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1. Por que o JIT é uma filosofia gerencial, com escopo de aplicação bem além da redução dos estoques? R: Haja vista que a filosofia JIT além de produzir somente o necessário, reduzindo consequentemente custos com estoque de materiais, gera maior confiabilidade de entregas e maior visibildade dos problemas, uma vez que impõe um novo papel para a mão-de-obra direta da produção, no qual são os operários responsáveis pela qualidade dos produtos produzidos. Sem contar a ênfase que é dada prioritariamente à manutenção preventiva, que em boa parte é responsável pela confiabilidade das máquinas. Esta manutenção vem sendo executada, pelos próprios operários, já que manutenções preventivas causam menos e menores interrupções na produção, aumenta a responsabilidade da mão-de-obra em relação aos equipamentos que opera e aproveita o conhecimento do operário sobre a operação diária do equipamento, no trabalho de manutenção. Nessa perspectiva, permite uma melhor administração do sistema de manufatura, buscando continuamente pelas metas de melhoria. 2. Comente alguns tipos de desperdícios usualmente encontrados nas empresas e explique como a filosofia JIT pode ajudar a reduzi-los ou mesmo eliminá-los. R: Superprodução: como sabe-se esse desperdício é gerado pela produção acima do que se pode vender, sendo gerado pela fabricação de produtos a mais que o necessário ou devido fabricação antes do necessário, e esses dois fatores ocorrem na maioria das vezes devido a falta de coordenação entre a produção e a demanda, como também devido a problemas de qualidade e confiabilidade. Nessa perspectiva, devido a filosofia just in time buscar a redução de estoque para que se possa visualizar os erros, esse desperdício pode ser eliminado, já que seriam feitas manutenções preventivas pelos próprios operários, podendo vir a garantir sua qualidade e confiabilidade. Produção de produtos defeituosos: um produto é considerado defeituoso quando não atende as especificações pré estabelecidades para sua funcionalidade, logo, acaba gerando retrabalho para sua correção ou até mesmo a perda total do produto. Como no JIT o operário é responsável pela qualidade dos produtos produzidos, este já busca fazer correto na primeira vez, consequentemente, aumentando a produtividade da equipe e reduzindo custos com itens defeituosos. Espera: este desperdício estar relacionado com a espera pela manutenção de um equipamento quanto pelo aguardo por novos materiais. Nessa perspectiva, o JIT coloca ênfase no fluxo de materiais e não na utillização dos equipamentos, devendo trabalhar apenas se houver a necessidade. 3. Cite pelo menos quatro características que diferenciam a abordagem tradicional da filosofia just in time e explique cada uma delas. R: 1. A primeira diferença apontada e talvez a principal é que a filosofia just in time tem a característica de puxar a produção ao longo do processo de acordo com a demanda, ou seja, a solicitação gerada pelo cliente é o “start” da produção. Nessa perspectiva, o material somente é processado em uma operação se ele é requerido pela operação subsequente do processo. Já os sistemas tradicionais são sistemas que “empurram” a produção, no qual a fabricação inicia-se antes da demanda pelo produto. Logo, no momento que existe a disponibilidade de materiais as operações são disparadas, em que após a conclusão da primeira operação o lote é empurrado para a operação seguinte, no qual serão processados de acordo com o seu nível de prioridade. 2. Outra diferença que se evidencia é que o JIT é um sistema ativo, enquanto os sitemas tradicionais são passivos. Como assim? É que nos sistemas tradicionais para tentar minimizar os custos (de refugo, tempos de preparação de equipamentos, frequência de quebras de máquinas) que são envolvidos nos processos, eles acabam sugerindo ordens de produção maiores, já englobando o índice esperado de peças defeituosas, porém esse foco de redução de custos pode acabar não sendo eficiente algumas vezes, provocando o efeito rebote, em que no lugar de reduzir irá aumentar. Já o just in time incentiva o questionamento e a melhoria das características do processo, não aceitando os desperdícios e buscando sua fonte e soluções, ou seja, os sistemas JIT ataca as incertezas e, posteriormente, os problemas de coordenação. Por esses problemas não serem aceitos passivamente, a filosofia JIT consegue alcançar seu objetivo, que é justamente a redução dos estoques, já que as causas que geram a necessidade de se ter estoque seriam eliminadas 3. Já identificamos que o just in time busca reduzir os estoques, nesse sentido, será trago também a percepção do JIT e dos sistemas tradicionais a respeito do papel dos estoques, respectivamente. Para o primeiro, os estoques são considerados nocivos, haja vista não apenas por ocuparem espaço e representarem altos investimentos como também por acabarem escondendo problemas da produção que resultam em baixa qualidade e baixa produtividade. Já o segundo acredita que os estoques são úteis, uma vez que estes iriam proteger o sistema produtivo de problemas que podem causar a interrupção do fluxo de produção, ou seja, acreditam que os estoques dão independência a cada fase produtiva. 4. A filosofia JIT impõe um novo papel para a mão-de-obra direta da produção, delegando aos operários a responsabilidade pela qualidade dos produtos produzidos, já que estes fabricam, montam, testam e movimentam os materiais, isto é, que executam todas as atividades responsáveis pela qualidade “embutida” no produto. Já a abordagem tradicional utiliza de uma equipe especializada que fica responsável pela manutenção preventiva e corretiva. 4. Qual a principal crítica da filosofia enxuta à abordagem tradicional do lote econômico de pedido? R: É justamente porque no modelo tradicional o cálculo do lote econômico define que os custos envolvidos na decisão do tamanho de lote são os custos totais de estocagem e os custos fixos do período. Entretanto, o JIT assume que os estoques podem representar custos bem maiores do que aqueles referentes apenas ao espaço ocupado e ao investimento em capital, sendo essa a principal crítica. 5. O posto de montagem de uma empresa X apresenta um volume de produção de 600 peças por hora e leva 40 minutos para receber um contêiner com peças a serem montadas. Sabendo-se que cada contêiner contém 30 peças, qual é o número de kanbans necessários para controlar essa produção? R: D = 600; T = 40min; F = 0; C = 30 peças; 𝑥 = [( 600 60 ) ∗ (40) ∗ (1 + 0)] 30 𝑥 = 14 𝑘𝑎𝑛𝑏𝑎𝑛𝑠 6. Explique no que consiste a filosofia Kaizen e quais as características que a sintetizam. R: A filosofia Kaizen é voltada para a melhoria contínua, ou seja, tem como premissa que “o hoje é melhor do que ontem e que o amanhã será melhor do que hoje”. Vale ressaltar que essa prática visa o aprimoramento não apenas no âmbito empresarial, como também o desenvolvimento dos seus colaboradores, fazendo com que juntos busquem o aperfeiçoamento dos produtos e processos, o que por consequência, resulta na qualidade final do produto e satisfação do cliente, permitindo a todos que identifiquem seus erros/falhas e os tentem fazer melhor da próxima vez. Essa filosofia tem como principais características: o prevalecimento do trabalho coletivo sobre o individual; o reconhecimento do funcionário como elemento de grande importância da organização; estímulo do funcionário a direcionar suas atividades para as metas do grupo e que os trabalhadores desenvolvam suas atividades melhorando-as sempre, através de redução de custos e usando alternativas inovadoras. 7. Diferencie Kaizen de Inovação. R: O Kaizen é uma inovação de mentalidade e não tecnológica, desse modo, a melhoria contínua e a inovação se diferenciam em muitos pontos, o primeiroé em relação a sua implementação, uma vez que a primeira é implementada de forma mais lenta (pequenos passos), além disso o Kaizen é um processo monótono (conhecimento convencional) e exige muitos esforços de todos os setores. Já a inovação é implementada a grandes passos, ou seja, algo revolucionário que é dado a partir de um avanço tecnológico e que necessita de altos investimentos, sem contar que é uma filosofia voltada para obtenção de resultados rápidos, o que pode acabar sendo considerado negativo se não houver uma mudança na cultura organizacional da empresa, já que pode acabar sendo algo momentâneo. 8. Como Kaizen se relaciona com outras inovações do Sistema Toyota de Produção? R: A filosofia Kaizen tem como base o controle da qualidade total e gestão da qualidade total, no qual se baseia no ciclo PDCA para sua implementação. No entanto, para se obter os resultados esperados deve ser utilizado algumas inovações da gestão japonesa. A primeira que podemos citar é o just in time, uma vez que para essa melhoria contínua ocorrer, precisamos primeiro identificar o que se pode melhorar e para que essa identicação ocorra os problemas precisam estar visíveis, o que se torna possível com o JIT, já que esse por reduzir os estoques, acaba facilitando a visualização dos problemas, tendo em vista que muitos são oriundos dos estoques. Além da inovação japonesa citada acima, o Kaizen pode se relacionar com o Kanban, Manutenção Produtiva Total (TPM), automação, disciplina no local de trabalho, atividades em grupos pequenos, relações cooperativas entre administração e mão de obra, melhoria da produtividade e desenvolvimento de novos produtos. 9. Qual o objetivo da Troca Rápida de Ferramentas (TRF)? R: Tem por objetivo diminuir o tempo de preparação (ou setup) de equipamentos, reduzindo os períodos não produtivos, aumentando assim a capacidade produtiva dos equipamentos. 10. O que é Setup e como ele pode influenciar na produtividade de uma organização? R: Setup é o período em que a produção é interrompida, para que haja preparação de uma linha de produção para a entrada de novos produtos, sendo feitos preparos e trocas de ferramentas usadas na produção. O setup influencia diretamente na produtividade de uma organização, haja vista que se estes forem reduzidos a empresa ganha mais tempo produtivo, já que terá um tempo maior de disponibilidade dos equipamentos e um melhor aproveitamento da mão-de-obra, além de reduzir o estoque entre os processos gerados devido a essas interrupções. 11. Qual a diferença entre setup interno e setup externo R: No setup interno a preparação da máquina só pode ser feita com a mesma parada, ou seja, sem estar trabalhando. Já no setup externo a preparação pode ser feita com a máquina funcionando. 12. Por que a metodologia de troca rápida de ferramentas enfatiza a eliminação de ajustes no setup interno? R: Justamente porque esses ajustes consomem de 50 % a 70 % do tempo de setup interno (Mondem, 1983), tornando-se assim uma operação desnecessária, uma vez que a Troca Rápida de Ferramenta (TRF) visa diminuir os tempos de parada da máquina, logo quando esses ajustes são diminuidos você terá um maior tempo de utilização da máquina, já que serão feitas atividades com a máquina em funcionamento, aumentando a produtividade. Sem contar que por a máquina está parada para essas trocas no setup interno o lead time irá aumentar. 13. Quais os estágios para implementação da TRF de acordo com o modelo proposto por Shigeo Shingo? R: Estágio inicial: nessa etapa todos os procedimentos que ocorrem durante o processo produtivo são analisados, visando distinguir as operações que demandam setup interno e externo, o que pode causar tempo ocioso das máquinas. Estágio 1: ocorre a separação do setup interno e externo. Estágio 2: neste estágio ocorre a conversão do setup interno em externo. Estágio 3: neste estágio acontece a redução do tempo de setup interno e externo, através da simplificação e padronização das atividades. 14. Quais vantagens podem ser obtidas através da TRF? R: Resposta rápida as alterações do mercado, redução do lead time dos produtos, redução do tamanho do lote econômico, aumento no tempo de operação da máquina, redução de erros nos ajustes das maquinas, redução dos estoques intermediários, melhor sincronização da produção e mais proximidade da produção just in time. 15. Quais barreiras podem ser encontradas durante a implementação do método de troca rápida de ferramentas nas empresas? R: A primeira barreira que pode ser citada é a adesão do método por parte dos funcionários, já que será feito todo um estudo dos processos para que em seguida possa vir a colher os frutos da implementação da TRF, desse modo, os funcionários podem achar que a parte que antecede a implementação seja desnecessária, resultando em maiores restrições na mudança da cultura organizacional. Podemos citar ainda a não-criação de um cronograma de trabalho e de averiguação dos últimos resultados, assim como o não-incentivo por parte da alta administração. 16. Qual a diferença entre Jidoka e Poka Yoke? R: O Jidoka visa detectar os problemas quando acontecem, buscando assim identificar a ocorrência de falhas durante o processo produtivo. Já o Poka Yoke buscar previnir que essas falhas ocorram, estabelecendo maneiras de evitar a ocorrência de problemas mecânicos e humanos, garantindo sempre a segurança industrial e prezando pela noção de acidente zero. 17. O que é o fluxo de valor e o que se objetiva quando o seu mapeamento é realizado? R: Um fluxo de valor é toda ação (agregando valor ou não) necessária para trazer um produto por todos os fluxos essenciais, ou seja, é o processo pelo qual este percorre, indo desde o fluxo de produção da sua matéria-prima até a sua finalização. Nessa perspectiva, o Mapeamento do Fluxo de Valor (MFV) tem o objetivo de revelar oportunidades de melhoria, permitindo às empresas visualizarem os seus desperdícios, direcionando as melhorias no fluxo que efetivamente contribuem para um salto no seu desempenho. 18. Cite pelo menos 4 vantagens que podem ser obtidas com a utilização da técnica MFV. R: Fornece a base de um plano de implementação, servindo como referência e demonstrando como um fluxo total de porta-a-porta deveria operar; Ajuda a visualizar mais do que simplesmente os processos individuais; Ajuda a identificar mais do que os desperdícios, mas também, as fontes destes desperdícios no fluxo de valor e Torna as decisões sobre o fluxo visíveis para serem discutidas; 19. Quais as 4 etapas fundamentais para a elaboração de um MFV? R: As etapas para elaboração de um MFV são: Focar em uma família de produto para a qual o mapeamento possa ser feito; Desenhar um mapa da situação corrente de produção existente; Desenhar o mapa de estado futuro e por fim deve-se fazer o Plano de trabalho e implementação. 20. O MFV é representado por dois fluxos. Que fluxos são esses e quais os dados de entrada necessários para elaboração de ambos? Comente sobre o significado desses dados. R: Fluxo de material e fluxo de informações. Para o fluxo de material os dados de entrada são: tempo de ciclo (T/C), que representa o tempo de curso entre um componente e o próximo a saírem do mesmo processo; tempo de trocas (T/TR) que é o tempo para mudar a produção de um tipo de produto para outro (setup); disponibilidade é o tempo disponível por turno no processo descontado os tempos de parada e manutenção; índice de rejeição determina a quantidade de produtos defeituosos provenientes do processo e por fim o número de pessoas necessárias para operar o processo. Analisando esses dados podemos enxergar a importância deles para serem colocados no mapa, haja vista que fornecem informações importantes e detalhistasa respeito do processo. Para o fluxo de informação, os dados de entrada são: a quantidade de peças diferentes que são feitas, a frequência de entrega, o tamanho do lote de entrega e outras informações que sejam importantes. Diferente dos dados anteriores, esses se referem aos clientes, fornecedores e produtos, sendo importantes para que essas caracteríticas sejam conhecidas. 21. Dado o mapa de situação atual do processo apresentado abaixo, liste uma série de questionamentos que poderiam ser levantados para o desenvolvimento de um bom plano de ação e da construção do mapa do estado futuro. R: Como mostra no mapa de fluxo acima, a fábrica possui 5 processos produtivos: fundição, usinagem, polimento, pintura e montagem, além de possuir um sistema integrado de Planejamento e Controle da Produção que gerencia todo o processo produtivo. Fazendo uma análise, pôde-se identificar algumas falhas, sendo essas: O primeiro questionamento que pode ser feito é sobre o processo de Fundição. Por que se gasta 24 h para produzir (OCT)? Logo, devemos ver se existe meios de reduzir este tempo. Se a gente for analisar, o produto passa 12 horas após a fundição para resfriar, ser transportado e inspecionado, para só depois poder ser usinado. Analisando também, pode-se identificar que após a pintura o produto leva 8 h para secar até ir para o processo de montagem. Nessa perspectiva, esses tempos podem ser melhorados? Vale ressaltar também a Eficiência Global dos Equipamentos (OEE) das linhas de Usinagem e Polimento, no qual ficaram abaixo dos outros com valores de (0,6 e 0,5) respectivamente. Assim, é preciso analisar quais os motivos? O que está impactando mais? etc. O produto final demora 2 dias para chegar ao cliente como mostra no mapa de fluxo, no qual esta entrega é realizada via transporte rodoviário. Desse modo, deve ser questionado se o prazo de entrega pode ser melhorado? Como? E se realmente o transporte rodoviário é a melhor alternativa? 22. Por que o nivelamento da produção permite a flexibilidade do sistema de produção? R: Haja vista que devido ao nivelamento da produção, será aumentada a produção de variedades de pequenos lotes a cada dia, diminuindo a fabricação de grandes lotes de um único produto, permitindo assim a flexibilidade do sistema de produção. Uma vez que o nivelamento busca adaptar a produção para atender as variações da demanda e reduzir estoques. 23. Para fabricação de um determinado de um produto, este necessita passar por um total de 7 operações (A à G), as quais são apresentadas na tabela abaixo, junto aos seus respectivos tempos e precedências. Além disso, sabe-se que são necessárias 700 unidades/dia e a linha de produção pode operar 8 horas/dia. Nestas condições, responda: a) Qual o Tempo de Ciclo 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑜 = 8 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑎 𝑒 𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 = 700 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠/𝑑𝑖𝑎 R: 𝑇𝐶 = 8 700 = 0,0114 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑢𝑛𝑑 𝑜𝑢 0,6857 𝑚𝑖𝑛 𝑢𝑛𝑑 b) Qual o número mínimo de Postos de Trabalho e como devem ser agrupadas as tarefas? R: Nº mínimo de Postos de Trabalho = 2,61 0,6857 = 4 A B C D E F G São necessários 5 postos de trabalho para organizar as operações. a) Qual a eficiência do balanceamento assim conseguido? R: 𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 2,61 5∗0,6857 = 76, 13 %
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