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PROCESSO DO CONHECIMENTO CÍVEL
UNIDADE 4 - DAS DECISÕES JUDICIAIS E 
TUTELAS ANTECIPATÓRIAS
Maíra Bogo Bruno
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Introdução
O escopo do Processo de Conhecimento é a prestação jurisdicional para o acolhimento ou a rejeição da pretensão
deduzida pela parte na ação. Ao despachar a petição inicial, se o juiz verificar que falta alguns dos requisitos
legais, determinará que a parte a emende sob pena de indeferimento da petição inicial. Mas, estando presentes
todos os requisitos, o juiz verificará se não incorre alguma causa de indeferimento liminar do pedido. Se não,
dará prosseguimento a instrução processual.
No processo, o juiz profere vários pronunciamentos, tanto de natureza decisória, como de natureza não
decisória. Estes têm o fim de impulsionar o trâmite processual, aqueles têm o fim de decidir questões
processuais. Nos pronunciamentos não decisórios enquadram-se os despachos. Já nos decisórios, as sentenças e
as decisões interlocutórias, estas para resolver questões incidentes e aquelas para finalizar o processo sem ou
com resolução de mérito. As sentenças podem ser terminativas ou definitivas.
Para assegurar que o processo atinja mais rapidamente o seu fim, o Código de Processo Civil de 2015 põe a
disposição das partes as tutelas provisórias, que estão divididas em tutelas da urgência (para antecipar a
satisfação da pretensão deduzida) e tutelas da evidência (para antecipar um direito evidente). As tutelas da
evidência subdividem-se em tutela antecipada, que tem o condão de assegurar um direito, e tutela cautelar, que
tem o condão de antecipar o pedido.
Quer dizer que nem toda decisão judicial é uma sentença? Se sim, qual a diferença? A tutela provisória de
urgência cautelar é similar ao antigo processo cautelar? Se não, qual a diferença? A resposta para estas e outras
perguntas encontraremos no conteúdo que vamos estudar a partir de agora.
4.1 Decisões Judiciais
Neste tópico entenderemos que ao ajuizar uma ação, o demandante espera a tutela jurisdicional para a satisfação
de uma pretensão. Compete ao juiz prolatar a decisão determinando se esta pretensão deve ser deferida ou não,
pondo fim ao processo. Mas, do protocolo da ação até a extinção do processo, o juiz profere diversos
pronunciamentos.
A princípio, veremos que os pronunciamentos do juiz podem ser decisórios (sentença e despachos
interlocutórios) ou não decisórios (despachos). Aprenderemos que a sentenças tem a finalidade de por fim ao
processo, enquanto as decisões interlocutórias visam a impulsionar o andamento processual. Os despachos, por
sua vez, referem-se à resolução de questões incidentes.
Em seguida, trataremos especificamente da sentença. Verificaremos que existem duas espécies de sentenças, as
terminativas e as definitivas. As sentenças terminativas extinguem o processo sem resolução do mérito, fazendo
coisa julgada formal, enquanto as definitivas extinguem com resolução do mérito, fazendo coisa julgada material.
Neste contexto, o que são decisões judiciais? Quando a extinção do processo ocorre com resolução do mérito ou
sem resolução do mérito? Quais os efeitos das sentenças terminativas e definitivas? A seguir vamos estudar
sobre as espécies de pronunciamentos do juiz ao longo do trâmite processual, para identificarmos a diferença
entre decisões judiciais e sentença, a partir do art. 203 do novo Código de Processo Civil (BRASIL, 2015).
4.1.1 Espécies de Pronunciamentos Judiciais
No decorrer do Processo de Conhecimento Cível, as partes envolvidas, os serventuários de justiça, os membros
do Ministério Pública e o juiz, praticam diversos atos processuais para o regular trâmite do processo. Segundo o 
do art. 203 do CPC/2015, “os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias ecaput 
despachos” (BRASIL, 2015).
Referidos pronunciamentos dividem-se em dois grupos principais: decisórios e não decisórios. Naqueles estão as
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Referidos pronunciamentos dividem-se em dois grupos principais: decisórios e não decisórios. Naqueles estão as
sentenças e as decisões interlocutórias, já que o juiz decide uma questão jurídica específica; nestes estão os
despachos, já que sua finalidade é impulsionar o andamento processual (SÁ, 2015). No fluxo a seguir, podemos
ver como se compõe os grupos de pronunciamentos do juiz ao longo do processo:
Figura 1 - Espécies de pronunciamentos do juiz no processo de conhecimento, segundo o art. 203 do Novo 
Código de Processo Civil.
Fonte: Espécies de pronunciamentos do juiz no processo de conhecimento, segundo o art. 203 do Novo Código 
de Processo Civil.
Assim, podemos concluir que, ao longo do trâmite processual, o juiz pratica atos de natureza decisória e não
decisória, além de outros atos indispensáveis ao regular andamento processual. Os pronunciamentos de caráter
decisórios são conhecidos como decisões judiciais. 
Clique nas abas abaixo e conheça mais sobre o tema. 
• Art. 203
Nos pronunciamentos não decisórios temos apenas os despachos. O art. 203, art. 203, § 3º do novo
Código de Processo Civil define os despachos como “todos os demais pronunciamentos do juiz
praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte” (BRASIL, 2015). Assim, percebemos que os
despachos são definidos por exclusão, sendo que a expressão “demais pronunciamentos” engloba,
portanto, somente aqueles que não têm conteúdo decisório (BUENO, 2016). Em suma, observamos que,
se o pronunciamento do juiz não é sentença, nem decisão interlocutória é despacho.
• Caráter não decisório
Nos despachos o juiz não decide uma situação jurídica específica, apenas impulsiona o andamento
processual. Disto percebemos que, por seu caráter não decisório, os despachos “de regra não têm
aptidão para causar lesão às partes. Por isso, nos termos do art. 1.001, deles não cabe recurso algum”
(DONIZETTI, 2017, p. 383). Como está expressamente consignado no art. 1.001 do novo Código de
Processo Civil: “Dos despachos não cabe recurso” (BRASIL, 2015). Como exemplo de despachos temos: a
citação do réu, a designação de audiência e a determinação de intimação as partes.
• Finalidade do despacho
Os despachos têm a finalidade de impulsionar o andamento processual para a resolução de uma situação
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Os despachos têm a finalidade de impulsionar o andamento processual para a resolução de uma situação
jurídica específica, por isso, encontram-se no grupo dos pronunciamentos do juiz não decisórios. 
Nos pronunciamentos decisórios vemos as decisões interlocutórias e as sentenças. Isto porque, por meio dela, o
juiz decide uma situação jurídica posta à sua apreciação. O art. 203, § 3º, conceitua decisão interlocutória como
“todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º. Daí, temos que o conceito de
decisão interlocutória “foi definido por negação, ou seja, é todo pronunciamento judicial de natureza decisória
que não se enquadre no conceito de sentença” (ABELHA, 2016, p. 237).
As decisões interlocutórias têm a finalidade de resolver questões incidentes, “uma vez que o ordenamento não
enumerou as interlocutórias, estas podem ser consideradas sempre que o juiz, no curso do processo, resolver
situação que possa causar prejuízo a uma das partes.”. (SÁ, 2015, p. 404). Um exemplo de decisão interlocutória
é o deferimento de produção de provas, como a autorização judicial para quebra de sigilo bancário.
Se o pronunciamento do juiz põe termo ao processo, é uma sentença, mas, se é um pronunciamento no curso
processual, “então se trata de decisão interlocutória, que é o pronunciamento decisório mais comum no
processo” (ABELHA, 2016, p. 237).
O § 1º do art. 203 do CPC/2015 conceitua sentença da seguinte forma: “Ressalvadas as disposições expressas
dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts.
485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução” (BRASIL, 2015).
Vemos que na primeira parte o § 1º do art. 203 do CPC/2015 traz a expressão “Ressalvadas as disposições
expressasdos procedimentos especiais”, esta indica que “há procedimentos com estrutura diferenciada,
podendo haver sentença que não necessariamente encerre a fase cognitiva, como, por exemplo, a sentença da
ação de exigir contas (arts. 550, § 5º e 552, CPC)” (SÁ, 2015, p. 405).
A menção aos arts. 485 e 487 do CPC/2015 é para apontar os casos de prolatação pelo juiz de sentença com e
sem resolução de mérito respectivamente. Assim, inferimos que “tanto o pronunciamento que extingue o
processo com resolução do mérito (definitiva) quanto o que não resolve o mérito (terminativas) são sentenças”
(ABELHA, 2016, 334). Mas, não encontramos os fundamentos da sentença apenas nos arts. 485 e 487. Como a
parte final do § 1º do art. 203 do CPC/2015 assinala que a sentença “extingue a execução” (BRASIL, 2015), temos
que os fundamentos previstos para a extinção da execução no art. 924 do CPC/2015, também se aplicam à
sentença.
Da análise do § 1º do art. 203 do CPC/2015 verificamos que o legislador baseou o conceito de sentença, “ao
mesmo tempo, no conteúdo (ter fundamento nos arts. 485 ou 487) e na finalidade do ato (pôr fim à etapa
cognitiva do procedimento comum ou à execução)” (BUENO, 2016, 245).
É preciso lembramos que, a princípio, o Código de Processo Civil de 1973 no § 1º do art. 162 definia sentença
como “o ato pelo qual o juiz põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa” (BRASIL, 1973). Mas,
em 2005, a Lei nº 11.232 alterou a redação do referido parágrafo para “§ 1º Sentença é o ato do juiz que implica
alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei.”
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Dos conceitos de sentença apresentados acima, constatamos que a redação original do § 1º do art. 162 do CPC
/1973 conceituava sentença quanto à sua finalidade (por termo processo) e a redação dada a este artigo pela Lei
nº 11.232 conceituava sentença quanto ao seu conteúdo (situações dos arts. 267 e 269). Já do conceito de
sentença apresentado pelo § 1º do art. 203 do CPC/2015, inferimos que este leva em consideração tanto a
finalidade como o conteúdo, estabelecendo um conceito mais preciso de sentença (DONIZZET, 2017).
Do estudado acima, concluímos que as decisões interlocutórias são pronunciamentos decisórios do juiz que tem
por finalidade resolver questões incidentes ao longo do processo, já as sentenças têm por finalidade por termo
ao processo, com ou sem resolução do mérito. Concluímos também que nem toda decisão judicial é uma
sentença, já que as decisões interlocutórias também são decisões judiciais; mas, toda sentença é uma decisão
judicial.
A seguir conheceremos o conceito, as diferenças e os efeitos das sentenças que põem fim ao processo com
resolução do mérito (definitivas) e sem resolução do mérito (terminativas).
4.1.2 Sentenças
O art. 316 do CPC/2015 prescreve que “a extinção do processo dar-se-á por sentença”. As sentenças podem
extinguir os processos com fundamentos nas hipóteses dos arts. 485 e 487. Este traz as hipóteses de extinção do
processo sem resolução do mérito, fazendo coisa julgada formal, e aquele traz as hipóteses de extinção do
processo com resolução do mérito, fazendo coisa julgada material. As sentenças que não decidem sobre o mérito
são as chamadas terminativas; enquanto as sentenças que decidem sobre o mérito, são conhecidas como
definitivas. No fluxo a seguir, podemos visualizar as espécies de sentença e seus efeitos:
VOCÊ O CONHECE?
Enrico Tullio Liebman (1903 – 1986) é considerado o fundador da eclética sobre o direito de
exigir uma sentença do Estado, afirmando que o exercício do direito de ação para obter uma
tutela jurisdicional dependia da observância de certas condições: possibilidade jurídica do
pedido, interesse de agir e legitimidade ad causam (ABELHA, 2016). As teorias de Liebman
influenciaram diretamente na construção do Direito Processual Civil brasileiro.
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Figura 2 - Espécies de sentenças e seus efeitos, segundo os arts. 485 a 488 do Código de Processo Civil de 2015.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
Ao proferir as sentenças terminativas, o juiz não analisa o mérito da causa, mas apenas questões de cunho
processual como, por exemplo, o indeferimento da inicial, a negligência das partes e o abandono da causa (art.
485, I a III do CPC/2015). Por sua vez, ao prolatar sentenças definitivas o juiz analisa o mérito da causa, por
exemplo, acolhendo ou rejeitando o pedido formulado na ação ou na reconvenção (art. 487, I do CPC/2015).
Para que a sentença possa produzir os efeitos que dela se espera por meio da tutela jurisdicional,
independentemente de ser terminativa ou definitiva, ela deve conter os seguintes elementos essenciais
prescritos no art. 489 do CPC/2015:
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da
contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
(BRASIL, 2015)
Da inteligência deste artigo percebemos que a sentença tem que apresentar uma fundamentação robusta dos
motivos de fato e de direito que levaram o juiz ao acolher ou rejeitar a pretensão do autor. Tanto que o § 1º do
art. 489 enumera as hipóteses em que o pronunciamento do juiz não será considerado fundamentado, a saber:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com
a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência
no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos
determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
(BRASIL, 2015)
Assim, não basta que o juiz apresente situações fáticas, dispositivos legais e jurisprudências para que sua decisão
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Assim, não basta que o juiz apresente situações fáticas, dispositivos legais e jurisprudências para que sua decisão
seja considerada fundamentada, é preciso que ele demonstre sobejamente a relação entre o pedido da parte, as
provas carreadas aos autos e os fundamentos fáticos e jurídicos apresentados, não deixando margem para
interpretações rasas, ambíguas ou omissas. 
Após análise dos fatos e das provas carreadas aos autos pela parte, o juiz decidirá se acolhe ou rejeita, no todo ou
em parte, os pedidos formulados pelas partes (Art. 490, ). Como o escopo do processo é a tutelacaput
jurisdicional decidindo o mérito da causa, ao juiz é vedado “proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem
como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.”. (art. 492, CPC
/2015). Por isso, a “decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.”. (art. 492, Parágrafo
único).
Em regra, autor apresenta suas alegações na petição inicial e o réu na contestação, salvo por determinação
judicial ou pela ocorrência de fato superveniente que reflita na resolução do mérito da causa. Assim, se após a
“propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento do
mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a
decisão.”. (art. 493 do CPC/2015). Depois de publicada a sentença o juiz só poderá modificá-la se, de ofício ou a
requerimento da parte, para corrigir inexatidões materiais ou erros de cálculo; ou, por meio de embargos de
declaração (art. 494, I e II, do CPC/2015.
Assim, temos que, paraassegurar a efetividade da prestação jurisdicional, o juiz ao acolher ou rejeitar, no todo
ou em parte, o pedido do autor, deve proferir uma sentença que apresente fundamentação robusta quanto aos
motivos de fato e de direito que o levaram a tomar esta decisão. As sentenças, conforme os efeitos que
produzem, podem ser classificadas como terminativas ou definitivas.
As sentenças terminativas são aquelas pelas quais o juiz extingue o processo sem julgamento de mérito. Segundo
o art. 485 do CPC/2015, isto ocorrerá quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais
de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do
processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral
reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
VOCÊ QUER LER?
A fundamentação é elemento essencial de toda sentença. No artigo “Código de Processo Civil
de 2015 e a ciência sobre a fundamentação das decisões”, você pode ler uma análise crítica
quanto ao conteúdo do art. 489, § 1º do CPC/2015. Leia o artigo completo em: http://conpedi.
.danilolr.info/publicacoes/34q12098/o936836h/O1wuEJ9RypY874D3.pdf
http://conpedi.danilolr.info/publicacoes/34q12098/o936836h/O1wuEJ9RypY874D3.pdf
http://conpedi.danilolr.info/publicacoes/34q12098/o936836h/O1wuEJ9RypY874D3.pdf
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O inciso I do art. 485 merece especial atenção. Isto porque, segundo o art. 330 do CPC/2015, as causas de
indeferimento da petição inicial ocorrem quando esta: “I - for inepta; II - a parte for manifestamente ilegítima; III
- o autor carecer de interesse processual; IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321” (BRASIL, 2015).
Clique nas setas abaixo e aprenda mais sobre o tema.
Outro inciso que merece especial atenção é o X. A razão disto é que este abre a possibilidade ao juiz de extinguir
o processo sem julgamento de mérito com fundamento em outras hipóteses previstas no próprio CPC/2015
(BRASIL, 2015), além dos arrolados acima. Como exemplo podemos citar o art. 115, parágrafo único, que
estabelece que: “Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a
citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo”.
Podemos citar ainda o art. 542, parágrafo único, que determina que: “Não realizado o depósito no prazo do inciso
I, o processo será extinto sem resolução do mérito”.
Contudo, é necessário esclarecermos que, conforme o art. 317 do CPC/2015: “Antes de proferir decisão sem
resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício”. Esta norma
demonstra que “o legislador expressamente consagrou a norma fundamental do artigo 4º do CPC, que foi
projetada em vários dispositivos do Código, de que as partes têm o direito de obter a solução integral do mérito,
ou, como tem sido apelidada de princípio da primazia do julgamento do mérito” (ABELHA, 2016, p. 455).
Como as sentenças terminativas são aquelas que extinguem o processo sem julgamento de mérito, tem como
consequência a possibilidade da parte ingressar novamente em juízo para propor a mesma ação (art. 486 do CPC
/2015).
Outra consequência das sentenças terminativas é que elas produzem apenas coisa julgada formal, o que significa
que “tem eficácia circunscrita ao processo em que essa se efetivou. A extensão dos efeitos da sentença não pode
transbordar os limites do processo” (SÁ, 2015, 809).
Como exemplo de extinção do processo sem resolução de mérito, por meio de uma sentença terminativa,
apresentamos a seguinte situação fática: Ao despachar a petição inicial, o juiz constatou a existência de vício
sanável e determinou a emenda no prazo de 15 dias, especificando com precisão o que deveria ser corrigido.
Após transcorridos 60 dias, o juiz verificou que o autor não cumpriu as diligências solicitadas. Ao verificar o
abandono da causa pelo autor por mais de 30 dias, o juiz prolatou uma sentença terminativa, finalizando o
processo sem resolução de mérito, com fundamento no art. 485, III, do CPC/2015. 
Se a ação ajuizada não recair nas hipóteses que fundamentam uma sentença terminativa, o juiz passará a análise
do mérito, dando lugar a prolatação de uma sentença definitiva, cujos conceitos e efeitos estudaremos a seguir.
As sentenças definitivas são aquelas pelas quais o juiz extingue o processo com julgamento de mérito. Segundo o
art. 487 do CPC/2015, isto ocorrerá quando:
I – acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. (BRASIL, 2015)
O inciso I traz a sentença típica que é o escopo do processo, ou seja, a que decide sobre a procedência ou
improcedência, no todo ou em parte, da pretensão das partes. Quando se fala em procedência em parte, não se
refere à hipótese do art. 356 de julgamento antecipado parcial de mérito, mas “de o juiz acolher, no todo ou em
parte, o pedido do autor ou a reconvenção do réu como um todo. Se a hipótese for de decomposição ou
desacumulação de pedidos, terá incidência o referido art. 356” (BUENO, 2016, p. 455).
O inciso II, por sua vez, traz uma das hipóteses de sentença “falsas” (BUENO, 2016), já que “a sentença que acolhe
a prescrição e a decadência está acolhendo uma preliminar de mérito, mas o legislador considera como
rejeitando ou acolhendo o pedido do autor” (ABELHA, 2016, p. 647).
Por fim, o inciso III traz mais três hipóteses de “falsas sentenças de mérito” (BUENO, 2016), já que “o órgão
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Por fim, o inciso III traz mais três hipóteses de “falsas sentenças de mérito” (BUENO, 2016), já que “o órgão
estatal apenas homologa a autocomposição das partes, havendo aí decisão subjetivamente complexa” (ABELHA,
2016, p. 647). É importante aclararmos que as decisões de improcedência liminar do pedido (art. 332 do CPC
/2015) são decisões definitivas, diferentemente das decisões de indeferimento da petição inicial (art. 330 do CPC
/2015) que são sentenças terminativas. O art. 332 do CPC/2015 prevê:
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu,
julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em
julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. (BRASIL, 2015)
De tal modo, temos que, nas sentenças que decidem pela improcedência liminar do pedido, “embora também há
rejeição da petição inicial, as hipóteses lá previstas envolvem resolução de mérito, amoldando-se, portanto, aos
incisos I e II do art. 487” (BUENO, 2016, p. 449).
São também hipóteses de sentenças definitivas os casos de julgamento antecipado do mérito (art. 355 do CPC
/2015) e julgamento antecipado parcial do mérito (art. 356 do CPC/2015). O art. 355 estabelece que:
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito,
quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimentode prova, na
forma do art. 349. (BRASIL, 2015)
Já o artigo 356 determina que:
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou
parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355. (BRASIL, 2015)
Da simples leitura do dos arts. 355 e 356, percebemos que em ambos, o julgamento antecipado do pedido,caput 
seja total ou parcial, se dá por sentença com resolução do mérito, logo, terminativa.
As sentenças definitivas têm como consequência a produção de coisa julgada material que “produz efeitos
extraprocessuais” (SÁ, 2015, p. 409) e, conforme o art. 502 do CPC/2015, possui “a autoridade que torna
imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso” (BRASIL, 2015).
Como exemplo de extinção do processo com resolução de mérito, por meio de uma sentença definitiva,
apresentamos a seguinte situação fática: O autor protocolou uma ação de indenização por danos morais
alegando que uma determinada empresa de telefonia incluiu indevidamente seu nome no cadastro de
inadimplente e, por isso, ao tentar financiar um carro novo, seu cadastro não foi aprovado. As provas carreadas
aos autos pelo autor comprovaram sobejamente que a conta telefônica que deu causa ao processo estava
devidamente quitada, logo a inclusão de seu nome no cadastro de inadimplente foi indevida, causando dano
ilegal à sua imagem. Assim, o juiz prolatou uma sentença definitiva, acolhendo o pedido do autor e finalizando o
processo com resolução de mérito, com fundamento no art. 487, I, do CPC/2015.
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Do estudado acima, concluímos que os pronunciamentos do juiz que extinguem o processo são as sentenças e
elas podem ter caráter terminativo, quando não resolvem o mérito, ou definitivo, quando resolvem o mérito.
No próximo tópico compreenderemos o conceito, as espécies, os requisitos, a natureza e o procedimento das
tutelas provisórias. Estas estão previstas nos artigos 294 a 311 do novo Código de Processo Civil e englobam a
tutela de urgência, a tutela antecipada, a tutela cautelar e a tutela da evidência.
4.2 Tutelas provisórias
Neste tópico vamos compreender que o fato do regular andamento do processo demandar tempo e que esta
demora pode acarretar prejuízo irreparável às partes ensejou a previsão legal de medidas judiciais para a
antecipação da tutela pretendida. Estas medidas foram chamadas de tutelas provisórias no Novo Código de
Processo Civil. A princípio, veremos em linhas gerais o que são, para que servem e quais as espécies de tutelas
provisórias.
A primeira espécie que iremos estudar será a tutela da urgência, que para sua concessão depende da
comprovação da “plausibilidade do direito” e do “perigo na demora”. Esta espécie de tutela provisória se
subdivide em tutela antecipada e tutela cautelar. Esta visa a assegurar a existência de um direito, enquanto
aquela visa a antecipar o resultado pretendido. Cumpre esclarecer que, tanto a tutela antecipada, como a
cautelar podem ser concedidas liminarmente ou incidentalmente.
Em seguida, iremos estudar a tutela provisória da evidência, que para sua concessão depende apenas da
“plausibilidade do direito”. Isto porque não foca na urgência da medida, mas, sim, na necessidade de evitar a
demora na espera de um direito evidente. A tutela da evidência não possui subespécies como ocorre com a tutela
da urgência. Abordaremos estes temas conforme previstos no novo Código de Processo Civil e na doutrina.
Neste contexto, o que significa “plausibilidade do direito” e “perigo na demora”? Quando ocorre hipóteses de
tutela provisória da urgência ou da evidência? Quais os efeitos das decisões que acolhem os pedidos de tutela
provisória? A seguir vamos estudar, em linhas gerais, o conceito, a finalidade e as espécies de tutela provisória
postas à disposição das partes, pelos arts. 300 a 302 do novo Código de Processo Civil (BRASIL, 2015).
4.2.1 Espécies de Tutelas Provisórias
O novo Código de Processo Civil põe à disposição das partes duas espécies de tutela provisória: Tutela da
urgência e tutela de evidência, “para proteger o jurisdicionado destas situações em que o tempo é aniquilador do
direito do jurisdicionado que o legislador criou e continua criando uma serie de técnicas processuais que servem
como antídoto deste problema” (ABELHA, 2016, p. 382).
A tutela provisória de urgência se subdivide em duas espécies: Tutela da urgência e tutela de evidência (art. 294
do CPC/2015). No fluxo a seguir, podemos ver as espécies de tutela provisória e sua previsão legal:
VOCÊ QUER VER?
Na palestra intitulada “O novo CPC: Aspectos Polêmicos e Destacados” (2015), o
Desembargador Alexandre Antonio Franco Freitas Câmara analisa os do novo Código Civil nos
pronunciamentos do juiz ao longo do trâmite processual. Assista à palestra em: https://www.
.youtube.com/watch?v=g0y9_up9FCE
https://www.youtube.com/watch?v=g0y9_up9FCE
https://www.youtube.com/watch?v=g0y9_up9FCE
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Figura 3 - Espécies de tutelas provisórias postas à disposição das partes pelo Novo Código de Processo Civil.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
Assim, podemos concluir que, para assegurar que a demora no trâmite regular do processo não implique na
perda de um direito, quando ocorrerem situações imprevisíveis e urgentes, o CPC/2015 põe à disposição das
partes as tutelas provisórias para sumarização do processo de conhecimento cível. A seguir vamos entender o
que é tutela da urgência e conhecer suas espécies: tutela antecipada e tutela cautelar.
4.2.2 Tutela da Urgência
A tutela da urgência é uma medida processual posto à disposição das partes para que a demora no andamento
do processo não cause danos a um direito. Por isso, podemos “considerar a tutela da urgência um provimento
judicial que tem por objetivo prestar a tutela jurisdicional em tempo menor do que seria prestada por uma tutela
jurisdicional padrão (cognição ou execução)” (SÁ, 2015, p. 476).
A tutela da urgência está prevista no art. 300 do CPC/2015 da seguinte forma: “A tutela da urgência será
concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo”. Daqui retiramos os dois pressupostos legais para a concessão da medida: “a
probabilidade do direito” e o “perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”.
A probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo são expressões
equivalentes às “expressões latinas e , respectivamente.”. Logo, “afumus boni iuris periculum in mora
probabilidade do direito constitui técnica de julgamento que permite ao juiz conceder o direito se contentando
com apenas um bom indício de prova” (SÁ, 2015, 483), enquanto o perigo da demora “é o risco de ineficácia da
medida” (SÁ, 2015, 483). Em outras palavras, a parte deve fornecer ao juiz elementos que indiquem a existência
do seu direito e o risco de dano. Não é necessário prova cabal, mas apenas indícios suficientes para demonstrar a
plausibilidade da existência do direito e do perigo de perda deste.
Para ilustrar a ocorrência dos pressupostos para a concessão da tutela da urgência imaginemos a seguinte
situação fática: Uma criança acometida por uma doença crônica grave precisa fazer uso contínuo de determinado
medicamento, sob risco de vir a óbito. Referido medicamento é caro e o sistema público de saúde não o fornece.
Nesta situação, estão presentes os dois pressupostos para a concessão da tutela da urgência. A probabilidade do
direito reside no fato que o medicamento é indispensável para a garantia dos direitos a saúde da criança. O
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo reside que a demora no fornecimento do medicamento
pode causar danos à saúde e até resultar no óbito da criança, levando à extinção do processo. A probabilidade do
direito e o risco de sua perda pode ser comprovado mediante a apresentação do laudo médico.
Clique nos itens para aprender mais sobre o tema.
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Clique nos itens para aprender mais sobre o tema.O § 1º do art. 300 do CPC/2015 concede ao juiz o poder de “exigir caução real ou fidejussória idônea para
ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer”, mas a caução pode “ser dispensada se a parte
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la” (BRASIL, 2015).
O § 2º do art. 300 do CPC/2015 traz a possibilidade da tutela da urgência ser concedia liminarmente ou após
justificativa prévia. No primeiro caso, a concessão da medida se dá “no início do processo e sem a oitiva prévia da
parte contrária” (BUENO, 2016, p. 291). No segundo caso, antes da concessão da medida há “a designação de
audiência para que o requerente da tutela provisória produza prova (notadamente, embora não necessariamente,
a oral) relativa à presença dos requisitos autorizadores” (BUENO, 2016, p. 292).
O § 3º do art. 300 do CPC/2015 prevê que: “A tutela da urgência de natureza antecipada “não será concedida
quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.”. Esta previsão consiste num “verdadeiro
impedimento genérico à concessão da tutela antecipada: o objetivo é evitar o estabelecimento de uma situação
fática definitiva”. Isto porque, se não houver possibilidade de reversão da medida, haverá violação dos princípios
do contraditório e ampla defesa e do devido processo legal, já que há decisão definitiva será tomada a revelia da
parte contrária.
O art. 301 do CPC/2015 enumera algumas espécies de tutela da urgência de natureza cautelar: O arresto, o
sequestro, o arrolamento de bens, o registro de protesto contra alienação de bem. Mas este rol é meramente
exemplificativo, já que referido artigo abre margem para a propositura de “qualquer outra medida idônea para
asseguração do direito”.
As tutelas de urgência, sejam de natureza antecipada ou cautelar, visam a evitar danos ao direito em questão.
Então, é normal que aquele que requereu a medida responda pelos danos causados à parte adversa. É o que
podemos concluir da leitura do art. 302 do CPC:
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que
a efetivação da tutela da urgência causar à parte adversa, se:
I - a sentença lhe for desfavorável;
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a
citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida,
sempre que possível. (BRASIL, 2015)
Como o objetivo das tutelas da urgência, seja antecipada ou cautelar, é reduzir o tempo da prestação
VOCÊ SABIA?
No Código de Processo Civil de 1973 o processo era tripartido: Processo de conhecimento,
processo de execução e processo cautelar. Dentre as alterações do Código de Processo Civil
2015 (CPC/2105) está a extinção do processo cautelar de forma autônoma. Isto significa que
não existe mais processo cautelar? De forma alguma! Houve apenas a supressão do processo
cautelar como instituto autônomo, mas é possível propor todas as tutelas antes tipificadas, sob
o título de tutela provisória da urgência cautelar, com base no art. 301 do CPC/2015.
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Como o objetivo das tutelas da urgência, seja antecipada ou cautelar, é reduzir o tempo da prestação
jurisdicional pela antecipação da tutela pretendida pelas partes, é natural que se do deferimento da medida
houver qualquer prejuízo à parte contrária, a parte que propôs à medida deverá responder pelo prejuízo
causado.
Assim, temos que a tutela provisória de urgência se subdivide em tutela antecipada e tutela cautelar, por isso, as
disposições legais estudadas até aqui se aplicam a ambas. Tanto a tutela antecipada como a tutela cautelar
podem ser propostas antes da propositura do processo (antecedente) ou ao longo do curso processual
(incidental).
Conheço outros aspectos relacionados à tutela antecipada clicando nas abas abaixo. 
Medida
A tutela antecipada é uma medida posta à disposição das partes para antecipar o provimento judicial pleiteado.
A finalidade desta medida é “satisfazer o próprio direito (os efeitos) antes de proferida a decisão final” (SÁ, 2015,
p. 478). Por isso, sua função é satisfativa. Vale lembrarmos que a tutela antecipada é provisória, logo, “na decisão
final, em razão do contraditório e das provas apresentadas pela parte adversa, o juiz mude seu convencimento e
decida contrariamente aos interesses daquele que foi beneficiado com a antecipação” (DONIZETTI, 2017, p. 476).
Exemplo
Como exemplo de tutela antecipada com caráter antecedente podemos citar a seguinte situação fática: Um
candidato prestou um concurso público que exigia nível superior comprovado pela apresentação do diploma e
do histórico acadêmico para a posse no cargo. Ocorre que, embora o candidato tenha realizado as últimas
avaliações e obtido média suficiente para a aprovação, a faculdade se recusou a emitir os documentos, porque o
semestre letivo ainda não tinha findado e o candidato ainda não havia colado grau. Para garantir a posse no
cargo, o candidato pode ingressar com um pedido de tutela antecipada com caráter antecedente, até que a
faculdade forneça os documentos.
Arts. 303 e 304
Os arts. 303 e 304 do CPC/2015 referem-se ao procedimento da tutela antecipada requerida em caráter
antecedente, ou seja, regulamentam os requisitos para “a tutela provisória antecipada fundamentada em
urgência ser requerida antes do processo” (BUENO, 2016, p. 295).
O art. 303 prevê que quando “a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial podecaput 
se limitar ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide,
do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo” (BRASIL, 2015).
Reiteramos que “a plausibilidade do direito” e “perigo da demora” são requisitos para a concessão da tutela
antecipada.
Verificamos que o art. 303 estabelece uma petição inicial simplificada se comparada aos requisitos da petição
inicial do procedimento comum. Mas, se a medida for concedida, “o autor deverá aditar a petição inicial, com a
complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela
final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar” (art. 303, § 1º, I). O aditamento é feito nos
mesmos autos do pedido da tutela, sem que incidam novas custas processuais (art. 303, § 3º).
Caso o autor realize o aditamento da petição inicial “o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação
ou de mediação na forma do art. 334” (art. 303, § 1º, II). Se a autocomposição for frustrada, “o prazo para
contestação será contado na forma do art. 335”. (art. 303, § 1º, III).
Caso o autor não realize o aditamento da petição inicial no prazo estipulado, o § 2º determina que o juiz deverá
extinguir o processo sem resolução de mérito. Com a extinção do processo “a sentença do artigo 485 será
incompatível com a tutela antes deferida, que cessará imediatamente os seus efeitos” (ABELHA, 2016, p. 417).
O autor deverá indicar também na petição inicial “o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de
tutela final” (art. 303, § 4º, do CPC). Bem como, “que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste
artigo” (art. 303, § 5º, do CPC).
Ocorrerá extinção do processo sem resolução do mérito quando o juiz, em virtude da ausência de elementos
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Ocorrerá extinção do processo sem resolução do mérito quando o juiz, em virtude da ausência de elementos
suficientes para a concessão da medida, determinar a emenda da petição inicial no prazo de 5 dias e o autor
desobedecer à determinação (art. 303, § 6º, do CPC).
A tutela antecipada requerida em caráter antecedente, quando concedida, “torna-se estável se da decisão que a
conceder não for interposto o respectivo recurso” (art. 304, ). A estabilização da tutela concedida acarreta acaput
extinção do processo.(art. 34, § 1º). Neste caso, vemos que ocorre uma transferência do “ônus do processo para
o réu a ponto de que se este não oferecer um recurso contra a referida decisão, então considera-se estabilizada a
tutela e extinto o processo. É a estabilização típica da coisa julgada formal (preclusão máxima no processo)”
(ABELHA, 2016, p. 418).
Contudo, a estabilização enseja a extinção do processo sem resolução do mérito e, por isso, não produz coisa
julgada material, a “Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar
a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput” (art. 304, § 2º). A tutela antecipada manterá “seus efeitos
enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2º” (art.
304, § 3º). Após dois anos da ciência da sentença que pôs fim ao processo, extingue-se o direito de rever,
reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada (art. 304, § 5º). Se houver decisão que revise, reforme ou
invalide a tutela antecipada, cessará a estabilidade dos seus efeitos (art. 304, § 6º).
A tutela antecipada com caráter antecedente é a tutela provisória de urgência, que tem a finalidade de antecipar
o provimento judicial pleiteado. Além desta espécie de tutela provisória de urgência, o CPC/2015 prevê a tutela
cautelar com caráter antecedente, que tem a finalidade de resguardar um direito das partes.
Clique nas setas e aprenda mais sobre o tema.
A tutela cautelar é uma medida posta à disposição das partes para assegurar a existência de um direito, afinal, a
demora no trâmite processual para a resolução do mérito “poderá ocasionar variações irremediáveis nas
pessoas e nas coisas envolvidas no litígio, a ponto de com o término do processo não encontrar mais a situação
jurídica sobre a qual a jurisdição deveria atuar” (SÁ, 2015, p. 497).
Dos arts. 305 ao 310, o CPC/2015 traz o procedimento a ser observado para a concessão da tutela cautelar
requerida em caráter antecedente. Esta medida tem função “conservativa ou assecuratória apenas, sem
proporcionar ao suposto titular do direito o uso, gozo ou fruição da tutela que espera ver reconhecida ao final”
(ABELHA, 2016, p. 416).
Lembramos que o art. 301 arrola algumas tutelas cautelares que são: o arresto, o sequestro, o arrolamento de
bens, o registro de protesto contra alienação de bem. Mas, este rol não é taxativo, é exemplificativo, pois ao final
referido artigo prevê a possibilidade de uso de “qualquer outra medida idônea para asseguração do direito”
(ABELHA, 2016, p. 416).
Como exemplo de tutela cautelar com caráter antecedente podemos citar a situação fática seguinte: Uma
testemunha indispensável para a resolução do mérito de uma ação ainda a ser protocolada é portadora de uma
doença crônica grave que poderá levá-la a óbito a qualquer momento. Para assegurar a produção desta prova, o
autor requer uma tutela cautelar com caráter antecedente para que a testemunha seja ouvia o mais rápido
VOCÊ QUER LER?
A estabilidade dos efeitos da tutela de urgência antecipada antecedente é instituto novo
trazido pelo Código de Processo Civil de 2015. No artigo “Tutelas jurisdicionais diferenciadas:
apontamentos sobre a tutela provisória antecedente do novo código de processo civil”, você
pode ler sobre a eficiência da prestação jurisdicional das tutelas diferenciadas de cognição
sumária, especialmente sobre tutela antecipada antecedente. Leia o artigo completo em: 
.http://conpedi.danilolr.info/publicacoes/0ds65m46/637l46sy/aa3nX3878f1Leslc.pdf
http://conpedi.danilolr.info/publicacoes/0ds65m46/637l46sy/aa3nX3878f1Leslc.pdf
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autor requer uma tutela cautelar com caráter antecedente para que a testemunha seja ouvia o mais rápido
possível.
O art. 305 (BRASIL, 2015) prevê que: “A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar emcaput 
caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e
o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”. Percebemos que “a plausibilidade do direito” e “perigo
da demora”, como na tutela antecipada, são requisitos para a concessão da tutela cautelar.
O parágrafo único do referido artigo estabelece a fungibilidade entre a tutela antecipada e a tutela cautelar. Isto
porque, caso o juiz verifique que o pedido possuiu natureza antecipada, ele deverá observar o disposto no art.
303 e não extinguir o processo. A fungibilidade entre as tutelas de urgência se justifica, “pois a pretensão à
cautela é uma só, ou seja, o que interessa é que se encontre a melhor medida assecuratória para obter a
conservação com a menor gravosidade possível” (ABELHA, 2016, p. 409).
Caso o juiz verifique a natureza cautelar ele deverá observar o disposto no art. 306 e citar o réu, “para, no prazo
de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzi.”. Se o réu não apresentar sua
contestação no prazo legal, “os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso
em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias” (art. 307, do CPC). Mas, se o réu contestar o pedido no prazo
legal, deverá ser observado o procedimento comum (art. 307, Parágrafo único, do CPC).
Após a efetivação da tutela cautelar, o autor terá o prazo de 30 (trinta) dias para formular o pedido principal,
este deverá ser formulado nos mesmos autos em que a tutela cautelar foi proposta, não dependendo do
adiantamento de novas custas processuais (art. 308, ). Se o autor preferir, segundo o § 1º do art. 308,caput
poderá formular o pedido principal conjuntamente com o pedido de tutela cautelar. Se o autor optar por
formular primeiramente o pedido de tutela cautelar, poderá aditar a causa de pedir quando for formular o
pedido principal (§ 2º do art. 308, do CPC).
O pedido principal a que nos referimos “deve ser compreendido no sentido do objeto (o bem da vida) sobre o
qual o autor requer recaia a tutela jurisdicional para além da tutela cautelar que já lhe foi concedida e que, na
perspectiva do próprio Código, não vai além de criar condições para assegurar sua oportuna fruição” (BUENO,
2016, p. 306).
Após a apresentação do pedido principal, o juiz intimará as partes para a audiência de conciliação ou de
mediação e, se não houver autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335 (§§ 3º e
4º do art. 308).
Os incisos I a III do art. 309 trazem as hipóteses de cessação da eficácia da tutela cautelar concedida, nos
seguintes termos:
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem
resolução de mérito. (BRASIL, 2015)
Se ocorrer qualquer das hipóteses citadas acima, é vedado ao autor renovar o pedido de tutela cautelar, salvo se
sob novo fundamento (art. 309, Parágrafo único). Isto se dá para preservar o princípio da segurança jurídica em
relação ao réu (vedação de novo pedido) e em relação ao autor (permissão sob novo fundamento).
Aqui é preciso explicar que, diferentemente da tutela antecipada que tem expressado previsão de estabilidade no
art. 304, a estabilidade da tutela cautelar se dessume da análise das hipóteses de cessação de sua eficácia. Em
outras palavras, os efeitos da tutela cautelar concedida gozam de estabilidade até que ocorra uma das hipóteses
de cessação de sua eficácia previstas no art. 309.
Assim, temos que, não ocorrendo hipótese de cessação de sua eficácia, “se o processo cautelar antecipado foi
julgado em favor do requerente e ainda estiver de pé a situação de urgência (por exemplo, uma indisponibilidade
do bem), ela permanecerá eficaz até se julgue a lide principal em favor do titular do direito referido na tutela
cautelar” (ABELHA, 2016, p. 415).
Por fim, o art. 310 ressalva que: “O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido
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Por fim, o art. 310 ressalva que: “O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedidoprincipal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de
decadência ou de prescrição” (BRASIL, 2015). A possibilidade de formulação do pedido principal após o
indeferimento da tutela cautelar, se dá pelo caráter assecuratório desta medida. Lembramos que ela visa a
assegurar a existência de um direito até a resolução do mérito e não antecipar a pretensão que se espera seja
reconhecida no final do processo.
A tutela cautelar e a tutela antecipada são espécies da tutela da urgência. Esta, por sua vez, é espécie de tutela
provisória ao lado da tutela de evidência. A seguir, estudaremos as hipóteses de incidência e o procedimento da
tutela provisória de evidência.
4.2.3 Tutela da Evidência
A tutela de evidência visa a antecipação da satisfação da pretensão do autor, por meio da comprovação das
alegações de fato e da plausibilidade do acolhimento do seu pedido. Sobre a tutela de emergência o do art.caput 
311 do CPC/2015 dispõe que o juiz poderá conceder a tutela da evidência, independentemente da demonstração
de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo.
Isso quer dizer que, a tutela da evidência “não tem como móvel a urgência, mas sim a necessidade de evitar que o
tempo do processo, fisiológico (razoável) ou patológico (irrazoável), seja suportado por aquele que se apresenta
como titular de um direito evidente” (ABELHA, 2016, p. 428).
Os incisos I a IV enumeram as hipóteses de concessão da tutela da evidência que incidem quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada
em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de
multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito
do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. (BRASIL, 2015)
A hipótese do inciso I do art. 311 só justifica a concessão da tutela da evidência se o abuso de direito de defesa ou
o manifesto propósito protelatório, por si só, evidenciarem a plausibilidade do direito do autor. Em virtude disto,
“é mister conjugar os casos do inciso I do art. 311 com a exigência genérica do caput do art. 300” (BUENO, 2016,
310). A exigência genérica em questão é “quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito”.
Clique nas abas, para aprender mais sobre o tema.
Inciso I 
Se no inciso I a concessão da tutela da evidência exige uma ou outra hipótese, no inciso II é
preciso satisfazer as duas hipóteses,documentos comprobatórios e tese firmada.
Inciso II
Há uma questão que merece ser pontuado sobre o inciso II, “ao confinar a tutela às
hipóteses de casos repetitivos e súmula vinculante, deixou desabrigadas (e, numa leitura
literal do art. 311, II, incabíveis) outras situações de precedentes como os Enunciados de
Súmula e a jurisprudência dominante” (SÁ, 2015, p. 509).
Inciso III
Quando o inciso III faz referência a “pedido reipersecutório fundado em prova documental
adequada do contrato de depósito”, “a questão versa sobre prova documental em contrato
de depósito para entrega de bem custodiado” (SÁ, 2015, p. 510).
Quanto à hipótese do inciso IV, faz-se necessário apontar que é necessário que “exista
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Inciso IV
Quanto à hipótese do inciso IV, faz-se necessário apontar que é necessário que “exista
prova documental sobre os fatos constitutivos ou seja, prova direta sobre os fatos que
constituem o direito do autor da demanda e, que além disso, após a análise da defesa do
réu, mostre-se evidente que a razão se encontra com o autor” (ABELHA, 2016, 428).
Se o pedido de tutela da evidência se fundar em alegações de fato que puderem ser comprovadas apenas
documentalmente e que tiverem houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula
vinculante; ou, se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado; conforme o Parágrafo único do
art. 311, o juiz poderá decidir liminarmente se acolhe ou não o pedido do autor. Nestes casos, concedida a tutela
da evidência liminarmente deverá ser observado o procedimento comum para o trâmite processual.
No fluxo a seguir, podemos ver a natureza, o fundamento e a modalidade de tutelas provisórias previstas no
novo Código de Processo Civil.
Figura 4 - Natureza, fundamento e modalidade de tutelas provisórias previstas no novo Código de Processo Civil.
Fonte: SÁ, 2015, p. 511.
Assim, concluímos que as tutelas provisórias podem assumir caráter satisfativo, nas hipóteses de tutela da
urgência antecipada e de tutela da evidência; ou, assecuratório nas hipóteses de tutela da urgência cautelar.
Concluímos também, que as tutelas provisórias da urgência, seja antecipada ou cautelar, podem ser concedidas
liminarmente ou incidentalmente.
Síntese
Chegamos ao final da Unidade 4. Aprofundamos nosso conhecimento sobre os pronunciamentos do juiz ao longo
do trâmite do processo. Aprendemos que nem toda decisão judicial é sentença e que a sentença pode extinguir o
processo com ou sem análise de mérito. Compreendemos o instituto da tutela provisória que tem o fim de
antecipar a satisfação da pretensão deduzida pelo autor. 
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
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Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• diferenciar as diversas formas de decisões judiciais;
• identificar as hipóteses de indeferimento da inicial, de improcedência liminar do pedido, de julgamento 
parcial do pedido e de julgamento antecipado do pedido;
• conhecer os elementos essenciais que devem compor uma sentença;
• compreender as sentenças terminativas e definitivas;
• entender a natureza, o fundamento e as modalidades de tutelas provisórias;
• distinguir a tutela da urgência da tutela de emergência;
• aprender sobre a tutela da urgência antecipada e cautelar.
Bibliografia
ABELHA, M. . 6. ed. São Paulo: Forense, 2016. Disponível em: Manual de Direito Processual Civil
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530970765/cfi/6/2!/4/2/2@0:0.00. Acesso em: 11
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República. não paginado. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869impressao.htm.
Acesso em: 11 ago. 2019.
BRASIL. Institui o Código de Processo Civil. Brasília, DF: Presidência daLei nº 13.105, de 16 de março de 2015.
República. não paginado. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei
/l13105.htm. Acesso em: 11 ago. 2019.
BUENO, C. S. : volume único. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. Disponível em: Manual de direito processual civil
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547204747. Acesso em: 11 ago. 2019.
DONIZETTI, E. . 20. ed. São Paulo: Atlas, 2017. Disponível em: Curso Didático de Direito Processual Civil
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ESPINDOLA, A. A. S.; IOCOHAMA, C. H.; BARBOSA, F. N. In: ENCONTRO NACIONAL DO CONPENDI, 27., 2018,
Florianópolis. . . Florianópolis: CONPEDI, 2018.Anais [...] Processo, jurisdição e efetividade da justiça I
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	Introdução
	4.1 Decisões Judiciais
	4.1.1 Espécies de Pronunciamentos Judiciais
	Art. 203
	Caráter não decisório
	Finalidade do despacho
	4.1.2 Sentenças
	4.2 Tutelas provisórias
	4.2.1 Espécies de Tutelas Provisórias
	4.2.2 Tutela da Urgência
	4.2.3 Tutela da Evidência
	Síntese
	Bibliografia

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