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fisiologia renal

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Estudo Dirigido 1 – Educação Física
1. Discuta as possíveis formas de perda de água e diferencie as perdas insensíveis e por
sudorese. (3,5)
R: A água corporal é perdida através de quatro vias importantes. A perda por sudorese
acontece através das glândulas sudoríparas e tem grande importância para a regulação
da temperatura corporal. O volume de água perdido através dessa via fica entre 100
mL e 2 L em condições normais e está sujeito a variações de acordo com a
temperatura e umidade do ambiente e nível de atividade física. A perda nas fezes em
condições normais fica em torno de 100 mL por dia, mas pode aumentar muito em
caso de diarreia severa. A perda urinária representa o mais importante mecanismo de
regulação do volume extracelular e os rins podem produzir entre 0,5 e 20 litros de
urina diariamente, dependendo da necessidade. E as perdas insensíveis se dão através
da difusão simples através da pele, em um processo que não é passível de controle,
mas é até certo ponto contido pela camada epidermal mais externa, rica em colesterol
e queratina, ou ainda através da evaporação de água durante a expiração, já que em
geral o ar inspirado é mais seco que o contido no trato respiratório. As perdas
insensíveis são assim chamadas porque não há uma percepção consciente de sua
ocorrência. E é importante notar que a perda insensível através da pele não envolve as
glândulas sudoríparas.
2. Discuta o efeito sobre o volume extracelular e sobre o volume intracelular da infusão
IV de uma solução de NaCl 0,45%. (3,0)
R: Uma solução de NaCl 0,45% é hipotônica e hiposmótica. Um gradiente osmótico é
gerado, promovendo entrada de água na célula. Há expansão do volume de ambos os
compartimentos, mas o aumento é maior no intracelular. A osmolaridade é reduzida
nos dois compartimentos.
3. Cite os efeitos sobre os volumes extra e intracelulares da infusão IV de uma solução
NaCl 0,9% ou de glicose 5%. O que aconteceria com esses volumes se a solução
aplicada fosse de NaCl 0,9% + glicose 5%. Explique suas conclusões. (3,5)
R: Uma solução de NaCl 0,9% é isotônica e isosmótica. Não há gradiente osmótico
gerado. Há apenas expansão do volume extracelular.
Uma solução de glicose 5% é isosmótica, mas a glicose é rapidamente absorvida pelas
células, principalmente no fígado e músculos e a osmolaridade se reduz. A solução é
isosmótica, mas hipotônica. Há movimento de água de compartimento extracelular
para o intracelular, com aumento de volume nos dois compartimentos, mas o
aumento é maior no intracelular. A osmolaridade dos dois compartimentos é reduzida.
Uma solução de NaCl 0,9% + glicose 5% é hiperosmótica, mas isotônica. Como a glicose
entra nas células, o que sobra do lado de fora é uma solução de soro fisiológico. O
resultado é expansão do volume extracelular sem alteração de osmolaridade.
Estudo Dirigido 2 – Educação Física
1. Como é composta a pressão de ultrafiltração no glomérulo? Ela se mantém constante ou sofre alterações ao longo do leito capilar glomerular? Explique sua resposta. (3,5)
R: A pressão de ultrafiltração glomerular é a soma das pressões hidrostática e oncótica nos capilares glomerulares e hidrostática na cápsula de Bowman. Conforme o sangue flui da arteríola aferente em direção a eferente nos capilares glomerulares, a pressão oncótica glomerular aumenta, já que a saída de fluido em direção a cápsula de Bowman aumenta a concentração de proteínas nos vasos, uma vez que as mesmas não são filtradas. O aumento da pressão oncótica significa que a pressão de ultrafiltração efetiva se reduz ao nos aproximarmos da arteríola eferente. 
2. Comente sobre as composições do plasma e do ultrafiltrado no Espaço de Bowman. (3,0)
R: Praticamente todos os íons, sais e eletrólitos pequenos é filtrada livremente e praticamente os únicos componentes do plasma que são retidos pela barreira de filtração no glomérulo são proteínas. As poucas proteínas presentes no ultrafiltrado são as menores, que são parcialmente filtradas. Então não é incorreto dizer que a composição do plasma e do ultrafiltrado glomerular são praticamente iguais, com exceção do conteúdo proteico. 
3. Comente sobre os efeitos sobre o Ritmo de Filtração Glomerular frente as seguintes situações: (a) constrição da arteríola aferente, (b) constrição da arteríola eferente e (c) constrição de ambas as arteríolas. (3,5)
R: Sempre que se promove a constrição de um vaso, a pressão hidrostática se eleva no trecho anterior e é reduzida no trecho posterior. O aumento da resistência da arteríola aferente provoca a redução da pressão capilar glomerular, como esta é a principal força motriz da filtração glomerular, o ritmo de filtração glomerular (RFG) é reduzido. O aumento da resistência da arteríola eferente tem efeito contrário, aumentando a pressão hidrostática no glomérulo e assim, elevando o RFG. Mas quando o aumento da resistência eferente é muito alto (3 vezes o nível normal), a redução do fluxo sanguíneo se torna grande demais para compensar e o RFG é reduzido. Quando ambas as arteríolas são contraídas, o que é comum, o efeito final vai depender de onde a contração é mais forte. Se a resistência da arteríola aferente tiver um aumento maior, o efeito será de redução de RFG e se o maior aumento de resistência se der na eferente, o efeito será oposto.
Estudo Dirigido 2 – Educação Física
1. Entre carreadores e canais qual transportador é capaz de realizar o transporte mais
rápido? Explique. (3,0)
Canais são proteínas que formam poros entre os dois lados de uma membrana.
Embora canais possam ser fechados em determinadas condições, quando abertos
mantém um caminho livre para a passagem de substâncias capazes de atravessa-los.
Carreadores dependem da ligação de um substrato para promover as mudanças
conformacionais necessárias em sua estrutura que farão com que o substrato seja
levado através da membrana. Como os canais não dependem de qualquer mudança
em sua estrutura, são capazes de exercer sua atividade de transporte de maneira
muito mais rápida.
2. Diferencie um transportador ativo primário de um transportador ativo secundário.
(3,5)
Ambos realizam sua atividade de transporte contra um gradiente. A diferença é que
enquanto transportadores ativos primários usam diretamente a energia liberada pela
quebra de ligações de alta energia, como por exemplo na hidrólise de ATP, os
transportadores ativos secundários acoplam seu transporte a um transportador ativo
primário e utilizam o gradiente eletroquímico gerado por eles para impulsionar
substratos através de membranas.
3. A curva da cinética de um TRANSPORTADOR é baseada na curva de Michaelis-
Menten de cinética enzimática e pode ser plotada usando os valores inversos da
concentração de substrato e velocidade. A vantagem é que os valores de Km e Vmáx
podem ser mais facilmente encontrados, quando a curva intercepta os eixos X e Y.
Na figura abaixo, a linha sólida se refere a cinética normal de um TRANSPORTADOR,
enquanto a linha pontilhada se refere ao mesmo transportador sob a influência de
um inibidor. Diga que tipo de inibição é essa (competitiva ou não-competitiva) e
explique sua resposta. Explique o funcionamento deste tipo de inibidor. (3,5)
Analisando a curva, percebemos que a adição de um inibidor leva a alteração do valor
de Km, mas não de Vmáx. Trata-se, portanto de um inibidor competitivo. Inibidores
competitivos se ligam ao mesmo sítio de ligação do substrato, competindo por essa
ligação, de modo que ao se ligar ao inibidor, o TRANSPORTADOR deixa de transportar
seu substrato. Assim, é necessária uma concentração maior do substrato para que seja
atingida a velocidade máxima de TRANSPORTE e o Km fica aumentado.

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