Buscar

Slides 2 AV OBRIGACOES 2022 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2ª AVALIAÇÃO DE DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
TRANSMISSÃO DA OBRIGAÇÃO
Cessão de crédito – Transmissão da obrigação pelo credor.
Assunção de dívida – Transmissão da obrigação pelo devedor.
Cessão do contrato – Há uma cessão de crédito e uma assunção da dívida ao mesmo tempo.
1) CESSÃO DE CRÉDITO: (Art. 286 a 298, CC).
Quem cede o crédito é chamado de CEDENTE; quem recebe, CESSIONÁRIO.
Pode ser gratuita ou onerosa, total ou parcial.
Desnecessária a anuência do devedor, salvo estipulação em contrário. (Art. 286, CC).
Não pode haver cessão de direitos:
Quando a lei proibir - (Ex: alimentos;).
Quando as partes assim convencionarem.
Relações jurídicas personalíssimas (Ex: alimentos) e de direito de família. (Ex: herança de pessoa viva);
Se o juiz não autorizar nos casos em que os cessionários sejam tutores, curadores ou pais do cedente
2) ASSUNÇÃO DE DÍVIDA: (Ou cessão de débito). (Art. 209 a 303, CC).
É um negócio jurídico bilateral (devedor e assuntor = terceiro);
Precisa da anuência do credor;
Se o assuntor era insolvente ao tempo da assunção e o credor desconhecia, a dívida volta para o devedor primitivo. (Art. 299, CC).
Se alguém for coagido a assumir uma dívida, está será anulada e voltar-se-á a dívida para o devedor primitivo – Vício de consentimento. (Art. 301, CC)
- Assunção de dívida liberatória - Quando o devedor primitivo se dissocia, completamente, do débito (GONÇALVES, 2019).  
- Assunção de dívida cumulativa - Quando devedor continua sendo parte da obrigação, apenas trazendo um assuntor que se responsabilizará por parte do débito (GONÇALVES, 2019).  
- 3) CESSÃO DE CONTRATO:
Não estão regulamentado, por lei, no Direito Brasileiro.
Mas existe nos negócios jurídicos de forma inominada por força do Princípio da Autonomia Negocial.
Logo, tem natureza contratual – deve ser celebrado um contrato.
Conceito: “transmissão de obrigação em que ocorre transferência da inteira posição ativa e passiva em um contrato. Em outras palavras, trata-se de um instituto que permite que um sujeito transfira de uma só vez seus débitos e créditos para terceiro. ‘É o que a doutrina denomina de cessão de posição contratual’.” (GONÇALVES, 2019, p. 241).
Sujeitos: Cedente (transfere sua posição contratual); Cessionário (assume a posição contratual do cedente) e o Cedido (o contraente que consente com a realização da cessão) (GONÇALVES, 2019).
Requisitos:
- Deve haver celebração de contrato entre cedente e cessionário;
- A cessão deve ser integral;
- Anuência expressa do cedido (PEREIRA, 2018).
CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO
PAGAMENTO (ADIMPLEMENTO) DA OBRIGAÇÃO
DIRETO – Realizado pelo próprio devedor ao credor.
INDIRETO – Realizado por um terceiro interessado ou não interessado ao credor, observando-se o disposto na legislação.
Quem deve pagar. (Art. 304, ss, CC).		Condições Subjetivas.
A quem se deve pagar (Art. 308, ss, CC).
Objeto de pagamento (Art. 313, ss, CC).
Lugar do pagamento (Art. 327, ss, CC).
Tempo do pagamento (Art. 331, ss, CC)
I- QUEM DEVE PAGAR:
- Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. (Art. 304)
PRINCIPAL INTERESSADO – Devedor.
TERCEIRO INTERESSADO – Pessoas que tem interesse jurídico na extinção da dívida, estando vinculado ao contrato. Ex: fiador, avalista, sublocatário, etc.
O TERCEIRO INTERESSADO SUBROGA-SE NOS DIREITOS DO CREDOR.
A Sub-rogação transfere-lhe todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo credor, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores (art. 349).
Se o credor recusar a receber o pagamento efetuado por terceiros?
Promoverá o pagamento por meio da CONSIGNAÇÃO (Art. 334, CC).
Quando for uma obrigação intuitu personae?
O credor não está obrigado a receber o pagamento de terceiros (Art. 247).
TERCEIRO NÃO INTERESSADO: 
“Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste”. (Art. 304, PÚ).
Não tem interesse jurídico na extinção do contrato. Tem interesse moral, ou outro interesse. Ex: pais, cônjuges, amizade, etc.
“[...] em nome e à conta do devedor [...]” = com o conhecimento e autorização pelo devedor – o terceiro não interessado tem o direito de ser reembolsado “se pagou em seu próprio nome”, mas não de subrogar-se nos direitos do credor. Cabe direito de consignação em caso de recusa pelo credor. (Art. 305).
 Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento. (Art. 305.PÚ).
“[...] salvo oposição deste.” = O devedor não autoriza que o pagamento seja realizado por determinado terceiro não interessado. 
Como fica a situação do credor?
Pode ele negar-se em receber, não havendo possibilidade de consignação em pagamento por meio deste terceiro não interessado.
Se receber? 
- O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. (Art. 306). Ex: prescrição, decadência, compensação, etc.
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu.
	Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la.
Solvente (solvens) = devedor ou terceiro que efetua o pagamento.
Accipiens = Credor ou quem deva receber o pagamento.
Só quem pode vender ou dar em pagamento algum bem é o dono da coisa (proprietário).
Se o devedor der um bem (coisa) que não lhe pertença, não ocorrerá a transmissão da propriedade.
Se o bem dado pelo devedor ao credor for fungível, tendo o credor consumido o bem, não poderá seu verdadeiro proprietário reclamá-lo. Este deverá exigir indenização ao devedor.
II- A QUEM SE DEVE PAGAR:
O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. (Art. 308).
Procurador – Aquele que está autorizado pelo credor em representa-lo.
Representante Legal – Pais, tutores, etc. / Judicial – inventariante, administrador, etc. / Convencional – ajustado entre o representante e o representado (outorgante e outorgado).
Se for pago a que não o representa? O pagamento s[o terá eficácia se o credor ratificar o pagamento (concordar).
Se somente parte do pagamento beneficiou (reverteu-se) ao credor, a outra parte deverá ser novamente paga pelo devedor.
“Quem paga mal, paga duas vezes”.
III – DO OBJETO DO PAGAMENTO E SUA PROVA:
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. 
– Se consentir – Dação em pagamento (Art. 356, CC).
- Imputação do pagamento – (Art. 352, CC) – Dois ou mais débitos – o devedor deve indicar a qual dívida se faz o pagamento.
Ex: Deve uma moto e oferece um carro.
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
Ex: Deve 500,00 e se dá em pagamento 250,00.
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes.
Ex: Data de vencimento: 10/05/2020 – Somente a partir desta pode ser cobrada. 
- O pagamento deve ser feito em dinheiro (a princípio) – Princípio do nominalismo.
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada.
- Prova do pagamento - quitação
Ex: Entrega de um recibo ou do título executivo (Nota Promissória, cheque, etc.).
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante.
- São os REQUISITOS que a quitação deve conter.
Parágrafo único.Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida.
IV – LUGAR DO PAGAMENTO:
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias.
- O local de pagamento, em regra é no domicílio do devedor.
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles.
Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem.
Ex: Aluguel de casa em Aracaju – local de pagamento: Aracaju.
Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor.
Ex: Devedor que viajou e não tem conta bancária em Aracaju. Ajustou com o credor o pagamento em Salvador.
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. (Renúncia tácita).
TEMPO DO PAGAMENTO:
 Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente.
 Ex: Compra e venda imediata – celular, televisão, caneta, etc.
 Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor.
 O credor deve dar ciência ao devedor da condição imposta à obrigação.
 Ex: João ganhará um carro do José, seu padrinho, quando completar 18 anos, mas só se passar no vestibular. (condição). João deve ter ciência da condição.
 Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código:
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
- Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.
 MODALIDADES DE PAGAMENTO ESPECIAIS:
 Consignação
 Pagamento com sub-rogação
 Imputação de pagamento
 Dação em pagamento
 CONSIGNAÇÃO: (Art. 334 a 345, CC).
 É uma espécie de pagamento indireto.
 Para entender a consignação de pagamento, deve-se ter em vista que o pagamento da obrigação não interessa só o credor, mas também ao devedor, que se libera do vínculo obrigacional. 
 Trata-se da compreensão que o devedor não tem apenas o dever de pagar, mas também direito de pagar (PEREIRA, 2018). 
SUB-ROGAÇÃO: (Art. 346 a 351, CC).
 Consiste tanto na substituição de uma pessoa na obrigação (sub-rogação pessoal), quanto na substituição de uma coisa (sub-rogação real). 
 Na sub-rogação real, “a coisa que toma o lugar da outra fica com os mesmos ônus da primeira” (GONÇALVES, 2019, p. 307). 
 Na sub-rogação pessoal, os direitos do credor são transferidos para terceiro que solveu a obrigação. Por exemplo, no caso em que, havendo pluralidade de devedores em uma obrigação indivisível, apenas um paga sozinho a integralidade da prestação, sub-rogando-se no direito do credor em relação aos demais co-devedores (art. 259, CC).
 Obs: A sub-rogação legal é aquela prevista no artigo 346 do Código Civil, que preceitua as seguintes hipóteses (BRASIL, 2002): 
“Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
I - do credor que paga a dívida do devedor comum;
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.”
- IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO: (Art. 352 a 355, CC).
Esta modalidade de cumprimento da obrigação através de pagamento especial se aplica aos casos em que, havendo multiplicidade de débitos da mesma natureza entre um devedor e um credor, o pagamento realizado pelo devedor é insuficiente para saldar a totalidade das dívidas deste para com o credor.
 Assim, quando surge a dúvida sobre a qual dívida se aplicará o pagamento, usa-se a imputação de pagamento, que levará a extinção de uma ou mais dívidas (GONÇALVES, 2019). 
Nesta perspectiva, observa-se a redação do artigo 352 do Código Civil: “A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos” (BRASIL, 2002).  
DAÇÃO EM PAGMENTO: (Art. 356 a 359, CC).
Ocorre na hipótese em que “o credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida”. Em outras palavras, dação em pagamento é um acordo de vontades entre credor e devedor, por meio da qual o credor concorda em receber prestação diversa da que lhe é devida, para assim exonerar o devedor da dívida.
MODOS EXTRAORDINÁRIOS DE CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO (III UD)
1 - EXTINÇÃO SEM PAGAMENTO:
Novação (art. 360 a 367)
Compensação (art. 368 a 380)
Confusão (art. 381 a 384)
Remissão (art. 385 a 388)
2- ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL.
NOVAÇÃO (Art. 360, ss, CC):
Conceito:
- Novação é a criação de obrigação nova, para extinguir uma anterior.
- É a substituição de uma dívida por outra, extinguindo-se a primeira.
- Não se trata propriamente de uma transformação ou conversão de uma
dívida em outra, mas sim da criação de nova obrigação para extinguir uma anterior.
- Primeiro se cria uma obrigação nova, para depois extinguir a anterior.
Efeitos: 
- Gerador – nasce uma obrigação nova.		Duplo conteúdo da Novação.
Extintivo – extingue a obrigação antiga.
Não satisfatório – não produz satisfação imediata da obrigação.
Natureza contratual – o seu nascimento depende da vontade das partes e não de lei. (animus novandi).
Primeiro se cria uma obrigação nova, para depois extinguir a anterior.
Requisitos para a Novação:
Consentimento das partes (capacidade e vontade);
Existência de obrigação anterior (obligatio novanda);
A constituição de nova obrigação (aliquid novi)
E o animus novandi (intenção de novar, de celebrar um acordo de vontades).
- Art. 361 do Código Civil - “Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira”.
Neste caso, subsistem duas obrigações, visto que não se excluem. 
O ânimo de novar deve ser claro, não pode haver dúvidas e nem ser presumido.
Ex: Casos em que o credor facilita o pagamento, prorrogando o prazo ou dispensando um multa por atraso.
Art. 367 do Código Civil: “Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas”.
Não se pode novar o que não existe ou já existiu, mas encontra-se extinto.
As anuláveis podem novar, visto que o vício pode ser sanado.
Espécies de Novação:
Art. 360, CC:
“Dá-se a novação:
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.”
Objetiva ou real – Art. 360, I, CC - “quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior”.
Ex: Proposta do devedor em substituir a obrigação de dar por uma prestação de serviços.
- Subjetiva ou pessoal – Ocorre quando promove a substituição dos sujeitos da relação jurídica. Pode ocorrer por: 
- substituição do devedor (“quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor” - Art. 360, II, do CC) – Novação passiva.
- substituição do credor (“quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este” - Art. 360, III, CC) – Novação ativa.
Obs: Segundo Gonçalves (2014), Novaçãomista é expressão da doutrina, não mencionada no Código Civil. Decorre da fusão das duas primeiras espécies e se configura quando ocorre, ao mesmo tempo, mudança do objeto da prestação e dos sujeitos da relação jurídica obrigacional. Por exemplo: o pai assume dívida em dinheiro do filho (mudança de devedor), mas com a condição de pagá-la mediante a prestação de determinado serviço (mudança de objeto). (GONÇALVES, 2014, p. 342).
No AVA – O Art. 360, III – informa que é Novação Mista. 
- Art. 363, CC - “Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição”.
A insolvência do novo devedor corre por conta e risco do credor, que o aceitou.
Não tem direito a ação regressiva contra o primitivo devedor, mesmo porque o principal efeito da novação é extinguir a dívida anterior.
Exceção: se o devedor agiu de má-fé.
Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.
Art. 365, CC – “Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários, somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as preferências e garantias do crédito novado. Os outros devedores solidários ficam por esse fato exonerados”.
Art. 366, CC – “Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal”.
COMPENSAÇÃO:
Conceito – É meio de extinção de obrigações entre pessoas que são, ao mesmo tempo, credor e devedor uma da outra. 
Acarreta a extinção de duas obrigações cujos credores são, simultaneamente, devedores um do outro. 
É modo indireto de extinção das obrigações, sucedâneo do pagamento, por produzir o mesmo efeito deste.
Espécies de Compensação:
Total – Se as obrigações forem de valores iguais.		 (Art. 368, CC)
Parcial – Se as obrigações forem de valores diferentes.
Legal:	- Decorre da lei. (Ex: Art. 371, CC – Fiador pode compensar).	
Opera-se automaticamente.
Requisitos da compensação legal: 
A reciprocidade de créditos
A liquidez de dívidas
A exigibilidade das prestações 
A fungibilidade de créditos.
Judicial – Determinação judicial. 
Convencional – Pela vontade das partes. (Desde que não recaia em uma das situações do art. 373, CC).
Facultativa - É a convencionada pelas partes, sem que existam os requisitos previstos em lei.
Art. 375, CC – Dívidas não compensáveis, decorrente da vontade das partes.
Art. 377, CC – Credor notifica o devedor que está cedendo um crédito a terceiro. Caso o devedor não se oponha, não poderá, depois, se opor a compensação.
Art. 378, CC – Descontos das despesas para a realização da compensação. Ex: Pagamento da dívida em local diverso do ajustado.
Art. 379, CC – Observar as regras da imputação ao pagamento – Quando um devedor possui várias dívidas compensáveis – deverá ele indicar à qual deseja compensar.
CONFUSÃO:
Conceito: Quando se reúnam na mesma pessoa as qualidades de credor e devedor. (Art. 381, CC).
A dívida não se extingue por causa de um pagamento, mas pela mistura que há na mesma pessoa a figura do credor e do devedor.
Efeitos ou classificação: (Art. 382, CC)
Total – Quando a dívida toda se confunde com o crédito. Ex: Comunhão Universal de bens; herança.
Parcial – Parte da dívida se confunde com o crédito a receber, subsistindo no restante a dívida a ser paga. Ex: Herança.
Solidariedade - A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade. (Art. 383, CC).
Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior.
Outra classificação: temporária ou permanente.
Na temporária, ocorrerá “a restauração da obrigação de modo retroativo”. (PEREIRA, 2018).
REMISSÃO DE DÍVIDAS:
Conceito: É a liberalidade efetuada pelo credor, consistente em exonerar o devedor do cumprimento da obrigação.
Não poderá prejudicar terceiros (Art. 385, CC).
Espécies:
Quanto ao objeto: Total (perdão total da dívida) ou parcial (perdão de parte da dívida).
Quanto ao modo: Expressa (quando o credor expressamente declara o perdão da dívida); Tácita (quando o credor se comporta de forma a perdoar a dívida. Ex: recebe pagamento a menor e destrói o título de crédito). Presumida (previsão legal – Art. 386 e 387, CC).
Solidariedade: Perdoando a dívida de um devedor, persistirá a dívida dos demais, porém, diminuindo-se o valor remido do devedor exonerado. (Art. 388, CC).
ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL:
É um outro modo extraordinário de cumprimento da obrigação.
Trata-se de uma exceção ao princípio da pontualidade.
(Princípio da pontualidade: informa que a prestação da obrigação deve ser cumprida de forma integral, no tempo, lugar e modo ajustado.).
Conceitos:
Também chamado de inadimplemento mínimo, ocorre em casos em que o devedor não cumpre a obrigação em sua integralidade, mas seu inadimplemento é mínimo, a ponto que o credor é obrigado a aceitar a prestação conforme paga, sob pena de incidir em abuso de direito (FARIAS; ROSENVALD, 2017).
O adimplemento substancial trata-se de um “adimplemento tão próximo do resultado final que, tendo-se em vista a conduta das partes, exclui-se o direito de resolução, permitindo-se tão somente o pedido de indenização”. (CLÓVIS DO COUTO E SILVA, 1997, p. 45, apud FARIAS E ROSENVALD, 2017, p. 443).
Consequências: 
1ª) Manutenção da relação contratual, pois, não configurando-se inadimplemento, não há que se falar em resolução contratual por esta razão. 
2ª) Todavia, como a obrigação não foi cumprida em sua integralidade, abre-se possibilidade de perdas e danos (BECKER, 1993).
Obs: Enunciado 371 do Conselho de Justiça Federal: “A mora do segurado, sendo de escassa importância, não autoriza a resolução do contrato, por atentar ao princípio da boa-fé objetiva” (BRASIL, CJF, IV Jornada de Direito Civil).
- Adequação da cláusula penal e poder discricionário do juiz:
CLÁUSULA PENAL: É “obrigação acessória, pela qual se estipula pena ou multa destinada a evitar o inadimplemento da principal, ou o retardamento de seu cumprimento”. (GONÇALVES, 2019, p. 424).
O valor da cláusula penal tem como limite o valor da obrigação principal (art. 412, CC), contudo, o juiz possui certa margem de discricionariedade para reduzir o valor da cláusula em razão de excesso, conforme o caso concreto. (Art. 413, CC).
ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA: (Art. 884 a 886, CC).
Conceito: Enriquecimento sem causa é aquele que se dá à custa de outrem, através de vantagem patrimonial sem fundamento em fato jurídico. Para se caracterizar, deve haver diminuição patrimonial do prejudicado e enriquecimento patrimonial de outrem. Trata-se de um instituto que visa a proteção do patrimônio (PEREIRA, 2018).
Poderá decorrer: a) de uma obrigação pecuniária; b) de dar coisa certa (não sendo possível efetuar a devolução da coisa, deverá dar o equivalente em dinheiro). (PÚ, Art. 884, CC).
Caráter subsidiário do enriquecimento sem causa:
“Art. 886. Não caberá a restituição por enriquecimento, se a lei conferir ao lesado outros meios para se ressarcir do prejuízo sofrido.”
Logo, se existir outros meios de se ressarcir, assim deverá proceder. Ex: seguro, caução, cláusula penal, etc.
PAGAMETNO INDEVIDO: (Art. 876 A 883, CC).
Trata-se de modalidade específica de enriquecimento sem causa, pois ocorre um acréscimo indevido no patrimônio de outrem. 
É hipótese em que um terceiro recebe o que não lhe era direito, nascendo para este a obrigação de restituir a coisa (art. 876, CC). 
Quem pagou indevidamente a este terceiro deve provar que o fez por erro (art. 887, CC).
O pagamento indevido cria para quem o recebe um enriquecimento sem causa e ainda cria para o devedor que pagou indevidamente uma repetição de indébito. 
Aqui, esclarece-se que o termo “repetição”,utilizado pelo Código Civil, nada mais é do que justamente a devolução de valor recebido indevidamente (PEREIRA, 2018).
Se o terceiro recebeu de boa-fé a coisa como pagamento indevido, ficará com os frutos, benfeitorias e as deteriorações que fizer na coisa. Se de má-fé, deverá devolver os frutos, benfeitorias e ressarcir pelas deteriorações que fizer na coisa, podendo resolver-se em perdas e danos.
- Pagamento de dívida prescrita:
Art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível.
- Pagamento por coisa ilícita:
Art. 883. Não terá direito à repetição aquele que deu alguma coisa para obter fim ilícito, imoral, ou proibido por lei.
Parágrafo único. No caso deste artigo, o que se deu reverterá em favor de estabelecimento local de beneficência, a critério do juiz.
Ex: Jogos de azar, tráfico de entorpecentes, etc.
PREFERÊNCIAS E PRIVILÉGIOS CREDITÍCIOS: (Art. 955 a 965, CC).
Tem como base a noção de responsabilidade patrimonial, que determina a disponibilidade do patrimônio do devedor para seus credores, não respondendo este pessoalmente (PEREIRA, 2018). 
Quando uma pessoa se torna insolvente?
Quando suas dívidas excedem a importância do seu patrimônio. 
Todas as vezes que isto acontecer, procede-se à declaração de insolvência. (Art. 955,CC). 
Desta forma, havendo vários credores (credores múltiplos) deve-se observar algumas regras a partir do princípio da igualdade entre os credores (PAR CONDITIO CREDITORIUM).
Situações de preferência: Art. 961. O crédito real prefere ao pessoal de qualquer espécie (Ex: aluguel atrasado x empréstimo pessoal); o crédito pessoal privilegiado, ao simples (Ex: crédito por benfeitoria útil x empréstimo pessoal); e o privilégio especial, ao geral (Ex: credor de valor por uma compra de sementes x despesas realizadas com funeral).
Situações de privilégio: vide art. 964 e 965, CC – Previsão legal. Ex: credor de despesas realizadas em algum salvamento; de benfeitorias necessárias ou úteis; etc.
INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES: (Art. 389 a 420, CC).
É a falta do pagamento da prestação devida.
Aquele que deixa de pagar de acordo com o que foi ajustado na obrigação, torna-se INADIMPLENTE.
O inadimplemento pode ser: absoluto ou relativo; total ou parcial; além da previsão da “violação positiva da obrigação”.
Sanções e consequências do inadimplemento (principais): mora (arts. 394 a 401), perdas e danos (arts. 402 a 405), juros legais (arts. 406 e 407), cláusula penal (arts. 408 a 416) e arras ou sinal (arts. 417 a 420). 
TEORIA GERAL DO INADIMPLEMENTO:
Inadimplemento culposo: Ocorre quando há culpa do devedor pelo não cumprimento. Isto gerará para o credor a faculdade de exercer seu direito sobre o patrimônio do devedor. (Art. 389 e 391, CC).
Inadimplemento fortuito da obrigação: em caso de ausência de culpa do devedor pelo não cumprimento, quando este é inimputável pelo inadimplemento, ocorre a mera extinção da obrigação. (Art. 393, CC). Ex: caso fortuito ou força maior; ação de terceiros (destrói o objeto); credor não cumpre a sua parte na obrigação; devedor tem acesso de loucura e destrói o objeto; etc.
Inadimplemento absoluto: “É aquele quando a obrigação não foi cumprida e não poderá mais o ser, pois não é mais útil ao credor. Observa-se que o inadimplemento absoluto, por sua vez, pode ser total ou relativo. Será total no tocante à totalidade do objeto, enquanto o inadimplemento absoluto parcial diz respeito ao perecimento de alguns dos objetos da obrigação, tratando-se então do caso de obrigação com múltiplos objetos.” (PIANTINO, 2021 - AVA).
Inadimplemento relativo: “É aquele em que há mora do devedor no cumprimento da prestação, mas esta ainda é de interesse do credor, lhe sendo útil. Aqui, há inobservância, do tempo, lugar e forma convencionados para o cumprimento da obrigação, conforme redação do artigo 394 do Código Civil (GONÇALVES, 2019).”  (PIANTINO, 2021 - AVA).
Violação positiva da obrigação: Está relacionada à boa-fé na relação obrigacional. “A violação positiva do contrato como rompimento da relação de confiança que conecta as partes, mesmo que não atrelada aos deveres de prestação, deverá ser identificada em seus efeitos patrimoniais com o inadimplemento [...].” (PIANTINO, 2021 - AVA).
CULPA:
Fatores (requisitos) para que se configure a culpa: o dever violado e a imputação do agente. (PIANTINO, 2021 - AVA).
“Havendo culpa, haverá direito de reparação para o credor.” (Art. 389 e 392, CC).
Culpa Contratual – “Aquela que decorre de infração de cláusula ou disposição em contrato estabelecido entre as partes.” (PIANTINO, 2021 - AVA).
Culpa Extracontratual – “Também chamada de aquilina,  é aquela derivada de dever legal, com fundamento no artigo 186 do Código Civil (PEREIRA, 2018).” 
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” (BRASIL, 2002).
MORA: (Art. 394 a 401, CC).
Está relacionada ao inadimplemento relativo (local, tempo e lugar).
Art. 394, CC: “Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer” (BRASIL, 2002, on-line).
Tipos de mora:
Mora do devedor: Requisitos: a) culpa do devedor (Art. 396, CC); b) vencimento da dívida; c) viabilidade de cumprimento tardio da obrigação.
Tipos de mora do devedor: 
Mora ex re – prevista em lei. Ex: Art. 390, 397 (caput), 389 (ato ilícito) e 395, CC.
Mora ex persona – Necessidade do credor cobrar do devedor (extrajudicial ou judicialmente). Ex: Quando não há prazo para o cumprimento da obrigação (mas já decorreu tempo razoável para seu cumprimento) – PÚ, art. 397, CC.
2) Mora do credor: Requisitos: a) vencimento da obrigação; b) a oferta da prestação (efetivo interesse do devedor em solver a dívida), c) e recusa injustificada em receber.
3) Mora de ambos os contraentes: “Quando a mora parte de ambos os sujeitos da relação, ela compensa-se, de forma que “as situações permanecem como se nenhuma das partes houvesse incorrido em mora. Se ambas nela incidem, nenhuma pode exigir da outra perdas e danos” (GONÇALVES, 2019, p. 402).” (PIANTINO, 2021 - AVA).
PERDAS E DANOS: (Art. 402 a 405, CC).
Todas as vezes que uma parte sofrer prejuízo por causa do inadimplemento da outra, sofrerá uma perda ou dano, devendo estes serem compensados pelo causador da inadimplência.
Abrange não só o que perdeu (danos emergentes), mas o que deixou de lucrar (lucros cessantes). (Art. 402, CC).
As perdas e danos deverão ser pagas em dinheiro e devidamente corrigidas monetariamente a contar da citação. (Art. 404 e 405, CC).
O pagamento dos lucros cessantes não poderão ser cumulados com cláusula penal. (Jurisprudência do STJ).
Juros legais:
“Juros são considerados pela doutrina como frutos cíveis, coisas acessórias que representam rendimento de capital (art. 92, CC).”
Os juros podem ser classificados em:
Juros legais – Previsto pela lei (Arts. 406 e 407, CC);
Juros convencionais – Estipulados pelas partes.
Juros compensatórios - São aqueles que visam remunerar o capital emprestado pelo período em que seu titular ficou privado deste.
Juros moratórios - São aqueles que visam indenizar o credor pelo inadimplemento de um devedor de uma obrigação. Os juros moratórios poderão ser fixados judicialmente, por arbitramento ou convenção das partes.
- Cláusula penal:
“a cláusula penal, também chamada pena convencional, é o pacto acessório pelo qual as partes de um contrato fixam, de antemão, o valor das perdas e danos que por acaso se verifiquem em consequência da inexecução culposa da obrigação” (ORLANDO GOMES, 2005, p. 159 apud FARIAS; ROSENVALD, 2017, p. 625).
Pode ser fixada junto com a obrigação principal ou posteriormente. (Art. 409, CC).
Funções:
Caráter de ressarcimento
Constranger a parte que efetue o pagamento (coercitiva).
- Art. 408, CC - “Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente,deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora” (BRASIL, 2002).
Não precisa haver dano para a cláusula penal ser imposta.
Extinguindo-se a obrigação principal, extingue-se a cláusula penal (por ser acessória).
Pode ser paga em dinheiro, com uma obrigação de fazer ou de não fazer.
Não pode exceder à obrigação principal. (Art. 412, CC).
Cláusula penal compensatória – (Art. 410, CC) - É aquela voltada para a total inexecução da obrigação. (FARIAS; ROSENVALD, 2017).
Cláusula penal moratória  - (Art. 411, CC) - É aquela que visa preservar uma cláusula específica do contrato e será exigida juntamente com a obrigação principal.
- Arras ou sinal:
- “é quantia ou coisa entregue por um dos contraentes ao outro, como confirmação do acordo de vontade e princípio de pagamento” (GONÇALVES, 2019, p. 439). Em outras palavras, trata-se de uma importância em dinheiro utilizada para firmar o objetivo maior da obrigação, que é seu cumprimento. Trata-se de pacto acessório que se divide em duas espécies: arras confirmatórias e arras penitenciais. 
- Arras confirmatórias - como o nome diz, são aquelas que visam a confirmação do contrato (art. 418 e 419, CC).
- Arras penitenciais - são aquelas que atuam em caso de convenção de direito de arrependimento no contrato (art. 420, CC).
Funções: 1ª) confirmar o contrato, 2ª) prefixar perdas e danos para o inadimplemento e 3ª) representar o início de um pagamento (Art. 417, CC).
Caso o contrato seja executado (cumprido), as arras devem ser restituídas ou devem integrar o valor total da prestação (GONÇALVES, 2019).

Outros materiais