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mandado de segurança

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___VARA DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE XXXXXXX/XX.
 MATEUS, mexicano, estado civil, profissão, portador do RG nº, inscrito no CPF sob o nº, residente e domiciliado à rua xx, nº xx, bairro xx, cidade xx/xx cep xx, e-mail xx, vem por meio de sua advogada infra-assinada (proc. em anexo), à presença de Vossa Excelência, impetrar MANDADO DE SEGURANÇA, nos termos do ar t. 5 º, LXIX, da Constituição Federal de 1988, e artigo 1º da Lei 12. 016/09, contra ato praticado pelo Sr. NOME, nacionalidade, estado civil, reitor da Universidade Federal XX , portador do RG nº, inscrito no CPF sob o nº, residente e domiciliado à rua xx, nº xx, bairro xx, cidade xx/xx cep xx, e-mail xx, e UNIVERSIDADE FEDERAL X, autarquia federal, CNPJ nº xxxxx, com sede no endereço xxxx, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
 OS FATOS
 Mateus, nascido no México, passou a residir no Brasil juntamente com seus pais, também nascidos no México. Aos dezoito anos, foi aprovado no vestibular e matriculou-se no curso de engenharia civil.
 Faltando um semestre para concluir a faculdade, decidiu inscrever-se em um concurso público promovido por determinada Universidade Federal brasileira, que segue a forma de autarquia federal, para provimento do cargo efetivo de professor. 
 Um mês depois da colação de grau, foi publicado o resultado do certame: Mateus tinha sido o primeiro colocado.
 Mateus soube que seria nomeado em setembro de 2020, previsão essa que se confirmou. 
 Como já tinha uma viagem marcada para o México, outorgou procuração específica para seu pai, Roberto, para que este assinasse o termo de posse. 
 No último dia previsto para a posse, Roberto comparece à repartição pública. Ocorre que, orientado pela assessoria jurídica, o Reitor não permitiu a posse de Mateus, sob a justificativa de não ser possível a investidura de estrangeiro em cargo público. 
 A autoridade também salientou que outros dois fatos impediriam a posse: a impossibilidade de o provimento ocorrer por meio de procuração e o não cumprimento, por parte de Mateus, de um dos requisitos do cargo (diploma de nível superior em engenharia) na data da inscrição no concurso público. 
 Ciente disso, Mateus, que não se naturalizara brasileiro, interrompeu sua viagem e retornou imediatamente ao Brasil, para pleitear seu direito.
 O DIREITO
 De acordo com a Constituição Federal de 1988, conceder-se-á Mandado de Segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Publico (art. 5º LXIX). 
 De modo que, cabe ao impetrante demonstrar lesão a direito liquido e certo, ou seja, direito que se considera incorporado definitivamente ao patrimônio de alguém e sobre o qual não paira dúvida ou contestação possível. 
 Igualmente, o artigo 1º da Lei nº 12.016/09 institui que será concedido o mandado de segurança “para proteger direito liquido e certo, não amparado por ‘habeas corpus’ ou ‘habeas data’, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça”.
 Conclui-se que o ato coator viola direito liquido e certo do impetrante, fazendo jus à concessão da ordem para que:
1 - O candidato deve cumprir os requisitos do cargo no momento da posse, não no da inscrição no concurso público, consonância com a Súmula 266 do STJ; 
2 - A legislação permite a posse por procuração específica, nos termos do Art.13, § 3º, da Lei nº 8.112/1990; e 
3- As universidades podem prover seus cargos de professor com estrangeiros, nos termos do art. 5º, §3º, da Lei nº 8.112/1990.
 
 OS PEDIDOS
 Diante do exposto requer:
a) Concessão de medida liminar, sob a violação do art. 5º, §3º, e ao art.13, § 3º, ambos, da Lei nº 8.112/1990 e à Sumula 266 do STJ, pois não pode-se incorrer o risco de ineficácia da medida, caso concedida a segurança apenas ao final do processo, dado o risco real de não haver dotação orçamentaria para nomeação futura;
b) Que a ordem seja concedida, assegurado ao impetrante o direito de tomar posse do cargo de professor e exercer sua atividade;
c) A notificação do Reitor, entregando-lhe a segunda via acompanhada de todos os documentos anexos para que preste as declarações que julgar necessárias no prazo de dez dias, nos termos do art. 7º da Lei 12.016/09;
d) Ademais, requer que se dê ciência do fato ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito, nos moldes do art. 7º, II da Lei 12.016/09;
e) Findo o prazo para informações, e ouvido o Ministério Público, devem os autos ir à conclusão para a decisão definitiva que será comunicada à autoridade coatora;
f) Requer, ainda, a condenação do impetrado ao pagamento das despesas processuais, na forma da lei.
Dá-se à presente ação o valor de R$1.000,00 (mil reais).
 
 Termos em que
 Pede deferimento.
 Taubaté, 13 de outubro de 2020.
 Marcela Moraes
 OAB/SP XXX.XXX

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