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Centro Educação a Distância Polo Santo Antônio de Posse
Curso: Letras – Português e Inglês
Produção Textual Interdisciplinar Individual 
Suelen Leticia Gonçalves Masotti – RA 24369163
* Literaturas de Língua Portuguesa I
* Língua Inglesa I
* Metodologias do Ensino de Língua Portuguesa Inglesa
* Morfossintaxe da Língua Portuguesa
* Práticas Pedagógicas em línguas Estrangeiras: diversidade Linguística e Cultural
	 Santo Antônio de Posse	
 2020
 
Centro Educação a Distância Polo Santo Antônio de Posse
Curso Letras – Português e Inglês 
 Suelen Leticia Gonçalves Masotti – RA 24369163
Produção Textual Interdisciplinar Individual 
	 Santo Antônio de Posse	
 2020 
 Suelen Leticia Gonçalves Masotti – RA 24369163
Centro Educação a Distância Polo Santo Antônio de Posse
Curso Letras – Português e Inglês
Trabalho de Produção Textual Individual – PTI, apresentado à Faculdade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção de nota semestral na disciplina de:
 Literaturas de Língua Portuguesa I
 Língua Inglesa
 Metodologias do Ensino de língua Portuguesa 
 E inglesa
 Morfossintaxe da língua Portuguesa
 Práticas Pedagógicas em Línguas Estrangeira 
 Diversidade Linguística e Cultural
Santo Antonio de Posse
Maio - 2020
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO 
2. DESENVOLVIMENTO
3. PLANO DE ENSINO 
3.1. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
5. ANEXOS 
6. REFER~ENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RESUMO 
Essa Produção Textual Interdisciplinar visa discorrer acerca da variação linguística em Português e Inglês, desenvolvendo junto aos alunos, práticas de leitura e escrita, compreendendo que a variação linguística é um fenômeno social e ao mesmo tempo cultural, pois está relacionado à história dos sujeitos e à cultura. A atividade foi desenvolvida junto com os alunos do 1º ano do ensino médio. O foco principal foi à leitura e discussão da obra Quarto de Despejo de Carolina Maria de Jesus, que serviu como suporte para o desenvolvimento das atividades que foram realizadas sobre variação linguística. É importante conhecer a imensa variedade linguística destes idiomas Português e Inglês, uma vez que, existem tantas outras, mas não menos importantes. Ao final do projeto foi elaborado um portfólio sobre as variações da língua portuguesa tendo como foco as características regionais, culturais e sociais pesquisadas durante o desenvolvimento do projeto. A motivação para o desenvolvimento do projeto apresentado neste artigo foi à valorização da escrita e da oralidade frente à diversidade linguística, demonstrando que a linguagem é um elemento de identidade do sujeito e está intrinsecamente relacionada a contextos e situações onde o sujeito está inserido. 
PALAVRAS-CHAVE: Variação Linguística; Leitura; Escrita.
1.INTRODUÇÃO
Este projeto pretende proporcionar uma discussão entre alunos e o professor do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Benedita Ferraz. A motivação para o desenvolvimento deste Projeto e para que o professor de letras: Português Inglês possa conhecer e desenvolver os conteúdos de sua área especifica, fazer uma importante reflexão sobre a pratica pedagógica, bem como estruturar estratégias para o processo de ensino e aprendizagem.
Esta Produção Textual interdisciplinar abordará as variações linguísticas através da Obra Quarto de Desejo, de Carolina Maria de Jesus, que usava seus registros linguísticos simples e também rebuscados, a partir da leitura os alunos deverão fazer pesquisas e relatos escritos sobre a variação escrita. 
A obra em destaque é composta por páginas de um diário, que posteriormente foi transformado em livro. A autora é uma mulher negra, favelada, catadora de papel, semianalfabeta que conseguiu atingir seu maior objetivo: o sonho da casa própria. 
A Produção Textual sobre a variação linguística Português e Inglês foi desenvolvida no 1º ano do Ensino Médio “Benedita Ferraz”. Sendo esse um momento onde ele se sente questionado com relação ao conhecimento e essencialmente sobre a maneira com a qual se comunica. 
A produção textual visa proporcionai entre professor e aluno oportunidades de discutirem as diferentes variações linguísticas dentro e fora do contexto escolar, através de pesquisas (dicionário, Internet) que possibilitaram ampliar o repertorio linguístico e a competência linguística, ressaltando as diferenciações de linguagens regionais e coloquiais não dispensando a importância do uso da língua culta em todas as relações. 
A fala e seus diferentes modos por muito tempo forma consideradas no contexto social como uma deficiência do uso da linguagem, sendo julgadas erradas, pois desvendavam-se das normas linguísticas socialmente disseminadas nos bancos escolares. Sobre esta questão cabe salientar que os sujeitos cujas falas eram consideradas fora das normas linguísticas padronizadas eram colocadas à margem da sociedade, não se considerando a variação linguística regional, bastante evidencia no Brasil, principalmente em regiões interioranas. (MARINHO & VAL, 2006) 
 De acordo com Fenner e Corbat (2004) “Uma língua vai muito além do simples domínio variações e que o homem é um ser capaz de refletir, expressar, compreender e interpretar”.
Portanto o ensino das variações linguísticas não pode ficar alheio as diferentes possibilidades. 
Sendo assim, a ênfase para o estudo do lugar da variação linguística na BNCC justifica-se, pois, enquanto fator determinante e referente curricular para as práticas escolares, a Produção Textual Interdisciplinar determinará o que será ensinado em cada área de conhecimento e em cada etapa de escolarização englobando as diferentes linguagens. 
Esta Produção Textual Interdisciplinar está estruturada pela presente introdução, que nos revela a gênese do presente estudo, seguida pelo desenvolvimento e fundamentação teórica, na qual apresentaremos um breve recorte sobre os estudos sociolinguísticos, bem como as concepções de língua, destacando-os no campo educacional. Em sequência, analisaremos os resultados encontrados na análise revista da BNCC (2016) para o lugar da variação linguística. E, por fim, apontaremos as considerações finais.
 Metodologicamente, o presente trabalho caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa de natureza descritiva e interpretativa. 
 a pesquisa descritiva-interpretativa busca a interpretação em lugar da mensuração, a descoberta em lugar da constatação, a valoração e a indução em lugar da dedução, assume que fator e valores estão intimamente relacionados, tornando-se inaceitável uma postura neutra do pesquisador. (ANDRÈ, 1995, p.17)
Sendo assim, em nossos estudos, procuramos analisar o objeto na linha da descrição e interpretação, nos posicionando sobre ele, bem como serão realizados planos de aulas que expressem as variações linguísticas. 
 
2. DESENVOLVIMENTO
Foi a década de 60 do século XX que representou para os estudos da linguística a chegada da possibilidade de se estudar a língua não numa perspectiva apenas abstrata, mas focalizando seu uso efetivo em situações comunicativas reais, a partir de sua íntima relação com os aspectos sociais, históricos, culturais. A partir dessa data, o princípio básico para o estudo linguístico passou a ser o reconhecimento da inerente heterogeneidade das línguas,trabalho este realizado pelas chamadas correntes da Linguística Moderna. 
Estavam lançadas as bases para um novo paradigma de análise dos fatos linguísticos. Dentre essas correntes, temos a Sociolinguística – corrente linguística que tem o objetivo de descrever a língua e seus determinantes sociais e linguísticos, levando em conta seu uso variável (LABOV, 2008; LEITE, 2005; HORA, 2004, p. 18; MOLLICA; BRAGA, 2004; ALKMIM, 2004; CAMACHO, 2004). 
As atuais conclusões defendidas pelos sociolinguistas, é que, hoje, faz-se necessário “quebrar” a rigidez dos postulados instituídos pelo estruturalismo, revelada nas dicotomias saussurianas língua/fala, sincronia/diacronia, trazendo para foco dos estudos a língua em sua realização efetiva, com toda sua heterogeneidade, historicidade, sistematicidade, também. 
De acordo com Tarallo (2017)
Em se tratando de um novo paradigma – extremamente frutífero para os estudos linguísticos atuais – a Sociolinguística ou Teoria da Variação e Mudança ou Sociolinguística Quantitativa opera a partir de premissas fundamentais para essa teoria e que podemos considerar como seus postulados básicos. (TARALLO 2017)
1º) Nem tudo na língua é variação. Mas caso ela exista, não será algo aleatório e sim passível de sistematização; 
2º) A partir do reconhecimento da variação, é possível se correlacionar usos diversos com grupos de falantes também diversos socialmente – a chamada estratificação social das variantes; 
3º) Também é possível para esta teoria a correlação entre os diversos usos de cada variante em sociedade a depender do contexto no qual se está inserido – a estratificação estilística das variantes; 
4º) Toda base de análise a partir de dados empíricos, o chamado “objeto bruto, não-polido, não-aromatizado artificialmente”. Parte-se sempre, em estudos desta natureza, do fato linguístico, ele é que revelará se nos encontramos diante de caso de variação estável ou de uma mudança em progresso; 
5º) Nem toda variação implica em mudança, mas, diante de um provável caso de mudança, inevitavelmente, temos a presença da variação, no que os sociolinguistas chamam de “embate” – variantes naturalmente em batalha com a “morte” de uma delas.
 A partir dessas proposições, a proposta central da Sociolinguística será explicar sistematicamente todo o processo de variação e também de mudança linguística – caso ela esteja, de fato, ocorrendo, reconhecendo a variação como algo inerente a toda língua. 
 Com os estudos sociolinguísticos, tornou-se possível a distribuição de falantes em diferentes faixas etárias – jovens, meia-idade, idosos. Essa distribuição permite ao investigador perceber usos correlacionados diretamente ao fator idade, ou seja, usos “próprios” de cada grupo, que caracterizam determinada faixa de idade, depois abandonado em detrimento a outros usos.
Com toda essa nova perspectiva, a Sociolinguística traz para o seio das discussões sobre a língua o reconhecimento da relação existente entre língua e sociedade. 
Ambas estão de tal forma imbricadas que é praticamente impossível imaginá-las separadas uma da outra. É através de sua língua que o homem faz sua história acontecer, revela suas aptidões políticas e ideológicas, se faz ouvir, convence ou é convencido, revela seu presente, se faz lembrar e projeta seu futuro.
 Em todos os seus momentos, de vitórias ou derrota, de dúvidas ou convicções, a sua linguagem se faz presente, criando sua história, tornando possível sua sociabilidade (IANI, 1999). Diante de tal complexidade, faz-se necessária uma abordagem da linguagem, por parte da escola, que explore toda esta riqueza expressiva. Para que isso aconteça, dois requisitos básicos devem estar bem definidos para o ensino de língua: seu objetivo e a concepção que se tem de linguagem.
 De acordo com Travaglia (2002), os objetivos para o estudo da língua materna podem ser resumidos em quatro:
- O primeiro é aquele considerado mais produtivo para tal ensino, pois engloba uma diversidade de situações de uso da língua que torna seu desenvolvimento mais produtivo. É aquele que visa desenvolver a competência comunicativa do aluno, desde seus domínios linguísticos, até os textuais. Este objetivo de ensino proporciona ao aluno o contato com uma grande variedade de situações de interação comunicativa e abre a escola à vida, havendo, assim, uma maior integração entre escola e sociedade. 
- O segundo objetivo visa o desenvolvimento do domínio da chamada norma culta/padrão da língua. Muito mais restrito que o primeiro, este objetivo prende-se a uma só modalidade de uso da língua, a escrita. Está voltado somente para as normas gramaticais da língua. 
- O terceiro e quarto tem objetivos ligam-se mais a questões de teoria gramatical e atividades metalinguísticas. Ou seja, conhecer a constituição e funcionamento da língua. São conhecimentos voltados mais para a informação cultural sobre a língua e não propriamente para seu uso efetivo.
Diante disto, se atribui à escola, enquanto lócus institucionais que deve possibilitar a socialização e construção de saberes, um trabalho que deve propiciar ao aluno o seu desenvolvimento comunicativo em todas as instâncias de uso linguístico, dando a possibilidade do mesmo de se formar como pessoas conscientes da complexidade dinâmica e social da linguagem. 
Sendo assim, cabe à escola desenvolver atividades que propiciem ao aluno o contato com o máximo possível de pluralidade discursiva e situações reais de uso da língua como meio de expandir a competência comunicativa deste. 
Através dessa pluralidade discursiva, o aluno terá contato com muitas e variadas situações de uso da língua que, de certa forma, mudarão a tradição que impera em nossa sociedade de considerar a variação algo pejorativo, errado, feio, cômico, ou seja, uma análise quase sempre de ordem negativa. 
Exigência essa que está entre as principais apresentadas nos documentos que parametrizam o ensino em todas as suas dimensões. Entre esses documentos a Base Nacional Comum Curricular. A Base Nacional Comum Curricular (2016) é um documento previsto desde a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, datada em 1988, que, no Art. 210, prevê que “serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais” (BRASIL, 1988, Art. 210, grifos nossos). 
3. PLANO DE ENSINO 
O plano de ensino foi desenvolvido com os alunos do º ano do ensino Médio da Escola Estadual “BENEDITA FERRAZ”, localizada no município de santo Antônio de Posse. 
As atividades foram desenvolvidas durante os meses de Abril de 2020. 
Foram 05 aulas de 50 minutos cada 
 3.1 CRONOGRAMA DE ATIVIDADE 
	
	06/04/2020 
Segunda
	08/04/2020 
Terça
	10/04/2020 
Quarta
	10/04/2020 
Quarta
	10/04/2020 
Quarta
	TEMAS VARIAÇÕES LINGUISTICAS 
	Análise Linguística
	Variação Linguística 
	Modalidade
	Variedades 
	Registro
	Plano de Aula
	
Identificação
	Escola
	 E.E. BENEDITA FERRAZ
	
	
	
	
	Professor Regente
	SUELEN LETICIA GONÇALVES MASOTTI
	
	Disciplina
	PORTUGUES/INGLÊS
	
	Série
	1º ANO – Ensino Médio
	
	Turma
	B
	
	Período
	Matutino 
	Conteúdo
	Análise linguística; variação linguística; modalidade; variedades; registros
	
Objetivos
	Objetivo geral
· Observar a multissemiose no paratexto (elementos que acompanham o texto, tais como, frases em destaque, imagens, titulo) e sua relação com o texto em si.
Objetivos específicos
· Demosntrar que a língia sofre muitas interferências; 
· Identificar que e quando as interferências podem aparecer na comunicação, tanto na pronuncia quanto na morfologia ou sintese; 
· Construir e utilizar diferentes frases e imagens no cotidiano. 
· Ressalrat que a Região Geográfica, o sexo, a idade, a classe socia, o grau de formalidade são fatores que possibilitam diferentes linguagens. 
	
Metodologia
	O trabalho se caracteriza como uma pesquisa qualitativa, com alguns procedimentos quantitativos. 
	
	
1. Inicialmente, os alunosouvirão e em seguida ler em voz alta um pequeno trecho de um texto oral e, em grupos, deverão obsevar os paratexto encontrados.
2. A partir da transcrição, serão explicadas, aos alunos, as diferenças entre a língua falada, escrita em uma entrevista. (Diversidades Linguistica)
3. Após a explicação, os alunos realizarão uma atividade prática, em que deverão retextualizar, em grupos, o texto transcrito por eles anteriormente, eliminando marcas estritamente interacionais, hesitações e partes de palavras, bem como a observação do paratxeto
4. Na sequência, os alunos deverão reestruturar o texto, introduzindo pontuação e excluindo repetições, reduplicações e redundâncias, bem como deverão reconstruir as estruturas truncadas e as concordâncias, além de reordenar o texto sintaticamente.
5. Debate oral sobre o desenvolvimento da atividade ressaltando as observações das variedades linguisticas.
	
Recursos
	 ° Textos e imagens impressas em folhas de sulfite; 
° Quadro Negro, Slades; Data Show, Celular, mutimideas.
 - Links :http://www.radames.manosso.nom.br/gramatica/variantes.htm
 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Varia%C3%A7%C3%A3o_(lingu%C3%ADstica)
 - http://www.youtube.com/watch?v=iBHMajeluNg&feature=related
 - http://www.youtube.com/watch?v=_uivcX6Wyis&feature=related
	
Avaliação
	A avaliação deve assumir um papel diferente daquele comumente aplicado em sala de aula com sentido de punição, pressão psicológica ou ameaça. Ela deve ser processual através do acompanhamento do desenvolvimento do aluno, levando-se em consideração que o progresso relacionado a um critério específico de avaliação pode manifestar-se em diferentes formas em diferentes alunos, podendo, então, uma mesma ação indicar avanço para uns em relação ao critério estabelecido e para outros não. Terá como finalidade redirecionar, caso necessário, todo trabalho.
	
Referências
	I
ROJO, Roxane, Jaqueline. Hipermodernidade, Miltiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. 
DE PAULA, Daniele Rizental. Leitura de imagem na prática pedagogica. Disponivel em:www.diaadiaeducação.pr.gov.br/portals/pde/aquivos1577-8.pdf.acesso em 20 de março de 2020. 
Atividade 1 
A primeira atividade desenvolvida foi a apresentação da obra Quarto de Despejo da autora Carolina Maria de Jesus (1914-1977) para a Equipe Pedagógica e para os alunos da turma onde o projeto foi aplicado. 
Neste primeiro momento foi apresentado o objetivo do projeto explicando para os participantes a importância da obra apresentada para discutir-se as questões relacionadas às variações linguísticas e ao preconceito linguístico.
 O livro Quarto de Despejo: diário de uma favelada foi publicado em 1960, por Carolina Maria de Jesus, sendo um diário baseado em suas experiências de vida. 
Carolina Maria de Jesus moradora de uma favela, catadora de papel, mãe, negra e mulher semianalfabeta, relata a triste realidade da favela nos anos cinquenta e as dificuldades relativo ao emprego, fome e violência. Com uma linguagem simples e rebuscada, tirou poesia de sua situação. Preocupada com a educação de seus filhos, pois não conseguiu essa oportunidade, estudou até a segunda série primária, porém antes de ter seus filhos trabalhou em casa de família, nos dias de folga pedia ao seu patrão para ficar na biblioteca, onde adquiriu seu letramento literário. O jornalista Audálio Dantas ao fazer uma reportagem na favela do Canindé viu os escritos de Carolina e os transformou em um livro, o qual foi lido, discutido e admirado em treze idiomas. As palavras podem contar o mundo. Carolina em sua narrativa apresenta a divisão de classes, exclusão social e ideologia da época. Em seus escritos apresentavam a variedade linguística, tanto regional como a social. 
Desde a primeira edição o livro vem sendo reeditado sem as correções gramaticais, constituindo-se desta forma como um relato fiel do contexto social dos excluídos, bem como traz à tona a discussão da variedade linguística existente no
Iniciamos a leitura com conhecimento prévio sobre a obra e a autora o que contribuiu para monitorar a compreensão do que se está lendo, além de motivar a leitura. Por ser escrito em forma de diário é mais fácil o interesse do aluno, e também os escritos apresentam uma linguagem simples e por vezes rebuscada; além da luta de uma mulher negra, de pouco estudo que sobrevive catando papel. Objetivou-se que o aluno conhecesse, apreciasse e valorizasse o trabalho literário de Carolina Maria de Jesus e a linguagem que por vezes assimila situações já conhecidas pelo aluno. 
Foram organizados grupos de quatro alunos, foi dado um exemplar para que eles realizassem a leitura em forma de rodízio, já que não havia livros suficientes para todos os alunos. 
Assim, para que aumentasse a importância de cada um dentro do grupo e o envolvimento na atividade, íamos conversando, observando e cada um registrando as palavras e expressões que apresentavam variação linguística as quais diferem da língua padrão, e as que não compreendiam o significado, por ser uma linguagem rebuscada. 
Os alunos compartilharam informações comuns entre eles, à convivência com essas variantes em seu meio familiar e social. No início houve rejeição, pela metodologia aplicada de leitura conjunta, porém a medida que as leituras avançavam , os alunos percebiam palavras e expressões usadas por pais, avós, pessoas de outras regiões que os alunos conheciam, a participação tornou-se notória e interessante, mesmo pelos alunos mais tímidos, com isso a percepção da diversidade linguística se tornou um fator importante no contexto. A atividade foi produtiva, pois foi uma forma de instigar o diálogo, a oralidade e o desenvolvimento da interpretação e prática da escrita. 
Atividade 2 
A partir das anotações das palavras e expressões voltadas à variação linguística, da obra “Quarto de despejo”, as atividades se desenvolveram em forma de pesquisa na biblioteca, com o auxílio do dicionário. Além da pesquisa das palavras usadas pela autora, exemplos: Diversidade de região; Vasculham- procuram/ Pegar a condução- entrar no ônibus/ eles bradam -eles gritam. De época; quarar, ensaboar, meretrizes. Linguagem rebuscada; suporto as contingências da vida resoluta
Houve boa participação e interação, dessa forma verificou-se que as atividades desenvolvidas na biblioteca alcançaram um nível de pesquisa muito bom, pois em outros momentos os alunos não eram participativos em fazer atividade na biblioteca, principalmente porque eles estavam curiosos para entender a linguagem rebuscada. A atividade oportunizou aos educandos a percepção da importância da linguagem formal, sem deixar de lado a diversidade linguística, pois por comparação aprende-se que todas as formas de comunicação são válidas e relevantes, porém abordou-se a questão dos diferentes contextos (formal e informal) e a adequação da linguagem a diferentes situações. Feita a pesquisa, a apresentação foi individual, usamos o espaço da biblioteca e cada um foi expondo com comentários pertinentes à pesquisa. Além da pesquisa relativa à obra, os alunos pesquisaram o significado de palavras ditas por seus familiares e conhecidos, principalmente palavras e expressões antigas. Linguagens na família: 
Dar uns catiripapos - dar uns tapas / esgualepada- mal cuidada penal- estojo Ficar de varde - ocioso/ impricar-implicar/ Jaguara- pessoa em quem não se pode confiar. 
Com a pesquisa procurou-se demonstrar que o processo comunicativo se apresenta de diferentes maneiras, porém o significado muitas vezes é semelhante. Também foi abordado o contexto da produção escrita em sua forma padrão. A pesquisa desenvolvida na biblioteca oportunizou aos alunos indagarem a respeito das variedades linguísticas, linguagem padrão, não padrão e pronúncia. 
As questões acerca do preconceito linguístico foram bastante debatidas com os alunos e portanto, como sugestão da Equipe Pedagógica em reunião de replanejamento realizada com o corpo docente as atividades relacionadas ao tema, outros livros de Carolinadevem ser acrescentadas as ações a serem desenvolvidas em cumprimento a Lei nº 11.645, de 10 março de 2008, que dispõe sobre a obrigatoriedade de inclusão da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” na grade curricular de todas as disciplinas. Neste sentido, a princípio, decidiu-se que as atividades desenvolvidas serão apresentadas na Semana da Consciência Negra a ser realizada no mês de novembro na escola. 
Atividade 3
A leitura da obra de Carolina Maria de Jesus reflete sobre situações de conflitos sociais, valores humanos, as oportunidades de emprego perdidas pela falta de estudo, oportunizando aos alunos identificarem situações semelhantes seja descrevendo exemplos de familiares, vizinhos ou conhecidos que vivenciaram situações parecidas com a descrita na obra. Com isso foi possível atribuir importância à questão social e cultural tratada na obra em relação à exclusão social, propiciando aos alunos questionamentos e levantamento do contexto cultural e social, a que pertencem. As carteiras foram colocadas em círculo, para que oralmente comentassem sobre as diferenças linguísticas e situações discriminatórias vivenciadas. 
 Outro momento da atividade foi uma reflexão sobre o preconceito aos diferentes tipos de linguagem no Brasil. 
A produção textual foi desenvolvida juntamente com a disciplina de Sociologia, contextualizando a realidade social da época (anos 60) e atual, tanto das favelas como nos centros urbanos. Tendo em vista a diversidade cultural do Brasil é importante que o ensino da Língua Portuguesa em consonância com outras disciplinas, oportunize aos alunos compreender o fenômeno chamado variação linguística, respeitando a forma que cada indivíduo tem de se expressar, entendendo que em diferentes regiões do país a língua falada ganha características singulares evidenciando e enaltecendo, dessa forma, os valores culturais e o regionalismo.
As contribuições foram bastante significativas ao tratar-se da discussão envolvendo o preconceito e a relação com a obra estudada oportunizou aos alunos uma imersão na vida, obra e linguagem da autora. 
A obra Quarto de Despejo oportuniza uma experiência pedagógica, linguística, social e de respeito para com o outro, produzindo frutos para a vida dos envolvidos diminuindo a inibição que os alunos têm em apresentar relatos pessoais. 
Os relatos apresentaram variações linguísticas e ao mesmo tempo preconceito linguístico tão presentes nas comunidades. 
Atividade 4 
Um novo encaminhamento de atividades foi modificado, pelo fato da quantidade de livros (apenas 8 exemplares) não contemplar a todos, que gostariam de ler, e também o envolvimento da disciplina de Sociologia e Filosofia. Por isso foram apresentados dois vídeos em que há apresentações sobre a autora, obra e a diversidade linguística. 
Vídeo: Heróis de todo mundo Autor/ano: 
 Fundação Acorda Cultura, 2013 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mLkJy86VU84 
 O vídeo retrata a vida da autora Carolina Maria de Jesus, apresentando o seu percurso de vida e como ela transformou as suas experiências em um grande sucesso literário, traduzido para vários países. 
 Vídeo: Poeta da Diáspora Autor/ano: FAPESP, 2015 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=T0ncwWD1C9g 
O vídeo é um documentário elaborado pela historiadora Elera Pajaro Peres e apresenta uma breve contextualização da década de 60, comparando o contexto social retratado com as passagens do livro Quarto de Despejo. 
A apresentação dos vídeos teve a intenção de envolver alunos e docentes, colaborando no processo de conhecimento e cidadania, com intenção de tornar a aula produtiva facilitando a aprendizagem, oportunizando ao aluno que tenha domínio sobre a língua padrão, sabendo que o que se fala pode ser esquecido, mas o que se escreve fica para sempre. Os vídeos demonstram a importância de uma boa narrativa escrita, que é a maior riqueza cultural. 
As atividades que foram desenvolvidas, pesquisa de palavras e expressões, pesquisas de outras formas de linguagem desenvolvidas foram apresentadas em formato portfólio. 
A obra de Carolina de Jesus ajudou a trabalhar a autoestima dos jovens, pois ela é exemplo de luta, de persistência, que prioriza o aprender, segundo a autora “assim como as palavras, as pessoas que as escrevem não podem ser apagadas”. 
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Tendo em vista a diversidade cultural do Brasil é importante que o ensino da Língua Portuguesa e Inglesa oportunize aos alunos compreender oportunize aos alunos compreender o fenômeno chamado variação linguística, respeitando a forma que cada individuo em de se expressar. Entendendo, que em diferentes regiões de um mesmo país a língua falada ganha características singulares evidenciando e enaltecendo, dessa foram, os valores culturais e regionais. 
Isso aumentará o desejo do aluno buscar as raízes de suas variedades linguísticas e ao mesmo tempo a obterem a busca pela variedade padrão através de leituras, meios de comunicação e diálogos com grupos diferentes de sua sociolinguística. 
A leitura da vida de Carolina de Jesus sensibilizou os alunos, movendo-os à mudança de olhar e postura em relação ao outro, à diversidade cultural, valores presentes na sociedade brasileira e estrangeira.
A partir do exposto, percebemos que há sim um lugar pensado para o trabalho com a variação linguística na Base Nacional Comum Curricular, o qual é assegurado e demarcado como um direito de aprendizagem do aluno na Educação Básica, tanto é que este trabalho é apresentado como um dos seis objetivos que fundamentam e norteiam a Educação Básica – a qual engloba e perpassa a Educação Infantil e todo o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. 
Entendemos que agora vamos viver o momento da implementação desse documento no ambiente escolar, sendo assim caberá às escolas, via currículo especificamente, trazer para o seio escolar ações que não somente reconheçam as variação linguística em sua essência, mas acima de tudo as respeitem e combatam todo tipo de preconceito linguístico, dentro e fora da sala de aula, conforme defende a BNCC.
 A postura do docente é determinante no processo de ensino-aprendizagem, principalmente com relação à abordagem do estudo da variação linguística, pois, caso este profissional não tenha o perfil almejado e adequado, perpetuará, como um rito, a tradição que embasa as nossas instituições escolares há décadas sob uma nova nomenclatura, mas com uma postura educacional fundamentada no mesmo paradigma educacional, o qual privilegia um ensino mecanicista e cartesiano, sem considerar a dinamicidade linguística, classificando, assim, as variações linguísticas como um desvio da “pureza linguística”, as quais devem ser evitadas em nome da boa escrita e da boa fala. 
As atividades desenvolvidas, a leitura do livro, a pesquisa de palavras e expressões, pesquisas de outras formas de linguagem desenvolvidas serão oportunizadas uma reflexão final que se justifica pela necessidade de novos olhares para o educando para além dos conteúdos, isto foi proporcionado através dos relatos que foram vivenciados em sala de aula oportunizando desconstruir os preconceitos linguísticos reproduzidos muitas vezes de forma inconsciente, compreende-se que a variação linguística é um fenômeno social e ao mesmo tempo cultural, pois esta intrinsecamente relacionado à historia dos sujeitos, às suas experiências, ao espaço geográfico e à cultura regional onde estão inseridos. 
5.ANEXOS 
 
Figura 1. Carolina Maria de Jesus 
Fonte: Editora Ática, 2007
Figura 2. Capa do Livro quarto do Desejo 
Fonte: Editora Ática, 2007 
Figura 3. Trecho do Livro escrito por Carolina 
Fonte: Editora Ática, 2007 
Figura 4. Página do Diário de Carolina Fonte: Editora ática, 2007
Figura 5. Vídeo Heróis de Todo mundo
Fonte: https://www.youtubr.com/watch?v=mLy86VU84 
 
Figura 6. Vídeo Poeta da Diáspara 
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=TOncwwd1c9G 
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 ALKMIM, Tânia. Sociolinguística – parte I.In: MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Christina. (orgs.). Introdução à linguística – domínios e fronteiras. 4 eds. São Paulo: Cortez, 2004. p. 21-48. 
BAGNO, M. Preconceito Linguístico. São Paulo- SP; Loyola, 2015, 56ª edição.
___________. Norma Linguística, Hibridismo e Tradução. Disponível em: < http://repositorio.unb.br/>. Acesso em: 28 de abril de 2020. 
CAMACHO, Roberto G. Sociolinguística – parte II. In: MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Chistina. (orgs.). Introdução à linguística – domínios e fronteiras. 4 eds. São Paulo: Cortez, 2004. p. 49-76. 
MARINHO, J.H.C. e VAL, M.G.C. Variação linguística e ensino. Belo horizonte: MG, Ceale, 2006. 
TARALLO, Fernando. A pesquisa sociolinguística. 8 ed. São Paulo: Ática, 2007. 
TRAVAGLIA, Luiz C.. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

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