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ESTUDO DIRIGIDO SOBRE A TEMÁTICA DO PENHOR, ANTICRESE E HIPOTECA (1)

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ESTUDO DIRIGIDO SOBRE A TEMÁTICA DO PENHOR, ANTICRESE E 
HIPOTECA 
 
1 - Qual é a finalidade dos direitos reais de garantia? 
 Art. 1.419 – Nas dívidas garantias por penhor, anticrese ou 
hipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito, por vínculo real, ao 
cumprimento da obrigação. 
 O direito de garantia é o direito que o titular tem de receber o pagamento 
de uma dívida através de um bem dado em garantia, ou seja, de acordo com Gonçalves, 
a garantia real é mais eficaz, pois vincula determinado bem do devedor ao pagamento da 
dívida. Ao invés de ter uma garantia o patrimônio do devedor, que poderá não existir por 
ocasião da execução do débito inadimplido, o bem dado em garantia real fica vinculado 
à satisfação da dívida, ainda que a coisa esteja em poder de terceiro (Gonçalves, 2010, 
fls. 524). 
Por exemplo, se um relógio é penhorado (garantia real), o credor não pode usá-
lo, pois somente foi posto à sua disposição a fim de garantir uma dívida. 
2 - Qual a relação que os direitos reais de garantia possuem com o direito contratual? 
A relação é que ambos é um acordo entre as partes é as partes envolvidas devem 
estabelecer a função social garantida em lei. Tanto o Penhor como a hipoteca se dar a 
partir da celebração de um contrato em que haja uma relação entre um credor e devedor 
sem que tenha o pagamento em si. 
3 - O bem comum a dois ou mais donos pode ser dada em garantia em qual 
circunstância? 
Quando o bem for divisível Art. 1.420, § 2º - A coisa comum a dois ou mais 
proprietários não pode ser dada em garantia real, na sua totalidade, sem o consentimento 
de todos; mas cada um pode individualmente dar em garantia real a parte que tiver. 
 Ou seja, é apenas lícito ao mesmo, apenas dar em garantia a parte que lhe cabe, 
que o bem seja divisível ou indivisível, sem necessitar de comunicação aos outros, visto 
que a questão do direito de preferência apenas ressurgirá no instante da alienação da parte 
ideal da coisa comum. 
 Nas garantias reais, o crédito do credor é garantido por um ou mais bens, móvel 
ou imóvel. Alguns exemplos desta são o penhor, a anticrese, a hipoteca, a propriedade e 
alienação fiduciárias e a cessão fiduciária. 
4 - Qual é o prazo máximo de garantia anticrética? 
 Art. 1.423 – O credor anticrético tem o direito de reter em seu 
poder o bem, enquanto a dívida não for paga; extingue-se esse direito 
decorridos quinze anos da data de sua constituição. 
 O credor anticrético não possui o direito de preferência. Em compensação, 
o legislador lhe assegura o direito de retenção sobre a coisa imóvel, pelo prazo máximo 
de 15 anos. Trata-se de prazo decadencial, cujo transcurso converte crédito em 
quirografário, sendo que o transcurso do prazo, com ou sem a satisfação do credor 
anticrético, converte a sua posse em precária em decorrência do abuso de confiança. 
5 - Quais são os requisitos clausulares indispensáveis em contratos com garantia 
real? 
 Art. 1.424 – Os contratos de penhor, anticrese ou hipoteca 
declararão, sob pena de não terem eficácia: 
 I – o valor do crédito, sua estimação, ou valor máximo; 
 II – o prazo fixado para pagamento; 
 III – a taxa de juros, se houver; 
 IV – o bem dado em garantia com as suas especificações. 
6 - Pode ser apontada alguma relação entre os arts. 1.499, 1.436, 1.425 e 333 do CC? 
Explique. 
 Sim, tendo como discorre nos artigos 1.499 e 1.436 do CC, ver se que 
ambos buscam a mesma finalidade da coisa por meio dos requisitos. 
 Extinção da obrigação; 
 Perecimento da coisa; 
 Resolução da propriedade; 
 Renúncia ao credor. 
Já nos artigos 1.425 e 333 do CC, se divergem no sentido de: 
Art. 333 do CC - O credor assistirá o direito de cobrar a dívida 
antes do vencimento do prazo estipulado no contrato em casos de: 
I - o caso de falência do devedor ou, de concurso de credores; 
II - se os bens hipotecados ou empenhados forem penhorados 
em execução por outro credor; 
III - se cessarem, ou se tornarem insuficiente as garantias do 
débito fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforça-
las. 
No que tange o artigo a diferença do Art. 1.425 que possui a mesma finalidade os 
incisos, apenas a dívida não poderá ser cobrada antes do vencimento. 
7 - A legislação brasileira autoriza ao credor o exercício da apropriação automática 
da coisa dada em garantia real? Explique. 
 De acordo com o Artigo 1.423 do CC - O credor anticrético tem direito a reter em 
seu poder o bem, enquanto a dívida não for paga; extingue-se esse direito decorridos 
quinze anos da data de sua constituição. 
Garante a lei ao credor anticrético o direito de o mesmo reter a coisa gravada em 
seu poder até que a dívida seja paga, respeitado o lapso temporal de quinze anos, quando 
então o direito caduco, este prazo é contínuo, onde o decurso do tempo provoca 
automática perda de direito real sobre a coisa. Sendo assim, é cabível a apropriação 
automática do credor a exercício da coisa. 
8 - Em qual hipótese responde a herança por dívidas garantidas por cláusula real? 
 Art. 1.997 - A herança responde pelo pagamento das dívidas 
do falecido; mas, feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual 
em proporção da parte que na herança lhe coube. 
§ 1º - Quando, antes da partilha, for requerido no inventário o 
pagamento de dívidas constantes de documentos, revestidos de 
formalidades legais, constituindo prova bastante da obrigação, e houver 
impugnação, que não se funde na alegação de pagamento, acompanhada 
de prova valiosa, o juiz mandará reservar, em poder do inventariante, 
bens suficientes para solução do débito, sobre os quais venha a recair 
oportunamente a execução. 
§2º - No caso previsto no parágrafo antecedente, o credor será 
obrigado a iniciar a ação de cobrança no prazo de trinta dias, sob pena 
de se tornar de nenhum efeito a providência indicada. 
Tendo em vista também o art. 796 do CPC. Onde discorre que: 
Feita a partilha, cada herdeiro responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a 
partilha, cada herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da 
parte que lhe couber. 
Do penhor – CC, arts. 1.431 a 1.472 
1- Explique a etimologia do termo penhor. 
A palavra penhor é originária latim pignus (derivada de pugnus, indicando que os 
bens do devedor permaneciam sob a mão do credor). No direito romano, a noção desse 
vocábulo era a de garantia constituída sobre um bem qualquer, móvel ou imóvel, 
abrangendo a ideia genérica de garantia com a vinculação da coisa.Tendo em Vista 
também o artigo 1.431 do Código Civil, onde versa que: "constitui-se o penhor pela 
transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a quem o 
represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de 
alienação", ou seja, é um direito real que vincula uma coisa móvel ao pagamento de uma 
dívida. Este se difere principalmente da hipoteca, quanto ao objeto, que neste caso é uma 
coisa móvel e no segundo, coisa imóvel. 
Por principais características podemos estabelecer que é este um direito 
real e acessório, que só se completa com a tradição do objeto ao credor. Conforme já 
mencionado, o penhor incide sobre bens móveis, corpóreos ou incorpóreos, podendo, em 
algumas de suas espécies, recair sobre bens imóveis por acessão intelectual ou física, 
como são os casos dos penhores agrícola e industrial. 
2 - Qual é o conceito atual de penhor? 
 Consiste em garantia real que vincula uma coisa móvel ao pagamento de uma 
dívida. Não se confunde com a hipoteca, já que esta recai sobre bens imóveis. O penhor 
pode ser legal, quando estipulado por lei; ou convencional, quando fixado pelas partes. 
Além disso, é considerado contrato solene, já que o instrumento do penhor será registrado 
no Cartório de Títulos e Documentos. De acordo com o artigo 1.431, do Código Civil, 
"constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao 
credorou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, 
suscetível de alienação". 
Fundamentação: Arts. 1.225, VIII e 1.419 a 1.472 do CC. 
3 - Para a constituição do penhor é necessário que o devedor se desprenda da posse 
da coisa dada em garantia? Explique o tipo de tradição utilizada no penhor. 
Sim, e há exceções. No art.1.431, CC em seu caput diz: Constitui-se o penhor pela 
transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a quem o 
represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação. 
E as exceções estão presentes no parágrafo único do referido artigo quando diz: No 
penhor rural, industrial, mercantil e de veículos, as coisas empenhadas continuam em 
poder do devedor, que as deve guardar e conservar. 
4 - Qual é o cartório competente para o registro da coisa dada em penhor? 
 De acordo com o art. 1.432, do CC – O instrumento do penhor deverá ser levado 
a registro, por qualquer dos contratantes; o penhor comum será registrado no Cartório de 
Títulos e Documentos. 
5 - De acordo com o Código Civil, quais são os direitos do credor pignoratício? 
 Institui o Código Civil. 
 Art. 1.433 - O credor pignoratício tem direito: 
I - À posse da coisa empenhada; 
II - À retenção dela, até que o indenizem das despesas 
devidamente justificadas, que tiver feito, não sendo ocasionadas por 
culpa sua; 
III - ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido por vício 
da coisa empenhada; 
IV - A promover a execução judicial, ou a venda amigável, se 
lhe permitir expressamente o contrato, ou lhe autorizar o devedor 
mediante procuração; 
V - A apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se 
encontra em seu poder; 
VI - A promover a venda antecipada, mediante prévia 
autorização judicial, sempre que haja receio fundado de que a coisa 
empenhada se perca ou deteriore, devendo o preço ser depositado. O 
dono da coisa empenhada pode impedir a venda antecipada, 
substituindo-a, ou oferecendo outra garantia real idônea. 
6 - O Código Civil atribui alguma obrigação ao credor pignoratício? 
 Institui o Código Civil. 
 Art. 1.435. O credor pignoratício é obrigado: 
I - À custódia da coisa, como depositário, e a ressarcir ao dono 
a perda ou deterioração de que for culpado, podendo ser compensada 
na dívida, até a concorrente quantia, a importância da responsabilidade; 
II - À defesa da posse da coisa empenhada e a dar ciência, ao 
dono dela, das circunstâncias que tornarem necessário o exercício de 
ação possessória; 
III - A imputar o valor dos frutos, de que se apropriar (art. 
1.433, inciso V) nas despesas de guarda e conservação, nos juros e no 
capital da obrigação garantida, sucessivamente; 
IV - A restituí-la, com os respectivos frutos e acessões, uma 
vez paga a dívida; 
V - A entregar o que sobeje do preço, quando a dívida for paga, 
no caso do inciso IV do art. 1.433. 
7 - Deve a extinção do penhor ser realizada em cartório? Explique. 
 Sim. A extinção, todavia, somente produzirá efeitos “depois de averbado o 
cancelamento do registro, à vista da respectiva prova” (Art. 1.437, CC). 
 O cancelamento se faz por averbação à margem do registro respectivo. Faz-se 
mister que o interessado apresente prova de extinção do penhor ao oficial do cartório, que 
pode consistir em sentença ou documento autêntico de quitação ou de exoneração do 
título registrado, ou ainda de extinção por outra forma (LRP, art. 164). 
8 - Sobre quais bens incide o penhor rural? 
 Como sabemos existem duas espécies de penhor rural, que são eles: penhor 
agrícola e o penhor pecuário, e que podem ser unificados em um só instrumento e revestir 
a forma pública ou particular. O penhor rural tem por objeto bens móveis e imóveis por 
acessão física e intelectual. 
 Do Penhor Agrícola. Art. 1.442. Podem ser objeto de penhor: 
I - Máquinas e instrumentos de agricultura; 
II - Colheitas pendentes, ou em via de formação; 
III - Frutos acondicionados ou armazenados; 
IV - Lenha cortada e carvão vegetal; 
V - Animais do serviço ordinário de estabelecimento agrícola. 
Do Penhor Pecuário. Art. 1.446. Os animais da mesma espécie, 
comprados para substituir os mortos, ficam sub-rogados no penhor. 
Parágrafo único. Presume-se a substituição prevista neste artigo, mas 
não terá eficácia contra terceiros, se não constar de menção adicional ao 
respectivo contrato, a qual deverá ser averbada. 
9 - Qual é a finalidade do título de crédito mencionado no Parágrafo Único do art. 
1.438, Parágrafo Único do art. 1.448, Parágrafo Único do art. 1.462 e 1.476 do 
Código Civil? 
 Artigo 1.438 - A sua finalidade e prometer pagar em dinheiro 
a dívida, que garante com penhor rural, o devedor poderá emitir, em 
favor do credor, cédula rural pignoratícia (serve como garantia) na 
forma determinada em lei especial. 
Art. 1.448 - Sua finalidade promete pagar em dinheiro a dívida, 
que garante com penhor industrial ou mercantil, o devedor poderá 
emitir, em favor do credor, cédula do respectivo credito, na forma e para 
os fins que a lei especial determina. 
Art. 1.462 - Tem como finalidade pagar em dinheiro a dívida 
garantida com o penhor, poderá o devedor emitir cédula de crédito, na 
forma e para os fins que a lei especial determina. 
Art. 1.476 - O dono do imóvel hipotecado pode construir outra 
hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor do mesmo ou de 
outro credor. 
10 - Se o imóvel que estiver guardando as coisas dadas em garantia pignoratícia 
rural estiver hipotecado, isto influenciará no penhor? Explique. 
Não influenciará. Segundo o artigo 1.440. Se o prédio (Ex.: fazenda) estiver 
hipotecado, o penhor rural poderá constituir-se independentemente da ausência do credor 
hipotecário, mas não lhe prejudica o direito de preferência, nem restringe a existência da 
hipoteca, ao ser executada. 
11 - Considerando um avião cuja utilidade seja exclusivamente o de pulverizar 
plantios de soja em determinada fazenda, vindo este a ser dado em garantia real tal 
circunstância estaria melhor acomodada no art. 1.442 I ou no art. 1.473 VII? 
Perante a situação mostrada no caso. Estaria melhor incomodado no artigo 1.473 
VII. 
 Art. 1.473 - Podem ser objeto de hipoteca: 
VII - as aeronaves. 
12 - Por quanto tempo podem ser convencionados os penhores rurais? 
 Como o bem rural é classificado em duas espécies (Agrícola e Pecuário) o tempo 
determinado de cada um acaba sendo diferente. 
Penhor Agrícola: Tem o prazo de duração máximo de dois anos, prorrogável por 
mais dois, devendo existir menção no contrato, à época da colheita e da cultura apenhada, 
e embora vendido. Subsiste a garantia enquanto subsistirem os bens que a constituem, em 
conformidade com o artigo 7 da lei 492/37. 
Penhor Pecuário: O penhor pecuário, por sua vez tem o prazo de duração máximo 
de três anos, podendo ser prorrogado por igual período, averbando- se a prorrogação na 
transcrição respectiva, como prevê o artigo 13 da mesma lei. 
Art. 1.439. O penhor agrícola e o penhor pecuário não podem 
ser convencionados por prazos superiores aos das obrigações 
garantidas. 
§ 1o Embora vencidos os prazos, permanece a garantia, enquanto 
subsistirem os bens que a constituem. 
§ 2o A prorrogação deve ser averbada à margem do registro 
respectivo, mediante requerimento do credor e do devedor. 
13 - Frangos criados para abate e processamento de steaks e empanados, 
podem ser objeto de penhor rural ou industrial/mercantil? Justifique. 
Sim, conforme descrito no art. 1.447 do Código Civil. 
Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor máquinas, aparelhos, 
materiais, instrumentos, instalados e em funcionamento, com os 
acessórios ou sem eles; animais, utilizados na indústria; sal e bens 
destinados à exploração das salinas; produtos de suinocultura, animais 
destinados à industrialização de carnes e derivados; matérias-primas e 
produtos industrializados. 
14 - Cite exemplo prático de um direitoque pode ser objeto de penhor legal. 
É direito real que vincula uma coisa ao pagamento de uma dívida. 
Exemplos: joias, veículos, animais = bens móveis. E podem ser objeto de penhor bens 
que o legislador considera imóveis, mas que podem ser mobilizados, como por exemplo, 
as colheitas pendentes, das quais se extrairão frutos para efeito de pagamento da dívida. 
Os frutos separados da árvore passam a ser considerados bem móveis, dizendo-se que 
recaiu o penhor sobre bens mobilizáveis. 
15 - Qual é o conceito de título de crédito? 
Código Civil no art. 887 dispõe sobre título de crédito: 
Art. 887 - O título de crédito, documento necessário ao 
exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz 
efeito quando preencha os requisitos da lei. 
É um documento, portanto não pode ser uma declaração oral, necessário para o 
exercício do direito nele mencionado. É indispensável o documento para que os direitos 
nele mencionados sejam exercidos. Daí ser ele um título de apresentação, porque no 
momento em que desejar exercer os direitos mencionados no título, deve o atual 
possuidor (chamado de portador ou detentor) apresentar o documento ao devedor ou a 
pessoa indicada para pagar. Por isso é indispensável. Os direitos mencionados no título 
são sempre direitos de crédito. 
16 - Quais direitos do credor pignoratício estão previstos no Código Civil mormente 
os títulos de crédito? 
No artigo 1.433 do Código Civil são abordados os direitos do credor pignoratício, 
sendo eles: exercer a posse da coisa empenhada; direito a reter a coisa até que seja 
indenizado pelas despesas que forem devidamente justificadas e que não forem 
ocasionadas por sua culpa; direito de ser ressarcido de prejuízo que sofreu devido ao vício 
da coisa empenhada; promover a execução judicial ou até mesmo a venda amigável, se o 
contrato permitir expressamente, ou se o devedor autorizar mediante procuração; se 
apropriar dos frutos da coisa empenhada que está em seu poder; e possibilidade de 
promover a venda antecipada, por prévia autorização do juiz, quando houver receio 
justificado de que coisa empenhada se perca ou se deteriore, sendo que o preço deve ser 
depositado. 
Entendem-se também como direitos do credor pignoratício o de se sub-rogar no 
valor do seguro de bens ou de animais que foram empenhados e que venham a perecer, e 
no valor da desapropriação em caso de necessidade ou de utilidade pública (artigo 1.425, 
V, e § 1° do Código Civil). 
17 - Pesquise se a previsão do art. 1.461 do CC possui exceção. 
 De acordo com Carlos Roberto Gonçalves, o Art. 1.461 do Código Civil dispõe 
que: “podem ser objeto de penhor os veículos empregados em qualquer espécie de 
transporte ou condução”. Inovou o legislador, disciplinando em seção autônoma o penhor 
de veículos. Cuida o dispositivo ora transcrito do penhor de veículo automotor empregado 
no transporte de pessoas ou coisas, ou seja, de passageiros e carga. O de passageiros 
abrange o realizado por coletivos, como ônibus, lotações, táxis; a descarga compreende o 
efetuado por caminhões de grande ou pequeno porte. 
O penhor pode ter por objeto veículo individualizado ou de frota. Excluem-se, 
todavia, os navios e aeronaves, porque, embora se considerem coisas móveis, são, por 
disposição de lei especial, objeto de hipoteca, não só por conveniência econômica, senão 
também porque são suscetíveis de identificação e individuação, tendo registro peculiar. 
Para atender ao princípio da especialidade, o veículo deve ser precisamente 
descrito, especificando-se as suas características, como número do chassi e do motor, tipo, 
marca, cor etc. Sendo assim, o Art. 1.461 do Código Civil não possui exceção. 
18 - Qual o efeito da expressão popular “carro do pescoço quebrado” nos termos do 
art. 1.465 do CC? 
 Implica no vencimento antecipado do crédito pignoratício, dado a não 
comunicação de alienação ou mudança de veículo emprenhado. Por isso, quem “recebe” 
o carro de pescoço quebrado, só tem a “garantia” de no máximo dois anos de circulação 
na praça, que é o prazo do penhor estabelecido pelo art. 1.466 do CC. 
19 - No que consiste o penhor legal? 
O penhor legal não deriva da vontade das partes, de um contrato, mas da 
determinação do legislador. Esse penhor independe de convenção, resultando 
exclusivamente da vontade expressa do legislador. 
A lei confere aos donos de hotéis, pensões e pousadas, ou de imóveis arrendados 
ou locados, o direito de constituir penhor sobre as bagagens, móveis, joias ou dinheiro 
que os hóspedes ou locatários tenham consigo no estabelecimento onde façam despesas 
ou ocupem, para garantia do pagamento destas. 
Disposto no art. 1.467 do Código Civil - São 
credores pignoratícios, independentemente de convenção: 
I - os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou 
alimento, sobre as bagagens, móveis, joias ou dinheiro que os 
seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas 
respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou 
consumo que aí tiverem feito; 
II - o dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens 
móveis que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o mesmo 
prédio, pelos aluguéis ou rendas. 
20 - De que forma se configura a autotutela possessória no penhor legal? 
As ações possessórias objetivam a tutela jurídica da posse, seja de bens móveis ou 
imóveis. Nas referidas ações não se pleiteia a propriedade, mas sim a efetiva posse 
daquele que a detém e, ainda, quem possivelmente ofendeu o direito daquele, devendo o 
mesmo ser restituído ao seu devido titular. 
 Nas duas hipóteses de penhor legal, o credor poderá tomar em garantia um ou 
mais objetos até o valor da dívida (art. 1.469 do CC/2002). O dispositivo deixa 
claro que o penhor legal constitui o exercício de uma autotutela por parte dos 
beneficiados pela lei. 
Apesar de certa proximidade, a hipótese de apropriação no penhor legal não se 
confunde com o direito de retenção, como ponderam os civilistas de ontem e de hoje. 
Como explica Sílvio de Salvo Venosa, “entre outras diferenças, pode-se apontar que, para 
exercer o direito de retenção, o retentor deve estar na posse do bem, o que não ocorre no 
penhor legal, em que o credor toma a posse da coisa. O direito de retenção é genérico, 
para proteger todo aquele que despendeu de boa-fé sobre coisa alheia cuja devolução é 
exigida. O penhor legal decorre exclusivamente das hipóteses legais. O direito de retenção 
é utilizado sempre como exceção de defesa. O penhor legal implica ação executória, 
cobrança por parte do credor. Por fim, a retenção aplica-se a móveis e imóveis, enquanto 
o penhor legal é reservado apenas a bens móveis” (VENOSA, Sílvio de Salvo. Código..., 
2010, p. 1.321). 
 Confirmando a existência da autotutela, os credores podem fazer efetivo o penhor, 
antes de recorrerem à autoridade judiciária, sempre que haja perigo na demora 
(periculum in mora), dando aos devedores comprovantes dos bens de que se 
apossarem (art. 1.470 do CC/2002). 
Trata-se de medida extrajudicial excepcionalíssima, a ser tomada antes da 
homologação judicial do penhor. 
Da hipoteca – CC, arts. 1.473 a 1.505 
1 - Apresente o conceito de hipoteca. 
A palavra “hipoteca”, derivada do grego, indica a ideia de submeter uma coisa à 
outra. A Hipoteca é o direito real de garantia, que consiste em sujeitar um imóvel, 
preferentemente, ao pagamento de uma dívida de outrem, sem retirá-lo da posse do dono. 
Ao se tratar da Hipoteca dos navios e das aeronaves rege-se pelo disposto em lei 
especial. Embora sejam móveis, é admitida a hipoteca, por conveniência econômica e 
porque são suscetíveis de identificação, tendo registro peculiar, possibilitando a 
especialização e a publicidade, princípios que norteiam o direito real de garantia. 
2 - Qual é o cartório competente para o registro da hipoteca? 
O direito real surge com o registro no Cartório de Registro de Imóveis. No qual, 
determina o art. 1.492 do CódigoCivil em que as hipotecas sejam registradas “no cartório 
do lugar do imóvel, ou no de cada um deles, se o título se referir a mais de um. 
3 - Estabeleça a distinção conceitual entre os incisos II e III do art. 1.473 do CC. 
O domínio útil consiste no direito de usufruir a coisa do modo mais completo, 
como se proprietário fosse restando ao titular apenas o direito ao recebimento do foro e 
preferência em eventual alienação do domínio útil, corresponde aos atributos de usar, 
gozar e dispor da coisa. O domínio direto, por sua vez, é o direito à substância da coisa, 
sem as suas utilidades – corresponde à titularidade do domínio, ao fato de ser 
proprietário e de ter o bem em seu nome. 
Costuma-se dizer que é aquele despido dos atributos do uso e do gozo. A pessoa 
que a detém recebe senhorio direto. No aforamento ocorre o desdobramento do domínio 
entre o efetivo proprietário, chamado de senhorio, e aquele que recebe o direito real 
sobre o imóvel, chamado foreiro ou enfiteuta em conserva os direitos recebidos, 
podendo transferi-los aos seus herdeiros ou a terceiros, de modo gratuito ou oneroso. 
Em contrapartida, o foreiro deve pagar anualmente à União o foro correspondente o 
valor do respectivo domínio. 
4 - Quais recursos naturais podem ser hipotecados? 
Podem ser hipotecados os recursos naturais a que se refere o art. 1.230 que são as 
jazidas, minas, pedreiras, demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, 
os monumentos arqueológicos, independentemente do solo em que se acham. Vale 
lembrar preceitua que art. 176 da Constituição Federal que as jazidas, em lavra ou não, e 
demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade 
distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, 
garantida ao concessionário a propriedade do produto. Ao ser convertido o direito de 
exploração das riquezas minerais a uma concessão do Governo, podem ser dadas em 
garantia, hipotecando-se as instalações. A autorização governamental será feita mediante 
averbação no Livro de Registro de Concessão da Lavra. As pedreiras, que pela sua 
natureza não dependem de concessão, podem ser hipotecadas. 
5 - Pode o imóvel hipotecado ser objeto de venda? 
 Sim. O ônus hipotecário comum não é impeditivo de registro de alienações. Pelo 
direito de sequela, a hipoteca acompanha o imóvel, esteja o imóvel sob domínio de quem 
for. Portanto, pode vender (ou prometer vender), permutar (ou prometer permutar), dar 
em pagamento, doar, transferir ao patrimônio de empresa (para integralizar capital social 
ou nos casos de fusão, cisão ou incorporação), etc. 
6 - Qual é o limite de hipotecas incidentes sobre um mesmo imóvel? 
 Sim. A nossa legislação permite que um mesmo imóvel seja dado em garantia de 
mais de uma dívida, desde que com outro título constitutivo. Pode ser em favor do mesmo 
credor ou de outro credor (artigo 1.476 do Código Civil). É possível, portanto, que o 
mesmo imóvel seja gravado com várias hipotecas. Quando existe mais de uma hipoteca 
formam-se graus diferentes. A primeira hipoteca será de primeiro grau, depois a outra de 
segundo grau e assim por diante. Mesmo havendo muitos credores cada um gozará do 
direito de preferência de acordo com o seu grau de hipoteca. O devedor, quando for 
constituir nova hipoteca sobre o mesmo imóvel, deve mencionar a existência da hipoteca 
anterior sob pena de cometer crime de estelionato (artigo 171 §2º, II do Código Penal). 
Quando a escritura de segunda hipoteca ou outro grau for levada a registro, e a escritura 
de grau inferior ainda não foi registrada, o oficial de Registro de Imóveis deve prenotá-la 
e sobrestar seu registro por 30 dias aguardando que o credor anterior apresente seu título 
para registro. Esgotado este prazo sem que a escritura de primeiro grau seja apresentada, 
a segunda será registrada e terá preferência sobre a primeira, conforme norma do artigo 
189 da lei 6.015/73. Dica: A alienação fiduciária não permite que o imóvel seja alienado 
em segundo grau. 
7 - Qual o efeito gerado pelo abandono do imóvel hipotecado feito pelo adquirente 
em favor dos credores? 
 Pode o adquirente do imóvel hipotecado, desde que não se tenha obrigado 
pessoalmente a pagar as dívidas aos credores hipotecários, abandonar o imóvel e, assim, 
exonerar-se da hipoteca. 
O Código Civil exige, em seu artigo 1.480, que tal abandono seja expressamente 
comunicado tanto ao vendedor quanto aos credores hipotecários. Tal faculdade, que 
constitui direito protestativo do adquirente que não se obrigará pessoalmente ao 
pagamento da dívida, poderá ser exercida, no entanto, somente até as vinte e quatro horas 
subsequentes à citação que tiver iniciado o processo executivo. 
8 - Quais são as circunstâncias de incidência da hipoteca legal? 
 Podem sofrer a incidência da hipoteca legal todos os imóveis que licitamente 
integram o patrimônio do acusado, até mesmo o imóvel que seja bem de família, nos 
termos do art. 3º, VI, da Lei 8.009/1990. 
A lei confere hipoteca: 
I - às pessoas de direito público interno sobre os imóveis 
pertencentes aos encarregados da cobrança, guarda ou administração 
dos respectivos fundos e rendas; 
II - aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que passar a 
outras núpcias, antes de fazer o inventário do casal anterior; 
III - ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os imóveis do 
delinquente, para satisfação do dano causado pelo delito e pagamento 
das despesas judiciais; 
IV - ao co-herdeiro, para garantia do seu quinhão ou torna da 
partilha, sobre o imóvel adjudicado ao herdeiro reponente; 
V - ao credor sobre o imóvel arrematado, para garantia do 
pagamento do restante do preço da arrematação. 
O credor da hipoteca legal, ou quem o represente, poderá, 
provando a insuficiência dos imóveis especializados, exigir do devedor 
que seja reforçado com outros. 
9 - Apresente os prazos de vigência máxima da hipoteca e seu prazo máximo de 
registro para fins de renovação. 
 Determina o art. 1.485 do Código Civil que a hipoteca poderá prorrogar-se até 
perfazer trinta anos da data do contrato. Basta que ambas as partes requeiram a respectiva 
averbação. Para evitar controvérsias, esse requerimento deve ser firmado e averbado antes 
do vencimento da hipoteca. Decorridos os trinta anos, o contrato de hipoteca deve ser 
reconstituído para subsistir. Lavra-se novo contrato e faz-se novo registro, assegurados 
os mesmos direitos às partes. (FILHO. Nicolau Balbino. “Registro de Imóveis. Doutrina 
– Prática - Jurisprudência”. 13ª ed. rev. e at., Saraiva, 2008, p. 164). 
10 - Vias férreas cuja concessão é atribuída a empresa particular pode ser objeto de 
hipoteca? Justifique. 
 Sim. Afirmando que a característica predominante na hipoteca das vias férreas 
reside na continuidade do seu funcionamento, para tanto prescreve-se o Art. 1.503 do 
Código Civil onde afirma que os credores hipotecários não podem embaraçar a 
exploração da linha, nem contrariar as modificações, que a administração deliberar, no 
leito da estrada, em suas dependências, ou no seu material. 
11 - Quais bens compreendem as hipotecas sobre vias férreas? 
 Compreende o solo, os trilhos, os terrenos marginais, as estações e os 
equipamentos, ou seja, todos os acessórios. 
Da anticrese – CC, art. 1.506 a 1.510 
1 - Apresente a raiz etimológica do termo anticrese. 
 A palavra anticrese advém da palavra grega antíchresis, de antí (contra) e chrêsis 
(uso), significado etimologicamente uso contrário, ou seja, uso da soma que tem o 
devedor contra o uso dos frutos e dos rendimentos que tem o credor anticrético. 
2 - Qual é o conceito moderno de anticrese? 
 É um direito real de garantia estabelecido em favor do credor e com a finalidade 
de compensar a dívida do devedor, por meio do qual este entrega os frutos e rendimentos 
provenientes do imóvel. 
3 - Após analisar o conceito de anticrese, explique se estese trata de um direito real 
de garantia ou forma alternativa de adimplemento da obrigação. 
 É um direito de garantias real, pois a garantia é a segurança especial do 
recebimento de um crédito convencionada pelas partes. Essa garantia é requerida tendo 
em vista que, por vezes, o devedor pode exceder seu débito em relação ao valor de seu 
patrimônio ele se diferem dos de gozo e fruição pelo fato de não poder o devedor, no 
primeiro caso, usar e gozar do bem que se encontra em seu poder. Por exemplo, se um 
relógio é penhorado (garantia real), o credor não pode usá-lo, pois somente foi posto à 
sua disposição a fim de garantir uma dívida. 
4 - Considerando o §2º do art. 1.506, a anticrese incidirá exclusivamente sobre 
imóveis? Justifique. 
 Sim, exclusivamente bens imóveis, pois para bens móveis, se utiliza o instituto de 
penhor. 
5 - Qual o cartório competente para registro da anticrese? Qual o prazo máximo de 
estipulação da anticrese? 
 Cartório de Registro de Imóveis, requer escritura pública e inscrição no registro 
imobiliário quando o valor for acima de 30 salários mínimos, o seu objeto recai sobre 
coisa imóvel alienável, requer a tradição (transferência com a devida escritura em 
cartório) real do imóvel, e só pode reter o bem por, no máximo, quinze anos. Decorrido 
tal prazo, perde ele o direito de retenção. 
6 - No que consiste a responsabilidade do credor anticrético? 
 O credor anticrético não possui preferência na satisfação do seu crédito. O credor 
anticrético tem a obrigação de preservar a coisa que deve, sendo esta, necessariamente, 
ser bem imóvel, pois caso seja o bem móvel, ter-se-á o instituto do penhor e não anticrese. 
Logo, a tradição real do bem para as mãos do credor é requisito obrigatório para a 
constituição da anticrese. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA 
 
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil.

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