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01 - CONSTITUCIONAL RESUMO MAIS QUESTÕES

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Aula 00 
Curso: Direito Constitucional para CESPE 
Professor: Jonathas de Oliveira 
Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
Resumo + Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 00 
Prof. Jonathas de Oliveira 2 de 72 
 www.exponencialconcursos.com.br 
 
 Queridos amigos e amigas! 
 
É com enorme prazer que inicio este curso aqui no Exponencial 
Concursos. Trata-se de um curso de Direito Constitucional com o conteúdo 
resumido e muitas questões, para a banca Centro Brasileiro de Pesquisa em 
Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE/CEBRASPE). 
 
Dito isso, passemos às apresentações. 
Meu nome é Jonathas de Oliveira, bacharel em Turismo e graduando em 
Direito, e minha história nos concursos se iniciou aos 23 anos, quando em 2012, 
sem maior pretensão, fui aprovado para um concurso de nível municipal em 
Armação de Búzios (RJ). 
Alguns meses depois, dei início à minha preparação formal. No início de 
2013 fui aprovado para Oficial de Fazenda da Secretaria de Estado de Fazenda 
do Rio de Janeiro e, em outubro daquele ano, para Auditor Fiscal da Receita 
do Estado do Espírito Santo, em 3º lugar, cargo que exerço atualmente, 
atuando como Subgerente na gerência responsável pelo julgamento de 
processos administrativos fiscais. 
Ao longo dos meus 11 meses de estudo como concurseiro, e com 4 anos 
de atuação como professor para concursos, pude travar contato com diferentes 
materiais e metodologias e constatar a dificuldade que os candidatos (com as 
mais diversas formações) ao almejado cargo na administração pública 
encontram para conciliar, resumir e esquematizar conteúdos vastos e muitas 
vezes demasiadamente prolixos. 
É nesse sentido que a formatação deste curso visa a ser não apenas um 
instrumento de transmissão de informações com eficiência, eficácia e 
efetividade, mas também uma ferramenta metodológica ao amigo e à amiga 
concurseiros, contribuindo para que o estudo para concursos públicos seja 
feito com a maior praticidade possível, obtendo os melhores resultados, 
sem desperdício de tempo. 
 
Na quase totalidade dos grandes concursos, seja na área fiscal, de 
controle, jurídica, policial, agências reguladoras, dentre diversas outras, a 
disciplina Direito Constitucional é um verdadeiro “pilar” que não pode ser 
negligenciado. É dela e das demais disciplinas-chave que o candidato vai extrair 
pontos que blindarão sua eliminação e o manterão na zona de competitividade. 
Pois bem. 
APRESENTAÇÃO 
http://www.exponencialconcursos.com.br/
Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
Resumo + Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 00 
Prof. Jonathas de Oliveira 3 de 72 
 www.exponencialconcursos.com.br 
Nosso curso conta com resumos dos principais pontos do conteúdo de 
Direito Constitucional cobrados nos editais recentes do CESPE/CEBRASPE, assim 
como cerca de 200 mapas mentais e cerca de 520 questões comentadas, 
optando-se por aquelas que melhor representam o estilo da banca. 
 
 É preciso destacar também que este curso é direcionado para os 
concurseiros que já possuem um conhecimento básico da disciplina 
Direito Constitucional. 
 Uma vez que nosso foco é a fixação de pontos centrais do conteúdo e sua 
revisão por meio da resolução de exercícios, as aulas trarão melhores resultados 
para aqueles que já tiveram um primeiro contato com nossa matéria. 
Se você estiver partindo do zero, recomendamos nosso curso de 
teoria, jurisprudência e questões comentadas. 
 
Por fim, merece destaque que, suplementarmente, vamos nos valer de 
questões de grandes bancas (como a ESAF, a FCC, a FGV, dentre outras). 
Isso nos permitirá explorar melhor um ou outro tópico da matéria coberto 
por poucas questões (ou questões repetitivas) do CESPE/CEBRASPE. 
Assim, para que nosso estudo possa ser o mais completo e robusto 
possível, podemos nos socorrer de questões de outras bancas com 
características parecidas, o que nos possibilitará ampliar o alcance das nossas 
revisões. 
 
ATENÇÃO: Sempre que possível, vale a pena manter a Constituição Federal 
aberta durante as aulas. 
Conforme os exercícios forem sendo feitos, vamos sempre consultar a 
CF/88 quando errarmos um item ou ficarmos com mais dúvidas sobre 
determinada informação. 
Assim, se, por exemplo, estamos estudando sobre o Processo Legislativo 
e as coisas não estiverem fluindo bem na resolução de questões, vale a pena 
dar uma (re)lida na Seção VIII da nossa Lei Maior. 
Com esta dica, o conhecimento vai sendo depurado, vamos nos 
protegendo das pegadinhas e aumentando o giro de revisões da matéria. 
No mais, qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no 
fórum. Não deixe de me procurar! 
 
 
 
 
 
http://www.exponencialconcursos.com.br/
Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
Resumo + Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 00 
Prof. Jonathas de Oliveira 4 de 72 
 www.exponencialconcursos.com.br 
 
Aula Tópico 
00 Introdução ao Direito Constitucional. O Direito Constitucional e os 
demais ramos do Direito. Estrutura da Constituição Federal de 1988. 
Teoria geral do Estado. Os poderes do Estado e as respectivas funções. 
Supremacia da Constituição. Teoria geral da Constituição: conceito, 
origens, conteúdo, estrutura e classificação. Supremacia da 
Constituição. Tipos de Constituição. Interpretação constitucional. 
Poder constituinte. 
01 Controle de Constitucionalidade. Controle judiciário difuso e 
concentrado. Ação Direta de Inconstitucionalidade (genérica e por 
omissão), Ação Declaratória de Constitucionalidade e Arguição de 
Descumprimento de Preceito Fundamental. Controle concentrado nos 
Estados. 
02 Princípios fundamentais. Aplicabilidade das normas constitucionais. 
Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e 
coletivos. Remédios constitucionais. O habeas corpus. O mandado de 
segurança (individual e coletivo). O mandado de injunção. O habeas 
data. A ação popular. A ação civil pública. 
03 Direitos sociais. Nacionalidade. Direitos políticos. Partidos políticos. 
04 Organização político-administrativa do Estado. Repartição de 
competências. Outros aspectos: Estados federados, Municípios, 
Distrito Federal e Territórios. Intervenção federal e estadual. 
05 Administração pública. Disposições gerais. Servidores públicos. 
06 Poder Legislativo. Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e 
Senado Federal. Processo Legislativo. A fiscalização contábil, 
financeira e orçamentária. 
07 Poder Executivo. Presidente e Vice-Presidente. Ministros de Estado. 
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. 
08 Poder Judiciário. Supremo Tribunal Federal. Súmulas Vinculantes. 
Conselho Nacional de Justiça. Superior Tribunal de Justiça. Tribunais 
Regionais Federais e Juízes Federais. Tribunais e Juízes do Trabalho. 
Tribunais e Juízes Eleitorais. Tribunais e Juízes Militares. Tribunais e 
Juízes dos Estados. 
09 Funções essenciais à Justiça. Ministério Público. Advocacia Pública. 
Advocacia. Defensoria Pública. 
10 Defesa do Estado e das instituições democráticas. 
 
11 Sistema Tributário Nacional. Das limitações do poder de tributar. 
Impostos da União, dos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Repartição de Receitas Tributárias. 
 
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Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
Resumo + Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 00 
Prof. Jonathas de Oliveira 5 de 72 
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12 Finanças Públicas e Orçamento. Princípios gerais da atividade 
econômica. 
 
13 Ordem social: base e objetivos da ordem social, seguridade social, 
educação, cultura e desporto, ciência, tecnologia e inovação, 
comunicação social, meio ambiente, família, criança, adolescente, 
jovem, idoso e índios. 
 
 
* Confira o cronograma de liberação das aulas na página do curso no nosso site.http://www.exponencialconcursos.com.br/
Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
Resumo + Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 00 
Prof. Jonathas de Oliveira 6 de 72 
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Sumário 
1- Introdução ao Direito Constitucional ............................................... 7 
2- Aspectos básicos de Teoria do Estado ........................................... 10 
3- Teoria da Constituição ................................................................... 13 
4- Interpretação constitucional ......................................................... 18 
5- Poder constituinte: emenda, reforma e revisão constitucional ...... 21 
6- Questões Comentadas ................................................................... 28 
7- Lista de Exercícios ......................................................................... 56 
8- Gabarito ........................................................................................ 71 
9- Referencial Bibliográfico................................................................ 72 
 
 
Olá concurseiros e concurseiras! 
 
Tendo sido feita a devida apresentação, daremos largada ao nosso curso 
regular de resumos com questões de Direito Constitucional voltado para os 
concursos do CESPE/CEBRASPE. 
 
Aspectos teórico-doutrinários de Direito Constitucional nem sempre são 
cobrados com rigor elevado. 
Ainda assim, se faz necessária a abordagem prática do tema, tanto para 
evitarmos surpresas desagradáveis no momento da prova quanto para 
contextualizarmos as próximas aulas. 
 
Comecemos! 
 
 
Aula 00 – Introdução ao Direito Constitucional. O Direito 
Constitucional e os demais ramos do Direito. Estrutura da 
Constituição Federal de 1988. Conceitos de teoria geral do Estado e 
os Poderes do Estado. Teoria geral da Constituição: conceito, origens, 
conteúdo, estrutura e classificação. Supremacia da Constituição. 
Tipos de Constituição. Interpretação constitucional. Poder 
constituinte. 
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file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20IBFC/Pós%20edital/Resumo%20+%20Questões/Aula%2000%20-%20Direito%20Constitucional%20TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20Introdução%20ao%20Direito%20Constitucional,%20Constituição%20v3.docx%23_Toc457401293
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20IBFC/Pós%20edital/Resumo%20+%20Questões/Aula%2000%20-%20Direito%20Constitucional%20TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20Introdução%20ao%20Direito%20Constitucional,%20Constituição%20v3.docx%23_Toc457401294
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20IBFC/Pós%20edital/Resumo%20+%20Questões/Aula%2000%20-%20Direito%20Constitucional%20TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20Introdução%20ao%20Direito%20Constitucional,%20Constituição%20v3.docx%23_Toc457401295
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20IBFC/Pós%20edital/Resumo%20+%20Questões/Aula%2000%20-%20Direito%20Constitucional%20TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20Introdução%20ao%20Direito%20Constitucional,%20Constituição%20v3.docx%23_Toc457401296
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20IBFC/Pós%20edital/Resumo%20+%20Questões/Aula%2000%20-%20Direito%20Constitucional%20TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20Introdução%20ao%20Direito%20Constitucional,%20Constituição%20v3.docx%23_Toc457401297
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20IBFC/Pós%20edital/Resumo%20+%20Questões/Aula%2000%20-%20Direito%20Constitucional%20TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20Introdução%20ao%20Direito%20Constitucional,%20Constituição%20v3.docx%23_Toc457401298
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20IBFC/Pós%20edital/Resumo%20+%20Questões/Aula%2000%20-%20Direito%20Constitucional%20TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20Introdução%20ao%20Direito%20Constitucional,%20Constituição%20v3.docx%23_Toc457401299
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20IBFC/Pós%20edital/Resumo%20+%20Questões/Aula%2000%20-%20Direito%20Constitucional%20TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20Introdução%20ao%20Direito%20Constitucional,%20Constituição%20v3.docx%23_Toc457401300
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20IBFC/Pós%20edital/Resumo%20+%20Questões/Aula%2000%20-%20Direito%20Constitucional%20TCE%20-%20TCM%20RJ%20-%20Introdução%20ao%20Direito%20Constitucional,%20Constituição%20v3.docx%23_Toc457401301
Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
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Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 00 
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Vamos começar com uma pergunta. 
 O que é o Direito Constitucional? 
 Direito Constitucional é o ramo do Direito Público Interno que tem 
por objeto a Constituição dos Estados nacionais. 
 
 
 
 Em sentido jurídico – aquele a que devemos dar mais atenção – a 
Constituição é o fundamento de validade normativa dos Estados 
nacionais. 
 Vale dizer, no plano jurídico-positivo (o Direito produzido pelo Estado, 
vigente, que rege nosso dia a dia), a nossa Constituição Federal de 1988, situa-
se no topo da pirâmide normativa. Essa pirâmide é um recurso visual 
consagrado com base na teoria de Hans Kelsen e que traduz o princípio da 
supremacia da Constituição. Em última instância, é à Constituição que todo 
o agir público se reporta, numa relação de verticalidade hierárquica. 
As normas de um ordenamento não estão todas em um mesmo 
plano/hierarquia. Há normas superiores e inferiores, sendo que as normas 
inferiores devem observância às superiores. 
 Temos, portanto, a seguinte relação de hierarquia: 
 
DIREITO
Direito Público
Direito Público
Interno
D. Constitucional
D. Administrativo
D. Tributário
D. Financeiro
D. Econômico
D. Processual
D. Penal
D. Urbanístico
Direito Público 
Externo
Direito 
Internacional 
Público
Direito 
Difuso/Social
D. do Trabalho
D. Ambiental
D. Previdenciário
Direito Privado
D. Civil
D. Empresarial
D. Internacional
Privado
1- Introdução ao Direito Constitucional 
 
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Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
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* A norma hipotética fundamental não é positivada, mas sim pressuposta. É 
uma premissa jurídica e o referencial de produção das normas do ordenamento 
jurídico, uma espécie de consciência jurídica (ou ânimo jurídico) que por ele 
perpassa. 
 
 Nossa Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988, 
compreende um preâmbulo, nove títulos (divididos em capítulos, seções e 
subseções), além do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). 
 
Vejamos o que dispõe o preâmbulo constitucional: 
PREÂMBULO 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional 
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o 
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de 
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia 
social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica 
das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
 
 São três as posições apontadas pela doutrina em relação ao preâmbulo, 
vejamos: a) tese da irrelevância jurídica: o preâmbulo está no âmbito da 
política e não possui relevância jurídica; b) tese da plena eficácia: o 
preâmbulo tem a mesmaeficácia jurídica das demais normas constitucionais; 
Norma Hipotética Fundamental*
Constituição Federal de 1988 (normas 
originárias)
Constituição Federal de 1988 (emendas) e 
tratados e convenções internacionais sobre 
direitos humanos aprovados na forma do 
art. 5º, §3º
Outros tratados e convenções 
internacionais sobre direitos humanos 
(status supralegal)
Leis complementares, leis ordinárias, leis 
delegadas, medidas provisórias, decretos 
legislativos, resoluções, tratados e 
convenções internacionais gerais, decretos 
autônomos (status legal)
Normas infralegais (decretos 
regulamentares, portarias, ordens de 
serviço, instruções normativas e outras)
*É a ideia lógica 
que sustenta o 
plano jurídico-
positivo 
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Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
Resumo + Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 00 
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c) tese da relevância jurídica indireta: o preâmbulo tem parte das 
características jurídicas da Constituição Federal, entretanto, não deve ser 
confundido com as demais normas jurídicas desta. 
O Supremo Tribunal Federal ao enfrentar a questão concluiu que o 
preâmbulo constitucional não se situa no âmbito do direito, mas no 
âmbito da política, transparecendo a ideologia do constituinte. Desta forma, o 
STF adotou, expressamente, a tese da irrelevância jurídica. 
 
Além do preâmbulo e das normas gerais da Constituição (Título I a IX), 
temos o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. O ADCT contém 
normas jurídicas, em grande parte, efêmeras, temporárias, que possibilitaram 
a passagem da ordem constitucional anterior para a atual. 
Sua função central, pois, é harmonizar as pendências da ordem anterior 
com a nova ordem. 
Nesse sentido, válido dizer que suas normas possuem o mesmo grau de 
positividade jurídica das normas centrais da Constituição. A natureza jurídica é 
a mesma. Não por outro motivo, o ADCT pode inclusive estabelecer exceções 
às normas centrais da CF/88. 
 
Esquematicamente, e desconsiderando as subdivisões dos Títulos, temos 
a seguinte anatomia constitucional: 
PREÂMBULO 
 
TÍTULO I – Dos Princípios Fundamentais (art. 1º a 4º) 
TÍTULO II– Dos Direitos e Garantias Fundamentais (art. 5º a 
17) 
TÍTULO III – Da Organização do Estado (art. 18 a 43) 
TÍTULO IV – Da Organização dos Poderes (art. 44 a 135) 
TÍTULO V – Da Defesa do Estado e das Instituições 
Democráticas (art. 136 a 144) 
TÍTULO VI – Da Tributação e Orçamento (art. 145 a 169) 
TÍTULO VII – Da Ordem Econômica e Financeira (art. 170 a 
192) 
TÍTULO VIII – Da Ordem Social (art. 193 a 232) 
TÍTULO IX – Das Disposições Constitucionais Gerais (art. 233 
a 250) 
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS 
TRANSITÓRIAS (art. 1º a 97) 
Natureza 
político-
ideológica 
 
N
a
tu
re
z
a
 j
u
rí
d
ic
a
 
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Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
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O texto constitucional sofreu diversas alterações desde sua promulgação. 
Modificações estas, fruto dos poderes constituintes derivados de revisão 
(esgotado) e de reforma, conceitos a serem abordados mais adiante. Além 
disso, embora não promova mudança físico-formal da Carta Magna, destaque-
se o fenômeno da mutação constitucional, conferindo-lhe novos sentidos 
interpretativos. 
 
Podemos analisar a Constituição sob mais um aspecto. Na lição de José 
Afonso da Silva, de acordo com sua finalidade e estrutura normativa, as normas 
constitucionais podem ser agrupadas em cinco categorias, ou elementos 
constitucionais. 
 
 
 
 
 
O Estado é instituição organizada, política, social e juridicamente, que 
ocupa um território definido e é regida por uma lei maior, usualmente na forma 
E
L
E
M
E
N
T
O
S
 
C
O
N
S
T
I
T
U
C
I
O
N
A
I
S
Elementos 
orgânicos
Contidos nas normas que regulam a estrutura do Estado e 
dos Poderes e o sistema de governo. Na Constituição de 
1988, concentram-se nos Títulos III (Da Organização do 
Estado), IV (Da Organização dos Poderes e do Sistema de 
Governo), Capítulos II e III do Título V (Das Forças Armadas e 
da Segurança Pública) e VI (Da Tributação e do Orçamento)
Elementos 
limitativos
Contidos nas normas relativas aos direitos e garantias 
fundamentais: direitos e garantias individuais, direitos de 
nacionalidade, direitos políticos e democráticos. Concentram-se 
no Título II (Dos Direitos e Garantias Fundamentais), 
excetuando-se o Capítulo II (Direitos Sociais)
Elementos 
sócio-
ideológicos
Contidos nas normas que traduzem o compromisso de 
cunho intervencionista do Estado Social Democrático . 
Concentram-se no Capítulo II do Título II e nos Títulos VII (Da 
Ordem Econômica e Financeira) e VIII (Da Ordem Social)
Elementos de 
estabilização 
constitucional
Contidos nas normas destinadas a garantir a solução de 
conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do 
Estado e das instituições democráticas. Representam 
instrumentos de defesa do Estado e da paz social. Concentram-
se no art. 102, I, “a” (ação de inconstitucionalidade); arts. 34 a 
36 (Da Intervenção); arts. 59, I, e 60 (Processos de emendas à 
Constituição); arts. 102 e 103 (Jurisdição constitucional); Título 
V (Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas, 
especialmente o Capítulo I, que trata do estado de defesa e do 
estado de sítio, uma vez que os Capítulos II e III do Título V 
tipificam-se como elementos orgânicos)
Elementos 
formais de 
aplicabilidade
Contidos nas normas que traduzem regras de aplicação da 
Constituição. Concentram-se no preâmbulo (embora este não 
tenha força normativa por si só), no ADCT e no art. 5º, § 1º, 
que estabelece que as normas definidoras dos direitos e 
garantias fundamentais têm aplicação imediata.
2- Aspectos básicos de Teoria do Estado 
 
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de Constituição. Ademais, é dirigido por um governo soberano, reconhecido 
interna e externamente ao território e responsável pela organização e controle 
social, uma vez que detém a competência legítima do uso da força e da coerção. 
Temos aqui três elementos centrais: povo (elemento humano), 
território (base física) e governo (elemento político condutor). 
 
 
 
 No nosso Estado, “todo o poder emana do povo” (CF/88, art. 1º, 
parágrafo único). No entanto, tal poder é “dividido” (temos então, não mais um 
único poder, mas Poderes) e manifestado por meio de diferentes funções, ou 
seja, “especializações” do agir do Estado. 
 Temos a denominada teoria da tripartição de Poderes, herdada de 
Montesquieu, em sua obra “O Espírito das Leis”, tipicamente identificados como 
Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário. 
 
Poder Funções típicas Funções atípicas 
 
 
 
Executivo 
1- Provimento 
direto de bens e 
serviços públicos, 
executando atos de 
administração, 
chefia de Estado e 
de governo 
- Legislar: por exemplo, na edição de 
medidas provisórias (art. 62) e leis 
delegadas (art. 68) 
- Julgar: por exemplo, instaurando, 
inquirindo e julgando processos 
administrativos disciplinares (em âmbito 
federal, lei 8.112/90, art. 151) 
 
 
 
Legislativo 
 
1- Elaboração de 
leis 
2 - Fiscalização 
contábil, 
financeira, 
orçamentária, 
operacional e 
patrimonial do 
Poder Executivo 
- Executar: por exemplo, ao dispor 
sobre sua organização, funcionamento, 
funções de serviços e criação de cargos 
(art. 51, IV e art. 52, XIII) 
- Julgar: por exemplo, a Câmara dos 
Deputados autoriza (art. 51, I) e o 
Senado Federal julga o Presidente e 
outros agentes políticos nos crimes de 
responsabilidade(art. 52, I) 
Elementos do 
Estado
Povo Governo Território
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Judiciário 
 
 
1- Instituir a coisa 
julgada com base 
na aplicação da 
legislação 
- Executar: por exemplo, os tribunais 
organizam suas secretarias e serviços 
auxiliares, proveem cargos necessários à 
administração da Justiça, concedem 
férias, licenças e outros afastamentos a 
seus membros (art. 96, I) 
- Legislar: por exemplo, os tribunais 
elaboram seus regimentos internos (art. 
96, I, “a”) 
 
 Vejamos ainda mais algumas classificações importantes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos 
de teoria 
do Estado
Formas de Estado
Estado unitário
Federação
Simétrica ou 
assimétrica
Cooperativa 
ou dual
Por agregação 
ou 
desagregaçãoFormas de 
Governo
Monarquia
República
Sistemas de 
Governo
Parlamentarismo
Presidencialismo
Regimes de 
Governo
Democrático
Autoritário
Totalitário
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Conceitos de Constituição 
 Podemos identificar na doutrina três conceitos mais destacados de 
Constituição. 
São diferentes sentidos sob as quais tal termo pode ser compreendido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Político
Principal expoente: Carl Schimtt
Constituição é a decisão política fundamental (as 
normas que estruturam a base da sociedade). As demais 
normas, ainda que inscritas no mesmo documento, 
seriam somente leis constitucionais.
Teoria Decisionista - só é constitucional o que organiza 
o Estado ou limita o seu poder. 
Se preocupa com o conteúdo (conceito material das 
normas) e não com a forma.
Sociológico
Principal expoente: Ferdinand Lassale
Constituição é o somatório das forças sociais 
(fatores reais) que compoem o poder dentro da 
sociedade. 
Admite-se a existência de uma Constituição 
independente de um documento escrito. Inclusive, em 
último caso, o Estado pode ter duas Constituições, uma 
que é a folha de papel e outra que é a "real".
Jurídico
Principal expoente: Hans Kelsen
Constituição como norma logíco-jurídica: é a norma 
hipotética fundamental.
Constituição como norma jurídico-positiva: é a norma 
que fundamenta a existência das demais e lhes serve de 
referência.
3- Teoria da Constituição 
 
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Regras formalmente constitucionais x materialmente constitucionais 
 
 
Destaque-se: o Brasil adota o critério formal na identificação da 
constitucionalidade de suas normas! 
 
Tipos de Constituição 
Não há tipologia mais ou menos acertada. As diferentes classificações 
dizem apenas com perspectivas a partir das quais a Constituição (para fins 
didáticos, entenda-se o termo aqui em seu sentido jurídico) é visualizada. 
 
Quanto à origem 
 
 
REGRAS MATERIALMENTE
CONSTITUCIONAIS
• Fator distintivo: qual a qualidade do
conteúdo da regra?
• É materialmente constitucional a
regra que versa sobre aspecto
nuclear da sociedade em seu
modus operandi jurídico-positivo
(forma de Estado, forma de
governo, sistema de governo,
divisão de Poderes etc.).
• Tal critério admite a existência de
regras constitucionais fora da carta
constitucional.
REGRAS FORMALMENTE
CONSTITUCIONAIS
• Fator distintivo: qual procedimento
legislativo de introdução da regra
no ordenamento jurídico?
• É formalmente constitucional a
regra existente por simples
manifestação do poder constituinte
(originário, revisor ou reformador),
independentemente do seu teor.
• Tal critério admite como
constitucionais regras indiferentes
ao funcionamento estrutural da
sociedade (ex.: CF/88, art. 242,
§2º, que trata do Colégio Pedro II).
Outorgadas
Instituídas unilateralmente pelo agente ou classe política 
dirigente num movimento de auto contenção/restrição. 
Não obtiveram legitimidade por parte do povo. 
Ex.: No Brasil, as de 1824, 1937 e 1967.
Promulgadas
Instituídas pela via democrática, resultantes de uma 
Assembleia Nacional Constituinte eleita e, portanto, 
legitimada por parte do povo.
Ex.: No Brasil, as de 1891, 1934, 1946 e 1988.
Cesaristas
Semelhantes às outorgadas. No entanto, 
referendadas/ratificadas (ação a posteriori) pelo povo. 
Pactuadas
Se originam do compromisso (instável) de duas forças 
políticas rivais ou antagônicas. Surgem como tentativa 
institucional de equilibrar essa relação. 
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Quanto à forma 
 
 
Quanto à extensão 
 
 
Quanto ao conteúdo 
 
 
Quanto ao modo de elaboração 
 
Escritas
Materializadas num documento escrito e único. 
Ex.: No Brasil, a de 1988.
Não escritas 
(costumeiras)
Materializadas em textos legais diversos e 
esparsos, além de se fazerem presentes por meio 
das convenções sociais, costumes, 
jurisprudência etc. 
Ex.: A Constituição da Inglaterra.
Sintéticas
(concisas, sumárias, 
sucintas)
Consubstanciam princípios fundamentais e 
estruturais do Estado, pouco ou nada versando
sobre pormenores. Tendem a ser mais duradouras 
e estáveis. Ex.: A Constituição norte-america e a 
brasileira de 1981.
Analíticas
(amplas, extensas, 
volumosas)
Consubstanciam, além de elementos estruturantes, 
diversas minúcias de índole não essencial ao 
funcionamento e à organização do Estado. Ex.: No 
Brasil, a de 1988 (vide art. 242, §2º).
Materialmente 
constitucionais
Textos legais que contém as normas essenciais ao 
funcionamento e à organização do Estado. O elemento 
distintivo é o conteúdo normativo e não necessariamente a 
existência de uma Constituição escrita ou outros fatores de 
natureza formal. Ex.: No Brasil, a de 1824.
Formalmente 
constitucionais
Elemento distintivo é o processo de formação da norma 
e sua inserção no mundo jurídico por um órgão 
constituinte (originário ou derivado), 
independentemente de seu teor. Ex.: No Brasil, a de 
1988.
Dogmáticas
Constituições escritas que são elaboradas racional e 
sistematicamente por um órgão constituinte, a partir de 
ideologias e dogmas previamente concebidos. Ex.: No 
Brasil, a de 1988.
Históricas
Constituições (escritas ou não) elaboradas gradativamente 
como reflexo imediato das características peculiares do 
povo do Estado e sua dinâmica ao longo do tempo. Ex.: A 
Constituição da Inglaterra
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Quanto à alterabilidade 
 
 
Quanto à dogmática 
 
 
Quanto à correspondência com a realidade (ontologia) 
 
 
Imutáveis 
(permanentes)
Pretensamente eternas. Desconsideram a evolução da 
sociedade a qual pretendem normatizar.
Super rígidas
Parcialmente imodificáveis pelo poder constituinte derivado. 
O que as caracteriza é a existência de um núcleo de 
matérias impossível de ser modificado (suprimido). 
Ex.: Para alguns autores, no Brasil, a de 1988 (vide as 
cláusulas pétreas).
Rígidas
Processo de modificação requer um rito legislativo 
mais solene e moroso. Ex.: No Brasil, a de 1988 (vide 
processo legislativo – art. 60 – de emenda à Carta Magna).
Semi rígidas
Suas normas podem ser alteradas, em parte pelo processo 
legislativo comum e em parte, por processo especial, de 
emendamento à Constituição.
Flexíveis 
(plásticas)Processo de modificação se assemelha àquele das leis 
infraconstitucionais (notadamente, medidas provisórias, 
leis ordinárias, leis complementares e leis delegadas).
Ortodoxas
Constituições formadas por basicamente uma única corrente 
ideológica. Ex.: A Constituição soviética de 1977
Ecléticas
Constituições formadas por diversas correntes ideológicas. 
Ex.: A brasileira de 1988.
Normativas 
Constituições que, de fato, disciplinam o agir do Estado e 
estabelecem em seu sistema estrutural elevada 
correspondência com a realidade social e política. Ex.: 
A brasileira de 1988 é (ou para alguns autores, ‘pretende 
ser’) normativa. 
Nominalistas
Constituições que tentam estabelecer critérios 
limitadores ao poder político, porém não logram êxito. 
Estabelecem em seu sistema estrutural média 
correspondência com a realidade social e política.
Semânticas
Constituições que apenas visam a legitimar as ações dos 
agentes ou classes políticas dominantes. Estabelecem 
em seu sistema estrutural baixa correspondência com a 
realidade social e política.
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Quanto ao sistema 
 
 
Quanto à origem de sua decretação 
 
Quanto à finalidade 
 
 
A Constituição Federal brasileira de 1988 
TIPOLOGIA CF/88 
Origem Promulgada 
Forma Escrita 
Extensão Analítica 
Conteúdo Formalmente constitucional 
Modo de elaboração Dogmática 
Alterabilidade Super rígida / Rígida 
Principiológicas
Constituições em que predominam princípios. Ex.: 
A brasileira de 1988.
Preceituais Constituições em que predominam regras.
Heterônomas
Constituições decretadas por outro Estado ou 
organismo internacional. Ex.: A Constituição 
japonesa de 1946.
Autônomas
Constituições decretadas pelo próprio Estado que 
por ela será regido. Ex.: Todas as Constituições 
brasileiras.
Garantia 
(liberais ou 
negativas)
Constituições que visam a garantir a proteção dos 
direitos civis e políticos dos cidadãos em face à 
potencial arbitrariedade do Estado, numa típica 
atuação negativa deste. Marcam a passagem de um 
Estado autoritário para um Estado de Direito.
Balanço
Constituições que consubstanciam princípios socialistas. 
Marcam a passagem de um Estado de Direito para um 
Estado Democrático de Direito.
Dirigentes 
(sociais ou 
positivas)
Constituições que estabelecem uma diretiva ou projeto 
de Estado, numa típica atuação positiva deste.
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Dogmática Eclética 
Correspondência com a 
realidade (ontologia) 
Pretende ser normativa 
Sistema Principiológica 
Origem de sua decretação Autônoma 
Finalidade Dirigente 
 
 
 
 Uma vez que a Constituição irradia o fundamento de validade do nosso 
ordenamento jurídico, é de nuclear importância o trabalho de adequada 
interpretação do seu texto. 
 Esse trabalho é viabilizado por meio dos seguintes métodos e 
princípios, estudados e sistematizados pela ciência da interpretação 
(hermenêutica): 
 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO 
Normativo Estruturante Unidade da Constituição 
Científico Espiritual Concordância Prática ou 
Harmonização 
Hermenêutico Concretizador Efeito Integrador 
Jurídico Justeza ou Conformidade Funcional 
Tópico Problemático Força Normativa da Constituição 
Máxima Efetividade 
Proporcionalidade e Razoabilidade 
 
Métodos de interpretação constitucional 
 
JURÍDICO 
(HERMENÊUTICO 
CLÁSSICO)
"Interpretar a Constituição é interpretar uma lei".
Para tanto, o sentido desta deve ser buscado a partir
dos elementos:
(i) gramatical/textual - análise literal das normas;
(ii) lógico/sistemático - análise da lógica entre as
normas do sistema;
(iii) histórico - análise da evolução das normas e do
contexto em que estão inseridas;
(iv) teleológico - análise da finalidade das normas;
(v) genético - análise da origem dos conceitos
normativos.
4- Interpretação constitucional 
 
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Princípios de interpretação constitucional 
 
 
CIENTÍFICO-
ESPIRITUAL
Este método considera que a tarefa de interpretação
constitucional deve considerar:
(i) os sistemas de valores subjacentes ao texto
constitucional;
(ii) o sentido social e a realidade evolutiva da Lei
Maior.
TÓPICO-
PROBLEMÁTICO
Método caracterizado pelo caráter prático da
interpretação.
Sentido interpretativo:
CASO CONCRETO →NORMA
(mais específico para o mais geral)
HERMENÊUTICO-
CONCRETIZADOR
Método caracterizado pelo grande peso das pré-
compreensões do intérprete e de sua mediação
entre a norma e o caso concreto.
Sentido interpretativo:
NORMA (pré-compreendida) → CASO CONCRETO
(mais geral para o mais específico)
NORMATIVO-
ESTRUTURANTE
Método caracterizado pela compreensão de que o
texo da norma positivada é apenas a ponta do
iceberg normativo. O interpréte (legislador,
administrador, julgador) deverá captar a realidade
social e concretizar uma aplicação prática das
normas.
COMPARAÇÃO 
CONSTITUCIONAL
Método caracterizado por se valer da confrontação
de diversas Constituições, seja no âmbito
externo (Constituições de outros países), seja no
âmbito interno (histórico de Constituições do País).
UNIDADE DA 
CONSTITUIÇÃO
A Constituição deve ser interpretada como um
todo harmônico. Os conflitos entre normas (vide
choque de princípios e choque de regras) são
apenas aparentes e devem ser sanados de modo a
evitar a existência persistente de contradições.
EFEITO 
INTEGRADOR
Princípio complementar ao supracitado. Implica em
interpretar a Constituição adotando os critérios e
resoluções que contribuam para maior
integração e coesão política e social.
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Princípio da interpretação das leis em conformidade com a Constituição 
(interpretação conforme) 
Este princípio (para alguns é um método) é aplicado nos casos em que 
a interpretação de uma mesma norma pode produzir significados 
diversos (normas polissêmicas). O intuito é conduzir a interpretação desta 
ao sentido mais compatível com o texto constitucional, afastando-a dos 
vieses inconstitucionais e conservando-a no sistema normativo. 
Ou seja, sempre que uma norma jurídica comportar mais de um 
significado possível, deve o intérprete optar por aquele que melhor realize o 
espírito da Constituição, rejeitando as exegeses (entendimentos, 
interpretações) contrárias aos preceitos constitucionais. 
MÁXIMA 
EFETIVIDADE
É um princípio que visa a atribuir às normas
constitucionais a maior eficácia possível,
extraindo o máximo de seus efeitos potenciais.
Especialmente aplicável quando da interpretação dos
direitos e garantias fundamentais.
JUSTEZA/ 
CONFORMIDADE 
FUNCIONAL
É um princípio que visa a evitar que o intérprete
constitucional fragilize e subverta a estrutura
organizativa estabelecida pelo poder
constituinte. Especialmente aplicável nos momentos
de crise institucional e conflito aparente de
competências.
CONCORDÂNCIA 
PRÁTICA / 
HARMONIZAÇÃO
Havendo conflito aparente de normas
(especialmente princípios), a solução deve ser
buscada de modo a evitar o sacrifício total de um
deles. Especialmente aplicável em relação aos
direitos fundamentais, por exemplo, quando a
liberdade de ação/expressão de um indivíduo entra
em choque com a de outro ouda coletividade.
FORÇA 
NORMATIVA
Princípio idealizado por Konrad Hesse, estatui que o
ânimo da Constituição deve ser o de materializar e
cristalizar no mundo real a razão normativa que
lhe é própria, de tal modo que a consciência sócio-
política e jurídica da sociedade seja moldada (e,
reciprocamente, molde) a Constituição enquanto
sistema de referência.
PROPORCIONALIDADE 
/ RAZOABILIDADE
Princípio que condiciona o plano jurídico-
positivo, conduzindo ideais como equidade,
ponderação, justiça, moderação. Pode ser
destrinchado em três elementos:
Adequação (eficácia do meio)
Necessidade (escolha do melhor meio)
Proporcionalidade estrita (equilíbrio entre
meios e fins)
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A interpretação conforme não é utilizável quando a norma 
impugnada admite sentido unívoco. 
 
Esta técnica pode ser com redução de texto ou sem redução de texto. 
 
Atente-se para o fato de que tal princípio apresenta alguns limites: 
(i) o intérprete não pode ignorar ou corromper o texto literal e o 
significado mais plausível da norma; 
(ii) o intérprete não pode estender a interpretação para além dos limites 
do conteúdo legal, atuando como legislador. 
 
 
 
 
O poder constituinte originário é uma força pré-jurídica, social e 
política, um poder de fato, de 1º grau, que, conforme expõem Mendes e Branco 
(2010), é consciente de si e disciplina as bases da convivência na comunidade 
política. 
 Dele deriva o poder constituinte derivado (revisor, decorrente ou 
reformador), verdadeira força pós-jurídica (uma vez que nasce do Direito já 
estruturalmente constituído, e não antes dele), de 2º grau. 
 Ao lado desses dois poderes, traremos à análise mais um “poder”, qual 
seja, o poder constituinte difuso. 
 
 
Poder Constituinte
Originário Derivado
Revisor (esgotado)
Decorrente (CE dos Estados e LO do DF)
Reformador (Emendas à Constituição)
Difuso (mutação)
5- Poder constituinte: emenda, reforma e revisão constitucional 
 
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Poder constituinte originário 
É aquele que pode estabelecer uma nova ordem jurídica constitucional. 
Assim, pode modificar todo o ordenamento jurídico do Estado em sua essência, 
rompendo com a ordem anterior. 
 
Alguns autores fazem ainda a seguinte distinção: 
Poder Constituinte Originário Histórico: é aquele que estabelece a primeira 
Constituição do Estado, que o estrutura pela primeira vez. 
Poder Constituinte Originário Revolucionário: é todo aquele posterior ao 
poder originário histórico. Por exemplo, o poder originário que deu origem à 
Constituição de 1988. 
 
 Temos como características centrais desse poder: 
 
 
 
A ilimitação do poder originário deve ser vista de forma relativizada. 
Com efeito, do ponto de vista jurídico, no processo de elaboração da 
Constituição o poder originário inaugura um novo ordenamento jurídico, não se 
subordinando a qualquer norma jurídica do ordenamento anterior. 
Todavia, do ponto de vista político e social, o poder originário encontra 
limitações nos valores e regras não jurídicas da sociedade na qual se insere. 
Conforme apresentam Mendes e Branco (2010), “se o poder constituinte 
é a expressão da vontade política da nação, não pode ser entendido sem a 
O poder 
constituinte 
originário
(de 1º grau) é:
Inicial  precede a ordem jurídica. O Direito do Estado 
começa a partir dele e não antes.
Ilimitado  O Direito porventura anterior (conjunto 
normativo do Estado anterior) não lhe serve de molde. 
É livre para criar e inovar o ordenamento. 
OBS.: por outro lado, valores suprapositivos (religiosos 
e éticos, por exemplo) que inspiram a nação, 
certamente lhe servem como parâmetro1.
Incondicionado  é um poder político, uma força 
social pré-jurídica.
Permanente  não se esgota após editada e outorgada 
ou promulgada a Constituição. Pelo contrário, é latente 
ao longo da existência do Estado.
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referência aos valores éticos, religiosos, culturais que informam essa mesma 
nação e que motivam as suas ações”. 
Por esse motivo, se os representantes do poder constituinte originário 
hostilizarem os valores sociais dominantes, podem não ser reconhecidos como 
manifestação de tal poder. 
 
 
Abrimos um breve parêntese para expor rapidamente os tópicos a seguir, 
correlatos ao nosso tema central. 
 
a) Recepção 
 A pergunta inevitável é: o advento de uma Constituição implica na 
revogação de todas as normas infraconstitucionais (hierarquicamente, abaixo 
da Constituição, como as leis ordinárias e complementares, decretos e leis 
delegadas) da ordem anterior? 
Não necessariamente. 
 
 Nessa situação, podemos ter dois casos: 
 
 A norma recepcionada pode, inclusive, adquirir novo status! Por exemplo, 
se foi editada com quórum de lei ordinária, versando sobre tema que a 
Constituição atual reserva à lei complementar, ela será recepcionada com status 
de lei complementar! 
 Vale destacar também que a recepção pode ser parcial. 
 
Norma infraconstitucional
Compatível com a 
nova Constituição?
Será recepcionada (explícita ou 
tacitamente, total ou 
parcialmente)
Incompatível com a 
nova Constituição?
Será revogada por ausência 
de recepção
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Por fim, a recepção se dá de diferentes formas de acordo com o que está 
sendo recepcionado: 
Recepção de norma com status infraconstitucional  Pode ser tácita. 
Recepção de norma com status constitucional  Deve ser expressa. 
 
Vejamos os requisitos para que a norma seja recepcionada. 
 
 
b) Repristinação (e efeito repristinatório) 
 Imagine-se o seguinte esquema: 
 
Pois bem. O Brasil adotou como regra a impossibilidade da 
repristinação, que seria a restauração de norma revogada (norma da 
Constituição A) pelo fato da norma revogadora (norma da Constituição B) ter 
perdido a vigência, exceto se a nova Carta assim dispuser (o poder 
constituinte originário é ilimitado, estabelece o que quiser). 
 
Por outro lado, o efeito repristinatório é um fenômeno observado no 
controle de constitucionalidade. Ilustremos: 
Requisitos para 
recepção da norma:
necessidade de que ela seja constitucional no 
ordenamento anterior
apresentar compatibilidade formal e material 
com a Constituição em que fora editada
necessidade de que ela esteja em vigor quando da 
superveniência da nova Constituição
apresentar compatibilidade material com a 
Constituição em que é recepcionada
Constituição A
Norma X
Constituição B
(revoga efetivamente
toda a Constituição A)
Constituição C
(Norma X é 
compatível e poderia 
ser recepcionada)
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Observe-se que a revogação é somente aparente. 
A norma B sendo declarada inconstitucional será considerada nula desde 
a origem (salvo modulação dos efeitos da decisão) e seus efeitos, inexistentes. 
 
c) Desconstitucionalização 
 
A desconstitucionalização seria o fenômeno por meio do qual as normas 
constitucionais da Constituição anterior,compatíveis com a nova Constituição, 
seriam por ela recepcionadas. Contudo, tais normas seriam “rebaixadas” à 
categoria de leis infraconstitucionais (leis comuns que compõe o ordenamento, 
hierarquicamente abaixo da Constituição). 
 
 Pois bem. 
 A menos que haja disposição expressa da nova Constituição 
vigente, tal fenômeno não ocorrerá de forma automática. 
 O único modo de ocorrer tal desconstitucionalização seria por previsão do 
poder constituinte originário, que é ilimitado e incondicionado. 
 
 
Poder constituinte derivado 
 Suas características são: 
Norma A
Norma B
(revoga aparentemente
a Norma A)
Norma B é declarada 
inconstitucional e a 
Norma A "recupera" 
sua vigência
Constituição A
Norma X (status de 
norma constitucional)
Constituição B
(não revoga a norma 
X)
Constituição B
Norma X (status de 
norma 
infraconstitucional)
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Poder constituinte derivado revisor 
 Quando da promulgação da Carta Magna de 1988, assim dispôs o ADCT: 
Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados 
da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos 
membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral. 
 
Atualmente, a eficácia de tal poder encontra-se exaurida, ou seja, 
não pode mais ser usada a revisão constitucional nos termos acima. 
 
Poder constituinte derivado reformador 
 É o poder que se manifesta por meio das emendas à Constituição. 
O rito processual encontra-se disposto no art. 60 da CF/88, o qual 
reveremos mais adiante com detalhes. 
 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou 
do Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da 
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de 
seus membros. 
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de 
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. 
§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em 
ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
O poder 
constituinte 
derivado
(de 2º grau) é:
Constituído  criado pelo poder constituinte 
originário.
Limitado  deve observância aos critérios materiais, 
formais, temporais elencados pelo poder de 1º grau.
Condicionado  sua manifestação é limitada aos ritos 
processuais delineados pelo poder originário.
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§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a 
abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida 
por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão 
legislativa. 
 
Poder constituinte derivado decorrente 
 É o poder que se manifesta na elaboração das Constituições Estaduais 
e da Lei Orgânica do Distrito Federal. 
 
 
As Leis Orgânicas dos Municípios não são fruto do poder constituinte 
derivado decorrente. Seu fundamento imediato de validade são as Constituições 
Estaduais e não a Constituição Federal. Representam, assim, um poder de 
terceiro grau. 
 Esse é o entendimento doutrinário e jurisprudencial majoritário. 
 
 
Poder constituinte difuso 
 Este é o poder que se manifesta no fenômeno das mutações 
constitucionais. 
 Diferentemente dos poderes revisor e reformador (mutação formal), 
aqui observamos uma mutação informal. Não há mudança na literalidade do 
texto, mas sim no seu sentido interpretativo. 
O caráter aberto de muitos dos conceitos presentes nos dispositivos 
constitucionais (por exemplo, “função social da propriedade”, “limites da 
atividade econômica”, intervenção do Estado nas famílias etc.), muitas vezes 
assim deixados intencionalmente pelo constituinte, favorece uma interpretação 
constantemente atualizadora, capaz de produzir, por vezes, uma mutação 
constitucional difusa, informal. 
 
 
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Vamos agora treinar. 
 
1- (CESPE / STJ – Conhecimentos Básicos / 2015) 
Julgue o item subsecutivo, acerca da República Federativa do Brasil. 
A Constituição é instituto multifuncional que engloba entre seus objetivos a 
limitação do poder e a conformação e legitimação da ordem política. 
Resolução: Correto. A Constituição é a lei máxima do Estado e tem como 
alguns de seus objetivos limitar os poderes do próprio Estado e dos particulares 
e estabelecer as diretrizes da ordem política. 
 
2- (CESPE / Defensor Público Federal – DPU / 2017) 
A respeito da evolução histórica do constitucionalismo no Brasil, das concepções 
e teorias sobre a Constituição e do sistema constitucional brasileiro, julgue o 
item a seguir. 
A CF goza de supremacia tanto do ponto de vista material quanto do formal. 
Resolução: Correto. 
A supremacia formal é consequência direta da rigidez constitucional. Uma 
vez que as normas constitucionais devem observar um processo legislativo 
próprio, dotado de maior complexidade e rigidez, isso as coloca em um patamar 
especial. 
Por seu turno, a supremacia material diz com o conteúdo das normas 
constitucionais. Uma vez que o conteúdo do texto constitucional trata de 
matérias basilares em relação à organização do Estado, ela é materialmente 
superior a todas as demais normas do ordenamento jurídico. 
 
3- (FGV / Estágio Forense do MPE – RJ / 2014 / 
Adaptada) Julgue o item a seguir: 
O sistema jurídico brasileiro adota o princípio da supremacia constitucional. 
Segundo os juristas pátrios e, principalmente, a jurisprudência do STF, o 
referido princípio informa-nos que o intérprete deve ter em conta que as normas 
constitucionais encontram-se posicionadas no topo do ordenamento jurídico e 
configuram o fundamento de validade de todas as demais normas do sistema 
que estejam em posição hierárquica inferior. 
6- Questões Comentadas 
 
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Resolução: Correto. O princípio da Supremacia da Constituição postula que a 
Lei Fundamental (Constituição) do Estado se encontra na parte mais elevada do 
ordenamento jurídico, de modo que nenhuma norma pode contrariar suas 
disposições normativas. Este princípio orienta toda interpretação da 
Constituição, lei fundamental do Estado, que não pode ser contrariada por 
nenhuma outra norma. 
 
4- (CESPE / Defensor Público Estadual da DPE – RN / 
2015 / Adaptada) O preâmbulo da CF possui caráter dispositivo. 
Resolução: Errado! 
Vejamos o que dispõe o preâmbulo constitucional: 
PREÂMBULO 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional 
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o 
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiçacomo valores supremos de 
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia 
social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica 
das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
 
Como já vimos, o STF adotou, expressamente, a tese da irrelevância 
jurídica. 
Por exemplo, sendo instado a examinar se a invocação da “proteção de 
Deus” seria ou não norma de reprodução obrigatória pelas Constituições 
Estaduais (CE) e Leis Orgânicas (LO) do Distrito Federal e dos Municípios, o STF 
se manifestou contrário a um discutível caráter normativo do 
preâmbulo da CF/88 (ADI 2.076/AC). Ou seja, as CE e LO não precisam 
invocar a “proteção de Deus”. 
 
5- (FCC / Procurador do Ministério Público de Contas 
junto ao TCM – GO / 2014) Não integram a Constituição formal brasileira os 
comandos expressos: 
a) nas normas isoladas de emendas constitucionais. 
b) nos tratados de direitos humanos aprovados, em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros. 
c) no corpo permanente da Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988. 
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d) no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 
e) nas súmulas vinculantes editadas pelo Supremo Tribunal Federal. 
Resolução: Alternativa E. As súmulas vinculantes (elementos que estudaremos 
ao tratarmos do Poder Judiciário) são interpretações pacificadas pelo Supremo 
Tribunal Federal, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços 
dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional e que 
têm efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à 
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e 
municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma 
estabelecida em lei. 
 Muito embora tenham por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia 
de normas, inclusive constitucionais, acerca das quais haja controvérsia atual 
entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete 
grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão 
idêntica, elas não integram o texto constitucional e tampouco têm a força 
normativa das normas editadas pelo poder constituinte originário. 
 
6- (CESPE / Delegado de Polícia da PC – TO / 2008) 
Os elementos orgânicos que compõem a Constituição dizem respeito às normas 
que regulam a estrutura do Estado e do poder, fixando o sistema de 
competência dos órgãos, instituições e autoridades públicas. 
Resolução: Correto. 
Basta recordar que os elementos orgânicos são aqueles que compõem a 
regulação da organização e funcionamento do Estado. 
 
7- (IBFC / Gestor de Transportes e Obras SEPLAG – 
MG / 2014) Considerando as categorias de elementos que definem o conteúdo 
das Constituições, pode-se afirmar que as disposições constitucionais 
transitórias são elementos: 
a) Limitativos. 
b) Socioideológicos. 
c) Orgânicos. 
d) Formais de aplicabilidade. 
Resolução: Alternativa D. O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias é 
uma parte das normas constitucionais que contém regras de transição do 
regime constitucional anterior (1969) para o atual regime (1988), assim, se 
caracteriza como formal de aplicabilidade. 
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8- (CESPE / Analista Técnico Administrativo do 
MPOG / 2015) A respeito das noções de Estado, governo e administração 
pública, julgue o item a seguir. 
Povo, território e governo compõem os três elementos constitutivos do conceito 
de Estado. 
Resolução: Correto. São, respectivamente, o componente humano do Estado, 
a base física do Estado e o elemento condutor do Estado 
Advirta-se que povo não é sinônimo de população. Povo é a parcela 
da população vinculada política e juridicamente ao Estado. 
 
9- (FCC / Técnico Judiciário do TRE SP / Área 
Administrativa / 2012) O mecanismo pelo qual os Ministros do Supremo 
Tribunal Federal são nomeados pelo Presidente da República, após aprovação 
da escolha pelo Senado Federal, decorre do princípio constitucional da: 
a) separação de poderes. 
b) soberania. 
c) cidadania. 
d) inafastabilidade do Poder Judiciário. 
e) solução pacífica dos conflitos. 
Resolução: Alternativa A. Perceba-se que o mecanismo de freios e contrapesos 
advém do princípio da separação de poderes expresso no art. 2º da CF/88. Os 
demais itens caracterizam princípios fundamentais, coordenando fundamentos 
(soberania e cidadania), princípios do Estado referentes a regras processuais 
(inafastabilidade do Poder Judiciário) e princípios nas relações em âmbito 
internacional (solução pacífica dos conflitos) e serão tratados posteriormente. 
 
10- (CESPE / Polícia Rodoviária Federal / 2013) No 
que se refere aos princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF) 
e à aplicabilidade das normas constitucionais, julgue o item a seguir. 
Decorre do princípio constitucional fundamental da independência e harmonia 
entre os poderes a impossibilidade de que um poder exerça função típica de 
outro, não podendo, por exemplo, o Poder Judiciário exercer a função 
administrativa. 
Resolução: Errado. A independência dos Poderes não se confunde com a 
completa segregação destes. Muito pelo contrário. No Brasil, a separação entre 
Executivo, Legislativo e Judiciário se dá de forma abrandada. Disso deriva a 
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possibilidade de que, além de suas funções típicas, cada qual exerça funções 
atípicas correlatas aos demais. 
 
11- (FCC / Juiz do Trabalho Substituto do TRT da 1ª 
Região / 2016) Foi um dos princípios extraídos de Montesquieu, em sua obra 
O Espírito das Leis, mais especificamente no capítulo sobre a Constituição da 
Inglaterra, que se acha expresso na Constituição de 1988 e que é considerado 
cláusula pétrea: 
a) A autonomia dos Estados da Federação. 
b) Autonomia do Poder Judiciário. 
c) A Federação. 
d) A soberania popular. 
e) A separação dos Poderes. 
Resolução: Alternativa E. O pensamento de Montesquieu deu a base para que 
a teoria da separação de poderes resultasse na ideia (consensual) de tripartição 
de poderes quando nos referimos ao Estado democrático de direito 
contemporâneo. 
Em nenhum desses Estados, concebidos como democracias, os poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário são vistos sempre como independentes (ou 
interdependentes) e harmônicos entre si. 
Nesse sentido, estabelece nossa Constituição Federal: 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
... 
Art. 60. ... 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a 
abolir: ... 
III - a separação dos Poderes; 
 Muito embora a forma federativa de Estado também seja cláusula pétrea 
(como voltaremos a ver ao tratarmos do Poder Legislativo e do Processo 
Legislativo), ela não é princípio extraído da obra de Montesquieu. 
 
12- (FCC / Procurador da Assembleia Legislativa – SP 
/ 2010) Pela Teoria Geral do Estado, é incorreto afirmar: 
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a) No Estado Unitário, o ente provincial tem, dentre outras, soberania interna 
e externa, competência legislativa própria, capacidade de auto-organização e 
subordinação vinculada. 
b) As formas de Estado levam em consideração a composição geral do Estado, 
a estrutura do poder, sua unidade, distribuição e competências no território do 
Estado. 
c) O Estado Federal é aquele que se divide em províncias politicamente 
autônomas, possuindo duas fontes paralelas de Direito Público, uma Nacional e 
outra Provincial. 
d) Pelo fato de apresentar a centralização política, o Estado Unitário só tem uma 
fonte de Poder, o que não impede a descentralização administrativa. 
e) Dentre as características do Estado Federal, tem-se a constância dos 
princípios fundamentais da Federação e da República, sob as garantias da 
imutabilidade desses princípios, da rigidez Constitucional e do instituto da 
Intervenção Federal. 
Resolução: Alternativa A. Questão de excelente didatismo! 
 O problema da opção “A” é que, no Estado Unitário, todos os poderes 
estão concentrados na mão de um ente central. Deste modo, os demais entes 
(regionais, subnacionais, provençais etc.) são dotados, no máximo, de alguma 
autonomia administrativa, porém não de autonomia para sua auto organização, 
exercício de capacidade legislativa e de auto governo. 
 Ademais, outro ponto a ser observado é que a soberania é atributo 
exclusivo da República Federativa do Brasil. 
 
13- (CESPE / Assistente em Administração da FUB / 
2015) Julgue o item a seguir, a respeito da Constituição Federal de 1988 (CF) 
e dos fundamentos da República Federativa do Brasil. 
De acordo com a CF, o poder emana do povo, mas é dividido em três funções 
— executiva, legislativa e judiciária —, que, bem delimitadas, são impedidas de 
exercer competências umas das outras. 
Resolução: Errado. No Brasil, a tripartição de Poderes se dá de modo que todos 
os Poderes do Estado desempenham funções típicas mas também praticam atos 
que, a rigor, seriam de outro poder (funções atípicas), de modo que um poder 
limita o outro. 
 
14- (FCC / Notário e Registrador – TJ PE / Remoção / 
2013) Em relação à possibilidade de aplicação do conceito de federação 
assimétrica ao Brasil, é correto afirmar: 
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a) A concepção inclui a ideia de simetria de fato entre os componentes da 
federação, como a criação de regiões de desenvolvimento. 
b) O conceito compreende a noção da simetria de direito para corrigir e 
compensar a estrutura da federação, v.g., a fixação de benefícios legais na área 
tributária. 
c) A diferença entre os entes federados no Brasil pode ocorrer tanto na área 
social, como na econômica. 
d) Os elementos da federação assimétrica não são aplicáveis à realidade 
nacional diante da determinação constitucional que a federação é indissolúvel, 
não há permissão a secessão. 
e) A assimetria somente pode ser transitória e pressupõe um tratamento 
desigual para corrigir desigualdades. 
Resolução: Alternativa C. É o conceito de federalismo assimétrico. A própria 
Constituição Federal reconhece a existência de discrepâncias entre as regiões. 
Não por acaso, estatui, por exemplo: 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil: [...] 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades 
sociais e regionais; [...] 
e 
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação 
em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu 
desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. 
 
15- (CESPE / Analista de Infraestrutura – MPOG / 
Área I / 2012) Com relação aos princípios do direito constitucional, julgue o 
item a seguir. 
A Federação brasileira − formada, de acordo com o disposto na CF, pela união 
indissolúvel da União, dos estados-membros, do Distrito Federal e dos 
municípios − é um federalismo do tipo assimétrico, em razão da falta de 
homogeneidade entre os entes federativos. 
Resolução: Correto. O critério da simetria diz com a homogeneidade dos 
fatores econômicos, políticos e socioculturais nos diferentes entes do Estado 
brasileiro. A nossa federação se caracteriza por elevadas disparidades de 
Produto Interno Bruto, renda per capita, oferta e prestação de serviços públicos, 
dentre outros fatores. 
 
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16- (CESPE / Administrador da SUFRAMA / 2014) 
Julgue o item a seguir, acerca da organização político-administrativa do Estado, 
da administração pública e dos servidores públicos. 
De acordo com a CF, as atribuições dos entes federativos são de tal modo 
separadas que caracterizam um federalismo dual, ou seja, cada ente da 
Federação brasileira tem competências distintas, não se podendo falar em 
cooperação entre eles. 
Resolução: Errado. Questão bastante simples. O Brasil é caracterizado por um 
modelo de repartição de competências entre os entes no qual, ao mesmo tempo 
em que se visualizam competências exclusivas e privativas, existe um leque de 
atribuições concorrentes e comuns que demandam expressamente um esforço 
conjunto entre estes, pendente, pois, para um modelo cooperativo. 
 
17- (CESPE / Técnico Administrativo da ANVISA / 
2016) Acerca da CF, julgue o item seguinte. 
O neoconstitucionalismo influenciou a atual CF e promoveu o fortalecimento dos 
direitos fundamentais, notadamente, dos direitos sociais. 
Resolução: Correto. 
Uma vez que o neoconstitucionalismo representa a superação do 
positivismo jurídico e tem como carga valorativa os direitos fundamentais e a 
dignidade da pessoa humana, há forte tendência do ordenamento jurídico 
(tendo por base a Constituição) de concretizar tais direitos, sejam individuais, 
sejam coletivos, como os direitos sociais. 
 Para Lenza (2012), são pontos marcantes do neoconstitucionalismo: 
 
 
C
O
N
S
T
IT
U
IÇ
Ã
O
É o centro do sistema
É norma jurídica dotada de imperatividade e superioridade
Sua carga valorativa é a dignidade da pessoa humana e seus 
direitos fundamentais
Tem eficácia irradiante em relação aos Poderes do Estado e 
diante dos particulares
Deve efetivamente concretizar os valores nela presentes
Deve promover a garantia de condições existenciais 
dignas
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18- (CESPE / Analista Judiciário do STF / Área 
Judiciária / 2008) Acerca da teoria geral da constituição e do Poder 
Constituinte, julgue o item seguinte. 
Considere a seguinte definição, elaborada por Kelsen e reproduzida, com 
adaptações, de José Afonso da Silva (Curso de Direito Constitucional Positivo. 
São Paulo: Atlas, p. 41...). 
A constituição é considerada norma pura. A palavra constituição tem dois 
sentidos: lógico-jurídico e jurídico-positivo. De acordo com o primeiro, 
constituição significa norma fundamental hipotética, cuja função é servir de 
fundamento lógico transcendental da validade da constituição jurídico-positiva, 
que equivale à norma positiva suprema, conjunto de normas que regula a 
criação de outras normas, lei nacional no seu mais alto grau. 
É correto afirmar que essa definição denota um conceito de constituição no seu 
sentido jurídico. 
Resolução: Correto. Vamos rever: 
 
 
19- (CESPE / Analista – INCA / 2010) Julgue o item 
abaixo. 
Para Carl Schmitt, a constituição de um Estado deveriaser a soma dos fatores 
reais de poder que regem a sociedade. Caso isso não ocorra, ele a considera 
como ilegítima, uma simples folha de papel. 
Resolução: Errado. Carl Schmitt foi o principal expoente do sentido de político 
de Constituição, marcado pela distinção entre Constituição e lei constitucional 
 Já a Constituição como a soma dos fatores reais de poder que regem a 
sociedade é conceito de Ferdinand Lassalle, consagrado na obra “A essência da 
Constituição”. 
 Segundo essa visão, em última análise as questões constitucionais são 
questões de poder (e não de direito propriamente dito). Portanto, os fatores 
reais de poder que regem a sociedade podem prevalecer sobre o que está escrito 
no texto constitucional. 
 
 
Jurídico
Principal expoente: Hans Kelsen
Constituição como norma logíco-jurídica: é a norma 
hipotética fundamental.
Constituição como norma jurídico-positiva: é a norma 
que fundamenta a existência das demais e lhes serve de 
referência.
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20- (CESPE / Analista Judiciário do TRT da 7ª Região 
/ 2017 / Adaptada) No que se refere à CF, julgue o item a seguir. 
Na concepção sociológica, constituição consiste no somatório dos fatores reais 
de poder em uma sociedade, sendo consideradas sinônimas a constituição real 
e efetiva e a constituição jurídica. 
Resolução: Errado. De fato, na concepção sociológica de Ferdinand Lassale, a 
Constituição é o somatório das forças sociais (fatores reais) que compõem o 
poder dentro da sociedade. 
Nesse sentido, admite-se a existência de uma Constituição independente 
de um documento escrito. Inclusive, em último caso, o Estado pode ter duas 
Constituições, uma que é a folha de papel e outra que é a "real". 
Tal conceito, no entanto, não se confunde com o conceito jurídico de 
Constituição, cujo principal expoente foi Hans Kelsen. 
 
21- (CESPE / Técnico do MPU / Área de Administração 
/ 2013) No que se refere à CF, julgue o item a seguir. 
Todas as normas presentes na CF, independentemente de seu conteúdo, 
possuem supremacia em relação à lei ordinária, por serem formalmente 
constitucionais. 
Resolução: Correto. Conciliando o conceito de supremacia da Constituição 
(relembrem a pirâmide de Kelsen) e, sabendo que no Brasil se adota o critério 
formal de Constituição, temos que, qualquer norma (regra ou princípio) 
constitucional será hierarquicamente superior à legislação 
infraconstitucional (leis ordinárias, complementares, decretos, resoluções 
etc.). 
IMPORTANTE: Algumas vozes doutrinárias chamam a atenção para o fato de 
que a partir da Emenda Constitucional nº 45 de 2004, seria adequado afirmar 
que o Brasil comporta um critério misto, em especial pelo o que dispõe o art. 
5º, §3º da Constituição Federal: 
Art. 5º [...] § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos 
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
Observe-se que o dispositivo condiciona a referida equivalência à matéria 
(tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos) e a seu modo 
de introdução no ordenamento jurídico (rito de aprovação idêntico ao das 
emendas constitucionais). 
Ou seja, é constitucional tanto pela forma quanto pelo conteúdo. 
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De todo modo, a menos que a banca faça referência específica ao critério 
misto, considere-se como mais correto afirmar que o Brasil adota o critério 
formal! 
 
22- (CESPE / Delegado de Polícia Civil da PC – MA / 
2018) De acordo com a doutrina majoritária, quanto à origem, as Constituições 
podem ser classificadas como: 
a) promulgadas, que são ditas democráticas por se originarem da participação 
popular por meio do voto e da elaboração de normas constitucionais. 
b) outorgadas, que surgem da tradição, dos usos e costumes, da religião ou 
das relações políticas e econômicas. 
c) cesaristas, que são as derivadas de uma concessão do governante, ou seja, 
daquele que tem a titularidade do poder constituinte originário. 
d) pactuadas, que são formadas por dois mecanismos distintos de participação 
popular, o plebiscito e o referendo, ambos com o objetivo de legitimar a 
presença do detentor do poder. 
e) históricas, que surgem do pacto entre o soberano e a organização nacional 
e englobam muitas das Constituições monárquicas. 
Resolução: Alternativa A. As Constituições promulgadas são aquelas 
instituídas pela via democrática, resultantes de uma Assembleia Nacional 
Constituinte eleita e, portanto, legitimada pelo povo para elaborar as normas 
constitucionais. 
 Vejamos os erros. 
A alternativa “B” erra, pois, as Constituições outorgadas, também 
conhecidas como ditatoriais e autocráticas, surgem unilateralmente por 
iniciativa do agente ou classe política dominante, sem qualquer legitimação por 
parte do povo, seja a priori, seja a posteriori. 
Já a “C” erra uma vez que as cesaristas também surgem unilateralmente 
por iniciativa do agente ou classe política dominante, sendo, no entanto, 
referendadas/ratificadas pelo povo, este sim titular do poder constituinte 
originário. 
A “D”, por seu turno, traz um conceito errado de Constituição pactuada. 
Esta é aquela originária do compromisso (instável) de duas forças políticas rivais 
ou antagônicas. Exemplos são as Constituições europeias que surgiram na 
transição histórica marcada pela ascensão da classe burguesa e declínio das 
monarquias absolutistas. 
 Por fim, a “E” erra duplamente. Primeiramente, as Constituições não são 
classificadas como históricas quanto à origem, mas sim quanto ao seu modo de 
elaboração. Em segundo lugar, o conceito em si está descrito erroneamente. 
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Constituições históricas são aquelas (escritas ou não) elaboradas 
gradativamente como reflexo imediato das características peculiares do povo e 
sua dinâmica ao longo do tempo em determinado Estado 
 
23- (CESPE / Analista da FUNPRESP – JUD / 2016) 
Julgue o item subsequente, referente ao conceito e classificação da Constituição 
e à aplicabilidade das normas dispostas na Constituição Federal de 1988 (CF). 
Quanto à forma e à origem, a CF é classificada em escrita e promulgada; quanto 
ao modo de elaboração, é classificada como histórica. 
Resolução: Errado. 
 De fato, quanto à forma, nossa Constituição Federal é classificada como 
escrita, e, quanto à origem, como promulgada. 
 Porém, quanto ao modo de elaboração, nossa CF/88 é tida como 
dogmática, vale dizer, foi elaborada racional e sistematicamente por um órgão 
constituinte (Assembleia Constituinte), e não de forma gradativa, num processo 
de construção histórico. 
 
24- (CESPE / Juiz Federal TRF da 1ª Região / 2009) 
Assinale a opção correta acerca do conceito, da classificação e dos elementos 
da constituição. 
a) Segundo a doutrina, os elementos orgânicos da constituição são aqueles que 
limitam a ação dos poderes estatais, estabelecem as balizas do estado de direito 
e consubstanciam o rol dos direitos fundamentais. 
b) No sentido sociológico, a constituição seria distinta da lei constitucional, pois 
refletiria a decisão política fundamental do titular do poder constituinte, quanto 
à estrutura e aos órgãos do Estado, aos direitos individuais e à atuação 
democrática,

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