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CRIMINOLOGIA · O que é criminologia? R- é uma ciência empírica e indutiva, interdisciplinar, tem por objetivo o crime, personalidade do autor, a vítima, controle social do delito para prevenção do crime. · Por que criminologia é uma ciência? R- Porque valida as respostas sobre um fenômeno criminal. · Lógica / Métodos: Indutivo: origina de uma afirmação específica; Dedutivo: parte de uma afirmação genérica e segue para um conhecimento específico. · Diferença entre Criminologia e Direito penal: CRIMINOLOGIA DIREITO PENAL · Método indutivo. · O crime é algo natural. · O crime é, às vezes, necessário. · Função preventiva. · Ciência interdisciplinar. · O crime é: Fato típico, fato ilícito e sujeito culpabilidade. · Método dedutivo. · Função primitiva. · Ciência normativa (Dever ser). · Política Criminal: transforma a experiência criminológica em opções e estratégia concretas assumíveis pelo legislador e pelo poder público. Oferece opções científicas mais adequadas para o controle do crime serve de ponte entre o direito penal e criminologia. ESCOLA CLÁSSICA 1. Parte histórica: · Surge no final do século XVIII; · O absolutismo monárquico dominava na época (Soberano); · Não há garantias contra o Estado. Não havia direitos para os súditos. Ausência de dignidade da pessoa humana; · A ração de punir está na vontade do soberano; · As revoluções francesas (1789) e americanas (1776) são exemplos de rebelião ao absolutismo.Poder Monárquico (Rousseau) 2. Emmanuel Kant: · Criou o movimento Iluminista (coragem de pensar por si só); · A razão e a ideia predominam sobre a crença (Igreja); · A crítica de Kant vincula-se com o que a razão pode efetivamente conhecer;Igreja - Clero (Kant) · Deus não pode ser objeto de conhecimento real, pois não Nobreza – Armas (Montesquieu) pode ser limitado - no que diz a respeito a Ele fora do homem. · Contribuição: separação entre o mundo da razão e o mundo da fé. 3. Jaques Rousseau: · A revolução francesa foi baseada nas ideias de Rousseau; · Pacto social: legitimação do poder político; · O poder monárquico é o foco de Rousseau, pois o considera ilegítimo; · Ceder ao mais forte é um ato de necessidade, não de vontade – Contrato social; · O direito é um conceito moral, fundado na razão. Enquanto que a força é um fato. · A constituição do povo ou a associação das vontades sociais é o próprio contrato social. 4. Montesquieu: · Soluciona o problema de controle do poder com a separação dos poderes; · Tripartição das funções do poder; · Interferência de um poder no outro. 5. Marquês de Beccaria: · Reafirma a necessidade de um poder que fosse fruto de um acordo de vontades (Contrato social); · Teoriza sobre os direitos humanos; · O Estado deve ser limitado e respeitar os direitos humanos; · Somente as leis podem definir os crimes e as penas (Princípio da legalidade); · A lei é a expressão da vontade do povo; · A finalidade da pena não é vingar ou castigar de maneira cruel, mas prevenir para que o réu não reincida e que haja certeza de punição. · A pena de morte é inútil e ineficaz, assim como pena de tortura; · Deve-se aperfeiçoar o sistema de educação; 6. Teoria da escola clássica: capacidade de escolha entre o bem e o mal. 7. Teses da escola clássica: · O crime é um ente jurídico (envolve direito e obrigações), não é um fato humano; · O crime não é uma ação, mas uma infração (Violação do pacto); · O crime viola o pacto social; · A responsabilidade criminal do criminoso baseia-se no livre arbítrio (homem nasce livre para responder por suas escolhas voluntárias – atos morais penalmente imputáveis); · A função da pena é a retribuição; · A punibilidade baseia-se no livre arbítrio; · Método dedutivo lógico. ESCOLA POSITIVISTA 1. Contexto histórico: · Iniciado com influências iluministas; · Predomínio da razão sobre a igreja; · Secularização do conhecimento (Kant) Iluminismo Revolução Francesa Rev. Industrial Escola Positivista; · Darwinismo: os mais aptos sobrevivem, não os mais fortes; 2. Teses da escola positivista: · Contesta a escola clássica; · São deterministas: não existe liberdade para o ser humano; · Responsabilidade social: derivada do determinismo - é o simples fato do viver humano; · Crime é um fenômeno natural e social. Produto dos fatores físicos, biológicos e sociais; · Pena: medida de segurança – meio de defesa. Visa à recuperação do agente criminoso; · Função da pena é prevenção. 3. Positivismo em 3 fases: · Determinista Biológico Lombroso; · Determinista Sociológico Ferri; · Determinista Jurídico Garófalo; 4. Contribuições: · Lombroso Método empírico-indutivo Dissecar corpo do criminoso morto; (Visão biológica do criminoso). · Ferri Criou a tipologia de diversos criminosos (Passional, nato, louco, habitual, ocasional); (Visão sociológica do criminoso). · Garófalo o delito é natural e acontece em todas as sociedades O sistema jurídico criminaliza algumas atividades; (Visão jurídica do crime). ESCOLA DE CHICAGO OU ECOLOGIA SOCIAL DA CIDADE A Escola de Chicago foi o berço da sociologia americana nos anos 30, tendo como objeto de estudo a cidade como ente vivo capaz de influenciar as condutas criminosas. Veio em franca oposição ao Positivismo, tentando trazer um novo marco, novas problemáticas e novos olhares em relação à criminalidade. A atenção da Escola não é com o criminoso em si, nem com a sua motivação para o crime; também não há preocupação com estudos anatômicos (Lombroso), sob o argumento de que existem aspectos mais relevantes a serem estudados, como, por exemplo, o crescimento urbano das grandes cidades, na qual a vida das pessoas é diferente, e precisam de um conjunto de valores e práticas distintas das zonas rurais, pois os delitos são diferentes, motivo pelo qual a forma de prevenção dos mesmos também deve ser diferente. 1. Tipos de controle sociais: · Controle social informal: família, igreja, vizinhos, escola; · Controle social formal: polícia, ministério público, justiça criminal e prisão. 2. Questões da delinquência na cidade: · Migração e imigração; · Mobilidade constante leva ao anonimato; · Falta de controle social informal (vizinhança como primeira polícia) 3. Premissas da Escola de Chicago: · Importância do controle social formal no combate ao crime; · Bairros mais pobres tinham maiores índices de criminalidade; · Degradação e pobreza trazem desorganização pessoal; 4. Teoria dos círculos concêntricos: · Grandes cidades se desenvolvem por meio de um conjunto de zonas ou anéis a partir do centro; 5. Proposta da Ecologia Criminal: · A criminalidade não diminui se não houver mudança nas condições sociais e econômicas das crianças e adolescentes. · Criar atividades sociais para jovens; · Melhoria da infraestrutura e moradias; RESUMO: ESCOLA DE CHICAGO INSTITUTO CONTEÚDO Conceito A principal tese para explicação do crime reside na ideia de zonas de delinquência, espaços geográficos que explicam o crime e também sua distribuição pela área. Em termos gerais, explica o crime através da ecologia da cidade. Objeto e método O objeto de investigações são as condições sociais, e o método utilizado foi o empírico, com recurso a dados estatísticos. O cerne das investigações da Escola foi constituir uma ecologia social da cidade, atentando-se para fatores como: as zonas de trabalho e residência, distribuição de serviços, profusão de doenças, entre outras. Representantes Robert Park, Ernst Burgess, Clifford R. Shaw, Henry D. Mckay. Críticas As principais críticas feitas dizem respeito à investigação. Shaw, por exemplo, preocupou-se muito mais em investigar os locais de residência dos criminosos do que onde efetivamente ocorriam os crimes. Outra crítica diz respeito à teoria das zonas concêntricas, que não representava a realidade das cidades americanas. Finalmente, a utilização de dados oficiais é altamente questionável, pois os sistemas de controle e vigilância são discriminatórios. Conclusões Apesar das críticas, a escola teve o mérito principal de utilizar o método qualitativode investigação com a análise de mapas, dados estatísticos, análise de documentos, que continuam aceitos até os dias atuais. Resumos: Teoria do consenso ou integração: o objetivo da sociedade ocorre quando existe concordância com as regras de convívio – Escola de Chicago; Teoria da Associação Diferencial e Teoria da Anomia. Escola de Chicago: enfocaram estudos relacionados ao surgimento de favelas, a proliferação do crime, da violência e ao aumento populacional. Associação diferencial: defendia que ser criminoso era uma escolha, não uma herança. Anomia: crimes que não possuíam motivações racionais. Ex.: Jovens que furtam comida que não irão comer. Teoria do conflito: sustentam que o entendimento social decorre de imposição – Labelling approuch e Teoria Crítica ou Radical. Labelling approuch: teoria do etiquetamento/rotulação – a criminalidade não existe na natureza, não é um dado, mas uma construção da sociedade, uma realidade que decorre de processos de definição e de interação social. Teoria crítica: sustenta que a criminalidade da classe pobre é questionada/investigadas, no entanto, na classe alta não acontece.
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