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História- Segundo Reinado

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1EXPLICAEOFICIAL | .COM.BR 1EXPLICAEOFICIAL | .COM.BR
SEGUNDO REINADO
Antecedentes:
Em 1831, Dom Pedro I abdicou do trono em nome 
do seu fi lho Pedro de Alcântara (então com 5 anos de 
idade), o que levou à formação de uma Regência Trina 
(como previa a Constituição de 1824). Era a primeira vez 
que brasileiros, de fato, assumiam o controle político do 
Brasil. O Período Regencial foi bem agitado, com revoltas 
eclodindo em várias regiões do Brasil. Farroupilha, 
Cabanagem, Balaiada, Sabinada foram algumas dessas 
revoltas que ameaçaram a integridade territorial do país. 
Diante desse contexto, políticos liberais articularam uma 
mudança na Constituição com o objetivo de antecipar a 
posse do novo Imperador. Dom Pedro II foi entronado aos 
15 anos em 1840.
ASPECTOS DA POLÍTICA INTERNA
O Golpe da Maioridade: 
Entre 1837 e 1840, o Brasil foi governado pelo Regente 
Uno Pedro de Araújo Lima, membro do Partido Conservador. 
A oposição era encabeçada pelo Padre Feijó, responsável 
por articular a manobra política para antecipar a maioridade 
do Imperador. As constantes revoltas do Período Regencial 
colocavam em risco a integridade política, o que deixava as elites 
temerosas de uma fragmentação territorial. Em julho de 1840, a 
Constituição foi alterada e o jovem Pedro II tornou-se Imperador 
do Brasil. O regente conservador Uno Araújo Lima teve seu 
mandato encurtado por conta dessa manobra política.
A Gangorra Política: 
Assim que o jovem Príncipe se tornou Imperador, a primeira 
medida foi nomear um gabinete ministerial composto só por 
políticos do Partido Liberal, que havia articulado o Golpe da 
Maioridade. Os ministros liberais trataram de convencer Dom 
Pedro II a convocar eleições legislativas e, no intuito de conseguir 
maioria parlamentar, os liberais fraudaram as eleições. Ao 
perceberem a “manobra política”, os conservadores derrotados 
iniciaram uma onda de violência contra os liberais. Essas eleições 
fi caram conhecidas como as “eleições do cacete”! A pressão 
foi tão grande que Dom Pedro II demitiu os ministros liberais e 
convocou novas eleições.
Os novos ministros (conservadores) também fraudaram 
as eleições para conseguir maioria na Câmara Federal e no 
Senado. Tal comportamento atesta aquilo que a população já 
falava: “liberais e conservadores são farinha do mesmo saco”. A 
sabedoria popular comprovava que a origem social dos nossos 
parlamentares era praticamente a mesma: a elite latifundiária.
O novo gabinete ministerial restaurou o Conselho de Estado e 
reformou o Código do Processo Criminal, retirando a autonomia 
judicial dos municípios e províncias. Essas medidas provocaram 
uma reação violenta dos liberais em Sorocaba (São Paulo) e em 
Barbacena (Minas Gerais). Os políticos rebeles foram presos. 
Em 1844, os ministros liberais estavam de volta ao poder, pois 
os conservadores foram demitidos depois de quase provocarem 
uma crise diplomática com a Inglaterra.
Os Partidos Políticos do Império:
 Os dois grupos políticos do fi nal da Regência se organizam 
em partidos de fato. O Partido Liberal, mais favorável às 
autonomias regionais e as liberdades e o Partido  Conservador, 
mais centralizador, sendo mais ligado ao Imperador ao longo do 
Segundo Reinado e mais poderoso. Os dois partidos, no entanto, 
estão assentados essencialmente em grupos sociais similares, 
ambos são constituídos, em sua maioria, por proprietários de 
escravos e de terras. Ambos os partidos são contra o fi m da 
escravidão e contrarreformas realmente democratizantes.
O Parlamentarismo às avessas e o Ministério da Conciliação: 
Em 1847, foi criado o Cargo do Presidente do Conselho de 
Ministros, que nada mais era do que um “Primeiro Ministro”. Quem 
estivesse à frente de cargo responderia pelas decisões erradas 
que os demais ministros fi zessem. Cabia ao Imperador nomear o 
Primeiro Ministro, que nomeava os demais ministros e procurava 
assegurar maioria no Congresso de todas as formas. Então, 
diferente do modelo britânico de parlamentarismo, aqui no Brasil 
o rei reina e governa. Daí a denominação de Parlamentarismo 
às avessas. Em 1853, o “Primeiro Ministro” Honório Carneiro 
Leão foi incumbido de criar um gabinete ministerial composto 
por conservadores e librais ao mesmo tempo. Somente dessa 
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GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA
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forma, o Imperador estaria agraciando os dois partidos políticos 
e alcançaria uma paz entre eles. Essa conciliação durou até 1868. 
A Revolução Praieira (1848): 
Ocorrida em Pernambuco, essa revolta pode ser considerada 
uma herdeira daquelas que ocorreram no Período Regencial, pois 
apresentava caráter republicano e separatista. No entanto, havia 
algo de diferente, visto que a ideologia que a inspirou não foi a 
iluminista, mas a ideologia do Socialismo Utópico, em voga na 
Europa daquela época. A Praieira tem esse nome porque alguns 
dissidentes do Partido Liberal criaram um partido novo, apelidado 
de Partido da Praia. Os dois tradicionais partidos políticos (liberal 
e conservador) em Pernambuco eram controlados por uma 
mesma família, os Cavalcanti. Além disso, as quatro famílias 
mais ricas eram donas de 3/3 das terras produtivas, claro que 
voltadas aos produtos de exportação, o que resultava na escassez 
de alimentos. Como se não bastasse, o comércio do Recife era 
controlado por indivíduos de origem portuguesa. Os rebeldes 
possuíam um jornal (Diário Novo) através do qual divulgavam suas 
propostas, como ocorreu quando Borges da Fonseca publicou 
o Manifesto ao Mundo, propondo a proclamação da república, 
o fi m do Senado Vitalício, o voto livre e universal, liberdade de 
trabalho e liberdade de imprensa. No entanto, observe que o 
manifesto não incluía a abolição da escravidão. 
A revolta eclodiu em Olinda, atingiu alguns bairros do Recife, 
contando com o apoio das camadas inferiores. Depois de alguns 
combates, os rebeldes acabaram fugindo para o interior onde 
tentaram resistir até o ano seguinte. Quase todos os líderes 
morreram em combate, a exemplo de Nunes Machado e Borges 
da Fonseca. Pedro Ivo chegou a ser preso, mas fugiu da prisão e 
embarcou para a Europa.
A POLÍTICA EXTERNA
A Questão Christie: 
O embaixador inglês no Brasil, Wiliam Christie provocou uma 
crise diplomática entre Brasil e Reino Unido em virtude de dois 
episódios que poderiam ter sido superados facilmente. O primeiro 
fato ocorreu no litoral do Rio Grande do Sul, quando a carga de 
um navio inglês naufragado foi saqueada por moradores locais. O 
segundo episódio ocorreu no Rio de Janeiro, quando marinheiros 
ingleses foram presos por desacato à autoridade. Nos dois fatos 
narrados acima, o referido embaixador exigiu indenizações por 
parte do governo brasileiro. O governo brasileiro recorreu a uma 
corte internacional e ganhou a questão. A Inglaterra não admitiu 
o erro e as relações diplomáticas entre as duas nações foram 
rompidas entre 1863 e 1865.
Guerra do Paraguai (1864-1870):
Antecedentes: 
Ao contrário do desejo dos grandes comerciantes de Buenos 
Aires, o vice-reinado do Prata se dividiu em três países: Argentina, 
Paraguai e Uruguai. O Paraguai vive, desde sua independência em 
1811, seguidas ditaduras. Prevalecia um sistema de pequenas e 
médias propriedades no Paraguai, onde o Estado monopolizava 
o comércio exterior – baseado em exportações de erva-mate e 
couro – e tinha controle sobre amplas partes da economia. Para 
escoar sua produção, o Paraguai tinha que pagar uma taxa à 
Argentina. Tratava-se de uma potência emergente, que iniciara 
um processo de industrialização, mandava jovens para estudar no 
exterior e montava um exército com planos expansionistas sobre 
o Prata.
A Intervenção conta Oribe e Rosas:
O governo brasileiro teve que intervir na Bacia Platina para 
conter o processo expansionista de dois ditadores: o Presidente 
do Uruguai Manuel Oribe e Juan Roas da Argentina. Esses 
governantes pretendiam reconstruiro antigo Vice-Reinado do 
Prata e anexar parte do território brasileiro. Tais pretensões 
prejudicariam os interesses do Brasil e até mesmo os interesses 
comerciais da Inglaterra na região. Diante disso, Dom Pedro 
II enviou tropas para a região e com o apoio de opositores dos 
ditadores naqueles países, conseguiu derrubá-los. Era o início da 
hegemonia brasileira na região do Prata.
A Guerra 
Cerca de dez anos depois da intervenção contra Oribe e Rosas, 
o governo brasileiro voltou a enfrentar problemas na Bacia do 
Prata. No Uruguai, o Partido Blanco chegou ao poder através 
do caudilho Anastácio Aguirre, que retoma a velha política 
expansionista e antibrasileira. O governo brasileiro ainda tentou 
usar a diplomacia, mas o presidente uruguaio aliou-se ao ditador 
do Paraguai Francisco Solano Lopez.
O Brasil declara guerra ao Uruguai, derruba seu presidente 
e alia-se ao Colorados (opositores dos Blancos). Nesta mesma 
época, os argentinos também se unem ao Brasil, pois o Ditador 
Solano Lopez é visto como um inimigo comum. Forma-se contra 
os paraguaios uma Tríplice Aliança entre Brasil, Argentina e 
Uruguai que conta com o apoio inglês. 
Argentina e Uruguai abandonam a guerra antes do seu 
término. O Brasil passa a lutar sozinho em 1866 e para vencer 
utiliza o exército, a guarda nacional, os voluntários da pátria, os 
recrutados e escravos com a promessa da alforria com o fi m da 
guerra.
Consequências da guerra: 
O ditador Paraguaio Solano Lopez não se rende, o que leva a 
uma guerra longa e extremamente ruinosa para os paraguaios. 
95% da população masculina adulta do país morre na guerra e 
40% do território paraguaio é anexado por Argentina e Brasil. 
Morrem 300 mil na guerra. No Brasil, a guerra tinha custado 
muito caro, aumentado o poder do exército e levantado a questão 
da escravidão.
ASPECTOS ECONÔMICOS
O poder do café: 
De origem africana, o café foi difundido pelos árabes e acabou 
chegando ao Brasil no século XVIII. No entanto, sua produção 
em larga escala só ocorreu no início do século XIX. Inicialmente 
cultivado no Vale do Rio Paraíba do Sul, no litoral fl uminense, com 
a utilização de mão de obra escrava. A partir de 1850, o café chega 
ao Oeste paulista, região de clima favorável e terras planas, sem 
falar do solo vermelho (ou roxo, como diziam os italianos). Graças 
as condições desta região, o Brasil se torna o maior produtor e 
exportador de café. Mesmo com a lei que proibia o tráfi co de 
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escravos, a partir de 1850, os barões do café do Oeste paulista 
trouxeram imigrantes europeus para substituir o trabalhador 
africano.
Tarifas Alves Branco (1844): 
Neste ano, o Estado imperial modificou as tarifas de 
importação de produtos estrangeiros com o objetivo de aumentar 
a arrecadação do Império – já que naquela época, a principal 
fonte de arrecadação era a alfândega. As tarifas que eram de 15% 
passariam para 30% para produtos sem similares nacionais e 60% 
para os com similares nacionais, os tecidos, no entanto, pagavam 
apenas 20% de entrada. Além do aumento na arrecadação, a 
medida era uma reação à constante ameaça inglesa ao tráfico 
de escravos feito para o Brasil e também pretendia defender a 
indústria nacional. De fato, as tarifas ajudaram no surgimento de 
uma certa indústria nacional. Outras medidas imperiais, como a 
isenção na importação de máquinas e o crédito para a indústria 
ajudaram as fábricas nascentes. Isso tudo não durou muito, em 
1860 houve a reversão das tarifas, o que levou à quebradeira de 
diversas empresas industriais.
O Ciclo da borracha: 
Na segunda metade do século XIX e primeiras décadas do 
século XX, a borracha produzida na Amazônia se torna um 
importante produto de exportação. Dominada por empresas 
estrangeiras, a produção da borracha chegou a ser o segundo 
item de exportações no início do século XX, com 28% do valor das 
exportações, sendo o Brasil o maior produtor mundial no período, 
com 50% do mercado mundial.
O fim do tráfico de escravos (1850): 
O Brasil se comprometeu várias vezes antes de 1850 a acabar 
com o tráfico de escravos, mas o Estado nunca se empenhou. A 
Inglaterra, interessada no alargamento do mercado brasileiro 
com o fim da escravidão, pressionava insistentemente o Brasil 
para pôr fim ao tráfico. Em 1845, o Parlamento britânico cria a 
lei Bill Alberdeen, que permitia aos navios de guerra britânicos 
a apreensão de navios negreiros brasileiros. Em 1850, aprova-se 
a apreensão de navios negreiros inclusive em águas territoriais 
brasileiras, gerando uma série de incidentes, com troca de tiros 
em portos, furor nacionalista e pedidos de guerra. 400 navios 
negreiros brasileiros foram capturados pelos ingleses segundo 
essa lei. Fruto dessa pressão britânica, em 1850, o Congresso 
brasileiro aprova a Lei Eusébio de Queirós, que abole o tráfico de 
escravos.
As ferrovias e outras novidades tecnológicas: 
Diversos empresários e industriais – dentre eles o mais rico 
e mais conhecido, o visconde de Mauá – interessaram-se pelos 
capitais dos traficantes de escravos, os homens mais ricos do 
Brasil. Mauá chega a criar um banco de investimento para atrair 
esses capitais. De fato, o fim do tráfico fortaleceu mais ainda 
os investimentos em indústrias e outros empreendimentos 
que mercaram o auge do Império. São bancos, companhias de 
navegação a vapor, seguradoras, telégrafos e, principalmente, 
as ferrovias. A primeira ferrovia foi feita em 1854 e a estrada 
de ferro Pedro II começou a ser feita em 1855. Muitos desses 
empreendimentos tinham a presença preponderante de capitais 
ingleses.
A Lei das Terras (1850): 
Logo após a abolição do tráfico, foi feita a lei de terras. Essa 
impedia o acesso de pessoas pobres às terras ao determinar que 
todas terras devolutas – as terras públicas – seriam adquiridas 
apenas por meio de compra. Ou melhor, não haveria distribuição 
de terras públicas.
O DECLÍNIO DO SEGUNDO REINADO
Acirramento das Disputas Políticas:
De 1853 a 1868, prevaleceu a conciliação, onde liberais e 
conservadores se alternavam pacificamente no poder. Isso 
termina no meio da guerra do Paraguai levando a um novo 
momento de acirramento das disputas políticas e radicalização 
dos confrontos.
A Questão Militar: 
Após a Guerra do Paraguai, os militares brasileiros passaram 
a exigir espaço no governo. Este fato foi resultado do contato 
dos nossos militares com militares que viviam em países 
republicanos, a exemplo de uruguaios e argentinos, bem como da 
consciência que os homens de farda tiveram da sua importância 
na hegemonia política do Brasil na América do Sul. Note-se ainda 
que muitos deles se empenharam na campanha pela abolição da 
escravidão, os que lhes rendia perseguição e punição por parte 
das autoridades imperiais.
A nomeação do Visconde de Ouro Preto foi a gota d’água para 
que os militares decidissem pela junção de forças com setores 
civis com o propósito de proclamar a República. Na escola militar 
do Rio de Janeiro, o Tenente e Professor Benjamin Constant foi de 
fundamental importância na propagação das ideias positivistas 
do filósofo Auguste Comte. 
A Questão Religiosa
Segundo o regime de padroado, o Império brasileiro pagava 
os padres como funcionários públicos e interferia diretamente 
dentro dos assuntos da Igreja no Brasil. D. Pedro II se coloca 
contra a Igreja quando uma bula papal passa a condenar a 
maçonaria. Bispos brasileiros, seguindo a ordem do Vaticano, 
haviam suspendido irmandades com maçons. D. Pedro II prende 
estes bispos, dando princípio a uma grande crise entre a Igreja e 
o Estado e com o pedido de bispos de separação entre Estado e 
Igreja.
Abolicionismo: 
Aumentam as pressões externas e internas pelo fim da 
escravidão. Depois que a Inglaterra baixou o Bill Aberdeen, 
o governo se apressou em aprovar a Lei Eusébio de Queiroz 
(1850), pondo fim ao tráfico de escravos. Surgemdiversos 
grupos abolicionistas com jornais e atos contra a escravidão. 
Em São Paulo, organizam-se os caifases na década de 1880, são 
homens livres que organizam fugas escravas. Paralelamente a 
isso, aumentavam drasticamente as resistências escravas, com 
várias fugas, suicídios, assassinatos de senhores e formação de 
quilombos.
As leis paliativas: Com toda essa pressão, o Congresso 
aprova em 1871 a Lei do Ventre Livre, que liberta os filhos de 
escravos. O Norte e o Nordeste, já com pouquíssimos escravos, 
votam maciçamente a  favor e o Rio Grande do Sul e Sudeste 
votam amplamente contra a lei. Em 1885, aprova-se a Lei 
dos Sexagenários, que liberta os escravos com mais de 60 anos 
que eram pouquíssimos, na verdade.
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GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA
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HISTÓRIA - MÓDULO - 2 - IMPÉRIO - 2.3 - 2º REINADO
A abolição no Ceará e no Amazonas: Com toda a pressão 
interna e externa e com a resistência escrava, a abolição se 
tornará inevitável. Primeiramente, províncias que praticamente 
não tinham mais escravos abolem unilateralmente a escravidão. 
É o caso do Ceará e da Amazonas em 1884.
A abolição: Com um afastamento provisório do monarca, 
sua fi lha Isabel manda um projeto para o Congresso com o fi m 
imediato da escravidão sem indenizações. É aprovado e tem fi m 
a escravidão no país em 1888. No entanto, a maioria dos escravos 
brasileiros foi libertada pelas leis paliativas, ou fugiram, ou 
compraram sua liberdade entre 1850 e 1888. Com a Lei Áurea 
(13 de maio de 1888), apenas 500 mil escravos são libertados. 
Isso desfaz a base política imperial e vários fazendeiros do Vale 
do Paraíba viram os ‘republicanos de 14 de maio’.
A Lei Áurea não previa qualquer tipo de indenização 
aos proprietários de escravos, o que provocou grande 
descontentamento entre aqueles que ainda lutavam para manter 
D. Pedro II no poder. Esses fazendeiros eram basicamente do Vale 
do Paraíba, a primeira região produtora de café. Muitos deles 
tornaram-se “republicanos de última hora”.
O Movimento Republicano
Em 1870, surge no Rio de Janeiro o Partido Republicano, 
que logo ganha força em outros estados. Elementos centrais 
dentro daquele pensamento republicano eram o federalismo e 
o positivismo. O republicanismo e o positivismo vão ter grande 
penetração no Exército.
AULAS 14
2. IMPÉRIO
2.3. 2º Reinado
APOSTILAS: 1 resumo + 20 questões
EXERCÍCIOS ONLINE: 30 questões
CAIU NO ENEM: 38 questões
CAIU NA CONSULTEC + STRIX: 0 questões
REVISÃO NA PLATAFORMA
 
EXERCÍCIOS ORIENTADOS
QUESTÃO 01 
“A missão do governo, e principalmente do governo que 
representa o princípio conservador, não é guerrear e exterminar 
famílias, antipatizar com nomes, destruir infl uências que se 
fundam na grande propriedade, na riqueza, nas importâncias 
sociais; a missão de um governo conservador deve ser aproveitar 
essas infl uências no interesse público, identifi cá-las com a 
monarquia e com as instituições, dando-lhes prova de confi ança 
para que possa dominá-las e neutralizar as suas exagerações. Se 
representais o princípio conservador, como quereis destruir a 
infl uência que se funda na grande propriedade?”
Nabuco de Araújo, 1853; citado por NABUCO, Joaquim,
“Um estadista do Império”. Rio de Janeiro, 4a. ed.,1975, p. 145.
No documento anterior, Nabuco de Araújo, um dos nomes mais 
expressivos da elite política imperial, revela uma preocupação 
com as dissidências que haviam proporcionado grande desgaste 
para o regime monárquico e conclama seus correligionários a 
lutar pela manutenção das estruturas.
 Cite dois elementos da estrutura econômica do Brasil Império 
complementares à grande propriedade.
 Explique em que consistiu a política de conciliação adotada 
pelo governo monárquico no Segundo Reinado. 
 
QUESTÃO 02 
Canção 1
Suba ao trono o jovem Pedro
Exulte toda a Nação;
Os heróis, os pais da Pátria
Aprovaram com união.
Canção 2
Por subir Pedrinho ao trono,
Não fi que o povo contente;
Não pode ser coisa boa
Servindo com a mesma gente.
Quadrinhas populares cantadas nas suas do Rio de Janeiro em 
1840.
Compare as quadrinhas populares e responda:
 Por que D. Pedro II tornou-se imperador, antes dos dezoito 
anos, como previa a Constituição?
 Quais as diferentes posições políticas expressas nas duas 
canções populares? 
 
QUESTÃO 03 
Examine a tabela.
PERCENTAGEM SOBRE O VALOR DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS
Produtos 1821/30 1831/40 1841/50 1851/60 1861/70 1871/80
Açúcar
Algodão
Cacau
Café
Fumo
Total
Sérgio Buarque de Holanda (org).
O Brasil Monárquico: declínio e queda do Império, 1985. Adaptado.
 Qual era o produto que, no período 1841/50, representava o 
maior percentual sobre o valor do conjunto das exportações 
brasileiras? Esboce, no plano cartesiano a seguir, um gráfi co 
que demonstre o comportamento da exportação desta 
mercadoria durante todo o período compreendido pela tabela 
(1821/80).
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HISTÓRIA - MÓDULO - 2 - IMPÉRIO - 2.3 - 2º REINADO
 Qual foi a mercadoria que sofreu maior oscilação percentual 
sobre o valor do conjunto das exportações brasileiras na 
passagem do período 1851/60 para o período 1861/70? 
Aponte o principal motivo dessa oscilação. 
QUESTÃO 04 
No dia seguinte ao decreto da Libertação, negros e negras 
deixaram apressadamente os lugares onde tinham vivido durante 
longo tempo nas humilhações da escravidão e, das fazendas e 
sítios, afl uíram em direção às cidades próximas. A maior parte 
desses novos cidadãos livres tinha pequenas economias. Ora, seu 
primeiro ato foi correr às lojas de calçados. 
Adaptado de Louis Albert Gaffre, Visions du Brésil. Rio de Janeiro: Francisco 
Alves, 1912, p. 205.
 Considerando o depoimento citado, explique um signifi cado 
social do uso do sapato na época. 
 Nomeie duas estratégias de sobrevivência dos brancos pobres, 
mestiços e forros no período do pós-abolição. 
 
QUESTÃO 05 
A cada dia as posições se radicalizavam. No governo liberal 
de Ouro Preto foi criada a Guarda Negra, espécie de força 
paralela ao exército para proteger a monarquia. (...) a situação 
era de fato paradoxal. Os ex-escravizados guardavam lealdade 
à monarquia e opunham-se aos republicanos, chamados de ‘os 
paulistas’ (...) A partir do segundo semestre [de 1889], a cada dia 
um novo acontecimento insistia em desmentir a normalidade. 
(...) Os jornais também não davam trégua (...) Mas o medo maior 
era o descontrole, e não por acaso o Partido Republicano 
Paulista começou a frequentar os quartéis, arquitetando uma 
contrarrevolução preventiva que visava garantir as estruturas 
sociais. Enquanto isso, os militares encontravam-se em seu clube, 
para começar a confabular. Na agenda apertada do golpe, os dias 
passavam rápido (...)
SCHWARCZ, L. & STARLING, H. Brasil: uma biografi a. São Paulo: Companhia 
das Letras, 2015, p. 312-314.
Considerando esse texto e com base em seus conhecimentos:
 Analise a atuação de DOIS atores sociais envolvidos no 
contexto da queda da monarquia no Brasil.
 A queda da monarquia no Brasil, em 1889, pode ser 
considerada um golpe? Justifi que sua resposta.

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