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EDUCAÇÃO, CULTURA E DIVERSIDADE simulado av

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Educação: cultura e diversidade
Aula 1 
O conceito de minoria não contempla as ramificações sociais que a ele são associadas.
1. O conceito de minoria possui uma característica recorrente oriunda do senso comum: grupo menor. Quando, no entanto, debatemos minoria à luz das perspectivas das ciências humanas, como a Sociologia e a Educação, essa leitura torna-se muito mais complexa. A importância para a Educação do estudo sobre as minorias pode ser percebida em seu papel de: Reforçar as diversidades e ampliar o papel das mobilizações coletivas.
O conceito de minoria deve ser retirado do lugar de uma simples conclusão. Para fugirmos de práticas educativas unilaterais é necessário reforçar as diversidades e ampliar as mobilizações coletivas.
2. Estudamos a necessidade de fugir das generalizações sobre as minorias e respeitar as manifestações subjetivas. Leia as opções abaixo e escolha aquela que não reforça essa generalização: Compreender as peculiaridades dos sujeitos
Ao ampliarmos o conceito de minoria, percebemos que as relações vão além de uma categorização estabelecida por padrões. Por isso, nas ações educativas é urgente compreender as peculiaridades dos sujeitos.
A Escola e a religião
1. Ao falarmos de religiosidade no conjunto social, identificamos um conjunto de trajetórias singulares. No Brasil, vivemos um clima de tensão entre segmentos de religiões cristãs e grupos de religiões afrodescendentes. Diante desse quadro, é recorrente alunos interessados em saber qual o segmento religioso do professor, ou ainda, a resistência a colegas por pertencerem a grupos diferentes. Sobre a atuação docente na identificação desses problemas em sala de aula, sua atitude deve ser: Adotar a técnica da escuta sensível para desenvolver empatia e ter a oportunidade de compreender a essência do problema.
O debate sobre a religiosidade deve ser pautado numa escuta dedicada do profissional da educação para construir suas interpretações e ele precisa ouvir atentamente as falas dos alunos e não oferecer julgamentos. A adoção de conceitos como o de Carl Rogers permite que seja superada a ilusão da tolerância por uma construção de significações própria dos alunos.
3. Silenciamentos. Esse conceito nem parece um conceito. Mas todos nós já ouvimos que “religião não se discute”; essa é a construção do senso comum sobre o debate religioso em qualquer lugar, inclusive na escola. No entanto, a ação na escola precisa ser diferente. O papel de romper com o silenciamento na escola precisa ser feito uma vez que: É preciso dialogar sobre fé cotidianamente, realizando as mediações necessárias para a superação do preconceito.
Na superação dos prejuízos impostos às minorias religiosas e na obtenção de uma comunidade escolar pautada na tolerância, é necessário fugirmos do silêncio. Precisamos conversar de maneira direta sobre a diversidade ideológica.
1. Nossas leituras e conversas sobre periferia atentaram para a diversidade do conceito. Assinale a única opção que consegue afirmar a complexidade do conceito de periferia. A leitura do conceito deve ser plural e centrada nas subjetividades.
Nas construções cotidianas e no saber/fazer em educação, os profissionais precisam atentar para as diversidades e fugir das generalizações, entendendo que a leitura do conceito deve ser plural e centrada nas subjetividades.
2. As periferias estão associadas diretamente às mobilizações sociais coletivas, e as escolas de nosso país precisam inserir esses movimentos no currículo escolar. Apresentamos algumas situações do cotidiano escolar que reforçam a afirmação apresentada acima. Assinale a alternativa que contenha uma prática que não corresponde a ela: As periferias devem receber uma política pública padronizada e as escolas não precisam incluir as memórias locais em suas ações.
O conceito de periferia pode ser confundido com o de ações coletivas tendo em vista que a sobrevivência desse grupo está associada às suas mobilizações. São as organizações que vão denunciar os limites das políticas públicas e fornecer ao grupo uma legitimidade social. A escola precisa compreender esses processos e negar a visão que diz: as periferias devem receber uma política pública padronizada e as escolas não precisam incluir as memórias locais em suas ações.
Aula 2
1. Considerando a legislação vigente no Brasil durante o Período Colonial, é correto afirmar: Não havia impedimento legal para escravos serem alfabetizados, mas a alfabetização era extremamente restrita devido às suas condições de vida
A legislação em vigor não proibia que escravos fossem alfabetizados, até porque a administração da vida dos escravos era privativa dos senhores, com pouca intervenção da Coroa. No entanto, devido à brutalidade do regime escravista e ao fato de que eles eram vistos apenas como força de trabalho, o acesso à alfabetização era algo raro.
2. Conforme estudado, a Constituição de 1824 determinava que a instrução primária era gratuita para todos os cidadãos. Foi no século XIX que surgiram as primeiras leis visando organizar a educação do país recém-independente. Sobre isso, podemos afirmar que: O modelo de país que se constituiu a partir da Independência estimulava a discriminação, reservando à população negra a aprendizagem de serviços manuais, negando aos escravos e libertos o ingresso em escolas, como aponta, entre outras, a proposta de reforma educacional de Leôncio Carvalho (1879).
A negação do acesso de escravos e libertos às escolas representa práticas discriminatórias e um reforço ao estereótipo de certa aptidão inata dos negros às atividades manuais. Esse discurso se materializou tanto na reforma criada pela Província do Rio Grande do Norte, em 1835, quanto, mais de quarenta anos depois, na proposta de Leôncio de Carvalho, em 1878.
1. Sobre as políticas de ações afirmativas no Brasil, é incorreto afirmar: Getúlio Vargas, conhecido também como o pai dos pobres, foi o responsável em atender boa parte das reivindicações do Movimento Negro.
A política de Vargas ‒ apresentada em 1930 como 
revolucionária‒ tornou-se fortemente conservadora a partir de 1937, em especial quando o decreto de dezembro daquele ano acabou proibindo as atividades de grupos que ameaçassem o regime, o que foi avassalador para o Movimento Negro.
2. Conforme visto, o Movimento Negro foi o grande articulador das propostas educacionais que visavam combater as desigualdades raciais a partir da inclusão de temas como preconceito racial, racismo ou conteúdos de História da África e dos afrodescendentes dentro da escola e, ao mesmo tempo, possibilitar o acesso dos negros à educação formal, especialmente o Ensino Superior, de maneira que as desigualdades econômicas e sociais entre brancos e negros também pudessem ser combatidas. Nesse sentido, sobre o Movimento Negro, marque a alternativa que não corresponde ao seu histórico: Tratava-se de um grupo com perfil heterogêneo que se organizou em um período relativamente recente, a partir da Marcha Zumbi contra o Racismo, na década de 1980, atuando na defesa da população negra e da inserção de suas reivindicações na Constituição de 1988.
A organização dos homens negros era anterior à República, quiçá à própria Abolição. Com a República, esses grupos fizeram-se presentes em associações que eram conhecidas como associações de homens de cor. Marginalizadas, defendiam e brigavam para a aproximação dos estatutos de igualdade dos sujeitos no Brasil.
1. Muitas vezes ouvimos expressões como, “Raça não existe” ou “Só existe a raça humana”. No senso comum, a discriminação racial é interpretada mais como uma discriminação de classe do que de cor. A partir dos estudos realizados neste módulo, marque a alternativa correta: Na escola, é recorrente o uso de que os chamamentos racistas não são realmente importantes. Alunos argumentam que são amigos e que aquilo é uma forma de brincadeira. O humor para hostilizar as pessoas devido à cor da pele, tipo de cabelo, condição econômica etc., é visto como um ato desimportante, mas deve ser entendido como uma forma de violência e recebera intervenção da escola.
Seria muito bom que a desigualdade social tivesse sido vencida. Todas as medidas apresentadas, como o ensino de História da África, política de cotas e defesa de que os termos foram ressignificados para formas de carinho e não de exclusão foram e continuam sendo válidas, mas nenhuma delas pode vencer a estrutura histórica da desigualdade de um momento para o outro. As raízes são mais profundas e a escola as reproduz. Ela não pode fugir da realidade social e, por isso, deve propor enfrentamentos a esses problemas.
2. Os estudos mais recentes, como visto neste módulo, têm mostrado que não é possível entender as desigualdades no Brasil sem considerar as questões raciais e de gênero que se intercruzam. O contexto educacional, portanto, também não pode excluir essa conjuntura de suas análises. Nesse sentido, de acordo com o que foi estudado, marque a alternativa mais adequada. Estudos históricos demonstram que as crianças, ao perceberem nos brinquedos, nas lojas e nos meios de comunicação que o belo é o que eles não são, acabam crescendo com um olhar que nega a si, seja o seu cabelo, sejam os seus traços.
A perspectiva da representatividade tem sido debatida como uma forma de romper a reafirmação da desigualdade racial. A cada momento em que o sujeito se vê presente, se vê capaz, se sente parte do tecido social, mais facilmente podemos estabelecer a trajetória histórica da exclusão.
Aula 3
1. No Brasil, a educação indígena tem uma trajetória histórica própria que pode e deve ser pensada de modo independente das demais modalidades de ensino. Essa especificidade coincide com o percurso das relações de contato interétnico entre os povos indígenas e não indígenas, desde o processo de colonização até os dias atuais. Sobre essa trajetória, assinale a única alternativa incorreta: A trajetória histórica da educação indígena no Brasil costuma ser dividida em quatro diferentes fases, sendo a primeira e mais extensa correspondente apenas ao período de domínio colonial e, consequentemente, à dinâmica assimilacionista. Já as fases posteriores coincidem com o contexto histórico pós-independência.
A alternativa C apresenta conteúdo incorreto. O erro está em desconsiderar o período que se estende de 1822, ano da proclamação da Independência do Brasil, até 1910. Nesse sentido, é incorreto afirmar que a primeira fase da história da educação indígena no Brasil compreenda apenas o período colonial, já que ele abarca todo o período colonial (1500-1822), todo o período imperial (1822-1889) e também o início da República (1889-1910).
2. A história da educação indígena no Brasil pode ser dividida em duas grandes tendências, dentro das quais são comumente identificadas quatro fases históricas distintas. Essas tendências são a da “educação escolar para os índios” e a da “educação escolar indígena”. A respeito dessa distinção, assinale a alternativa correta: A expressão “educação escolar para os índios” revela um lugar de subalternidade reservado aos povos indígenas, para quem são direcionadas políticas educacionais elaboradas por não indígenas e à revelia das demandas indígenas. Em contrapartida, por “educação escolar indígena” entendemos a participação direta dos povos indígenas na elaboração das políticas educacionais para suas próprias comunidades e de acordo com suas demandas.
A alternativa está correta porque assinala a raiz da diferença entre as expressões “educação escolar para os índios” e “educação escolar indígena”. A diferença consiste em uma profunda mudança de paradigma, pois se, no primeiro caso, temos um projeto educacional elaborado por não indígenas e com o propósito de assimilar e dominar os povos indígenas, no segundo caso, a expressão se refere a projetos educacionais elaborados por povos indígenas e direcionados a eles com propósitos de soberania, autonomia e autogestão.
1. Os temas da diversidade na educação, da educação escolar indígena e do ensino de história indígena nas escolas estão todos relacionados com a questão do reconhecimento e da valorização da diversidade cultural nos âmbitos local e global. O tema da diversidade cultural é também central ao debate sobre a construção e o aprofundamento de regimes democráticos. Nesse sentido, assinale a seguir a alternativa incorreta a respeito do entrecruzamento de todos esses temas:
A educação escolar indígena, o ensino de história indígena nas escolas e a valorização da diversidade cultural podem ser legitimamente questionadas, levando-se em consideração a realidade de miscigenação cultural experimentada pela população brasileira e a consequente impossibilidade de definição étnica e racial de povos miscigenados.
A alternativa é incorreta porque supõe um sentido biológico para a definição de raça e etnia. Ao sugerir que, com a miscigenação, brancos, negros e indígenas deixariam de ser autênticos representantes de “raças biológicas”; o item desconsidera que raça e etnia, assim como o racismo, são experiências de natureza sociológica.
2. É comum que se entendam a educação escolar indígena e o ensino de história indígena nas escolas como sendo a mesma coisa. Contudo, apesar dos dois projetos educacionais dialogarem com o princípio da comunicação intercultural, são bastante diferentes entre si. A respeito das especificidades, diferenças e confluências entre educação escolar indígena e ensino de história indígena nas escolas, assinale a seguir a alternativa correta:
A educação escolar indígena e o ensino de história indígena nas escolas são as duas faces de um projeto de comunicação intercultural que visa, de um lado, romper com os estereótipos racistas contra os povos indígenas e, por outro, garantir o direito à educação diferenciada para os povos indígenas.
A alternativa está correta porque assinala a comunicação intercultural como uma via de mão dupla no processo educacional de indígenas e não indígenas. Tanto a educação escolar indígena quanto o ensino de história indígena nas escolas contribuem com a construção de interseções entre as culturas, promovendo a possibilidade de convivialidade entre elas
1. Os povos indígenas no Brasil são diversos não apenas em termos sociolinguísticos e culturais, mas também em relação às suas próprias trajetórias históricas. Sobre a relação entre educação escolar indígena e a diversidade entre os povos indígenas no Brasil, assinale a alternativa correta:
Qualquer abordagem da temática indígena deve levar em consideração as especificidades linguísticas e culturais desses povos, apesar das semelhanças quanto às suas trajetórias históricas e das experiências idênticas em relação ao status jurídico de seus respectivos territórios.
Essa alternativa está correta porque nos lembra da diversidade existente entre os povos indígenas e da impossibilidade de se tomar um único caso como representativo da totalidade das experiências indígenas.
3. Quando se fala em educação escolar indígena, inevitavelmente se pensa em termos como interculturalidade, educação bilíngue e educação diferenciada. A respeito do significado desses termos e de sua relação com as políticas educacionais indígenas, assinale a única alternativa correta:
A dimensão de interculturalidade subjacente à política de educação escolar indígena leva em consideração as diferenças culturais entre os povos indígenas e não indígenas e também a busca pela comunicação entre ambas, apesar das diferenças.
O conceito de interculturalidade se refere, ao mesmo tempo, às diferenças entre as culturas e à possibilidade de convivência não conflituosa entre elas, devido ao reconhecimento mútuo de suas especificidades.
Aula 4
1. Apesar da polissemia que caracteriza o termo cultura, seu sentido etimológico elementar sobreviveu ao longo do tempo. Assinale, entre as opções a seguir, aquela que melhor define esse sentido.
Em seu sentido etimológico elementar, cultura remete às práticas agrícolas e ao acúmulo do trabalho das gerações anteriores no trato com a terra. De alguma forma, a associação entre cultura e repertório coletivo sobrevive até hoje.
À luzda discussão desenvolvida por Alfredo Bosi, o termo cultura, originalmente, refere-se às técnicas agrícolas e remete ao acúmulo do trabalho humano na terra ao longo do tempo.
2. No tratado Histórias, Heródoto elaborou uma forma de lidar com as manifestações culturais que chegou até a modernidade. Assinale entre as opções abaixo aquela que melhor apresenta esse legado.
Heródoto produziu uma retórica da alteridade. Seu interesse era colocar lado a lado os grandes feitos de gregos e bárbaros, igualmente dignos de lembrança. Ganhou força, assim, a ideia de que culturas diferentes também são dignas de serem estudadas.
O texto de Heródoto é marcado pela preocupação de traduzir a alteridade, o bárbaro, para o grego, fundando a ideia de que existem culturas diferentes dignas de serem observadas e estudadas.
A Paideia atendia aos mesmos critérios de inclusão/exclusão da democracia ateniense. Assinale entre as alternativas abaixo aquela que melhor relaciona a Paideia e a democracia na antiguidade grega.
Entre os gregos, a Educação, chamada de Paideia, era considerada como o preparo para o exercício da cidadania na pólis democrática, sendo, por isso, condicionada aos mesmos critérios de exclusão da cidadania: restrita a homens nascidos em Atenas.
A Paideia grega era vista como o preparo para o exercício da cidadania, atendendo aos mesmos critérios de exclusão da democracia, contemplando apenas homens nascidos em Atenas. Precisamos lembrar que a sociedade ocidental se considera herdeira da sociedade greco-romana. Nesse sentido, o papel da Paideia é central na percepção dos conceitos que construímos.
2. A modernidade trouxe uma grande novidade epistemológica que mudou estruturalmente a forma como o mundo ocidental tratava a transmissão dos saberes. Assinale entre as alternativas a seguir aquela que melhor apresenta essa transformação estrutural.
A modernidade deslocou o centro da autoridade do conhecimento de Deus para o método, o que foi incorporado por Descartes no livro Discurso sobre o método.
A modernidade fez do método a grande autoridade do conhecimento, ocupando o lugar que na Idade Média era de Deus. A noção de modernidade baseia sua visão ao considerar que uma grande e indiscutível ruptura foi recuperada, ao mesmo tempo em que a razão e sua condução seria a verdade a ser desenvolvida.
1. Um dos projetos que atualmente pautam a cultura pedagógica é a racionalidade neoliberal. Assinale entre as alternativas a seguir a que melhor define os efeitos da racionalidade neoliberal na cultura escolar.
No plano da Educação, a razão neoliberal esvaziou a razão iluminista, à medida que passou a tratar a Educação como um produto a ser consumido individualmente.
A razão neoliberal deixou de tratar a Educação nos termos iluministas, segundo os quais a atividade pedagógica era o motor do progresso coletivo. O neoliberalismo a aproxima da condição das dinâmicas econômicas, como muitas outras, em que o Estado não tem responsabilidade direta e sua valorização deve ser estabelecida na dinâmica de valores (financeiros) e na disposição de investimento. A ação do Estado deve ser garantir vínculos mínimos a sujeitos para serem integrados nas dinâmicas econômicas.
3. As perspectivas pós-coloniais e decoloniais tornaram-se muito importantes no debate pedagógico contemporâneo. Assinale, entre as alternativas a seguir, aquela que melhor define essas perspectivas.
As perspectivas pós-colonial e decolonial criticam o uso da racionalidade como instrumento de dominação colonial, propondo então a emancipação de saberes historicamente dominados e silenciados.
As perspectivas decolonial e pós-colonial consistem em críticas à dimensão epistêmica do poder colonial. Trata-se da discussão de temáticas localizadas versus discursos hegemônicos com a educação sendo uma forma de rompimento de amarras históricas e representativas. Na Educação, os sujeitos são solicitados a se reconhecer e a se rebelar contra sistemas que foram naturalizados em suas dinâmicas sociais.
Sobre o papel do Ensino de História Indígena nas escolas assinale a seguir a alternativa incorreta: O Ensino de História Indígena nas Escolas é obrigatório apenas para a educação pública, sendo facultativa no caso da educação privada. 
Explicação:
O Ensino de História Indígena nas Escolas é obrigatório apenas para a educação pública, sendo facultativa no caso da educação privada. 
(SEMED  2015) A educação da dimensão religiosa do cidadão que frequenta a escola é o principal objetivo do Ensino Religioso. Numa escola pública, aberta a todos, há de se considerar os educandos de diferentes credos. Sobre o que estes deverão encontrar na Escola, foram feitas algumas afirmativas. Analise-as. Os educandos deverão encontrar
I. os fundamentos para valorizar a sua crença e respeitar a dos outros.                                                              
II. as razões para a sua inserção ou não numa religião e da busca da vivência dos valores propugnados pela religião a que pertence.                                                                                                                          
III. os critérios para uma postura equilibrada, em relação aos questionamentos existenciais considerando a cultura de sua comunidade, o contexto sociopolítico e outras áreas que possibilitem a não síntese entre Ciência, Fé, Cultura e Realidade Sociopolítica.                                                                                              
IV. os motivos para exercitar a sua reflexão diante das atitudes e estruturas de justiça e injustiça.
As afirmativas CORRETAS são:  I e II, apenas.
Explicação:
No primeiro contato com a sala de aula, a delimitação das vozes sobre religião pode determinar as práticas e silenciar o debate sobre a diversidade da fé, construindo assim um conjunto de regras que defende o restrito. A sala de aula não é para esse tipo de conversa e os educandos não devem filosofar sobre religião.
A ação dos jesuítas tinha como público-alvo as populações indígenas. Em relação à população negra, a escolarização e a catequização: se limitavam aos escravos das propriedades jesuíticas
Explicação:
A ação dos jesuítas tinha como público-alvo as populações indígenas. Em relação à população negra, a escolarização e a catequização se limitavam aos escravos das propriedades jesuíticas, uma vez que, aos demais, o acesso à educação era extremamente difícil, como lembra o padre Serafim Leite, historiador da Companhia de Jesus: Os escravos negros não eram livres para buscarem a instrução média e superior, e claro está que os senhores não os compravam para os mandar aos estudos e fazer deles bacharéis ou sacerdotes.
A Reforma Leôncio Carvalho (1879), foi importante, naquele período, porque. :derrubou o veto sobre a frequência dos escravos nas escolas públicas
Explicação:
A Reforma Leôncio Carvalho derrubou o veto sobre a frequência dos escravos nas escolas públicas, levando alguns escravizados a frequentarem escolas profissionais e, a partir daí, multiplicar o que aprendiam com outros negros em espaços informais, às vezes na própria senzala.
Sobre os paradigmas assimilacionista e emancipacionista na história da educação indígena é correto afirmar que: O paradigma emancipacionista é relativamente recente e resulta da luta histórica dos movimentos sociais indígenas e dos direitos conquistados com a promulgação da Constituição Federal de 1988.
Explicação:
O paradigma emancipacionista é relativamente recente e resulta da luta histórica dos movimentos sociais indígenas e dos direitos conquistados com a promulgação da Constituição Federal de 1988.
Um dos desafios ou problemas enfrentados pela Educação Escolar Indígena diz respeito à própria escola como instituição contraditória. A contradição inerente à instituição escolar consiste no fato de que elas são capazes tanto de promover a autonomia quanto a domesticação de conhecimentos tradicionais. A respeito da escola como um lugar de contradições assinale a alternativa incorreta: 
Uma vez reconhecido o caráter contraditório das escolas,especialmente seu potencial de domesticação decorrente de um currículo eurocêntrico, a implementação de uma Educação Escolar Indígena perde o sentido. 
Explicação:
Uma vez reconhecido o caráter contraditório das escolas, especialmente seu potencial de domesticação decorrente de um currículo eurocêntrico, a implementação de uma Educação Escolar Indígena perde o sentido. 
A História da Educação dos indígenas pode ser dividida em quatro fases, a segunda fase é: exercida através da política de ensino da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e a articulação com missões religiosas como a Summer Institute of Linguistics (SIL).
Com a extinção do SPI, em 1967, a educação escolar para os índios ficaram sob a responsabilidade: Da Funai
Explicação:
Sob responsabilidade da FUNAI, a escolarização indígena apresentou continuidade com os modelos anteriores, já que manteve, essencialmente, sua estrutura e seu funcionamento com base nos pressupostos ideológicos que pensavam a escola para índios como instrumento de assimilação.
Sobre a relação indivíduo e sociedade definida pelos autores clássicos da Sociologia, é correto afirmar que a cultura: as normas, os costumes e as regras sociais não são algo externo ao indivíduo, mas estão internalizados
Explicação:
Cultura originalmente remete ao repertório de uma sociedade, ao acúmulo das realizações coletivas. Esse sentido básico permaneceu, ainda que outros significados tenham se somado ao longo do tempo.
(UFF) O surgimento da Antropologia enquanto ciência propiciou a formulação de novos conceitos e posturas com relação ao entendimento de povos então considerados exóticos. Os primeiros antropólogos, evolucionistas, recorriam a explicações etnocêntricas sobre as diferenças entre culturas; esta concepção foi sendo alterada com a afirmação das ideias dos antropólogos funcionalistas e a prática de trabalho de campo por eles desenvolvida. São características do surgimento da Antropologia, exceto: não considerando que a essência do homem varia conforme a sociedade.
Explicação:
A Antropologia que, em seu surgimento, no final do século XIX, era o estudo do homem na busca das leis que regiam a natureza humana, passou a ser, no século XX,o estudo das diferenças culturais. A Antropologia nasceu quando a Europa se industrializava e o progresso era a ideia que embasava ideologias e ciência. Os europeus achavam, etnocentricamente, que o progresso conquistado com a industrialização era algo desejado por toda a humanidade. Pensam muitos europeus e norte-americanos que o progresso é o que sempre toda a humanidade quis, mas nemsempre conseguiu, cabendo aos desenvolvidos o mérito por esta conquista.
A escola está imersa na sociedade reproduz no cotidiano escolar as dinâmicas do cotidiano social, inclusive seus sistemas de exclusão. O momento é de ressignificar as relações entre escolas e favelas, tendo em contrapartida: as experiências da educação popular como um espaço de libertação.
Explicação:
O momento é de ressignificar as relações entre escolas e favelas, tendo em contrapartida as experiências da educação popular como um espaço de libertação. O desafio para os educadores é fomentar e inserir a educação popular nas ações cotidianas, numa ruptura com a dualidade e na inserção das subjetividades nas relações de aprender e ensinar.
Segundo Max Weber, quando uma religião atinge um conjunto hegemônico em um campo de atuação, ela passa a monopolizar alguns aspectos da sociedade, exceto: Emocionais
Explicação:
Vamos retomar Max Weber e a Sociologia da Religião. Segundo o autor, quando uma religião atinge um conjunto hegemônico em um campo de atuação, ela passa a monopolizar os aspectos morais, estéticos, políticos e até mesmo artísticos em determinada sociedade. Quando um conjunto religioso como esse atinge um grau efetivo de dominação, acaba sendo permissivo à atuação das minorias por não se sentir ameaçado. Dessa forma, entendemos como o Brasil foi fortemente católico a ponto de permitir, sem grandes embates, manifestações religiosas afrodescendentes.
O sistema de verdades sobre a religião deve ser debatido por alguns motivos, exceto: Para legitimar a segregação da fé alheia
Explicação:
O sistema de verdades sobre a religião deve ser debatido para ampliar as vozes das crenças historicamente silenciadas e para identificar os mecanismos de silenciamento estabelecidos, os quais ainda são utilizados para minimizar a fé diferente. Essa associação segue os princípios racistas enraizados em nossa sociedade. O que os alunos fazem com seus colegas na escola é de certo modo um retrato do que seus pais vivenciam na comunidade e seus ascendentes viveram durante o processo colonial. A estrutura racista não foi quebrada, ela está presente em ritos cotidianos e é legitimada pelas práticas de segregação da fé alheia.
(UFAL- 2012) É muito comum a expectativa de desempenho baixo em relação ao aluno proveniente das camadas economicamente menos favorecidas e/ou de grupos étnicos socialmente discriminados (PCN). Analisando as afirmativas,
I. A situação de pobreza manifesta na favelização das áreas urbanas e na precariedade da zona rural, ou na dificuldade de adaptação do filho do migrante, lamentavelmente tem sido um estigma para muitas crianças e adolescentes na escola.
II. Algumas doutrinas pedagógicas concorreram para acentuar atitudes equivocadas por parte de educadores na escola. Teorias que afirmam a carência cultural, ainda que rejeitadas atualmente, deixaram marcas na prática pedagógica justificando o fracasso escolar única e exclusivamente pela ¿falta de condições¿ dos alunos.
III. Esse tipo de estigma ¿contagiou¿ professores e escolas. Por ocasião do processo de ampliação das oportunidades educacionais, sobretudo a partir da década de 70, tornou-se comum certa argumentação que vinculava, indevidamente, a queda da qualidade do ensino ao acesso das camadas populares a uma escola que fora, até então, explicitamente seletiva. verifica-se que
todas estão corretas.
Explicação:
Para além das práticas educativas ou da ação direta de professores, crianças brancas e negras trazem para a escola um amplo repertório de comportamentos e experiências de vida do lugar em que moram e da relação que possuem com sua família. Crianças negras, pobres e periféricas tendem a se ver com um olhar negativo, diante da experiência de vida dos seus colegas de classe brancos e de classes mais privilegiadas. É o sentimento de inferiorização pelo tipo de roupa que vestem, pela merenda e material escolar que carregam e pelo relato de suas vivências cotidianas.
	
Nem todo aluno negro sabe e quer se ver como o capoeirista, jogador de futebol ou cantor de pagode. Da mesma forma, muitas meninas negras se incomodam por serem lembradas como dançarinas para as datas comemorativas do folclore e do Dia da Consciência Negra. Essa é uma maneira de ver o aluno de forma: Estereotipada
Explicação: A formação de estereótipos e, consequentemente, a discriminação, muitas vezes, se dá a partir das melhores intenções da escola, porém sem uma reflexão e um entendimento mais profundo das questões raciais.
A lei 10.639/03 é considerada um marco histórico do movimento negro em defesa de suas políticas públicas referentes à educação. A defesa da lei se dá por qual motivo? A descolonização do pensamento, demonstrando que sociedades e histórias distintas nos constituem.
Explicação:
 A descolonização do pensamento, demonstrando que sociedades e histórias distintas nos constituem.
O papel da educação indígena é enaltecer as identidades étnicas, valorizar suas línguas e garantir aos indígenas, o acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional. Algumas ações governamentais foram criadas para garantir a difusão da cultura indígena, entre elas: obrigatoriedade do ensino da cultura indígena, especialmente, nas disciplinas de artes e literatura no ensino fundamental e médio
Explicação:
A educação escolar indígena compreende uma série de políticas educacionais, entre elas: a formação continuada de professores indígenas,a criação de escolas-piloto em educação indígena diferenciada, o acesso e a permanência de estudantes indígenas em cursos regulares nas universidades e, também, o chamado terceiro grau indígena.
A função de formação das novas gerações, em termos de acesso à cultura socialmente valorizada, de formação do cidadão e de constituição do sujeito social, foi delegada à instituição escolar. Pensando na escola em seu contexto social, assinale a alternativa incorreta.: A escola é herdeira de movimentos históricos marcados por ser um espaço de reprodução, sendo fortemente influenciada pela herança estruturalista. Atualmente vivemos uma crise dessa herança, por um lado pela ascensão de valores neoliberais e de outro pelas fortes críticas da representatividade dessa herança por autores que seguem proposições decoloniais.
Explicação:
A escola é herdeira de movimentos históricos marcados por ser um espaço de reprodução, sendo fortemente influenciada pela herança estruturalista. Atualmente vivemos uma crise dessa herança, por um lado pela ascensão de valores neoliberais e de outro pelas fortes críticas da representatividade dessa herança por autores que seguem proposições decoloniais. 
A visão de Rousseau em relação à natureza humana, conforme expressa o texto, diz que: o homem civil é formado a partir do desvio de sua própria natureza.
Explicação:
O homem natural é tudo para si mesmo; é a unidade numérica, o inteiro absoluto, que só se relaciona consigo mesmo ou com seu semelhante. O homem civil é apenas uma unidade fracionária que se liga ao denominador, e cujo valor está em sua relação com o todo, que é o corpo social. As boas instituições sociais são as que melhor sabem desnaturar o homem, retirar-lhe sua existência absoluta para dar-lhe uma relativa, e transferir o eu para a unidade comum, de sorte que cada particular não se julgue mais como tal, e sim como uma parte da unidade, e só seja percebido no todo. (ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 1999.)
(UFF) O surgimento da Antropologia enquanto ciência propiciou a formulação de novos conceitos e posturas com relação ao entendimento de povos então considerados exóticos. Os primeiros antropólogos, evolucionistas, recorriam a explicações etnocêntricas sobre as diferenças entre culturas; esta concepção foi sendo alterada com a afirmação das ideias dos antropólogos funcionalistas e a prática de trabalho de campo por eles desenvolvida. São características do surgimento da Antropologia, exceto: não considerando que a essência do homem varia conforme a sociedade.
Explicação:
A Antropologia que, em seu surgimento, no final do século XIX, era o estudo do homem na busca das leis que regiam a natureza humana, passou a ser, no século XX,o estudo das diferenças culturais. A Antropologia nasceu quando a Europa se industrializava e o progresso era a ideia que embasava ideologias e ciência. Os europeus achavam, etnocentricamente, que o progresso conquistado com a industrialização era algo desejado por toda a humanidade. Pensam muitos europeus e norte-americanos que o progresso é o que sempre toda a humanidade quis, mas nemsempre conseguiu, cabendo aos desenvolvidos o mérito por esta conquista.

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