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Perfil longitudinal (rampas e curvas verticais) Aula 8 1 • É o do terreno e da estrada por uma superfície vertical que contém o eixo da planta • Deve ser escolhido para que os veículos que utilizam a estrada o façam com uma razoável • A escolha do perfil está intimamente ligada ao da estrada – Terraplenagem • Condições desfavoráveis de corte e aterro aumentam o custo – Escavações em rocha, estabilização de taludes • A diminuição da altura de um corte ou de um aterro pode reduzir o custo de um determinado trecho de estrada Perfil longitudinal 2 • No entanto, essas reduções nem sempre são possíveis – Características técnicas mínimas exigidas – Existência de pontos obrigados • Concordância com outras estradas • Gabaritos de obras civis • Cotas mínimas de aterro • Analogamente ao projeto em planta, é sempre desejável que o seja razoavelmente para permitir uma operação uniforme – Rampas que não tenham grandes variações de inclinação – Curvas verticais não tenham raios muito diferentes • Contudo, topografia com variações acentuadas obriga, muitas vezes, trechos de perfil com características técnicas bem diferentes Perfil longitudinal 3 • Para seu projeto é necessário o do trecho que foi escolhido para passar com o da via • Representado de forma gráfica: – Abscissas (X): encontra-se o estaqueamento do eixo • Anteprojeto: escala horizontal 1:10.000 • Projeto: escala horizontal 1:2.000 – Ordenadas (Y): as cotas do terreno e do projeto • Anteprojeto: escala vertical 1:1.000 • Projeto: escala vertical 1:200 – Linha Tracejada: Representa o perfil do terreno – Linha Contínua: Representa o perfil da estrada Perfil longitudinal 4 Exemplo de perfil longitudinal 5 • O perfil natural do terreno é inadequado ao tráfego de veículos – Irregular – Inclinação muito forte – Falta de visibilidade – Problemas de drenagem • A superfície natural é substituída por uma superfície projetada ou – É o perfil do eixo da estrada; – Composto por uma seqüência de , concordadas entre si por Perfil longitudinal 6 • O projetista, sempre que possível, deve usar e , de forma a permitir que os veículos possam percorrer a estrada com velocidade uniforme – Projetos desse tipo são possíveis em regiões de topografia pouco acidentada • Em , o uso de rampas suaves e curvas de raios grandes e, conseqüentemente, – Maiores cortes e aterros – Nesses casos, a escolha do greide é uma entre ou Perfil longitudinal 7 Exemplo de perfil longitudinal 8 Perfil do terreno Greide Esquema da planta • Dividem-se em 2 tipos – ASCENDENTES (+) e DESCENDENTES (-) • Exercem influência no desempenho dos veículos – Quanto maior relação PESO/POTÊNCIA, maior tempo o veículo levará para transpor uma rampa ascendente • Veículos de passageiros – Vencem rampas de 4% a 5% com pequena perda de velocidade – Rampas de até 3%, o comportamento é praticamente o mesmo que nos trechos em nível • Caminhões – A perda de velocidade em rampas é bem maior do que a dos veículos de passageiros Rampas 9 • Nas rampas ascendentes, a desenvolvida por um depende de vários fatores – Inclinação e comprimento da rampa – Peso e potência do caminhão – Velocidade de entrada na rampa – Habilidade e vontade do motorista • O dos caminhões em uma determinada rampa cresce à medida que a relação – Veículos com a mesma relação peso/potência têm aproximadamente o mesmo comportamento nas rampas • Caminhões médios conseguem manter velocidades da ordem de 25 km/h em rampas de até 7% e caminhões pesados, apenas velocidades da ordem de 15 km/h, nessas rampas Rampas 10 • Considerando o comportamento dos veículos nas rampas é possível obter elementos para a determinação das inclinações máximas admissíveis – Rampas máximas com • Permitem o movimento de veículos de passageiros sem restrições • Afetam pouco a velocidade dos caminhões leves e médios e são indicadas para estradas com – Rampas máximas com • Pouca influência no movimento dos veículos de passageiros • Afetam bastante o movimento de caminhões, especialmente os pesados, e são aconselháveis para estradas com – Rampas com inclinação • Utilizadas em estradas secundárias, com – A perda de velocidade não cause constantes congestionamentos • Em estradas destinadas ao tráfego Rampas máximas e mínimas 11 Inclinação máximas das rampas (%)(DNIT) Classe de projeto Relevo Plano Ondulado Montanhoso 0 3 4 5 I 3 4,5 6 II 3 5 6 III 3 5 a 6 6 a 7 IV 3 5 a 7 6 a 9 Rampas máximas e mínimas(%) 12 Inclinação máxima das rampas (%) (DER-SP) Terreno Classificação das rodovias Plano Classe E Classe I Classe II Classe III Plano 3 3 4 4 Ondulado 4 4,5 5 6 Montanhoso 5 6 7 8 Inclinações máximas das rampas (AASHTO) Velocidade de projeto (km/h) Rampas máximas (%) 110 5 50 7 a 12 60 a 90 Valores intermediários Rampas mínimas de 0,5% a 1% em cortes extensos ou em pistas com guias laterais para garantir condições mínimas de drenagem de uma determinada rampa ascendente na qual o veículo-padrão poderá • Sucessão de rampas curtas devem ser evitadas – Problemas de visibilidade para ultrapassagem, que afetam a capacidade de tráfego e afetam a segurança da estrada • Rampas com grande extensão – Provoca a redução da velocidade dos caminhões reduzindo a capacidade de tráfego e a segurança da estrada • Não é um elemento que possa ser prefixado de uma maneira geral, pois em regiões montanhosas a topografia pode exigir rampas de grande extensão Comprimento crítico das rampas 13 Comprimento crítico das rampas 14 10 20 25 30 40 0 1 2 3 4 5 6 7 0 100 200 300 400 500 600 700 In cl in a çã o d a r a m p a ( % ) Comprimento da rampa (m) • Caminhão nacional de 154 kg/kW e velocidade de entrada na rampa de 80 km/h • Para determinação do comprimento crítico – Escolhe-se a maior perda de velocidade aceitável (geralmente 25 km/h) – Com a inclinação da rampa, determina-se o comprimento crítico em função da curva de redução de velocidade escolhida Curvas de redução de velocidade em km/h • As estradas devem ser projetadas de forma que a dos caminhões nas subidas para os veículos que tentam ultrapassá-los • Para que o tráfego tenha escoamento normal em cria-se, a partir do ponto onde a rampa atinge o comprimento crítico, uma para o trafego de veículos lentos • Em estradas com múltiplas faixas de tráfego, as velocidades baixas de caminhões podem ser mais toleradas do que em estradas de duas faixas e dois sentidos – Maiores oportunidades de ultrapassagem – Reduz o congestionamento provocados pela espera por ultrapassagem Comprimento crítico das rampas 15 • Têm por objetivo concordar as rampas de projeto • Podem ser • As curvas utilizadas para concordância vertical ou Curvas verticais de concordância 16 i1 (+) i2 (-) Convexa d = i2 – i1 (-) i1 (-) i2 (+) Côncava d = i2 – i1 (+) Tipos de curvas verticais 17 =d • Devem ser escolhidas de forma a atender às condições – De segurança – Boa aparência – Visibilidade – Drenagem adequada • A curva mais utilizada para concordância vertical é a com eixo vertical – Proporciona boa aparência à curva – Boa concordância entre as tangentes – Cálculo fácil de suas cotas Curvas verticais de concordância 18 • Propriedades da parábola – O (I) de duas tangentes à parábola,traçadas a partir de dois pontos quaisquer P1 e P2 pertencentes à parábola, possui cujo valor é a entre as abscissas dos pontos e • A sua localiza-se no Curvas verticais parabólicas 19 L/2 L/2 L P1 P2 Parábola I • Elementos da curva vertical – PIV : Ponto de interseção das tangentes – PCV: Ponto de curva vertical = início da curva vertical – PTV: Ponto de tangentevertical = fim da curva vertical – Lv: Comprimento da curva vertical (projeção horizontal) – i1 : Inclinação da primeira rampa (+) ascendente ou (-) descendente – i2 : Inclinação da segunda rampa (+) ascendente ou (-) descendente – di : Diferença algébrica entre inclinações ( i2 – i1) Curvas verticais parabólicas 20 Lv/2 Lv/2 Lv PCV PTV Parábola PIV i1 i2 Propriedades da curva vertical 21 2 Lv PCV PIV PIV PTV 2 Lv PCV PIV 2 Lv PTV PIV 1 2 Lv PCV PIV i cota do cota do 2 2 Lv PTV PIV i cota do cota do A variação total da inclinação é di = i2 – i1 Lv/2 Lv/2 Lv PCV PTV Parábola PIV i1 i2 • Origem no PCV – x = 0, y = 0 c = 0 • Para determinação de a e b impor concordância com as rampas no PCV e PTV, ou seja, que as tangentes nesses pontos sejam i1 e i2 Equação da curva 22 , ' 2 dy sendo y ax b dx 1 1, 0 2 dy No PCV x i a o b b i dx d 2 12 1, 2 2 2 ii idyNo PTV x Lv i a Lv i a dx Lv Lv d 2 1 2 iy x i x Lv • Seja o ponto de ou da curva, para os casos de rampas com sinais diferentes, e sua Pontos de máximo e de mínimo 23 Sendo a equação da curva, derivando como nos pontos de máximo, ou de mínimo, 2 1 1 1 0 0 1 2 1 0 2 , 0 0 2 i i ii i y x i x Lv dy dy x i dx Lv dx i Lv L L i V Lv i Lv y d d dd d Coordenadas, em relação ao PCV, de alguns pontos singulares da curva 24 1 2 2 x Lv PTV i i Lv y 0 0 x PCV y 1 2 2 Lv x PIV i Lv y 1 2 8 2 i Lv x M Lv i Lv y d 1 2 1 2 i i i Lv x V i Lv y d d 2 1 2 iy x i x Lv d cota(P) cota(PCV) cota(PCV) P Cálculo das cotas dos pontos da curva em relação à primeira tangente 25 Considerando o sistema de coordenadas, as ordenadas dos pontos da primeira rampa são: y = i1·x 2 1 2 1 1 2 , 2 : 2 2 i i i Sendo y x i x a equação da curva Lv a flecha f para qualquer ponto da curva será f i x x i x Lv f x Lv d d d f F , ( ) 2 8 i Lv Em particular no PIV x Lv F d 2 2 4 x f F Lv é escolhido em função de uma análise cuidadosa dos diversos do projeto, com o objetivo de obter um com • A parábola simples é muito próxima de uma circunferência – Usual referir-se ao valor do raio Rv da curva vertical • Deve ser entendido como o raio da circunferência equivalente à parábola, isto é, uma circunferência de raio Rv igual ao Comprimento mínimo das curvas verticais 26 iLv Rv d Lv = comprimento da curva (m) (projeção horizontal) Rv = raio no vértice da parábola (m) di = diferença algébrica de rampas (número decimal) • O é determinado em função das condições necessárias de – Deve proporcionar ao motorista o espaço necessário para a segura quando é avistado um obstáculo em sua faixa de tráfego – Condições de conforto e boa aparência são normalmente alcançadas quando a curva atende às condições mínimas de visibilidade • Para todas as curvas convexas da estrada a seguinte condição deve ser respeitada Curvas verticais convexas 27 S D S = distância de visibilidade do motorista D = distância de parada distância de frenagem condição mínima distância de ultapassagem condição especial D Df D Du • Para determinar , considera-se e se estabelece a altura do motorista em relação à pista (h1) e a altura do obstáculo (h2) – 1º caso: S = Df ≤ Lv – 2º caso: S = Df ≥ Lv Curvas verticais convexas 28 Na condição mais desfavorável, tanto o veículo quanto o obstáculo estarão sobre a curva O veículo e o obstáculo estarão sobre as rampas AASHTO : h1 = 1,07 m e h2 = 0,15 m DNIT : h1 = 1,10 m e h2 = 0,15 m • 1º caso: S = Df ≤ Lv Curvas verticais convexas 29 2 min 1 2 1 22 2 i Df Lv h h h h d 2 min 4,04 i Df Lv d Lvmin e Df em metros e d em decimal AASHTO DNIT 2 2 min min 412 412 Nomenclatura i DNIT Df Dp Lv Lv Ad min minLv K A Lvmin e Dp em metros A=d em porcentagem K, parâmetro da parábola, em metros 2 min 412 Dp k • 2º caso: S = Df ≥ Lv Curvas verticais convexas 30 min 1 2 1 2 2 2 2 i Lv Df h h h h d min 4,04 2 i Lv Df d AASHTO Lvmin e Df em metros e d em decimal DNIT min 412 2Lv Dp A Lvmin e Dp em metros A=d em porcentagem K, parâmetro da parábola, em metros min minLv K A min 2 2 412Dp k A A • A determinação do Lvmin de curvas côncavas é feito em função da (alcance dos faróis), das condições de conforto e da drenagem superficial • A extensão iluminada pelos faróis depende da destes e da em relação ao eixo longitudinal do veículo – Aconselham-se os valores • h3 = 0,6 m • a = 1º Curvas verticais côncavas 31 • 1º caso: S = Df ≤ Lv • 2º caso: S = Df ≥ Lv Curvas verticais côncavas 32 Veículo e obstáculo sobre a curva côncava O veículo e o obstáculo estarão sobre as rampas • 1º caso: S = Df ≤ Lv Curvas verticais côncavas 33 2 min 32 i Df Lv h Df tg d a 2 min 1,2 0,035 i Df Lv Df d AASHTO DNIT 2 min 122 3,5 Dp Lv A Dp min minLv K A 2 min 122 3,5 Dp k Dp • 2º caso: S = Df ≥ Lv Curvas verticais côncavas 34 3 min 2 2 i h Df tg Lv Df a d min 1,2 0,035 2 i Df Lv Df d Lvmin e Df em metros AASHTO DNIT min 122 0,0175 2 Dp Lv Dp A min minLv K A min 2 2 122 0,0175Dp Dp k A A Valores de K (DNIT) 35 é o uso de curvas verticais de • O comprimento das curvas, tanto convexas quanto côncavas, deve atender à condição • Em curvas com mesmo raio, o nas curvas é que nas porque, nas primeiras, o efeito das forças de gravidade e centrípeta tendem a se compensar, ao passo que nas côncavas esses efeitos se somam Curvas verticais Critério do mínimo valor absoluto 36 min 0,6Lv Vp Lvmin = comprimento mínimo da curva vertical (m) Vp = velocidade de projeto (km/h) • A aceleração centrifuga admissível (a) não deve ultrapassar uma porcentagem da aceleração da gravidade (g) – Limitar o desconforto devido a variação da aceleração radial – Curvas verticais côncavas: g+a – Curvas verticais convexas: g-a • Valores mínimos de k Kmin Critério da máxima aceleração centrífuga admissível 37 2 min 1296 V k a K = parâmetro da parábola (m) V = velocidade (km/h) a = aceleração centrífuga admissível (m/s2) Kmin Critério da máxima aceleração centrífuga admissível 38 • Valores admissíveis de “a” – 1,5% para rodovia de elevado padrão – 5,0% para rodovia de reduzido padrão Velocidade (km/h) 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 a = 1,5%·g 4,72 8,39 13,11 18,88 25,69 33,56 42,47 52,47 63,45 75,51 a = 5,0%·g 1,42 2,52 3,93 5,66 7,71 10,07 12,74 15,73 19,03 22,65 Gráficos para determinação do Lv Curvas convexas – Condições mínimas 39 Gráficos para determinação do Lv Curvas convexas – Condições desejáveis 40 Gráficos para determinação do Lv Curvas côncavas – Condições mínimas 41 Gráficos para determinação do Lv Curvas côncavas – Condições desejáveis 42
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