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Aula I e II_Alcalóides

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Alcal oides
Meissner, 1819 (semelhante a álcalis inorgânicos)
Origem da palavra alcaloides
alcali: árabe alkaly = alcalino
oide: grego eidos = aspecto
Principal limitação da definição:
Nem todos os alcaloides apresentam nitrogênios básicos
ex:	nitrogênio de amidas	sais de amônio
aminas n-óxidas
Colchicina
Fonte: Colchicum autumnale L. Uso: Antiinflamatório (Gota)
Sanguinarina
Fonte: cultura celular de Eschscholzia
californica
Atividade antimicrobiana
N O
+
OH
O
O
HO
HO
N-óxido da intermidina
Fonte: Symphytum officinale (Confrei)
Hepatotóxico
Colchicum autumnale L.
Definição de alcaloides
Definição bem aceita:
“Uma substância orgânica de origem natural, cíclica contendo um nitrogênio em um estado de oxidação negativo e cuja distribuição é limitada entre os organismos”
(aminoácidos, proteínas, peptídeos, ácido nucléicos, nucleotídeos, porfirinas e vitaminas seriam excluídos)
Definição de alcaloides
Alcaloides verdadeiros (ex: morfina; Papaver somniferum L. e P. setigerum DC/hipnoanalgésico)
Derivados biogenéticos de aminoácidos
Possuem sistema cíclico nitrogenado
Podem ser mono ou policíclicos
Protoalcaloides (ex: mescalina; Família: Cactaceae/psicotrópico; alucinógeno)
- Derivados biogenéticos de aminoácidos
Não apresentam sistema cíclico nitrogenado (N heterocíclico)
Também chamados de aminas biológicas
Pseudoalcaloides (ex: solasodina; família: Solanaceae/ tóxicos)
Contêm nitrogênio e são básicos
Não se relacionam biogeneticamente com os aminoácidos
Podem ser de origem terpênica (mono, di ou triterpenos) e esteroidal
Classificação biogenética dos alcaloides conforme a
origem do nitrogênio e características estruturais
N
O
HO
H
H
H
H
H
H
MeO
MeO
OMe
NH2
Isolados até o momento: > 21000
- Plantas  principal fonte (ocorrem aprox. 20% angiospermas)
Família
Gênero (exemplo)
Tipo de alcalóide (exemplo)
Papaveraceae
Papaver
benzilisoquinolínico, aporfínicos, morfinanos; protopina
Solanaceae
Lycopersicon e Solanum
alcaloides esteroidais
Distribuição dos alcaloides
Menor freqüência:
Gimnospermas (Gênero: Cephalotaxus - coníferas)
Pteridófitas (Gênero: Lycopodium/Equisetum)
Algas
Bactérias (usualmente chamados de antibióticos)
Fungos (Claviceps purpurea)
Organismos marinhos (esponjas, vermes, lesmas)
Artrópodes
Anfíbios (sapos, rãs e salamandras)
L. complanatum var. flabelliforme
Piocianina
Fonte: Pseudomonas aeroginosa
Licopodina
Fonte: L. complanatum
Pumiliotoxina
Fonte: Sapos da ordem Dendrobates
Dendrobates azureus
Distribuição dos alcaloides
Alcaloides com estruturas complexas
maior número genes/proteínas
Distribuição restrita
ex: morfina
( Papaver somniferum e
P. setigerum )
Alcaloides com estruturas menos complexas
menor número genes/proteínas
Distribuição ampla
ex: nicotina (observada
em 10 famílias diferentes)
Quimiotaxonomia:
Regra geral
“As plantas dentro de uma mesma família tendem a produzir metabólitos secundários semelhantes”
Distribuição dos alcaloides
Conjugados com taninos
Compartimentação no vacúolo ocorre principalmente devido sua toxicidade
COOH
HOOC
COOH
HOOC
OH
COOH
HOOC
OH
COOH
OH
HO HO
Presentes em diferentes partes anatômicas (raiz, folhas, frutos, etc.)
Localização/armazenamento nas células
Vacúolos (forma de sal) pH = 5,5
Conjugados com ácidos
HOOC	COOH
OH
COOH
COOH
H
ácido quínico
ácido aconítico
ácido cítrico
ácido málico
ácido malônico
Distribuição dos alcaloides nas plantas
NH2
NH2
COOH
H2N
O
OH
NH2
N
COOH
HO
COOH NH2
COOH
NH2
N
COOH
NH2
Triptofano
COOH
NH2
N
N
COOH
NH
2
H
Ornitina
Lisina
Ácido nicotínico
Ácido antranílico
Fenilalanina
Triptofano
Histidina
Tirosina
Origem biossintética dos alcaloides
CH3 N
N
N
N
N
N
N
N
N
N
N
N
N
Pirrólidinicos
Pirrolizidínicos
Tropânicos
Piperidinicos
Piridínicos
Quinolizidinicos
Quinolínicos
Isoquinolínicos
Indólicos
Indolizidinicos
imidazólicos
Tetraidroisoquinolínicos
Classificação dos alcaloides heterocíclicos de acordo
com os seus principais	anéis fundamentais
Senecionina (tóxico/ cancerogênico)
Fonte: Plantas do gênero Senecio
N
Núcleo pirrolizidínico
N
N
==
Núcleo tropânico
Hiosciamina (atropina Racemato) Usos: Anticolinérgico
Confrei!!!
N O
+
OH
O
O
HO
HO
N- óxido da intermidina
Fonte: Symphytum officinale (confrei)
Hepatotóxico
Relevância dos alcaloides (exemplos)
N CH3
OH
O
Lobelina
Uso: contra tabagismo Fonte: Lobelia inflata
N CH3
N
N
Núcleo piridínico
Nicotina
Função: agonista do receptor nicotínico da acetilcolina (contra tabagismo) Fonte: Nicotiana spp
	N H		
		Núcleo piperidínico	
Morfina (Morfinanos) (benziltetraidroisoquinolínico) Fonte: Papaver somniferum Uso: Analgésico
Tubocarina (Bisbenziltetraidroisoquinolínico) Fonte: Chondrodendron tomentosum Uso: Relaxante muscular
Boldina(Aporfínicos) Fonte: Peumus boldus
Usos: Citoproteção/Hepatoproteção
N
N
H3C N
O
OH
CH3
Ergometrina (alcaloides do Ergot) Uso: Contra hemorragia pós-parto Fonte: Claviceps purpurea
N
H
H
N
O
O
OMe
OMe
OMe
OMe
H MeOOC
H
MeO
Reserpina Fonte: Rauwolfia spp Usos:
Antihipertensivo/calmante
Alcalóide iombinóide
N
Núcleo indólico
	N	
	Núcleo tetraidroisoquinolínico	
		
O
N
N
H3C
CH
3
O
Pilocarpina
N
N
Alcalóide imidazólico
Fonte: Pilocarpus spp.
Uso: Tratamento de glaucoma
Pilocarpus pennatifolius
Fonte: Catharanthus roseus
Uso: Antitumoral Alcalóide bisindólico
N
Núcleo indólico
Vimblastina
Catharanthus roseus
Benzyl(tetrahydro)isochinolinalkaloide
Alcaloides terpênicos
N
O
Valerianina
Fonte: Valeriana officinalis
Atividade citotóxica
H
N
H
O
O
H
H
OH
H CH3
Atisina
Fonte: Aconitum ssp
Atividade miorelaxante
N
O
H
Alcalóide monoterpênico
Alcalóide sequiterpênico
Dendrobina
Fonte: Dendrobium nobile
Atividade analgésica e antipirética
Pseudoalcaloides
Alcaloides esteroidais
N
O
HO
H
H
H
H
H
H
Solasodina
Fonte: Solanum spp. Atividade citotóxica
Pseudoalcaloides
Alcaloides purínicos
N
N CH3
N
CH3 N
H3C
O
Cafeína
Fonte: Coffea arabica
Usos: estimulante
Pseudoalcaloides
Massa molar 100-900 Daltons
Alcaloides não oxigenados: maioria líquidos à temp. ambiente (nicotina, esparteína e coniína)
Alcaloides oxigenados: sólidos cristalinos raramente coloridos
Quinina
N
MeO
N
Basicidade dos alcaloides: dependente da disponibilidade do par de elétrons do nitrogênio
Normalmente alcaloides formam sais em soluções ácidas, sendo solúveis em maio aquoso. Em meio alcalino ficam na forma de base, sendo solúveis em solvente orgânico apolar
N
N
CH3
.N.
Par de életrons do nitrogênio esta em ressonância (menor basicidade)
alcalóides indólicos
Par de elétrons do nitrogênio não esta em ressonância (maior basicidade)
.N.
N..
alcalóides quinoléicos	alcalóides isoquinoléicos
HO
Propriedades físico-químicas dos alcaloides
Testes químicos (realizados após a extração dos metabólitos secundários - alcaloides) ex: reagentes de precipitação geral de alcaloides
Reagente	Componente	Precipitado (cor)
Mayer
K2[HgI4]
branco ou amarelo leve
Solução de tanino
Solução de tanino 5%
marron
Wagner e DittmarSolução de iodo e iodeto de
potássio
vermelho alaranjado
Ensaios de identificação
Testes químicos (realizados após a extração dos metabólitos secundários - alcaloides)
ex: reagentes de coloração de alcaloides
Ensaios de identificação
Fisostigmina (reação de azul de fisostigmina)  secar a amostra com amônia. Após adição de etanol observa-se uma coloração azul
Pilocarpina (reação de Helch)  solubilizar a amostra (extrato) em água (adicionar dicromato de potássio e água oxigenada e extrair com (CH2Cl2). Observa-se coloração violeta na fase orgânica
Cocaína - reação com tiocianto de cobalto (formação de um sal azul)
Quelidonina
Testes químicos (realizados após a extração dos metabólitos secundários - alcaloides) ex: reagentes de coloração de alcaloides
Ensaios de identificação
Cromatografia em camada delgada (CCD)
Adsorventes:
Sílica-gel
uso preconizado nas farmacopeias Adição de base (amônia ou dietilamina)
Evitar a formação de sais de base fortes (Rf= 0 e manchas duplas)
Rf= 0
Óxido de alumínio Terra de diatomáceas Celulose
.. R3N
R3NH
+
R3NH
+
..
R3N
Ensaios de identificação
Detecção em CCD
- Lâmpadas de UV (365 nm)  manchas com fluorescência (reserpina/quinina/quinidina)
T1 serpentina T2 ajamalina T3 reserpina
Rauvolfiae serpentinae
Rauvolfiae vomitoriae
Rauvolfiae serpentinae
Fase móvel: tolueno:acetato de etila:dietilamina (70:20:10) Adsorvente: sílica gel
Wagner, 2009
Ensaios de identificação
Detecção em CCD:
- Reveladores
Reagente de Dragendorff - reativo usado para compostos com nitrogênio terciário e quartenário. Para aumentar a estabilidade das manchas borrifar solução nitrito de sódio
Limitação: falso positivos (cumarina, hidroxiflavonas, alguns triterpenos e cardenolídeos)
ajamalina
T1 - serpentina T2 - ajamalina
Fase móvel:tolueno:acetato de etila:dietilamina (70:20:10) Adsorvente: sílica gel
Revelador: Reagente Dragendorff
Wagner, 2009
Ensaios de identificação
Detecção em CCD:
Reagente de iodo platina - vantagem aparecimento de cores e fluorescências diferenciais ex: identificação do extrato de cinchona (Farmacopeia europeia)
Alcaloide
Fluorescência
Coloração
Quinina
azul
amarelo claro
Emetina
azul
vermelho amarronzado
Morfina
-
azul escuro
Ensaios de identificação
Decomposição
Concentração
Reag. Mayer K2(HgI4)
Alcalinização
Extração (solv. org. apolar)
Filtração
Filtração
H2O / H+ (temperatura variável)
Extração de alcaloides por água ácida (ácido diluído)
Droga fresca ou droga seca pulverizada
Solução aquosa ácida (Sais de alcaloides)
Alcalinização
Resíduo (alcaloides totais)
Precipitação
Precipitação
Fase orgânica (Alcaloides bases)
Fase aquosa (alcaloides quaternários)
Resíduo (Iodomercurato de alcaloides)
Resíduo
(Sais de alcaloides)
Resíduo (alcaloides totais)
1
2
3
Métodos de extração
	Evaporação	
		
Extração de alcaloides por solvente orgânico apolar em meio alcalino
Droga pulverizada seca
Evaporação
Alcalinização (NH4OH, Ca(OH)2, Na2CO3)
Extração - solv. org. apolar (éter, CH2Cl2, tolueno)
Sedimento esgotado (torta)
Ácido diluído e agitação
Solução orgânica (alcaloides bases + impurezas solúveis)
Alcalinização
Extração com solvente orgânico apolar
Fase aquosa ácida (alcaloides + alcaloides quaternários)
Fase orgânica (impurezas: gorduras, esteróis,
pigmentos, etc.)
Fase aquosa alcalina (Impurezas + alcaloides quaternários)
Fase orgânica (alcaloides bases)
Resíduo (alcaloides totais)
Métodos de extração
Titulação alcalimétrica
Quantificação	fotométrica	(complexo	colorido	dos	alcaloides reagente de coloração)
com	um
Quantificação fotométrica direta (alcaloides da quina)
Quantificação por eletroforese capilar (alcaloides do Ergot)
Quantificação de alcaloides voláteis por cromatografia gasosa
Quantificação por CLAE
Quantificação de alcaloides
Cromatografia em coluna (flash chromatography/cromatografia relâmpago) 
diminui degradação na coluna
adsorventes: sílica gel, poliamida, sephadex, etc
CLAE em escala preparativa (detecção no ultravioleta – alcaloides tem bons cromóforos normalmente)
colunas de ODS e de troca catiônica
CCD em escala preparativa fazendo uso sílica gel com indicador de fluorescência como adsorvente (menores quantidade)
Isolamento de alcaloides
Reações histoquímicas
Uso de reagentes específicos que se colorem ainda nas preparações microscópicas devido a presença do metabólito secundário pesquisado
Alcaloides:
Reagentes de Wagner e Dittmar (misturas de iodo com iodeto de potássio)
Reagente de Dittmar para alcaloides (reação positiva: castanho alaranjado) em laticíferos de Catharanthus roseus(estruturas secretoras de látex)
Ensaios de identificação
Controle de qualidade de drogas contendo alcaloides: exemplos de aplicação de técnicas
Peumus boldus
Atropa belladonna
Estrutura química de alcaloides aporfínicos isolados em Peumus boldus
Boldo (Peumus boldus)
Boldina
Isoboldina
Isocoridina
Norisocoridina
Iscoridina N-óxido
N-metillaurotetanina
Laurotetanina
Laurolitsina
Reticulina
Usos: citoproteção e hepatoproteção
Schwanz, 2006
Análise macroscópica das folhas de boldo (Peumus boldus)
Folha coriácea, grossa, simples, inteira, plana, quebradiça, curtamente peciolada, elíptica, ovalo-elíptica a oblongo-ovalada.
Comprimento: 3 a 7 cm
Largura: 2 a 5 cm
Cor: verde-acinzentada a cinzento-prateada (raramente avermelhada)
O limbo apresenta ápice obtuso, base arredondada e simétrica, com bordos ligeiramente emarginados e revolutos
Face adaxial é áspera ao tato com númerosa protuberâncias onde se inserem tricomas simples bifurcados ou estrelados
Face abaxial é quase lisa com poucas protuberâncias. A folha quando observada
contra a luz mostra pontuações translúcidas devido a presença de grandes células oleíferas
Plectranthus barbatus Andrews (boldo brasileiro/falso boldo)
(boldo brasileiro/falso boldo)
Rahfeld, 2009
Limbo: epiderme adaxial ----- células de contorno poligonal (visão frontal). Paredes quase retas e cobertas de cutícula lisa e espessa.
Epiderme adaxial
Não possui estômatos,
Observa-se protuberâncias pluricelulares, onde se acham inseridos tricomas simples, bifurcados e estrelados
Epiderme abaxial: Estômatos (desprovidos
anomocíticos
de	célula
subsidiária), rodeados de até sete células adjacentes
Epiderme (parte inferior hipoderme) Parênquima paliçádico (duas camadas) Presença de células oleíferas (mesófilo)
Detalhe:
Células oleíferas (mesófilo)
Rahfeld, 2009
Análise microscópica das folhas de boldo (Peumus boldus)
Presença de cristais da forma de agulha no parênquima paliçádico
Adulterantes
Folhas da árvore Cryptocarya peumus (odor semelhante e mesma região de Peumus boldus)
Distinção - folhas do adulterante:
Mais largas
Sem tricomas estrelados
Histoquímica:
Fazer uso do reagente Wagner e Dittmar
(misturas de iodo com iodeto de potássio)
Análise microscópica das folhas de boldo (Peumus boldus)
Material estranho: máximo 3,0%.
Água: máximo 10,0%.
Cinzas totais: máximo 10,0%.
Cinzas insolúveis em ácido: máximo 6,0%.
Ensaios de pureza
Farmacopeia Brasileira V Edição
Boldina Extrato das folhas
de boldo do Chile
Prova de identidade quanto a presença de boldina
Fase estacionária: sílica gel
Eluente: tolueno:acetato de etila:dietilamina (70:20:10) Revelador: Dragendorff
Wagner, 2009
Análise por CCD de sílica gel
Boldina (aporfínicos) Fonte: Peumus boldus
Usos: citoproteção/hepatoproteção
A.
Triturar algumas folhas com etanol. Evaporar o etanol em banho-maria.
Adicionar ao resíduo resultante algumas gotas da solução de vanilina a 1% (p/v) em ácido clorídrico SR. Desenvolve-se coloração castanho avermelhada ou vermelha intensa.
B.
Adsorvente: sílica-gel GF254
eluentes: metanol, dietilamina e tolueno (10:10:80) Revelador: UV 365 nm (presença de mancha azul violácea); Nebulizar:
iodobismutato de potássio aquoacético
5 min
nitrito de sódio SR
30 min -Boldina tem coloração castanha
Aplicar:
Solução 1: 40 μL (ou 6 μL)
Solução 2: 20 μL (ou 2 μL) - 2 mg de boldina SQR em 5 mL de metanol
0,5 g da droga pulverizada
1 mL de HCl 2M 20 mL H2O
Aquecer banho-maria sob refluxo 10 min.
2 mL de hidróxido de amônio 6M
éter etílico 20mL (2x)
evaporar o solvente sob pressão reduzida
Resíduo
1 mL CH OH
3
Identificação
Farmacopeia Brasileira V Edição
Doseamento de alcaloides totais de Peumus boldus
Farmacopeia Brasileira V Edição
Detector UV 304 nm
Coluna de 250 mm comp., 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente ligada a grupo ODS (5µ), temperatura ambiente.
Fluxo fase móvel: 1,5 mL/minuto
Fase móvel - Solução A + B (16:48)
A: 0,2 mL dietilamina + 99,8 mL de acetonitrila
B: 0,2 mL dietilamina + 99,8 mL de água (pH=3,0 ajuste ácido fórmico anidro)
A droga vegetal é constituída de folhas secas contendo, no mínimo, 1,5% de óleo volátil e no mínimo 0,1% de alcaloides totais expressos em boldina
10 mL
1,0 g da droga pulverizada
50 mL de HCl 2M
Aquecer banho-maria, 80°C, 30 min., agitação
Ajuste pH=9, NH4OH 6M
Extração 1x 100 mL e 2x 50 mL cloreto de metileno
Combinar fases orgânicas
Aquecer banho-maria, 80°C, 30 min., agitação
Filtrar, repetir 1x a operação com o resíduo obtido.
Filtrar
Combinar os filtrados resfriado agitar com 100 mL n-hexano + acetato de etila (1:1)
s,
Fase aquosa
Resíduo + fase móvel
Completar o volume
fase móvel
Homogeneizar
Eliminar impurezas apolares
Evaporar em rotavapor
Doseamento de alcaloides totais de Peumus boldus
Farmacopeia Brasileira V Edição
Filtrar e ressuspender
o resíduo com 50 mL de HCl 2M
Preparo da solução padrão
12,0 mg boldina SQR
Boldina + fase móvel
Completar volume fase móvel
Homogeneizar
1mL Boldina + fase móvel
Completar volume fase móvel
Homogeneizar
10 mL
Doseamento de alcaloides totais de Peumus boldus
Farmacopeia Brasileira V Edição
Doseamento de alcaloides totais de Peumus boldus
Farmacopeia Brasileira V Edição
Solução de resolução: utilizar a solução amostra. Injetar 20 µL da solução de resolução.
Boldina - tempo de retenção = cerca de seis minutos
Tempo de retenção relativos ao tempo de retenção da boldina =
0,9 para isoboldina,
1,0 para boldina,
1,8 para N-oxido de isocoridina,
2,2 para laurotetanina,
2,8 para isocoridina
3,2 para N-metil laurotetanina.
Calcular o teor, em porcentagem, de alcaloides totais, expresso em boldina, segundo a expressão:
Perfil cromatográfico do extrato Peumus boldus (305 nm)
Sobreposição do perfil cromatográfico do extrato Peumus boldus e Boldina (305 nm)
Condições cromatográficas: água:acetonitrila:THF (85:15:0,1)
Boldina(qporfínicos)
Schwanz, 2006
Extração HCL sob refluxo/alcalinização Extração CH2CL2
Atropa belladonna
Hioscimanina
Durante secagem e armazenagem ocorre
Escopolamina
racemização
Atropina (racemato)
R
O
OH H2C
H
H
+
R
O
H C
2
H
OH
racemato
enol
Racemização em menor proporção
Uso: anticolinérgico (dilatador dos brônquios no colapso respiratório, edema pulmonar, midriático na dilatação da pupila, etc.)
Droga vegetal:
Folhas de ápice acuminado com flores e frutos (ocasionais); cor verde a castanho-esverdeado; enroladas, apresentam-se geralmente em emaranhados.
Tamanho: 5-15 cm comp. 2,5-12 cm largura, pecioladas, inteiras, base atenuada e simétrica.
Flores
Frutos: verdes a roxo, bagas redondas, com lobos do cálice persistentes e difusos
Sementes marrons Gosto: levemente amargo
Atropa belladonna
Rahfeld, 2009
Descrição macroscópica das folhas de
Atropa belladonna
Corte transversal da folha bifacial, com tecido paliçádico e uniestratificado, cristais de oxalato de cálcio e areia microcristalina em idioblastos, tecido paliçádico e esponjoso
Nervuras com feixes vasculares espiralados e células de oxalato no mesófilo
Epiderme abaxial (dorsal) com parede celular ondulada e estômatos anisocíticos
Idioblasto com cristais de oxalato de cálcio
Epiderme adaxial (ventral) com parede celular ondulada com poucos estômatos
Pelo glandular com unicelular	e	curto; ovóide e pluricelular
pedicelo cabeça
Células da casca da semente com paredes espessas e onduladas
Pelo glandular com pedicelo pluricelular e longo; cabeça arredondada e unicelular sobre a folha
Descrição microscópica das folhas de
Atropa belladonna
Material estranho: máximo 3,0% de caules da espécie com um diâmetro superior
a	5	mm.	Não	deve	conter	fragmentos	de	folhas	com	ráfides	no	mesofilo
(Phytolacca americana L.), nem apresentar camadas de células com maclas de oxalato de cálcio ao longo das nervuras (Ailanthus altissima Swingle).
Cinzas totais: máximo 10,0%
Cinzas insolúveis: máximo 4,0%
Ensaio de pureza Atropa belladonna
Farmacopeia Brasileira V Edição
Agitar 3,0 g droga pulverizada com 30 mL H2SO4 0,05 M por 2 min.
Transferir	solução	alcalina funil de separação
Extrair 3 x 15 mL clorofórmio
Reunir fases clorofórmicas
Adicionar Na2SO4 anidro
Filtrar
Filtrar
Alcalinizar filtrado, 3 mL NH4OH
Adicionar 15 mL água
Evaporação do solvente
TESTE B
Cromatografia em camada delgada
Adsorvente: sílica-gel GF254 , espessura 250 µm eluentes: tolueno, acetato de etila e dietilamina (7:2:1)
Aplicar , separadamente, à placa, em forma de banda, 20 µm sol. 1 e 2
Solução 1 : resíduo cápsula teste A + 0,25 mL metanol Solução 2:	9 mL solução 2A + 1 mL solução 2B
2A)24 mg sulfato de atropina + 9 mL metanol
2B) 7,5 bromidrato de escopolamina + 10 mL metanol
Desenvolver o cromatograma
Secar a placa entre 100-105°C
Esfriar e nebulizar com iodeto de potássio e subnitrito de bismuto SR e solução etanólica de H2SO4 5% (p/v) até aparecimento de
manchas vermelhas ou vermelho-alaranjadas sobre fundo amarelo - cinzento
A solução 2 apresenta manchas com Rf 0,3-0,45 (hiosciamina/atropina) e Rf 0,55-0,65 (escopolamina)
As manchas da solução 1 devem ser semelhantes quanto à posição e
coloração daquelas obtidas para a solução 2
Adicionar 0,5 mL ácido nítrico fumegante
Evaporar à secura em banho-maria
Adicionar 2 mL de acetona
Gotejar solução KOH 10% (p/v) em etanol
Desenvolve um coloração violeta intensa
TESTE A
Prova de identificação Atropa belladonna Farmacopeia Brasileira V Edição
Escopolamina
Wagner, 2009
Prova de identidade quanto a presença de hioscimanina e escopolamina
1- extrato de folhas Belladonna
T1- mistura de hioscimanina e escopolamina 2- extrato de folhas de Hyoscyamus niger
T2- mistura de hioscimanina e escopolamina
3- extrato de folhas de estramônio
T3- mistura de hioscimanina e escopolamina Adsorvente: sílica gel
Eluente: tolueno:acetato de etila:dietilamina(70:20:10)
Hioscimanina
Reagente Dragendorff
Reagente Dragendorff seguido de nebulização com nitrito de sódio
Análise por CCD de sílica gel
A droga é constituída pelas folhas secas e deve apresentar no mínimo 0,3% de alcaloides totais, expressos em hiosciamina com referência ao material seco a temperatura entre 100 °C e 105 °C. Entre esses alcaloides, a hiosciamina, nitidamente preponderante, é acompanhada de pequenas quantidades de escopolamina.
Doseamento de alcaloides totais de Atropa belladonna
Farmacopeia Brasileira V Edição
10,0 g da amostra pulverizada (180 µm)
Umedecer 5 mL de NH4OH
10mL de EtOH
30 mL éter etílico, isento de peróxido
1. NH4OH (pH= 8-9)
Extração 3 x 30 mL clorofórmio
Reunir fases clorofórmicas + 4g
Na2SO4 anidro
2. Evaporar à secura em banho-maria 4. Repouso 30 min.
5. Separar fase clorofórmica
6. Lavar
Na2SO4	3x
10	ml
clorofórmio
Fase orgânica
Fase aquosa
Transferir percolador
Macerar 4h
Percolar clorofórmio + éter etílico isento de peróxido (1:3)
Extração completa de alcaloides após teste negativo do resíduo (1 mL) com H2SO4 0,25 M + iodeto de potássio mercúrio SR
Reduzir volume percolado50 mL
Transferir funil de separação com éter etílico, isento de peróxido
Adicionar éter etílico, isento de peróxido, a fase orgânica até obtenção de líquido de densidade inferior à da água
Extrair a solução 20 mL H2SO4 0,25 M (3x)
1. Reunir as fases clorofórmicas
Aquecer o resíduo estufa (100-105°C), 15 min.
Dissolver resíduo 5 mL clorofórmio
Adicionar 30 ml H2SO4 0,01 M SV
Remover clorofórmio	por evaporação em banho-maria
1. Titular excesso de ácido com NAOH 0,02M SV (ind. vermelho de metila)
Doseamento de alcaloides totais de Atropa belladonna
Farmacopeia Brasileira V Edição
Referências
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SIMÕES CMO, SCHENKEL EP, GOSMANN G, MELLO JCP, MENTZ LE, PETROVICK PR. Farmacognosia, da Planta ao
Medicamento. 6. Ed. Porto Alegre: Universidade/UFRGS, 2007. 1104 p.
WICHTL M (Ed). Herbal Drugs and Phytopharmaceuticals. 3.Ed. Stuttgart: Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 2004.704 p. Breitmaier. Alkaloide. 3.ed Wiesbaden, 2008.204 p.
Rahfeld B. Mikroskopischer Farbatlas pflanzlicher Drogen. 1. Ed. Heidelberg: Spektrum, 2009. 307 p.
Farmacopéia Brasileira 4.ed (I-VI Fasículos)
Lorenzi H. e Goncalves E. G. Morfologia Vegetal. Organografia e dicionário ilustrado de morfologia das plantas. 1. Ed. Nova Odessa: Instituto plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2007. 416 p.
Lorenzi H. & Souza V. C. Botanica sistemática 2. Ed. Nova Odessa: Instituto plantarum de Estudos da Flora Ltda; Gráfica RR Donnelley , 2008. 704 p.
Lorenzi H. & Abreu Matos F. J. Plantas medicinais no Brasil. 2. Ed. Nova Odessa: Instituto plantarum de Estudos da Flora Ltda; Gráfica RR Donnelley , 2008. 536 p.
Fattorusso & Taglialatela-Scafati (editores). Modern Alkaloids Structure, isolation, synthesis and Biology. 1. Ed. Weinheim; Wyley; 2008. 665 p.

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