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DIREITO CIVIL DIREITOS REAIS DE GARANTIA 2 SUMÁRIO 1. CONCEITO ....................................................................................................................................... 3 1.1 ESPÉCIES ...................................................................................................................................... 4 1.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIA ...................................................... 4 2. PENHOR ......................................................................................................................................... 5 2.1 CONCEITO .................................................................................................................................... 6 2.2 ESPÉCIES DE PENHOR ................................................................................................................... 6 2.3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PENHOR .................................................................................. 6 2.4 Direitos do credor pignoratício ..................................................................................................... 7 3. HIPOTECA ....................................................................................................................................... 7 3.1 CONCEITO .................................................................................................................................... 7 3.2 CONSTITUIÇÃO ............................................................................................................................. 8 3.3 OBJETO DA HIPOTECA .................................................................................................................. 8 3.4 MODALIDADES DE HIPOTECA ....................................................................................................... 8 4. ANTICRESE ...................................................................................................................................... 9 4.1 CONCEITO .................................................................................................................................... 9 4.2 PRINCIPAIS REGRAS.................................................................................................................... 10 5. DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO ................................................................................. 10 6. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA.............................................................................................................. 10 3 ATUALIZADO EM 07/03/20191 DIREITOS REAIS DE GARANTIA 1. CONCEITO Os institutos que serão estudados nesta FUC constituem direitos reais sobre coisa alheia, hipóteses de propriedade restrita ou limitada, diferenciando-se dos direitos reais de gozo ou fruição pelo conteúdo e pela sua função. Alguém detém uma garantia sobre bem de propriedade alheia ou, como bem define Orlando Gomes, “direito real de garantia é o que confere a pretensão de obter o pagamento da dívida com o valor de bem aplicado exclusivamente à sua satisfação. Sua função é garantir ao credor o recebimento da dívida, por estar vinculado determinado bem ao seu pagamento” (GOMES, Orlando. Direitos..., 2004, p. 378). Não se pode esquecer que os direitos reais de garantia não se confundem com as garantias pessoais ou fidejussórias, eis que no primeiro caso um bem garante a dívida por vínculo real e efeitos erga omnes (art. 1.419 do CC/2002); enquanto que no último a dívida é garantida por uma pessoa, presentes efeitos inter partes (exemplo: fiança). Como garantias que são, anote-se que, em comum, todos os institutos têm nítida natureza acessória, aplicando-se o princípio da gravitação jurídica, segundo o qual o acessório segue o principal. Essa natureza acessória igualmente serve para diferenciar os direitos reais de garantia dos direitos reais de gozo ou fruição, eis que os últimos não têm tal feição, gozando de autonomia. Como outra forma de garantia real, há, ainda, a alienação fiduciária em garantia, que constitui um direito real de garantia sobre coisa própria, com tratamento em leis esparsas (Decreto-lei 911/1969 e Lei 9.514/1997). Pois bem, os direitos reais de garantia sobre coisa alheia apresentam quatro características fundamentais: preferência, indivisibilidade, sequela e excussão, formadoras de mais um acróstico didático: PISE. Cumpre destacar que alguns juristas reconhecem em tais características a existência de princípios relacionados às 1 As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos, porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos eventos anteriormente citados. 4 garantias reais (por todos: BEVILÁQUA, Clóvis. Direito..., v. II, p. 9-42; GOMES, Orlando. Direitos..., 2004, p. 384- 385). Em suma, são os direitos reais que tem o objetivo de garantir o cumprimento de uma obrigação vinculando a um bem determinado. Nas garantias pessoais o garantidor responde pelas obrigações com o seu patrimônio global, sem a vinculação de um determinado bem. 1.1 ESPÉCIES As garantias reais podem ser de dois tipos: a) Direitos reais de garantia sobre coisa alheia: hipoteca, penhor e anticrese. b) Direitos reais de garantia sobre coisa própria: a propriedade fiduciária (alienação fiduciária). 1.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIA a) Acessoriedade: os direitos reais de garantia seguem a sorte do principal (a obrigação garantida). Em decorrência do princípio da gravitação jurídica (acessoriedade), se a obrigação for nula, nula também será a garantia. *#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: A prescrição da pretensão de cobrança da dívida extingue o direito real de hipoteca estipulado para garanti-la. A hipoteca, no sistema brasileiro, é uma garantia acessória, seguindo, portanto, a sorte (o destino) da obrigação principal. Assim, prescrita a pretensão derivada da obrigação principal, não persiste a garantia hipotecária (art. 1.499 do CC). STJ. 3ª Turma. REsp 1.408.861-RJ, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 20/10/2015 (Info 572). Art. 1.499. A hipoteca extingue-se: I - pela extinção da obrigação principal. b) Sequela: o direito real de garantia acompanha o bem em caso de alienação gratuita ou onerosa, e também na hipótese de transmissão sucessória, Obs.: se o bem for objeto de usucapião, a hipoteca existente sobre o imóvel deixará de existir, pois surge um novo direito de propriedade (usucapião – forma de aquisição originária da propriedade). 5 c) Indivisibilidade: o pagamento de uma ou mais prestações da dívida não importa exoneração correspondente da garantia. O pagamento de parte da dívida não afeta em nada a garantia real dada, ainda que compreenda vários bens (dados em garantia). Exceção: o contrato pode conter cláusula em sentido contrário, prevendo a divisibilidade do direito. d) Excussão: o credor hipotecário, pignoratício ou fiduciário tem o direito de promover a execução do bem dado em garantia na hipótese de inadimplemento. O bem dado em garantia deve ser primeiro penhorado e, depois, expropriado/excutido (hipoteca ou penhor). Na propriedade fiduciária não há penhora, pois como o bem pertence ao credor fiduciárioele pode levá-lo a leilão extrajudicial (imóveis) ou à simples venda amigável (bens móveis). e) Direito de preferência: o credor hipotecário e o pignoratício têm preferência no pagamento a outros credores quirografários (sem preferência). Obs.: A preferência estabelecida pelos direitos reais de garantia não é absoluta, pois outros credores podem ter privilégios a frente (ex.: créditos trabalhistas). f) Direito de retenção: o credor anticrético tem direito a reter em seu poder o bem enquanto a dívida não for paga. Este direito será extinto se decorridos 15 anos da sua constituição (perempção da anticrese). g) Pacto comissório: é a cláusula que autoriza o credor fiduciário, hipotecário, pignoratício ou anticrético a ficar com o bem objeto da garantia em caso de inadimplemento. É totalmente proibido no Brasil. Sem exceção. A pena é de nulidade. Obs.: Na alienação fiduciária/propriedade fiduciária, o credor fiduciário é obrigado a promover a venda do bem (o bem já está com ele, só que ele vai vender para ficar com o valor correspondente a ele. O credor fiduciário é obrigado a vender o bem – não pode simplesmente ficar com o bem – quitando a dívida do devedor e restituindo o resto a ele). *#ATENÇÃO: A proibição do pacto comissório não abrange a dação em pagamento. Desta forma, se durante a execução do contrato for verificado o inadimplemento, o devedor poderá, com o consentimento do credor, dar o bem em pagamento da dívida. Isso é diferente do pacto comissório, pois nele, ao fazer o contrato, já diz que se o devedor não pagar a dívida o credor ficará com o bem. Isso é diferente da dação em pagamento, pois só lá na frente, na fase de execução, a obrigação é adimplida de outra forma (não foi pactuado ficar com o bem de maneira prévia no contrato). 2. PENHOR 6 2.1 CONCEITO É o direito real de garantia sobre coisa alheia constituído, em regra, através da transferência ao credor da posse de um bem móvel ou mobilizável, suscetível de alienação. São sujeitos do penhor o credor pignoratício x devedor pignoratício. Ex.: eu deixo as jóias no banco até que seja quitada a dívida (transfere a posse do bem). 2.2 ESPÉCIES DE PENHOR a) Penhor convencional: é aquele que decorre de acordo de vontades (contrato) entre as partes. O penhor convencional pode ser de 2 tipos: a.1) Penhor comum: o devedor entrega a posse do bem ao credor. Ex.: penhor de jóias na CEF. a.2) Penhor especial: é aquele que dispensa a transferência da posse dos bens ao credor. Ex.: penhor rural, agrícola, pecuário, industrial e mercantil. Ex.: penhora as máquinas da fazenda – tratores. b) Penhor legal: é aquele constituído independentemente de manifestação de vontade do devedor. Deriva de um ato de força do credor com fundamento na lei (arts. 1467 a 1462/CC). Ex.: o penhor dos donos de hotéis sobre os bens móveis dos hóspedes. Isso também acontece com os restaurantes, em que a pessoa não paga a conta e o dono do restaurante pode ficar com os bens móveis do devedor (celular, relógio...). 2.3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PENHOR a) Instrumento: o penhor deve ser contratado por instrumento público ou particular. Se for feito por instrumento particular deverá ser registrado no CRTD (regra). b) Registro: o registro não tem natureza constitutiva do penhor, mas tão somente publicitária (o que se busca através dessa publicidade é a oponibilidade erga omnes. O penhor não tem natureza constitutiva, pois haverá esta com a tradição do bem móvel). Mesmo sem o registro do contrato é possível executar o bem (só que o credor não terá oponibilidade erga omnes). 7 2.4 Direitos do credor pignoratício a) Posse: o credor tem direito à posse da coisa empenhada enquanto a dívida não for paga em sua integralidade. Ocorrendo o adimplemento, o bem deve ser constituído ao devedor. b) Retenção: o credor pode reter o bem até ser ressarcido das despesas justificadas (ex.: conservação do bem). c) Vício: o credor também deve ser ressarcido pelos prejuízos resultantes de vício na coisa empenhada. Ex.: uma doença no animal empenhado. d) Execução dos bens: o credor pode promover a venda judicial ou até mesmo a venda amigável (aquela venda extrajudicial sem leilão), caso expressamente autorizada no contrato. e) Frutos: tem direito de apropriar-se dos frutos da coisa em seu poder, MAS TEM O DEVER de imputar o valor dos frutos no valor da dívida. O credor pignoratício vai ficando com os frutos que forem rendendo, e no final, vai abater no valor da dívida. Esses valores não são dele. * #OLHAOGANCHO #TUDOEJUNTOEMISTURADO #CDC: A parte celebrou contrato de mútuo com a instituição financeira e deu uma joia em penhor como garantia do débito. Ocorre que a joia foi furtada de dentro do banco. Diante disso, o devedor (mutuário) terá que pleitear indenização pelos prejuízos sofridos com o furto, sendo de 5 anos o prazo prescricional para essa ação de ressarcimento. O furto das joias, objeto do penhor, constitui falha do serviço prestado pela instituição financeira, devendo incidir o prazo prescricional de 5 anos para a ação de indenização, conforme previsto no art. 27 do CDC. STJ. 4ª Turma. REsp 1.369.579-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 24/10/2017 (Info 616) 3. HIPOTECA 3.1 CONCEITO É um direito real de garantia que vincula um bem imóvel do devedor ou de terceiro ao cumprimento de uma determinada obrigação. Ao contrário do que ocorre com o penhor (comum), a posse do bem permanece com o devedor. 8 3.2 CONSTITUIÇÃO2 O contrato de hipoteca deve ser feito por escrito (SEMPRE). Se o imóvel tiver valor superior a 30 salários mínimos, deverá ser celebrado por escritura pública (art. 108, CC). Se o proprietário do imóvel a ser hipotecado for casado será necessária a vênia conjugal (em regra). *#ATENÇÃO: Diversamente do que ocorre no penhor, na hipoteca o registro do contrato (CRI) é indispensável para que exista o direito real de garantia. Sem registro, o credor não tem direito de preferência (preferir aos outros credores quirografários) nem sequela (buscar o bem com quem quer que esteja). 3.3 OBJETO DA HIPOTECA Além da propriedade dos imóveis, podem ser objeto de hipoteca outros direitos e até mesmo a propriedade de alguns bens móveis. Ex.: navios e aeronaves (art. 1473/CC). 3.4 MODALIDADES DE HIPOTECA a) Hipoteca convencional: é aquela que decorre de manifestação de vontade das partes. b) Hipoteca legal (art 1489/CC): é aquela imposta por lei na proteção de determinadas pessoas. c) Hipoteca judicial: está prevista no art. 495 do NCPC e surge do registro da sentença que condena o réu ao pagamento de dinheiro ou outro bem. * #OLHAOGANCHO: A hipoteca de navio registrada no país de nacionalidade da embarcação tem eficácia extraterritorial, alcançando o âmbito interno nacional. Ex: navio de nacionalidade liberiana foi hipotecado na Libéria; essa hipoteca produz efeitos aqui no Brasil, inclusive nas execuções propostas contra a empresa proprietária do navio e que gerem a penhora dessa embarcação. STJ. 4ª Turma. REsp 1.705.222-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 16/11/2017 (Info 618). *#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO #STJ: O credor hipotecário tem interesse de agir para propor ação em face do mutuário visando ao cumprimento de cláusula contratual que determina a observância dos padrões construtivos do 2 QUESTÃO: A hipoteca firmada pela construtora prejudica os adquirentes das unidades? R: Não. Súmula 308/STJ: “A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel”. 9 loteamento. Ex: João celebrou contrato de compra e venda de um imóvel (terreno) em um loteamento. O contrato de compra e venda foi celebrado entreJoão e a sociedade empresária Constrói Ltda. Ocorre que neste contrato de compra e venda havia ainda um pacto adjeto (contrato acessório) de mútuo feneratício com garantia hipotecária, que foi firmado entre João e a sociedade empresária Habitac Crédito Imobiliário S.A. Por força deste pacto adjeto, João recebeu da Habitac um empréstimo (mútuo) para adquirir o imóvel e, como garantia de que iria pagar a dívida, deu o bem em hipoteca. A ideia deste loteamento era a de que todas as casas ali construídas fossem parecidas e mantivessem uma qualidade mínima. Assim, no contrato havia cláusulas dizendo os padrões que deveriam ser respeitados no momento da construção (ex: construção toda em alvenaria, fachada com mármore ou granito etc). João construiu a sua casa no loteamento, mas não respeitou os padrões previstos no contrato. O estilo da fachada não estava igual ao que determinava o projeto e os materiais empregados eram de menor qualidade que o exigido. Diante disso, a empresa Habitac Crédito Imobiliário S.A. ajuizou ação de obrigação de fazer contra João pedindo que ele fosse condenado a reformar a casa a fim de deixá-la dentro dos padrões previstos no contrato. O STJ afirmou que a credora hipotecária tem interesse de agir para propor esta ação. Isso porque ela tem interesse jurídico na valorização do bem dado em garantia. Se o devedor não pagar a dívida, o bem dado em hipoteca será alienado. Logo, o credor hipotecário tem interesse em que o imóvel seja construído de acordo com os padrões estabelecidos para o loteamento a fim de que ele se mantenha valioso e, em caso de inadimplemento, possa ser vendido por um bom preço, pagando a dívida. STJ. 1ª Turma. REsp 1.400.607-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 17/05/2018 (Info 628). *#SFH #DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO #STJ: Em ação de execução hipotecária, o credor hipotecário pode requerer a adjudicação do imóvel penhorado pelo valor constante do laudo de avaliação, independentemente da realização de hasta pública. STJ. 3ª Turma. REsp 1.721.731-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 27/11/2018 (Info 640). 4. ANTICRESE 4.1 CONCEITO É o direito real de garantia sobre coisa alheia pelo qual o devedor ou terceiro garantidor cede os frutos produzidos por um bem imóvel como forma de pagamento da dívida. Aqui explora economicamente o bem até o pagamento da dívida. Ex.: aluguel do imóvel. Obs.: o direito de anticrese é constituído a partir do contrato do CRI. 10 4.2 PRINCIPAIS REGRAS a) Pluralidade de garantias: o bem dado em anticrese PODE ser objeto de hipoteca, assim como o bem hipotecado também pode ser objeto de anticrese. Não tem ordem: pode constituir primeiro a anticrese e depois a hipoteca e vice-versa. b) Administração do bem: o credor anticrético pode administrar os bens dados em anticrese, gozando dos frutos e produtos (ele faz seus os frutos e produtos). Deverá prestar contas anualmente. Ele vai gozando dos frutos e vai abatendo do valor da dívida. c) Responsabilidade: o credor tem responsabilidade pela deterioração ou destruição da coisa se tiver agido, ou deixado de agir, culposamente. Isso também vale para os frutos. d) Preferência: o credor anticrético tem preferência sobre os credores quirografários e sobre os hipotecários posteriores ao registro da anticrese (se primeiro foi constituída a anticrese e depois a hipoteca). e) Resgate do bem: o adquirente dos bens dados em anticrese poderá remi-los antes do vencimento da dívida pagando a sua totalidade na data do pedido de remição. 5. DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO DIPLOMA DISPOSITIVOS Código Civil Art. 1.419 a 1.510 6. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA Anotações de aula Complementação no Manual de Direito Civil – Flávio Tartuce Cadernos Sistematizados Jurisprudência do site Dizer o Direito. 11
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