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DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO POR ULTRASSONOGRAFIA 
 
A inclusão da ultrassonografia nas práticas do manejo reprodutivo 
aumentou consideravelmente a acurácia dos exames de diagnóstico de 
gestação. Apesar de todas as vantagens que a ultrassonografia oferece ao 
sistema de produção bovino, os profissionais devem conhecer as limitações 
dessa técnica, para que possam prestar serviços de forma competente. 
Alguns cuidados devem ser observados para fazer um diagnóstico 
preciso da gestação em bovinos. Quanto mais cedo é detectada a prenhez, 
maior é a diferença entre o número de prenhez e o número de nascimentos. 
Isso se deve ao fato de que, quanto mais próximo à concepção, maior a 
chance de reabsorção embrionária. Fazendo uso da ultrassonografia, 
consegue-se que a prenhez seja detectada precocemente, ou seja, antes de 
ser detectada com o uso do método da palpação retal, devido à maior perda 
embrionária no início da gestação. Das vacas diagnosticadas prenhes 28 dias 
após a IA, 10% a 16% sofrem perda embrionária precoce até o 56º dia. Por 
esse motivo, vacas com diagnóstico de prenhez precoce com o uso do 
ultrassom devem ser examinadas novamente em torno de 30 a 60 dias após o 
primeiro exame, quando a taxa de perda gestacional diminui significativamente. 
Entretanto, como já comentado, o uso do ultrassom não tem sido implicado 
como causa de morte embrionária no rebanho. Ademais, a ultrassonografia é 
uma técnica de diagnóstico de prenhez menos invasiva do que a palpação 
retal. 
Nas práticas de diagnóstico de gestação por meio da ultrassonografia, o 
embrião já pode ser observado 26 a 29 dias após a concepção. Estudos 
demonstram que, quando a probe de 5 MHz foi utilizada para a detecção de 
prenhez, a acurácia não foi confiável até o dia 18 após a IA; entretanto, após o 
dia 22 e sob perfeitas condições de exame, a acurácia aproximou-se de 100%. 
A maioria dos clínicos concorda que, em condições de campo, aparelhos de 
ultrassonografa com uma probe de 5 MHz representam um método preciso 
para diagnóstico após o 26º dia de gestação, quando, então, os batimentos 
cardíacos do embrião viável podem ser detectados. Probes lineares com 
frequências entre 5 MHz e 8 MHz são geralmente as preferidas para fazer o 
diagnóstico de gestação precoce em bovinos. O método de diagnóstico tem 
excelente sensibilidade, ou seja, habilidade de detecção real de gestação 
(Figura 50). 
 
 
Figura 50. Imagem ultrassonográfca de um embrião (1) com 29 dias. 
Imagem adquirida com probe transretal linear de 5 MHz. 
 
A ultrassonografia permite avaliar o desenvolvimento embrionário 
durante a gestação (Tabela 7). O embrião propriamente dito pode ser 
detectado pela primeira vez no interior da vesícula amniótica aos 20 dias após 
a concepção, quando, então, o embrião apresenta 3,5 mm de comprimento. 
Entre 28 e 31 dias de gestação, os tubérculos dos membros anteriores tornam-
-se visíveis, e os tubérculos dos membros posteriores podem ser visualizados 
aproximadamente 2 dias depois. Os cascos são distinguidos entre os dias 42 e 
49, enquanto os movimentos da cabeça e os membros do feto podem ser 
percebidos por volta dos dias 42 a 50 (Figuras 51 e 52). 
 
Tabela 7. Características gestacionais que servem de parâmetro para o 
diagnóstico nas fases iniciais de gestação, por meio da ultrassonografia. 
 
 
 
Figura 51. Imagem ultrassonográfica de um feto com 50 dias de gestação, 
evidenciando a presença do cordão umbilical (1) na porção ventral. O feto 
encontra-se envolvido pelo líquido amniótico (2). As setas indicam os cascos 
do feto. Imagem adquirida com probe transretal linear de 5 MHz. 
 
 
 
Figura 52. Imagem ultrassonográfica de um feto com 50 dias de gestação. As 
setas indicam os membros anteriores (ma) e posteriores (mp) do feto. Cabeça 
do feto (1). Imagem adquirida com probe transretal linear de 5 MHz. 
 
 As costelas podem ser visualizadas a partir dos dias 51 a 55, e os 
placentônios ao redor do feto, nos dias 33 a 38, e, ao longo dos cornos 
uterinos, pelo 60º dia. Durante o diagnóstico de gestação, é também importante 
avaliar a viabilidade do embrião, prestando especial atenção aos batimentos 
cardíacos, geralmente perceptíveis a partir dos 25 dias de gestação. Os 
batimentos cardíacos podem ser detectados no centro do embrião, em formato 
de uma luz cintilante, com frequência variável, dependendo da idade 
gestacional. Além disso, em gestações mais avançadas, é possível visualizar 
as quatro cavidades do coração fetal (Figura 53). 
 
 
Figura 53. As setas brancas apontam para as cavidades do coração de um 
feto, em imagem ultrassonográfca. Imagem adquirida com probe transretal 
linear de 5 MHz. 
 
 O diagnóstico ultrassonográfico precoce de prenhez revela um lúmen 
uterino contendo uma quantidade variável de fluido anecoico, produzido pelo 
concepto (Figura 50). O acúmulo de fluido e a distensão uterina dependem 
muito do estágio da gestação e da idade da vaca. Às vezes, é difícil localizar o 
embrião antes dos 30 dias de gestação por causa do seu tamanho diminuto em 
meio ao grande volume de fluido amniótico e alantoide. Nesse período, o 
embrião é geralmente encontrado junto à parede uterina e pode estar oculto 
por uma prega endometrial. Um exame cuidadoso na zona do líquido anecoico 
geralmente revela a presença do embrião junto às pregas uterinas. No 30° dia, 
também é possível visualizar a membrana amniótica, que se apresenta 
ecogênica (Figura 54). 
 
Figura 54. Vesícula amniótica (1), embrião de 32 dias (2) e líquido alantoidiano 
(3). É possível visualizar o líquido amniótico entre o embrião e a parede da 
vesícula amniótica. Imagem adquirida com probe transretal linear de 5 MHz. 
 
 Conforme discutido anteriormente, o acúmulo de fluido no útero durante 
o estro pode ser confundido com a imagem anecoica do concepto e, assim, 
causar erro de diagnóstico por falta de experiência do avaliador. Portanto, a 
avaliação do embrião e sua viabilidade são procedimentos de suma 
importância para que o diagnóstico de prenhez possa ser feito de forma 
acurada. Em gestações mais avançadas (> 45 dias), uma das primeiras 
imagens formadas é a de abundante líquido anecoico, distribuído em várias 
partes do útero (pregas uterinas), e também a presença da membrana âmnio 
(Figura 55). Embora esses sinais não sejam suficientes para fornecer um 
diagnóstico definitivo, eles poderão dar indícios sobre a viabilidade da 
gestação, pois o líquido alantoidiano está límpido e o endométrio, sadio. Ainda 
assim, o operador deve dar prosseguimento ao exame para averiguar a 
presença e a viabilidade do feto (Figura 56). 
 
 
Figura 55. Imagem ultrassonográfica, demonstrando as pregas uterinas com 
líquido alantoidiano anecoico (A) e visualização da membrana âmnio (B). 
Imagem adquirida com probe transretal linear de 5 MHz. 
 
 
Figura 56. Visão dorsal da cabeça de um feto com cerca de 50 dias (A) e visão 
lateral da cabeça e do membro anterior de um feto com cerca de 80 dias (B). 
Imagem adquirida com probe transretal linear de 5 MHz. 
 
 
 Além dos sinais clássicos da prenhez previamente descritos, a presença 
de placentônios também serve como forte indício de prenhez e da viabilidade 
fetal. Os placentônios podem ser identificados a partir do 33° dia e são 
visualizados perto do embrião. Na Figura 57, distinguem-se os placentônios de 
uma gestação de cerca de 70 dias e, na Figura 58, os placentônios de uma 
gestação de 210 dias. Como os placentônios crescem com o transcorrer da 
gestação, na Figura 9 é possível identificar as diferentes ecogenicidades entre 
o cotilédone placentário que circunda a carúncula materna (região 
hiperecogênica que circunda a carúncula). 
 
 
Figura 57. Gestação de cerca de 70 dias, evidenciando os placentônios (1), 
que se projetam para o lúmen uterino. Imagem adquirida com probe transretal 
linear de 5 MHz. 
 
 
Figura 58.Imagem de ultrassonografia de um placentônio de 2,93 cm aos 210 
dias de gestação. É possível observar o limite do cotilédone (setas brancas), 
que é a porção hiperecogênica em torno da carúncula. Placentônio (1) e 
líquido alantoidiano (2). Imagem adquirida com probe transretal linear de 5 
MHz. 
 
Medidas usadas para determinar a idade embrionária ou fetal 
 A avaliação da idade gestacional pode ter várias aplicações para o 
manejo reprodutivo de uma fazenda. A precisão da estimativa da idade fetal 
depende de vários fatores, tais como: a raça materna e a paterna, o sexo do 
feto e a duração da gestação. Vários equipamentos de ultrassom já vêm com 
um programa que permite ao veterinário estimar a idade do embrião ou do feto 
bovino usando medidas específicas. A medida mais utilizada é a distância entre 
o ápice cranial (a coroa) e o final da garupa (crown-rump lenght – CRL; Figura 
59) e os diâmetros da cabeça (Figura 60) e do tórax (Figura 61). Essas são 
medidas fáceis de obter e são também as que apresentam maior acurácia no 
diagnóstico quando realizado até o dia 55 de gestação. A partir desse estágio, 
as probes normalmente utilizadas apresentam frequência que não proporciona 
boa visibilidade de todo o comprimento do feto. 
 
 
Figura 59. Avaliação do estágio gestacional por meio da mensuração do ápice 
da cabeça até a garupa (crown-rump lenght – CRL) de um embrião com 39 mm 
de CRL, com aproximadamente 50 dias. Imagem adquirida com probe 
transretal linear de 6 MHz. 
 
 
Figura 60. Avaliação do estágio gestacional por meio da mensuração do 
diâmetro da cabeça (head diameter – HD). HD com 17,2 mm e idade 
gestacional estimada de 62 dias. Imagem adquirida com probe transretal linear 
de 6 MHz. 
 
Figura 61. Avaliação do estágio gestacional por meio da mensuração do 
diâmetro do tórax (thorax diameter – TD). TD com 11,5 mm e idade gestacional 
estimada de 45 dias. Imagem adquirida com probe transretal linear de 6 MHz. 
 
Detecção do sexo fetal por meio de ultrassonografia 
 Outra vantagem da ultrassonografia para diagnóstico de gestação é a 
possibilidade de determinar o sexo do feto. Aproximadamente aos 50 dias de 
gestação, o sexo dos fetos pode ser revelado por meio da localização do 
tubérculo genital, que vem a ser uma estrutura bilobulada altamente ecogênica. 
Como a aparência ultrassonográfica do tubérculo genital do macho e da fêmea 
é similar, vai ser sua posição que vai determinar o diagnóstico. Ao redor dos 58 
dias de gestação, o tubérculo genital do macho atinge sua posição final, 
sutilmente caudal ao umbigo (Figura 62). Na fêmea, por volta dos 53 dias de 
gestação, o tubérculo genital atinge sua posição fnal, ventralmente à cauda 
(Figura 63). 
 
 
Figura 62. Feto masculino aos 60 dias de gestação (A, B). No painel B é 
possível visualizar, com detalhe, o tubérculo genital (seta branca). Na imagem 
de ultrassonografia (C), a seta branca indica o tubérculo genital na porção 
ventral do feto. Imagem adquirida com probe transretal linear de 5 MHz. 
 
 
Figura 63. Feto feminino aos 60 dias de gestação (A). Tubérculo genital logo 
abaixo da cauda (B), alvo da sexagem fetal. A seta branca indica o tubérculo 
genital na visão caudocranial do feto (C). Imagem adquirida com probe 
transretal linear de 5 MHz. 
 
 De forma geral, o melhor período da gestação para fazer a sexagem 
fetal, com bom percentual de acerto, é entre 55 e 120 dias. Assim, um 
profissional experiente é capaz de distinguir o sexo do feto já entre 55 e 60 
dias. Para a obtenção de resultados confiáveis, convém captar imagem frontal 
ou sagital da superfície ventral do feto. Essa técnica exige, de qualquer forma, 
bastante treinamento da parte do técnico. Entre os erros mais comuns 
cometidos por técnicos pouco experientes estão a confusão entre o umbigo e o 
tubérculo genital masculino, e a confusão entre uma porção da cauda (vértebra 
caudal) e o tubérculo genital feminino. 
 
 
Adaptado de: 
PFEIFER, L.F.M; FERREIRA, R. Ginecologia e ultrassonografia reprodutiva em 
bovinos. Ovário bovino. 2. ed. rev. – Brasília, DF: Embrapa, 2017. 138 p.

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