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Universidade Federal de São João Del-Rei – Campus Alto Paraopeba (CAP) Engenharia de Bioprocessos – 2019/1 Profª. Izabel de Souza Chaves ESTUDO DIRIGIDO I – Genética Microbiana TEMAS: Estrutura dos ácidos nucleicos (revisão) – Replicação do DNA – Mutações e mecanismos de reparo do DNA (Questão 1) quais características da molécula de DNA a fazem adequada para ser a molécula informacional da natureza? A molécula de DNA é considerada a molécula informacional da natureza, por apresentar capacidade de armazenamento de informações gênicas e transmiti-las às demais gerações. (Questão 2) cite as principais diferenças entre DNA e RNA e especifique os principais tipos de RNA existentes. As principais diferenças do DNA e RNA consentem no tipo de açúcar e nas bases nitrogenadas que compões as moléculas. O DNA apresenta uma desoxirribose como açúcar e possui Guanina, Citosina, Timina e Adenina como bases nitrogenadas, já o RNA possui um açúcar ribose e tem Guanina, Citosina, Uracila e Adenina como bases nitrogenadas. O RNA é “dividido” em tipos específicos. Sendo eles, RNA mensageiro (RNAm) que é responsável por transportar a informação genética, possui um tamanho variável e é muito instável, ou seja, degrada-se rapidamente. RNA transportador (RNAt) que é uma molécula pequena, possui papel fundamental na síntese proteica recebendo e transportando aminoácidos, por enrolar-se sobre si, sua forma é considerada uma folha de trevo. RNA ribossômico (RNAr) este é responsável pela síntese proteica, é uma molécula mais estável e, por isso, não se degrada facilmente, é a maior porção de RNA no organismo. (Questão 3) descreva o experimento de Meselson & Sthal (1958) que comprovou que a o processo de replicação do DNA é semiconservativo. Meselson & Sthal Cultivaram bactérias E.coli num meio com 15N (Isótopo pesado de Nitrogênio) e depois centrifugaram seu DNA, o resultado obtido da centrifugação foram que todas as cadeias originadas após o cultivo apresentavam apenas 15N. Logo após, cultivaram bactérias E.coli na presença de 14N (Isótopo normal de nitrogênio) e depois centrifugaram o DNA, como analisado no experimento anterior, todas cadeias originadas após o cultivo, apresentavam o mesmo isótopo com o qual foram cultivados, neste caso, 14N. Posteriormente, as bactérias E.coli foram cultivas em um meio para reprodução e tiveram seu DNA recolhido, purificado e centrifugado para análise de Universidade Federal de São João Del-Rei – Campus Alto Paraopeba (CAP) Engenharia de Bioprocessos – 2019/1 Profª. Izabel de Souza Chaves ESTUDO DIRIGIDO I – Genética Microbiana TEMAS: Estrutura dos ácidos nucleicos (revisão) – Replicação do DNA – Mutações e mecanismos de reparo do DNA densidades. Os resultados obtidos foram, a densidade de flutuação variava entre os valores de 15N (mais denso) e 14N (menos densas), além disso, observou-se que, após a replicação, cada dupla hélice de DNA continha quantidades similares de 15N e 14N. Um segundo experimento foi conduzido após perceberem que os resultados obtidos se encaixavam tanto na hipótese de replicação dispersiva quanto na hipótese de replicação semiconservativa. Este novo estudo consistiu em um novo cultivo de Bactérias com foco em reprodução. Três tempos diferente de reprodução foram obtidos como resultado. Logo após, as células foram removidas e as moléculas de DNA foram purificados para serem estudadas. Por fim, centrifugou-se uma amostra de DNA e analisou-se sua densidade. Como resultado, obtiveram uma dupla hélice, onde, um dos lados, apresentava densidade 15N e, no outro, a densidade menor 14N. Esse resultado se encaixa na hipótese de replicação semiconservativa. (Questão 4) explique por que a replicação é semidescontínua e qual a importância dos fragmentos de Okazaki. O modelo estrutural para a molécula de DNA proposto por Watson & Crick indica que a replicação do DNA ocorre de uma forma tal que cada filamento é utilizado como molde para síntese de seu filamento complementar. Neste processo, uma molécula de DNA é composta por um filamento velho (molde/fita mãe) e um filamento novo (recém-sintetizado/fita filha). Assim, a replicação é semiconservativa. No entanto, a enzima DNA polimerase apenas “polimeriza” no sentido 5’→3’. Uma vez que as duas cadeias da molécula de DNA são antiparalelas e que a forquilha de replicação separa as duas cadeias no mesmo local, a cadeia que está no sentido 5’→3’ é replicada facilmente no sentido da abertura da forquilha de replicação. O problema está na outra cadeia, que está orientada no sentido 3’←5’, na qual a DNA polimerase não se consegue ligar e realizar a sua função pois a abertura da forquilha de replicação ocorre em sentido contrário à de replicação. Para resolver este problema, a célula faz a cópia da cadeia que está orientada de 3’←5’ de uma forma descontínua. Ficando esta cadeia a denominar-se por ‘cadeia atrasada’. Neste processo, vários pequenos fragmentos da cadeia atrasada vão sendo replicados à medida que a forquilha de replicação avança (de 5’→3’) e separa mais comprimento da dupla hélice Universidade Federal de São João Del-Rei – Campus Alto Paraopeba (CAP) Engenharia de Bioprocessos – 2019/1 Profª. Izabel de Souza Chaves ESTUDO DIRIGIDO I – Genética Microbiana TEMAS: Estrutura dos ácidos nucleicos (revisão) – Replicação do DNA – Mutações e mecanismos de reparo do DNA da molécula de DNA. Os fragmentos resultantes desta replicação descontínua são chamados de Fragmentos de Okazaki. Assim, embora a cadeia atrasada esteja a crescer no sentido 3’→5’, na verdade os Fragmentos de Okazaki estão a ser sintetizados no sentido 3’←5’. Após os primers serem removidos, as lacunas de ácidos nucleicos entre Fragmentos de Okazaki são preenchidas e uma última enzima, DNA ligase, liga os fragmentos, formando uma nova cadeia simples de DNA contínua. (Questão 5) quais são as principais proteínas envolvidas no processo de replicação e qual a função que cada uma delas? DNA polimerase: são as enzimas responsáveis pela síntese e reparo do DNA; DNA ligase: catalisa a formação de uma ligação fosfodiéster; DNA-Helicase: quebrar as pontes de hidrogênio entre as bases, separando as duas fitas de DNA; DNA-Girase: promovem a quebra transitória de ligação fosfodiéster da fita de DNA, introduzindo ou removendo o superenrolamento; Endonuclease: corta o esqueleto do DNA em uma fita de DNA e facilita o reparo e as inserções; Exonuclease: corta o DNA em uma extremidade exposta, facilita o reparo; Metilase: adiciona o grupo metil as bases selecionadas na nova fita de DNA; Fotoliase: utiliza a energia da luz visível para separar os dímeros de pirimidina induzidos pela luz UV; Primase: primer” ou iniciador; Ribozima: enzima de RNA que remove introns e processa exons conjuntamente; RNA-polimerase: copia RNA a partir de um molde de DNA; snRNP: complexo RNA-proteina que remove intros e processa exons conjuntamente; Topoisomerase: relaxa o superenovelamento acima da forquilha de replicação; separa DNA circular no final da replicação; Transpoase: corta o esqueleto de DNA, formando extremidades coesivas; Universidade Federal de São João Del-Rei – Campus Alto Paraopeba (CAP) Engenharia de Bioprocessos – 2019/1 Profª. Izabel de Souza Chaves ESTUDO DIRIGIDO I – Genética Microbiana TEMAS: Estrutura dos ácidos nucleicos (revisão) – Replicação do DNA – Mutações e mecanismos de reparo do DNA SSB: se ligam ao DNA de fita simples e evitam que as regiões sofram torções ou estruturas secundárias, induzindo a conformação ideal para a replicação e pareamento de bases. (Questão 6) descreva como ocorre a replicação do DNA e as principais diferenças entre procariotos e eucariotos. A replicação do DNA ocorre com uma fidelidade muito alta e em um tempo designado no ciclo celular, é semiconservativa, cada fita atuandocomo molde para a nova fita filha e é realizada em três fases: iniciação, alongamento e terminação. A reação começa na origem e usualmente prossegue bidirecionalmente. O DNA é sintetizado na direção 5’->3’ pelas DNA polimerases 64 Na forquilha de replicação: a fita líder é sintetizada continuamente na mesma direção da movimentação da forquilha de replicação. Na forquilha de replicação: a fita atrasada é sintetizada descontinuamente como fragmentos de Okazaki, que são subsequentemente ligados. Na E.coli a DNA polimerase III é a principal enzima de replicação (em eucariotos DNA polimerase δ). A replicação do cromossomo de E.coli envolve muitas enzimas e fatores proteicos organizados e ligados à parte interna da membrana celular. A replicação é semelhante nas células eucarióticas, mas os cromossomos eucarióticos possuem muitas origens de replicação e a terminação se dá nos telômeros. As principais diferenças entre procariotos e eucariotos são: em procariotos, a sequências de término específicas (chamadas sítios Ter) bloqueiam a replicação. Uma proteína de término, chamada Tus na E. coli, liga-se a essas sequências, criando um complexo Tus-Ter. já em Eucariotos, a terminação da replicação nos cromossomos eucarióticos lineares envolve a síntese de estruturas especiais nas extremidades de cada cromossomo -> Telômeros. (Questão 7) vimos que as origens das mutações podem ser de forma espontânea ou induzida. Cite quais os principais agentes envolvidos em cada uma delas. Mutação espontânea: acontecem espontaneamente quando o DNA está sendo duplicado. Taxa: 1 a cada 10^9 pares de bases replicados (ex.: desaminação e depurinação) Universidade Federal de São João Del-Rei – Campus Alto Paraopeba (CAP) Engenharia de Bioprocessos – 2019/1 Profª. Izabel de Souza Chaves ESTUDO DIRIGIDO I – Genética Microbiana TEMAS: Estrutura dos ácidos nucleicos (revisão) – Replicação do DNA – Mutações e mecanismos de reparo do DNA Mutação induzida: ocorre través da exposição a agentes mutagênicos (ex.: agentes químicos, raios UV, raios X, raios λ). (Questão 8) descreva os principais tipos de mutações cromossômicas e os principais tipos de mutações gênicas. Mutações cromossômicas: Numéricas: *Euploidia: Conjunto de cromossomo de uma espécie 1. Monoploidia: n cromossomos 2. Diploidia: 2n cromossomos 3. Triploidia: 3n cromossomos 4. Poliploidia: mais de dois conjuntos *Aneuploidia: Número de cromossomos difere da espécie 1. Monossomia: 2n – 1 2. Trissomia: 2n + 1 3. Nulissomia: 2n – 2 Estruturais: *Inversões: Paracêntricas ou Pericêntricas *Deleção: Terminal ou Intersticial *Translocação: Recíproca ou Simples *Duplicação: Mutações gênicas: Mutação de ponto: É a substituição de um nucleotídeo por outro *Silenciosa: É a substituição de um nucleotídeo por outro *Sem sentido: a substituição do nucleotídeo produz um códon de terminação da proteína *Sentido trocado: a substituição do nucleotídeo alterou o aminoácido, alterando a proteína produzida Mutação do quadro de leitura: Universidade Federal de São João Del-Rei – Campus Alto Paraopeba (CAP) Engenharia de Bioprocessos – 2019/1 Profª. Izabel de Souza Chaves ESTUDO DIRIGIDO I – Genética Microbiana TEMAS: Estrutura dos ácidos nucleicos (revisão) – Replicação do DNA – Mutações e mecanismos de reparo do DNA *Inserção: É a adição de um par de bases ou de grandes trechos do DNA *Deleção: É a remoção de um par de bases ou de grandes trechos do DNA (Questão 9) considerando que mutações podem dar origem a células cancerosas, comente como as seguintes alterações poderiam ser danosas para um organismo: a) Remoção de três nucleotídeos consecutivos no meio da sequência codificadora. Mutação por deleção de códon, pode haver tradução de um aminoácido a menos alterando a formação final da proteína. b) Remoção de um único nucleotídeo no início da sequência codificadora. Mutação por deslocamento, alteração na matriz de leitura dos códons. c) Substituição de um nucleotídeo por outro no meio da sequência codificadora. Pode provocar uma mutação de sentido trocado alterando a proteína produzida. (Questão 10) descreva os principais mecanismos que a célula possui para reparar o DNA. 1. Reparação por fotorreatividade enzimática: Neste processo, tem-se as seguintes etapas: inicialmente, a enzima reconhece e liga-se ao dímero; depois, a absorção de luz fornece energia para converter o dímero em monômero de pirimidina; por fim, a enzima dissocia-se do DNA. A reação depende do gene que codifica a fotoliase e ocorre especificamente em procariotos. 2. Reparação de bases alquiladas: A base nitrogenada primariamente afetada pelos agentes alquilantes é a guanina. Esta lesão é removida pela enzima O-6-metilguanina-metiltransferase, que reconhece a alteração no DNA e remove o grupamento metila causador da mutação. A mesma enzima também pode remover grupamentos metila dos fosfatos que possivelmente interrompem a cadeia de DNA. Uma Universidade Federal de São João Del-Rei – Campus Alto Paraopeba (CAP) Engenharia de Bioprocessos – 2019/1 Profª. Izabel de Souza Chaves ESTUDO DIRIGIDO I – Genética Microbiana TEMAS: Estrutura dos ácidos nucleicos (revisão) – Replicação do DNA – Mutações e mecanismos de reparo do DNA característica importante dessa reação é que cada grupamento metila removido consome uma enzima O-6-metilguanina-metiltransferase, a qual não pode ser recuperada para nova utilização. 3. Reparação por excisão de base: Ocorre quando a remoção da base defeituosa é feita pela clivagem da ligação base nitrogenada – desoxirribose, seguida pelo preenchimento da região com a base correta por ação da DNA-polimerase. Um exemplo comum de reparo por excisão de base é o que acontece na correção da desaminação da citosina à uracila. O sistema de reparação reconhece a uracila como uma base estranha ao DNA. Primeiramente, a uracila-DNA-glicosilase hidrolisa a ligação entre a uracila e a molécula de desoxirribose. Nesse estágio, a cadeia de DNA está intacta, mas a base é perdida. A enzima AP endonuclease reconhece, então, essa fenda e cliva a cadeia em regiões adjacentes à base perdida. A DNA-polimerase insere novamente uma citosina, de acordo com a orientação fornecida pela fita complementar não-danificada, que contém uma guanina. Finalmente, a integridade da fita corrigida é restaurada pela DNA-ligase. Existem outras glicosilases que reconhecem e removem hipoxantina, 3-metil-adenina e purinas com anel imidazol aberto por radiação ionizante ou pH elevado. 4. Reparação por excisão de nucleotídeos: Ocorre quando a remoção da base defeituosa é feita pela incisão endonucleolítica nos dois lados da lesão, com liberação dos nucleotídeos, seguida pelo preenchimento da região por ação da DNA-polimerase. Em todos os organismos onde já foi estudado, o processo de REN consiste em cinco etapas: 1. Reconhecimento da lesão por um complexo multienzimático; 2. Incisão da fita anormal em ambos os lados da lesão a alguma distância desta; 3. Excisão do segmento contendo a lesão; 4. Síntese de um novo segmento de DNA utilizando a fita não-danificada como molde, por ação da DNA-polimerase; 5. Ligação/restauração da molécula de DNA por ação da enzima DNA- ligase. A extensão média do fragmento de DNA removido é de 12 nucleotídeos, razão pela qual esse modelo é chamado de reparação de regiões curtas. Em caso de grandes quantidades de lesões, em que a substituição envolve de 1500 a 9000 nucleotídeos, o modelo é conhecido como reparação de Universidade Federal de São João Del-Rei – Campus Alto Paraopeba (CAP) Engenharia de Bioprocessos – 2019/1 Profª. Izabel de Souza Chaves ESTUDO DIRIGIDO I – Genética Microbiana TEMAS: Estrutura dos ácidos nucleicos (revisão) – Replicação do DNA – Mutações e mecanismos de reparo doDNA regiões longas. A diferença entre esses dois modelos de reparação é que o primeiro é uma função constitutiva da célula, enquanto o segundo deve ser induzido por lesões no DNA – pelo menos no que diz respeito à célula bacteriana. O modelo proposto para o sistema de REN em mamíferos é o seguinte: 1. As proteínas XPB, XPD e XPA estão envolvidas na detecção da lesão, sendo que as duas primeiras percorrem a hélice e a segunda reconhece a lesão; 2. Após encontrar a lesão, o DNA do local do dano é desnaturado e as endonucleases XPF e XPG fazem a dupla incisão na cadeia; 3. O oligonucleotídeo contendo a lesão é removido pelas DNAs-polimerases δ e ε e pelos seus cofatores PCNA e RF-C, que também são responsáveis pelo passo seguinte; 4. Ressíntese do DNA utilizando a fita não danificada como molde; 5. Ligação da extremidade 5’ da região recém-sintetizada à seqüência original, pela DNA- ligase. 5. Reparação de bases mal pareadas/ pareamento incorreto: Algumas bases incorretamente pareadas conseguem escapar da revisão realizada pela DNA- polimerase durante o processo de replicação. Por isso, na E. coli, a etapa final que confere precisão ao processo de replicação é de responsabilidade do sistema de correção de erro, que consiste em várias proteínas codificadas pelos genes mut. Esse sistema percorre o DNA recentemente sintetizado à procura de pares de base mal pareadas e remove os segmentos de fita simples contendo nucleotídeos incorretos. Isso permite que a DNA-polimerase insira a base correta na lacuna formada. A dificuldade que surge, aparentemente, é a de distinguir qual das bases de um par erroneamente formado é a incorreta, porque ambas são componentes naturais do DNA. Se a remoção de uma das bases fosse ao acaso, haveria a probabilidade de 50% de a base correta ser removida e a mutação poderia ser perpetuada, ao invés de ser corrigida. Existe, porém, um sinal específico que direciona o sistema de excisão do erro exclusivamente para a fita recém-sintetizada: o reconhecimento de seqüências GATC próximas ao erro. GATC metiladas indicam a fita parental, enquanto que ausência de metilação nestas seqüências caracteriza a fita recém-sintetizada. O sistema de correção detecta Universidade Federal de São João Del-Rei – Campus Alto Paraopeba (CAP) Engenharia de Bioprocessos – 2019/1 Profª. Izabel de Souza Chaves ESTUDO DIRIGIDO I – Genética Microbiana TEMAS: Estrutura dos ácidos nucleicos (revisão) – Replicação do DNA – Mutações e mecanismos de reparo do DNA não somente pares únicos de bases mal pareadas, mas também adições e deleções, o que reduz a incidência de mutações por modificação no módulo de leitura, além daquelas envolvendo substituição de bases. 6. Reparo sujeito ao erro: Existem ocasiões em que o dano no DNA é tão extremo que não há como os mecanismos celulares de reparo corrigirem de forma precisa a molécula. Nesses casos, a célula utiliza como último recurso o sistema de reparo sujeito a erro, no qual qualquer uma das quatro bases é inserida no local lesado, a fim de garantir a continuidade do processo de replicação. Devido ao fato de não haver a informação precisa (molde), o próprio mecanismo de reparo acaba sendo o causador de uma mutação, pois a chance de introduzir uma base incorreta na cadeia é grande. De qualquer forma, para a célula é preferível incorporar uma base incorreta e permitir que a replicação continue, do que não replicar mais.
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