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Aula 01 Apresentação da Disciplina de Farmacognosia Aplicada e Fitoterapia (SDE3850) Professora Ms: Ingrid Vicente Farias 2020-2 Horário: Sexta Apresentação da disciplina Horário: Sexta Apresentação da disciplina Horário: Sexta Apresentação da disciplina Nota em estudo dirigido: - Única nota. - Alunos que vierem a aula e realizaram os trabalhos nas datas propostas não precisaram fazer prova final. - Alunos que não vierem ou não entregarem nenhum trabalho ou faltar algum trabalho teram que fazer prova final. - Data da prova final: 04/12/2020. Nota em disciplina normal: AV1: Prova Teórica (5 questões discursivas) x 0,5+Trabalhos x 0,5 AV2: Prova Teórica (5 questões discursivas) x 0,8+ Trabalhos x 0,2 AV3: Única prova com conteúdo teórico-prático do semestre todo - 5 questões discursivas. Apresentação da disciplina Comunicação Entrega de atividades por e-mail: fariasingridv@gmail.com ou SAI da disciplina Dúvidas sobre a disciplina/ sugestões por e-mail: fariasingridv@gmail.com Avisos: via grupo no Telegram: https://t.me/joinchat/MrzSwhjRwl5mHME1IuTh5Q ou Teams Vamos nos conhecer? Preencha o Padlet: https://padlet.com/fariasingridv/Bookmarks mailto:fariasingridv@gmail.com mailto:fariasingridv@gmail.com https://t.me/joinchat/MrzSwhjRwl5mHME1IuTh5Q https://padlet.com/fariasingridv/Bookmarks Ciência farmacêutica que tem como alvo o estudo os princípios ativos naturais, sejam animais ou vegetais Ciência que estuda o uso de plantas medicinais para o tratamento de alguma patologia Ciência farmacêutica que estuda os aspectos botânicos de uma planta O primeiro nome inicia com maiúscula e significa o gênero da planta O segundo nome é escrito todas as letras em minúsculo e se refere ao epíteto específico A junção do primeiro nome + o segundo nome indica a espécie vegetal. Lembrar que ambos são em itálico. Caracteriza o botânico (s) que descreveram a espécie. A espécie medicinal é a Cynara scolymus L. Como pertencem ao mesmo gênero, sua aparência é muito semelhante. Porém, há diferenças morfológicas, fitoquimica e farmacológicas. Plantas do mesmo gênero, mas que pertencem a espécies diferentes O caso da Catuaba Plantas diferentes, com nomes científicos diferentes, porém com o mesmo nome popular Para consultar os nomes científicos aceitos pela comunidade científica e a sinonímia das espécies recomenda-se o uso dos seguintes sites de busca: - http://theplantlist.org/ - https://tropicos.org/home - http://floradobrasil.jbrj.gov.br Conhecer o nome científico, o nome popular e a sinonímia das espécies vegetais Proporciona mais facilidade na hora de prescrever os fitoterápicos e plantas medicinais. http://theplantlist.org/ https://tropicos.org/home http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ MEGABIODIVERSIDADE Regiões dos trópicos tem a maior diversidade de espécies, devido as características do clima; Brasil é o país com a maior biodiversidade vegetal do planeta. Conhecidas temos 43 mil espécies, representando 19% do total de espécies do planeta Ecossistemas brasileiros: Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado Lei n° 13.123/2015 Lei da Biodiversidade Ramo mais antigo das ciências farmacêuticas e tem como alvo de estudo os princípios ativos naturais, sejam animais ou vegetais. A partir de 1815 foi introduzido o termo Farmacognosia Usado pela primeira vez pelo medico austríaco Schmidt em 1811. Deriva do grego pharmakon (fármaco) Gnosis (conhecimento). A farmacognosia é disciplina obrigatória nas Escolas de Farmácia do Brasil a partir de 1920, sendo uma das maiores áreas do conhecimento farmacêutico. PRODUTOS NATURAIS DE ORIGEM VEGETAL PRODUTOS NATURAIS DE ORGANISMOS MARINHOS Multidisciplinalidade? Entrem em www.menti.com Código: 76 92 87 E respondam: Quais disciplinas estão envolvidas na Farmacognosia? http://www.menti.com/ A definição mais ampla, a farmacognosia é uma ciência multidisciplinar que contempla o estudo das propriedades físicas, químicas, bioquímicas e biológicas dos fármacos ou dos fármacos potenciais de origem natural assim como busca novos fármacos a partir de fontes naturais. Farmacognosia Uso de plantas medicinais Atualmente Medicamentos CosméticosAlimentos Alimentos Funcionais Fitoterápicos Cosméticos Veganos e Fitocosméticos (YILDIZ; EYDURAN, 2009; KAUR; DAS, 2011) Substâncias ativas isoladas Modelos para síntese e semissíntese PLANTA MEDICINAL SUBSTÂNCIAS ATIVAS CONTRIBUIÇÃO DOS PRODUTOS NATURAIS PARA A BUSCA DE NOVAS MOLÉCULAS Metabólitos primários (DUTRA et al., 2015; LAHLOU, 2013; NEWMAN; CRAGG, 2016) Metabolismo Celular Vegetal Metabólitos secundários Macromoléculas (carboidratos, lipídeos e proteínas); Grande produção Distribuição universal; Funções essenciais: • Fornecer energia (ATP) e poder redutor (NADPH); • Biossíntese de substâncias Micromoléculas (diversidade estrutural); Produção em pequena escala; Distribuição restrita (especificidade); Funções adaptativas: Atividades Biológicas Desenvolvimento de Medicamentos ROTAS METABÓLICAS Carboidratos Sacarídeos, hidratos de carbono, glicídios (C, H, O / N, P, S) Eles possuem grande variedade de funções. Fonte de energia Componente da membrana celular Compõe exoesqueleto de insetos Parede celular bactérias Humanos - glicogênio Fórmula empírica carboidratos Ciclização Carboidratos (Açúcar) MONOSSACARÍDEOS OLIGOSSACARÍDEOS POLISSACARÍDEOS TRIOSES TETROSES PENTOSES HEXOSES DE 2 A 10 UNIDADES MONOSSACARÍDEOS MAIS DE 10 UNIDADES MONOSSACARÍDEOS HETEROPOLISSACARÍDEOS HOMOPOLISSACARÍDEOS PENTOSES 5 ÁTOMOS DE C HEXOSES 6 ÁTOMOS DE C GLICOSE MALTOSE Ligações α (1→4) SACAROSE C12H22O11 LACTOSE Ligações β (1→4) GLICOSE FRUTOSE GALACTOSE GLICOSE OBTIDA HIDRÓLISE AMIDO USOS: XAROPE, CERVEJAS MEIOS DE CULTURA USOS: XAROPE FÓRMULAS PEDIÁTRICAS, ADOÇANTES USOS: AGLUTINANTE E DILUENTE DE COMPRIMIDOS Lipídeos • São substâncias caracterizadas pela baixa solubilidade em água e alta solubilidade em solventes orgânicos • hidrofóbicos Gorduras : glicerídeos de ácidos saturados, sólidos à temperatura ambiente, produzidas por animais Óleos: glicerídeos de ácidos insaturados, líquidos à temperatura ambiente, produzidos por plantas Relembrando Lipídeos Ácido Graxo Saturado Ácido Graxo Insaturado ✓ Não apresentam dupla ligação; ✓ Sólidos a temperatura ambiente; ✓ PE maior; ✓ Gordura de origem animal. ✓ Com duplas ligações (-COOH 4C-36C e +1 =); ✓ PE menor; ✓ Na natureza = cis; ✓ Ao sofrer hidrogenação vira trans (=) C12:0 C18:2 Q u in o n as Benzoquinona Naftoquinona Antraquinona Quinonas Preniladas OH OGlc O O n O O H n=1-13 Arbutina (Arctostaphylos uva-ursi) – hidroquinona glicosilada, infecção do trato urinário O O Hidroquinona: clareamento da pele Lawsona Hena (talos e folhas) Lawsonia inermis L. usado como corante. Vegetais e fungos OH O O OH Co-enzima Q10: antioxidante, anti-envelhecimento O O 1 2 3 45 6 7 8 9 10 9,10-antraquinona laxantes AULA 01: NOME DA AULA Disciplina Tipos de Quinonas Maioria O-glicosídeos Principalmente em C-8 e C-6 Glicose e ramnose Interconvertem-se facilmente em hidroquinonas, sendo produzidas a partir de reações de oxidação de antranóis e antronas Esta propriedade laxante é atribuída à presença de duas hidroxilas nas posições C-1 e C-8 e um outro grupo substituinte diferenciado em C-3. ANTRAQUINONAS AULA 01: NOME DA AULA Disciplina Extração de Antraquinonas Maceração ou percolação em clorofórmio ou acetona Glicosídeos: água ou soluções hidroalcoólicas O QUE SÃO ANTRAQUINONAS LIVRES? Antraquinonas livres – sublimáveis e produzem reação com álcalis – fenolatos – intensa cor vermelho-púrpura – Reação de Bornträeger Usuários de chás de plantas que contenham antraquinonas podem apresentar urina rosa-avermelhada Droga Vegetais com Antraquinonas Cascara-SagradaSene Cascasdessecadas de Rhamnus purshianus D.C. Casca fresca: espasmos e náuseas C 8 OGlc OH H O Glc OH Folíolos e frutos de Senna alexandrina Mill. OGlc OHO COOH O OHOGlc COOH HH R S Os compostos esteroidais são difíceis Droga Vegetais com Antraquinonas Hipérico Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum L., Hypericaceae) Hipericina é fotossensibilizante (0,1%) - antiviral O OH OHO OHOH OH OH Babosa Aloe ferox Mill., A. africana Mill., A. spicata Baker OH C 3 OH ORha Glc H O Ruibarbo Raízes e rizomas descascados de Rheum palmatum L. e Rheum officinale Baill., POLYGONACEAE. Óleos Essenciais São misturas de lipídeos, que dão o cheiro característico da Hortelã e Eucalipto. Compostos por terpenos e fenilpropanoides Pouco solúveis em água, por isso são obtidos por arraste a vapor (hidrodestilação) Encontrado nos perfumes e aromas da indústria farmacêutica, cosmética e de alimentos. Constituintes dos OE: mentol da Menta, Eugenol do Cravo-da-Índia, anetol do Anis e eucaliptol do Eucalipto. Terpenos Mevalonato Monoterpenos 10C Sesquiterpenos 15C Diterpenos 20C Triterpenos 30C Isopreno Acetil-Coa Esteróides Taxus baccata L. deriva o paclitaxel (Taxol®) Indicado para o tratamento de câncer de mama e ovário. Esteroides X Triterpenos • Derivam da ciclização do esqualeno tendo como precursor o Lanosterol • n° de Carbonos: 17 a 30 • Não apresenta as metilas na posição C4 e C14 • Derivam da ciclização do Esqualeno • n° de Carbonos: 30 • Colesterol precursor dos esteroides em animais • Cicloartenol precursor nas plantas (fitoesteroides); Os compostos esteroidais são difíceis de sintetizar, porém são abundantes em algumas plantas do gênero Dioscorea e Agave. TRITERPENOS ESTEROIDES SAPONINAS SAPONINAS HET CARDIOATIVOS AÇÚCAR AÇÚCAR + + HETEROSÍDEOS Característica lipofílica (triterpeno e esteroide) Característica hidrofílica (açúcar) Determina a propriedade de redução de da tensão superficial da água e sua ação detergente e emulsificante SAPONINAS AULA 01: NOME DA AULA Disciplina TRITERPENOS ESTEROIDES SAPONINAS SAPONINAS HET CARDIOATIVOS AÇÚCAR AÇÚCAR + + HETEROSÍDEOS HET CARDIOATIVOS Glicosídeos Esteroidais Musculatura cardíaca Especificidade Poderosa ação Glicosídeos = Heterosídeos CADEIA OSÍDICA – AGLICONA ESTEROIDAL – ANEL LACTÔNICO Resíduo de açúcar Esteroide Anel Lactônico Ligação das oses com o esteroide, ocorre através da hidroxila β em C3 A Digitalis purpúrea L., também conhecida como Dedaleira. É fonte do cardiotônico digoxina Presente nos OE, balsamos e resinas Fenilpropanóides Canela - Cinnamomum zeylanicum e a canela cuja origem é a China é denominada Cinnamomum cassia. Cravo-da-Índia - Syzygium aromaticum [L] Merr. et Perry. Anis verde (erva doce) - Pimpinella anisum Anis-estrelado: Illicium verum Sassafrás - Sassafras albidum Noz moscada: Myristiva fragans (Myristica fragans) Lignóides As ligninas são substâncias que se depositam na parede das células vegetais conferindo rigidez. As ligninas são macromoléculas, polímeros de unidades básicas C3 – C6 com muitas unidades básicas de fenilpropânicas. Interesse econômico da lignina está voltado para a indústria de celulose e papel Cardo Mariano: Silybum marianum. Podofilo: Podophyllum peltatum. Os anti-inflamatórios não hormonais se originaram do ácido salicílico que é extraída da Salix alba L. Da salicina através de semissíntese é produzido o ácido acetilsalicílico. O látex produzido pela Papoula, Papaver somniferum L., é rico em substâncias como a morfina, que mimetiza os efeitos das encefalinas e endorfinas. Os efeitos principais da morfina são potente analgesia e indução do sono. Medicamento Atividade Planta de origem Artemisina Antimalárico Artemisia annua Atropina Anticolinérgico Atropa belladona Codeína Antitussígeno Papaver somniferum Digoxina Cardiotônico Digitalis purpurea Efedrina Vaso constritor Ephedra sp. Escopolamina Anti-espasmódico Datura stramonium Morfina Analgésico Papaver somniferum Pilocarpina Antiglaucomatoso Pilocarpus jaborandi Quinina Antimalárico Cinchona ledgeriana Reserpina Anti-hipertensivo Rauwolfia serpentina QUININA UTILIZAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS NA SEMI-SÍNTESE DE FÁRMACOS Matéria-prima Fármacos Espécies vegetais 10-desacetilbacatina III Paclitaxel, docetaxel Taxus spp. Diosgenina Hormônios esteroidais Dioscorea spp Ecogenina Hormônios esteroidais Agave spp. Podofilotoxina Etoposídeo, teniposídeo Podophyllum spp Escopolamina N-butilescopolamina Datura spp. Estigmasterol Hormônios esteroidais Glycine max Catarantina e vindolina Vimblastina, vinorrelbina Catharanthus roseus CLOROQUINA MEFLOQUINA PRIMAQUINA Esponja caribenha Cryptotheca crypta (1950) Arabinosil nucleosídeos Espongouridina ARA - U Espongotimidina ARA - T ARA - U MÉTODOS QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS Adenina arabinosídeo ARA – A Vidarabina ® ATIVIDADE ANTIVIRAL tratamento de infecções oftalmológicas pelo vírus Herpes simplex Aciclovir derivado da guanina Aplidina Didemnina Dolastatina Kahalídeo F Cefalostatina Briostatina Zinocotídeo Ectenascidina 743 Pseudopterosinas Aplidium albicans Trididemnum solidum C ep h a lo d is cu s sp Elysia rufescens Dolabella auricularia Bugula neritina Conus magus Ecteinascidia turbinata P se u d o p te ro g o rg ia e lis a b et h a e Trabectedina (Yondelis®) Ectenascidina 743 1° fármaco aprovado para Tratamento de sarcomas de tecidos moles CH 3 NH N N H HO OCH3 CH 3 OH H HH S H O O HO CH 3O O CH 3 O O CH3CO Ecteinascidia turbinata Taninos; Compostos Fenólicos; e Alcaloides 2020-2 • Derivados do ácido benzoico • Derivados do ácido cinâmico • Ésteres e heterosídeos • Chalconas e Auronas • Flavonas e Flavonois • Di-hidroflavonoides • Isoflavonoides → Propriedades físico-químicas →Caracterização: ensaios cromáticos, cromatográficos e espectroscópicos. • Antocianos • Biflavonoides • Neoflavonoides OH • Diversidade estrutural: simples a complexa. • Anel aromático com pelo menos 1 hidrogênio substituído por OH. ❖ Amplamente distribuídos no reino vegetal: Vegetais são capazes de sintetizar o anel benzênico COMPOSTOS FENÓLICOS Compostos Fenólicos OH Flavonoides (Apigenina) O OOH OH OH Ácidos fenólicos (Ácido vanílico) OH O OH O CH3 Lignanas (Pinoresinol) O O OH O O OH CH3 CH3 Cumarinas (Fraxetina) O O OH OH O CH3 Benzoquinonas (Hidroquinona) OH OH Taninos (β-1,2,3,4,6-pentagaloil-D-glicose) O O OO O O OH OHOH OO O O O OH OH OH OH OH OH OH OH OH OH OH OH Exemplos: Compostos Fenólicos Compostos Fenólicos DERIVADOS DO ÁCIDO CINÂMICO (C6-C3) OH OH O Ácido o-cumárico OH OH O OH Ácido cafeico OH OH O OCH3 Ácido ferúlico OH OH O OCH3 OCH3 Ácido sinápico Amplamente distribuídos no reino vegetal, praticamente todos os tecidos vegetais possuem ao menos um desses compostos. Distribuição restrita. Importante: origina facilmente CUMARINAS (ciclização) odor nos vegetais OH Compostos Fenólicos Ésteres e heterosídeos de ácidos fenólicos: → Derivados do ácido caféico: O OOH OH OH OH COOH OHÁcido clorogênico O OOH OH OH OH COOH O O OH OH Cinarina (marcador químico) Cynara scolymus Compostos Fenólicos Ésteres e heterosídeos de ácidos fenólicos: → Derivados do ácido lático: OH OH O HHOOC O OH OH Ácido rosmarínico Alecrim Orégano odor Compostos Fenólicos Nome científico: Cynara scolymus Família botânica: Asteraceae Parte utilizada: FOLHAS ALCACHOFRA • Ácidos fenólicos (até 2%) – ácido cafeico, ácido clorogênico e cinarina • Flavonoides (0,1 a 1%) • Óleos voláteis • Ação colerética• Ação hipocolesterolêmica CÁPSICO Nome científico: Capsicum spp. Família botânica: Solanaceae Parte utilizada: FRUTO • Capsaicinoides. • Analgésico tópico. OH OCH3 N H CH3 CH3 O Capsaicina DROGA VEGETAL EMPREGO FARMACÊUTICO Flavus Amplamente distribuídos no reino vegetal: ◼ Diversas espécies vegetais ◼ Frutas ◼ Cereais ◼ Vinhos Rota do acetil CoA Rota do ác. chiquímico + OH CoAS O O 3x 4-cumaril-CoA malonil-CoA CHALCONA O OH CoAS O O O OHOH OH R CoAS O OH CICLIZAÇÃO Precursores da via de biossíntese dos flavonoides Flavonoides • Proteção → raios UV → insetos → antimicrobiana (fungos, bactérias e vírus) • Antioxidantes • Inibidores enzimáticos • Atração de polinizadores (antocianos) O O RESSONÂNCIA (forte cromóforo) Flavonoides INTERESSE ECONÔMICO → Coloração: pigmentos em indústrias alimentícias (antocianinas) → Valor nutricional para alguns alimentos Flavonoides – Antitumoral (efeito preventivo do câncer) – Antiviral (HSV-1) – At. Estrogênica (Isoflavonas) – Anti-inflamatória – Antioxidante IMPORTÂNCIA FARMACOLÓGICA MACELA Achyrocline satureioides Extrato das inflorescências: - quercetina - luteolina - 3-O-metilquercetina Compostos fenólicos: captura e neutralização de radicais livres Flavonoides O O A C B 2 3 45 6 7 8 9 10 2' 3' 4' 5' 6' • Núcleo fundamental → 15 átomos de carbono C6-C3-C6 Anéis A, C e B 2-fenilcromano Flavonoides Número Posição Estereoquímica Substituições - forma livre (genina ou aglicona) - conjugados com açúcar (mono, di ou tri): - C-heterosídeos - O-heterosídeos (OH em 7 ou em 3) DIFERENÇAS ENTRE AS CLASSES OHAçúcares O O A C B 2 3 45 6 7 8 9 10 2' 3' 4' 5' 6' Flavonoides Número Posição Estereoquímica Substituições - forma livre (genina ou aglicona) - conjugados com açúcar (mono, di ou tri): - C-heterosídeos - O-heterosídeos (OH em 7 ou em 3) DIFERENÇAS OHAçúcares O O A C B 2 3 45 6 7 8 9 10 2' 3' 4' 5' 6' O O A C B OH HO OH 6 Gli OH ISOORIENTINA O O A C B 3 OH OH HO OH O Ram Gli RUTINA 5 7 O 3' 4' OH O OH OH OH OH QUERCETINA Flavonoides Flavonas e Flavonois Antocianos Isoflavonoides Chalconas e Auronas Di-hidroflavonoides Biflavonoides Neoflavonoides Características químicas e biossintéticas semelhantes: Flavonoides FLAVONAS E FLAVONOIS Mais importante grupo dos flavonóides 80% dos flavonóides conhecidos O O A C B 2 3 45 6 7 8 9 10 2' 3' 4' 5' 6' R OH R HO OH Diferencia flavona de flavonol Núcleo B: * OH fenólica em C-4’ * Dissubstituído: C-3’, C-4’ * Trissubstituído: C-3’, C-4’, C-5’ Núcleo A: * OH fenólicas em C-5 e C-7 * Livres ou esterificadas Flavonoides FLAVONA FLAVONOL R= H → APIGENINA R = OH → LUTEOLINA R = H → CAMPFEROL R = OH → QUERCETINA O O A C B 2 3 45 6 7 8 9 10 2' 3' 4' 5' 6' OH R HO OH O O A C B 2 3 45 6 7 8 9 10 2' 3' 4' 5' 6' OH R HO OH OH Mais abundantes encontradas em plantas e também podem estar associadas a açúcares. Flavonoides FLAVONAS E FLAVONOIS FLAVONOIDES: 1-3% Matricaria chamomilla O O A C B OH HO OH apigenina • Família: Asteraceae. • Origem geográfica: Europa e América do Norte. • Sinônimos botânicos: Matricaria chamomilla L., Chamomilla recutita (L.) Rauschert, Chamomilla • Farmacógeno: capítulos florais (flores+ receptáculo+brácteas).Composição química: • Óleo essencial (0,3 – 1,5%), • Terpenos: sesquiterpenos cíclicos :α-bisabolol (45%); pró-camazuleno; matricina. • Flavonoides: apigenina • Colina, aminoácidos, ácidos graxos, sais minerais; cumarinas (herniarina e umbeliferona); mucilagens; ácidos orgânicos. Camomila Propriedades terapêuticas: • Espasmolítica devido aos flavonóides e as cumarinas. • Inibição do crescimento de certos micro-organismos se deve às cumarinas e flavonoides aos terpenos. • A atividade antiinflamatória cujos responsáveis são a colina e os flavonoides. • Clareamento de pelos devido a apigenina. • Propriedades sedativas cujos responsáveis são a apigenina e o triptofano. Drogas com Flavonoides Drogas com Flavonoides Camomila Propriedades terapêuticas: Drogas com Flavonoides Camomila Contraindicação: • Gestantes não devem usar camomila pois a mesma é emenagoga. Interações medicamentosas: • Camomila aumenta o efeito de calmantes ou relaxantes. Pode potencializar o efeito dos anticoagulantes. • Camomila interage com warfarina, levando a um pronunciado aumento na sua INR com complicações hemorrágica. Reações adversas: Anafilaxia, conjutivite alérgica, dermatite de contato, êmese. Drogas com Flavonoides Drogas com Flavonoides Drogas com Flavonoides Flavonoides Heterosídeos de flavonas e flavonois (2,5%) Efeitos SNCPassiflora edulis var. flavicarpa MARACUJÁ Passiflora incarnata FLAVONAS E FLAVONOIS Drogas com Flavonoides Maracujá • Origem botânica: Passiflora sp (Passiflora alata Curtis, Passiflora edulis Sims, Passiflora incarnata L.) • Família botânica: Passifloraceae. • Origem geográfica: América tropical (temperaturas). • Farmacógeno: Folhas dessecadas. Drogas com Flavonoides Maracujá Composição química: • Alcaloides indólicos (harmana, harmina, harmol, harmalina). Glicosídeos cianogênicos, álcoois. • Flavonoides: vitexina, isvitexina, orientina, crisina, apigenina (1%). Maracujá Propriedades farmacológicas • Flavonoide crisina → efeito ansiolítico • Flavonoide Apigenina → Ação sedativa, efeito sedativo semelhante ao do diazepam – GABA (10 x menor). Efeito bradicardizante e um aumento na amplitude das pulsações. • Ação antimicótica e antibacteriana contra Aspergillu, Streptomyces olivaceus e Streptococcus A hemolitico. → Cumarinas. • Antitérmica e analgésica (em doses de 5 mg cumarina /kg). • Anti-inflamatória e espasmolítica → Cumarinas. Drogas com Flavonoides Drogas com Flavonoides Drogas com Flavonoides Flavonoides ISOFLAVONOIDES Distribuição taxonômica restrita: Família Fabaceae O O A C B 2 3 45 6 7 8 9 10 2' 3' 4' 5' 6' HO OH OH Glycine max (Soja) C6-C3-C6 difenil-1,2-propano Grande parte dos isoflavonoides são produzidos pela planta em resposta a uma infecção por um agente patogênico (fitoalexinas). Flavonoides: Isoflavonoides Apresentam diversidade estrutural (isoflavonas, isoflavanonas, isoflavenos, aril-3- cumarinas, estruturas ciclizadas: pterocarpanos, cumestanos, cumaronocromonas e ainda rotenoides – apresentam carbono suplementar) O O O O O Rotenoides Atividade estrogênicaPropriedades inseticidas Fitoestrógenos A utilização das isoflavonas não substitui a reposição hormonal convencional, mas é um tratamento auxiliar que deve ter prescrição médica. Flavonoides: Isoflavonoides Flavonoides: Antocianinas • Pigmentos solúveis em água Laranja, rosa, escarlate, vermelho, violeta e azul Aditivos alimentares eficazes e seguros Instáveis: luz e pH Flavonoides • Encontram-se na forma livre→ antocianidinas ou na forma de heterosídeo→ antocianinas • Ações farmacológicas: antiinflamatória, antiedematogênica, antioxidante O A C B 2 3 45 6 7 8 9 10 2' 3' 4' 5' 6' Cátion flavílium antocianinas Estáveis ! ANTOCIANOS Flavonoides O + OH OH OH OH OMe OH O + OH OH OH OH OH OH Petunidina Delfinidina 3’ 3’ Malva sylvestris L. Veronica fruticans Atuam na atração de insetos e pássaros polinizadores ANTOCIANOS Flavonoides HETEROSÍDEOS O-HETEROSÍDEOS C-HETEROSÍDEOS • Ligação do açúcar com o O da molécula; • São passíveis de hidrólise ácida. * Ligação do açúcar com o C da molécula; * Não são passíveis de hidrólise ácida O O A C B OH HO OH 6 Gli OH O O A C B 3 OH OH HO OH O Ram Gli RUTINA ISOORIENTINA Drogas com Flavonoides Ginkgo • Origem botânica: Ginkgo biloba L. • Família: Ginkgoaceae. • Nomes populares: árvore-avenca, arvore-folha- de-avenca, ginkgo. • Origem geográfica: China. • Farmacógeno: folhassecas. Drogas com Flavonoides HETEROSÍDEOS Ginkgo biloba Extrato padronizado de Ginkgo biloba (EGb 761) •Heterosídeos de flavonoides 22-27% (quercetina, canferol e isoramnetina) • Terpenolactonas 5 a 7 %: gincolídeos A, B, C, e bilobalídeo • ácidos gincólicos – no máximo 5 ppm (propriedades alergênicas e citotóxicas) Sucesso fitoterápico → Distúrbios vasculares – inibição do fator de agregação plaquetária (PAF) → Antioxidante →Memória e cognição → Doença de Alzheimer Drogas com Flavonoides Ginkgo Composição química: Glicolídeos, lactonas terpênicas (ginkgolídeos), lactonas sesquiterpênicas (bilobalídeos) e biflavonas (bilobetina e ginkgetina). Heterosídeos flavonoídicos Estrutura geral dos heterosídeos flavonoídicos ginkgolídeos e dos bilobalídeos (WHO, 1999). Bilobetina Ginkgetina Ginkgolídeos Bilobalídeos Drogas com Flavonoides Ginkgo Propriedade farmacológica: • Usado nas isquemias, enxaquecas, melhora da memória e da função cognitiva. • Efeito sobre necrose e apoptose de neurônios (compensação vestibular) e estímulo de neurotransmissores. Aumenta a irrigação dos tecidos, melhorando a sua oxigenação. • Antioxidante, inibe a agregação plaquetária, antialérgico (asma, urticária), anti-inflamatório. Interação medicamentosa: diminui a concentração plasmática de omeprazol. Drogas com Flavonoides Drogas com Flavonoides Calêndula • Origem botânica: Calendula officinalis L. • Família: Asteraceae. • Origem geográfica: Europa Central, Leste e Sul. • Farmacógeno: Flores liguladas e escassas flores tubulosas (separadas do receptáculo e das brácteas involucrais) inteiras ou trituradas secas. Drogas com Flavonoides Calêndula Composição química: • Flavonoides em sua forma livre, heterosídeos isoramnetina e heterosídeos quercetina (0,2-0,9%), também carotenoides (flavoxantina e auroxantina, responsáveis pela coloração das flores) e rutina • Isoquercetina, quercetina-3-O- rutinosilramnosídeo, isoramnetina-3-O- rutinosilramnosídeo, isoramnetina-3- O- glucosilglucosídeo e isoramnetina-3-O- glicosídeo (BILIA et al., 2002; CETKOVIC et al., 2004). Drogas com Flavonoides Calêndula Propriedades farmacológicas: • Na cosmetologia é utilizada no tratamento de acne, eczemas, abcessos e impetigo e também na prevenção de assaduras de crianças e protetor dos raios uva e uvb. • Inibição de crescimento bactérias, vírus e fungos, usada em cândida, na boca de crianças e verrugas. • Na odontologia, é usada em ferimentos da cavidade bucal, hemorragia nas gengivas, irritação na gengiva por aparelho dentário e dentaduras. • Internamente, possui ação colagoga, analgésica, carminativa, febrífuga, sedativa também utilizada na inflamação digestiva ou úlceras. Drogas com Flavonoides Sabugueiro • Origem botânica: Sambucus australis (Cham. & Schltdl). • Família: Caprifoliaceae. • Origem geográfica: Europa, Ásia Ocidental e Central e do Norte de África. • Farmacógeno: flores secas. Drogas com Flavonoides Sabugueiro Composição química: • Flavonoides (rutina, isoquercetina, eldrina), antocianosídeos, taninos, polifenóis, ácidos fenólicos e lignanas. Propriedades farmacológicas: • Internamente: febrífugo, expectorante, ácido úrico, cálculos renais, depurativo do sangue, pressão alta, diabetes e ação tônico venosas usada em flebite. • Externamente: tem propriedades emolientes, usado para lavar os olhos (conjuntivite), em dermatoses, furúnculos e erisipela. Isoquercetina Rutina Quercetina Drogas com Flavonoides Crataegus • Origem botânica: Crataegus monogyna. • Família: Rosaceae. • Origem geográfica: Europa, do noroeste da África e da Ásia Ocidental. • Espécie similar: Crataegus leviagata (Poiret). • Farmacógeno: folhas e flores. Drogas com Flavonoides Crataegus Constituintes flavonoides: Predominante o hiperósido, a rutina, a vitexina-2 ramnósido, O-heterósidos (quercetina e campferol) , C-heterósidos (apigenina e luteolina). Drogas com Flavonoides Crataegus Propriedades farmacológicas: • Propriedades cardiotônicas semelhantes a digoxina. • Sedativo devido a apigenina. • Utilizados na sensação de vertigem, cefaleias e distúrbios da menopausa. Efeitos adversos: Dado não encontrado nas referências consultadas. Contraindicações/precauções: Pacientes com sensibilidade aos componentes do extrato. Drogas com Flavonoides • Atividade antiviral: a quercetina possui atividade virucida contra vírus envelopados – (poliomielite) as flavonas diosmina e hesperidina inibem a replicação do rotavírus (diarreias). • Atividade sobre a permeabilidade capilar: os flavonoides rutina, diosmina e hesperidina protegem capilares e possuem ação tônico-venosa são utilizados na fragilidade capilar e em distúrbios circulatórios. Rutina Diosmina Hesperidina Propriedade Farmacológica Flavonoides Flavonas e Flavonois Antocianos Isoflavonoides Chalconas e Auronas Biflavonoides Neoflavonoides Características químicas e biossintéticas semelhantes: Núcleo fundamental o 1,3- diarilpropano (sem anel C). Possuem pigmentação amarela (vermelha em meio alcalino). Anel “C“ com 5 membros e chalconas e auronas são encontrados na mesmas plantas. São caracterizadas pelo cátion flavílio. Flavonoides Flavonas e Flavonois Antocianos Isoflavonoides Chalconas e Auronas Biflavonoides Neoflavonoides Características químicas e biossintéticas semelhantes: Classe de flavonoides diméricos. Maioria dos biflavonoides de ocorrência natural são dímeros de flavonas e flavanonas – raramente chalconas. Os monômeros podem ser iguais ou de diferentes tipos: flavona-flavona, flavanona-flavanona ou flavona-flavanona. Os heterosídeos são pouco frequentes. Biflavonoides Flavonoides Flavonas e Flavonois Antocianos Isoflavonoides Chalconas e Auronas Biflavonoides Neoflavonoides Características químicas e biossintéticas semelhantes: Grupo de compostos de origem natural, contendo 15 átomos de carbono. São associados estruturalmente e biogeneticamente aos flavonoides e isoflavonoides. Flavona Isoflavonoides ou isoflavona Neoflavonoides ou neoflavona Flavonoides Utiliza solventes com polaridade crescente: • A primeira extração (solvente apolar): retira óleos, gorduras, esteróis e pigmentos. • A segunda extração utiliza solventes polares (clorofórmio, diclorometano, acetato de etila): retira agliconas livres pouco polares (flavonas, flavonóis, flavanonas, di-hidroflavonóis, isoflavonas) e agliconas muito metiladas. • Solventes mais polares (acetona, metanol, água): retira agliconas poli-hidroxiladas, flavonas e flavonóis mais polares, auronas, chalconas. • Com água quente extrai-se poliglicosídeos, flavanodióis, catequinas e procianidinas. • Em meio ácido, extrai-se antocianinas e antocianidinas. Extração de Flavonoides Flavonoides • Realizadas diretamente no farmacógeno (histoquímica) ou nos extratos vegetais. • Ensaios cromáticos, cromatográficos, espectroscópicos ou fotométricos. • Nos ensaios cromáticos, os hidróxi-flavonoides reagem a frio com soluções alcalinas, originando fenolatos geralmente corados, solúveis em água. • Vapores de amônia mudam a coloração das antocianinas de vermelho para azul e de chalconas e auronas, de laranja para vermelho. • Cromatografia em camada delgada (CCD) e a espectroscopia no ultravioleta são usadas na identificação e no monitoramento da pureza nos processos de isolamento. Identificação de Flavonoides Flavonoides ENSAIOS CROMÁTICOS ENSAIOS CROMATOGRÁFICOS ESPECTROSCOPIA no UV/Vis Flavonoides Ensaios cromáticos → análise preliminar ◼ Reação com cloreto férrico (FeCl3 1% alcoólico) ◼ Reação de Shinoda / Cianidina ◼ Solução aquosa ácida + Mg2+ → coloração avermelhada Flavonoides Reagente Natural (Ácido difenilborato 1% em metanol) Ensaios cromatográficos – Cromatografia em Camada Delgada (CCD) → Técnica mais utilizada → Agentes de detecção específicos Condições cromatográficas: FM: acetato de etila:ácido acético:água (8:1:1 v/v/v).FE: Gel de Sílica F254 Detecção: Reagente Natural / UV (360 nm) Ácidos fenólicos Flavonoides Flavonoides Ensaios cromatográficos ◼ Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) → Técnica utilizada na separação e caracterização de misturas complexas. → Permite o doseamento de cada flavonoide de maneira individual. Teor de flavonoides totais – Passiflora edulis (maracujá) (Doseamento - F.Bras. V, 2010) Porcentagem de flavonoides calculados como apigenina. MeOH -------- MeOH + AlCl3 Espectroscopia no UV/Vis Reação com AlCl3 Flavonoides Espectroscopia no UV/Vis ◼ Permite o doseamento de flavonóides ‘totais’ ◼ Auxilia na identificação do núcleo flavônico ◼ AlCl3 O O A C B OH OH HO OH Gli O O A C B O O HO O Gli Al O O Al O O AlCl3 3’ Definições: ◦ Cromóforo grupo insaturado covalente responsável pela absorção (C=C, C=O, NO2) ◦ Auxocromo Grupo saturado que, ligado ao cromóforo altera o e a intensidade de absorção (OH, NH2, Cl) Espectroscopia no UV/Vis Visívelultravioleta POLIFENÓIS FLAVONAS FLAVONÓIS ANTOCIANOS ISOFLAVONOIDES ANTIOXIDANTE ANTI-INFLAMATORIA CLAE/UVCCD ESPECTROSCOPIA - UV Taninos; Compostos Fenólicos; e Alcaloides 2020-2 Caracterização de Taninos Seguin (1796) definiu tanino como princípio adstringente da casca do carvalho. Formação de ligações entre as fibras de colágeno da pele fresca, resultando em resistência à água, calor e abrasão. Cascas de algumas árvores Tratar peles de animais Formando couros maleáveis e de grande durabilidade. Taninos possuem propriedades tanantes, ou seja, transformar peles frescas em couro imputrescível Caracterização de Taninos As propriedades tanantes Presença de macromoléculas Gosto adstringente se deve à precipitação das glicoproteínas da saliva (perde poder lubrificante) e a ligação covalente formada. São a capacidade dos taninos em ligar-se com macromoléculas Explicando sua capacidade de precipitarem celulose, alcaloide, gelatina, pectina e proteínas (insolubilidade) Ocorre interações intermoleculares. Ligação covalente e Ponte de hidrogênio. Frutos Verdes Caracterização de Taninos Introdução “A maioria dos compostos fenólicos não é encontrada no estado livre na natureza, mas sob forma de ésteres ou de heterosídeos sendo, portanto, solúveis em água e em solventes orgânicos polares. Por serem fenólicos, os taninos são muito reativos quimicamente, formam pontes de hidrogênio, intra e intermoleculares. Um mol de taninos pode ligar-se a doze moles de proteínas; fundamentando-se nessa propriedade pode-se identificar taninos por teste de precipitação de gelatinas, por exemplo. Estes compostos são facilmente oxidáveis, tanto através de enzimas vegetais específicas quanto por influência de metais, como cloreto férrico, o que ocasiona o escurecimento de suas soluções.” Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422005000500029 Caracterização de Taninos ROTAS METABÓLICAS NOTAS: Taninos são substâncias fenólicas solúveis em água, com massa molecular entre 500 e cerca de 3000 Da Os modos de ação contra os herbívoros seriam: • Diminuição da palatabilidade pelo sabor adstringente • Dificuldades na digestão pela complexação dos taninos com enzima digestivas e/ ou com proteínas das plantas • Produtos tóxicos formados no trato digestivo a partir da hidrólise dos taninos Caracterização de Taninos Papel biológico nas plantas Envolvidos na defesa química das plantas contra o ataque de herbívoros e contra microrganismos patogênicos Formação de Taninos Taninos dividem-se em dois grandes grupos Taninos hidrolisáveis Taninos condensados Taninos hidrolisáveis ou solúveis Formados pela via do ácido chiquímico Taninos não hidrolisáveis ou condensados Formados pela via do ácido chiquímico e pela via da acetil-CoA (via mista). Biossíntese de Taninos Hidrolisáveis Formação de Taninos 1,2,3,4,6 pentagaloil-D-glucose Padrão máximo de substituição alcançado Os taninos hidrolisáveis se subdividem em: Galitaninos Elagitaninos Biossíntese de Taninos Hidrolisáveis Formação de Taninos Encontram-se em alimentos tais como: framboesa, morango, uva castanha, avelã, caju Galitaninos Formação de Taninos Rhus sp Ácido gálico Grau de substituição total de 10 a 12 resíduos de ácido gálico Ligação entre unidades de ácido gálico Biossíntese de Taninos Hidrolisáveis Galitaninos Biossíntese de Taninos Hidrolisáveis Formação de Taninos Rhus sp • A hidrólise pode ocorrer em um ácido diluído e quente, ou através da ação de uma diastase produzido por Aspergillus niger chamada Tanasa. • A hidrólise ácida das ligações éster (meta-depsídicas) com a liberação das seguintes moléculas: (n) ácido gálico + (m) açúcar. Biossíntese de Taninos Hidrolisáveis Formação de Taninos Elagitaninos 1) Hidrólise ácida das ligações éster, 2) Acoplamento oxidativo C-C entre dois resíduos de ácido gálico espacialmente adjacentes 1 2 Monômeros Dímeros Trímeros Tetrâmeros Substituinte equatorial Biossíntese de Taninos Hidrolisáveis Formação de Taninos Elagitaninos 1) Hidrólise ácida das ligações éster, 2) Acoplamento oxidativo C-C entre dois resíduos de ácido gálico espacialmente adjacentes 1 2 Monômeros Dímeros Trímeros Tetrâmeros Substituinte axial Biossíntese de Taninos Hidrolisáveis Formação de Taninos Elagitaninos 1) Hidrólise ácida das ligações éster, 2) Acoplamento oxidativo C-C entre dois resíduos de ácido gálico espacialmente adjacentes 1 2 Monômeros Dímeros Trímeros Tetrâmeros Grupo flavogalonila Elagitanino C-glicosídico ou Tanino Complexo Biossíntese de Taninos Hidrolisáveis Formação de Taninos Elagitaninos 1) Hidrólise ácida das ligações éster, 2) Acoplamento oxidativo C-C entre dois resíduos de ácido gálico espacialmente adjacentes 1 2 Monômeros Dímeros Trímeros Tetrâmeros Formação de Taninos Biossíntese de Taninos Condensados Formação de Taninos Biossíntese de Taninos Condensados A polimerização de flavan-3-ol e/ou flavan-3,4-diol pode ser feita através de dois tipos de ligações, a ligação C4 –C6 e a ligação C4 – C8. Não podem ser hidrolisados, pois possuem esqueleto de carbono contínuo. São ditos condensados. Biossíntese de Taninos Condensados Formação de Taninos São oligômeros e polímeros formados pala poli-condensação de duas ou mais moléculas de flavan-3-ol e flavan-3,4-diol Proantocianidina Taninos Condensados Pigmentos avermelhados Degradação Formação de antocianidinas Quebra oxidativa em meio alcoólico ácido a quente (não é hidrólise) Biossíntese de Taninos Condensados Formação de Taninos Dividido em dois grupos Devido a presença e ausência da hidroxila na posição C5 do anel A Tipo Proantocianidina Monômero ou Nome Trivial Substituinte R1 R2 R3 R4 1 Prodistenidina Distenina H H H H propelargonidina Afzelequina H H OH H Procianidina Catequina H OH OH H prodelfinidina Galocatequina H OH OH OH 2 Proguibourtinidina Guibourtinidol H H OH H Profisetinida Fisetinidiol H OH OH H Prorobinetinidina Robinetinidol H OH OH OH Proteracacinidina Oritina OH H OH H Promelacacinidina Mesquitol OH OH OH H OOH OH R 2 R 3 R 4 R 1 OOH OH OH R 2 R 3 R 4 R 1 2 3 4 5 6 2' 6'A B C 1 2 Biossíntese de Taninos Condensados Formação de Taninos Monômeros Básicos Dímeros Poliméricas Dímeros Trímeros Biossíntese de Taninos Condensados Proantocianidinas, procianidinas, antocianidinas, cianidina H+ R=H cianidina R=OH delfinidina Degradação de proantocianidina catalisada por ácido mineral Poliméricos Taninos Condensados As proantocianidinas são muito mais comuns na dieta do que os taninos hidrolisáveis. Estas estão presentes em concentrações relativamente importantes em frutos (uvas, maçãs, etc.) bebidas derivadas, no cacau e chocolate, entre outros. As proantocianidinas constituem os polifenóis maioritários das uvas encontrando-se nasua maioria nas sementes e nas cascas. • São os precursores dos taninos verdadeiros. • São compostos de peso molecular menor e não curtem a pele. • São exemplos o floroglucinol, ácido gálico, ácido cafeico, ácido elágico, flavan-3-ol e outros. Floroglucinol Ácido cafeico Pseudotaninos Importância de Taninos Emprego tradicional • Diarreia • Hipertensão arterial • Reumatismo • Hemorragias • Feridas • Queimaduras • Problemas estomacais • Problemas renais • Complexação com íons metálico (atividade antibacteriana e antifúngica) • Atividade antioxidante e captadora de radicais livres (câncer, esclerose múltipla, atereoesclerose, processo de envelhecimento) • Habilidade de complexar com outras moléculas incluindo macromoléculas tais como proteínas (inibição de enzimas) Atividade farmacológica Importância de Taninos Atividade farmacológica •Vasoconstrição dos pequenos vasos superficiais. •Diminuem a transpiração através do fechamento dos poros da pele, por isso são usados em desodorizantes. •Antidiarreico por diminuir o peristaltismo; •Antioxidantes e anti-hipertensivos; •Usado em problemas estomacais (azia, náusea, gastrite e úlcera gástrica), problemas renais e do sistema urinário e processos inflamatórios em geral. Importância de Taninos Atividade farmacológica •Precipitação: ‐ Adstringentes, pois reagem com proteínas tanto estruturais quanto enzimáticas, ppt (derivados insolúveis); ‐ Hemostático por ppt as proteínas do soro sanguíneo; ‐ Antídotos dos alcaloides e metais pesados pois complexam impedindo sua absorção (Nutrição); ‐ Precipitam as proteínas das células superficiais das mucosas e dos tecidos a descoberto formando revestimento protetor microrganismos e impedindo sua entrada. Os taninos são agentes carcinogênicos e causadores de toxicidade hepática, mas dependem da dose e do tipo de tanino ingerido Toxicidade Importância de Taninos Emprego Industrial Curtimento do couro Fonte de tanino Acacia mearnsii uso • Reduzir o fluxo de água em barragens • Produção da borracha • Fabricação de aglomerados de madeira Sabor adstringente de vinhos, sucos de frutas, chás Taninos condensados Formaldeído reagem Polímeros com poder aglutinante produzindo Importância de Taninos Adstringência Interações entre proteínas e taninos Tipo de ligação (hidrofóbica e/ou por pontes de hidrogênio) envolvida na formação de complexos O mecanismo de formação de agregados de proteína–tanino que podem levar eventualmente à formação de precipitados Importância de Taninos Adstringência adstringência é um gosto ou uma sensação tátil? (provocada por um aumento de fricção ou uma diminuição de lubrificação da língua e do palato transmitido pelo nervo trigeminal) Os mecanismos propostos para a sensação de adstringência podem ser divididos em “gustativos” e aqueles que se baseiam na “fricção”. Importância de Taninos Adstringência 1) As propriedades lubrificantes da saliva são reduzidas, possivelmente como resultado da perda de proteínas salivares, diminuindo a viscosidade; 2) O precipitado formado é sentido como uma partícula que aumenta a fricção entre as superfícies em contacto na boca. A formação de agregados de proteínas-taninos poder estar na origem da sensação de adstringência (De Wijk et al. 2006): • Origem botânica: Hamamelis virginiana L. • Família: Hamamelidaceae. • Origem geográfica: EUA. • Farmacógeno: folhas (secas). Hamamélis Hamamélis • Composição química: O principal tanino é o hamamelitano. • Propriedades farmacológicas: anti- hemorrágico utilizado no tratamento da dermatite, veias varicosas, hemorroidas, processos inflamatórios da pele e das membranas mucosas. As folhas contêm um mistura de taninos condensados e hidrolisáveis Hamamelitanino Hamamélis Espinheira Santa Nome científico: Maytenus aquifolium Mart. e Maytenus ilicifolia Reissek Partes utilizadas: folhas As folhas possuem taninos condensados (grupo das catequinas) Uso: • Apresenta atividade anti-ulcerogênica • Utilizada também para má digestão • Externamente é usada como cicatrizante e antisséptica Espinheira Santa • conhecida como cancorosa ou cancerosa por ser usada popularmente no tratamento de câncer de pele (uso tópico). • nativa do sul do Brasil, Paraguai, Bolívia, Uruguai e Argentina. • além de taninos condensados (grupo das catequinas), possui alcalóides e terpenos, entre outros. • apresenta atividade antiulcerogênica semelhante à cimetidina (em animais). • externamente é usada como cicatrizante e anti-séptica. Espinheira Santa http://www.belemjardim.com.br/fi toterapico/dissol/ http://www.belemjardim.com.br/fitoterapico/dissol/ Incluídos na Rename, por meio da Portaria nº. 533/GM/MS, de 28 de março de 2012, 12 medicamentos fitoterápicos: Aloe vera (Babosa), Cynara scolymus (Alcachofra), Glycine max (Soja - isoflavona), Harpagophythum procumbens (Garra-do-diabo), Maytenus ilicifolia (Espinheira-santa), Mentha x piperita (Hortelã), Mikania glomerata (Guaco), Plantago ovata (Plantago), Rhamnus purshiana (Cáscara-sagrada), Salix alba (Salgueiro), Schinus terebinthifolius (Aroeira-da-praia) Uncaria tomentosa (Unha-de-gato). http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0533_28_03_2012.html Barbatimão • Origem botânica: Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville ou Casca-da- virgindade • Farmacógeno: casca (seca) • Família botânica: Leguminosae • Composição química: Galocatequina. • Propriedades farmacológicas: atividade anti-úlcera e também possui propriedade hipotensora. Galocatequina Barbatimão •antiinflamatório •antinociceptivo •antiviral •antibacteriano •proteção da mucosa gástrica •antiprotozoário Barbatimão Ácido tânico • Origem botânica: Acacia mearnsii. • Nome popular: Acácia negra. • Farmacógeno: casca. • Composição química: concentrado de tanino condensado. • Propriedades farmacológicas: Precipita proteínas, forma camada protetora sobre tecido lesionado e propiciam um efeito antimicrobiano e antifúngico, agindo em feridas, queimaduras e inflamações. Extrato concentrado de Tanino Condensado (Ácido tânico) Romã • Origem botânica: Punica granatum Linn. • Família: Punicaceae. • Farmacógeno: casca seca. • Origem geográfica: Nativa do Oeste da Ásia. • Propriedades farmacológicas: cicatrizantes e anti-inflamatórias, antioxidante, antidiarreica. • Composição química: punicacalagina. Punicacalagina Quebra-pedra Phyllanthus niruri L., Euphorbiaceae Afecções renais, impede a formação de cálculos renais • São geralmente extraídos em uma mistura de água e acetona. • O metanol deve ser evitado devido à possibilidade de ocorrer metanólise das ligações meta-depsídicas. • Melhores rendimentos são obtidos com tecidos frescos, congelados ou liofilizados. • Nas drogas secas, parte dos taninos estão irreversivelmente ligados a outros polímeros. • A acetona é eliminada pela destilação. • Extrações sucessivas líquido/líquido com solventes com crescentes polaridades separam sucessivamente: • pigmentos e lipídios; • proantocianidinas diméricas e a maioria dos galotaninos; • proantocianidinas poliméricas e os galotaninos de alto peso molecular. • Técnicas cromatográficas são usadas para se chegar aos compostos puros. Galotaninos e elagitaninos resultam em coloração e precipitados de azulados a pretos com sais férricos. Os taninos condensados dão precipitados verde-amarronzados. Cloreto férrico Os galotaninos apresentam uma coloração rósea com iodato de potássio, o ácido gálico livre resulta em uma coloração laranja com esse mesmo reagente. Iodato de potássio Todos os taninos formam um precipitado na presença de acetato de chumbo. Acetato de chumbo Ocorre a precipitação na presença de uma solução de um alcaloide.Alcaloides Identificação de Taninos Obrigada!!! Contato exclusivamente por e-mail: fariasingridv@gmail.com mailto:fariasingridv@gmail.com
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