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AVI1 PRATICA SIMULADA CONSTITUCIONAL

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FACULDADE ESTÁCIO DE CARAPICUÍBA
CURSO DE DIREITO
Peça Prático-Profissional
Avaliação Av1 
Thais Figueiredo da Silva
Prova da disciplina Prática Simulada Constitucional
 Tutor: Prof. Ricardo Feres Ribeiro
Carapicuíba – São Paulo
2021
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO
 JORGE, estrangeiro, estado civil, profissão, portador do RG nº, inscrito no CPF sob n°, domiciliado e residente no endereço , com endereço eletrônico , vem, por intermédio de seu advogado, onde recebe notificações, conforme Artigo 106, I do Código de Processo Civil, com base no artigo 5º LXIX da Constituição Federal, na lei 12.016/09, vem respeitosamente a Vossa Excelência impetrar:
MANDADO DE SEGURANÇA COM TUTELA DE URGÊNCIA
Pelo rito especial, contra ato do Sr. Reitor representado pela Universidade Federal, com endereço no Estado , vinculado à UNIÃO, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob o n°, endereço eletrônico, pelos motivos de fato e de Direito a seguir expostos.
I - DO CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA:
O mandado de segurança está previsto na Constituição Federal e no presente caso houve violação a direito líquido e certo, nos termos do Art. 5º, LXIX, da mesma.
Com relação ao prazo decadencial para a impetração do Mandado de Segurança, é de 120 dias contados da ciência do interessado conforme o artigo 23 da Lei n. 12.016/09 e Súmula 632 do STF.
II – DA JUSTIÇA GRATUITA
Requer, inicialmente, o deferimento da justiça gratuita, pois o Autor encontra-se sem condições financeiras de arcar com os custos e demais despesas do processo, sem prejuízo do próprio sustento, conforme declaração de hipossuficiência anexo, razão esta que requer os benefícios da justiça gratuita, na forma do art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil e do artigo 5, inciso LXXIV, da Constituição Federal.
Á luz da Lei número 1.060/50 em seu art. 9 estabelece:
“É suficiente para obtenção do benefício da assistência judiciária a simples afirmação da parte de que não está em condições de pagar às custas do processo e os honorários de advogados, sem prejuízo do próprio ou de sua família”
III - DOS FATOS
 O impetrante, nascido no Porto Rico, veio morar no Brasil juntamente com seus pais, também nascidos no Porto Rico. Aos 18 anos, foi aprovado no vestibular e matriculou-se no curso de engenharia civil. Faltando um semestre para concluir a faculdade, decidiu inscrever-se em um concurso público promovido por determinada Universidade Federal brasileira, que segue a forma de autarquia federal, para provimento do cargo efetivo de professor. Um mês depois da colação de grau, foi publicado o resultado do certame: Jorge tinha sido o 1º colocado. Jorge soube que seria nomeado em novembro de 2018, previsão essa que se confirmou. Como já tinha uma viagem marcada para o Porto Rico, outorgou procuração específica para seu pai, Perez, para que este assinasse o termo de posse. No último dia previsto para a posse, Perez comparece à repartição pública. Ocorre que, orientado pela assessoria jurídica, o Reitor não permitiu a posse de Jorge, sob a justificativa de não ser possível a investidura de estrangeiro em cargo público. A autoridade também salientou que outros dois fatos impediriam a posse: a impossibilidade de o provimento ocorrer por meio de procuração e o não cumprimento, por parte de Jorge, de um dos requisitos do cargo (diploma de nível superior em engenharia) na data da inscrição no concurso público.
 Ciente disso, Jorge, que não se naturalizara brasileiro, interrompe sua viagem e retorna imediatamente ao Brasil, 15 dias depois da negativa de posse pelo Reitor. 
Há certa urgência na obtenção do provimento jurisdicional, ante o receio de que, com o agravamento da crise, não haja dotação orçamentária para a nomeação futura.
III - DOS FUNDAMENTOS 
 Verifica-se que o candidato quando se inscreve em qualquer concurso público deverá estar atendo e verificar se corresponde e preenche todos os requisitos para a posse do cargo assim pretendido.
 Ao analisarmos o edital podemos notar que não é obrigatório ter o diploma no ato da inscrição e sim no ato da posse, bem como a Súmula 266 do STJ, também nos ajuda a entender melhor a necessidade do Diploma e Habilitação para investidura de cargo público.
Súmula 266, STJ: O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público.
Na legislação brasileira também é permitido a posse mediante a procuração específica conforme o artigo 13, § 3º, da Lei nº 8.112/1990, ou seja, não poderia ter sido negado pelo reitor ou por qualquer autoridade da Universidade a posse de Jorge por intermédio de seu pai Perez. 
Artigo 13, § 3º da Lei 8.112/1990: A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
Contudo ao analisarmos o Art. 5º, § 3º, da Lei nº 8.112/1990, podemos notar que os estrangeiros podem sim tomar posse de Cargos Públicos em Universidades e, que houve uma violação aos direitos de Jorge. 
Artigo 5º, 3º, da Lei 8.112/1990: As universidades e instituições de pesquisa cientifica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta lei.
Nesse contexto, urge trazer à baila o entendimento jurisprudencial do nosso
Egrégio Tribunal Regional Federal, cuja transcrição segue abaixo:
ADMINISTRATIVO. AÇÃO ORDINÁRIA. CONCURSO PÚBLICO. PROFESSOR UNIVERSITÁRIO. DIPLOMA DE GRADUAÇÃO OBTIDO EM INSTITUIÇÃO ESTRANGEIRA. REVALIDAÇÃO. ENTRAVES BUROCRÁTICOS. NOMEAÇÃO E POSSE DEVIDAS.
“PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. I - Afigura-se indevida a recusa da Administração, ao negar o direito à nomeação e posse do autor, no concurso público para o cargo de Professor Adjunto na área de Física na Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT, em razão da demora do Poder Público em apreciar o pleito de revalidação do diploma de Bacharel em Física, expedido pela Universidad de Los Andes, na cidade de Mérida-Venezuela, mormente no caso dos autos, em que restou concluído, no curso da presente demanda, o processo de revalidação do diploma estrangeiro, atendendo, assim, aquele requisito tido por descumprido, que obstava a nomeação e posse do autor no cargo público no qual obteve aprovação, sendo que sua eliminação, nesses termos, ofende o princípio da razoabilidade. II - Apelação e remessa oficial desprovidas. Sentença confirmada.”
(TRF-1 - AC: 00100096620134013600, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL SOUZA PRUDENTE, Data de Julgamento: 15/06/2016, QUINTA TURMA, Data de Publicação: 06/07/2016)
IV- DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA:
Conforme prevê o artigo 300 do CPC, a tutela de urgência poderá ser concedida quando houver elementos que demonstrem a probabilidade do direito (fumus boni iuris) e o perigo do dano (periculum in mora).
 No presente caso, houve violação ao Art. 5º, § 3º, e ao Art. 13, § 3º, ambos da Lei nº 8.112/1990, e à Súmula 266 do STJ, bem como caso concedida a segurança apenas ao final do processo, dado o risco real de não haver dotação orçamentária para a nomeação futura.
V - DO PEDIDO
 Diante do exposto, espera que a ordem seja concedida, assegurado ao impetrante o direito de especificar e que se suspenda o ato impugnado até decisão da causa.
 I- Requer-se a notificação da autoridade coatora, que pode ser encontrada no endereço supra referido, do inteiro conteúdo desta inicial, entregando-lhe a segunda via acompanhada de todos os documentos anexos para que preste as informações que julgar necessárias no prazo de quinze (10) dias, nos termos do artigo 7º, inciso I, da Lei nº 12.016/09.
 II- Ademais, requer que se dê ciência do fato ao órgão de representação judicialda pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito, nos moldes do artigo 7º, inciso II, da Lei 12.016/09.
 III- Requer a concessão da liminar para suspender os efeitos da decisão do Reitor, determinando a posse imediata de JORGE.
 IV-Requer também a concessão da segurança, confirmando a liminar concedida, para anular a decisão do Reitor e, por consequência, garantir o direito de LALO à posse no cargo público.
 V- Requer, ainda, a condenação do Impetrado no pagamento das despesas processuais na forma da lei.
 
Dá-se à presente ação o valor de R$ .
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
UF
Advogado.
OAB.

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