opção 
correta. 
(A) Configura supressio o pagamento reiteradamente feito em 
local diferente daquele previsto no contrato. 
(B) Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do credor salvo se as 
partes convencionarem diversamente ou se o contrário resultar 
da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. 
(C) Se o pagamento consistir em prestação relativa a imóvel, far-
se-á no lugardo domicílio do devedor. 
(D) Nas hipóteses de vencimento antecipado de dívida previstas 
no art. 333 do Código Civil, se houver, no débito, solidariedade 
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passiva, reputar-se-á vencido quanto aos outros credores 
solventes. 
(E) Designados no contrato dois ou mais lugares como local do 
pagamento, cabe ao devedor escolher entre eles. 
6. (FCC - SEFIN/RO - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais -
2010) A respeito do Adimplemento das Obrigações, considere: 
I. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio 
nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar e se sub-roga 
nos direitos do credor. 
II. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, 
exceto se provado depois que não era credor. 
III. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que 
lhe é devida, ainda que mais valiosa. 
IV. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações 
sucessivas. 
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se 
afirma APENAS em 
(A) I, II e III. 
(B) I e IV. 
(C) II, III e IV. 
(D) II e IV. 
(E) III e IV. 
7. (FCC - TJ/AL - Juiz Substituto - 2007) Efetuar-se-á o 
pagamento no domicílio 
(A) de quem indicado expressamente no contrato e sendo 
designados dois ou mais lugares, cabe ao devedor escolher entre 
eles. 
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(B) do credor, salvo se as partes convencionarem diversamente, 
ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das 
circunstâncias. 
(C) do credor, mas se o pagamento consistir na tradição de um 
imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar 
onde situado o bem. 
(D) de quem indicado expressamente no contrato, e, por isto, 
ainda que reiteradamente feito em outro local, não faz presumir 
a renúncia do credor ao previsto no instrumento contratual, que 
faz lei entre as partes. 
(E) do devedor, salvo se as partes convencionarem 
diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da 
obrigação ou das circunstâncias. 
8. (FCC - TRF 4a - Analista Judiciário - Execução de Mandados -
2007) Segundo as normas previstas pelo Código Civil brasileiro, 
com relação ao objeto do pagamento e sua prova, é correto 
afirmar: 
(A) O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que 
lhe é devida, exceto ser for mais valiosa. 
(B) O devedor que paga tem direito à quitação regular, e pode 
reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada. 
(C) Se a obrigação tiver por objeto prestação divisível, pode o 
credor ser obrigado a receber por partes, inclusive se assim não 
se estiver ajustado. 
(D) É ilícito, em qualquer hipótese, convencionar o aumento 
progressivo de prestações sucessivas. 
(E) Em regra, presumem-se a cargo do credor as despesas com o 
pagamento e a quitação. 
9. (FCC - TCE/MG - Procurador do Ministério Público - 2007) A 
respeito da quitação, é correto afirmar que 
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(A) sempre poderá ser verbal, desde que presentes duas 
testemunhas. 
(B) sempre poderá ser dada por instrumento particular, ainda 
que a dívida tenha se originado de negócio celebrado por 
escritura pública, com garantia hipotecária. 
(C) terá de ser dada por instrumento público, se o negócio a que 
se referir for celebrado por instrumento público. 
(D) designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do 
devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do 
pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu 
representante, não podendo esses requisitos serem supridos, 
ainda que dos termos do documento ou das circunstâncias 
resultem haver sido paga a dívida. 
(E) sendo o pagamento em quotas periódicas, a quitação da 
última estabelece presunção absoluta de estarem solvidas as 
anteriores. 
10. (FCC - TJ/SE - Analista Judiciário - Direito - 2009) A 
respeito do adimplemento das obrigações, considere: 
I. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes 
presumem-se devidos. 
11. O devedor pode reter o pagamento enquanto não lhe seja 
dada quitação regular. 
III. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações 
sucessivas. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I. 
(B) I e II. 
(C) I e III. 
(D) II. 
(E) II e III. 
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11. (FCC - TRT 2a - Analista Judiciário - Execução de Mandado -
2008) A respeito do pagamento, é INCORRETO afirmar: 
(A) É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações 
sucessivas. 
(B) O devedor que paga tem direito à quitação regular, mas não 
pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada. 
(C) Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da 
última estabelece, até prova em contrário, a presunção de 
estarem solvidas as anteriores. 
(D) Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes 
presumem-se pagos. 
(E) A entrega do título ao devedor firma a presunção do 
pagamento. 
12. (FCC - TRE/PI - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2009) 
Sobre o adimplemento e extinção das obrigações, considere: 
I. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os 
direitos e as ações do credor, senão até a soma que tiver 
desembolsado para desobrigar o 
devedor. 
II. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio 
nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar, ficando sub-
rogado, ainda, nos direitos do credor. 
III. Na imputação do pagamento, havendo capital e juros, o 
pagamento imputar-se-á primeiro no capital e, depois, nos juros 
vencidos, salvo estipulação em contrário. 
IV. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, 
ainda provado depois que não era credor. 
De acordo com o Código Civil Brasileiro, está correto o que se 
afirma APENAS em 
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(A) I, II e III. 
(B) I, III e IV. 
(C) I e IV. 
(D) II e III. 
(E) II, III e IV. 
13. (FCC - CGJ/ES - Atividade Notarial e de Registro - 2007) 
Considere o seguinte conceito: "Substituição nos direitos 
creditórios daquele que solveu obrigação alheia ou emprestou a 
quantia necessária para o pagamento que satisfez o credor". 
Trata-se da: 
(A) Imputação do pagamento. 
(B) Sub-rogação pessoal. 
(C) Dação em Pagamento. 
(D) Compensação. 
(E) Novação. 
14. (FCC - TRT 15a - Analista Judiciário - Judiciário - 2009) João 
está obrigado por três débitos da mesma natureza a um só 
credor, todos líquidos e vencidos, e se dispõe a oferecer quantia 
em pagamento. O instituto que lhe dá o 
direito de indicar a qual desses débitos oferece pagamento 
denomina-se 
(A) compensação. 
(B) dação em pagamento. 
(C) novação. 
(D) imputação do pagamento. 
(E) pagamento em consignação. 
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15. (FCC - TRT 18a - Analista Judiciário - Administrativa - 2008) 
Se o credor consentir em receber prestação diversa da que lhe é 
devida ocorre a 
(A) novação. 
(B) imputação do pagamento. 
(C) dação em pagamento. 
(D) compensação. 
(E) confusão. 
16. (FCC - ANS - Analista em Regulação - Especialidade: Direito 
- 2007) Ocorre a dação em pagamento quando 
(A) o credor, com o consentimento do devedor, voluntariamente 
abre mão de seus direitos de crédito, extinguindo a relação 
obrigacional. 
(B) o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e 
substituir a anterior. 
(C) novo devedor sucedeo antigo, ficando este quite com o 
credor. 
(D) outro credor, em virtude de obrigação nova, é substituído ao 
antigo, ficando o devedor quite com este. 
(E) o credor consente em receber prestação diversa da que lhe é 
devida. 
17. (FCC - TRF 3a - Analista Judiciário - Judiciária - 2007) A 
respeito do adimplemento e extinção das obrigações, considere: 
I. O credor é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é 
devida se for mais valiosa. 
II. A pessoa obrigada, por dois ou mais débitos da mesma 
natureza, a um só devedor, tem o direito de indicar a qual deles 
oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. 
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III. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e 
de coisas fungíveis. 
IV. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a 
obrigação, mas sem prejuízo de terceiro. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I e II. 
(B) I, II e IV. 
(C) I e III. 
(D) II, III e IV. 
(E) II e IV. 
18. (FCC - TRT 7a - Analista Judiciário - Administrativa - 2009) 
A respeito da novação, pode-se afirmar que 
(A) não podem ser objeto de novação as obrigações anuláveis. 
(B) importa exoneração do fiador a novação feita sem o seu 
consenso com o devedor principal. 
(C) a novação jamais extingue os acessórios e garantias da 
dívida. 
(D) a novação por substituição do devedor não pode ser 
efetuada independentemente do consentimento deste. 
(E) se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o 
aceitou, ação regressiva contra o primeiro, mesmo se este 
obteve por má-fé a substituição. 
19. (FCC - TJ/PI - Analista Judiciário - Oficial de Justiça e 
Avaliador - 2009) A compensação, que é causa extintiva da 
obrigação, pressupõe a presença de alguns requisitos. Dentre 
eles, é correto afirmar que as dívidas devem ser 
(A) exigíveis, mas não necessariamente certas e líquidas. 
(B) certas e líquidas, mas não necessariamente exigíveis. 
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(C) certas, mas não necessariamente líquidas e exigíveis. 
(D) líquidas, mas não necessariamente certas e exigíveis. 
(E) certas, líquidas e exigíveis. 
20. (FEPESE - PGE/SC - PROCURADOR - 2009) Assinale a 
alternativa correta. 
(A) Na consignação em pagamento, o depósito é feito no lugar 
de escolha do devedor. 
(B) A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e 
de coisas infungíveis. 
(C) Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se 
confundam as qualidades de credor e devedor. 
(D) Em hipótese de dação em pagamento, se o credor for evicto 
da coisa recebida em pagamento não se restabelecerá a 
obrigação primitiva. 
(E) A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma 
natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles 
oferece pagamento, bastando que todos os débitos sejam 
líquidos. 
GABARITO: 1-C 2-E 3-D 4-E 5-A 6-E 7-E 8-B 9-B 10-E 11-B 12-C 
13-B 14-D 15-C 16-E 17-D 18-B 19-E 20-C 
Até a próxima. 
Dicler. 
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